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MEIO AMBIENTE: POLUIÇÃO DOS RIOS

Arlene das Dores de Arruda
Leila Gomes

 

RESUMO

Atualmente a tecnologia está muito avançada, mas para obter essas inovações, o homem agride o meio ambiente, as indústrias e automóveis aumentam muito a emissão de gases poluentes na atmosfera, mas o maior responsável pela poluição é o ser humano, que diariamente contribui para a poluição do ecossistema. Com o objetivo de conscientização da comunidade, pretendemos desenvolver o projeto Poluição dos rios com os alunos do 3ºano do Ensino médio da E.E. Cel. Antônio Paes de Barros através de uma pesquisa de campo para observação da poluição dos rios, contribuindo na formação de cidadãos conscientes de que devemos agir corretamente no processo de preservação do meio ambiente, junto às suas famílias e sociedade. Devido a pesquisas decidimos fazer uma visita aos principais rios, e deparamos com lixo levado pelas pessoas, assoreamento, estrume de animais e nenhum sinal de reflorestamento as margens dos rios.

 

Palavras-chave: Poluição dos rios. Meio ambiente. Preservação. Conscientização.

 

INTRODUÇÃO

 

O ser humano é o grande responsável pela considerada poluição dos rios e a escassez das águas no período da estiagem, tornando assim a água com gosto de cloro e impropria para o consumo causando assim várias doenças. A grande maioria da população mundial dificilmente não se preocupa com o impacto que suas ações podem causar ao meio ambiente, sem pensar no futuro causam poluição, destroem as matas, jogam lixo nas ruas ou próximos aos rios. Devido essa falta de conscientização geral nota-se que a tanto a fauna como a flora estão em risco de extinção e alguns já extintos.

 Sendo assim o principal objetivo do trabalho com o tema Meio Ambiente e a poluição dos rios de contribuir para a formação de cidadãos cons­cientes, de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada membro da sociedade, conscientizando e des­pertando na comunidade escolar uma consciência ecológica para que possamos, não apenas agir corretamente no processo de preservação do meio ambiente, como também colaborar para uma conscientização junto às suas famílias e à comunidade, contribuindo para a formação de cidadãos cons­cientes, comprometidos com a vida, e com o bem-estar  da sociedade em geral..

Para atingirmos esses obje­tivos, mais do que trabalhar com informações e con­ceitos, é preciso que a escola trabalhe também com a formação de valores e atitudes.

 

2 – DESENVOLVIMENTO

 

2.1- Des­pertando uma consciência ecológica

Em artigo publicado por Rodolfo F. Alves Pena muitas pessoas, sabendo da maior parte da composição do nosso planeta, afirmam categoricamente que ele não deveria se chamar “Terra”, e sim “Água”, uma vez que cerca de 70% de sua superfície é composta por essa substância. Mas como ocorre a sua distribuição? Onde há mais e onde há menos água no mundo? Qual tipo de água é predominante? Com tanta água no mundo, por que tantos morrem de sede e sofrem com terríveis secas? Infelizmente, a maior parte da hidrosfera do planeta, 97%, é composta por água dos mares e oceanos que, por serem extremamente salgadas, são impróprias para consumo. Em alguns locais, pratica-se a dessalinização da água, mas esse processo é caro e pouco eficiente, sendo ainda pouco praticado. Apenas 3% da água do planeta é propicia ao consumo humano, uma quantidade muito pequena e mesmo com tantas informações sobre a pequena porcentagem de água doce há uma grande parte dessa água que está impropria para o consumo humano devido a poluição provocada pelo homem. No Brasil temos o privilégio de termos 11% do total da água do país considerada potável. No entanto essa água não é bem distribuída, pois em alguns lugares do nosso país há uma escassez de água. A grande quantidade de água encontra-se em regiões onde não possuem solos destinados a agricultura, enquanto a demais regiões encontram-se em falta dessa riqueza natural. Razão pela qual deve haver uma conscientização de toda a população mundial a respeito da situação da água e sobre sua escassez que podemos notar claramente em nossos dias atuais.

Há vários conceitos sobre a poluição do meio ambiente nos ecossistemas, que estão relacionados diretamente com o conceito da poluição dos rios. Sendo definida essa poluição como a deterioração ambiental através de resíduos indevidamente descartados pelo homem.

A poluição é um dos principais problemas que afeta o meio ambiente, interferindo na qualidade de vida de todos os seres vivos. O principal responsável por tudo isso é o homem, que aderiu ao processo de desenvolvimento sem levar em conta que a emissão de poluentes pode causar a degradação do meio ambiente. Um fator preocupante, desde a Revolução Industrial é a poluição dos rios onde as fábricas costumavam depositar lixo nos rios, fato esse que comprometia os seres vivos que tinham como habitat esse ambiente aquático, porque substâncias químicas tóxicas causavam a morte de muitos animais.

Bassi (1980) diz que as águas de lagos, rios, mares, oceanos, devido à força da violenta explosão demográfica e como consequência de expansão industrial, está sendo criminosamente poluídas, de tal forma que as condições para a própria sobrevivência dos organismos aquáticos estão sofrendo uma perigosa alteração, que em curto prazo, poderá gerar problemas muito sérios para a humanidade. O intenso crescimento industrial trouxe vários benefícios a humanidade, mas também trouxe consigo graves impactos ao meio ambiente e ao ecossistema, tais como a extinção por completa de algumas espécies da fauna e flora.

Bassi (1980) coloca ainda que a água é um bem em todo o mundo, mas está sendo atingida pela própria humanidade, assim ocorrendo muitos problemas que acarreta todas as espécies humanas e animais aquáticos, como é o caso da ariranha- azul que foi considerada extinta da natureza em 2000 devido ao comercio ilegal e a diminuição de se habitat natural causada pelo homem segundo o site Um só planeta.

Segundo Martins (1989), o homem de modo geral, desregrado nas suas atitudes, polui os rios e os cursos d’água. Todos os poluentes atmosféricos podem atingir de modo direto ou indireto, os sistemas aquáticos e também a água do subsolo. A poluição e as contaminações são as grandes causadoras da deterioração dos rios e lagos. O ser humano e o responsável por causar prejuízos tão grandes à natureza, através de dejetos, químicos, minerais e industriais, depositados nos rios através de esgotos, sem nenhum controle.

Devido ao período de seca e a escassez da água a grande preocupação da população é devido à poluição dos rios que estão em situações precárias ao que se refere aos saneamentos básicos, onde os lixos são depositados nos rios através dos esgotos sem nenhum tratamento.

 

3 - A precária situação dos Rios Carapá e Jaracatiá que continuam sendo poluídos

 

Carvalho (2006) retrata que, a poluição, o crescimento populacional e as mudanças climáticas da terra são indicadas como os fatores que mais agravam a crise da água. A situação afeta principalmente os países em desenvolvimento, onde o crescimento populacional é maior e os cuidados com a contaminação da água são menores.

De acordo com Rinaldo Marques Padilha o rio Carapá está localizado no estado de Mato Grosso com sua nascente no município de Colíder por onde percorre boa parte de seu trajeto, até servir de limite entre os municípios de Colíder e Nova Canaã do Norte. O nome Carapá é derivado de uma espécie vegetal (Carapa guianensis Aubl.) Também conhecido entre vários outros nomes de Andiroba e é pertencente da família meliácea (EMBRAPA, 2006). A árvore que deu origem ao nome do rio foi amplamente suprimida durante o processo de colonização e atualmente é difícil encontra-la as em suas margens.

De acordo com Lorenzi (2002), essa espécie caracteriza-se com porte mediano, com alturas que podem variar de 20 cm a 30 m e diâmetro de 5 cm a 120 cm. Sua área de ocorrência é em toda a região da Amazônia e parte do estado da Bahia.

“A nascente do rio Carapá está posicionada nas coordenadas de 10º55’06’’Sul e 55º31’27” Oeste. Essas coordenadas estão dentro da Fazenda Bananal, bem próximas de sua sede que está situado na porção sul do município de Colíder. 

A área da nascente do rio Carapá é formada por uma vereda (área úmida com buritizais) que abrange aproximadamente 0,05 km². A área que está no seu entorno encontra-se desmatada e é utilizado para a prática da pecuária extensiva. Conforme o Manual Técnico de Geomorfologia (2009), a vereda pode ser classificada como uma zona deprimida de forma ovalada, linear ou digitiforme, dentro de área estruturalmente plana ou aplanada por erosão. É assinalada por vegetação típica, caracterizada por palmeiras de diferentes espécies, particularmente buritis e outras plantas indicadoras de umidade como açaí e capim redondo. Na área da nascente, possui acúmulo de água, formando uma lagoa que é utilizada para dessedentação do gado e alguns metros abaixo o rio começa seu percurso normal (PADILHA, 2017).

Próximo a área urbana há o serviço de capitação de água que vem das nascentes e de pequenos cursos de água que desaguam no Rio Carapá Conduto devido a intensa poluição faz-se necessário o uso de uma grande quantidade de cloro para o tratamento da água que servira para o abastecimento da cidade.

  De acordo com Padilha a ocupação da terra na área da bacia do rio Carapá, na década de 1970 foi incentivada por políticas do governo federal, que estimulava o desmatamento acelerado sob o pretexto de garantir a posse da terra. As primeiras formas de uso da terra foram realizadas com a agricultura de arroz, feijão, milho e café, culturas que impulsionaram o desenvolvimento do local, dando origem ao município de Colíder. Na década de 2010, aproximadamente 80% da área se encontravam desmatadas em virtude de o uso da terra ser destinado predominantemente à pecuária extensiva. Devido a necessidade de espaço para a lavoura e pecuária o desmatamento foi realizado em larga escala e com isso vieram os problemas com a falta de vegetação ao redor do Rio Carapá e seus afluentes deu-se início assim a falta de água.

O rio Carapá nasce nas bordas do planalto em uma altitude de 390 metros. Conforme Padilha (2017), em todo seu trajeto o rio possui 163,526 km de extensão. Os primeiros quilômetros do se seu trajeto o rio percorre declives acentuados e possui padrão meandrante encaixado, isto é, o rio apresenta várias curvas e escavou o seu leito formando barranco alto. Após entrar na depressão o rio continua o seu percurso (cerca de 150 km) em relevo com baixa declividade. O Carapá passa a ser sinuoso na maior parte de seu trajeto, raramente se vê um longo trecho de canal retilíneo.

Ainda segundo Padilha a vegetação natural da área da bacia hidrográfica do rio Carapá foi praticamente extinta devido ao processo de colonização iniciado na década de 1970, que estimulava o desmatamento para garantir a posse e a intensa exploração madeireira da década de 1990. Na atualidade as Áreas de Preservação Permanente na bacia são restritas ao previsto na legislação para cada propriedade, principalmente nas margens de rios e córregos.

O Rio Carapá principal rio que bastece a cidade se encontra, em situação de risco devido ao período de estiagem e ao lixo que geralmente são descartados de maneira incorreta e em lugares inadequados. Além dos problemas da falta de vegetação ciliar a beira do Rio Carapá ainda tem outro problema que é o descarte incorreto do lixo às margens do rio do dentro dele causando assim um grave problema uma vez que a água que abastece toda a cidade é retirada dele, podendo assim causar além da mortandade dos peixes problemas de saúde na população.

A água é uma riqueza natural, fundamental para a sobrevivência de todas as espécies animal e vegetal por essa razão é de fundamental importância que seja cuidada para que as gerações futuras saibam como devem cuidar desse recurso natural imprescindível para a sobrevivência de todos.

O desprecio também é um do fator que pode acabar com a água. Deve haver uma conscientização da população em geral a respeito do desperdício e poluição. Claramente vemos o que ode ocorrer devido aos desequilíbrios ecológicos causados pela falta de consciência ambiental da população mundial tornando inviável a sobrevivência da humanidade e de toda vida na terra em um futuro próximo.

Em setembro de 2011 aconteceu um Mutirão para Limpeza do Rio Carapá o principal rio que abastece a cidade de Colíder-Mt, devido à escassez de água pelo longo período sem chuva e excesso de lixo contido em suas margens, os moradores fizeram um mutirão para a limpeza dos resíduos que deixam o rio impróprio para o consumo.

Por este motivo a Sane líder (Serviço de tratamento de Água e Saneamento de Colíder) hoje Águas Colíder representada pelo grupo Íngua passou a retirar água do Rio Esperança e tomado algumas precauções para evitar que rio Carapá secasse completamente e a cidade ficasse sem água.

Segundo matéria registrada pela equipe do projeto CienciAtividade da Unemat (2011), encontraram nas margens do rio Carapá, garrafas plásticas, peixes mortos, pneus, animais mortos, metais, madeiras, entulhos de construção e outros lixos.

Sabendo-se que o resultado de tais ações não virá de imediato, a sensibilização e o trabalho direto com a população já é o começo para que percebam também a sua responsabilidade na preservação do Rio Carapá e Esperança (afluente).

O Rio Carapá se encontra hoje ainda, em situação de risco devido o descaso da população, sendo este o principal rio que abastece a cidade e com a chegada da seca se encontra uma grande quantidade de lixo acumulado nas encostas do rio, lixo este que muitas vezes são levados pelas pessoas como foi registrado a menos de quinze dias nas proximidades da ponte, considerando que nas primeiras chuvas todo esse lixo e estrumes de animais irão para dentro dos rios, pois estão muito próximos das encostas; rios que servem também como bebedouro dos animais, além do lixo um dos maiores problemas é o assoreamento por estar quase sem água é causado por falta de proteção como gramíneas próprias para os rios.

Padilha aponta que o Rio Jaracatiá nasce na área urbana do município de Colíder e forma a maior sub-bacia da margem direita, sendo de quarta ordem de acordo com a classificação de Strahler. A bacia do rio Jaracatiá compreende uma área de 27,436 km², possuindo uma amplitude altimetria de 41 metros. Nessa bacia existe um total de 27 canais, sendo um de quarta ordem, dois canais de terceira ordem, seis canais de segunda ordem e 18 canais de primeira ordem. Somando-se o comprimento de todos os canais, chegou-se ao um total de 35,024 km, tendo o canal principal 9,243 km de extensão; é o menor canal de quarta ordem de toda a bacia do Carapá. O rio Jaracatiá é o principal afluente pela margem direita do rio Carapá, percorre vasta área, inclusive o perímetro urbano de Colíder.

Estudos realizados por Padilha apontam que o maior canal urbano é o rio Jaracatiá que nasce no sudeste da cidade e percorre toda a parte leste e nordeste da área urbana. Esse curso de água teve a vegetação de suas margens totalmente suprimida nas décadas de 1970 e 1980. Suas nascentes estavam totalmente degradadas, por isso iniciou em 2005 a recuperação delas a partir do plantio de árvores de várias espécies, por alunos das escolas públicas do município. Na atualidade, a nascente está recuperada e sua área foi transformada em parque florestal, atrativo de turismo ecológico. Nos dias que correm, o parque está fechado ao público para estruturação de acessibilidade, iluminação, bancos e trilha de caminhada. Em 2012 foi construído por parte da prefeitura um lago artificial, com o objetivo de promover uma opção de lazer à população. Aproximadamente 750 metros abaixo da nascente, o rio sofreu uma grande alteração em seu leito. O projeto fora concluído após longos anos de espera, com plantação de grama ao redor do lago e o crescimento das arvores plantadas por crianças de escolas públicas. Embora tenho ficado com uma certa beleza e se tornado lugar de lazer para famílias e amigos, contado com uma grande quantidade de peixes e outros animais aquáticos como tartarugas, e algumas aves como umas famílias de patos eu ali residem mesmo assim sofre com o descaso da população pois é comum encontrar sacolas plásticas e garrafas pets dentro do lago podendo causar a morte dos animais que ali permanecem. Visando uma melhoria da qualidade de vida atual e para que haja condições ambientais favoráveis à vida das futuras gerações, faz-se necessário o desenvolvimento de uma consciência ambiental urgente.

Infelizmente a população Colidense ainda não se conscientizou da real situação dos nossos rios, como é o caso do Lago denominado dos Pioneiros, que foi construído no Rio Jaracatiá, que fica no centro da cidade, que foi inaugurado em 2012, que aparentemente é um rio que está sendo “cuidado”, com peixes, água limpa e inclusive uma placa de “Sorria você está sendo filmado”, mas bem próximo à beira do rio nos deparamos com uma situação completamente o contrário.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Sabemos que o lugar em que vivemos não é o melhor do mundo, mas temos o dever como cidadãos de transforma-lo para melhor contribuindo para a preservação diminuindo a poluição dos rios. Unindo famílias, vizinhos, amigos e organizações que juntas podem fazer essa transformação. Pois muitas vezes, ações coletivas fazem ideias se transformarem em possíveis mudanças, através de cobranças e fiscalizações.

O direito e dever do exercício da cidadania incluem políticas públicas, sociais e ambientais. Exerce-la significa participar de lutas por qualidade ambiental, moradia, alimentação, saúde, emprego, educação e cultura. Se praticado diariamente esse exercício nos torna cidadãos conscientes.                

A juventude está cobrando dos adultos e dos governos ações que deem a todos nós a chance de herdar um planeta habitável para se viver. Para essa realidade não depende somente de políticas públicas, mas sim de atitudes individuais, coletivas e conscientização que nos tragam mais qualidade de vida. E para que isso aconteça é necessário conscientizar a criança para que ela entenda que devemos preservar o meio ambiente atualmente, para que possamos usufruir de um futuro estável. Recentemente tivemos aqui em nossa cidade uma equipe formada por moradores locais que preocupados com a situação do nosso rio Carapá que se uniram em mutirão e foram até o mencionado rio na época de estiagem e retiraram do seu leito uma grande quantidade de lixo que contaminavam a água que viria para a capitação d’água e em seguida iria parar em nossas torneiras, tornando necessário uma maior quantidade de produtos destinados ao tratamento da água que serviria para o consumo humano. No rio foram encontrados todo tio de lixo entre eles pneus velhos, moveis que moradores ao redor descartaram no leito do rio e inclusive animais domésticos mortos que foram jogados dentro do rio que abastece toda a cidade. Uma situação lastimável de mau exemplo para as nossas crianças e desrespeito com o recurso vital para nossa vida e das futuras gerações. Os cuidados com a água devem ser passados de geração em geração apenas com bons exemplos é que esse bem tão imprescindível para a sobrevivência do ser humano é que podemos ver a médio e a longo prazo uma solução para o problema de abastecimento de água não apenas em nossa cidade, mas em nosso planeta uma vez que bons exemplos podem e devem ser seguidos por todos.

 Nos dias atuais pensa-se muito na situação em que se encontra o planeta, em uma maneira de frear os impactos ambientais causados pelo crescimento acelerado das indústrias e das agropecuárias. Alguns projetos criados por políticas públicas e por algumas empresas preocupadas com o meio ambiente, visam uma maneira de controlar os impactos causados tanto pelo crescimento desordenado das cidades quanto pelo crescimento acelerado das industrias.

Vemos ambientalistas levantando a bandeira da sustentabilidade, porém essa luta só terá sucesso se todos os seres humanos tomarem consciência de que precisamos mudar nosso modo de pensar e agir. No entanto todo e qualquer projeto criado terá que ter a participação efetiva tanto da população como dos nossos governantes. Não há política pública que funcione se a população não tomar consciência de que o planeta está sofrendo e podemos ver isso claramente pois as mudanças climáticas em todo o planeta são gritantes e saltam aos olhos, porém a grande maioria da população fecha seus olhos diante da situação caótica em que se encontra esse recurso natural esgotável em alguns lugares já sofrem com a falta de água, é comum vermos pessoas indo buscar água em lugares distantes. Infelizmente vemos as pessoas em uma vida acelerada pensando apenas no presente, grandes empresas visando apenas o lucro sem pensar no futuro.

 Nosso planeta pede socorro e por mais que há pessoas lutando para mudar nossa realidade essa luta deve ser de todos. Mesmo que não possa fazer grandes coisas, mas uma simples atitude desde descartar o lixo em local adequado e reciclar tudo o que pude ser reciclado e aos poucos vamos melhorando não apenas o ambiente onde vivemos, mas também a vida de pessoas que trabalham em usinas de reciclagem e tiram o sustento de sua família a partir da coleta seletiva que são realizadas em nossas casas. Uma atitude simples, mas que pode com o tempo mudar nossa realidade, tornando o planeta habitável e agradável para as futuras gerações.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

BASSI, Beatriz do Rosário Astorino. 1980.  Novo curso do estudante, ciências físicas e biológicas / São Paulo: Editora Parma Ltda.

 

CARVALHO, José Luiz da Cruz. 2006... [et al.]. projeto Araribá, Ciências: 5 série / São Paulo: Editora Moderna Ltda.

 

MARTINS, Isabel Maria de Oliveira. 1989... [et al.].Ciências, crítica & Ação: 5ª série/ São Paulo: Editora do Brasil.

 

Projeto CienciAtividade da UNEMAT - Disponível: http://projetocienciatividade.blogspot.com.br/

 

https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2021/07/31/animais-em-extincao-no-brasil-conheca-as-especies-ameacadas.ghtml acessado em 10/10/2021 ás 15hrs e 04 min.

 

Padilha, Rinaldo Marques Bacia hidrográfica do Rio Carapá, Mato Grosso: caracterização ambiental, uso da terra e dinâmica fluvial http://portal.unemat.br/media/files/ppggeo2015-3-rinaldo.pdf acessado em 10/10/2021 as 15hrse 35min

 

https://carapavivo.ong.br/rio-carapa/ acessado em 10/10/2021 as 14hras e 23 min.

 

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/a-distribuicao-agua-no-mundo.htm acessado em 14/10/2021 às 16hrs e 03 min

 

 

O DESAFIO DE UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS

Jessica Oliveira Pires da Silva Brito[1]

Artigo enviado à FAVENI como requisito parcial de obtenção de título de especialista.

 

RESUMO

O presente Trabalho de Pós-Graduação descreverá um pouco sobre os desafios enfrentados para que haja uma educação inclusiva e que essa seja realmente para todos e de qualidade. Sabemos que para isso muito caminho deve ser percorrido, e muito ainda será preciso fazer para que as pessoas que outrora eram excluídas do âmbito escolar, venham poder estar participando e sendo incluídos no ensino regular. Porem para isso acontecer, precisa muito mais que políticas, necessita de uma equipe de professores com formação profissional adequadas para assim poder exercer uma educação de qualidade, como também espaço físico adequados, materiais didáticos compatível para esse público, como também as adaptações curriculares devem ser trabalhadas de forma que melhor possa incluir esse alunado. A educação especial ao longo dos anos vem se adaptando e reintegrado mais ainda é preciso muito para alcançar a todos, isso porque falta adaptações físicas, formação docente e material didático para que possa atender a todas as deficiências. Os objetivos são: Refletir sobe as leis que asseguram a educação especial; relatar o que inclusão traz de benefícios aos alunos inclusos; analisar sobre a diferenciação e/ou adaptação do o material pedagógico para o aluno incluso; exemplificar a dimensão da formação docente para o exercício com o grupo da educação inclusiva. A metodologia utilizada nesse trabalho foi de natureza qualitativa e bibliográfica com pesquisa em websites e artigos para a fundamentação teórica da pesquisa.

 

Palavra-chave: Inclusão. Material Didático. Formação Docente.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Aos poucos, a Educação Inclusiva, vem alcançando avanços que possibilitam a melhora no atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais. Essa melhoria colabora no aprendizado e o desenvolvimento para torná-los independentes, capazes, felizes, sentindo-se inseridos na sociedade na qual são participantes.

Diante isso, as escolas buscam conhecer e desenvolver a criança, atendendo por um lado, ás necessidades da própria criança de construir conhecimentos, nos mais variados domínios do pensamento, e por outro, corresponder a uma necessidade social melhor contextualizada para o aprendizado, permitindo ao aluno compreender como faz parte de um mundo ao qual exige diferentes habilidades e conhecimento.

É necessário que as escolas encontrem respostas no processo educativo para atender as necessidades de seus educandos, valorizando as diversidades, proporcionando uma educação de qualidade para todos. As escolas devem ter em seus projetos pedagógicos a ideia de unidade diferenciada, pois como instituição social tem por obrigação atender a todas as crianças, sem exceção, cabe assim ao gestor, organizar a instituição escolar de maneira que está se poste como representação democrática.

A inclusão pode ter suas limitações, porém com o passar dos tempos as mudanças de valores e atitudes foram acontecendo, um dos maiores desafios para a gestão, é o retoque das práticas pedagógicas por meio de constantes reflexões visando à compreensão de problemas educacional, pois as políticas tem que ser voltada para o desenvolvimento de qualidade, para todos, o que envolve atender as diferenças, identificando as necessidades educacionais da comunidade escolar e suas dificuldades e, para tal, faz-se necessária uma revisão das práticas feitas pela gestão.

Este artigo de Pós-Graduação tem como área de concentração a Educação Inclusiva e o tema escolhido foi “O Desafio de uma Educação para Todos”.

Os objetivos gerais são:

  • Refletir sobe as leis que asseguram a educação especial;
  • Relatar o que inclusão traz de benefícios aos alunos inclusos;
  • Analisar sobre a diferenciação e/ou adaptação do o material pedagógico para o aluno incluso;
  • Enfatizar sobre a importância da formação docente para o trabalho com o público alvo da educação inclusiva.

A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa e bibliográfica com pesquisa em websites e artigos para a fundamentação teórica da pesquisa.

 

 

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

Para melhor compreensão sobre a temática educação para todos, primeiro iremos abordar quem faz parte dessa inclusão. Como princípio político, a inclusão é destacada pelo seu alcance a diferentes grupos excluídos, o que a torna um processo social que busca favorecer parcela da população, geralmente desfavorecida, social e economicamente.

Entende-se por inclusão:

 

[..] o direito, a todos, do alcance continuado ao lugar da vida em comunidade essa deve estar orientada por ações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões de vida. (Diretrizes Nacionais de Educação Especial para Educação Básica. BRASIL, 2001, p. 13).

 

O termo necessidades educacionais nos últimos anos tem sido muito questionado em decorrência de ser um contexto amplo e vago, não  restringindo aos sujeitos com deficiência, pois na maioria das vezes, essas pessoas foram excluídas socialmente,  o apoio é ainda, para todos aqueles que necessitem de qualquer apoio para realizar suas atividades, não ficando assim limitada apenas a quem tem algum tipo de laudo especifico.

. Conforme Sassaki:

 

A educação inclusiva tem como objetivo a construção de uma sociedade para todos, e assim, sua prática repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação. (SASSAKI, 1999, p.42).

 

O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, conforme suas especificidades, sem empecilhos na educação especial e suas modalidades de exclusão.

Barby, (2005), explicita que as políticas educacionais em prol da inclusão representaram uma grande conquista, pois além de garantirem os direitos desse alunado, também impulsionaram o movimento, persuadindo os sistemas de ensino a se adequarem às novas orientações legais.

 Desde a década de 1970, o uso do termo necessidades educacionais é usada mundialmente para a integração dos alunos nos sistemas comuns de ensino, tornando a realidade em um número crescente de países.

 No entanto, (CARVALHO,2000) relata que o processo da integração nem sempre foi bem-sucedido, principalmente, por causa de falhas na estrutura física e metodológica dos sistemas de apoio aos alunos com necessidades especiais e aos seus docentes.

Mesmo que esses objetivos tenham sido alcançados apenas parcialmente em alguns países, e em outros não tenham saído do papel, a inclusão das minorias tornou-se assunto discutido internacionalmente, nas diferentes esferas sociais e educacionais, constituindo, neste sentido, uma

importante conquista para a educação das pessoas com necessidades especiais.

De acordo com (BARBY, 2005, p. 14), Inclusão, é, portanto, uma prática social que se aplica no trabalho, no lazer, na educação, na cultura, mas principalmente, na atitude e no perceber das coisas, de si e de outras pessoas.

A inclusão necessita ir além da Educação Básica, não tem sentido, que estudantes com deficiências apenas concluem o ensino médio, é preciso que vão além dos muros escolares após concluírem, no entanto se faz necessário que a sociedade em geral esteja preparada para que a inclusão realmente aconteça.

Conforme afirma Mantoam: Há diferenças e há igualdades, e nem sempre tudo deve ser diferente, “[...] é preciso que tenhamos o direito de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza” (MANTOAM, 2006, p.7-8).

Portanto, é cada vez mais presente a necessidade de aprender a conviver com a diversidade e resta buscarmos os meios para que a inclusão ocorra de fato, sem perder o foco que, além das oportunidades, é necessário garantir a aplicabilidade do processo, o que, talvez, seja o desafio ou a grande conquista do século XXI.

 

2.1 HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

 

Por muito tempo a educação especial foi vista como uma educação para a adaptação em sociedade, substituindo o ensino comum, e para que essa adaptação fosse efetivada era necessário a criação de instituições especializados em atendimento de pessoas com necessidades especiais.

No Brasil o atendimento as pessoas portadoras de necessidades especiais, teve início no período Imperial com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, e o Instituto dos Surdos Mudos em 1987, ambos no Rio de Janeiro. Ao passar dos anos muitas novas instituições surgiram, como também leis que amparava o aluno especial em salas regulares de ensino.

A educação ao longo da história, era pouco inclusiva, tanto no acesso quanto na qualidade de ensino oferecido aos alunos com necessidades educacionais especiais. Mas atualmente, a Educação Inclusiva acontece mais efetivamente, com acessos e consciências voltados aos direitos humanos.

Foram desenvolvidos vários documentos reafirmando os direitos humanos da pessoa com deficiência, a saber, a Declaração da Salamanca (BRASIL,1994); LDBEN lei n° 9394/96 (BRASIL, 1996); Resolução CNE/CEB N° 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL,2001); Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), Decreto n°7.611 relacionado ao Atendimento Educacional Especializado (BRASIL, 2011) e Lei n° 13.146 conhecida como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (BRASIL, 2015).

Portanto, a fase que incorporou intensamente essa “proposta” foi no final do século XX. Esse processo resultou de dois encontros internacionais que deram visibilidade mundial e direcionaram as discussões sobre o tema.

Esses eventos foram a Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien, na Tailândia, em 1990, e a Conferência Mundial de Educação Especial realizada em 1994, em Salamanca, na Espanha, de onde se originou um importante documento, base e apoio, denominado de Declaração de Salamanca.

A partir da Declaração de Salamanca, a maioria dos países começou a implantar políticas de inclusão dos alunos com deficiências no ensino regular e sua consequente criação de serviços de apoio, por considerarem a forma mais democrática para a efetiva ampliação de oportunidades educacionais e serviços educacionais para essa população.

Porém, a inclusão na política educacional brasileira se dá em meados do século XX, apresentando-se em dois períodos: o primeiro entre 1854 e 1956, de incentivos oficiais e particulares isolados e o segundo entre 1957 e 1993, de incentivos formais no âmbito nacional.

 Com o passar dos anos, com o desenvolvimento de novas técnicas, e estudos, surgiram instituições voltadas para o atendimento específicos nas mais diversas áreas como: atendimento a pessoas com deficiência visual, auditivos, físicos e mentais.

 Cabe ressaltar que a educação especial é abordada pela primeira vez dentro da legislação educacional na Lei de Diretrizes Nacional – LDB, Lei n° 4.024/61, em seus Artigos 88 e 89. O Artigo 88 afirma o direito dos portadores de deficiência a educação e propõe o atendimento ao deficiente dentro do possível na educação regular, a fim de integrá-los na comunidade, já o Artigo 89 trazia em seu texto o compromisso do poder público em 5 assegurar o atendimento na rede privada dos portadores de deficiência, por meio de bolsas de estudos, empréstimos e subvenções .

Muitas foram as transformações ao longo da história, concernente a educação especial, mas percebe-se que apesar do longo caminho percorrido, a escola inclusiva ainda tem muito a melhorar, principalmente no Brasil.

O sistema educacional deve ser de qualidade e permitir oportunidades iguais a todos. Sem isso qualquer esforço será em vão, uma vez que o processo só se justifica com ações que permitam ao indivíduo desenvolver- se como sujeito.

Para o aluno com deficiência, ficar fora da vida escolar pode significar aniquilar qualquer possibilidade de desenvolvimento cognitivo, físico, psicomotor e de interação social.

Segundo Mantoan (2004, p.79):

 

O sucesso das propostas de inclusão decorre da adequação do processo escolar à diversidade dos alunos e quando a escola assume que as dificuldades experimentadas por alguns alunos são resultantes, entre outros, do modo como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada.

 

O movimento pela inclusão está atrelado à construção de uma sociedade democrática, na qual todos conquistam sua cidadania, a diversidade é respeitada e há o reconhecimento político das diferenças.

Conforme aponta Aranha (2001, p.35):

 

A ideia de inclusão fundamenta-se numa filosofia que reconhece e aceita a diversidade na vida em sociedade. Isto significa garantia de sucesso de todos e todas as oportunidades, independente das peculiaridades de cada indivíduo ou grupo social.

 

A política educacional direcionada ao desenvolvimento da vida humana é a uma conquista da cultura, da percepção crítica e do aproveitamento das potencialidades do ser humano requerendo, no entanto, um posicionamento político dos processos educativos.

Assim sendo, podemos visualizar as possibilidades de reconstrução da sociedade humana menos desigual, em que os direitos alcancem a todos os grupos e classes sociais.

Diante ao exposto, pode-se afirmar que uma sociedade desigual e heterogênea como a nossa, a política educacional deve exercer importante papel para a formação do cidadão, do sujeito em termos mais significativos.

Para tanto, é indispensável que está se desenvolva acima dos preceitos da reprodução determinada pelo capital que domina o Estado e que adote uma atitude independente, para que o direito educativo de todos os indivíduos seja realmente efetivado.

Mais do que oferecer as ações públicas, articuladas com as demandas da sociedade, devem se voltar para a construção de direitos sociais.

Nessa perspectiva, de acordo com BITTENCOURT, (2009), a luta pela educação pública de qualidade voltada para a emancipação humana, a saber, superação de exclusões, encontra sentindo-se inserida no movimento de constituição de identidade política do povo, bem como dos seus dirigentes e, mais especificamente, dos dirigentes responsáveis pela definição, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas públicas para a educação pública.

O setor educacional tem hoje o papel de possibilitar e de oferecer alternativas para que as pessoas que estejam excluídas do sistema possam ter a oportunidade de se integrar através da participação, bem como da luta pela universidade de direitos sociais e do resgate da cidadania.

A escola, além de educar, deve cumprir com seu papel social, por ser um espaço de interação onde convivem pessoas de diferentes condições financeiras e meios sociais diferentes. É importante se ter na escola uma educação inclusiva que utilize processos que garantam oportunidades iguais a todos, permitindo sem discriminação o ensino.

 

2.2 A IMPORTÂNCIA DE UM MATERIAL DIDÁTICO ESPECÍFICO

 

 Os alunos com Necessidades Educacionais Especiais demandam recursos pedagógicos e metodológicos específicos para ter compreensão da aprendizagem. A aprendizagem ganha muito mais sentido se ela estiver constantemente ativa dentro de um ambiente que lhe garanta o convívio e a participação. Também as metodologias adotadas pelos professores em sala de aula influenciam diretamente na aprendizagem de seus alunos e no convívio deles com o meio que está inserido.

 No caso das crianças com Necessidades Educacionais Especiais na Educação Infantil, estes conceitos também são importantes, pois para o desenvolvimento desse aluno acontecer, a metodologia utilizada é de suma importância.

O conhecimento sobre adaptações curriculares e recursos didáticos-pedagógicos adaptados, por parte dos professores da rede regular de ensino que recebem, entre outras, alunos portadores de limitações sensoriais, físicas e mentais, pode tornar-se elemento facilitador para essa inclusão. 

Segundo Cerqueira e Ferreira (2000): “talvez em nenhuma outra forma de educação os recursos didáticos assumam tanta importância como na educação especial de pessoas deficientes” (p.24).

Assim para o professor que tem em sala um aluno com necessidades educacionais especiais, não deve haver limite para a criatividade e para a utilização de recursos pedagógicos, mobiliários adaptados e estratégicas adequadas que motivam a vontade de aprender.

O papel do docente é o de preparar, escolher e estabelecer os conteúdos, planejar tarefas, gerar situações de aprendizagem dentro de sala de aula encorajando os educandos, isto é o professor organiza as atividades de ensino com o propósito que os educandos se transformem em indivíduos atuantes na receptiva aprendizagem.

 

2.3 PREPARAÇÃO DOCENTE

 

Segundo Oliveira, Gonzaga e Lima (2015) é necessária a modificação do sistema escolar, com uma nova proposta para a Educação Inclusiva em escolas regulares:

 

Educação Inclusiva, favorecendo em um só tipo de escola, a escola de ensino regular que deve acolher todos os alunos e se empenhar em identificar as dificuldades e limitações dos estudantes, buscando ajuda e encaminhamentos através de profissionais qualificados de utilização de apoios e recursos que garantam a superação dessas dificuldades (p.2).

 

Atualmente as escolas recebem uma demanda cada vez maior de alunos com Necessidades Educacionais Especiais, e muitos professores em atuação estão despreparados, além das escolas estarem precárias no atendimento das infinitas necessidades dos alunos e suas individualidades.

Por isso, é necessário ao professor atuante refletir sobre sua formação e seu preparo para trabalhar com essa escola para todos. A formação do docente necessita de uma especialização abrangente em torno do aluno com Necessidades Educacionais Especiais, com conteúdo mais aprofundados em relação à Educação Especial.

Atualmente o professor tem do seu lado a Neuropedagogia que com base nas Neurociências busca através do estudo do cérebro e de como ele aprende, possibilitar intervenções nas competências cognitivas, orgânicas, emocionais e socio-interativos da pessoa, buscando uma atuação que dê significado à aprendizagem.

 O docente necessita trabalhar na maioria das vezes com métodos adaptados e estratégicas com atitudes emocionais como afeto, amor e dedicação, pois cada crianças tem sua particularidade na forma de aprender e cada necessidade especial apresenta de forma singular, muitas vezes um método usado com uma criança não seja eficaz na outra com as mesmas necessidades especiais, cabe ao professor usar vários métodos e estratégicas para assim poder ver qual caminho seguir.

 Cabe ainda ao professor buscar formas de a criança manifestar o que pode aprender e não se preocupar com as rotulações, organizar praticas educativas que valorize a cooperação, utilizar as experiencias de vida do próprio aluno como fator motivador de aprendizagem, ser flexível nos métodos de avaliação e sobretudo contribuir para a construção de uma escola infantil de qualidade para todos.

 

  1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Sabemos que todos os indivíduos têm direito a educação, não somente à educação, mas a vários outros direitos legitimada e aderida pela Constituição Federal. É que esses direitos também são assegurados as pessoas que possuem algum tipo de deficiência, seja ela física, mental, auditiva, visual, intelectual, psicossocial ou múltipla.

Porem ter uma educação de qualidade, isso já é um grande desafio, ainda mais quando nos referimos a uma educação inclusiva. Pois em pleno século XXI, ainda há muitos preconceitos que precisam ser quebrados, certos tabus que necessitam ser banido do meio da sociedade.

Muito tem mudado, no entanto muito ainda precisa mudar, isso inclui as adaptações, pois mesmo assegurados por leis, muitas pessoas com necessidades não participam da educação inclusiva, muitas vezes por falta de locais apropriados, outras por matérias didáticos inexistentes, pois para cada pessoa precisa ser feita uma adaptação diferenciada, e muitas escolas, e profissionais que não estão preparados para que essa mudança aconteça.

É notório que a educação é o alicerce para o desenvolvimento de qualquer sujeito, isso inclui também os que necessitam de uma educação diferenciada. No entanto, nota-se que a inclusão não deve ser vista apenas como um movimento, mas sim um processo de transformação ao qual irá ser administradas em várias etapas, sendo essas desde o planejamento, a escolha do material didático, as adaptações, sem falar na formação docente que é de grande notoriedade.

Todavia para que ocorra a inclusão, não basta apenas seguir o que está expresso em leis, mas atender as demandas apresentada na sociedade, garantindo oportunidades iguais a todos, sem discriminação ao aprendizado.

O processo de inclusão, não vem com uma fórmula pronta e acabada, cabe a cada instituição se adaptar conforme as necessidades educacionais, e as adaptações acontecerá aos poucos, de forma natural sendo gradativa e interativa atendendo as particularidades de cada pessoa.

Concluímos então, que a educação inclusiva é um constante desafio, tanto para os profissionais da educação, quanto para a sociedade em geral. Mas que com muito amor e dedicação podemos oferecer uma educação de qualidade e justa para todos.

Pois apesar das diferenças, todos temos capacidade e direito a uma educação, onde desde crianças a adultos possam aprender livres de preconceitos, pois a maior e principal mudança que a educação inclusiva precisa ter é, uma mentalidade aberta para novos começos, novas oportunidades, e acima de tudo novas oportunidades. Que possamos ser cidadãos conscientes, sem preconceitos e prontos para atender uma pessoa que necessite de ajuda.

 

REFERÊNCIAS

 

_____. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB n°2/2001.Diário Oficial da União. Brasília, 14 set. de 2001. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf. Acesso em:15 abr. 2019.

 

 _____. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: Unesco, 1994. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf. Acesso em: 15 abr. 2019

 

. _____. Decreto n° 7.611, de 17 de novembro de 2011. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Brasília, 17 nov. 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20011- 2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 15 abr. 2019.

 

 _____. Lei n° 13.146, de 6 de julho de 2015. Diário Oficial da União, Brasília, 6 jul. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em:15 abr. 2019.

 

_____. Lei n°9.394/96. Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 20 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. acesso em:15 abr. 2019.

 

ARANHA, M. S. F. Paradigmas da relação da sociedade com as pessoas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, Ano XI, n° 21, do Estado do Rio de Janeiro/Rj, 2009.

 

BARBY, A. A. de O. M.; ROSSATO. M. (Org). Tópicos especiais para a inclusão educacional. Maringá: EDUEM, 2005.

 

BITTENCOURT, Evaldo de Souza. Políticas públicas para a educação básica no Brasil, descentralização e controle social – limites e perspectivas. Universidade Rio de Janeiro: WVA,1999.

 

BRASIL. Lei n°9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: Acesso em :07/09/2019.

 

BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação.

 

CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação, 2007. Acesso em: 15 abr. 2019.

 

CERQUEIRA, J. B.; FERREIR, M. A. os recursos didáticos na educação especial. Rio de Janeiro: Revista Benjamim constant, n°5, dezembro de 1996.p.15-20. Acesso em: 18 abr. 2019.

 

CORRÊA, Leidniz Soares. BENTO, Raquel Matos de Lima. A importância do lúdico para a aprendizagem na educação Infantil. 2012. Disponível em:

<unijipa.edu.br/media/files/54/54_218.pdf > Acessado em: 03 jun. 2020

 

MANTOAN, M. T. E. A integração das pessoas com deficiência: contribuições

nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB. Brasília, DF, 1961. Disponível em:

para a reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997. Acesso em :20/09/2019.

 

SASSAKI, R. K. Inclusão - Construindo uma Sociedade para Todos. 3. ed. Setembro de 2001.

 

OLIVEIRA, V. L. C; GONZAGA, M. Z; LIMA, E. C. Z. Educação inclusiva: um ato de amor e afetividade. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Conedu, 2, 2015, Campina Grande, PB. Campina Grande: Realize, 2015.

 

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USO DE ESTERÓIDES ANABOLIZANTE EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Rogério Henrique Jr Gouveia Dos Santos[1]

 

RESUMO:

Os seres humanos desde seus primórdios procuram formas de melhorar seus rendimentos físicos e cognitivos com drogas ou psicotrópicos. Com o avanço da ciência na década de 30 foi sintetizada uma substância esteroide anabolizante androgênica, conhecida popularmente como anabolizante. Após isso correu uma revolução no meio esportivo, ao ponto que o comitê internacional do esporte passou a classificar como doping, uma forma de trapacear, pois a substância melhoraria a força, agilidade e resistência dos atletas. Não se imaginava que haveria efeitos colaterais a curto, médio e longo prazo. Posteriormente, na década de 70 com a expansão da musculação e do fisiculturismo pelo mundo, o uso dessas drogas ficou mais evidente e não era restrito somente entre atletas de elite, mas também as pessoas comuns que visam o estético sem obter informações, o que torna esse, um problema de saúde pública. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Esteroides. Efeitos colaterais. Musculação.

 

ABSTRACT:

Humans from their earliest days look for ways to improve their physical and cognitive performance with drugs or psychotropes. With the advancement of science in the 1930s, an androgenic anabolic steroid, popularly known as anabolic, was synthesized. After that there was a revolution in sports, to the point that the international committee doesport came to classify as doping, a form of cheating, because the substance would improve the strength, agility and endurance of athletes. It was not imagined that there would be short, medium and long term side effects. Later, in the 1970s with the expansion of bodybuilding and bodybuilding around the world, the use of these drugs became more evident and not restricted only among elite athletes, but also the ordinary people who aim aesthetically without information, which makes this a problem. public health.

 

KEYWORDS: Steroids. Side effects. Bodybuilding.

 

INTRODUÇÃO

 

O consumo da testosterona com a finalidade de restaurar a ‘vitalidade’ datam de 1889, quando Bronw-Sequard relatou retardo no seu processo de envelhecimento após autoaplicação de um extrato de testículos (DUMBAR, 1889).

Foi sintetizada pela primeira vez, em 1935, desde então os andrógenos se tornaram disponíveis para o consumo visando fins terapêuticos e experimentais. Inicialmente houve pouco interesse por partes dos pesquisadores nas determinações dos efeitos das substâncias sobre desenvolvimento, manutenção e restabelecimento da força muscular em indivíduos jovens e idosos (UCHIDA et al., 2004; DUMBAR, 1889).

No início da década de 50, o fisiculturismo também conhecido como culturismo é o desporto que se baseia no uso de exercícios de resistência progressiva para controlar e desenvolver os músculos do corpo, a melhor formação muscular, e o halterofilismo que é a prática da ginástica ou do esporte competitivo de levantamento de pesos e halteres; halterofilismo, levantamento de peso, esses esportes foram os primeiros a fazerem a utilização de Esteroides Anabolizantes Androgênicos (EAA), com o intuito de melhorar a estética corporal e o desempenho como atleta. Este uso vem aumentando desde a década de 70, e se alastrou drasticamente entre os indivíduos praticantes de outras modalidades esportivas. A despeito de serem considerados substancias de uso proibido pelo comitê olímpico internacional (COI), e por federações desportivas nacionais e internacionais (NEVES, 2012; MOTTRAM, GEORGE, 2003; CARLINI-COTRIM, BARBOSA, 1993).

O consumo dos EAA não acompanhados por médicos, alcançaram proporções alarmantes e atingem diversos seguimentos das populações, tais como de academia de ginástica, até mesmo estudantes de nível médio (LINDSTRÖM et al., 1990; LAMBERT et al., 1998; EVANS, 1997; MAHARAJ et al., 2000; YESALIS, BAHRKE, 2000).  

Os EAA são derivados da testosterona utilizada por fins terapêuticos e do controle de diversas doenças, patologias que se pode adquirir por meios genéticos ou meio externos ao decorrer da sua vida. Sua comercialização e uso servem basicamente ao tratamento de paciente com queimaduras, doenças psicológicas, em recuperação de grandes cirurgias e para restabelecer o peso corporal dos sobreviventes da segunda guerra mundial. Na atualidade, os EAA estão sendo utilizados terapeuticamente no tratamento de diversas patologias, como alguns tipos de anemia, vírus da imunodeficiência humana (HIV), cirroses hepáticas, osteoporose, queimaduras e melhoria no ganho muscular em pessoas acamadas (FERREIRA et al, 2007; HANTGEM KEUPERS, 2004; BASARIA, WAHLSTROM, DOBS, 2001).

Entretanto os efeitos colaterais podem ocorrer mesmo em dosagens terapêuticas, sendo diversos fatores que influenciam nos benéficos e risco, como: quadro clínico do paciente, histórico familiar, produto consumido e sua dosagem, e seu tempo de exposição a substância e por fim, via que é feita a administração sendo algumas delas oral, intramuscular, epidérmica entre outras (BHASIN et al., 1998).       

Com base nos escritos acima o objetivo deste estudo de revisão é compreender, os aspectos gerais dos EAA, padrões de uso do EAA, seus mecanismos de ação e sua toxicidade no organismo como tais hepático, cardiovascular, gônadas e dermatológico.

 

METODOLOGIA

 

O trabalho trata-se de um artigo de revisão bibliográfica, de caráter descritivo e exploratório com apresentação de analises qualitativas. A pesquisa iniciou-se no mês de março de 2019.

O primeiro passo para a realização do trabalho foi selecionar textos teóricos para a aplicação dos conhecimentos sobre o assunto, logo após foi escolhido o problema pesquisa: “Quais os aspectos do uso de esteroides anabolizantes em praticantes de musculação?”. Em seguida foram selecionados alguns artigos científicos que esboçasse o assunto de forma mais especifica

Os artigos científicos foram pesquisados nas bibliotecas virtuais principalmente na Electronic Library online (Scielo), foram selecionados os materiais de artigos e livros disponíveis que visavam solucionarem o problema de pesquisa, e possibilitar a realização deste artigo de revisão.

 

DESENVOLVIMENTO

 

Os EAA são hormônios produzidos pelo córtex da supra- renal, ou gônadas, que são incumbidos por diversos encargos do organismo, tais como, controle metabólico ou características sexuais e utilizadas em clinicas medicas, mas também no meio esportivo devido a sua ação anabólica que são acrescentadas nestas substancias (DUMBAR, 1889).

A testosterona exerce efeitos androgênicos e anabólicos em diversos tecidos alvos, incluindo sistema reprodutor, sistema nervoso central, a glândula pituitária, sistema renal, hepático, cardíaco, muscular e esquelético (CUNHA et al., 2004).

 

TIPOS DE EAA

Os EAA são normalmente divididos em dois aspectos, os EAA sintéticos e os naturais cada possui um aspecto particular (LISE et al., 1999).

As substâncias EAA sintéticas vêm com propriedades de estimular a massa muscular e outros tecidos do corpo, dá-se o nome de anabolizante – essa denominação vem de anabolismo, que é o processo através do qual o corpo constrói músculos mais fortes e maiores (LISE et al., 1999).

Os anabolizantes naturais são produzidos a partir de compostos naturais (vitaminas) e a sua função é a mesma dos esteroides, que é a construção de músculos, queima de gordura e energia. São ricos em aminoácidos, ervas minerais e vitaminas, que contribuem para a manutenção dos tecidos. Um anabolizante natural gera uma ação anabólica que ajuda a estimular a produção natural de hormônios, como a testosterona e o hormônio do crescimento. O objetivo é fazer o organismo da pessoa, produzir mais daquele hormônio próprio e não ingerir ou aplicar um hormônio sintético extra ao corpo (LISE et al., 1999).

Os esteroides anabolizantes sintéticos e semissintéticos, foram desenvolvidos a partir de alterações químicas da testosterona, seus precursores e metabólicos, e introduzido nas terapêuticas em meados do século XX para uso de diversas patologias, as alterações na estrutura original visaram diminuição efeitos androgênicos e aumento a capacidade anabolizante (PEDROSO, 2013)

Os esteroides anabolizantes naturais, são conhecidos como endógenos, entre os quais a testosterona é a mais importante, são responsáveis pelo desenvolvimento das características masculinas, no homem adulto e nos adolescentes, a androstenedionas, testosterona, di-drotestosterona, são secretadas pelos testículos a concentração varia de 0,2 e 1,0ug\dl no plasma sendo produzido diariamente entre 2 a 10 mg (PEDROSO, 2013).

 

PADRÃO DE USO DOS EAA

O consumo de drogas a fim de melhorar o desempenho físico é muito antigo, pode ser observado em diversos momentos da história da humanidade, com intuído de superar limites. Também vemos relatos do uso de plantas, ervas e cogumelos, com a intuição de favorecer o desempenho dos atletas são encontrados desde as olimpíadas na Grécia antiga, que foram iniciadas em 800 a.C. (ROSA, 2014).

Na atualidade o fator que induziu usuários e ex-usuários de esteroides a praticarem musculação foi à possibilidade de melhora na estética corporal (82%), seguido da manutenção da saúde (41%). Não usuários de EAA declararam ter essas mesmas motivações distribuídas entre 69% e 67%, respectivamente. O principal incentivo para o uso de esteroides foi à melhoria da aparência, com a mesma incidência de 82% (SILVA, MOREAU, 2003).

Os EAA utilizados pela maioria dos usuários e ex-usuários, são estanozolol e decanoato de nandrolona. Alguns produtos são preferidos pelos usuários, como os ésteres de testosterona e oximetolona, enquanto que outros só foram relatados por eles, como metandrostenolona, oxandrolona, trembolona e mesterolona, só foram relatados pelos usuários. Preferencialmente os usuários (53%) utilizam dois tipos de esteróides durante uma série (período de administração que varia de 6 a 12 semanas). Cinco ou mais compostos foram utilizados por 24% dos usuários, seguido de três tipos de EAA por 12% dos mesmos (SILVA, MOREAU, 2003).

No mínimo, 64% dos usuários e ex-usuários fazem uso de outros produtos em associação com EAA. Dentre eles, os mais citados foram efedrina e clembuterol. De maneira geral, usuários associam outros produtos com maior frequência do que faziam os ex-usuários. A tendência dos usuários é utilizar principalmente efedrina e, em segundo lugar, clembuterol, inversamente em relação aos ex-usuários. Também utilizam com maior frequência o tamoxifeno e outros produtos que não foram utilizados pelos ex-usuários (SILVA, MOREAU, 2003).

 

MECANISMOS DE AÇÃO DOS EAA

O mecanismo de ação dos EAA até o momento, ainda possui algumas controvérsias.  Os EAA substanciam sintéticas, equivalente a testosterona, pode ser consumida oral ou injetável. Esta substancia pode atuar diretamente em alguns receptores específicos, sendo que uma vez na circulação, são transportados pela corrente sanguínea como mensageiros, na forma livre ou combinada as moléculas transportadoras, mas somente em sua forma livre se difunde através da membrana plasmática de células- alvo liga-se a receptores proteico intracelular por isso só, gera maior produção de ampc (adenosina monofosfato cíclico). Aumentando assim o metabolismo (LISE et al., 1999).

FIGURA 1.  Desenvolvimento de um esteroide. FONTE: ROCHA, AGUIAR, RAMOS, 2014.


Os hormônios esteroides desenvolvem (figura 1), um núcleo básico derivado da estrutura química do colesterol, portanto são hormônios de natureza lipídica. A biossíntese dos hormônios esteroides é restrita a poucos tecidos, como o córtex das glândulas adrenais e gônadas, os quais demonstram diferentes formas do complexo enzimático P-450, responsável pelo processamento da molécula de colesterol. Os andrógenos são hormônios sexuais masculinos e representam uma das classes de hormônios esteroides, são produzidos, pelos testículos e, em menores proporções, pelas adrenais. O principal hormônio produzido pelo testículo é a testosterona (BIANCO, RABELO, 1999). 

 

EFEITOS TERAPÊUTICOS DO EAA

Os EAA são um grupo de compostos naturais e sintéticos formados a partir da testosterona ou um de seus derivados, cuja indicação terapêutica clássica está associada a situações de hipogonadismo e quadros de deficiência do metabolismo proteico, são utilizados no tratamento da AIDS, anemia, queimaduras e melhoria no ganho muscular em pessoas idosas ou acamadas (CUNHA et al., 2004).        

Em pacientes com AIDS, o hipogonadismo é manifestação endocrinológica mais frequente, chegando a ocorrer em até 50% dos homens com AIDS. Manifesta-se clinicamente por diminuição da libido, impotência progressiva e alterações na composição corporal, com diminuição da massa magra. A reposição com derivados de testosterona está indicada para os pacientes com deficiências hormonais documentadas laboratorialmente, devendo haver correlação clínico laboratorial. O tratamento medicamentoso, em geral se associa com retorno da libido e da potência, assim como o ganho da massa muscular, devendo ser monitorizada a função hepática, devido ao risco de hepatite medicamentosa (PONTE, GURGEL, MONTENEGRO, 2009).

Se tem conhecimento de que esteroides anabolizantes possuem um alto potencial de estimular a produção de glóbulos vermelhos do sangue, e por essa razão em alguns casos de anemia como a anemia falciforme podem ser tratados com EAA. Também são utilizados em quadros agudos queimaduras em que os pacientes podem apresentar deficiência no metabolismo proteico (CUNHA et al., 2004).

Tratando-se de substâncias hormonais, idosos com cerca de 80 anos apresentam um declínio de níveis de testosterona e andrógenos com a idade, existindo uma relação entre queda de testosterona e declínio de massa e força muscular evidenciado por estudos epidemiológicos, por essa razão o uso de EAA no tratamento da perca da massa muscular é eficiente (GODOY et al., 2017; SILVA et al., 2006).

Apesar de ser usado terapeuticamente os EAA possuem efeitos adversos tóxicos, por essa razão devem ser utilizados acompanhados de um profissional médico (CUNHA et al., 2004).

 

PRINCIPAIS EFEITOS TÓXICOS DOS EAA

 

Musculoesquelético

Os EAA podem ocasionar, em crianças e adolescentes o fechamento antecipado das epífises, causando diminuição no crescimento (LAMBERT; TITLESTAD, SCHWELLNUS, 1998)

Em pauta às mudanças no aparelho locomotor, o uso indiscriminado de EAA pode aumentar drasticamente o risco de lesões musculotendíneas, pois a estrutura osteoarticular não consegue acompanhar a evolução muscular, inibindo a síntese de colágeno em ligamentos e tendões do usuário de EAA (FERREIRA et al., 2007; HOFFHMAN, RATAMESS, 2006).

Horn, Gregory e Guskiewicz (2009), citam sobre o índice de lesões musculoesqueléticas em ex-jogadores de futebol americano, usuários e não usuários de EAA. Os dados apontam maior tendência de lesões nas articulações, cartilagens, meniscos e ligamentos no grupo que possui um consumo de EAA.

Uma pesquisa de acontecimentos, atribuiu maior possibilidade de rompimento bilateral do tendão do quadríceps em fisiculturistas após uso abusivo e prolongado de EAA e outras substancias por, aproximadamente, 10 anos (DAVID et al., 1995).

 

Hepático

Os efeitos hepáticos decorrentes do consumo de esteroides anabolizantes estão entre os mais cotidianos e graves, dentre os quais podemos destacar aumento dos níveis de marcadores enzimático de toxicidade no fígado, podendo ocasionar pato-toxidade, além de hepatomegalia, adenoma hepatocelular (tumor de origem epitelial) entre outros (SCHWINGEL et al., 2011; VIEIRA et al., 2008).

Um estudo publicado na Liver Internacional realizado por pesquisadores brasileiros avaliou a prevalência de doenças hepáticas gorduras não alcoólicas, através ultra cenografia abdominal em 85 sujeitos do sexo masculino que tinha histórico de uso intramuscular de EAA, pelo período superior de dois anos.  Revelaram casos de hepatomegalia em 12,6% e esteatose hepática (deposito de gordura no fígado) em 13,7% dos sujeitos pesquisados (SCHWINGEL et al.,2011)

O risco para problemas hepáticos parece estar mais relacionado ao consumo abusivo relacionado principalmente, o uso abusivo dos EAA, orais (17a–alquilados) por serem mais tóxicos e resistentes ao metabolismo hepático. (HOFFHMAN; RATAMESS, 2006)

 

Cardiovascular

O risco cardiovascular destaca-se a hipertrofia do ventrículo esquerdo acima dos graus fisiológicos, como um fator de risco independente para mobilidade e mortalidade. Esse risco tem sido relacionado à arritmia ventricular e a morte súbita (DORNAS; OLIVEIRA; NAGEM, 2008; FINESCHI et al., 2001).

Verificaram que uso de EAA associado ao treinamento aeróbico em ratos gerou adaptações negativas no sistema cardiovascular, como hipertrofia cardíaca patológica, caracterizada pela diminuição das funções diastólica (CARMO et al., 2011). 

Encontraram, inicialmente, 74mmhg na pressão arterial diastólica e, após 10 semanas de automedicação e altas doses de EAA a mesma aumentou para 86mmhg (KUIPERS et al., 1991).    

Não encontraram diferenças significativas em relações aos valores das pressões artérias diastólica e sistólica em compararem não usuários, usuário, ex usuários de EAA. Porem 8% do grupo dos não usuários, 29% dos usuários e 37% dos ex-usuários eram hipertensos (O’SULLIVAN et al., 2000).

Confrontando os achados á cima, vários autores não constataram diferenças significativas na morfologia cardíaca de fisiculturistas por meio do exame de eco cardiograma, após a administração de diversos EAA pelo período de dois anos. Essas divergências na literatura parecem dependerem das condições de vários fatores como; tipo de EAA a ser utilizado, associações com outras drogas (insulina e estimulantes) pré disposição genéticas, entre outros fatores (CARMO et al., 2011; BONETTI et al., 2008; DORNAS; OLIVEIRA; NAGEM, 2008; FINESCHI et al., 2001).

 

Hipogonadismo

Em relação ao sistema geniturinário, os EAA podem ocasionar ao homem diminuição dos espermatozoides (oligospermia), atrofia testicular a radicalização espermatozoides na ejaculação (azoospermia) por inibição da secreção de gonadrofina, bem como também a conversão dos androgênicos em estrogênios, alem de ocasiona uma ereção dolorosa e persistente, denominada priapismo (BONETTI et al., 2008; ABRIL et al., 2005).

Ao avaliar esta realidade masculina em ex usuários EAA observa que em 80,9% ocorreu a zospermia e oligosperma, mas ocorrendo uma melhora no quadro clinico em 6,3 meses após parar o uso (ABRIL et al., 2005).           

Em nove atletas de fisiculturismo que utilizavam EAA por mais de três anos os resultados do espermograma, mostraram um quadro compatível com infertilidade (GUERRA, BION, ALMEIDA, 2005).

Uma pesquisa com atletas fisiculturistas que nunca tiveram contato com EAA e posteriormente, iniciaram a administração dessas drogas, revelou- se, que após dois anos de acompanhamento, redução significativamente do volume testículo esquerdo p<0,001 e o direito p<0,05, assim como casos de azoospermia e oligosperma em alguns atletas (BONETTI et al., 2008).

Os efeitos no aparelho reprodutor feminino incluem redução dos níveis circulatório do hormônio luterizante, hormônio folículo- estimulante, dos estrogênios e da progesterona, inibição da ovulação; alterando o ciclo menstrual (IP et al., 2010).

Alguns efeitos nas mulheres são irreversíveis tais como: hipertrofia do clitóris aumento dos pelos faciais e corporais a alterações no timbre de voz, levando consideração que a testosterona sintética logo a mulher adquira características masculinas como quais se denomina masculinizarão (IP et al., 2010; FERREIRA et al., 2007; HOFFHMAN; RATAMESS, 2006).

 

Dermatológicos

A acne parece ser um dos efeitos mais cotidianos e comuns relacionado ao uso abusivo e descriminado dos EAA. Um estudo revelou prevalência de 63,4% de acne em usuários de EAA (PARKISON; EVANS, 2006; O’SULLIVAN et al., 2000; LAMBERT; TITLESTAD; SCHWELLNUS, 1998; EVANS, 1997).

Provavelmente causa desses efeitos adversos estarem relacionado a estimulo das glândulas sebáceas em produzir mais óleo. Os locais mais comuns a ser afetadas são face e as costas (HOFFHMAN; RATAMESS, 2006).

Outro efeito colateral bem comum são as estrias, atingindo normalmente a região axilar e deltopeitoral (EVANS, 1997)

As estrias estão relacionadas ao rápido crescimento muscular. A única maneira de evitar essas marcas é aumentar, de forma fisiológica, a sessão transversa do tecido musculoesquelético, contribuído assim, para uma melhor adaptação do tecido epitelial. (PARKINSON; EVANS, 2006).

 

CONCLUSÃO

 

A testosterona foi sintetizada pela primeira vez em 1935 para fins terapêuticos, porém na década de 50, atletas de categorias esportivas como o fisiculturismo e halterofilismo começaram a utilizar esses esteroides com intuito de melhorar seu desempenho e estética corporal como atleta, esse uso se alastrou drasticamente até chegar em atletas de outras modalidades esportivas.

A drástica disseminação do uso indiscriminado dos EAA sem acompanhamento médico alcança proporções alarmantes, o que levou essa droga a ser considerada uma substância de uso proibido pelo comitê olímpico internacional (COI), e além de atletas já estava sendo utilizado popularmente, deixando a situação cada vez mais grave.    

Com o acompanhamento médico os EAA possuem efeitos benéficos como no tratamento da AIDS, anemia, queimaduras e melhoria no ganho muscular em pessoas acamadas, mas mesmo como acompanhamento terapêutico os efeitos colaterais são relatados.

Apesar dos EAA possuírem efeitos terapêuticos atualmente o fator que mais induz o uso de esteroides, é a possibilidade de melhora na estética corporal, o que representa a maioria dos casos de efeitos colaterais independentemente do tempo de uso sendo de curto, médio ou longo prazo, o uso dessa substancia pode causar problemas renais, cardiovasculares, hipogonadismo, problemas hepáticos e dermatológicos.

Salienta-se que o uso com orientação médica é benéfico apesar dos efeitos adversos, porém o uso indiscriminado caracteriza um problema de saúde pública.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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[1] Faculdade de Colíder – FACIDER. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

 

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Valdelice da Silva

Rakel Lemes do Nascimento

Suzana Torres de Jesus Santos

Edneia Aparecida de Oliveira Banin

Maria de Jesus Pedroso

 

RESUMO

O tema definido para este Paper da prática interdisciplinar: A importância dos jogos na educação infantil, onde se busca expor como os jogos contribuem para a aprendizagem das crianças. O objetivo geral: Apresentar conceitos sobre os jogos na educação infantil. Os objetivos específicos: Analisar como o professor trabalha com os jogos em sala de aula; expor a importância dos jogos na educação infantil; elencar os tipos de jogos na educação infantil. A metodologia baseou-se em nos seguintes autores: Gomes (2009), Huizinga (1980), Kishimoto (1997), Rodrigues (2013), Silva (2015). Sendo que esta pesquisa se realizou em livros e páginas da internet que apresentou conceitos importantes sobre os jogos na educação infantil.

 

Palavras-chave: Educação Infantil. Jogos. Professor.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Na educação infantil os jogos se fazem presentes como um recurso pedagógico que o professor pode estar utilizando com seus alunos. Diante disto o tema principal “Infância e suas linguagens”, subdividiu para a temática: A importância dos jogos na educação infantil, momento em que todos os integrantes do grupo optaram por esse assunto a ser pesquisado, uma vez que faz parte da realidade educacional.

O objetivo geral: Apresentar conceitos sobre os jogos na educação infantil.

Os objetivos específicos: Analisar como o professor trabalha com os jogos em sala de aula; expor a importância dos jogos na educação infantil; elencar os tipos de jogos na educação infantil.

A metodologia para a realização do trabalho foi de pesquisas em páginas da internet e livros, onde se retirou trechos de cada autor para estar compondo a parte da fundamentação teórica desta pesquisa sobre os jogos na educação infantil.

 

 

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

JOGOS NA INFÂNCIA

  

Na infância a criança tem maior facilidade em aprender por meio dos jogos, e no meio escolar este tem por função educativa, como relata Rodrigues (2013) O jogo utilizado no ambiente escolar é visto como um recurso educativo, sendo indispensável neste processo de aprendizagem das crianças, ele ainda tem por função de atender como uma atividade lúdica em sala de aula.

Segundo Huizinga:

 

O jogo é uma atividade, consequentemente tomada como não séria e exterior à vida habitual, mas ao mesmo tempo capaz de absorver o jogador de maneira intensa e total. É uma atividade desligada de todo e qualquer interesse material, com o qual não se pode obter qualquer lucro, praticado dentro de limites espaciais e temporais próprios, segundo certa ordem e certas regras. (HUIZINGA, 1980, p. 13).

 

O professor deve utilizar os jogos em sala de aula, como sendo uma ferramenta pedagógica que contribui para que os alunos desenvolvam suas relações interpessoais com seus colegas de turma, além de ser para a criança uma aprendizagem significativa. (RODRIGUES, 2013).

Ainda Kishimoto explica que:

 

Os jogos têm diversas origens e culturas que são transmitidas pelos diferentes jogos e formas de jogar. Este tem função de construir e desenvolver uma convivência entre as crianças estabelecendo regras, critérios e sentidos, possibilitando assim, um convívio mais social e democracia, porque “enquanto manifestação espontânea da cultura popular, os jogos tradicionais têm a função de perpetuar a cultura infantil e desenvolver formas de convivência social. (1997, p.15).

 

 O jogo é uma atividade que possui regras e limites a serem obedecidos, para Silva (2015, p.13) “O jogo é uma atividade de ocupação voluntária, exercida dentro de determinados limites de espaço e tempo, seguindo regras livremente consentidas e apresentadas, e absolutamente obrigatórias para a sua prática.”. Assim, na realização dos jogos em sala de aula, o professor tem um papel importante, onde tem por tarefa de analisar o jogo que se adeque as necessidades pedagógicas dos alunos, para que este momento em sala de aula se torne prazeroso para a criança. (ANTUNES, 1998).

 

MATERIAIS E MÉTODOS

  

Os materiais e métodos que utilizou para a realização desta pesquisa foram de um estudo de revisão bibliográfica, no qual priorizou por autores que defendem suas ideias sobre o assunto.

Assim, foram realizadas as devidas leituras e seleção dos trechos a compor o Paper, no qual se analisou os trechos importantes, ao término se deu o momento de elaboração e fechamento de toda a pesquisa, apresentando assim os resultados proporcionados com este estudo.

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÕES

 

Os resultados e discussões que foram obtidos com esta pesquisa são de que na educação infantil os jogos se fazem presentes como sendo uma metodologia e um recurso pedagógico que o professor pode estar utilizando para que seus alunos possam desenvolver suas aprendizagens.

É importante destacar que nessa fase a criança tem maior facilidade em associar as atividades por meio dos jogos, entretanto o professor precisa analisar o jogo que seja condizente com o conteúdo a ser aplicado com os alunos.

Em cada etapa de idade da educação infantil são sugeridos jogos e atividades lúdicas de acordo com a faixa etária dos alunos para que não seja um trabalho em vão, que não esteja de acordo com o desenvolvimento da criança.

A tabela 01 traz sugestões que o professor possa estar trabalhando de acordo com a idade de seus alunos, onde nela estão dispostas a faixa etária e as sugestões que o professor pode estar utilizando nas suas aulas.

Tabela 01: Sugestões a serem utilizadas na educação infantil

  

Idades

Sugestões de Brinquedos e Materiais para Educação Infantil

Bebês (0 a 1 ano e meio)

Chocalhos, móbiles sonoros, sinos, brinquedos para morder, bolas de 40 cm e menores, blocos macios, livros e imagens coloridos, brinquedos de empilhar, encaixar, espelhos.

Objetos com diferentes texturas (mole, rugoso, liso, duro) e coloridos, que fazem som (brinquedos musicais ou que emitem som), de movimento (carros e objetos para empurrar), para encher e esvaziar. Brinquedos de parque. Brinquedos para bater. Cesto com objetos de materiais naturais, metal e de uso cotidiano.

Colcha, rede e colchonete. Bichinhos de pelúcia. Estruturas com

blocos de espuma para subir, descer, entrar em túneis.

Crianças pequenas

(1 ano e meio a 3 anos e 11 meses)

Túneis, caixas e espaços para entrar e esconder-se, brinquedos para empurrar, puxar, bolas, quebra-cabeças simples, brinquedos de bater, livros de história, fantoches e teatro, blocos, encaixes, jogos de memória e de percurso, animais de pelúcia, bonecos/as, massinha e tinturas de dedo. Bonecas/os, brinquedos, mobiliário e acessórios para o faz de conta.

Sucata doméstica e industrial e materiais da natureza. Sacolas e latas com objetos diversos de uso cotidiano para exploração. TV, computador, aparelho de som, CD.

Triciclos e carrinhos para empurrar e dirigir. Tanques de areia, brinquedos de areia e água, estruturas para trepar, subir, descer, balançar, esconder. Bola, corda, bambolê, papagaio, perna de pau, amarelinha. Materiais de artes e construções.

Tecidos diversos. Bandinha rítmica

Crianças Maiores Préescolares (4 e 5 anos e

11 meses)

Boliches, jogos de percurso, memória, quebra-cabeça, dominó, blocos lógicos, loto, jogos de profissões e com outros temas.

Materiais de arte, pintura, desenho. CD com músicas, danças. Jogos de construção, brinquedos para faz de conta e acessórios para brincar, teatro e fantoches. Materiais e brinquedos estruturados e não estruturados. Bandinha rítmica. Brinquedos de

parque. Tanques de areia e materiais diversos para brincadeiras

 

 

 

na água e areia.

Sucata doméstica e industrial, materiais da natureza. Papéis, papelão, cartonados, revistas, jornais, gibis, cartazes e folhas de propaganda. Bola, corda, bambolê, pião, papagaio, 5 marias, bilboquê, perna de pau, amarelinha, varetas gigantes.

Triciclos, carrinhos, equipamentos de parque. Livros infantis, letras móveis, material dourado, globo, mapas, lupas, balança, peneiras, copinhos e colheres de medida, gravador, TV, máquina fotográfica,

aparelho de som, computador, impressora

Fonte: Kishimoto, 2010, p.17-18.

 

Essa tabela reforça o apresentado na parte teórica, onde o professor tem sugestões de diversas atividades a serem aplicadas em sala de aula, a fim de que os alunos tenham uma aprendizagem significativa.

Ainda é preciso apresentar os tipos conceituais dos jogos, pois esta não é uma mera atividade, e sim de um caráter pedagógico que visa colaborar no aprendizado e desenvolvimento dos alunos em sala de aula.

 

Figura 01: Tipos de jogos


A figura apresenta os jogos que tem por função de brincar e de como se brinca sendo eles: jogo sensorial, jogo motor, jogo simbólico, jogo rude e desordenado, jogo verbal, jogo sócio dramático, jogo construtivo, jogo de regras. Em relação aos jogos que contribui para maturidade social são estes: jogo solitário, jogo do espectador, jogo paralelo (ao lado, mas não junto), jogo associativo (compartilha materiais, mas não as metas), jogo cooperativo. Fonte: Disponível em:<http://construireincluir.blogspot.com/2011/07/o-papel-do-brinquedo-da- brincadeira-e.html> Acessado em: 28 out. 2019.

Desta forma, são diferentes os contextos que cada tipo de jogo apresenta, sendo tarefa de o professor analisar qual esteja de acordo com seu planejamento de aula.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

  

Dado o apresentado nesta pesquisa, o jogo tem uma importância significativa, nesta fase em que o aluno/criança se encontra em pleno processo de desenvolvimento de seus aprendizados.

Os jogos têm como função de educativa na educação infantil, na qual o professor analisa o jogo propicio para a atividade pedagógica a ser trabalhada em sala de aula, insto é necessário para que o aluno não sofra interferências nesta fase. São diferentes os tipos de jogos que o professor tem a sua disposição e que devem ser utilizados de acordo com o planejamento anual da turma, para que se tenha uma sequência didática nas atividades e recursos pedagógicos que são

utilizados nos trabalhos em sala de aula.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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KISHIMOTO, Tizuco Morchida. Jogo, Brinquedo, Brincadeira e a Educação. 2. ed. São Paulo: cortez, 1997.

 

                                                        . Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. 2010. Anais do I seminário nacional: currículo em movimento – perspectivas atuais

Belo horizonte.

 

RODRIGUES, Lídia da Silva. Jogos e brincadeiras como ferramentas no processo de aprendizagem lúdica na alfabetização. 2013. Disponível em:

<http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/14200/1/2013_LidiaSilvaRodrigues.pdf> Acessado em: 15 ago. 2019.

 

SILVA, Tiago Aquino da Costa e. Jogos e brincadeiras na escola1. ed. São Paulo: Kids Move Fitness Programs, 2015.

 

 

A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Daiane Fernanda Dacroce Damasceno

Edileusa de Arruda Plácido

Jakeline Pereira lima

Jocélia Pereira Lima

Roseli Rodrigues De Souza

 

RESUMO

A proposta deste trabalho referente a conclusão de curso, com o tema “Ludicidade na Educação Infantil”, foi elaborado através de pesquisa metodológicas em sites, livros e conhecimentos adquiridos através do próprio cotidiano escolar referentes, tendo como objetivo principal o conhecimento sobre o que é a ludicidade, como administrar a ludicidade em sala de aula, e desenvolver juntamente com os alunos atividades que envolvam a ludicidade. As brincadeiras e jogos devem ser utilizados em sala de aula com o intuito de auxiliar no aprendizado das crianças, pois esta muita das vezes aprender mais de forma lúdica, do que apenas copiando conteúdo do quadro, pois a ludicidade estimula os sentidos, a coordenação motora, lateralidade, autoestima, socialização e principalmente o aprendizado. O principal intuito deste trabalho foi alcançado com excito pois através do mesmo pode se perceber que devemos sempre buscar formas e meios para contribuir na formação dos nossos pequenos cidadãos, sempre refletindo sobre a pratica pedagógica e trabalhando atividades lúdicas de forma que o aluno aprenda brincando. O pedagogo deve ser ter um planejamento adequado para a faixa etária de sua turma, e incluir nele o lúdico através de atividades pedagógicas.

 

Palavras-chave: Ludicidade, crianças, brincar e aprender.

 

INTRODUÇÃO

 

            A ludicidade está relacionada em todas as atividades que despertam prazer em nossas crianças. Segundo Santos (2002), é uma necessidade do ser humano em qualquer idade. Visando que com ela o aprender fica mais fácil e gratificante para os alunos, aumentando ainda mais o desejo e a sede de aprender.

Na esfera da pedagogia, a ludicidade se dá através do desenvolver da criatividade e do saber por meio de jogos, músicas e danças. O lúdico não é apenas uma prática pedagogia e nem sequer foi inventado por ela. Ao brincar, as crianças estariam abertas a um ambiente propositadamente benéfico ao desenvolvimento físico e cognitivo.

O principal intuito deste trabalho é através de uma pesquisa bibliografia sobre a ludicidade na educação infantil, abordando como ela é, como ela é desenvolvida em sala de aula, como o professor elabora o lúdico no seu plano de aula, suas dificuldades em relação a sua aplicação em sala e sobre a busca de conhecimento do mesmo.

 O objetivo do trabalho foi elaborar através de pesquisas em sites, livros, conversar com pedagogos, e também conhecimentos adquiridos no próprio cotidiano escolar, tendo como objetivo principal o conhecimento sobre o que é a ludicidade, como administrar a ludicidade em sala de aula, e como trabalhar com os alunos atividades que envolvam a ludicidade.

A justificativa pela escolha do tema foi pela busca de conhecimento adquirido através de pesquisas bibliográficas, através de troca de experiências com outros pedagogos, pois as atividades lúdicas fazem desenvolver na criança várias habilidades, e com isso seu desenvolvimento aflora através do cotidiano escolar, dia a dia. 

O principal intuito deste trabalho foi alcançado pois através dele pode-se perceber que devemos sempre buscar forma e meios para contribuir na formação dos nossos pequenos cidadãos, sempre refletindo sobre a pratica pedagógica e trabalhando atividades lúdicas de forma que o aluno aprenda brincando.

No primeiro capítulo pesquisamos sobre a ludicidade: conceito e história, retrata a ludicidade desde o iniciou na vida do ser humano, procurando definir também o conceito que temos sobre a ludicidade, no capitulo dois abordou o lúdico e as brincadeiras trabalhadas em sala de aula, pois atividades como jogos, gestos, músicas são consideradas atividades lúdicas, sendo que esta ajuda no desenvolvimento intelectual, motor e psicomotor das crianças. O terceiro capitulo tem como tema a importância do lúdico na educação infantil, este revela os desenvolvimento e prazeres que o lúdico proporciona as crianças, com atividades elaboradas corretamente para a faixa etária de cada turma, os alunos constroem um conhecimento imenso através de atividades lúdicos sendo visto este avanço no aprendizado no dia a dia em sala de aula.

 

LUDICO: CONCEITO E HISTÓRIA

 

Atualmente a ludicidade está presente no cotidiano escolar de nossas crianças e isso vem favorecendo ainda mais nas concepções psicológicas e pedagógicas de nossos alunos, pois a mesma ajuda a vivenciar fatos e experiências e a favorecer as cognições existentes na vida das crianças.

Atualmente a educação infantil se tornou obrigatória no Brasil a partir de 4 anos de idade as crianças já devem estar matriculas nas creches, porém essa demanda se deu através dos acréscimos de nós mulheres ao mercado de trabalho.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96) estabelece a Educação Infantil como a primeira etapa da educação básica (título V, capítulo II, seção II, art. 29), assim como afirmam as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil, delineando diretrizes voltadas a esse nível de ensino.

O lúdico não é só um brincar aleatório, mais sim um brincar consciente, e principalmente planejado pelo pedagogo, pois as nossas crianças merecem um planejamento adequada para o seu desenvolvimento e a sua faixa etária de idade.

O desenvolvimento deste trabalho será feito através de pesquisas bibliográficas, sempre buscando conhecimentos e métodos para se trabalhar com os alunos, tendo como foco principal a importância no desenvolvimento infantil por  completo do aluno sendo tanto no aspecto físico, psíquico, cognitivo e social do aluno.   

 A educação infantil corresponde à educação ministrada desde o nascimento até os 6 anos, aproximadamente. Considerada indispensável na vida de uma criança, ela oferece os fundamentos para o desenvolvimento completo da criança num aspecto físico, psíquico, cognitivo e social e a melhor forma para se trabalhar tudo isso com o aluno é através da ludicidade. Pois segundo Freire (2006) a ludicidade ajuda no desenvolvimento da criança com prazer, diversão e conhecimentos específicos.

Contemplado ainda mais esse desenvolvimento infantil tem o contato de outras crianças na meio escolar, seja ela professora, auxiliar, a direção, coordenação, cozinheira, a pessoa da limpeza, pessoas que fazem parte da vivência cotidiana da criança na escola isso trazendo a elas novas experiências, novas atitudes, novos hábitos, novos conhecimento, e até mesmo uma variedade na linguagem das crianças, esse contato com pessoas fora do seu âmbito familiar é fundamental para o seu desenvolvimento e também para troca de experiências.

“Ludicidade são atividades de caráter livre, para que uma brincadeira seja considerada lúdica ela deve ser de escolha da criança participar ou não dela” (BROUGÈRE 2010, p. 01). Alguns exemplos mais usados dessas atividades são, o pula- pula, o cantar, o dançar, pega-pega, brincadeiras de rodas, etc. sendo estas livres ou dirigidas pelo pedagogo.

O dia a dia do professor em sala de aula deve, ou pelo menos deverá estar inserida a ludicidade, sendo esta a atividade principal na educação infantil pois é brincando que se aprende, é esse brincar consciente, chama se ludicidade. Porém brincar com respeito, igualdade, e com atividades que tenha conteúdo para nossas crianças, trabalhando assim o seu desenvolvimento cognitivo e psicomotor.

A ludicidade não se define apenas em jogos, brincadeiras e brinquedos, ela está relacionada a toda atividade livre e prazerosa, podendo ser realizada em grupo ou individual pelo aluno. Sendo parte fundamental e essencial em sua vida.

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003, p. 16), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, sendo este em todas em etapas, desde o nosso nascimento.

Ser criança é considerar uma fase para realizar brincadeiras, descobertas do mundo e aprendizagem para o seu desenvolvimento, juntamente com à segurança, à alimentação de qualidade, à educação e à saúde, sendo que os seus direitos devem ser todos respeitados, porém temos em nosso pais hoje a diversidade social e econômicas, que estão presentes em nossa realidade e que muitas das vezes impedem que nossas crianças tenham uma vida melhor, com respeito e dignidade.

As brincadeiras e o jogos, o lúdico em si não é apenas um passa tempo em sala de aula, mais sim uma ferramenta muito importante que serve para despertar na criança a imaginação, autoconfiança, afetividade, socialização, e principalmente o contexto de regras e deveres, este que serão inseridos dia a dia em sala de aula com as professoras e os colegas. O professor tem como dever proporcionar essa socialização aos alunos, incentivando-os na divisão, e cooperação que acontecem nos jogos e brincadeiras. Segundo MOYLES (2002, p. 106) “ para brincar de modo efetivo, as crianças precisam de companheiros de brincadeiras, materiais, áreas, oportunidade, espaço, tempo, entre outros”. E no cotidiano escolar que o aluno terá essa capacidade ainda mais aflorada, devido aos colegas, ao espaço, e ao pedagogo que deve auxiliar neste processo.

Para confirma ainda mais esse estudo Fortuna (2003, p.01) afirma que, “é importante que o educador insira o brincar em um projeto educativo, com objetivos e metodologia definidos, o que supõe ter consciência da importância de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem das crianças”.

 

LÚDICO E BRINCADEIRA

 

Os jogos e brinquedos são elementos que estão presentes, desde o início da humanidade. Embora os mesmos não tinha naquela época a conotação que tem hoje, eram vistos como fúteis e tinham como objetivo somente a distração e a recreação, pois antigamente as crianças começam a trabalhar cedo demais para ajudar no sustento em casa.

Com o passar do tempo os jogos e os brinquedos tomaram novas dimensões e a partir daí surgiram como um fator para o desenvolvimento infantil. Proporcionando assim um campo amplo de estudos e pesquisas chegado se ao consenso e a importância do lúdico na vida das crianças.

Através do lúdico na educação infantil, quando bem elaborado e orientado, auxilia no desenvolvimento de habilidades como observação, reflexão, decisão, organização entre outros, através das atividades lúdicas as crianças descobrem seus limites, habilidades, explorar o mundo e compreende regras.

É através do lúdico com brincadeiras que a criança constrói seu conhecimento, expressa suas emoções, cria o seu próprio mundo de fantasia, relacionando se com outras crianças, aonde as mesmas desenvolvem suas capacidades corporais, social e de  coordenação motora: criando um espírito de competição saudáveis entre os alunos, porém sempre com a intervenções se houver conflitos, o professor deve se fazer de mediador, pois a ludicidade auxiliam as crianças a combinar e cumprir regras, assim desenvolvendo atitude de respeito e cooperação nos jogos lúdicos e brincadeiras. No entanto não temos dúvidas que os jogos didáticos e as brincadeiras levam as crianças ao desenvolvimento, além de propiciar recreação e uma aprendizagem espontânea. E cabe a nós professores não ressaltar apenas o aspecto competitivo, pois a competição deve incentivar o respeito entre os colegas, principalmente quando há a ideia de competição.

Obviamente, um jogo, uma brincadeira ou qualquer outra técnica recreativa utilizada pelo professor nunca deve ser aplicada sem ter em vista um benefício educativo para o aluno.

Segundo Piaget (1971, p. 01) “quando brinca, a criança assimila o mundo a sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui”.

Percebe-se a concepção teórica partindo do princípio em que o processo de desenvolvimento da inteligência da criança se determina a partir de ações mútuas entre indivíduo e ações.

Percebe-se que as brincadeiras tradicionais, gradativamente, estão sendo esquecidas pelas crianças, um exemplo são as brincadeiras de roda. Prováveis causas estariam relacionadas ao fato de o espaço nas cidades ser restrito, isolamento da criança frente ao computador, celular e televisão e ainda a presença de brinquedos eletrônicos.

 

Nenhuma criança brinca só para passar o tempo, sua escolha é motivada por processos íntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que está acontecendo com a mente da criança determina suas atividades lúdicas; brincar é sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se não a entendemos. (GARDNEI apud FERREIRA; MISSE; BONADIO, 2004, p. 01).

 

Assim, entre os principais objetivos da brincadeira está fazer com que as crianças sejam lidem com diferentes fontes de informações, recursos tecnológicos, tantos os mais simples, quanto mais complexo.

Pacheco acrescenta que:

 

É por meio dessa magia, desse fantástico que a criança elabora suas perdas, materializa seus desejos, compartilha sua vida, anima, muda de tamanho, liberta-se da gravidade fica invisível e assim comanda o universo por meio de sua onipotência. (PACHECO, 1998, p. 34)

 

Hoje, busca-se de forma mais enfática a utilização de atividades lúdicas no cotidiano das crianças, também dentro das instituições escolares, sabe-se ainda que a introdução da ludicidade no cotidiano das crianças tende a contribuir para o desenvolvimento de atitudes positivas, estimula o enfrentamento de desafios e a busca de soluções.

 

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

O professor pode desenvolver o seu planejamento e trabalhar o lúdico, os jogos, as brincadeiras, os brinquedos sendo que para isso acontecer é necessário a vivência, o sentido e a percepção. É preciso saber selecionar as situações importantes dentro da sala de aula, percebendo e sentindo e de que forma irá auxiliar no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança.

O simples ato de se trabalhar o lúdico com as crianças, é dando ênfase a ela, pois com o brincar a criança cria um mundo de imaginação, e com ele várias formas de aprendizado que a criança leva para a vida.

O lúdico, ou seja, as brincadeiras, jogos e brinquedos na Educação Infantil são indispensáveis para a progressão das crianças, pois são atividades primordiais, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a personalidade e a autonomia, assim como a habilidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade.

A criança que brinca, que se é trabalho o lúdico corretamente, tem mais facilidade para viver e reconhecer a realidade do mundo, pois a partir daí ela consegue se expressar com mais facilidade, a se comunicar, e maior será seu desenvolvimento sob os diferentes aspectos, até mesmo corporal.

Reconhecer o lúdico durante os processos de ensino aprendizagem significa considerá-lo nas interpretações das crianças, sendo vivido na sala de aula como algo instintivo, permitindo-lhes sonhar, fantasiar, realizar desejos e viver como crianças de verdade.

Vygotsky (1991) enfatiza que a brincadeira apresenta três características: a imitação, a regra e a imaginação, presentes em todos os tipos de brincadeiras, podendo ser de faz-de-conta, tradicional ou outra atividade lúdica.

 

A evolução semântica da palavra "lúdico", entretanto, não parou apenas nas suas origens e acompanhou as pesquisas de Psicomotricidade. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que 102 Revista online De Magistério de Filosofia, Ano X, no. 21, 1º. Semestre de 2017 a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (ALMEIDA, 2009, p.1).

 

Almeida (2009) afirma que a atividade lúdica inclui principalmente o entretenimento, onde não acarreta somente no resultado, mas o divertimento, prazer, alegria e interação dos integrantes. Nesses momentos onde o lúdico se faz presente são desenvolvidos a criatividade e incontáveis conhecimentos que englobam jogos, brinquedos, brincadeiras, músicas, danças e representações artísticas.

Utilizado corretamente, o lúdico propicia conhecimentos incalculáveis, pois com brincadeiras a criança sente grande interesse e, até mesmo sem perceber, ela está passando por um processo de troca contínua de aprendizado.

 

Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver. (KIMISHIMOTO, 2010, p.01).

 

Numa perspectiva interdisciplinar vários autores enfatizaram a importância do ato de brincar no desenvolvimento do indivíduo, do ponto de vista cultural. Segundo eles é por meio da brincadeira, que a criança aprende a se conhecer e atuar no mundo que a rodeia. No campo da psicologia, destaca–se a obra de Vygotsky que afirma:

 

No brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que a realidade. Como foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo, uma grande fonte de desenvolvimento. (VYGOTSKY, 1984, p. 117).

 

No brincar a criança usa a imaginação e transporta-se ao mundo de fantasia, desvendando uma atitude própria do mundo infantil, e estimulando a sua criatividade interior. Proporcionando a ela vivencias fantásticas, e um aprendizado incalculável.

O brincar da criança depende da influência de alguns fatores do dia a dia, pois pode ser preciso a companhia de alguém, o espaço adequado, o tempo que a brincadeira irá ter, o brinquedo que pode ser usado ou não, o jogo ou qualquer outro objeto que lhe de suporte para realizar a tal atividade, com isso temos a seguinte afirmação. Os brinquedos e as brincadeiras são reflexos de um momento histórico expressos através da linguagem. Brinquedo e jogo são objetos culturais, corno nos indica Kishimoto (1997, p. 17).

O meio em que a criança está inserida interfere também em suas atividades do dia a dia, pois as crianças costumam copiando alguém que está ao seu redor, inserida em seu mundo, um exemplo claro dia, e copiar o jeito em que a mamãe faz comida, a criança reproduz o mesmo modo que a mãe faz quando está fazendo comida e a mesma utilizando suas panelinhas, ou algo que para ela retrate isso.

A criança consegue se expressar de várias formas, sendo uma mais característica é através do brincar, pois a criança consegue reproduzir seu cotidiano, demonstrar sentimentos, emoções, sua realidade, sua capacidade, habilidades, interessem e desinteresse. O lúdico pode ser utilizado pelo professor como forma de avaliar o aluno, sendo esta feito através da observação minuciosa do pedagogo com o aluno, e com a turma todo em geral. Pois através desta observação o professor faz descobertas maravilhosas.

Nas metodologias escolares é possível utilizar atividades lúdicas como jogos, brincadeiras, contações de histórias e fantoches, para auxiliar no processo de aprendizagem da criança. A diversão leva as crianças a vivenciarem diversas experiências que propiciam a interação com o outro, permitem organizar o pensamento, tomar decisões e ampliar os conhecimentos adquirido através do brincar, através das atividades do cotidiano escolar.  Para isso acontecer de forma corretamente o pedagogo deve inserir estas atividades no seu planejamento, pois isto é fundamental para a crianças, para que tudo ocorra perfeitamente pois Conforme Padilha (2001, p. 68)

 

Planejar é uma atividade que está dentro da educação, visto que esta tem como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro, estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação.

 

O planejamento escolar deve ser o norteador das ações do pedagogo e este deve servir para auxiliar na execução das atividades pedagogias, atividades lúdicas, e outros meio em sala de aula, sendo estas planejadas com antecedência.

 

CONSIDERAÇÃO FINAL

 

A infância é uma fase que marca a vida de nos seres humanos, e o brinca é fundamental e nunca deve ser deixado de lado por causa de uma televisão, um tablet, um celular, pois estes aparelhos não são responsável pelo desenvolvimento em um todo já que o brincar estimula o organismo, a criatividade, a cooperação, lateralidade, coordenação motora e auxilia na evolução da criança como um todo.

O lúdico, ou seja, as brincadeiras, jogos e brinquedos na Educação Infantil são indispensáveis para a progressão das crianças, pois são atividades primordiais, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a personalidade e a autonomia, assim como a habilidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade.

Após estudos percebesse comentários de professores que a ludicidade na pratica auxiliar melhor no aprendizado dos alunos, do que a própria escrita, pois muita das vezes a criança copiar algo no caderno mecanicamente, e o mesmo conteúdo trabalho juntamente com a ludicidade desenvolve mais o aprendizado das crianças, pois estimula o aprendizado, e o aluno aprende se divertindo.

Por fim, conclui este trabalho e com justamente com ele um aprendizado imenso adquirido através de pesquisas, e  muito satisfatório.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

 

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