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REALISMO NO BRASIL E A OBRA DOM CASMURRO DE MACHADO DE ASSIS
Walingthon Ferreira do Nascimento
INTRODUÇÃO
O romance Dom Casmurro foi publicado pela primeira vez no ano de 1899, considerado por muitos a obra que, de fato, inaugurava o Realismo na literatura brasileira. Sem dúvidas, a obra mais famosa de Machado de Assis, que marcava também o início de sua fase mais importante como escritor.
A OBRA:
O romance Dom Casmurro é uma das grandes obras de Joaquim Maria Machado de Assis. Ele se enquadra no gênero romance, ficção e realismo literário. A história é contada pelos olhos de Bento, ele se usa de artifícios para colocar em pauta sua insegurança e ciúme relacionados a sua amiga de infância, Capitu. Dona Glória mãe e viúva, faz a promessa de tornar seu filho um padre, a qual leva o narrador protagonista a frequentar o seminário e lá conhecer Escobar, que se tornou seu melhor amigo. No decorrer da história Dom Casmurro consegue ser articuloso e nos convencer que sua insegurança e pensamentos a respeito de sua mulher e seu melhor amigo estavam corretos.
Esse livro consegue nos mostrar como uma história pode ter versões diferentes se contada por pessoas diferentes. Bento, acredita fielmente em sua versão, chegando a levar esse problema até mesmo para a relação com seu filho e para o resto de sua vida. Todavia, só poderíamos saber como as coisas realmente se sucederam, se tivéssemos também a versão de Capitu e de Escobar.
Durante a leitura, podemos ver que existem interferências do autor, onde o real e o imaginário trocam carícias na obra, pois Machado de Assis nos traz a realidade e o fato imaginado, impossibilitando entender a obra objetivamente. O que nos leva a duvidar se os acontecimentos são reais. Mas ao mesmo tempo ele tenta nos convencer de que tudo aquilo verdadeiro e aí entra a literatura, que tem o poder de criar ilusões tão perfeitas que lemos como se fosse realidade.
REFERÊNCIAS:
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. UNAMA. Disponível em: http://livros01.livrosgratis.com.br/ua000194.pdf.
BRASIL ESCOLA. Dom Casmurro. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/dom-casmurro.htm.
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A ARTE NA LITERATURA POR MEIO DA LEITURA
Marcos Ferreira da Silva
RESUMO:
Este trabalho tem com objetivo em mostrar o que foi proposto no estudo da Arte na literatura escolar, através de pesquisas envolvendo professores e alunos do 6º ano na qual se descobriu que a arte na literatura está bem presentes na escola e faz parte do dia a dia das pessoas. Quando se fala de literatura muitos pensam que ela está bem distante da nossa realidade, mas é o contrário disso e está presente em todos os momentos, ela envolve sem por cento a leitura, esse é foco principal de se trabalhar com os alunos sobre a definição de literatura, mas ela é um mundo que gira ao nosso redor e viajamos com a leitura, para cada qual um mundo cheios de fantasias e outros a realidade.
PALAVRAS CHAVES: A Leitura, Literatura e Arte.
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INTRODUÇÃO
Pela pesquisa realizada o aluno precisa de um acompanhamento com a leitura, por exemplo, o professor tudo o que ele faz envolve a leitura essa é a realidade do seu dia a dia, então tem que adquirir uma metodologia em estimular o aluno a pesquisar, esses segredos têm que ser desmembrados com o aluno, ele é o cidadão que está sendo formando para obter uma vida melhor ou se tornar formador de ideias na sociedade, então ele tem que aprender que a leitura é fonte de conhecimentos e quanto mais você busca informações através de pesquisas, automaticamente irão adquirindo mais e você será um cidadão que ver o mundo aberto com a visão de águia, segundo o autor o papel do leitor é:
Para que um texto tome vida, há que o leitor não só reconheça as informações pontuais nele presentes, mas que aprenda quais sentidos foram produzidos por quem as escreveu. Levantar hipóteses e produzir inferências antecipe aos ditos no texto e relacione elementos diversos, presentes no mesmo ou que façam parte das suas 12 vivências como leitor. Ao assim proceder, o leitor compreenderá as informações ou inter-relações entre informações que não estejam explicitadas pelo autor do texto. Por isso, a leitura é uma produção: a construção de sentido se atrela à realização de pelo menos esses processos, por parte do leitor. A compreensão do texto lido é resultante dessas produções: prévias, por parte de quem as escreveu, e das que ocorrem ao ler, por parte do leitor (Pullin e Moreira 2008 a 2015, p. 11- 12).
A leitura tem um intercâmbio que proporciona o conhecimento da sociedade, a escrita é fundamentada para armazenar conhecimentos e registros de tudo que nos rodeiam, a busca constante daquilo que procura conhecer, se você quer conhecer a arte literária, o fundamental é a leitura, e quando é registrado e publicado lemos compreendemos e conhecemos sobre o assunto, o mais importante da leitura, que ela é infinita um mundo sem fronteiras, pois você faz uma viagem inacabada na história como se fosse um universo sem limites, entrando nesse mundo misterioso de segredos, surpresas e aventuras para o leitor. Como fazer novos leitores críticos na sociedade?
Então a educação também está sofrendo com essa nova tecnologia super avançada, que traz tudo prontinho para a sociedade, e oferece o que ela tem, mas esse oferecer a maioria delas é coisas sem fundamentos para o cidadão, e a arte ela está presente em todos os lugares e, mas como lidar com isso? Pois se arte é complexa então pode trabalhar com ela na escola de modo dinamizado com os alunos, hoje o ensino precisa acompanhar a realidade da sociedade, o dia a dia do aluno isso é, precisa-se que a educação escolar seja um lugar onde os estudantes se interagem com os outros com suas opiniões e seus pensamentos no caso professores e alunos, se a leitura é importante, seja decodificada ou através de sons e imagens que seja a realidade deles e fazendo com isso uma flexibilidade para o desenvolvimento educacional.
A leitura é fundamental no dia a dia do aluno, pois é o norte para o conhecimento, se a escola não representar essa importância ao aluno, praticamente a leitura será entendida somente como uma obrigação para o desenvolvimento do conhecimento. A escola deve diariamente com aluno praticar o hábito da leitura, pois a mesma tem que se tornar arte para ele e não apenas uma coisa qualquer, mas uma jóia rara que tem que ser explorada com muita dedicação pra aquele que a recebe, o mais importante é você formar leitor e não somente aluno, leitor é aquele que lê e interpreta aquilo que leu e aprofundando-se a sua leitura no assunto ele descobre um mundo totalmente vasto e cheio de opções. Qual foi a sua principal ferramenta para se tornar conhecedor do assunto? Digo que foi a pesquisa. Quando desconhecemos um tema e desejamos conhecê-lo, a fonte principal é a pesquisa em fontes confiáveis.
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A Compreensão da Leitura
A leitura possibilita o individuo compreender as situações diversas de nossa sociedade e fundamenta a visão do leitor e se torna mais flexível para enxergar as realidades e o contorno daquilo que está acontecendo em exato momento, à construção da entidade é indispensável para o processo do aprendizado, certo que o texto escrito é o foco instrumental da ação do conhecimento, é preciso auxiliar os alunos a obter capacidades que alicerçem a entender as diferenças de leituras, ou melhor, as diversidades de enxergar aquilo que está oculto dentro da leitura. De acordo com Ângela Kleiman:
A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de diversos níveis de conhecimento, como o conhecimento lingüístico, o textual, o conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. E porque o leitor utiliza justamente os diversos níveis de conhecimento que interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se dizer com segurança que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor não haverá compreensão. (KLEIMAN, 2004, p. 13)
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A Flexibilidade em sala de aula
Essa pesquisa também incluiu os professores, com os resultados obtidos percebe-se que ainda muitos estão com uma metodologia de aula desatualizada, por exemplo, só lápis, caneta, borracha e livros didáticos, à flexibilidade nas aplicações das aulas realmente acontece individualmente com cada professor, hoje ser flexível para alguns se torna difícil, mas para outros não, e deve acontecer em sala de aula a dinâmica a prática, e não somente teoria, e também ter a praticidade da literatura em sala de aula fazendo recitais de poesias, poemas, teatros, músicas etc. Isso envolvem a arte literária, muitos vêem a literatura como um obstáculo, mas a partir que começar a utilizá-la com certeza terá uma visão bem diferente sobre a arte na leitura, porque ela funciona através de movimentos de pessoas que desengavetam os livros do armário e coloca a literatura em ação, isso que é aprender brincando e se divertindo, quando o aluno exerce a sua função buscando ler além do que é proposto pelo professor, consegue com mais facilidade aprender a valorizar o quanto aquilo é importante para o seu aprendizado e aproveitando esse momento de transformação de sua vida com certeza se tornará um bom cidadão que conhece e aprende a valorizar a arte em nossa sociedade.
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O Hábito da Leitura
Grazioli e Coenga: Partilhar é o termo ideal, porque antes de tudo, leitura é uma experiência que envolve a troca, o diálogo e a interação. Muito se ouve falar que os alunos não lêem. Há uma questão, no entanto, que deve anteceder a essa: como o professor enfrenta o desafio da leitura? Nesse sentido, o professor que deseja formar leitores e promover em sala de aula precisa se perguntar antes: Como me tornei leitor? Como descobri o interesse pela leitura? Qual a experiência de leitura que eu tenho que partilhar com os outros? (2014, p. 191)
O importante é fazer esses questionamentos consigo mesmo, “como me tornei um leitor?” Isso nos leva a pensar a fazer os alunos leitores também o professor tem que ter atitudes, para que sua aula se envolva como tal, fazendo assim um intercâmbio entre a prática e a leitura, aulas diferenciadas que envolvam a leitura cem por cento, se os professores necessitam de leitura para ter um objetivo então que envolva suas aulas com literaturas nas atividades, o mais importante é que o aluno adquira o hábito de ler diariamente para se tornar um bom leitor, com isso adquire um campo de visão sobre tudo àquilo que ele leu, irá ter conhecimentos para seu futuro, pois precisará quando prestar vestibulares ou mesmo concursos, se ele tem o hábito da leitura com certeza terá um conhecimento amplo, se o professor compartilhar suas experiências de como se tornou leitor e quais os benefícios que adquiriu com esse hábito também influenciará seus alunos a conhecerem o mundo da leitura, esse diálogo entre professor e aluno é um ponto fundamental compartilhar as experiências. Hoje em nosso país brasileiro há muitas escolas de ensino transmitindo o conhecimento para os alunos, mas estamos vivenciando um período de muita agressividade, muitos desentendimentos entre professor e aluno, toda ação tem uma reação se a mídia que é um modo de leitura bem acessível e transmite aquilo que tem a agressão física, a violência, a desobediência com certeza muitos também vão querer seguir aquilo que ela oferece. Hoje nossa sociedade em pleno século XXI, a maioria do que a mídia oferece é aquele padrão ilusório que a maior parte dos programas há, percebe-se que esse modo de leitura ele é bastante atraente e também mais prático, e na maioria das vezes têm só a aparência de bom daquilo que se mostra.
Como a escola tem esse acesso ao aluno dia após dia e não está conseguindo formar leitores críticos na sociedade que conheça o mundo da leitura, então a metodologia de ensino tem que ser flexível para o aluno e professor, o professor no caso é aquele que transmite e faz a mediação ao aluno daquilo que ele aprendeu em seu longo tempo estudo, mas o aluno também pode ser um transmissor de conhecimento é somente ter a metodologia de aula diferenciada com a classe e por o aluno a pesquisar ler se preparar para abordar diversos temas construtivos a seus aprendizados, sempre penso que o professor ele precisa ser criativo para que tenha resultado melhor em sua aula e isso são desafios, mas todos os desafios quando tem objetivo é bom quanto para o professor como para o aluno que é o alvo principal.
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Sobre a pesquisa: O mundo da leitura
Apresentou-se dois questionários um sendo para os alunos e o outro para os professores, nos quais foram entrevistados vinte e cinco alunos e treze professores, foi realizada a pesquisa na escola Municipal Érico Veríssimo localizado em Comodoro zona urbana um colégio tradicional, no qual há dois períodos de trabalho sendo Matutino e Vespertino, com aproximadamente 400 alunos que leciona desde a alfabetização até o ensino fundamental 6ª ano.
Gráfico sobre a pesquisa com os alunos
Através dos questionários foram feitos alguns gráficos de coluna e pizza para a representatividade dos dados, onde pode ter uma noção sobre as práticas de leitura com alunos do sexto ano do ensino fundamental pelos resultados abaixo obtidos percebe-se que a leitura ela está sendo um desafio para os adolescentes adquirirem o hábito, pois a leitura é fundamental para o entendimento de nossa sociedade e obter conhecimentos sólidos e embasados de acordo com autor que constrói os textos.
Escola Municipal Érico Veríssimo
Adquirir conhecimentos com 60% disseram que gostam de ler, 23% ler por obrigações e 17% por divertimento, o gosto pela leitura é muito comum o leitor interessar ler por aquilo que traz curiosidades e anseio, quando começa a ler um livro e o seu assunto nos chama a atenção com certeza à leitura irá acontecer naturalmente dia após dia até o fim da história que começou a ler.
Sobre os gêneros literários pode-se perceber que com 47% optam pela leitura de poemas, 23% por fábulas, 20% por conto e 10% por outros tipos de gêneros, a leitura por poemas na adolescência é natural, pois são textos mais curtos e bem atraentes.
Com 90% dos estudantes ocupam seu tempo assistindo TV, 4% com jornais e 3% com livros, revistas e radio. O tempo ele é feito por cada um de nós, se soubermos utilizá-lo com coisas que venha trazer benefícios para o nosso conhecimento pessoal, de modo que há tempo suficiente para a prática da leitura.
Ler e entender para o adolescente às vezes nem sempre conseguem fazer interpretação daquilo que se lê, no gráfico acima com 47% disseram que ás vezes, com 36% entende o que ler e 17% nunca.
Sobre as preferências no gráfico acima com 36% jornal SBT, 27% assistem filmes, com 17% desenhos e outros. Esse tipo de leitura virtual onde trazem informações para leitor em forma de imagens e vê os acontecimentos na tela do aparelho em que assiste. Hoje a mídia, o radio são de suma importância na rotina do cidadão brasileiro e a maioria das pessoas tem somente esse meio de comunicação em sua casa.
Hábitos e Metodologia em sala de aula
Alguns questionamentos foram feitos para os professores sobre a sua metodologia de trabalho com a leitura e quais são as estratégias que utilizam para despertar o interesse da leitura, alguns trabalham a leitura flexibilizando seu modo de ensinar e outros de modo tradicional, no gráfico abaixo mostra os resultados dessa pesquisa, na qual a leitura é o foco e aos tipos que se apresenta nos dias atuais. Foram treze professores entrevistados, sendo dois letrados e quatro pedagogos e três trabalham na alfabetização e os outros quatro professores trabalham no 4º ao 6º ano do ensino fundamental.
Escola Municipal Érico Veríssimo
Dado sobre trabalhar com projetos de leitura para o bom desenvolvimento do aluno necessita de trabalhar projetos que tenha vários temas e assim tratam-se da multidisciplinaridade onde abrange um campo maior de aprendizado, 86% possui projeto de leitura e 14% não tem projeto.
Opções pelo gosto da leitura com 57% dos professores optam por livros de Augusto Cury e 29% leem obras evangélicas e 14% obras românticas.
O trabalhar com gêneros textuais com 71% dos entrevistados trabalham com fabulas e 29% com poesias, percebe-se que maioria dos professores gostam de trabalhar com obras literárias no caso as fabulas.
Sobre o trabalhar com dinâmicas e flexibilidades que são recitais com 71% disseram que sim, trabalham com esse tipo de aula e 29% disseram que não, recitais envolvem poemas, poesias, musicas, declarações e entre outros. Importante destacar também que quando o aluno se envolve mais com o tema trabalhado pelo professor ele com certeza terá um resultado bem positivo sobre o conteúdo abordado.
Gráfico sobre o trabalhar com recital, onde aparece a poesia com maior destaque e o poema em segundo em lugar, e o professor está trabalhando com a literatura, fato importante de ver através desse gráfico acima.
Quando se fala em busca de conhecimentos hoje em dia tem vários meios de se aperfeiçoar o nosso profissional seja o estudo online que no caso o estudo a distancia ou presencial. O gráfico acima representa bem esse meio de se adquirir conhecimentos e livros aparece um alto índice dessa busca, a internet também está sendo um meio bastante utilizado para o aprendizado e também jornais e palestras.
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Considerações Finais
Na análise sobre a Arte na Literatura que envolve a escola, professores e principalmente os alunos podem perceber que estão bem presentes na vida das pessoas dia após dia, e isso faz fluir naturalmente por vários tipos de leituras, seja a arte, a literatura que andam de lado a lado sempre dependendo da outra e se juntam formando única, construindo esse intercâmbio na vida das pessoas, percebe-se que não dar para viver sem elas e a sua boa forma de entender o seu funcionar.
Por meio da escrita os homens expressam suas razões e costumes e entre outras muitas formas de expressar suas idéias e pensamentos, a cada vez precisam da escrita para os registros e principalmente a literatura que retrata a vida das pessoas em sociedade despertando emoções e conhecimentos, sejam fatos fictícios ou não, mas a importância dela em nosso meio se torna cada vez mais real neste mundo de obras literárias onde há sentidos despertados pelo leitor.
A compreensão de ler e entender são muito mais importantes, o leitor é responsável por entender a escrita o sentido que autor quer dizer, mas também o autor tem a expressão na escrita e ele expressa de várias formas em um texto, com certeza o leitor raciocinará de forma complexa, varia de leitor para leitor, a interpretação ela é individual e nunca será a mesma seja um único texto, mas com varias interpretações diferenciadas com um mesmo foco.
Tendo os resultados da pesquisa percebe-se que o mundo da leitura ele está sendo desafiador, os gráficos nos deixa bem claros esse percentual crítico sobre o hábito da leitura, nota-se que o modelo escolar brasileiro tem que ser reestruturado com novas metodologias que atendam as necessidades e a realidades de cada escola.
Referencias Bibliográficas:
KLEIMAN, A. Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas: Pontes, 2002. GRAZIOLI, Fabiano T.; COENGA, Rosemar E. Literatura Infanto juvenil e leitura: novas dimensões e configurações. Erechim: Habilis, 2014.
PULLIN, Elsa M. M.P.; MOREIRA, Lucinéia de S. G. Prescrição de leitura na escola e formação de leitores. Revista Ciências & Cognição,2008.
https://www.youtube.com/watch?v=HKqU1Ydn0sQ Ler e formar leitores para o séc. XXI: Painel "O que é a Leitura?" Implicações do digital nas práticas e formação de leitores".
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LICEU CUIABANO, UM MARCO NA EDUCAÇÃO DE CUIABÁ
Rafaela Lucilia Silva Bandeira
RESUMO:
A presente pesquisa tem como objetivo principal apresentar a importância do colégio Liceu Cuiabano para Cuiabá e região, além de apresentar as questões históricas, políticas, financeiras e culturais envolvidas na implantação do mesmo.
Palavras-chave: Cuiabá. Educação. Liceu Cuiabano.
INTRODUÇÃO
No ultimo semestre do século XIX, Cuiabá ainda era vista como uma cidade pequena e pobre, enquanto que Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais se modernizavam influenciados pela Revolução Industrial que se espalhava pelo mundo.
Dom Pedro II buscava afirmação internacional e para isso procurava mostrar o País como uma nação jovem, moderna e “civilizada”. E ser ”civilizada” significava ter uma cidade urbanizada, saneada, disciplinada e sua população mais pobre enquadrar – se nas normas do trabalho assalariado.
DESENVOLVIMENTO
Mato Grosso especialmente sua capital Cuiabá, não podia distanciar se dos seus objetivos imperiais e para tanto o Imperador Dom Pedro II determinou aos presidentes da províncias iniciarem a reformulação do ensino.
As propostas políticos- pedagógicas, segundo a professora Luisa Volpato, em Cativos de Sertão, eram de “cunho moralizado,objetivando formar a elite para cumprir seu papel de propulsora do progresso e formar as camadas populares para se submeterem ao capital”.
Essa proposta pedagógica e modernizadora funcionou também em Mato Grosso, sendo criadas escolas secundaristas com a escola normal, para formar professoras, e o Liceu Cuiabano; além da ampliação de vagas nas companhias de aprendizes.
O Liceu Cuiabano foi criado pela Lei provincial Nº. 536 de 03 de dezembro de 1879, tendo como base principal proporcionar uma educação capaz de acabar com a “barbárie” ainda existente na província.
Na manhã de 07 de março de 1880, em cerimônia prestigiada por quatro banda de música, solenemente instalada no prédio onde hoje funciona o “ganha tempo”, O prédio que começou a ser construído em 1852, segundo Estevão de Mendonça em Datas Mato-grossenses. Após ter passado por algumas reformas, foi inaugurado Liceu Cuiabano.
Pelo Decreto Lei nº 100 de 27 de maio de 1942, o Liceu Cuiabano passou a denominar-se Colégio cuiabano . Pelo Decreto Lei nº 143 de 10 di março de 1943 recebeu a denominação de Colégio Estadual de Mato Grosso . Foi inaugurada a cede atual em 4 de outubro de 1944 e tendo como primeiro diretor o prof. Jercy Jacob.
Com aproximadamente 100 alunos que usam seus uniformes nas cores vermelha e branco de casemira belga que além de ter excelente qualidade que provinha do estrangeiro com preço ótimo e durável, muitos compravam até para fazer agasalhos que poderiam ser usado por meninos e meninas.
Mas tarde pelo Decreto 480 de 29 março de 1976, passou a denominar-se Escola Estadual de 1º e 2º graus .No governo de Cássio Leite de Barros pelo Decreto nº 1752 de 3 de março de 1979 , voltou ao antigo nome: Liceu Cuiabano .
Em 1998 pelo Decreto Lei nº 2.812 de 11 de dezembro no mesmo ano a Escola passou a se chamar Escola Estadual de I e II Graus Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muler “.
Em 11 de outubro de 2000 Pelo Decreto nº 1826 a instituição escolar passou a denominar Escola Estadual Liceu Cuiabano “Maria de Arruda Muler”. Localização: Praça General Mallet - Cuiabá- MT
Fazendo parte das chamadas Obras Oficiais do Governo Getúlio Vargas sendo Interventor do Estado Júlio Strubing Müller, o projeto para a construção do Colégio Estadual de Mato Grosso, visa abrigar as instalações do Liceu Cuiabano, foi elaborado no Rio de Janeiro, trazido para Cuiabá pelo Engº Cássio Veiga de Sá, responsável pela execução da obra. Foi criado pela Lei 536 de 12/12/1879, no governo de João José Pedrosa é instalado a 07/03/1880, no governo do General Enéias Rufino Galvão, o “Barão de Maracajú". E teve como seu primeiro diretor o Prof. Jercy Jacob. O Colégio Liceu Cuiabano marcou uma nova fase na instrução e no ensino dos jovens mato-grossenses. O Colégio foi dotado de praça de esporte, campo de futebol, pista de atletismo e Anfiteatro com 466 lugares de capacidade de público. Sendo equipado com mobiliário adequado e laboratórios de física e química.
Construção: 1944.
Estilo: Arquitetura característica do Estado Novo.
Ocupação Atual: Instalação do Liceu Cuiabano.
Tombamento: Portaria nº 59/83 D.O. 09/01/1.984.
Situação Atual: ótimo Estado de conservação.
O Liceu Cuiabano hoje
Atualmente, o Liceu Cuiabano possui aproximadamente 1.580 alunos. Cada sala possui no máximo 40 alunos, pois o aproveitamento escolar acaba sendo melhor, segundo a professora Kátia. “Antigamente eram 60 alunos por sala e isso dificultava o ensino e o aprendizado. Hoje o unoforme dos alnos estão bem diferentes de outrora, com camisetas branca com detalhes em azul e calça dins azul ou preta. Reboul, a escola é um estabelecimento destinado a propiciar um ensino coletivo é portanto, o ambiente de aprendizagem, de saberes coletivos e sociais.
Passaram pela Escola milhares de estudantes de ambos os sexo, e muitos acabarão conquistando posições importantes no cenário nacional. Entre eles , o sempre lembrado ex- governador Danti Martins Oliveira , ex – senador Julio Campos , a jornalista Délis Ortiz , jornaliata e ex – senador Antero Paes de Barros , deputado federal Carlos Bezerra entre tento outros aqui não citados . O objetivo do ensino deve ser a facilitação da mudança e da aprendizagem; (Carl Rogers)
Maria Dimpina Lobo Duarte nasceu em Cuiabá em 15 de maio de 1891 e faleceu em 10/12/1966 aos 75 anos de idade. Segundo consta em sua biografia , Maria Dimpina foi uma personagem que marcou a historia da mulher em Mato Grosso.Foi a primeira aluna do liceu cuiabano, onde até então só estudavam rapazes.Bacharelou em Ciência e Letras contando apenas 18 anos. Estudou no Liceu no inicio do século XX.
“Professores capacitados, direção regrada e competente,além de muito civismos foram o marco da minha época de estudante no Liceu Cuiabano”,destaca o professor Aecim Tocantins. Ele estudou no Liceu Cuiabano nos anos 30. O professor Aecim Tocantins dá nome ao maior ginásio de esportes de Cuiabá .
A professora e ex aluna Suleima Cristina Leite De Morais lecionou para os hoje colegas Thaiza. Suleima destaca a admiração pela professora de Língua Portuguesa. Eny Amin como uma das razoes se sua escolha vocacional.
“Era uma das mestres do quadro de profissionais”,diz uma personalidade histórica na escola pela austeridade e exigência com os estudantes .Esse fato é um marco na memória de Suleima ,hoje também avaliada pelos alunos como rigorosa. “ uma vez escutei alunas comentando sobre mim e me vi do outro lado. Já fiz esse comentário, pensei ”.
O mais importante no processo ensino aprendizagem, é conduzir o aluno a perceber e ler o mundo que o cerca. Para Freire, só se conquista o saber se aprendermos a analisar o mundo em nossa volta de tal maneira que possamos estar promovendo, de modo crítico e produtivo, constantes interferências cotidianas.( Paulo Freire).
Para que o sistema educacional consiga progressão em sua meta é necessário que todos os educadores possam estar conhecendo as diversas teorias educacionais condizentes ao período histórico atual, podendo dessa forma, se aperfeiçoarem continuadamente, oferecendo perspectivas inovadoras e instigantes aos seus alunos e a si mesmo. De acordo com TEREZA (2001:19), “conhecer os estudiosos da educação e o processo de aprendizagem dos alunos sempre ajuda o professor a refletir sobre sua prática e compreender as políticas públicas”.
CONCLUSÃO
De acordo com tudo que foi estudado até aqui e com as pesquisa realizadas para a realização deste trabalho, podemos observar as grandes mudanças e os conflitos relacionados a educação em nossa sociedade local e global. E em muitas das vezes os profissionais da educação por um motivo ou outro não se adequarão a essas mudanças ou para a realidade atual em que todos nós assim como nossos educando estão inseridos. Trazendo para a sala de aula o modelo tradicional de ensinar, e em muitas das vezes sem levar em conta as diferenças e dificuldades de cada um, confundido uma postura de firmeza e dedicação, com autoritarismo e presunção. Com as constantes mudanças que ocorrem na sociedade o professor deve estar sempre atualizado e em constante transformação e mudando também o comportamento quebrando paradigmas em busca de novas postura.
Referências
Fontes:
Livros:Psicologia da Educação;
Teoria Geral do Conhecimento
Sociologia da Educação;
Teóricos: Carl Rogers
Paulo Freire;
Reboul;
Tereza; 2001;19
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NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM: ESTUDO DA REALIDADE DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, PORTO NACIONAL, TOCANTINS, BRASIL
Helena Lise Rodrigues
Nibelle Aires Lira
RESUMO
A aprendizagem ocorre a partir da modificação do cérebro. Por isso, a Neurociência é uma ferramenta valiosa para a Educação. Embasado nas descobertas dessa área da Ciência, o presente trabalho tem como objetivo estudar a situação escolar dos alunos do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus na cidade de Porto Nacional - TO. A partir dos dados coletados, a instituição poderá planejar e executar ações para melhorar o processo de ensino-aprendizagem. Para isso, foi aplicado um questionário on-line no formato Google Docs a 152 discentes. As perguntas avaliaram três aspectos gerais que influenciam diretamente a aprendizagem: Mindset, Saúde e Estudo. Dos alunos entrevistados, 61,2% deles creem que seu cérebro é capaz de aprender qualquer tipo de informação. 77% relataram que sentem prazer ao estudar dependendo da disciplina ou do conteúdo. Mas, 83,6% dos participantes disseram que estudam porque precisam e não porque querem. 56,6% dos alunos dormem em média 6h a 8h por noite. 47,4% não praticam atividades físicas e 17,1% não destinam tempo para atividades de lazer. 80,3% detectaram situações que os deixam ansiosos e a maioria delas está relacionada a provas e apresentações de trabalhos. Desses, 66,4% sentem necessidade de fazer um acompanhamento psicológico. 82,2% dos educandos não adotam uma rotina de estudos sistematizada. 59,2% estudam pelo menos 2h por dia. A maioria dos alunos (75,7%) escolhe um ambiente adequado para o estudo e 59,9% não fazem outra atividade enquanto está estudando. Outros dados relevantes sobre os discentes entrevistados são: 65,1% se concentram nas aulas, 29,6% realizam todas as atividades propostas pelos professores e 67,8% revisam o conteúdo somente um ou dois dias antes da avaliação. Os resultados mencionados acima são todos discutidos e explicados pela Neurociência. Com base nisso, conclui-se que este trabalho ajudará a Instituição Escolar avaliada a corrigir muitos aspectos na rotina dos alunos potencializando a aprendizagem.
Palavras-chaves: Neurociência – Educação – Aprendizagem.
ABSTRACT
Learning occurs from the modification of the brain. Therefore, Neuroscience is a valuable tool for Education. Based on the discoveries in this area of Science, this paper aims to study the school situation of high school students at Colégio Sagrado Coração de Jesus in the city of Porto Nacional - TO. From the data collected, the institution will be able to plan and execute actions to improve the teaching-learning process. For this, an online questionnaire in the Google Docs format was applied to 152 students. The questions assessed three general aspects that directly influence learning: Mindset, Health and Study. Of the students interviewed, 61.2% of them believe that their brain is capable of learning any type of information. 77% reported that they enjoy studying while depending on the subject or content. However, 83.6% of the participants said that they study because they need it and not because they want it. 56.6% of students sleep an average of 6 to 8 hours a night. 47.4% do not practice physical activities and 17.1% do not allocate time for leisure activities. 80.3% detected situations that make them anxious and most of them are related to tests and work presentations. Of these, 66.4% feel the need for psychological counseling. 82.2% of students do not adopt a systematic study routine. 59.2% study at least 2 hours a day. Most students (75.7%) choose a suitable environment for the study and 59.9% do not do another activity while they are studying. Other relevant data about the interviewed students are: 65.1% focus on classes, 29.6% perform all activities proposed by teachers and 67.8% review the content only a day or two before the assessment. The results mentioned above are all discussed and explained by Neuroscience. Based on this, it is concluded that this work will help the evaluated School Institution to correct many aspects in the students routine, enhancing learning.
Keywords: Neuroscience - Education - Learning.
As descobertas da Neurociência são de grande importância para fins diversos. O aprendizado é resultado de alterações nas conexões cerebrais. A memória, a atenção e também as emoções que condicionam a aprendizagem são objetos de estudo dessa área da Ciência. Conhecer o funcionamento do cérebro permite a compreensão de quais práticas pedagógicas e hábitos de estudo favorecem a aquisição de habilidades e competências.
Baseado nos princípios da Neurociência, o presente trabalho foi estruturado com o objetivo de analisar a realidade escolar dos alunos do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus na cidade de Porto Nacional, estado do Tocantins a fim de fornecer subsídios para a instituição planejar e executar ações que auxiliem alunos e professores, melhorando o processo de ensino-aprendizagem.
Para isso, foram entrevistados 152 alunos que cursavam a 2ª e 3ª séries do Ensino Médio. O questionário foi aplicado no mês de junho de 2019, através de um formulário on-line feito no formato Google Docs conforme o link descrito abaixo: https://docs.google.com/forms/d/1Lj70ojuDtkXmFKkfzM6xgpqvXVPNitr95Oo53oucz10/edit. As perguntas foram divididas em três grupos, avaliando três aspectos gerais: Mindset, Saúde e Estudo, respectivamente.
O Colégio Sagrado Coração de Jesus estabeleceu parceria com o presente trabalho visando avaliar os aspectos relacionados à aprendizagem dos alunos e a partir dos dados coletados, promoverem ações reflexivas e corretivas, com base na Neurociência, para potencializar os resultados escolares dos alunos. Por este motivo, o questionário foi subjetivo em algumas perguntas, instigando mais profundamente as dificuldades dos estudantes.
É importante ressaltar que antes dos alunos responderem a entrevista, a Coordenadora Pedagógica do Colégio apresentou aos alunos os motivos da aplicação do questionário pedindo seriedade e veracidade das respostas. Logo após isso, o mesmo foi liberado para ser preenchido pelos alunos interessados. A única identificação solicitada aos estudantes foi a série estudada para facilitar que a instituição planejasse as ações subsequentes.
A Neurociência é um campo de pesquisa que está sempre em pauta, em evolução, sendo continuamente estudado por se tratar do conjunto de órgãos que comanda um organismo vivo. Ela compreende o estudo anatômico e fisiológico do sistema nervoso e de seus processos de desenvolvimento e interação.
Além de compreender cada estrutura do sistema nervoso e suas respectivas funções, a Neurociência pesquisa a relação existente entre os nervos e a área psíquica, procura estabelecer uma ligação das emoções e pensamentos com o comportamento de uma pessoa, e estuda a capacidade cognitiva do indivíduo (raciocínio, memória e aprendizado).
A relevância desse campo da Ciência tem sido cada vez mais reconhecida e utilizada para fins distintos: médicos, biológicos, psicológicos, educacionais, tecnológicos e administrativos. A Neurociência abrange muitas áreas do conhecimento e isso se justifica no fato de que o cérebro está relacionado a todos os aspectos da vida de um ser.
Segundo Ventura (2010) a neurociência está em grande expansão, e foi eleita com destaque pelo Governo dos EUA como prioritária na década de 1990, que ficou conhecida como a “Década do Cérebro‟ (Library of Congress, 2010). O século XXI foi considerado por muitos como o século do cérebro, uma vez que grandes conquistas da humanidade estarão dirigidas para a compreensão das funções neurais humanas.
A neurociência vem despontando com estudos que podem auxiliar na compreensão dos aspectos envolvidos na aprendizagem. Segundo Relvas (2009), para entender o mecanismo de aprender, é preciso saber sobre o funcionamento do sistema nervoso central, que é o organizador dos comportamentos. Cada tipo de habilidade ou comportamento pode ser bem relacionado a certas áreas do cérebro em particular.
A aprendizagem conforme Léo (2010) é resultado do crescimento e das alterações das células cerebrais, quando os axônios de uma célula recebem um potencial de longa duração com estimulações fortes. Para Herculano-Houzel (2013) o aprendizado consiste na modificação das conexões entre os neurônios, não somente fazendo conexões novas, mas eliminando o excesso de sinapses. Nosso cérebro seleciona as informações úteis e as fortalece gerando aprendizado e maturidade.
Conforme Tokuhama-Espinosa (2008 apud ZARO et al, 2010), o aprendizado é o resultado de dois fatores: memória e atenção. O primeiro, conforme Léo (2010) é o alicerce de todo o saber da existência do ser humano sendo a base da aprendizagem, pois são as experiências vividas e armazenadas, contidas na memória, que oportunizará a habilidade de mudar o comportamento do sujeito. É ela que capacita, abstrai, planeja, julga, critica e faz com que o sujeito permaneça atento.
Léo (2010) afirma ainda que, a memória está dividida em racional e emocional que se articulam através do sistema límbico, sendo este o responsável pelo prazer na aprendizagem. O hipocampo, parte desse sistema, é importante no mecanismo da memória, principalmente para transferir a memória de curto prazo para memória de longo prazo. O tálamo codifica, armazena e acessa conscientemente a memória de longo prazo, dirigindo a atenção da pessoa para a informação arquivada.
Herculano-Houzel (2013) ressalta que na adolescência ocorre uma grande quantidade de sinapses novas assim como na infância. Essa fase é um novo período de transformação do cérebro. Ele se reorganiza de modo que a substância cinzenta (local onde ficam os corpos dos neurônios) diminui provavelmente devido a eliminação de sinapses e a substância branca (local onde ocorrem as conexões) aumenta por causa do final da mielinização dos axônios.
A partir disso, a autora afirma que esse período da adolescência tem um potencial de grande aprendizado, de ampliação das habilidades cognitivas. O amadurecimento do córtex pré-frontal ocorre nesse período e gera novas capacidades como a atenção e o processamento de informações abstratas.
Relvas (2009 apud LÉO, 2010) ressalta fatores importantes sobre a aprendizagem:
Para que o sujeito armazene informações, é necessário que ocorram modificações permanentes nas sinapses das redes neurais de cada memória e, para a evocação de uma memória, é necessária a reativação de redes sinápticas de cada memória armazenada. É bom lembrar que as emoções, os níveis de consciência e o estado de ânimo podem inibir esses processos. A aprendizagem e a memória necessitam de mecanismos mediados pelas sinapses nervosas (RELVAS 2009 apud LÉO 2010, p. 19).
Para a Educação, a Neurociência contribui com informações importantes para auxiliar educadores e escolas a maximizarem o aprendizado dos alunos conforme cita Zaro et al. (2010):
Uma destas questões seria, por exemplo, buscar explicações sobre o papel das emoções no aprendizado, nos processos de tomada de decisão e nas várias possibilidades de motivação dos alunos para o aprendizado. Já para os educadores, estas informações seriam usadas para melhorar suas práticas em sala de aula. Poderiam, por exemplo, aproveitar o conhecimento já consolidado sobre as mudanças neuronais que ocorrem no cérebro, durante o aprendizado (área de pesquisa das Neurociências), e as técnicas e métodos de observação e documentação dos comportamentos observáveis (área de pesquisa da Psicologia), para fundamentar de forma consistente e verificável a eficiência de tais práticas (ZARO ET AL, 2010, p. 202-203).
Hardiman e Denckla (2009 apud ZARO, 2010) definem a Neuroeducação como um novo campo do conhecimento que integra “neurocientistas que estudam a aprendizagem e educadores que pretendem fazer uso de pesquisas desta natureza”. Os conhecimentos obtidos já são usados atualmente para planejar estratégias pedagógicas, produzir tecnologias educacionais e outros produtos que favorecem o processo de aprendizagem.
Tokuhama-Espinosa (2008 apud ZARO et al., 2010), enumera os 14 princípios básicos a serem usados como fio condutor da Neuroeducação:
Estudantes aprendem melhor quando são altamente motivados do que quando não têm motivação; stress impacta aprendizado; ansiedade bloqueia oportunidades de aprendizado; estados depressivos podem impedir aprendizado; o tom de voz de outras pessoas é rapidamente julgado no cérebro como ameaçador ou não ameaçador; as faces das pessoas são julgadas quase que instantaneamente (i.e., intenções boas ou más); feedback é importante para o aprendizado; emoções têm papel-chave no aprendizado; movimento pode potencializar o aprendizado; humor pode potencializar as oportunidades de aprendizado; nutrição impacta o aprendizado; sono impacta consolidação de memória; estilos de aprendizado (preferências cognitivas) são devida à estrutura única do cérebro de cada indivíduo; diferenciação nas práticas de sala de aula é justificada pelas diferentes inteligências dos alunos. (TOKUHAMA-ESPINOSA, 2008 apud ZARO et al., 2010, p. 204).
De posse desses e outros princípios abordados pela Neurociência, as instituições de ensino tem ferramentas para melhorar significativamente a aprendizagem dos alunos.
Dos 152 alunos entrevistados, 55% cursavam a 3ª série do Ensino Médio e os demais a 2ª série. A primeira parte do questionário foi intitulada de “Mindset” e visava verificar como os estudantes se vêem e o quanto acreditam na sua capacidade de aprender.
A pesquisadora Carol Dweck do Departamento de Psicologia da Universidade de Standford afirma que o Mindset, o modo como uma pessoa pensa e as representações que tem de si mesmo, tem influência sobre sua capacidade de aprender e ter sucesso na vida acadêmica e profissional. Uma pessoa que apresenta um Mindset fixo evita desafios, desiste diante de um obstáculo, não valoriza o esforço, ignora feedbacks. Ao contrário, uma pessoa que possui Mindset de Crescimento busca desafios, persiste diante de obstáculos, vê o esforço como o caminho para a perfeição, aprende com críticas (DWECK, 2017).
A maior parte dos alunos entrevistados (61,2%) respondeu que acredita que seu cérebro é capaz de aprender qualquer tipo de conteúdo. Como tiveram a oportunidade de justificar a resposta negativa, a maioria mencionou a dificuldade de aprendizagem em algumas disciplinas e/ou conteúdos específicos.
A Neurociência comprova a plasticidade do cérebro humano. Inteligência, habilidades, competências, são construídas ao longo do tempo e depende do quanto e como esse órgão é utilizado. Há dificuldades, mas não incapacidades. Herculano-Houzel (2013) afirma que o controle das habilidades do seu cérebro pertence a cada indivíduo e quanto mais uma área cerebral é ativada, mais rápida e mais forte ela fica. Ela ainda acrescenta que o adolescente deve acreditar na sua própria capacidade de aprender e que faz muita diferença se os professores, a escola e a família também acreditarem.
Estudos comprovam que o talento se faz com a prática:
No imaginário popular, a genialidade é um traço inato, não adquirido. Já a ciência mostra que a verdadeira expertise é fruto, sobretudo, de anos de prática intensa e orientação dedicada. E não é uma prática qualquer: para atingir níveis estelares de desempenho, o indivíduo precisa superar reiteradamente sua capacidade presente e sair de sua zona de conforto. Essa disciplina é crucial para a conquista da expertise em todo e qualquer campo, inclusive o da gestão e o da liderança.
As conclusões foram tiradas por Ericsson, professor de psicologia da Florida State University; Prietula, professor da Goizueta Business School; e Cokely, pesquisador do Max Planck Institute for Human Development. Juntos, os três examinaram dados sobre o comportamento de craques em diversas áreas – dados reunidos por mais de cem cientistas. Reiteradamente, o que distinguia experts na medicina, no xadrez, na literatura, no esporte, na música e em outros campos era o hábito da prática deliberada – a busca incessante do domínio de algo até ali fora de seu alcance. Um expert analisa sem parar o que fez de errado, ajusta sua técnica e trabalha arduamente para corrigir os próprios erros (ERICSSON; PRIETULA; COKELY, 2007, p. 1).
Quando foram questionados sobre o prazer em estudar, 77% dos entrevistados relatam que depende da disciplina ou do conteúdo estudado (Gráfico 1). Mas, 83,6% relatam que estudam porque precisam e não porque querem.
Gráfico 1 – Quantidade de alunos que sentem prazer em estudar.
Há uma área em nosso cérebro denominada sistema de recompensa. Ela funciona por antecipação do prazer do que pode dar certo gerando motivação. Herculano-Houzel (2013) ressalta que esse sistema é essencial para a aprendizagem porque faz com que o aluno se exponha a situações/oportunidades para aprender; e facilita fisicamente o processo de aprendizado no cérebro porque propicia as modificações nas sinapses. Na adolescência, o sistema de recompensa perde de 30 a 50% de sua sensibilidade e é por este motivo que o tédio e a desmotivação são frequentes.
Suzana Herculano-Houzel (2013) completa dizendo que novidade e variedade promovem a motivação e o aprendizado. A presença de coisas novas aciona automaticamente no cérebro o locus coeruleus, estrutura que deixa a pessoa acordada e atenta. Esta, por sua vez, ativa outra área no sistema de recompensa, que direciona nosso interesse para objetos novos.
Segundo Suzana, descobrir respostas e soluções é um estímulo para o sistema de recompensa. Retorno positivo e expectativas positivas são importantes para que o indivíduo saiba que acertou. E acrescenta que o elogio é poderoso para a motivação. Sabendo que o esforço foi válido, ele continuará persistindo e melhorando. Também importantes são as críticas, para que o indivíduo saiba onde errou.
A segunda etapa do questionário avaliou alguns aspectos da saúde que interferem diretamente na aprendizagem. No gráfico 2 observa-se que 56,6% dos alunos dormem em média 6h a 8h por noite. Uma quantidade relevante de alunos não dorme o tempo adequado.
Gráfico 2 – Tempo médio que os alunos entrevistados dormem por noite.
Dos alunos entrevistados, 35% relataram que dormem somente no período noturno. O gráfico 3 ilustra o tempo que os alunos entrevistados dormem durante o dia. É possível observar que quase 50% deles dormem mais de 1h no período diurno.
Gráfico 3 – Tempo médio que os alunos dormem durante o dia.
O sono afeta a consolidação das memórias. Enquanto um indivíduo dorme, ele processa as informações que adquiriu. Nesse processo, várias sinapses se perdem e outras são fortalecidas. Por isso é importante solidificar as informações que precisam ser memorizadas. Não revisar o conteúdo estudado antes de dormir é um malefício, porque muitas delas serão eliminadas no processo de descanso. Por outro lado, não dormir também é um prejuízo tendo em vista que as sinapses fracas precisam ser removidas para que haja novas aprendizagens, pois a memória de trabalho é limitada.
O gráfico abaixo mostra que 47,4% não tem o hábito de praticar atividades físicas. O movimento potencializa a aprendizagem enquanto o estresse e ansiedade a dificulta. A prática de atividades físicas ajuda a minimizar esses sintomas e, portanto, favorece o aprendizado. Léo (2010) afirma que exercícios físicos melhoram a oxigenação das células do cérebro promovendo melhor memória e a capacidade de raciocinar.
Gráfico 4 – Frequência da prática de atividade física.
De forma bem semelhante à prática de atividades físicas, o lazer contribui para a qualidade de vida e a saúde, combate o estresse, trazendo benefícios físicos, mentais e psicológicos. No gráfico 5 fica visível que a maioria dos estudantes destinam tempo para atividades de lazer.
Gráfico 5 – Dedicação de uma parte do tempo para atividades de lazer.
O Gráfico 6 demonstra a regularidade na ingestão de água pelos discentes durante o período de estudo. A ingestão de água influencia a aprendizagem uma vez que ela altera o funcionamento das sinapses.
Gráfico 6 – Quantidade de alunos que tomam água regularmente durante o período de estudo.
As estruturas do sistema nervoso, bem como as demais partes do corpo humano, são formadas por água e essa substância é fundamental para o metabolismo celular. A nutrição também influencia a aprendizagem. O uso do cérebro necessita de energia e por isso é necessário se alimentar bem.
É possível observar no gráfico 7 que a maioria dos alunos avaliados se consideram ansiosos. A ansiedade bloqueia as oportunidades de aprendizado e estados depressivos podem impedir que ele aconteça.
Gráfico 7 – Quantidade de alunos que se consideram ansiosos.
Os dados coletados revelaram que 80,3% dos alunos já detectaram as situações que os deixam ansiosos, sendo que a maioria delas está relacionada a provas e apresentações de trabalhos. Eles relataram também que utilizam algumas técnicas para controlar a ansiedade sendo a meditação e respiração as mais citadas.
Desses alunos, 38,9% disseram que adotam alguma prática para minimizar os sintomas da ansiedade e 66,4% sentem necessidade de fazer um acompanhamento psicológico para tratamento desse distúrbio. Inclusive, 34,5% afirmaram que já fizeram ou fazem esse acompanhamento e alguns usam medicamentos para ajudar a controlar os sintomas.
Mais de 50% dos alunos responderam que se sentem excessivamente cobrados pela escola, pela família e também por eles mesmos. Essa informação, no questionário, não foi vinculada diretamente com a ansiedade, mas é um dado que foi considerado pela Instituição Escolar estudada por saber da sua relevância.
Os fatores emocionais influenciam significativamente a aprendizagem porque o sistema límbico é responsável pela gestão das emoções, memória e aprendizagem. Léo (2010) cita que
Sujeitos deprimidos possuem o hipocampo menor. O estresse é o responsável pela supressão da neurogênese no hipocampo. Isso ocorre pela falta de produção rápida de neurônios a fim de substituir aqueles que morrem. [...] Na assimilação, o hipocampo é ativado e seleciona os aspectos importantes para tudo o que for necessário ser armazenado. Tais informações fazem intercâmbio entre os neurônios, saindo o hipocampo de cena e entrando o lobo frontal, este é o coordenador geral das memórias, classificando-as, e dando origem ao raciocínio (LÉO, 2010, p. 19-20).
O sistema de recompensa funciona por antecipação, mas também é ativado por lembranças boas ou ruins do passado ou projetando uma situação emocional para o futuro. Nossos pensamentos podem influenciar nossas emoções de modo que pensar em algo ameaçador pode desencadear uma resposta emocional indesejada.
Nosso cérebro é preparado para procurar por ameaças ou receber recompensas. Quando ele detecta uma ameaça em potencial ele libera hormônios (adrenalina e cortisol) nos preparando para uma situação de luta ou fuga. Quando detecta recompensas, o cérebro libera dopamina, oxitocina ou serotonina, processos químicos que nos fazem sentir bem e nos motivam a continuar na mesma tarefa ou comportamento.
A terceira parte do questionário tratava especificamente do tempo de estudo e da qualidade deste. A maioria dos alunos (82,2%) não adota uma rotina de estudos sistematizada com horários e dias definidos. 78,3% dos alunos consideram que esse tempo que eles destinam ao estudo não é suficiente. O gráfico 8 mostra a quantidade de tempo extraclasse dispensado aos estudos pelos estudantes entrevistados. Observa-se que 59,2% estudam pelo menos 2h por dia.
Gráfico 8 – Quantidade de tempo destinado ao estudo extraclasse.
Foi questionado aos estudantes sobre a quantidade de vezes, em média, que o estudo de um determinado conteúdo é repetido. É possível verificar no gráfico abaixo que, aproximadamente 40% repetem 2 (duas) vezes, mas 21,7% não repete e 25% só repete uma única vez.
Gráfico 9 – Repetição, em média, do estudo de um determinado conteúdo.
O aprendizado remove ou enfraquece as sinapses que não são usadas e fortalece o que é funcional. Quanto mais um determinado conteúdo é estudado, os axônios vão sendo envoltos por bainha de mielina e isso aumenta a fidelidade e a velocidade dos impulsos elétricos. Raciocinar várias vezes fortalece as sinapses e as informações são armazenadas na memória. A prática produz a competência.
Para ajudar a aprender um determinado conteúdo, 61,1% dos alunos afirmaram que utiliza alguns métodos sendo os mais citados foram: assistir vídeo aulas, fazer resumos e resolver exercícios. Outros métodos interessantes foram mencionados como fazer mapa mental, paródias e ensinar outros colegas ou falar o conteúdo em voz alta. Quanto maior o número de zonas cerebrais ativadas, maior o aprendizado. A interação favorece o desenvolvimento cerebral.
A tabela 1 mostra que 65,1% dos alunos entrevistados se concentram nas aulas, apenas 29,6% realizam todas as atividades propostas pelos professores, 11,2% revisam o conteúdo da aula do dia enquanto 67,8% revelaram que revisa o conteúdo somente um ou dois dias antes da avaliação e 46,7% após uma avaliação, sempre verifica onde e porque errou.
Tabela 1 – Práticas regulares dos alunos no contexto escolar.
Atenção e prática, método e motivação são fatores que influenciam o aprendizado. Praticar, experimentar é uma oportunidade para que o cérebro se desenvolva. A atenção é o filtro usado para decidir qual informação será processada e memorizada. O cérebro não consegue representar o que ele nunca viu. Também não é possível aprender fatos isolados. Modelos, comparações, personificação, analogias, dentre outros, são metodologias eficazes para a aprendizagem.
Quando questionados quanto à realização de pausas para descanso durante o período de estudo, 67,1% afirmaram que realiza e dos demais, 11,8% disseram que não faz porque não sentem necessidade. As pausas durante o estudo são fundamentais. A mente precisa descansar. À medida que o tempo passa nossa capacidade de concentração tende a diminuir e consequentemente a assimilação do conteúdo também.
Outros dados relevantes que foram coletados são: 75,7% dos estudantes relataram que escolhem um ambiente adequado para o estudo e 59,9% não fazem outra atividade enquanto está estudando. A maioria dos 40,1% restante escuta música enquanto estudam. O cérebro humano não é capaz de realizar multitarefa. Só é possível fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo se uma delas for automatizada.
Existem ambientes mais propícios para a aprendizagem. Mas não existe um ambiente específico e único. Cada pessoa deve encontrar seu espaço ideal para o estudo. Aprender se torna mais fácil onde há menos distratores. A atenção é limitante para todo indivíduo. Ela é a porta de entrada para a memória de trabalho para que a informação seja processada e relacionada a outras informações e daí vai para sistemas mais duradouros de memória.
A Neurociência analisa a capacidade cognitiva do indivíduo, auxiliando na compreensão dos aspectos envolvidos na aprendizagem. Com base nas descobertas desse campo da Ciência, este trabalho analisou a situação escolar dos alunos do Ensino Médio do Colégio Sagrado Coração de Jesus na cidade de Porto Nacional – TO.
A partir dos dados coletados pela entrevista com os educandos e dos conhecimentos da Neurociência, conclui-se que o conteúdo deste artigo é relevante para corrigir muitos aspectos na rotina de estudo deles: desde o local de estudo e o tempo dispensado para ele até a qualidade das ações dentro e fora da sala de aula.
Ações conscientizadoras poderão ser planejadas e executadas com professores, alunos e pais para potencializar a aprendizagem dos estudantes. Utilizando as informações presentes neste trabalho, os estudantes poderão optar por hábitos de vida mais saudáveis. Isso tanto no aspecto físico quanto no emocional e mental, trazendo benefícios que vão além da dimensão cognitiva.
DWECK, Carol. Mindset: a nova psicologia do sucesso. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2017.
EMOTIONS and the Brain. Sentis Pty Ltda, 2012. Disponível em: https://youtu.be/xNY0AAUtH3g. Acesso em: 27 de março de 2019.
ERICSSON, K. A.; PRIETULA, M. J.; COKELY, E. T. O cultivo de um expert. Harvard Business Review, Brasil, jul. 2007. Disponível em: https://hbrbr.uol.com.br/o-cultivo-de-um-expert/. Acesso em: 22 de janeiro 2020.
FIREWORKS EDUCATION. (Brasil). Competências Socioemocionais para Educadores. Rio de Janeiro, 2019.
HERCULANO-HOUZEL, S. Neurociência na Educação. 2013. Disponível em: https://archive.org/details/Neurocienciasnarducao. Acesso em: 25 de abril de 2019.
LÉO, Maria de Fátima Gomes. Neurociência e Educação. 2010. Monografia (Pós-graduação em Psicopedagogia) - Universidade Candido Mendes, Niteroi, 2010. Disponível em: https://www.avm.edu.br/docpdf/monografias_publicadas/n203515.pdf. Acesso em: 25 de janeiro de 2020.
PSICOLOGIAS DO BRASIL. O cérebro precisa se “emocionar” para aprender. Jun, 2018. Disponível em: https://www.psicologiasdobrasil.com.br/o-cerebro-precisa-se-emocionar-paraprender/?fbclid=IwAR0DkKRc5aCTJBkmV7L_foZlu36Ct3a7JnVrWsXdGRS6Z0_MmdPA93-aECw. Acesso em: 20 de janeiro de 2020.
RELVAS, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação. 4 ed. Rio de Janeiro: Wak, 2009.
VENTURA, D. F. Um retrato da área de Neurociência e comportamento no Brasil. Brasília, v. 26. 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722010000500011. Acesso em: 25 de janeiro 2020.
ZARO M. A. et al. Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da neurociência para agregar valor à pesquisa educacional. Ciências & Cognição, v 15. 2010. Disponível em: http://www.cienciasecognicao.org/pdf/v15_1/m276_10.pdf. Acesso em: 24 de janeiro de 2020.
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OS DESAFIOS DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NAS ESCOLAS DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE COLÍDER/MT EM TEMPOS DE PANDEMIA
Jokassia Pelegrini Bognar
Mônica Pegoraro
Sandra Pegoraro dos Santos
RESUMO:
O presente artigo aborda sobre os desafios de alfabetização de duas escolas do campo no município de Colider, em Mato Grosso, em tempos de pandemia, estabelecendo sua problemática educacional. A educação está vivendo um momento muito delicado em razão da pandemia do Covid -19 que se alastrou pelo mundo todo. No campo educacional foram necessários muitas reinvenções e mudanças para que o ensino continuasse a acontecer, no entanto, nas escolas do campo esses desafios foram ainda maiores e que precisam ser superados. Assim, essa pesquisa tem como objetivo refletir sobre como está sendo superado os desafios encontrados na prática de alfabetização em tempos de pandemia diante da perspectiva das professoras na EM Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e EM Sol Nascente, ambas pertencentes a rede municipal, localizadas a aproximadamente 60 km do município de Colider/MT.
Palavra-chave: Alfabetização. Escola do Campo. Pandemia
Introdução
Esse artigo trata-se dos desafios enfrentados pelo professor alfabetizador em tempos de pandemia da Covid-19 que desde o ano passado trouxe uma mudança muito grande em virtude do enfrentamento desta nova doença surgida no mundo. Ela surgiu de maneira muita agressiva se espalhando por todos os países, levando várias pessoas a serem hospitalizadas e muitas vindo a óbito. Dessa maneira, houve as suspensões das aulas presenciais, que teve o intuito de preservar a vida das crianças, pelo motivo de ser algo novo, sem muito conhecimento e acompanhado de muito medo.
Diante desse cenário exposto e vivenciado no mundo todo, os professores necessitaram adotar novas medidas de ensino, sendo uma delas o ensino a distância, garantido assim um novo modelo de aprendizagem. Houve muitas dúvidas e incertezas sobre esse novo método, por ambas as partes. Porém, mesmo diante desse cenário, a escola do campo continuou em busca de novos modelos de ensino para dar continuidade e assim garantir aos alunos seus direitos de aprendizagem.
O processo de alfabetização é desafiador tanto para o educador quanto para o educando, ainda mais nesse período de pandemia, quando é muito importante que haja um olhar reflexivo e otimista, zelando pela aprendizagem das crianças. É necessário que o professor alfabetizador encontre motivação para também motivar seus alunos, nesse novo desafio vivenciado por todos em todo o mundo.
Dessa maneira, este trabalho tem como objetivo refletir sobre como está sendo superado os desafios encontrados na prática de alfabetização em tempos de pandemia diante da perspectiva do professor na EM Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e EM Sol Nascente, ambas localizadas a aproximadamente 60 km do município de Colider/MT.
O estudo realizado é uma reflexão a partir da realidade vivenciada pelas professoras das duas escolas citadas acima, pertencente a rede municipal, localizadas nas comunidades rurais denominadas Novo México e Sol Nascente. E tem como fundamentação teórica autores como (SANTOS; MENDONÇA, 2007); (PIAGET,2007); (ROSA; CAETANO, 2008); (PEDROSO; SOUSA; VIEIRA; CUNHA; FURLAN; MENDES; BARBOSA, 2021).
Desenvolvimento
O foco principal deste estudo é mostrar como os professores e estudantes dessas unidades escolares veem enfrentado os desafios postos pela pandemia do novo corona vírus no contexto do Ensino Remoto Emergencial, uma vez que por residirem na zona rural em sítios e fazendas distantes da escola, muitas famílias não possuírem internet e meios para acessar as aulas, muitas contam com dificuldades relacionadas a transporte, onde muitas vezes acabam retardando a retirada das atividades impressas que muitas vezes são transportadas por trabalhadores que são funcionários de fazendas próxima da casa do estudante, com isso há demora do retorno das atividades. As professoras também entregam atividades nas porteiras dos sítios afim de facilitar à família e se valem de recados e depoimentos dos familiares quando possível. Um outro desafio enfrentado é o trabalho com turmas multi, pois nessas unidades escolares os alunos do pré l, pré ll, 1°, 2°, 3°, 4° e 5º ano estudam todos em uma única sala e nesse momento trabalhar com sete turmas diferentes exige muito mais tempo e dedicação do professor. De acordo com MENDES, SILVA E BARBOSA:
A pandemia de Covid-19 exigiu de professores e alunos novas maneiras de ensinar e aprender. Assim, o ensino remoto foi a solução emergencial adotada para os desafios postos à educação nesse contexto pandêmico. P. 17
Na perspectiva de promover um ensino de qualidade nas aulas remotas, foram necessárias muitas readaptações metodológicas, muitos desafios a serem superados. Visando uma educação de qualidade para as crianças do campo, as professoras alfabetizadoras buscaram medidas de ensino - aprendizagem, umas delas que tem sido usada nesse processo foi o uso de recursos tecnológicos, sendo mais utilizado o aplicativo WhatsApp e também o material impresso. O ato de planejar tornou se ainda mais necessário e reflexivo, onde o professor busca comtemplar as necessidades educacionais, emocionais em meio as fragilidades enfrentadas pelas famílias.
De acordo com a citação abaixo nota-se a importância do planejamento na ação docente:
Assim, acreditamos que, através da atividade de planejar, podemos refletir sobre nossas decisões, considerando as habilidades e os conhecimentos prévios dos alunos, e podemos conduzir melhor a aula, prevendo dificuldades dos alunos, organizando o tempo de forma mais sistemática e avaliando os resultados obtidos. (SANTOS; MENDONÇA, 2007, p. 76).
É muito importante a parceria de educadores e comunidade escolar mantendo boa comunicação e interação, havendo diálogo, aproximação e troca de experiências, sendo assim mantém-se o vínculo necessário entre professor e aluno, pois o ensino remoto por sua vez distanciou a proximidade da forma presencial. As aulas remotas estão fazendo com que o aluno permaneça mais tempo com sua família, havendo assim maior interação entre os membros nesse momento. Considera-se que o vínculo entre educador e família está sendo primordial nesse tempo pandêmico. Conforme destaca Piaget:
Uma ligação estreita e continuada entre os professores e os pais leva pois muita coisa mais que a uma informação mútua: este intercâmbio acaba resultando em ajuda recíproca e, frequentemente, em aperfeiçoamento real dos métodos. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao proporcionar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola, chega-se a uma divisão de responsabilidades [...] (PIAGET,2007, p.50)
Acredita-se que ainda há muitos desafios a serem enfrentados. É necessária inovação nas práticas pedagógicas para alfabetizar e garantir que a alfabetização de cada educando aconteça no tempo certo, que os mesmos não sofram prejuízos que venham intervir em suas vidas futuramente. O professor é o principal ator neste processo, porém, nesse momento que nos encontramos, a família tem sido aliada do professor, sem a participação delas seria impossível isso tudo acontecer, tendo em vista que são crianças pequenas e precisam do auxílio da família. Vale ressaltar ainda que os profissionais que atuam na educação do campo têm se esforçado o máximo, para buscar garantir que o processo de aprendizagem aconteça da melhor maneira possível.
Considerações Finais
Diante do exposto, conclui - se que a educação do campo vai muito além do que imaginamos, pois é uma realidade oposta de outras modalidades de ensino, que apresenta sua especificidade, sem deixar de garantir aos seus educandos todos os direitos e deveres. Este cenário na educação do campo tem mostrado muita preocupação com a situação vivenciada, em razão do Covid-19, porém em nenhum momento deixou-se de buscar conhecimentos que fortalecesse o ensino aprendizagem.
Com base nos materiais estudados foi possível verificar que os professores de uma forma geral, nesse momento passam por instabilidade e buscam superar os desafios encontrados no dia a dia na prática de alfabetização, nesse tempo de incertezas e medos, buscando alternativas que vá de encontro com as necessidades/realidades dos alunos. Sabemos que esse momento não está sendo fácil para ninguém e que as famílias/alunos e professores estão precisando adequar tempo, espaço e se dedicarem muito mais à família e a educação dos filhos. A metodologia também é tida como fator fundamental para que a criança e a família não desanimem, para isso estamos sempre buscando inovar trabalhando de acordo com recursos que a família possui, utilizando aulas práticas, material impresso, livros, recursos tecnológicos como: áudios, vídeos e WhatsApp, jogos e recursos naturais disponíveis na propriedade em que residem e isso vem surtindo resultados positivos. Sabemos que não podemos parar e que há muito ainda a ser feito, especialmente em relação a igualdade educacional relacionada ao acesso a internet e ao meio de acesso, os quais dependem de outras instâncias governamentais, mas que precisam ser reivindicados e fomentada pela instituição escolar e as famílias dessas comunidades. Com base em Pedroso e Sousa: A pandemia de Covid- 19 escancarou as desigualdades sociais existentes no Brasil. Tanto nas rotinas sociais quanto nas profissionais. No entanto cabe a todos nesse momento darmos as mãos para que todos possamos ser tratados com igualdade e dignidade.
Ressaltamos que a família tem sido primordial nessa etapa de ensino, que sem a participação da mesma seria impossível tudo isso acontecer, sendo esta uma parceria que precisa ser mantida entre família e escola, uma união que juntas somam forças para vencer qualquer obstáculo no campo da aprendizagem.
Referências
ROSA, Daniela Souza da; CAETANO, Maria Raquel. Da educação rural à educação do campo: uma trajetória...seus desafios e suas perspectivas. Disponível em:http://www.portaltrilhas.org.br/download/biblioteca/da-educacao-rural-a-educacao-docampo.pdf. Acesso em: 02 março. 2021.
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LEÃO, Marcelo Franco; ALVES, Ana Claudia Tasinaffo; MAIA, Gislane Aparecida Moreira; SOUZA, Kellen Cristhina Inácio; (Organizadores) A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
IMPLANTAÇÃO DO ENSINO REMOTO NA ESCOLA ESTADUAL ANTONIO GRÖHS EM ÁGUA BOA/MT Jallys Martins Mendes, Márcia Juliana da Silva e Maxsuel Pereira Barbosa in- A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
IMAGINÁRIO E PANDEMIA: A TRANSIÇÃO DO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL Nilson Furlan. In- A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
GAMIFICAÇÕES NO ENSINO REMOTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA Lilia Delfino Soares da Cunha. in- A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
PERCEPÇÃO DE ESTUDANTES DE 5º DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE AULAS REMOTAS NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19 Elma Aires Vieira. in- A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
IMPACTO DA COVID-19 NA EDUCAÇÃO E NA SOCIEDADE Tania Pedroso e Kellen Cristhina Inácio Sousa. in- A ESCRITA CIENTÍFICA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR: DA COLETA DE DADOS AO ARTIGO 1ª ed / Uberlândia–MG: Edibrás, 2021.
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