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O TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES COMO UMA AMEAÇA À BIODIVERSIDADE

 

Vania dos Santos Silva1

Joachim Graf Neto2

 

 

RESUMO

O tráfico de animais silvestres é reconhecido como uma atividade ilegal no país, tendo em vista que todos esses animais exercem grande importância ecológica. Quando capturados e retirados de seu habitat natural, causam um grande desequilíbrio biológico na natureza. As aves integram o grupo mais procurado pelos criadores, por apresentar beleza por suas cores vibrantes e canto exuberante. O presente estudo tem por objetivo avaliar as principais amaças sofridas por esses animais, que por sua vez estão ficando com suas espécies altamente ameaçadas de extinção, bem como averiguar a participação direta do homem, considerado o principal causador deste terrível comércio negro, pelo qual esses animais são submetidos diariamente. Todas as informações foram obtidas através de pesquisas realizadas em sites, e livros, que apresentaram questões acerca decaptura, comercialização, transporte, e destinação final. Infelizmente as autoridades não conseguem combater a este terrível crime pelo qual a fauna vem sendo assolada, pois os traficantes de animais fazem uso das mais variadas formas de transporte, que afetam diretamente a saúde destes animais, sendo eles pássaros, araras, maritacas, papagaios, e macacos, escondidos em suas bagagens, sem ar e comida adequada, levando muitas vezes a sua morte. A única forma de combater ao tráfico de animais silvestres seria a denúncia da população, e a não compra destes animais, o que é muito difícil, uma vez que, todo animal capturado já tem destino certo quando chegam nas cidades.

 

Palavras chave:Tráfico. Fauna. Biodiversidade. Animais.

 

 

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos países considerados mais ricos em biodiversidade, uma vez que, possui em seu território biomas importantes, como, Amazônia, Pantanal e Mata Atlântica, onde são encontradas as mais variadas espécies de animais silvestres do mundo. (Suçuarana, 2017).

O tráfico de animais no Brasil, apesar de apresentar números considerados altos de retirada de animais da natureza, é uma atividade comum, e fonte de renda para muitas famílias, que, com as dificuldades do dia a dia veem o tráfico de animais como uma prática facilitada, uma vez que, quando vão para as matas em busca de capturá-los já tem uma certeza de sua revenda. Os principais locais de captura de animais estão situados nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, pois há uma grande diversidade de fauna em suas ricas florestas, e as principais ferramentas de captura é a rede e o alçapão. (RIBEIRO e SILVA 2007).

O comércio ilegal de animais silvestres é um tipo de negócio que movimenta uma alta rentabilidade, principalmente no comércio exterior, chegando a movimentar de 10 a 20 bilhões de dólares no mundo. No brasil boa parte dos animais traficados são revendidos em feiras livres, indústrias farmacêuticas, centros de pesquisas, pet shop, e colecionadores.As aves lideram o grupo de espécies mais procuradas dentro deste mercado ilícito, e o Brasil chega a ter uma participação de 5% a 15% na retirada destas aves de seu habitat natural ao ano, o equivalente entre 12 e 38 milhões de animais silvestres retirados das matas brasileiras.(RIBEIRO e SILVA 2007).

A caça predatória também é tida como um composto dentro das ameaças a biodiversidade, sendo que estes animais como a capivara o caititu, a queixada, e os jacarés, além de ter sua carne muito apreciada, também tem o couro muito procurado para a confecção de artigos como bolsas, sapatos, e carteiras, que é vendido por um valor muito significativo tanto no Brasil, como no exterior.(FILHO e NOGUEIRA, 2000).

 

2 OBJETIVOS

O objetivo dessa pesquisa é realizar um levantamento de informações sobre o tráfico de animais silvestres, e promover a conscientização ambiental da sociedade para este impacto ambiental.

 

3 MATERIAIS E MÉTODOS

Em se tratando de tráfico de animais silvestres no Brasil, fez-se um levantamento com várias pesquisas na internet, no qual foi observado as principais causas que levam as pessoas a traficar animais, foi observado os principais animais que chamam a atenção de seus consumidores, forma de captura, transporte e principais estados onde são encontrados a maior diversidade de espécies, a caça predatória, que também forma um composto dentro das ameaças a biodiversidade, principais biomas onde são capturadas as aves, e seu destino final.

 

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O Brasil é um dos países considerado o mais rico em biodiversidade no mundo, devido a sua grande extensão territorial e presença de muitas florestas, tais como o Pantanal, riquíssimo em biodiversidade, embora seja considerado o menor bioma brasileiro, estando entre os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, encontrado também no Paraguai e na Bolívia, sendo a maior bacia inundável do mundo; Floresta Amazônica, e Mata Atlântica embora este cenário venha sendo modificado em alguns anos, devido à grande exploração humana que estas florestas tem sofrido. (Suçuarana, 2017).

Atualmente o meio ambiente vem sendo acometido por diversos fatores que se incluem dentro das ameaças à biodiversidade, tais como, desmatamentos, queimadas, poluição, que pode ser no solo, no ar, e na água, o comércio ilegal de flora, o tráfico de animais silvestres, caça predatória, dentre outros. Todas essas adversidades biológicas sofrem influência do homem, que por sua vez não sabe usufruir dos recursos naturais de maneira adequada, querendo cada vez mais, extrair da natureza além do que ela pode nos oferecer. São as atividades humanas que resultam nas maiores ameaças à diversidade biológica, através da destruição dos espaços naturais e, consequentemente, a perda do habitat. (ALVES, BRANDT e ALVES 2013).

O Brasil é um dos países que mais perde seus recursos naturais para outros países, um exemplo disso é o grande fluxo de animais silvestres que são transportados para fora do país, há uma estimativa de que 4 bilhões de aves por ano sejam comercializadas ilegalmente, destas, 70% são destinadas ao comércio interno e cerca de 30% sãoexportadas. Do totalde aves comercializadas, poucas são apreendidas e um número muito menor possui condições de ser devolvida à natureza. (Crédito: Melissa G. Silva).

Muitas campanhas e projetos de preservação e conservação à natureza são lançados diariamente, principalmente em comunidades carentes, tendo em vista que a prática deste comércio ilícito de animais e plantas, é uma atividade corriqueira, devido às más condições financeiras destas pessoas que optam pelo trabalho com o tráfico de animais. (RIBEIRO e SILVA 2007).

 

4.1 TRÁFICO DE ANIMAIS

Muitos animais são retirados da natureza ainda quando são recém-nascidos, o que causa um terrível impacto sobre eles, que ainda não tem resistência suficiente para que possam ser transportados, com isso acabam morrendo antes de chegarem ao seu destino final, devido as péssimas condições, que vão desde, captura e manutenção, até o seu transporte. Conforme a ONG (Organização Não Governamental) Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, “no Brasil, cerca de 38 milhões de animais são retirados de seus habitats naturais anualmente, sendo aproximadamente 12 milhões de espécimes distintas”. (FRANCISCO, 2017).

O tráfico de animais silvestres no Brasil, é muito comum, sendo que, em sua maioria são capturados e transportados ilegalmente, já com compradores que os aguardam para uma possível revenda. Seus principais consumidores se encontram nas regiões Sul e Sudeste do país. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

O tráfico de animais silvestres constitui o terceiro maior comércio ilícito do mundo, perdendo apenas para o tráfico de narcóticos e armas. Estima-se que o comércio deva girar em torno de US$ 10 a 20 bilhões/ano e a participação do Brasil seria de aproximadamente 5% a 15% deste total, correspondendo a retirada, por ano, entre 12 a 38 milhões de animais silvestres das matas brasileiras. Os principais locais de captura dos animais estão nos estados da Bahia, Pernambuco, Pará, Mato Grosso e Minas Gerais, sendo escoados para as regiões do Sul e Sudeste, onde se encontram os principais consumidores. (RIBEIRO e SILVA, 2007 p. 4).

Geralmente, todos os animais capturados, em sua maioria sendo pássaros, periquitos, papagaios e araras, são aguardados nas cidades, e seus principais consumidores são indústrias farmacêuticas, centros de pesquisa, universidades, colecionadores, pets shops, e feiras. Sendo que as aves, são classificadas como o principal grupo de comercialização, mais procurado, em relação aos demais animais, talvez pelo seu canto ou suas cores vibrantes, se tornam mais atrativas ao gosto do consumidor.(RIBEIRO e SILVA 2007).

Papagaios, araras, maritacas, periquitos, curiós, dentre outros pássaros são capturados através de armadilhas como o alçapão e levados para serem vendidas no comercio exterior, onde seu valor é ainda maior. Com a captura excessiva o maior impacto gerado é a redução das espécies, que por sua vez acabam perdendo seus parceiros ficando difícil sua reprodução. (RIBEIRO e SILVA 2007).

Dentre os impactos mais significativos gerados pelo tráfico de animais destaca-se a redução da abundância de determinadas populações, visto que a captura excessiva é a segunda principal causa da redução populacional de várias espécies, perdendo apenas para a degradação e a redução dos habitats provocadas pelo desmatamento. Como consequência, os ecossistemas sofrem modificações nas estruturas das comunidades que, com suas populações reduzidas podem não mais desempenhar sua função ecológica. (RIBEIRO, SILVA. 2007).

Infelizmente isso é o que mais tem acontecido nos últimos tempos, muitos animais têm sofrido essa dolorosa saída de seu habitat natural, sendo transportados ilegalmente para as cidades, com a saída destes animais da natureza tem gerado um impacto significativo, no qual pode se destacar a redução de abundância das espécies. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

O Brasil possui um número estimado em 1.796 espécies, sendo 191 endêmicas segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Apreensões do Ibama em todo o Brasil, durante os anos de 1999 a 2000, mostraram que 82% dos animais comercializados naquela época eram aves. Isto se deve principalmente à beleza de cores das plumagens e à melodia de seus cantos, aliado à ampla distribuição geográfica e alta diversidade. (RIBEIRO e SILVA; 2007).

Diariamente agentes do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais), em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, resgatam animais em tráfego sendo levados para outras cidades e até mesmo países. Para tornar os trabalhos desses agentes mais efetivo é preciso que sejam feitas denúncias, o que gera receio da população, por medo de ameaças dos traficantes de animais. (IBAMA 2017).

Agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) resgataram 219 animais silvestres comercializados ilegalmente em feiras livres nos municípios de Salgado, Estância, Itaporanga d'Ajuda, Lagarto e Simão Dias, em Sergipe; e em Paripiranga, na Bahia. Foram recolhidas 194 aves e 25 jabutis, réptil listado no Apêndice II da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção (Cites), que estabelece controle mais rigoroso para importação e exportação. As multas aplicadas totalizam cerca de R$ 185 mil. (IBAMA, 2017).

Todos os animais que são resgatados pelos agentes e que estão com boa saúde são devolvidos a natureza, e os que estão com a saúde debilitada são levados para recuperação e posteriormente também são devolvidos a natureza, como o caso ocorrido nos municípios de Salgado, Estância, Iporanga d’Ajuda, lagarto e Simão Dias, em Sergipe, e em Paripiranga na Bahia, onde todos os animais resgatados voltaram a natureza. (IBAMA, 2017).

De acordo com a legislação ambiental, não é permitido criar animais silvestres sem autorização dos órgãos competentes. O infrator está sujeito a multa de R$ 500 por animal. Se a espécie estiver ameaçada de extinção, o valor sobe para R$ 5 mil. (IBAMA, 2017).

 

Foto: Papagaio-do-mangue: uma das aves mais procuradas como animais de estimação. Crédito: Melissa G. Silva

 

A figura acima representada por uma ave por nome cientifico Amazona amazonica, popularmente conhecido por papagaio-do-mangue ou curica, facilmente encontrado em matas e manguezais, pode representar bem um grupo de aves comumente traficadas no Brasil. Este tipo de ave desperta interesse por colecionadores, devido a sua probabilidade de desenvolver a fala, semelhante a do ser humano. (RIBEIRO e SILVA 2007).

O tráfico de animais silvestres, representa um grande desequilibrio biológico, uma vez que cada grupo de espécies exerce um papel fundamental na natureza, sua retirada é como se fosse deixado uma lacuna, ou seja, um espaço em aberto, sendo que cada animal é único representando seu papel de maneira ecológica, mesmo embora, havendo muitos outros de total semelhança.(SERAFINI &SUBIRA, 2017).

O Brasil é um dos países, que vêm perdendo seus recursos naturais de maneira desenfreada, visto que existem muitas dificuldades na operação no combate ao tráfico de animais silvestres.(RIBEIRO e SILVA; 2007).

Alguns fatores impossibilitam a total eficiência das ações de combate ao tráfico, como as dificuldades operacionais associadas à vasta extensão territorial, a baixa severidade das penalidades previstas na legislação ambiental e a miséria em que vive grande parte da população. (RIBEIRO e SILVA, 2007).

 

4.2 CAÇA PREDATÓRIA

A caça predatória é comum no estado do Mato Grosso e Pará, devido a ter uma vasta região de matas fechadas ricas em animais silvestres que chama a atenção dos caçadores, seja por esporte, ou para consumo da carne muito apreciada. Há também a caça a mando de fazendeiros a fim de proteger seus rebanhos contra os ataques de animais, como é o caso da onça pintada. (MMA, 2016).

Quando um animal é abatido na natureza de forma brutal, causa um grande desequilíbrio para a fauna brasileira, muitos caçadores abatem animais que possuem filhotes, causando um forte impacto para estes animais órfãos, que acabam morrendo por falta de proteção e alimentação de sua mãe. Drumond, chefe da Floresta Nacional (Flona) aponta um impacto significativo quanto a perca de um animal como a onça pintada.

Quando um animal como a onça-pintada é retirada da natureza dessa forma, há um impacto muito negativo, pois é um animal que já tem população reduzida. Embora exista a fiscalização, a proteção é insuficiente para combater as inúmeras ações de predar os recursos da floresta.

É preciso que o trabalho de fiscalização contra o tráfico de animais seja reforçado, aumentando a qualidade e a eficiência nos trabalhos de proteção à biodiversidade sendo que há uma possibilidade grande da onça pintada ser extinta em pouco tempo, haja visto que em algumas regiões ela já é pouco encontrada. (MMA, 2016).

Já na América Latina,outros animais sofrem com uma forte demanda ao tráfico de suas carnes, pelos quaispode-se citar, o caititu, a queixada e a capivara, que além de sua carne ser muito apreciada, ainda há um forte interesse pelo couro, como nos mostra (FILHO e NOGUEIRA, 2000, apud Redford & Robinson, 1991; Moreira & Macdonald, 1997) sobre a caça desses animais:

Na América Latina o caititu, Tayassutajacu, o queixada, Tayassu pecari, e a capivara, Hydrochoerushydrochaeris, estão atualmente entre as espécies mais caçadas (Redford & Robinson, 1991; Moreira & Macdonald, 1997) porque, além da carne, existe grande interesse em seus couros, para os quais há uma grande demanda no mercado internacional. Os principais países importadores do couro de caititu e queixada são a Itália, a Alemanha e a França. Nestes países, ele é industrializado na forma de artigos de luxo como calçados finos, luvas, casacos, carteiras e cintos, que por sua vez são exportados principalmente para os EUA e Japão.

A caça de animais sempre foi utilizada pelo homem desde os seus antepassados, porém há muitos anos atrás, o seu principal interesse era somente como fonte de alimentação, causa diferente dos dias atuais, em que a caça tem aumentado a cada dia, sendo seu principal interesse, a extração do couro para a venda no mercado ilícito, para a fabricação de objetos pessoais; com isso, animais são mortos diariamente de maneira cruel, e sua carne não chega a ser aproveitada para o sustento de nenhuma família. (FILHO e NOGUEIRA 2000).

 

4.3CUIDADOS ESPECIAIS COM ANIMAIS SILVESTRES

Todo animal silvestre retirado da natureza precisa de cuidados especiais que garantam a sua sobrevivência fora de seu habitat natural. Primeiramente é preciso que tenham documentação certificada pelo IBAMA, órgão responsável pela fiscalização, e combate ao tráfico de animais. Após toda a regularização este animal pode ser levado para a criação particular, e toda esta regulamentação vale para todo e qualquer animal silvestre podendo ser aves, jabutis, cobras e macacos. Caso contrário a pessoa que mantêm esse animal em casa sem nenhuma certificação do IBAMA está cometendo um crime e enaltecendo o tráfico de animais. (ARAÚJO, 2017).

O animal que é capturado e levado para longe de seus ancestrais, vive em total solidão, presos em gaiolas, ou cercados que não são compatíveis com a sua necessidade de espaço, tem dificuldades de alimentação, reprodução e sofrem transtornos comportamentais, principalmente as aves. Como nos mostra (SERAFINI & SUBIRA, 2014)

O bem-estar do animal silvestre não depende apenas do cuidado, carinho e boas intenções do comprador. Um animal silvestre criado como doméstico além de sofrer com a solidão, tem dificuldades para se reproduzir. Pode sofrer por ficar preso em espaço físico reduzido e comer alimentos inapropriados. Isso expõe as espécies a doenças que em seres humanos podem não ser tão graves, como a gripe, mas que para eles são fatais.Todo animal retirado da natureza sofre por maus tratos, mesmo que seu criador tente fazer o que há de melhor para que ele se sinta bem, porém o simples fato de estar longe de sua espécie já é um grande maltrato para este animal. (SERAFINI & SUBIRA, 2014).

Animais que vivem presos em cativeiros dificilmente chegarão a se reproduzir em algum momento de sua vida, e os que conseguem se reproduzir, em alguns casos, seus filhotes morrem nos primeiros dias de vida, devido as condições de alimentação ser muito restrita em locais fechados. Por mais que haja dedicação do seu criador sua reprodução acaba sem êxito, sendo que impossibilita que sua mãe busque alimentos necessários para a nutrição deste filhote, em livre demanda na natureza. Com isso acaba que os animais, em especial as aves, tenha sua vida reprodutiva desfavorecida (SERAFINI & SUBIRA, 2014)

Não só o tráfico de animais silvestres é considerado crime, como manter esses animais em casa, sendo criados como animais domésticos se destaca como crime ambiental,amparado por lei, segundo SERAFINI& SUBIRA (2014); “ter animais silvestres como bichos de estimação é crime ambiental, segundo a Lei nº 9.605/98, que proíbe a utilização, perseguição, destruição e caça de animais silvestres. Para os infratores, a lei prevê prisão de seis meses a um ano, além de multa”.

SERAFINI & SUBIRA (2014) afirmam que é preciso que haja conscientização da população sobre as terríveis ameaças a biodiversidade, sendo que muitas espécies já chegaram a desaparecer da natureza devido a sua extração ilegal, com isso a natureza e todos que nela habitam estão perdendo o seu maior patrimônio, sem que, sequer seja notado, por uma questão simples, dizendo não a compra de animais silvestres.O mesmo autor diz que se todos tivessem consciência do grande mal que estão fazendo a natureza adquirindo este tipo de animal, o mercado negro de animais não existiria, ou pelo menos se extinguiria, a medida em que os consumidores parassem de adquirir estes animais.

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização do presente trabalho conclui-se que, somente com uma mudança de pensamento, será possível que haja uma transformação em relação ao homem e a natureza, sendo que é preciso que se obtenha conhecimento do grande mal que a retirada de animais traz para a natureza.

Na maioria das vezes são atitudes impensadas e em atos de desesperança, que levam os seres humanos a cometerem atitudes de tamanha crueldade com animais indefesos, que caem em suas armadilhas e acabam tendo um destino cruel, sendo retirado de seu habitat natural.

A questão da preservação ambiental deve ser abordada desde cedo na vida do ser humano, ainda em fase escolar, tendo em vista que é neste momento que suas opiniões estão sendo formadas acerca de diversos assuntos, pelos quais a preservação/conservação da natureza não é tida como foco, pois pouco se trata de Educação Ambiental, ficando tal assunto deixado de lado.

Como os seres humanos são os principais destruidores da natureza, que interferem diretamente na evolução e no equilíbrio natural dos ecossistemas, somente com uma boa conscientização é que será possível minimizar os efeitos de suas ações.

 

REFERÊNCIAS

 

ALVES, I. BRANDT, Cláudia Sabrine. ALVES, Edna Maria. Ecologia e Biodiversidade. Indaial: Uniasselvi,2013.

 

ARAÚJO, L. Animais Silvestres: Cuidados Necessários e Regulamentação no IBAMA Disponível em: http://revistavidanatural.com.br/vida-so/cial/animais-silvestres-cuidados-necessarios-e-regulamentacao-no-ibama/2681/# acesso 08 de mar. 2017.

 

Ministério do Meio Ambiente (MMA);Agentes desmontam esquema de caça ilegal e venda de animais no Pará. Disponível em http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2016/09/agentes-desmontam-esquema-de-caca-ilegal-e-venda-de-animais-no-para> acesso em 26 de abr. 2017.

 

FRANCISCO, W. de C.; "Tráfico de Animais "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/trafico-animais.htm>. Acesso em 06 de abril de 2017.

 

RIBEIRO, L. B. S., Melissa Gogliath. O comercio ilegal põe em risco a diversidade das aves no Brasil <http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252007000400002&script=sci_arttext> Cienc.Cult.vol.59 no. 4 São Paulo 2007. Acesso em 18 de fev. 2017.

 

NOGUEIRA, S. S. da C.;NOGUEIRA FILHO, S. L. G.;Criação Comercial de Animais Silvestres: Produção e Comercialização da Carne e de Subprodutos na Região Sudeste do Brasil<www.researchgate.net/profile/Sergio_Nogueira-Filho/publication/237364649_Criacao_Comercial_de_Animais_Silvestres_Producao_e_Comercializacao_da_Carne_e_de_Subprodutos_na_Regiao_Sudeste_do_Brasil/links/547dea150cf285ad5b08b01a.pdf> acesso em 13/02/2017. Revista Econômica do Nordeste, Fortaleza, volume 31, n. 2 p.188-195 abr. jun. 2000. Acesso em 18 de fev. 2017.

 

SERAFINI; P., SUBIRA; R.Tráfico de animais contribui para extinção de espéciesdisponível em:http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2014/07/trafico-de-animais-contribui-para-extincao-de-especies> Acesso: 14 de fev. 2017.

 

SUÇUARANA, M. da S.PANTANAL; infoescola. Disponível em <http://www.infoescola.com/biomas/pantanal/> acesso em 26 de abr. 2017.

1 Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas- UNIASSELVI. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

2Professor Orientador, Engenheiro Florestal; MSc. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

DEGRADAÇÃO DO MEIO AMBIENTE PROVOCADA POR APLICAÇÕES CONTÍNUAS DE AGROTÓXICO NAS LAVOURAS

 

Leonícia Goulart de Oliveira Silva

 

 

 

 

 

 

SIGLAS

 

ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária

MMA- Ministério do Meio Ambiente

DDT- Diclorodifeniltricoloetano

DNA- Ácido Desoxirribonucleico

IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

IMP- Instituto Ambiental do Paraná

LMR- Limite Máximo de Resíduos

OGM- Organismo Geneticamente Modificado

OMS- Organização Mundial da Saúde

PARA - Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos

RNA- Ácido Ribonucleico

GLOSSÁRIO

 

Acaricidas: substância ou preparado para matar ácaros (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Aminoácidos: ácido orgânico que tem parte do hidrogênio não ácido substituída por um ou mais radicais de amina (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Biota: conjunto de seres vivos de habitantes de uma região (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Commodities : é uma palavra em inglês, é o plural de commodity que significa mercadoria (SIGNIFICADOS, 2017).

 

Ecossistema: conjunto de relações entre os diversos componentes de um meio ambiente (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Entomologia: parte da Zoologia que estuda os insetos (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Forense: que diz respeito à lei; judicial; judiciário; do direito; jurídico; do fórum (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Himenóptero: espécime de uma ordem de artrópodes, da classe dos insetos (vespas, abelhas) (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Nematoides: espécie dos vermes de corpo cilíndrico fino e alongado, revestido de cutícula, de vida livre ou parasita. Filo dos vermes (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Neoplasia: desenvolvimento anormal de tecido; qualquer tumor maligno e benigno (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Organoclorados: que contém composto orgânico combinado com cloro (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

Organofosforados: que contém composto orgânico combinado com fósforo (DICIONÁRIO UNESP, 2011).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7

SUMÁRIO

 

 

 

CAPÍTULO I

INTRODUÇÃO

 

 

 

 

 

Na Segunda Guerra Mundial, os agrotóxicos eram utilizados como armas químicas. Depois foram utilizados como defensivos agrícolas, com o objetivo de combater pragas e organismos patogênicos que possam comprometer a produção agrícola. O uso indiscriminado de agrotóxicos acarreta muitos problemas. Quando usados sem respeitar as normas de segurança e sem orientação técnica, podem contaminar o solo, os rios, os aplicadores e consumidores.

O papel de pesticida pode ser desempenhado por uma substância química ou por agentes biológicos (bactérias, vírus). São sempre tóxicos, porém, nem sempre venenosos. Existem várias classificações para os pesticidas, pois é dado de acordo com a praga a ser combatida.

A contaminação por ingestão de alimentos com alta quantidade de agrotóxico pode causar sintomas como dores de cabeça, alergias; esses podem ser de imediato, crônico ou agudo, de curto ou longo prazo. Quando se trata de tumores ou doenças cancerígenas, pode ser hereditário, ou seja, passar para as próximas gerações.

Ao pensar na segurança do consumidor a ANVISA criou um Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), com o objetivo de assegurar que a quantidade de agrotóxico utilizado nos alimentos está de acordo com o Limite Máximo de Resíduos (LMR).

A água é de extrema importância para a vida de todos os seres vivos que habitam o planeta Terra. Embora este recurso seja encontrado em abundância, o uso contínuo de agrotóxico a deixa imprópria para o consumo.

Este estudo demonstrou as causas e consequências da utilização de agrotóxicos nas plantações e a maneira como esse elemento atua no ecossistema.

 

Justificativa

Selecionei este tema, pelo fato de ser um dos assuntos mais polêmicos e preocupantes da nossa atualidade. Observei que através desta pesquisa posso acrescentar algo de grande importância ao meu conhecimento, pois se trata das ações em relação aos nossos meios de sobrevivência.

A pesquisa objetivou mostrar como esses elementos atuam no ecossistema. A escolha do tema deu-se pela preocupação em relação ao meio ambiente. Por isso, realizei esta pesquisa para expor os problemas ambientais que são provocados por aplicações de agrotóxicos nas plantações brasileiras.

Sendo assim, esse estudo se justifica pela preocupação com o uso ininterrupto de agrotóxicos e defensivos nas lavouras. Dessa forma, este teve como ponto primordial demonstrar as consequências desses produtos no meio ambiente e na saúde dos seres vivos.

 

Problematização

Quais as consequências do uso contínuo de agrotóxicos em leguminosas?

 

Objetivo Geral

Conhecer as causas e consequências da utilização de agrotóxicos nas plantações do Brasil.

 

Objetivos Específicos

  • Analisar os tipos de agrotóxicos utilizados.

  • Mostrar o desequilíbrio da fauna e flora após a contaminação.

  • Mostrar como a contaminação dos alimentos (frutas, legumes e verduras) afeta a saúde humana.

  • Expor os benefícios trazidos pela água e os malefícios causados devido a sua contaminação.

1.1 Metodologia

A palavra metodologia vem do Latim Methodus que significa “caminho ou a via para a realização de algo”. Segundo Almeida (2011, p.19) “Metodologia corresponde a um conjunto de procedimentos adotados em estudos aos quais se atribui a confiabilidade do rigor científico”.

Pesquisa básica teve como objetivo expor os problemas ambientais causados pelo uso do agrotóxico, sem colocá-lo em prática. Método de pesquisa que se utiliza conhecimento sobre a natureza sem aplicações práticas e imediatas.

A pesquisa descritiva teve como objetivo descrever como o uso inadequado do agrotóxico prejudica o meio ambiente.

Tem finalidade de descrever o objeto de estudo, as suas características e os problemas relacionados, apresentando com máxima exatidão possível os fatos e fenômenos” (ALMEIDA, 2011, p. 31).

Com base nos problemas ambientais causados pelo agrotóxico, optei pela pesquisa bibliográfica, a partir da coleta de informações em sites e livros para a conclusão do trabalho.

Este tipo de estudo toma como objetivo apenas livros e artigos científicos, tendo normalmente a finalidade de buscar relações entre conceitos, características e ideias, às vezes unindo dois ou mais temas” (ALMEIDA, 2011, p.33).

1.2 Coleta de Dados

Os dados secundários “são aqueles que já foram coletados, tabulados, ordenados e, muitas vezes, até analisados, com propósitos outros ao de atender as necessidades da pesquisa em andamento, e que estão catalogados a disposição dos interessados” (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013).

 

CAPÍTULO II

REVISÃO DE LITERATURA

 

 

 

 

2.1 Administração e meio ambiente

Chiavenato (2010, p. 4) destaca que a palavra administração:

[...] tem em sua origem do latim (ad, direção para, tendência e minister, comparativo de inferioridade; o sufixo ter, subordinação ou obediência, isto é, aquele que realiza uma função abaixo do comando de outrem, aquele que presta um serviço a outro) e significa subordinação e serviço.

 

Tem como função servir de intermediário entre a empresa e os funcionários, utilizando o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos e competências organizacionais. Assim, alcançando seus objetivos com eficiência e eficácia.

A influência da Revolução Industrial segundo Rosa (2012) houve a substituição de oficinas artesanais por fábricas, transferindo assim, o núcleo dos negócios da agricultura às indústrias.

Com o surgimento da máquina a vapor, sua posterior aplicação à produção, houve o surgimento de uma nova concepção de trabalho que modificou a estrutura social e comercial da época, originou profundas e rápidas mudanças de ordem política, social e econômica e ambiental. Conforme as empresas crescem, os administradores devem trançar metas que não prejudiquem o meio ambiente.

Independente do porte da sua empresa a missão visão e valores tendem cada vez mais a serem influenciados pelas políticas ambientais; Sendo assim o administrador terá pela frente o desafio de traçar metas que visem não somente o lucro; mas também a conservação e reutilização dos recursos naturais como um todo (SOUZA, 2010).

 

Favorecendo assim, os objetivos da organização e ao mesmo tempo a sustentabilidade do planeta.

Segundo Clara Emilie (2006) a inserção de medidas sustentáveis nas organizações, como o uso racional dos recursos naturais (água, as florestas, o solo, etc.) e bens da empresa (luz, papel, etc.) podem ser revertidos numa maior conscientização humanitária, qualidade de vida no trabalho e na diminuição dos impactos ambientais.

Em todas as indústrias e em algumas empresas cabe à implementação da gestão ambiental, o ISO 14000 é um exemplo, que serve para garantir que determinada empresa (pública ou privada) pratique a gestão ambiental.

É indiscutível a necessidade das empresas despertarem para a questão do meio ambiente, não só pela defesa de seus próprios interesses econômicos, mas principalmente pela questão da ética, da cidadania e da responsabilidade social (EMILIE, 2006).

 

2.2 Revolução Verde

A expressão Revolução Verde faz referência a um programa de inovações tecnológicas no setor da agricultura. Conforme Francisco (2016), “a revolução verde surgiu com o propósito de aumentar a produção agrícola através de desenvolvimento de pesquisas em sementes, fertilização e utilização de maquinário”.

As sementes modificadas e desenvolvidas nos laboratórios possuem alta resistência a diferentes tipos de pragas e doenças, seu plantio, aliado à utilização de agrotóxicos, fertilizantes, implementos agrícolas e máquinas, aumenta significativamente a produção agrícola (LUNA, 2015).

 

O programa de revolução teve início logo após a Segunda Guerra Mundial. Pesquisadores de países industrializados pretendiam aumentar a produção de alimentos, acabando assim com a fome do mundo. No entanto, o aumento da produção não foi suficiente para acabar com a fome mundial, pelo fato dos alimentos produzidos serem destinados às grandes potências.

Essa a chamada Revolução Verde trouxe considerável aumento na produção agrícola, porém isso ocorreu ao custo de alto contingente populacional rural; então a modernização atendeu o interesse da elite rural, mas induziu ao desemprego no campo, uma vez que a mão de obra foi substituída por máquinas ─ em consequência foi gerado o êxodo rural. A Revolução Verde, que tinha como objetivo acabar com a fome, contradiz-se e o que de fato prevalece é o aumento de capital dos comerciantes de máquinas e de insumos, pois a produção de alimentos nos países em desenvolvimento é destinada, principalmente, a países ricos e industrializados (ANDRADE, 2014).

 

Segundo Souza (2013) “a Revolução Verde no Brasil ocorreu na ditadura militar, permitindo que o país desenvolvesse tecnologias próprias em universidades, centros de pesquisas, agências governamental e instituições privadas”. Na década de 1990 houve um grande desenvolvimento agrícola, devido às inovações. Transformando o país em um dos recordistas de produtividade e exportação. Na época, a produtividade era o maior desafio do programa. Atualmente, é ter uma agricultura sustentável e com menor impacto ambiental.

De acordo com o site Pensamento Verde (2013) a Revolução Verde trouxe inúmeros problemas para o meio ambiente. Com o desmatamento para cultivo, surgiram pragas e, consequentemente, a necessidade do uso de agrotóxico. Desta forma, houve uma alteração e contaminação em todo o ecossistema.

 

2.3 Agrotóxicos

Os agrotóxicos foram desenvolvidos na Primeira Guerra Mundial e utilizados mais amplamente na Segunda Guerra Mundial como arma química. Com o fim da guerra, o produto desenvolvido passou a ser utilizado como "defensivo agrícola". Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2016):

 

A legislação vigente, agrotóxicos são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, pastagens, proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais. O agrotóxico visa alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos. Também são considerados agrotóxicos as substâncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento.

 

O primeiro composto dessa classe, denominado DDT, foi a principal arma no combate contra o mosquito da malária, até descobrir que ele, assim como todos os organoclorados, era prejudicial aos seres vivos (é um composto cancerígeno, teratogênico e cumulativo no organismo) e ao meio ambiente.

Naquela época, homens [...] foram recrutados para combater uma verdadeira guerra contra o mosquito vetor da malária e outras endemias. Sem conhecimento e acreditando que o veneno era inofensivo ao ser humano, os agentes se embrenhavam na mata e tinham contato direto com o produto, usando apenas um chapéu de alumínio e uma farda (MADRUGA, 2015).

 

Desde a Revolução Verde, o processo de produção agrícola sofreu grandes mudanças, com a implantação de tecnologia, visando à produção das commodities agrícola. Estas tecnologias abrangem o uso extensivo de agrotóxico. Com o propósito de reduzir pragas e aumentar a produtividade.

Segundo o MMA (2016) os agrotóxicos podem ser divididos em dois grupos: agrícolas e não agrícolas. Os agrícolas são empregados nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e nas florestas plantadas. Os não agrícolas são destinados à proteção de florestas nativas, outros ecossistemas ou de ambientes hídricos. Além disso, são indicados para ambientes urbanos e industriais, domiciliares, públicos ou coletivos, ao tratamento de água e em campanhas de saúde pública.

Os princípios ativos dos agrotóxicos podem ser altamente tóxicos e assim causar alterações no sistema nervoso central além de gerar mutações genéticas de graus elevados e que podem ter como consequência neoplasias” (SANAGUA, 2015).

Santos; Phyn (2003) afirmam que “a produção agrícola pode ser afetada por diversas pragas, como insetos, patógenos e plantas invasoras. Para combater estes organismos, são utilizados produtos químicos, como inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematicidas, bactericidas e vermífugos”. Dentre os defensivos agrícolas mais nocivos para o organismo estão os inseticidas, herbicidas e rodenticidas.

 

2.3.3.1 Inseticidas

Inseticidas são compostos capazes de combater insetos. São utilizados em lavouras, indústrias e residências.

Os organoclorados (Diclorodifeniltricoloetano, Dicofenol, Endrin) segundo Cardoso (2016) são compostos orgânicos que apresentam átomos de cloro em ligações covalente na cadeia e altamente perigosos. É capaz de permanecer no ambiente terrestre por mais de 100 anos, pois esse inseticida libera resíduos que se acumulam nos tecidos gordurosos de mamíferos, peixes e aves.

Organofosforados (Parathion, Malathion, Orthene, Bidrin) são ésteres do ácido fosfórico e menos perigosos. Pertencente ao grupo autodenominado inibidores, são absorvidos pelo organismo dos seres vivos através de todas as vias possíveis, incluindo a via dérmica, o trato gastrointestinal, a via respiratória e as membranas mucosas.

Após a absorção oral, inalatória ou cutânea, os organofosforados são distribuídos pelo organismo, mas não se acumulam em tecidos específicos, entretanto, alguns compostos não inibem as esterases antes de sofrerem ativação pelas enzimas hepáticas. A única forma de desintoxicação possível no organismo são as reações de esterificação que ocorrem no fígado, podendo ocorrer indução hepática quando os animais são expostos cronicamente a doses não letais de alguns organofosforados (HATCH, 1992; REPETTO et al., 1995 apud COSTABILE et al., 2004).

 

Já os carbamatos (Carbaryl, Methomil, Furadan) são considerados pouco perigosos. Assim como os organofosforados, também se integram ao grupo de inibidores. Sua diferença é que os efeitos permanecem apenas uma semana, já o dos organofosforados demoram aproximadamente um mês para se extinguir.

Os inseticidas, de um modo geral, apresentam sérios efeitos ao homem e o meio ambiente, visto que podem contaminar águas dizimando espécies que têm esse ambiente como habitat. Seu uso comumente confere aos insetos certa resistência, tornando necessárias aplicações cada vez maiores. O vegetal sofre alterações metabólicas e estruturais, e o próprio ser humano também sente consequências, sendo a principal delas, o câncer (CARDOSO, 2016).

 

2.3.3.2 Herbicidas

Os herbicidas segundo Cardoso (2016) “são compostos químicos utilizados na agricultura para controlar o desenvolvimento de ervas daninhas. Essas plantas são eliminadas geralmente quando disputam certos recursos com as cultiváveis, como por exemplo, espaço, água, sais minerais, entre outros”.

Paraquat – Muito Perigosos: Um tipo de composto altamente tóxico e que ataca gravemente todos os tecidos do organismo. A intoxicação pode acontecer por ingestão ou então por inalação. Se por acaso esse composto for consumido em estado puro basta uma colher de chá para levar a óbito.

Glifosato – Menos Perigosos: Uma classe de agrotóxico que apresenta um nível de toxicidade relativamente baixo para o ser humano, porém cuja ingestão acidental pode causar vômitos, náuseas e outros tipos de distúrbios gastrointestinais.

Clorofenóxicos – Pouco Perigosos: Quando o manuseio desse tipo de agrotóxico é feito de forma correta é bem pouco tóxico para o ser humano. Porém, durante a sua fabricação é liberada uma substância conhecida como dioxina que deve ser mantida isolada. No caso de ela contaminar esse herbicida a mistura torna-se cancerígena (SANAGUA, 2015).

 

2.3.3.3 Rodenticidas

Segundo um artigo do site Cultura Mix (2014) o Fluoracetato de Sódio é considerado muito perigoso, pois “dentre todos os tipos de agrotóxicos certamente a categoria dos rodenticidas é a mais venenosa de todas e o Fluoracetato de Sódio em particular é o pior de todos”.

Já o Fosfeto, Cultura Mix (2014) é considerado menos perigosos, porque é bastante utilizado para a proteção de sementes que ficam em estoque antes do plantio. Mesmo sendo proibido no Brasil, é bastante comum na utilização doméstica contra ratos. Quando esse composto entra em contato com a água ou com a saliva libera a fosfina, um gás venenosíssimo.

Os Hidroxicumarínicos são classificados como pouco perigosos, por serem pequenos (granulados) podem ser ingerido por acidente causando hemorragias nos seres humanos.

 

2.3.1 Agrotóxico e meio ambiente

A dificuldade da avaliação da conduta de um agrotóxico depois de aplicado deve-se à necessidade de se considerar a intervenção dos agentes que atuam provocando transformações nas substâncias. Essas sofrem processos físicos, químicos ou biológicos, os quais podem alterar as suas propriedades e influenciar no seu comportamento, inclusive com a formação de outros produtos com propriedades totalmente diferentes do produto inicial e cujos danos à saúde ou ao meio ambiente também são distintos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente – MMA (2016):

A atuação do agrotóxico no ambiente é bastante complexa. Quando aplicado, o agrotóxico é capaz de atingir o solo e as águas, principalmente devido aos ventos e à água das chuvas, que promovem a deriva, a lavagem das folhas tratadas, a lixiviação e a erosão. Além disso, qualquer que seja o percurso do agrotóxico no meio ambiente, perpetuamente atingirá o receptor, isto é, o homem.

 

2.3.2 Agrotóxicos no Brasil

Os agrotóxicos são considerados extremamente relevantes no modelo de desenvolvimento da agricultura no país. Segundo G1 (2017) o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxico no mundo, embora não seja o maior produtor. Em grãos o Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos (Embrapa, 2017).

Para Lucena (2010) há três razões que explicam os motivos de o Brasil ser o país que mais utiliza agrotóxico:

A mais óbvia é que somos um dos maiores produtores agrícolas do mundo, de soja principalmente. Outra é que nossas sementes melhoradas já são pensadas para usar agrotóxicos. São selecionadas até certo ponto em que, realmente, dependem destes produtos. E, para dar a produtividade que se espera, demandam grandes quantidades. Em terceiro lugar, não temos mais pragas, mas, por usarmos agrotóxicos há tantos anos, nossas pragas ficaram mais resistentes. É um espiral que vai aumentando. 

 

Em decorrência da significativa importância, tanto em relação à sua toxidade quando à escala de uso no Brasil, uma ampla variedade de agrotóxicos é legalizada no Brasil, com um grande número de normas legais.

 

 

 

 

 

 

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2016):

O referencial legal mais importante é a Lei nº 7802/89, que rege o processo de registro de um produto agrotóxico, regulamentada pelo Decreto nº 4074/02: os agrotóxicos, para serem produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados devem ser previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura. O IBAMA realiza a avaliação do potencial de periculosidade ambiental de todos os agrotóxicos registrados no Brasil.
Segundo a Lei 7.802/89, artigo 3º, parágrafo 6º, no Brasil, é proibido o registro de agrotóxicos: a) Para os quais o Brasil não disponha de métodos para desativação de seus componentes, de modo a impedir que os seus resíduos remanescentes provoquem riscos ao meio ambiente e à saúde pública; b) para os quais não haja antídoto ou tratamento eficaz no Brasil; c) que revelem características teratogênicas, carcinogênicas ou mutagênicas, de acordo com os resultados atualizados de experiências da comunidade científica; d) que provoquem distúrbios hormonais, danos ao aparelho reprodutor, de acordo com procedimentos e experiências atualizadas na comunidade científica; e) que se revelem mais perigosos para o homem do que os testes de laboratório, com animais, tenham podido demonstrar, segundo critérios técnicos e científicos atualizados; f) cujas características causem danos ao meio ambiente.

2.4 Impacto Ecológico na Fauna e Flora

Conceito de fauna e flora: Fauna refere-se a grupos de animais de uma determinada região. Flora, conjunto de vegetais de uma determinada região. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IMP, 2016):

Os animais possuem papéis importantes para a manutenção do equilíbrio na natureza. São eles quem dispersam sementes "plantando" árvores, controlam populações de espécies que quando em excesso podem ser prejudiciais as nossas lavouras e criações, e ainda produzem remédios importantes para a cura de muitas doenças. Cada pequeno animal tem sua função específica na natureza e a sua ausência acarreta em prejuízos incalculáveis para a humanidade.

 

A classe animal dominante na Terra é a dos insetos (insecta). Esses pequenos invertebrados possuem um papel importantíssimo na natureza. Na vida humana, sua influencia é variada, tendo aspectos positivos e negativos. Os aspectos positivos segundo Barros e Paulino (2009) estão relacionados:

Algumas espécies têm papel fundamental na polinização de flores, com benefícios a produtividade agrícola. De certas abelhas, o ser humano obtém mel e geleia real – utilizados como alimentos -, e própolis – produto utilizado como cicatrizante e no combate a inflamações de garganta, tosses, asmas e bronquites, entre outras aplicações; a larva do bicho-da-seda produz fios de seda, que o ser humano utiliza na produção de tecidos. Vários insetos são usados em controle biológico, auxiliando o ser humano no combate a espécies consideradas daninhas à agricultura; é o caso da joaninha, inseto predador de pulgões, animais que parasitam plantas diversas, como o milho e o trigo.

 

Os aspectos negativos estão relacionados a muitas espécies que atacam plantas cultivadas, comprometendo a produtividade agrícola; é o caso do pulgão e da cigarrinha-das-pastagens. Alguns insetos são transmissores de doenças, um exemplo muito conhecido é o mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya). E também há insetos que causam prejuízos domésticos, como as traças.

Um papel fundamental dos insetos é a polinização. Um crescente número de animais polinizadores está ameaçado de extinção, devido a fatores como a mudança climática, as mudanças na utilização da terra e o uso exagerado de pesticidas.

Estudos científicos recentes indicam que o uso desses agrotóxicos é prejudicial para insetos polinizadores, em especial para as abelhas, podendo acarretar em morte ou alterações no comportamento de tais himenópteros. As abelhas são consideradas os principais polinizadores de ambientes agro naturais, contribuindo para o aumento da produtividade agrícola, além de serem diretamente responsáveis pela fabricação de mel (MACHADO, 2012).

 

De acordo com um comunicado do IBAMA (2012) publicado no Diário Oficial da União, há quatro ingredientes ativos que são nocivos as abelhas: imidacloprido, tiametoxam, clotianidina e fipronil, que passarão por um processo de reavaliação. Como prevenção o IBAMA proibiu o uso desses agrotóxicos provisoriamente.

Os insetos também possuem um papel importante no que diz respeito à criminalística. Os insetos necrófagos, que se alimentam de cadáver, ajudam a obter informações do horário e local da morte do individuo. Segundo um artigo publicado no site Portal São Francisco (2017) Entomologia forense “é a utilização dos insetos e seus parentes de artrópodes que habitam em decomposição continua a ajudar as investigações legais”, ou seja, relacionam insetos a detalhes do crime. Como exemplos moscas e besouros (dípteros muscóides e colópteros); formigas e vespas (himenópteros).

Deve-se pensar que os insetos fazem parte de inúmeras cadeias alimentares, servindo de alimentos para outros animais como os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Conforme Santos (2016) “caso os insetos fossem eliminados por completo de uma área, o desequilíbrio ecológico seria muito grande, pois afetaria uma grande quantidade de seres vivos”. Até mesmo os humanos se alimentam de insetos.

 

 

 

[...] no metabolismo das plantas que acabam ficando com sua seiva cheia de açúcares solúveis e aminoácidos livres. Tais substâncias em excesso, são detectadas pelos sensores bioquímicos dos insetos que atacam preferencialmente essas plantas, já que não têm capacidade de se alimentar de proteínas e outras moléculas mais complexas. Desta forma, o uso de agrotóxicos favorece um desequilíbrio metabólico nas plantas que as tornam mais suscetíveis de serem atacadas por insetos e outros mecanismos prejudiciais (PLANETA ORGÂNICO, 2017).

 

Quando possuem uma quantidade equilibrada de proteína, se torna menos atrativa para os insetos, visto que estes não têm a capacidade de decompor as proteínas vegetais.

De acordo com o site Planeta Orgânico (2017) o pesquisador francês Francis Chaboussou “observou que existe uma relação direta entre a suscetibilidade das plantas ao ataque das pragas e doenças e a utilização dos agrotóxicos”. E diz ainda que

A seiva transporta proteínas e aminoácidos, açúcares e nitrato para os pontos de crescimento da planta. Porém, o uso de agrotóxicos, a adubação desequilibrada e a falta de boas condições para a planta atrapalham este mecanismo. Quando isso acontece, a seiva fica carregada de aminoácidos livres, açucares e nitrato. Estes são os alimentos preferidos de fungos, bactérias, ácaros, nematoides e insetos (SECRETARIA ESPECIAL DE AGRICULTURA FAMILIAR E DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, 2016).

 

O homem altera o DNA e o RNA dos vegetais visando maior produção, produzindo organismo geneticamente modificado que “são aqueles que sofrem modificações em seu DNA” (Linhares e Gewandsznajder, 2013, p.100). No entanto, os transgênicos são mais resistentes a herbicidas. Porém, há pesquisadores que defendem a OGM. Devido o aumento do fruto, mais nutritivo e sabores acentuados.

A inovação da biotecnologia a este nível é tal forma grandiosa, que é possível produzir variadíssimos tipos organismos que nos possibilitem uma vida mais fácil. É possível criar vacinas comestíveis, modificar o material genético das vacas para produzirem mais leite, criar peixes coloridos para comercializar como peças de decoração, assim como muitas outras coisas que falamos mais à frente. Tudo isto contribui para um largo interesse econômico à escala mundial (MEIO AMBIENTE TÉCNICO, 2012).

 

Um organismo modificado só é transgênico se for inserido o material genético de outro organismo. Como exemplos têm o milho, a soja, o mamão papaya, abobrinha, arroz, feijão, etc.

 

2.5 Contaminação dos Alimentos

Nos anos de 2011 e 2012, a ANVISA analisou 3.062 amostras de 25 culturas vegetais, destas 32% estavam insatisfatórios para o consumo.

No caso do levantamento da ANVISA (2012), os "organofosforados", substâncias presentes nos acaricidas, fungicidas, inseticidas, bactericidas, cupinicidas e formicidas, composto químico que - como citado anteriormente, causam danos nas células musculares e compromete o sistema nervoso, sem contar nos problemas cardiovasculares – estavam presentes na maior parte das amostras.

 

 

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por 63% das 57 milhões de mortes declaradas no mundo em 2008, e por aproximadamente 50% do volume global de doenças. A OMS prevê um aumento de 15%, entre 2016 e 2020, dos óbitos causados por essas doenças. No Brasil, elas já representam a principal causa de óbito, sendo responsáveis por 74% das mortes ocorridas em 2008 (893.900 óbitos) (MUNDO SIMPLES, 2016).

 

Mesmo após terem saído da zona rural, os alimentos ainda recebem quantidades de agrotóxicos. Segundo o Mundo Simples (2016) um levantamento da ANVISA (2012), o morango, o pimentão, a abobrinha, o pepino e a alface, lideram o ranking dos alimentos mais contaminados por pesticidas.

 

2.6 Água

É de conhecimento geral que 70% da Terra é composta por água. O volume é dividido em 97,4% de água salgada e 2,6% de água doce. É encontrada nos estados líquido, sólido e gasoso.

No corpo humano, ela representa cerca de 70% do peso, ou seja, se um individuo pesa 60 kg, 40 kg é composto por água. Os seres humanos conseguem sobreviver semanas sem comida, mas apenas alguns dias sem água (4-7 dias). Dentre os benefícios que a água traz ao homem, está a regulação térmica, que é fundamental para o funcionamento adequado do organismo.

A água é fundamental para o transporte de substâncias, como o oxigênio, nutrientes e sais minerais, pois faz parte da composição do plasma sanguíneo. Além de levar nutrientes para as células, a água proporciona a eliminação de substâncias para fora do corpo, como é o caso da urina, que é formada basicamente por água e substâncias tóxicas ou em excesso dissolvidas (SANTOS 2016).

 

A água também forma as lágrimas, evitando o ressecamento das córneas e a limpeza das estruturas. Ou seja, é essencial para o funcionamento dos olhos. Nas membranas que envolvem o sistema nervoso (meninges), por exemplo, são lubrificadas pelo liquor, substância rica em água que fornece proteção mecânica a esse sistema.

O reino vegetal necessita diretamente de água, pois a água é o elemento principal na formação de açúcares. Essa substância também pode ser retirada de todos os alimentos, que se diferenciam apenas pela quantidade de água disponível em cada um. Como exemplo tem a melancia e o pepino compostos por 96% de água.

 

O aparecimento da vida em nosso planeta dependeu, entre outros fatores, da capacidade que a água tem de dissolver diversas substâncias, com sais, glicídios, proteínas, etc., permitindo, desse modo, as reações químicas que sustentam os sistemas vivos (LINHARES E GEWANDSZNAJDER, 2013, p. 37).

 

No meio ambiente é muito difícil encontrar água pura, devido à facilidade que outras substâncias se misturam a ela. Mesmo a água da chuva, por exemplo, ao cair, traz impurezas do ar nela dissolvidas. Por estar infiltrada nos espaços do solo e das rochas, nas nuvens e nos seres vivos a água nunca será encontrada pura.

Os agrotóxicos estão em segundo lugar nas causas de contaminações de rios no Brasil, perdendo apenas para o esgoto doméstico. Segundo Antonelli (2012) cerca de 70% da água doce é utilizada na agricultura e jogada fora. A maior parte dos agrotóxicos não atinge a praga alvo, contaminando os rios, o solo, o ar e para as águas subterrâneas, trazendo graves riscos à saúde.

Conforme o site Agsolve (2012), em entrevista com o professor Mohamed Habib:

A contaminação das águas pelos agrotóxicos tem efeito direto nos seres vivos que vivem na água, a biota de um modo geral. Se o veneno que chega nas águas for o herbicida, o efeito é direto e pode, por exemplo, matar as plantas aquáticas. Se o rio for contaminado por um veneno que mata animais, pode ocorrer a morte de algumas espécies de peixes menores.

 

Assim como nos alimentos, a água também é contaminada pelo agrotóxico. Dependendo do tipo de veneno, pode causar um simples envenenamento estomacal ou levar a óbito. O efeito pode ser imediato, crônico ou agudo, de curto ou longo prazo. Quando se trata de tumores ou doenças cancerígenas, pode se hereditário, ou seja, passar para as próximas gerações.

Dentre os benefícios que a água traz ao homem, está a regulação térmica, que é fundamental para o funcionamento adequado do organismo.

 

CAPÍTULO III

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

 

 

 

 

 

 

 

 

3.1 Análises de Resultados

Para a realização deste trabalho, foram utilizados dados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) 2010, 2011 e 2012. O PARA foi um programa criado pela Anvisa em 2001 com o objetivo de avaliar e promover a qualidade dos alimentos em relação ao uso de agrotóxicos e afins. Em 2003 transformou-se em programa e passou a ser desenvolvido anualmente pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.

O PARA tem por objetivo verificar se os alimentos comercializados no varejo apresentam níveis de resíduos de agrotóxicos dentro dos Limites Máximos de Resíduos (LMR) estabelecidos pela Anvisa e publicados em monografia específica para cada agrotóxico. Permite, também, conferir se os agrotóxicos utilizados estão devidamente registrados no país e se foram aplicados somente nas culturas para as quais estão autorizados (ANVISA, 2013).

 

Sabe-se que o objetivo central deste trabalho é mostrar as causas e consequências da utilização de agrotóxico nas lavouras do Brasil, sendo assim, os relatórios dos anos de 2010, 2011 e 2012 realizados pelo PARA serviram de embasamento para esta pesquisa.

Foram selecionados 11 dos 18 alimentos apresentados e consumidos pelos brasileiros: alface, arroz, batata, cenoura, feijão, laranja, maçã, morango, pepino, pimentão e tomate.

Na primeira tabela são apresentados os alimentos mais contaminados, ou seja, com resultados insatisfatórios, no ano de 2010.

 

Tabela 1 - Alimentos com resultados insatisfatórios em 2010.

Produto

Nº de amostras analisadas

NA

(1)

>LMR

(2)

>LMR e NA

(3)

Total de Insatisfatórias (1+2+3)

%

%

%

%

Alface

131

68

51,9%

0

0%

3

2,3%

71

54,2%

Arroz

148

11

7,4%

0

0%

0

0%

11

7,4%

Batata

145

0

0%

0

0%

0

0%

0

0%

Cenoura

141

69

48,9%

0

0%

1

0,7%

70

49,6%

Feijão

153

8

5,2%

2

1,3%

0

0%

10

6,5%

Laranja

148

15

10,1%

3

2%

0

0%

18

12,2%

Maçã

146

8

5,5%

5

3,4%

0

0%

13

8,9%

Morango

112

58

51,8%

3

2,7%

10

8,9%

71

63,4%

Pepino

136

76

55,9%

2

1,5%

0

0%

78

57,4%

Pimentão

146

124

84,9%

0

0%

10

6,8%

134

91,8%

Tomate

141

20

14,2%

1

0,7%

2

1,4%

23

16,3%

Total

1.547

457

29,5%

16

1,03%

26

1,6%

499

32,2%

 

 

Fonte: ANVISA (2010) adaptado pelo autor, 2017.

 

Percebe-se que o pimentão lidera o ranking com uma porcentagem absurda de amostra insatisfatória. Das 146 amostras analisadas, 91,8% apresentaram resultados insatisfatórios e deste 91,8%, 84,9% eram agrotóxicos não autorizados. No morango e no pepino, o percentual de amostras irregulares foi de 63,4% e 57,4%, respectivamente. A alface e a cenoura também apresentaram índices elevados de irregularidade. A alface com 54,2% e a cenoura com 49,6%. Em 29,5% dos casos selecionados o agrotóxico não era autorizado para uso na cultura analisada.

No pimentão foram encontrados resíduos de carbendazim, endossulfam, procimidona, carbofurano, carbaril, metomil, dicofol, clorpirifós e dimetoato. No morango clorfenapir, tiabendazol, endossulfam, captana, folpete, procloraz, clorotalonil, metomil, acefato, clorpirifos, dimetoato, fosmete, metamidofos, parationa-metílica e profenofo (ANVISA, 2011).

Dos resíduos de agrotóxico encontrados nas amostras o Carbendazim da classe Benzimidazol se destacou com um amplo número de amostras contaminadas. Porém, a classe que se destacou foi a dos organofosforados com um número elevado de clorpirifós, metamidofós e acefato. Das 2488 apresentadas na tabela da ANVISA (2011) eles contribuíram com 154, 125 e 76 resultados de amostras insatisfatórias, respectivamente.

 

Tabela 1 - Total de alimentos insatisfatórios de 2011-2012.

Produto

Nº de amostras analisadas

NA

>LMR

>LMR E NA

Total de Insatisfatória

(1)

(2)

(3)

(1+2+3)

%

%

%

%

Alface

134

55

41%

1

0,7%

2

1,5%

58

43%

Arroz

261

2

1%

0

0%

0

0%

2

1%

Cenoura

229

75

33%

0

0%

0

0%

75

33%

Feijão

217

13

6%

0

0%

0

0%

13

6%

Laranja

227

58

26%

3

1%

2

1%

63

28%

Maçã

263

18

7%

3

1%

0

0%

21

8%

Morango

211

80

38%

13

6%

32

15%

125

59%

Pepino

264

101

38%

6

2%

4

2%

111

42%

Pimentão

213

178

84%

2

0,9%

10

4,7%

190

90%

Tomate

151

14

9%

0

0%

4

2,6%

18

12%

Total

2.170

594

27,3%

28

1,2%

54

2,4%

676

31,1%

 

 

Fonte: ANVISA (2011-2012) adaptado pelo autor, 2017.

 

 

Houve variação nas porcentagens de 2011 e 2012. Porém, o pimentão permanece em primeiro, com 90% de amostras insatisfatórias – destas, 84% eram pesticidas não autorizados. No morango também houve uma queda 4,4% de 2010 até 2012. Segundo ANVISA (2013) “dentre as culturas monitoradas, o morango apresentou o elevado percentual de amostras com resultados insatisfatórios contendo resíduos de agrotóxicos com concentrações acima do LMR”.

De acordo com a análise das figuras 1 e 2, o feijão e o arroz que é um prato típico do brasileiro. Esses apresentam um índice consideravelmente de contaminação de agrotóxicos, todos não autorizados pela ANVISA. “Observa-se que o maior índice de irregularidade nas amostras analisadas são ocasionadas pela presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura” (ANVISA, 2013).

Sabe-se que a ingestão de verdura, legumes e frutas são necessárias. Por isso é importante optar por alimentos identificados ou orgânicos, pois a ingestão diária de produtos contaminados está associada ao surgimento de doenças crônicas como desregulação endócrina, quadros degenerativos, alergias graves, outras patologias crônicas e câncer. Além dessas doenças, a infertilidade e problemas de ordem neurológicos também podem ser causados por agrotóxicos, como a depressão.

De acordo com Giovanini (2011) da revista Estadão, o diretor geral da ANVISA, Agenor Álvares afirma que “os dados são preocupantes, se considerarmos que a ingestão cotidiana desses agrotóxicos pode contribuir para o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis, como a desregulação endócrina e o câncer”. Há três vias principais que são responsáveis pelo impacto direto da contaminação humana por agrotóxicos:

A via ocupacional, que se caracteriza pela contaminação dos trabalhadores que manipulam essas substâncias. [...] A via ambiental, por sua vez, caracteriza-se pela dispersão/distribuição dos agrotóxicos ao longo dos diversos componentes do meio ambiente: a contaminação das águas, através da migração de resíduos de agrotóxicos para lençóis freáticos, leitos de rios, córregos, lagos e lagunas próximos; a contaminação atmosférica, resultante da dispersão de partículas durante o processo de pulverização ou de manipulação de produtos finamente granulados (durante o processo de formulação) e evaporação de produtos mal estocados; e a contaminação dos solos [...] E a via alimentar caracteriza-se pela contaminação relacionada à ingestão de produtos contaminados por agrotóxicos (MOREIRA et al., 2001).

 

Conforme o aumento populacional, também ocorre o aumento da demanda de alimentos. O “crescimento da população em conjunto com o consumo e a demanda de produtos alimentícios vem exigindo a utilização, cada vez maior, de produtos químicos em áreas de cultivo agrícola” (JARDIM et al., 2009). Sendo assim, o fator que mais auxiliou para que o uso de agrotóxicos aumentasse consideravelmente no decorrer dos anos, uma vez que estes têm grande influência no desenvolvimento das culturas. Jardim (2009) apud CETESB (2007) ressalta ainda que:

a existência de uma área contaminada pode gerar inúmeros problemas à sociedade, como danos à saúde pública, comprometimento da qualidade dos recursos hídricos utilizados para o consumo humano, restrições ao uso do solo e, até mesmo, danos ao patrimônio público e privado com a desvalorização das propriedades, além de danos ao meio ambiente.

 

Tendo em vista que a utilização exacerbada de agrotóxicos afeta não somente os alvos biológicos, mas também o meio ambiente, as culturas e consequentemente, os consumidores. As preocupações em torno da saúde da população, que passou a consumir alimentos cada vez mais contaminados por esses insumos químicos e os impactos no ambiente que contribuíam para a contaminação indireta dos alimentos.

A água é uma substância extremamente importante para a manutenção da vida no planeta. É encontrada no meio ambiente em todos os estados físicos: sólido, líquido e gasoso. A água mantém-se em constante circulação, passando pelo ambiente físico, pelos seres vivos e mudando de estado. A circulação da água constitui o chamado ciclo da água. Esse ciclo compõe-se de precipitação, evaporação, transpiração, infiltração, percolação e drenagem. Dos 2,5% da água doce, 29, 9% são subterrâneas (Morais, 2009). As águas superficiais e subterrâneas podem ser contaminadas direta e indiretamente pelo agrotóxico. Morais (2009) diz que:

A contaminação direta é resultante do controle de ervas aquáticas, despejo de efluentes industriais e esgotos municipais. A contaminação indireta é devida à movimentação dos agrotóxicos após a sua aplicação no solo ou em uma plantação. Neste caso, a contaminação das águas superficiais pode ocorrer através do transporte de vapor e de poeira, da precipitação, escoamento superficial dos agrotóxicos pela água da chuva, lavagem dos materiais usados durante a aplicação dos agrotóxicos ou ainda pelo descarte inadequado de embalagens usadas.

 

Um exemplo de águas subterrâneas contaminadas no Brasil é o aquífero do guarani, um dos maiores aquíferos do mundo e está presente nos países sul-americanos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Aproximadamente 70% desse reservatório de água está localizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Apesar da importância do Aquífero Guarani, as atividades humanas, sobretudo as industriais e agrícolas, têm provocado a contaminação da água. Os maiores vilões desse processo são o agrotóxico utilizado na agricultura e o vinhoto (resíduo da destilação fracionada da cana-de-açúcar), que atingem o reservatório (FRANCISCO, 2017).

 

3.2 Conclusão

Desde 1950, a quantidade de inseticidas usada em todo o mundo aumentou 30 vezes e isso não significa que houve uma eficácia no combate às pragas.

Chamam-se pragas às espécies de seres vivos que, competem por alimentos, transmitido doenças e destruindo plantações. As substâncias químicas destinadas ao controle desses organismos indesejáveis são inseticidas de modo geral. O inseticida químico DDT devido sua elevada toxicidade de se acumular nos tecidos dos organismos de uma cadeia alimentar, teve a produção e comercialização proibida no Brasil.

Entre os benefícios com o uso de inseticidas nas lavouras, destacam-se: aumento da oferta de alimento e maiores lucros na atividade agrícola, pois acredita-se que, sem os inseticidas, a oferta mundial de alimentos seria reduzida a metade.

Um dos sérios problemas provocados pelos inseticidas é a seleção de linhagens de insetos menos sensíveis a esses produtos. Quantidades progressivamente maiores passam a ser empregadas, potencializando os danos ambientais uma vez que depois de aplicados, os inseticidas movem com facilidade pelo ambiente (ar, água, solo e seres vivos).

Os efeitos nocivos do uso de agrotóxicos para a saúde humana têm sido objeto de diversos estudos, os quais têm detectado a presença dessas substâncias em amostras de sangue humano, no leite materno, resíduos presentes em alimentos consumidos e água pela população em geral. A possibilidade de ocorrência de anomalias congênitas, de câncer, de doenças mentais e de disfunções na reprodução é apontada.

A vida na Terra não pode existir sem água. Em geral a biodiversidade de um ambiente é diretamente proporcional à disponibilidade de água. Sem a circulação da água, nutrientes como cálcio e o fósforo não seriam transportados, os ecossistemas não funcionariam e a vida não se manteria, ou seja, a água é um meio de transporte essencial para todos os seres vivos. Como meio de transporte ela carrega toda e qualquer substância independente dos benefícios ou malefícios. Uma vez que grandes quantidades de agrotóxicos são liberadas no solo, o mesmo tem como ponto de chegada o lençol freático, podendo contaminar centenas de milhares de organismos vivos.

Portanto, os agrotóxicos são substâncias químicas destinadas ao controle de pragas que atingem às culturas, comprometendo assim a produção agrícola. Entretanto, há alternativas de combate ao uso exacerbado de agrotóxicos entre eles: Controle biológico, práticas de cultivo e melhoramento genético. Dessa forma, pode assim alcançar o desenvolvimento sustentável a sociedade que é capaz de lidar com sua economia sem exceder a capacidade de os ecossistemas absorverem agressões ambientais. Isso permite a reposição dos recursos naturais mantendo adequadamente os seres humanos e todas as demais formas de vida, geração após geração.

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PROJETO – LUDICIDADE: BRINCANDO E APRENDENDO

Ana Paula da Silva1
Alcina Alaíde da Silva2
Neura Lucia da Silva3

Resumo

Este artigo cientifico é resultado de uma pesquisa realizada com alunos durante o ano letivo de 2018, com o objetivo de assegurar o direito das crianças em aprender de forma lúdica, através de pesquisas rodas de conversas que foram realizadas de forma que as crianças pudessem se expressar e dar opiniões fazendo com que as crianças tornem verdadeiros protagonistas participando de forma efetiva nas tomadas de decisões, buscamos juntos formas e metodologias de propiciar a ludicidade no contexto ensino aprendizagem para a educação infantil. Fez se necessário diante da problemática pesquisas em livros, internet, artigos que contam com autores renomados sobre o assunto. Diante da proposta politica pedagógica de nosso município, pode se observar a importância da realização desse estudo já que o plano que rege diz que é através dos jogos e brincadeiras que o professor deve proporcionar o ensino aprendizagem em sua metodologia de trabalho.

Palavra chave: Ludicidade, ensino aprendizagem, educação infantil.

Abstract

summary

This scientific article is the result of a research done with students during the 2018 school year, with the objective of assuring the right of the children to learn in a playful way, through research wheels of conversations that were carried out in a way that the children could express themselves and give opinions by making children become real protagonists by participating effectively in decision making, we seek together forms and methodologies to foster playfulness in the context teaching learning for children's education. He did, if necessary, in front of the problematic researches in books, internet, articles that count on renowned authors on the subject. In view of the pedagogical policy proposal of our municipality, it is possible to observe the importance of carrying out this study since the plan that governs it is through the games and jokes that the teacher must provide teaching learning in his methodology of work.

 

 

Key words: Ludicidade, teaching learning, early childhood education.

 

Introdução:

Este projeto tem como principal finalidade buscar e esclarecer a importância da ludicidade na educação infantil, sendo que uma das principais problemáticas, está no pré conceito que as pessoas tem em entender que é através dos jogos e brincadeiras é que se aprende de forma satisfatória e prazerosa, fazendo com que as crianças fiquem ansiosas para aprender, pensando que só aprende através do uso da escrita e leitura.

A justificativa do desenvolvimento desse artigo, vem justamente da indagação de uma criança feita a professora.

Durante um dos momentos de roda de conversa, uma aluna perguntou: professora nos não vamos aprender nada aqui na escola ? só vamos brincar?

Então mais que depressa a professora respondeu: “É brincando que se aprende” as cores, os números, as quantidades, tamanhos, os nomes, e varias outras coisas, vocês querem uma forma mais divertida do que essa para aprender?

Então todos responderam: Nãoooooooo

Então possibilitamos em um outro momento, que as crianças dessem suas opiniões e sugestões de brincadeiras, ficou decidido também queseria construído jogos que também possibilitaria o aprendizado das crianças. E assim surgiu o projeto : Ludicidade brincando e aprendendo.

2 OBJETIVOS E METAS:

-Criar oportunidades de diálogo

-Interação entre as cianças

-Estimular através de jogos recreativos e brincadeiras de roda para que a criança aprenda brincando

-desenvolver atividades interativas (musica, danças de roda) que envolvam a afetividade e a socialização.

-Realizar atividades individual e coletivas com a finalidade de desenvolver a concentração e a imaginação das crianças.

-Proporcionar através de brincadeiras momentos de lazer e companheirismo.

-Promover a união entre as crianças

-Desenvolver na criança sua curiosidade a fim de melhorar seus conhecimentos básicos numéricos e raciocínio lógico

-Facilitar a memorização e motivar a parceria ao cantarem juntas.

- Tornar a criança mais concentrada, atenta e verificar sua capacidade de imaginação e entendimento.

 

Metodologia:

Através das pesquisas fundamentando os objetivos desse artigo, para a metodologia desse projeto foi realizado leituras de autores, pesquisas em sates sobre jogos e brincadeiras tentando fundamentar nas ideias propostas pelas crianças em nossas rodas de conversas. Dessa forma foi desenvolvida as seguintes experiências: Jogos Recreativos, Músicas Infantis, Danças e brincadeiras de Roda, Dança da cadeira, Leitura de Histórias Infantis, Pular corda, Atividades que possibilite o subir, correr, pular, agaichar, se esconder, Brincar de faz de contas, Atividades de circuito, Trabalhar cores, Trabalhar números e quantidades através das brincadeiras, Faz de conta, Dramatização e Etc.

5- RECURSOS

Os recursos materiais e o espaço físico fazem parte da elaboração do projeto e são importantes para a conclusão dele. Utilizaremos neste trabalho materiais de suma importância, todos encontrados na escola e que as crianças poderão estar trazendo de suas casas ex:

-Corda – Cadeiras- Brinquedos diversos- Panelas e utensílios domestico solicitado aos pais- Ambiente interno e externo- Pneus- Casinha- Brinquedos da brinquedoteca- Etc

História da ludicidade:

As brincadeiras, jogos e brinquedos fazem parte da historia humana, esse ato de brincar é muito antigo e foi passando de geração em geração, antigamente as brincadeiras eram mais presente entre as crianças, onde fazia com que eles usassem sua imaginação para criar, fantasiar, adaptar, correr, subir buscando diversas possibilidades de se interagir e divertir. Com o passar dos anos foram ficando de lado dando lugar aos jogos e meios de comunicações digitais, fazendo com que nossas crianças fossem perdendo o habito de brincar e assim a facilidade em sonhar, se expressar, interagir, dividir, pular, criar entre outros. A proposta pedagógica do município de Sinop para educação infantil tem como eixos norteadores a interação e as brincadeiras, pois os jogos e as brincadeiras fazem parte do universo das crianças.

Segundo (VYGOTSKI, 1989, p.109). É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.

É muito comum encontrar em diversos livros autores defendendo a teoria das brincadeiras no ensino aprendizagem desde a educação infantil, pois o ato de brincar foi trazido por nossos antepassados de maneira que antigamente adultos e crianças participavam das mesmas brincadeiras.

 

Considerações finais:

Diante do respectivo projeto percebe se a importância do lúdico na educação infantil, sabemos que é através das brincadeiras que o processo de ensino aprendizagem acontece de forma espontânea e prazerosa para as crianças, a forma como foi conduzida esta pesquisa facilitou o desenvolvimento uma vez que os alunos foram os protagonistas nas tomadas de decisões, participando através de roda de conversas, dando suas opiniões sobre oque poderia ou não ser aplicado durante o ano e nas atividades.

 

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https://webartigos.com/artigos/projeto-de-intervencao-a-importancia-do-ludico-na-educacao-infantil/55052

 

1Licenciada em Pedagogia, pós-graduada em Educação Infantil. Atua como professora no EMEI Tempo de Infância. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

2 Superior incompleto. Atua com Técnico de Desenvolvimento Infantil no EMEI Tempo de Infância. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

3Licenciada em Pedagogia, pós-graduada em Educação Especial. Atua como professora no EMEI Tempo de Infância.

ENTOMOFAUNA VISITANTE EM Malpighia emarginata (D.C.) NA REGIÃO RURAL DO MUNICÍPIO DE NOVA GUARITA- MT

 

Leonícia Goulart de Oliveira Silva1

Wiliane Dyene da Silva2

 

Resumo

O conhecimento da fauna de insetos visitantes de flores é de fundamental importância para o entendimento de alguns elementos como, por exemplo, a polinização que podem ser definidos por vários parâmetros entre os quais inclui diversidade de espécie, clima e temperatura. A visita floral é motivada pela oferta de alimento, como o néctar e o pólen, e a planta recebe os benefícios da polinização. O presente estudo tem como objetivos identificar os insetos visitantes florais de Malpighia emarginata (acerola), e verificar a freqüência desses ao longo da florada e realizar um trabalho prático e teórico para melhor compreensão aprimorando meus conhecimentos. O trabalho foi realizado na zona rural, em três regiões distintas em nove “coletas” não consecutivas. Foram coletadas sete espécies de insetos que entraram em contato com a flor; dentre eles: Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae); Agelaia favipennis (Hymenoptera: Vespidae); Tretagonisca angustula (Hymenoptera: Apidae); Trigona spinnipes (Hymenoptera: Apidae); Polistes versicolor (Hymenoptera: Vespidae); Rodolia cardinalis (Coleoptera: Colccinellidae) Euschitus heros (Hemiptera: Pentatomidae).

 

Palavras - chave: Malpighia emarginata, insetos, freqüência, polinização; diversidade.

Leonícia Goulart de Oliveira Silva1; Wiliane Dyene da Silva2.

1. Introdução

O nome Malpighia foi idealizado por Carolus Linnaeus, em homenagem ao botânico e professor italiano Marcello Malpighi (10 de março de 1628-1694), que também escreveu uma ópera em latim em homenagem às plantas. Uma planta de destaque desse gênero é a Malpighia emarginata (acerola) a qual produz pequenas inflorescências na axila das folhas com duas a seis flores (LORENZI, 2006).

Apresenta ampla distribuição, ocorrendo nos Estados do Acre, Rondônia, Bahia,

Paraná e toda a região Sudeste, em áreas de Cerrado, Floresta Atlântica e formações amazônicas (MAMEDE et al. 2015).

 

As flores da acerola apresentam 2,0 - 2,5 cm de diâmetro, cinco sépalas, cinco pétalas livres, com coloração variando desde o branco até o rosa, sendo a pétala superior diferenciada, 10 estames e três carpelos formando um ovário único e súpero com três estiletes e estigmas na mesma altura dos estames. A antese ocorre principalmente entre as 4 horas e 5 horas (RITZINGER et al., 2004).

A floração desta espécie ocorre em ciclos de aproximadamente 25 dias, em até oito vezes por ano, que são dependentes do padrão hídrico da região (MARINO 2002).

O conhecimento dos insetos visitantes e sua relação com as flores são de fundamental importância para o entendimento de alguns elementos da estrutura da comunidade, entre os quais se inclui diversidade de espécies, padrões de dominância, estrutura trófica e diversidade de tipos reprodutivos. Segundo Paulino (2005) insetos e plantas constituem seres vivos essenciais para a manutenção da vida no planeta. As plantas além de fornecer oxigênio, são os principais produtores de matéria orgânica, que direta e indiretamente nutrem diversos ecossistemas da terra.

Na maioria das vezes, a visita floral é motivada pela oferta de alimento, ou seja, as espécies vegetais oferecem atrativos, como o néctar e o pólen, e recebem os benefícios da polinização (PESSON,1976). Atributos florais como coloração, textura e odores influenciam a atração de potenciais polinizadores (RICHARDS, 1996).

Almeida (2001) constatou que a determinação dos visitantes às flores torna-se fundamental para a determinação dos polinizadores efetivos de diversas culturas. Este autor argumentou ainda que plantas em florescimento mostraram considerável diversidade no seu grau de dependência de insetos à polinização, por evidenciar comumente representantes de grupos que não são reconhecidos como polinizadores.

Segundo Futuyma e Slatkim (1983), a coevolução remonta aos estudos de Darwin sobre a polinização com as modificações e adaptações entre insetos e flores. Ao longo da evolução, as flores foram se adaptando ás características de seus agentes polinizadores, surgindo mudanças quanto à morfologia, tamanho, cor, entre outras. Existindo assim uma relação mútua entre plantas e insetos.

As relações entre as flores e seus polinizadores são freqüentemente interpretadas como resultado de interações onde as estruturas florais estão adaptadas para otimizar o transporte de pólen e mediar a ação dos vetores (PROCTOR et al., 1996). Estas interações estão associadas à grande diversidade de flores tropicais e à biodiversidade tropical como um todo (ENDREES, 1994).

A acerola é uma espécie dependente de polinização cruzada para produção satisfatória de frutos, sendo as abelhas importantes polinizadores desta cultura. A autopolinização é baixa e o vento desempenha pouco ou nenhum papel na polinização dessa planta (FREITAS et al., 1999).

A autopolinização pode ocorrer, mas percebe-se a polinização cruzada em alguns casos a responsável pelo o maior tamanho do fruto e um melhor sabor (MARINO, 2000).

Este estudo teve por objetivo realizar o levantamento dos insetos visitantes florais de M. emarginata e calcular a frequência dos considerados polinizadores em três indivíduos da região rural do Município de Nova Guarita-MT.

 

 

2.METODOLOGIA

 

O estudo foi realizado em três indivíduos de acerola localizadas na região rural do Município de Nova Guarita-MT. As Três plantas estão localizadas na Gleba Gama: A primeira planta (A) está situada no sítio Campo Real ( Rancho Rowleod), segunda planta (B) no sitio São Damião, e a terceira planta (C) encontra-se introduzida em uma área de reflorestamento ( agricultura sustentável).

Alguns insetos foram coletados com auxílio de rede entomológica no período de 23 Janeiro à 22 de fevereiro de 2018, efetuando-se nove observações, sendo considerados visitantes aqueles em contato direto com a flor de acerola. Para realização dessa pesquisa contou-se com a contribuição de três voluntário, pois as coletas foram efetuadas nos mesmos horários e dias, ficando um pesquisador em cada planta. Para cada dia foram considerados cinco intervalos ininterruptos das 7hs às 12hs, e no dia seguinte das 12hs ás 17hs, sendo observados e alguns coletados em cada intervalo. Os insetos foram mortos com acetato de etila, acondcionados separadamente conforme o período de coleta e posteriormente conservados em álcool 70% para triagem e identificação baseada em caracteres morfológicos (SILVEIRA, 2002).

A temperatura e umidade relativa do ar foram obtidas por meio do Instituto Nacional de Metereologia (www.inmet.gov.br). Para cada táxon encontrado, foi registrado o número de insetos visitantes durante cada intervalo horário/dia e em cada dia de coleta efetuada, sendo calculadas as frequências (%) dos insetos considerados como possíveis polinizadores na fonte em questão.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

(De acordo com os resultados representados na Tabela 1, observou-se que o total de indivíduos encontrados nas nove observações foi de 1.346 insetos que entraram em contato direto com a flor, sendo as espécies com seus respectivos exemplares: Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae) (01); Agelaia favipennis (Hymenoptera: Vespidae) (04); Tretagonisca angustula (Hymenoptera: Apidae) (04); Trigona spinnipes (Hymenoptera: Apidae) (16); Polistes versicolor (Hymenoptera: Vespidae) (35); Rodolia cardinalis (Coleoptera: Colccinellidae) (599) Euschitus heros (Hemiptera: Pentatomidae) (687). O mesmo inseto pode ser sido contado várias vezes durante os dias de observações.

 

 

Tabela 1. Entomofauna visitante em três indivíduos de Malpighia emarginata nos períodos matutino e vespertino na região centro-urbano do Município de Sinop-MT

 

Família

Espécie

Nº de insetos matutino

Nº de insetos vespertino

Total

Apidae

A. mellifera

01

00

01

 

T. angustula

03

01

04

 

T. spinipes

10

06

16

Coccinellidae

R. cardinalis

310

289

599

Pentatomidae

E. herus

415

272

687

Vespidae

A.flavipennis

02

02

04

 

P. versicolor

25

15

35

 

Foram coletados 38 insetos sendo 13 abelhas, 12 vespas, 7 percevejos e 6 joaninhas sendo eles:

- Trigona spinipes (Hymenoptera: Apidae), são abelhas que quando adultas apresentam coloração preta, mandíbulas desenvolvidas, asas transparentes, com ferrão atrofiado, portanto são chamadas de abelhas sem ferrão. Medem cerca de 5 a 7,5 mm de comprimento. Enrolam-se nos cabelos das pessoas quando perturbada (ZUCCHI et al., 1993). Constrói seus ninhos nas árvores, entre os ramos, ou em cupinzeiros arbóreos abandonados, empregando filamentos fibrosos de vegetais com elementos aglutinantes, compostos principalmente de resinas (GALLO et al., 2002).

É considerado um visitante cosmopolita; pousam na inflorescência vibrando somente as pernas dianteiras levemente, ficando em contato com a flor em média 8 segundos; porém sua eficiência na polinização é questionável por ser uma espécie considerada prejudicial a certas culturas (ZUCCHI et al.,1993).

- Polistes versicolor (Hymenoptera: Vespidae). São insetos que quando adulto apresenta coloração marrom, mandíbulas afiadas. Capturam insetos para alimentar suas crias. Cada colónia de vespas inclui uma rainha e um deteminada quantidade de fêmeas obreiras com diversos graus de esterilidade em relação à rainha (RESENDE et al.,2001).

- Agelaia flavipennis. (Hymenoptera: Apidae), são insetos de grande importância ecológica, seja no controle biológico ou como agentes polinizadores (PREZOTO, 2006). Embora são menos adaptadas para a captação de pólen, devido seus poucos pelos do tipo simples (SANTOS, 2006).

A P. versicolor e A. flavipennis apresentam comportamentos parecidos; fazem uma visita rápida na flor de M. emarginata, às vezes nem pousam, dando preferência aos frutos. Tal preferência pode ser devida os açúcares e a cor atrativa (GOMES et al., 2002).

- Tetragonisca angustula (Hymenoptera: Apidae). A criação racional de abelhas jataí é econômica e ecológica, não necessitando de grandes investimentos e, ao mesmo tempo, possibilitando a reprodução de muitas espécies vegetais através da polinização cruzada (KERR et al., 1996).

As abelhas T. angustula, são criadas em praticamente todo território nacional, principalmente pela ausência de agressividade, o que facilita seu manejo, bem como pelo fato de produzirem um mel bastante apreciado e valorizado. Das abelhas sem ferrão, é a de hábito mais limpo.

Não pousa em esterco de animais, não coleta suor animal para a construção de ninhos ou misturar ao mel ou pólen. O mel não necessita ser pasteurizado como o de outras espécies (NOGUEIRA-NETO 1997).

A T. angustula aproxima-se da M. emarginata em linha reta, dirigindo-se para uma inflorescência, sendo que, após o pouso na flor vibram as asas, e depois fica quase imóvel, depois da um vôo rápido e volta na mesma flor. Comportamento este realizado em cada flor pousada. Ficando em contato com a flor de 3 a 4 segundos aproximadamente, e executa esse processo até quatro vezes em cada flor.

- Apis mellifera (Hymenoptera: Apidae), no Brasil está presente em todos os ambientes (urbanos, agrícolas e naturais em qualquer estado de preservação ou degradação) apesar de pouca frequência na floração de M. emarginata, atualmente não há lugar sequer onde não ocorra, sua presença é nítida nas florestas úmidas fechadas como na Amazônia (OLIVEIRA; CUNHA, 2005). Não são eficientes na polinização da acerola devido à baixa atração das flores, possivelmente pela ausência ou baixa concentração de néctar (RITZINGER 2004).

Wille (1963) classificou a atividade das abelhas, segundo o modo de obtenção de pólen, em três categorias; as "buzzing bees” (vibradoras), as "biting bees" (mordedoras) e as "gleaning bees" (coletoras). Segundo esta classificação para a floração de acerola a T. angustula é vibradoras, A. mellifera e Trigona spininpes coletoras.

- Euschistus herus (Hemiptera: Pentatomidae). Essa espécie alimentam-se da seiva de plantas, embora alguns são danosos para o cultivo.

Na época de produção plena das plantas, esses insetos perfuram os frutos com o aparelho bucal, sugando-os e causando deformações futuras, permitindo a penetração de patógenos e queda dos mesmos por isso e são citados na literatura como pragas da acerola (ALMEIDA, 2002).

- Rodolia cardinalis (Coleoptera: Coccinellidae). São conhecidos como besouros e são encontrados praticamente em todos os tipos de hábitats, a maioria é aérea, vivendo sobre a vegetação ou na superfície do solo, se alimentam de tudo com exceção de sangue, vivem geralmente sobre as plantas onde colocam os ovos, caminham e voam, caindo ao solo quando tocadas; as vezes são usadas como controle biológico (GALLO et al., 2002).

Tanto a E. herus como a R. cardinalis pode ser considerado não polinizadores na floração de M. emarginata; apesar de às vezes estarem em contato com a flor; contato este somente para comer suas pétalas.

Nas três primeiras coletas ocorreu maior o número de vespas e abelhas, esta variação encontrada na quantidade de indivíduos pode ser reflexo das variações da floração da acerola, porque nas primeiras coletas haviam flores e poucos frutos, já nas coletas seguintes havia mais frutos que flores tantos verdes como maduros.

A umidade do ar sofreu uma pequena oscilação, pois apresentou mínima de 72% e máxima de 99%; durante o período da pesquisa. A temperatura apresentou mínima de 20ºC e máxima de 26ºC (Tabela 2). Porém na primeira observação apresentou um pico de 32ºC, com um aumento na quantidade de Hymenoptera.

Os insetos sobrevivem nas mais diferentes condições de temperatura de uma escala limiar mínina de 15°C e limiar máxima de 38ºC, (GALLO, 2002) dentro dessa faixa encontra-se a faixa ótima para o desenvolvimento havendo a possibilidade da temperatura não ter influenciado.

A velocidade do vento além de ser um elemento do clima é um fator que modifica os outros, como: temperatura, precipitação e umidade (GALLO, 2002). È um fator restritivo ao vôo de muitas espécies de abelhas, como melíferas e abelhas sem ferrão (BORGES e BLOCHTEIN 2005).

Pick e Blochtein (2002) verificou que a atividade de vôo de abelhas em um dia com ventos entre 16 e 21 km/h foi 28,53% inferior ao movimento de um dia considerado calmo. Segundo Dyer (2002) as abelhas sem ferrão e melíferas voam mais próximas ao solo quando há vento forte, do que em condições calmas. Desse modo, o efeito do vento poderá ter influenciado na primeira coleta, pois apresentava uma velocidade de 13 km/h, além de uma perfeita luminosidade, e menos umidade uma vez que as abelhas são insetos influenciados pela intensidade luminosa (GALLO 2002). E nas demais coletas a velocidade ficou entre 6 e 9 Km/h (Tabela 2) e apresentando menos luminosidade, havendo chuva durante os intervalos.

 

Tabela 2. Temperatura umidade e velocidade do vento

Data

Temperatura (°C)

Umidade (%)

Velocidade do Vento (Km)

23/01/18

35 -26

72 - 70

13

24/01/18

25 - 21

74 - 72

8

31/01/18

25 - 20

72 - 70

6

01/02/18

25 - 21

99 - 92

6

07/02/18

25 - 22

90 - 85

8

08/02/18

26 - 23

90 - 89

6

15/02/18

21 - 20

86 - 82

9

21/02/18

22 - 20

78 - 72

6

22/02/18

25 - 23

95 - 90

8

Instituto Nacional de Meteorologia. (www.inmet.gov.br).

 

 

Dos insetos observados nas três localidades estudada 56% visitaram as flores pela manhã e 44% à tarde (Tabela 1). Reddi (1993) cita que é provável que os insetos tenham preferido visitar as flores no horário matutino porque o néctar é mais concentrado. Sendo a Polistes versicolor a mais freqüente em ambos os turnos estando presente em 59%, Trigona spinnipes 26%, Tretagonisca angustula 7%, Agelaia flavipennis 7% e Apis mellifera 1%.

Essa pesquisa realizada foi de suma importância não só por aqueles que participaram ativamente da coleta, mas para melhor compressão da importância dos insetos no ecossistema.

 

4. CONCLUSÃO

 

  • Foram encontradas e coletadas sete espécies de insetos que entraram em contato direto com a flor; porém pode-se considerar cinco espécies polinizadoras, com maior eficiência as abelhas devidas o comportamento apresentado;

  • Ao decorrer da pesquisa ouve uma redução de Hymenoptera devido fatores como: velocidade do vento, luminosidade, umidade e variação na floração da acerola;

  • Através dessa pesquisa foi possível analisar em um mesmo contexto á meteorologia, porcentagem, velocidade do vento, polinização, nutrição, classificação dos insetos e plantas.

 

 

 

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A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NA ALFABETIZAÇÃO

 

Luana Costa de Carvalho

Artigo científico apresentado a FAVENI como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Psicologia Educacional.

 

 

RESUMO

 

 

A psicomotricidade faz com que a criança se desenvolva com sua coordenação motora, aonde a mesma vai se desenvolver suas funções. Ela tem relações psíquicas que são as questões internas, tem total relevância no desenvolvimento infantil. A importância da psicomotricidade na a alfabetização se deu devido ao meu interesse particular em compreender como a motricidade poderá ser usada como recurso no processo de aprendizagem da alfabetização, sendo que a psicomotricidade não é um ensino de aprendizagem isolada. O objetivo desta pesquisa é de compreender a importância da psicomotricidade na alfabetização, pensando o porquê que tem que ser trabalhado a psicomotricidade, para que o desenvolvimento da criança seja integral. A metodologia será aplicada de forma qualitativa e terá como base nas pesquisas leitura bibliográfica de diferentes autores relacionada ao tema, tais como (FONSECA 1996), (LE BOULCH 1988), (OLIVEIRA, 1997), agregando valores plausíveis acerca do tema aqui discutido, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites. Desta forma, este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca à influência da psicomotricidade no processo de alfabetização.

 

Palavras Chave: Psicomotricidade. Alfabetização. Educação. Ensino aprendizagem.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

A criança se desenvolve através da psicomotricidade onde a sua coordenação motora será definida, aonde a mesma vai se desenvolver suas funções. Ela tem relações psíquicas que são as questões internas, tem total relevância no desenvolvimento infantil. O objetivo desta pesquisa é de compreender a importância da psicomotricidade na alfabetização pensando o porquê do desenvolvimento da criança seja integral.

Ampliando assim a capacidade das crianças de concentração, trabalhando assim todos os sentidos, as sensações os movimentos, a autoestima da criança sendo que é muito importante trabalhar na educação infantil, a criança ela deve ser trabalhada por completo, precisando assim trabalhar com o corpo da criança, através de jogo lúdico, a criança aprende a socialização, as regras, o limite e inclusive a alfabetização dessa criança, porque brincando se movimentando ela aprende.

 

O professor precisa estimular o desempenho do aluno através da psicomotricidade a se socializar na escola onde ela começa a frequentar, conseguindo assim muito êxito que a mesma vai precisar para o seu dia a dia, entende-se que a psicomotricidade é um fator primordial não somente na vida da criança, mas sim no ser humano de qualquer idade, devido a isso ela precisa ser estimulada a cada etapa da vida, porque estas etapas para serem trabalhadas tem idade, devido a isso são etapas.

 

A metodologia será aplicada de forma qualitativa e terá como base nas pesquisas leitura bibliográfica de diferentes autores relacionada ao tema, tais como (FONSECA 1996), (LE BOULCH 1988), (OLIVEIRA, 1997), agregando valores plausíveis acerca do tema aqui discutido, fundamentada na reflexão de leitura de livros, artigos, revistas e sites.

 

O estudo desta pesquisa proporcionará uma leitura sobre a influência da psicomotricidade no processo de alfabetização. Esta influência ela ajuda e muito neste processo de alfabetização com as crianças se deu devido ao meu interesse particular em compreender motricidade sobre a importância da alfabetização e letramento, sendo que está psicomotricidade é um ensino aprendizado num todo.

 

  • demonstrar como são usadas as técnicas para a alfabetização e letramento, as habilidades que serão necessárias a serem desenvolvidas para que a criança tenha interação com a alfabetização. A alfabetização precisão andar lada-a-lado para que possa haver o processo de aprendizagem da criança.

 

Mostrar para a sociedade que o processo de alfabetização e letramento passa por um procedimento de quatro fases; silábica-alfabetização, pré-silábica, alfabética e silábica. O exercício para desenvolver a coordenação motora fina e grossa deve ser trabalhado de uma forma mais inovadora, que atinja o objetivo da criança em desenvolver corretamente os movimentos no processo de alfabetização.

 

2 DESENVOLVIMENTO

 

 

A psicomotricidade é uma das áreas que deviriam ser mais trabalhadas, é uma área mais completa, ela agrega todos os conhecimentos, a psicomotricidade ela é uma base, a aprendizagem escolar precisa ter esta base como a psicomotricidade ela é o processo da aprendizagem. É do conhecimento geral que a psicomotricidade são os aspectos emocionais, cognitivos e motores nas diversas etapas da vida dos seres humanos, na infância na adolescência, no adulto e no idoso.

 

A psicomotricidade ela é uma ciência integral, ela consegue agregar aspectos emocionais, aspectos cognitivos e aspectos motores, o aspecto cognitivo

 

  • um processamento de informações porque este aspecto está dentro de todas as pessoas, seriam os processos de atenção, de conhecimento, memória, enfim dadas várias funções cerebrais, e estas funções trabalham de forma coordenadas destes mecanismos, perceptuais, a tencionais, sequenciais, trabalhar exatamente nestes pontos, trabalhando com pessoas com desenvolvimento normal e com as pessoas que não tem este desenvolvimento normal.

 

 

 

A educação psicomotora deve ser considerada de base na educação infantil. Ela condiciona os aprendizados pré-escolares, leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situação no espaço, há dominar seu tempo, a adquirir habilidades de seus gestos e movimentos. (LE BOULCH APUD OLIVEIRA, 1997, p. 35)

 

 

    • importante que esta atividade seja bem explorada pelos educadores, sendo que a criança ela é trabalhada com um todo. A psicomotricidade ela completa as atividades que tem em sala de aula, desde a parte da alfabetização introdução de silabas, as regras a psicomotricidade ela vem junto fazendo esta formação do equilíbrio na escrita, por exemplo, na letra do aluno, na noção do espaço no caderno tudo isso é um conjunto de ações que a escola da educação infantil faz para alcançar um objetivo da atuação da criança.

 

A psicomotricidade tenta aperfeiçoar estes aspectos cognitivos, e quando se fala em MOTRIC é sobre os movimentos humanos, porque o movimento humano ele

  • peculiar no sentido que o movimento humano ele tem etapas que só os seres

 

humanos têm, ele tem determinados movimentos que só os seres humanos têm, são movimentos inteligentes. A psicomotricidade ela se desenvolve nos sete primeiros anos, ela é a base para a aprendizagem.

 

A escrita, como a linguagem, é essencialmente um modo de expressão e de comunicação. Entretanto, a linguagem é anterior ao grafismo e o aprendizado da leitura e da escrita apoia-se numa linguagem expressiva em cujo nível a sucessão sonora e a qualidade dos sons emitidos não manifestem déficits patentes. (LE BOULCH, 1988. p.31)

 

Os benefícios da psicomotricidade na formação da criança na alfabetização e letramento são enormes, eles são integrados com a formação da criança entre si, devido a isso ela deve ser trabalha desde a infância, mas isso não significa que ela não possa ser desenvolvida no decorrer da vida, não tem uma idade limite, isso quer dizer que não se deve deixar de se movimentar e fazer exercícios. Pois o ser humano tem esta necessidade de se movimentar.

 

 

2.1. Psicomotricidade, Alfabetização em conjunto.

 

 

A psicomotricidade na vida da criança a ajuda a superar limites, medos e frustrações, este trabalho é feito da socialização entre as crianças. Nota-se também no letramento em conjunto com a psicomotricidade são trabalhadas através das músicas, trabalham com a musica e logo em seguida com a letra da mesma, trabalhando neste sentido o professor percebe-se a empolgação das crianças, pois se torna uma aula prazerosa e não ficam ociosos. Observa-se que quando as crianças leem palavras que elas já conhecem elas se sentem muito mais motivadas, elas sentem-se valorizadas porque elas têm aquele repertório em sua memória.

 

O processo de aprimoramento do movimento permite à criança a construção de um sistema de esquemas de assimilação e organização do real, a partir de estruturas espaço-temporais e causais” (FONSECA, 1996).

 

Segundo o autor, o processo de aprimoramento através da psicomotricidade possibilita a criança para que o mesmo ultrapasse o seu limite, usando a linguagem motora para compreender e expressar suas ideias.

 

E com isso se consegue trabalhar uma das estratégias importante que ela vai usar muito na sua leitura como leitor proficiente que é a antecipação então ela já consegue participar naquele meio de repertório a palavra que ela conhece. E com isso também trabalha o medo, as frustações da criança de se expor para mostrar alguma tarefa no quadro, vem ajudar estas relações mal trabalhadas na infância, ela ajuda no rendimento escolar, e a criança vai apreendendo a ser mais segura do que está fazendo. Percebe-se que por meio das músicas os alunos conseguem manipular as silabas, e para eles é de suma importância à leitura.

 

Oliveira (1992) e Fávero (2004) destacam que é importante identificar as dificuldades de aprendizagem relacionando-as ao desenvolvimento psicomotor e que, com a criação e aplicação de práticas motoras nos anos iniciais, consegue-se a prevenção e diminuição das dificuldades de aprendizagem.

 

Cogita-se com muita frequência que a psicomotricidade através do lúdico possibilita a criança desenvolve a sua criatividade a capacidade de criar com as brincadeiras, pois a brincadeira faz parte do desenvolvimento, sendo que a brincadeira é dos princípios fundamentais do Referencial Curricular para a Educação Infantil, a brincadeira se torna muito importante na alfabetização, pois as crianças aprendem brincando, percebe-se que quanto mais a criança brinca mais ela aprende. Muito se têm discutido nas literaturas onde as mesmas apontam três grandes objetivos para estas brincadeiras na infância, o prazer, a expressão do sentimento, e o aprendizado.

 

  • através do movimento que a criança constrói a base da sua relação com as primeiras formas de linguagem e desenvolve o simbolismo, que implica uma conotação social e permite à criança criar relações sociais. (WALLON APUD, IN FONSECA, 1996, pág. 34)

 

Vários teóricos falam sobre isso, principalmente Vigotski fala de que quando a criança brinca e opera sobre os objetos, que ela está fazendo transformações e estas transformações são aprendizagens a partir do brincar. Ela transforma um objeto que tem uma funcionalidade social construída em algo diferente do convencional, isso é um processo de aprendizagem. E toda a brincadeira se torna algo relacionado à aprendizagem, e o aluno aprende quando gosta de algo novo e vê o que é significativo para ele vai aprender de maneira mais gostava de forma natural e mais satisfatória para a criança, por isso que a brincadeira, a psicomotricidade inserida dentro do processo de aprendizagem é algo muito importante.

 

A psicomotricidade contribui para o processo de alfabetização se a mesma for trabalhada, ou seja, se a parte motora for bem desenvolvida, trabalhadano momento certo e de maneira equilibrada dará ao aluno maiores oportunidades de aprender a ler e a escrever, pois se uma criança apresentar dificuldades no movimento, provavelmente apresentará também dificuldades de aprendizagem, uma vez que a relação entre a motricidade e a organização psicológica não apresentará harmonia (FONSECA, 1996, PÁG. 23).

 

 

Outro aspecto levantado é que a psicomotricidade fazer com que a criança saiba lidar com as situações encontrada nas dia a dia situações de medo, queda no seu rendimento escolar, falta de atenção, favorecendo assim na aprendizagem melhora a atenção para aprender, no social interagir com os amigos, enfim a psicomotricidade ela trabalha todos os aspectos da criança de uma forma bem lúdica corporal. Percebe-se também a atuação dos pais nesta contribuição para que este trabalho seja executado com sucesso, estando sempre em acompanhamento das atividades, muitas crianças são excelentes na cognitiva, mas precisa ser trabalhado na motora e sempre procurar casar este equilíbrio para que a criança, mas em todos os aspectos.

 

Segundo o autor Fonseca (1996).

 

 

Demonstra as dificuldades de aprendizagem que ocorrem quando as noções de psicomotricidade não são desenvolvidas no processo de alfabetização da criança, ou seja, quando não se tem estimulado e explorado o esquema corporal da criança, ela apresenta baixa coordenação, caligrafia ruim, leitura não harmoniosa, gesto após palavra, não segue ritmo da leitura (frase, palavra), imitação/cópia.

 

 

A criança ela é trabalhada como um todo, o trabalho psicomotricidade ela complementa a alfabetização, desde as sílabas as regras que se utiliza na escola e sala de aula, todos juntos fazendo esta formação do equilíbrio a importância desta psicomotricidade nesta escrita, na letra deles, no espaço que ele vai utilizar em seus caderno, tudo isso é um conjunto de ações que a escola e educação desde a infantil faz para alcançar um objetivo da formação da criança. Os benefícios desta psicomotricidade na formação da criança são enormes eles são integrados com a formação da criança em si.

 

A psicomotricidade ela não tem uma idade limite tanto que você possa desenvolver o seu corpo até a terceira idade nunca ficar parado neste movimento, pois a pessoa tende sempre a ficar se movimentando precisa se movimentar.

 

Sempre trabalhando com jogos brincadeiras, mesmos aqueles que não tiveram a psicomotricidade desenvolvida já na terceira idade começa-se a sentir isso, pois já não tem aquela agilidade nas penas, braços ou mãos.

 

Oliveira (1992) e Fávero (2004) destacam que é importante identificar as dificuldades de aprendizagem relacionando-as ao desenvolvimento psicomotor e que, com a criação e aplicação de práticas motoras nos anos iniciais, consegue-se a prevenção e diminuição das dificuldades de aprendizagem. Através da psicomotricidade se desenvolve as atividades que vai orientar e ajudar a criança na coordenação motora constituindo um fator de equilíbrio para sua vida, expressa na interação do espirito e corpo, afetividade e energia com o individuo e o grupo promovendo a totalidade dos seres humanos.

 

  1. CONCLUSÃO

 

 

    • imprescindível que, diante dos argumentos expostos nos parágrafos acima onde se teve várias leituras sobre a influência da psicomotricidade no processo de alfabetização, os professores tem a consciência de que é de fundamental importância de que a psicomotricidade ela contribui na formação da criança. Levando-se em conta o que foi observada a criança precisa ser dirigida pelo seu professor, para que a mesma possa desenvolver as atividades em sala de aula que estão à aprendizagem da leitura e da escrita sabendo que exige também a coordenação motora.

 

Como no objetivo proposto desta pesquisa foi de compreender a importância da psicomotricidade na alfabetização, porquê que tem que ser trabalhado a psicomotricidade, estes movimentos na criança. A psicomotricidade na vida da criança a ajuda a superar limites, medos e frustrações, este trabalho é feito da socialização entre as crianças. No letramento em conjunto com a psicomotricidade são trabalhadas através das músicas, trabalham com a música e logo em seguida com a letra da mesma, trabalhando neste sentido o professor percebe-se a empolgação das crianças, pois se torna uma aula prazerosa e não ficam ociosos.

 

Em vista dos argumentos apresentados percebe-se que trabalhando uma das estratégias importante que ela vai usar muito na sua leitura como leitor proficiente que é a antecipação então ela já consegue participar naquele meio de repertório a palavra que ela conhece. e com isso também trabalha o medo, as frustações da criança de se expor para mostrar alguma tarefa no quadro, vem ajudar estas relações mal trabalhadas na infância, ela ajuda no rendimento escolar, e a criança vai apreendendo a ser mais segura do que está fazendo.

 

Dessa maneira pude concluir que por meio das músicas os alunos conseguem manipular as sílabas, e para eles é de suma importância à leitura, a psicomotricidade, e com certeza este tema sobre a importância da psicomotricidade na a alfabetização está me ajudando muito a se especializar com a bagagem dos professores onde nós poderemos nos espelhar.

 

4 REFERÊNCIAS

 

 

FÁVERO, Maria Teresa Martins. CALSA, Geiva Carolina. As Razões do Corpo:

 

Psicomotricidade e Disgrafia. 2004.

 

 

FONSECA, Vitor. da. Desenvolvimento humano. Da filogênese à ontogênese da motricidade. Lisboa: Editoriais Notícias, 1996.

 

 

LE BOUCH, Jean. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 5 anos.

 

Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

 

 

_____________, Jean. A Educação Psicomotora: a psicocinética na idade

 

escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.

 

 

 

 

OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade, educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. 10a ed. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2005.

 

_____________Gislene de Campos. Psicomotricidade: Um estudo em escolas com dificuldade em leitura e escrita. Tese de Doutorado. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 1992.

 

 

WALLON, Henry. As origens do caráter na criança. São Paulo: Nova Alexandria, 1996.