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ESCOLA E FAMÍLIA: IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO À CRIANÇA QUE APRESENTA DISLALIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Gilvani Abatti Weber1
Ivania Barden 2

 

RESUMO

A pesquisa presente surgiu da preocupação e fatores que a criança enfrenta para o seu aprendizado, são problemas estes que causam um bloqueio no aprendizado da criança. Necessidades de poder entender o porquê que muitas crianças não conseguem aprender. No entanto, o objetivo deste trabalho foi de levar os profissionais que lidam com o ensino aprendizagem os pais e alunos a uma reflexão e discussão sobre as dificuldades da aprendizagem, trazendo uma visão sobre a dislalia, para que o problema seja diagnosticado. Sendo que tendo em vista a construção do conhecimento e do saber pela criança por meio do uso de brinquedos e jogos. A metodologia adotada foi com base na pesquisa bibliográfica, deu-se através de leituras bibliográficas tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles, VYGOTSKY (1989), FERNÁNDEZ (1991, 2001a, 2001b) e SOLÉ (2001), este estudo iniciou-se com uma breve abordagem sobre as dificuldades de aprendizagem. A pesquisa foi qualitativa, a qual fornece dados importantes e necessários para a identificação das causas de como esta deficiência interfere no aprendizado infantil tanto da escrita quanto da fala. Os resultados obtidos trouxeram subsídios importantes para o trabalho em sala de aula e para a orientação dos pais para que os mesmos possam lidar com os filhos que apresentam o problema.

Palavras chave: Dislalia. Aprendizado. Educando. Família. Educador.

 

 

 

1 INTRODUÇÃO
Sabe-se que são muito problemas e fatores que a criança enfrenta para o seu aprendizado, são problemas estes que causam um bloqueio no aprendizado da criança. Esta pesquisa discutiu-se um aspecto relevante na educação.
Notou-se que muitos educadores quando recebe um aluno em sala de aula com dificuldade de aprendizagem logo vem à mente a incapacidade do aluno realizar a atividade. Falar de dificuldades de aprendizagem é algo corriqueiro e comum tanto em nossas escolas como em outros lugares.
Nota-se que o educador tem um papel fundamental na vida do aluno, pois é o mesmo que vai fazer a triagem e passar para um profissional especializado com, fonoaudiólogo, psicopedagogo e neurologista, nestes casos cabe o educador repensar sobre as atividades propostas para o aluno e o porquê da não aprendizagem, o educador precisa reavaliar quais foram as chances dadas ao aluno.
O presente artigo relata a preocupação e a necessidade de poder entender o porquê que muitas crianças não conseguem aprender. No entanto, o objetivo deste trabalho foi de levar os profissionais que lidam com o ensino aprendizagem os pais e alunos a uma reflexão e discussão sobre as dificuldades da aprendizagem, trazendo uma visão sobre a deslalia, para que o problema seja diagnosticado. Sendo que tendo em vista a construção do conhecimento e do saber pela criança por meio do uso de brinquedos e jogos.
A metodologia utilizada neste artigo foi de leituras bibliográficas tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles, VYGOTSKY3 (1989), FERNÁNDEZ4 (1991, 2001a, 2001b) e SOLÉ5 (2001), este estudo iniciou-se com uma breve abordagem sobre as dificuldades de aprendizagem. A pesquisa foi qualitativa, onde foi feita abordagens sobre o livrinho do cebolinha.
De acordo com JOSÉ e COELHO (1999), fala e a escrita não podem ser consideradas como funções autônomas e isoladas, mas sim como manifestações de um mesmo sistema, que é o sistema funcional de linguagem. Houve um debate com os educadores e pais sobre o ensino aprendizagem através do lúdico, sendo que este além de brincar a criança aprende através dos jogos, cantos, teatros.
Segundo autor VYGOTSKY, um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas.

2 A IMPORTÂNCIA DA UNIÃO ENTRE ESCOLA E FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA COM DISLALIA


As crianças quando bebês, mesmo ainda não sendo dotados de habilidade da fala, se mostram atentos ao que acontece em sua volta, sabendo demonstrar que necessitam de comunicação, mesmo sendo dependentes daqueles que os rodeiam.
OLIVEIRA6 (2004, p.42), assim diz: “é a necessidade de comunicação que impulsiona, inicialmente, o desenvolvimento da linguagem”. A família é o fator preponderante para o desenvolvimento da linguagem da criança, devido ser com os pais ou com as pessoas que convivem que vão assimilar e desenvolver as competências linguísticas necessárias à fala.
Segundo ADLER7 (2000, p.13), “é inicialmente tentando imitar os pais que a criança desenvolve essa habilidade”.
Quando as crianças precisam mudar de ambiente devido os pais necessitarem trabalhar, outros fatores tendem a gerar nesse indivíduo certo desconforto, até mesmo tristeza, devido ter que se separar do mundo familiar mesmo que seja por um período curto, desencadeando com isso, alguns choros.
Por vezes, o choro das primeiras semanas de vida pode parecer inteiramente sem razão, quase como se o bebê chorasse apenas pelo gosto de chorar. Mas o próprio fato de o bebê se aquietar em presença de ligeiras mudanças do seu ambiente sugere que ele tem direito a algumas dessas mudanças (GESELL8, 2001, p.94).
Mas não é somente pelo choro que a criança se comunica nos primeiros meses de vida. Este choro, fora do ambiente familiar é diferente quando estão com fome ou precisam da troca de fraldas e, conforme KLAUS E KLAUS9 (1989, p.24), “o estado de choro dos bebês, que é uma forma óbvia de os bebês se comunicarem, ocorre quando o mesmo tem fome ou está desconfortável”.
Portanto, existem infinitos sons emitidos pela criança que aos poucos vão sendo identificáveis, tornando-se uma forma de comunicação inicial.
Conforme GESELL (2001), um bebê com 16 semanas já sorri e com 28 semanas são capazes de distinguir se em seu meio está uma pessoa estranha. Também, já reage às conversas de seus pais de forma encantadora.
RIGOLET10 (2000, p.34), diz que “as etapas do desenvolvimento vocal acontecem entre 0 e 8 ou 9 meses, e a expressão verbal, por volta dos 9 aos 12 meses”.
Ao surgir a linguagem, a criança começa a fazer referência a animais, pessoas, objetos e a demonstrar sentimentos, mesmo antes de se expressar verbalmente podendo assim, exprimir diferentes sentimentos. Uma criança com 18 meses já expressa o que quer e constrói sua linguagem com monossílabos para que as pessoas a compreenda. Pode ser mesmo através de ruídos como ‘brrrrrrrrrrrrr’ para dizer que está brincando de carrinho.
Sabe-se que o pensamento e a linguagem interagem e a interferência de um sobre o outro precisa ser analisada bem como o modo como se relacionam.
BUDIN11 (2001, p.58), assim se refere: "Há inúmeras experiências cujo objetivo é conhecer a extensão das representações mentais infantis e podem ser apresentados à criança objetos e figuras a fim de verificar se ela sabe dar-lhes nomes”. Pensando-se dessa forma supõe-se que os conceitos, o pensamento, a percepção e a linguagem se ligam entre si e os conhecimentos tornam-se maiores do que a capacidade de expressão verbal.
Ainda para BUDIN (2001), os conceitos formados pelas crianças se limitam aos que ela faz dos objetos e o que estes nela produzem. Somente após aprender a falar que vai incluir nos seus conceitos opiniões alheias e isso ocorre de forma lenta e gradual, através da linguagem que, na socialização da criança pode ser considerada como sendo a primeira forma de expressão e ocorrer de maneira implícita conforme AIMARD12 (2002), através de interações verbais e participação que apresentam marcações sutis de status e de papéis.
Nota-se que o falar e o escrever, a escrita e o falar não nasce com o ser humano ele vai se aperfeiçoando com o passar dos seus dias na escola ou no decorrer do dia a dia, visto que a escola é, no âmbito das instituições sociais, a escolhida pela sociedade para o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita, fala e escuta. Os pais e educadores ou todos aqueles profissionais que operam com diagnóstico e intervenção psicolinguísticas devem ficar atentos para a idade de aquisição da linguagem.
Através das leituras bibliográficas vimos que a dislalia é um distúrbio da fala que se caracteriza pela dificuldade de articulação de palavras: o portador da dislalia pronuncia determinadas palavras de maneira errada, omitindo, trocando, transpondo, distorcendo ou acrescentando fonemas ou sílabas a elas. As trocas de letras mais comuns provocadas pela dislalia são de "P" por "B", "F" por "V", "T" por "D", "R" por "L", "F" por "S", "J" por "Z" e "X" por "S". A troca de fonemas, como p/b, p/q, f/v, entre tantas unidades sonoras e distintivas do sistema consonantal do português, por exemplo, nessa fase, reflete, muitas vezes, uma deficiência de ordem lingüística (e não um déficit necessariamente neurolínguístico), na formação linguística inicial (alfabetização e letramento) da criança.
Percebe-se que os pais precisam corrigir os filhos desde pequenos, pois quando entra na escola, o professor faz este papel, notou-se que muitos pais acham engraçado o filho falar errado, e isso é um problema sério. Sabe-se que o professor precisa corrigir o aluno somente nas palavras que ele fala errada, repetindo pausadamente a palavra para que ele perceba o seu erro.  Um exemplo é o caso da personagem Cebolinha das Histórias em Quadrinhos, que confunde a troca o som.
Leitura revela que a dislalia é o transtorno de linguagem mais comum, o mais conhecido e o mais fácil de identificar. A maioria dos casos de dislalia ocorre na primeira infância, entre os 3 e os 5 anos, quando a criança está a aprender a falar. 
Sabe-se que a brincadeira faz parte do dia a dia de uma criança, e através do lúdico que muitas vezes ela aprende como criança que tem dislalia, lendo os gibis do cebolinha, isso sempre com a orientação do professor, onde este passará no quadro a história sem erros.

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo poder se comunicar por gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papeis sociais. (LOPES13, 2006 p.110).


Muitas crianças não gostam de estudar fazer suas atividades, pois sempre que podem os professores dão atividades através do lúdico para eles. Sendo assim a presença do lúdico diariamente na escola ajuda a criança passar pelas dificuldades brincando e brincando se aprende. A brincadeira é compreendida como situação imaginária criada pelo contato da criança com a realidade social.
Segundo VYGOTSKI14 (2007), a criança procura suprir seus desejos por meio do ato de brincar. Mas esses desejos não podem ser satisfeitos de imediato, o que leva a criança a buscar situações imaginárias como solução.

No inicio da idade pré-escolar, quando surgem os desejos que não podem ser imediatamente satisfeitos ou esquecidos, e permanece ainda a característica do estágio precedente de uma tendência a satisfação imediata desses desejos, o comportamento da criança muda. Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizáveis e esse mundo é o que chamamos de brinquedo. (VYGOTSKI, 2007, p. 108).


Percebeu-se que a criança quando brinca ela se relaciona com amigos imaginários, neste meio tempo ela imita, seu pai, sua mãe, brinca de médico, e através destas brincadeiras ele vai se desenvolver a sua linguagem, seguir normas e limites. No jogo de “faz-de-conta”, a criança experimenta diferentes papéis sociais, funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos.
Segundo OLIVEIRA15 (2002) diz que o jogo simbólico ou faz-de-conta, é ferramenta para a criação da fantasia, necessária à leitura não convencional do mundo. Abre caminho para a autonomia, a criatividade, a exploração de significados e sentidos. Esse jogo simbólico atua também sobre a capacidade da criança de imaginar e de representar, articulada com outras formas de expressão. Os jogos são instrumentos para aprendizagem de regras sociais, contribuem para que a criança compreenda o uso das regras o que irá beneficiá-la mais tarde na vida adulta.
Entende-se que são muito importantes os pais e a escola se unirem para diagnosticar com antecedência o problema que a criança enfrenta seja ela com dificuldades na linguagem ou escrita, para que possa sanar este problema urgente na criança. Nesse sentido é essencial a identificação precoce das dificuldades de aprendizagem, pois assim pode-se orientar uma intervenção pedagógica adequada à necessidade de cada criança.
Sabe-se que a criança que apresenta dificuldade de aprendizagem não pode ser considerada deficiente e ela precisa ser respeitada.
Ainda com relação à identificação precoce das dificuldades de aprendizagem, SANA16 (2005, p.12) adverte que:

[...] Quanto mais tarde for diagnosticado o problema, mais danos causarão ao emocional, pois a auto-estima da criança que não esta conseguindo aprender vai diminuindo, podendo tornar-se agressiva, introspectiva ou ainda apresentar outros sintomas que nada mais são do que um pedido de socorro, um alerta para que alguém tome alguma providência e descubra o que está acontecendo com ela. Por isso, pais e professores, principalmente das séries iniciais, devem ter o máximo de atenção a crianças que demonstram algum tipo de dificuldade ou comportamento inadequado, para que as devidas medidas sejam tomadas em tempo de não causarem problemas comportamentais e emocionais mais sérios. (SANA, 2005, p.12)

Segundo relato do autor, os pais e professores precisam ser unidos para diagnosticar com antecedência qualquer problema que a criança apresente, pois se não diagnosticar cada dia que passa o problema fica maior ainda, e com isso prejudica o aluno, e é importante, portanto, que exista uma preocupação em determinar precocemente a causa da dificuldade para aprender.
O diagnóstico precoce do distúrbio de aprendizagem é um ponto fundamental para a superação das dificuldades escolares. Além de orientar os educadores e pais sobre a melhor forma de lidar com a criança, direciona a elaboração de programas de reforço escolar e adoção de estratégias clinica e/ ou educacionais que auxiliam a criança no desenvolvimento escolar. (MORAIS17 2006, p.25)

Segundo FONSECA18 1995, o professor é um profissional que está preparado a auxiliar o aluno que está com problemas e de superar as dificuldades de aprendizagem. O professor também precisa prestar atenção que um método pode ser utilizado no aluno e outro método no outro, os alunos nunca são iguais. Sabe-se que existe professores que utilizam o mesmo método para todos os alunos, e muitos são prejudicados.
Conforme TIBA19 (1998, p.38) “O aluno não consegue aprender aquilo que não entende, assim como não pode engolir pedaços maiores do que a sua garganta permite passar.” Entende-se que o professor deve trabalhar um determinado conteúdo de diversas maneiras, utilizando-se de diversos métodos para que o aluno possa vir a aprender.
Nesse contexto HONORA e FRIZANCO20 (2009, pg.21) descrevem que:

O professor tem papel fundamental para que o processo de ensino aprendizagem possa ocorrer de uma maneira satisfatória. Além de ser o informador, deve estar atento às necessidades das crianças e às situações que devem ser criadas para que a aprendizagem aconteça.


Sabe-se que os pais, a escola, precisam prestar atenção, pois se o aluno não consegue falar sobre seu problema, pois o mesmo não conhece. Entende-se que quando uma criança brinca, joga, desenha, faz histórias e outras coisas mais, revela sentimentos e pensamentos que desconhece, falando numa outra linguagem: a linguagem do desenho, do brinquedo, do jogo.
Entende-se ser importantes também diversos tipos de brincadeiras, segundo MALUF21 (2003, p.19)

Brincar é tão importante quanto estudar, ajuda a esquecer momentos difíceis. Quando brincamos, conseguimos sem muito esforço encontrar respostas a várias indagações, podemos sanar dificuldades de aprendizagem, bem como interagirmos com nossos semelhantes.


Percebe-se que o professor que tem amor pela profissão que trabalha com métodos diferenciados e consegue.
ROSSINI22 (2008, p.53) descreve que: “Um professor dinâmico, inteligente, entusiasmado, com alto astral, alegre, carinhoso, causa prazer, estimula a ação dos alunos e facilita a aprendizagem.” 
SANA23 (2005, p.108) resume a importância do professor para alunos com dificuldades de aprendizagens ao afirmar que:

PROFESSORES: o futuro de muitas crianças depende da sua observação, compreensão, colaboração, atenção, dedicação e carinho. Ao primeiro sinal de SOCORRO de seu aluno, comunique o fato à escola. O diagnóstico precoce evitará maiores transtornos. (Sana, 2005, p.108).


Entende-se que a família é de suma importância na aprendizagem da criança, pois os pais precisam entender que quando a criança inicia na sua vida escolar ela deixa a sua casa para ir a um local deferente é uma mudança brusca para a criança. Muitas delas se sentem insegura na escola. Percebe-se que geralmente este problema de dislalia é percebido pelos pais ainda desde pequenos, mas os pais não procuram ajuda pensando que é um problema passageiro, pois para muitos pais não é fácil admitir que o filho apresenta problemas de desempenho escolar. 
MORAIS24 (2006, p.162) confirma a idéia ressaltando que:


Quando uma criança apresenta dificuldades para aprender, é comum que o professor, ou os pais, esperem por um “despertar” ou que a criança, mais cedo ou mais tarde, dê um “salto” e passe a acompanhar a classe. No entanto, esse momento mágico que se caracteriza pela superação das dificuldades partindo da própria criança, raramente acontece. O que, mais comumente, se acaba verificando é a automatização e o aumento das dificuldades, à medida que o programa escolar vai se tornando mais complexo.

Sabe-se que os pais são os que vivem mais com o aluno, ele precisa ficar atento a qualquer problema que possa existir com seu filho.

2.1 METODOLOGIA

A metodologia adotada foi com base na pesquisa bibliográfica, deu-se através de leituras bibliográficas tomando por base a investigação de vários autores, dentre eles, VYGOTSKY (1989), FERNÁNDEZ (1991, 2001a, 2001b) e SOLÉ (2001), este estudo iniciou-se com uma breve abordagem sobre as dificuldades de aprendizagem. A pesquisa foi qualitativa, a qual fornece dados importantes e necessários para a identificação das causas de como esta deficiência interfere no aprendizado infantil tanto da escrita quanto da fala. Os resultados obtidos trouxeram subsídios importantes para o trabalho em sala de aula e para a orientação dos pais para que os mesmos possam lidar com os filhos que apresentam o problema.


3 CONSIDERAÇÕES FINAIS


Esta pesquisa procurou esclarecer sobre a dislalia e os procedimentos da escola e da família para apoiar a criança, com a orientação de profissional (fonoaudiólogo). Especificamente, procurou-se verificar a Dislalia em crianças, identificando suas causas para orientar os pais desses indivíduos.
A linguagem como expressão do pensamento mental é de natureza consciente manifestando de forma orientada e significativa o que o indivíduo sente e pensa e deve-se distinguir a expressão verbal e a expressão gráfica como a linguagem oral da escrita. Ambas, é um conjunto de sinais próprios da língua pela qual se manifesta o pensamento baseado em elementos da sintaxe e da palavra.
Viu-se que a Dislalia se identifica pela má pronúncia das palavras onde a criança omite ou acrescenta fonemas ou trocando um pelo outro ou ainda distorcendo-os. Existem casos mais severos em que a criança se torna inintelegível, que necessita de acompanhamento fonoaudiólogo ou de outros especialistas para que possa melhor articular as palavras e fazer se entender.
Tanto na Dislalia orgânica como na funcional a criança necessita de acompanhamento tendo em vista ter dificuldades de expressão que vai influenciar na leitura e escrita no seu processo de escolarização.
Existem instituições escolares que se utilizam da atividade lúdica para que estas crianças sejam favorecidas na aprendizagem tendo em vista a brincadeira deixar a criança mais espontânea e livre para que possa se expressar e, com isso, melhorar seu processo de socialização como de aquisição dos conhecimentos.
Os pais como sendo as pessoas que a criança convive diariamente, devem auxiliá-la no sentido de observar onde a criança está encontrando dificuldade de comunicação e, juntamente com os professores, procurar recursos e formas para que esse distúrbio possa ser corrigido ou amenizado.
Portanto, criança, pais e professores devem trabalhar em conjunto tendo em vista ser esse o tripé que pode promover a melhora dos sintomas, como também uma possível superação.
Cada criança manifesta em seu meio de convívio as experiências que recebe e isso fará com que o problema se agrave ou possa evoluir no sentido de solução, a partir do momento em que não se sinta ridicularizada nem barrada no desenvolvimento de suas atividades.
Assim, através de um trabalho em conjunto e com técnicas especializadas para o tratamento, a criança vai se sentir segura e ao mesmo tempo, com sua autoestima elevada, percebendo que todos estão envolvidos em seu processo de aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FERNANDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clinica e sua família. Porto Alegre Artmed, 2006.

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KLAUS, Marshall; KLAUS, Phyllis. O surpreendente recém-nascido. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989.

LOPES, Vanessa Gomes, Linguagem do Corpo e Movimento. Curitiba, PR: FAEL, 2006.

MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: Prazer e Aprender. 7 ed. Petrópolis RJ: Vozes, 2003.

MORAIS, A. M. P. Distúrbios da aprendizagem. Uma abordagem psicopedagógica. 12. Ed. São Paulo: Edicon, 2006.

OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio – histórico. São Paulo: Scipione, 2004.
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RIGOLET, S. A. N. Para uma Aquisição Precoce e Optimizada da Linguagem. Porto: Porto Editora, 2000.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Aprender tem que ser gostoso. 5 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

SANA, Cristiane Cador. Por que meu filho não aprende? Blumenau SC: Eko, 2005.


SOLÉ, Isabel. Orientação Educacional e Intervenção Psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2001.

TIBA, Içami. Ensinar Aprendendo: Como superar os desafios do relacionamento professor-aluno em tempos de globalização. 24 ed. São Paulo: Gente, 1998.


VYGOTSKY L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
VyGOTSKI. L. S. A formação social a mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.