A IMPORTÂNCIA DE LER
Monaisa Araújo Nascimento1
Juciele da Silva de Queiroz2
1 Introdução
Alfabetização não é palavra solta no quadro para o aluno ler, mas sim algo que tenha sentido, trabalhados diariamente, como textos, histórias, podemos tirar várias aulas de um só tema. As histórias devem ser bem exploradas, e assim podemos fazer várias atividades para ajudar o desenvolvimento dos alunos.
Alfabetização é o período que as crianças vão para escola para poderem aprender ler e escrever e se socializar com outras crianças e pessoas. Mas antes delas irem para escola muitas já frequentaram a creche, e já conhecem o alfabeto, e alguns até saberem ler e escrever e isso é muito bom para o desenvolvimento delas. Outras que nunca frequentaram a creche chegam à escola e não sabem nada, pois não teve estímulo da família. Isso dificulta o trabalho dos professores que alfabetizam.
É na alfabetização que o professor trabalha tanto com muitas sílabas diferenciadas para o aluno poder se desenvolver cada dia mais, e trabalhar com histórias para que os alunos possam usar a imaginação. A alfabetização é uma proposta para ensinar crianças e adultos a ler e escrever. O professor deve ser carinhoso, divertido e dinâmico, pois alfabetização é o momento dos alunos aprenderem a ler e escrever. O professor deve pensar em uma metodologia que leve o aluno a querer aprender.
Segundo Paulo Freire (1989) a primeira leitura que uma criança faz é a leitura do mundo. O autor escreve que é muito importante a experiência dele,e vivida no momento em que ainda não lia as palavras, é importante dizer que a leitura do mundo é sempre fundamental para qualquer pessoa. O autor escreve : ‘‘Fui alfabetizado no chão do quintal da minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo maior dos meus pais.O chão foi meu quadro-negro; gravetos, meu giz’’(FREIRE, 1989, p.15).
Portando, depois desse processo ocorre a leitura da palavra, pois as crianças aprendem a falar o nome dos objetos existentes ao redor, aprendem a ler a partir do que existe, do que jáconhecem. As palavras que vão apresentando pouco a pouco, e com o tempo vão percebendo que parecem com várias coisas, sinais, como o canto dos pássaros, com a dança das copas das árvores sopradas por fortes ventos.
Nesta frase podemos entender que toda aluno já trás uma bagagem de casa, pois conhecem algumas palavras e só não conseguem ler e nem escrever, mas se os professores ensinarem aos alunos como se escreve e como se lê essas palavras que já ouviram por várias vezes, ficará mais fácil para alfabetizá-los. O professor deve começar pela realidade do aluno, pelo mundo onde vive, e depois ir se aprofundando com palavras diferentes que, às vezes, nunca se ouviu falar.
Quando vamos ensinar os alunos não devemos querer que memorizem as palavras mecanicamente, mas sim que aprendem a sua significação profunda, pois só assim são capazes de saber e de compreender. Como o autor escreve que não importa a quantidade mas sim a qualidade, tudo que vamos ensinar o que realmente importa é a qualidade de ensino (FREIRE, 1989). Todos nós somos capazes de pegar um objeto, de sentir, perceber, expressar verbalmente o objeto sentido e percebido, todos somos capazes de fazer essa leitura e de dizer o nome do objeto sentido, até mesmo um analfabeto, pois o que fazemos além de um analfabeto é escrever e ler o nome do objeto sentido.
‘‘É preciso saber sobre tudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora, pois sempre tem algo para aprendermos’’(FREIRE, 1989,p27). Asim como os alunos aprendem com os professores, os professores aprendem com os alunos, pois todos carregam algo que já aprenderam com a família no mundo onde vivem.
Segundo o autor, para ensinar jovens e adultos é preciso partir da realidade e respeitar as diferenças, usar palavras geradoras como, terra, água, plantas, tudo que está no mundo das pessoas. ‘‘Se é praticando que se aprende a nadar, se é praticando que se aprende a trabalhar, é praticando também que se aprende a ler e a escrever. Vamos praticar para aprender e aprender para práticar melhor’’(FREIRE, 1989, p.47). Ele escreve também sobre a produção de livros com textos escritos em linguagem da realidade deles, que fala da atualidade do país, que tenha a participação do povo. É importante também trabalhar com fotografias do que acontece na vida dessas pessoas, para mostrar que :
Então quando conseguirem ler essas palavras geradoras, devemoscomeçar a ensinar palavras diferentes para aumentar o vacabulário, isso não é tarefa fácil mas se esforçando aprendemos sempre, dividindo o conhecimento que cada um trás.
Paulo Freire explica que estudar não é fácil, porque estudar é criar e recriar é não repetir o que os outros dizem. Então estudar é cada um pôr suas ideias, criar textos, histórias, desenhos, e assim cada um usa sua imaginação, e quando ouvem uma história possam recriar outra a partir de sua imaginação, e não ficarem repetindo sempre a mesma coisa, e somente professor fala, mas compartilharem as ideias e colocarem em práticas.
Este trabalho tem como problemática como os professores trabalham a produção de textos com os alunos do primeiro e segundo ano das Escolas, Municipal Nilo Procópio Peçanha e Estadual Ludovico da Riva Neto e Cecilia Meireles, e com base nos questionários como os professores trabalham com leitura de textos e após isso ocorre a produção de texto em sala de aula. O artigo tem como objetivos pesquisar nas diferentes escolas os métodos que professores utilizam para trabalhar a produção textual, avaliar quais são os textos utilizados pelos professores para ensinar a produção textual, comparar a produção de textos nas diferentes escolas e analisar a produção textual dos alunos.
Este trabalho tem como importância ver como os alunos vêm desenvolvendo seus textos e a leitura e escrita vão melhorar, pois tem grande importância para seu aprendizado, tanto nas serie inicias e pra vida toda. Pois é a parti da leitura e escrita que os alunos desenvolvem bons textos, cabe aos professores incentiva-los, a não se distanciar desses elementos.
2 Fundamentação Teórica
De acordo com Luiz Carlos Cagliari (1998), ninguém pronuncia palavras isoladas, quando alguém fala é para dar informação completa seja através de um texto ou de ações ocorridas. As pessoas falam o que querem e o que precisam falar, organizando o conteúdo da sua própria maneira e de acordo com sua vontade. Quando o aluno está em sua casa não se preocupa com o certo ou errado, simplesmente fala da sua maneira, mas quando chega na escola e se depara com professor, ele se preocupa e esquece que ele manda na sua língua, e passa a ser escravo daquilo que pensa que representam as expectativas culturais da sociedade da escola e do professor. O autor escreve: “a escola é o único lugar onde se ouve e também se fala de outra maneira” (CAGLIARI, 1998, p.198).
O que esta frase transmite é que as pessoas quando no âmbito familiar falam todos da mesma maneira, mas quando vão para a escola se deparam com pessoas de vários lugares e cada um tem sua própria maneira de falar, pois o que realmente importa é o significado das palavras e como ele é dito.
Segundo o autor Cagliari (1998), a dificuldade que as pessoas encontram é de juntas as ideias de organizar e depois falar, e não em falar ou escrever o que gostaria de dizer o que realmente pensa, pois quando falam sem organizar as ideias estão sendo naturais e muitas vezes as outras pessoas não compreendem o que querem dizer, por isso que devem organizar as ideias e depois pronunciarem para que todos possam compreender o que realmente querem dizer.
De acordo com Cagliari (1998), quando a criança entra na escola para se alfabetizar, é muito mais fácil compreender textos do que palavras isoladas, o texto ajuda a criança a ter uma compreensão profunda e palavras isoladas vão sendo decoradas uma a uma sem compreender o que realmente significa. O nosso mundo é um mundo de textos, quando utilizamos a linguagem não falamos somente uma palavra, pois se escrever o que fala estaremos criando um texto das próprias ideias.
Quando o aluno chega na escola já traz sua bagagem, seu estilo de linguagem oral, e o professor deve ensinar os outros estilos de linguagem e principalmente da linguagem escrita, não destruindo o que o aluno já sabe, mas valorizar o conhecimento do aluno e discutir o assunto acrescentando o conhecimento de todos, para que eles compreendam que os textos que falam da linguagem que conhecem tem a ver com os textos que a escola exige deles. O autor escreve: “as crianças aprendem a fala usando a linguagem no seu contexto natural e na sua forma mais plena e abrangente possível” (CAGLIARI, 1998, p.203). Então se as crianças são capazes de aprender a falar no seu contexto natural, elas podem também aprenderem a escrever sem usar palavras soltas. Podem aprender a escrever usando sua própria linguagem, seus próprios textos, e com a ajuda do professor devem saber que existe o alfabeto que são apenas letras, mas que para escrever textos deve usar essas letras uma depois da outra formando palavras e depois formando textos. Na escola devemos trabalhar palavras e textos juntos, pois as duas coisas são indispensáveis para a aprendizagem dos alunos.
Que o professor deve ter muito cuidado com seus alunos referente textos, primeiramente ele deve incentivar seus alunos a ler e escrever textos e não ensinar palavras soltas, depois deve explicar o que pretende fazer, pois as palavras tem funcionamentos de linguagem uma diferente da outra, tem funções gramaticais, desse modo fica mais fácil para eles entender, e de certa forma eles conhecem muito sobre a linguagem, mas não estão acostumando a refletir sobre ela; porem isso tudo explicado antes das atividades, fica mais melhor para os alunos lidar com os estudos.
Segundo o texto muitas crianças já carregam algumas palavras e quando chegam a escola, o professor em vez de trabalhar com essas palavras para ela melhorar acabam deixando de lado, isso faz com que em vez da criança construir seus textos ela acaba construindo um amontoado de palavras, mas se o professor trabalhar com essa palavras que os alunos já sabem, fica mais fácil e melhor para se trabalhar com elas no desenvolvimento de fazer textos excelentes, mas além disso o professor deve trabalhar com eles a oralidade, o sons das palavras e os elementos que a compõe.
Segundo o texto, planejamento dos textos, tudo é importante e interessante, principalmente quando trabalhado nas series iniciais. O aluno que vai escrever seu texto precisa fazer seu planejamento textual, mas na pratica tradicional com o professor faz é errado, mandar o aluno escrever frases usando uma determinada palavra. Contudo a produção de textos nas serie inicias, o professor não precisa ficar tratando de planejamento, mas que deixe os alunos escreverem o que quiserem, e depois que os alunos já tiverem escrevendo, com facilidade que o planejamento. Também muito importante que os professores peçam para as crianças que tenham iniciativas, sobre o que querem escrever e fazer para poder escrever seus textos livres, isso faz com que eles aprendam a escrever qualquer tipo de texto.
O texto na alfabetização não pode ser rígido, sabe-se que ele estão cheios de erros , mas o que vale é o trabalho não o resultado em sim, o professor não deve corrigi esses primeiros textos mas discuti-los com os alunos, mostrando algumas coisas interessantes e depois guarda-los um em cada pasta que o aluno tem.
O professor deve em primeiro lugar construir as concepções criticas sobre o que se quer analisar diante de um determinado texto e não prejudicar ou desestimular aquele aluno que com muito esforço conseguiu por suas palavras no papel. O texto não se restringe ao ato da palavra escrita, pois textos e tudo aquilo que é possível ser compreendido pelo interlocutor ouvinte ou leitores pode ser oral ou escrita. Segundo o autor depois que os alunos começarem a ficarem mais hábeis na produção dos textos mais longos e com mais facilidade, o professor começará a exigir o planejamento textual e sobre tudo a auto correção pode ser feita em duplas, individualmente(CAGLIARI, 1998p.210).
Nem todo texto pode ser corrigido, alguns pode ser simplesmente para o aluno desenvolver mais influencia ao escrever, o professor também pode pedir para eles lerem seu texto e corrigirem e melhorar o que eles quiserem em seguida o professor vai corrigir o texto, somente então, o aluno vai passar o texto alimpo, o professor precisa ensinar aos alunos como fazer a auto correção na series iniciais o, mas importante é cuidar da ortografia é preciso ensinar a ter duvidas do que esta escrevendo desconfiar se algo está certo ou errado. Quando se erra na grafia, o aluno não está querendo escrever conforme a sua própria pronuncia.
Quando isso acontece ele ainda não domina o sistema de escrita esobre tudo da ortografia das palavras, o professor jamais deve dizer para seu aluno que ele leu errado, por que escreveu uma coisa e leu outra. O que o aluno leu representa a sua fala e, se leu daquele jeito e por que ele quer que seja lido daquele jeito. Quando o aluno percebe que portadores de textos estão ligados a assuntos do seu cotidiano, seu interesse é estimulado, pois entende que a língua escrita tem significado na sua realidade imediata. Os atos de brincar, dramatizar, simbolizar são valiosos para o desenvolvimento da alfabetização e devem ser desenvolvidos desde o ensino infantil.
A criança que tem liberdade para brincar, dramatizar, se expressar, com certeza terá um desenvolvimento mais saudável. “Atividade de produção de texto pode estar ligado a muitas matérias e a infinidade de conteúdos não só na alfabetização, o que não se pode fazer na escola é simplesmente mandar o aluno fazer uma redação essa atividade deve fazer dentro de outro contexto, que não seja apenas o de ganhar uma nota”. (CAGLIARI, 1998p214). As cartilhas incorporaram pequenos textos que deveriam ser usados especialmente como exercícios de leitura, e apresenta apenas palavras já dominadas, estudadas nas lições anteriores.
De acordo com o método das cartilhas, alguns professores usam estratégias indesejáveis para induzir os alunos a produzir o que lês chamam de textos para tanto dão roteiros. “Após a indicação do titulo, vem uma serie de perguntas a que o aluno devera responder o que, quem, quando, como, o porquê, não se esquecendo de que o texto deve ter começo meio e fim com uma lição de moral para qualquer tipo de história as crianças não precisam desses esquemas e roteiros.” (CAGLIARI, 1998, p.215). O aluno deve fazer de um simples texto um trabalho original.
Os professores têm medo de entrar nesse mundo por acham muito caótico, mas para isso acontece deve começar com atividades paralelas as demais atividades tradicionais, o professor pode propor uma redação de textos espontâneos, deve se tomar certo cuidadojá que os alunos estão acostumados a trabalhar sob um rígido controle por parte do professor e do método eles sentem inibidos no inicio a fazer os textos espontâneo e com razão, pelo que aprenderam até então. O professor deve conversar sobre esse tipo de atividade, mostrar suas vantagens e deixar que os alunos encontrem aos poucos um novo caminho para produzir seus textos, o professor não deve desanimar com as dificuldades iniciais.
De acordo com o autor Cagliari, as crianças quando escrevem textos espontâneos não se preocupam com a escrita e muito menos com a ortografia, mas elas escrevem com seu individual, tento o próprio sabor, um sabor interessante cada um com seu valor.
O autor compara vários textos espontâneos de alunos da primeira série que eram alfabetizados com cartilhas, onde mostra a inocência do aluno, que escreve palavras juntas, faz separação da palavra quando é junta e troca as letras, uma por a outra, escrevendo as palavras de forma errada de acordo com a ortografia, faz a repetição de frase, mas para eles os textos estão certos, por que é a forma que eles sabem escrever.
E os textos teve um bom resultado, pois escreveram textos e não frases desconectadas. Ao passar do tempo os alunos foram melhorando a escrita e se interessando a leitura, o que ajuda na escrita ortográfica. O autor fala que o que deve ser feito para os alunos compreenderem como deve escrever, é mostrando que cada palavra só tem uma forma de escrever, e quando o aluno tiver dúvidas deve perguntar para alguém que sabe ou procurar no dicionário, e assim vai aprendendo as palavras pouco a pouco.
Em seguida aparece textos espontâneos sem o uso de cartilhas e sem o bá-bé-bí-bó-bu, onde os alunos tiveram dificuldade no início para acertar a ortografia, mas aos poucos foram aprendendo, e os textos que eles produziam quase não tinha erros. A professora ensina eles a fazerem a própria correção e reelaboração de seus textos. Isso mostra que os alunos podem aprender a escrever seus próprios textos sem o uso da cartilha, e com o tempo o aluno escreve naturalmente sem medo de errar. Também mostra que o aluno não faz repetição de frases, as vezes faz o uso da mesma palavra, se necessário. (CAGLIARI,1998).
Os professores ficam muitos chocados com os erros de ortografia, tem quiser feito sob seu absoluto controle, para que o aluno aprenda em ordem, indo do mais fácil ao mais difícil assim ele reproduz o modelo do já dominado. Segundo o autor por essas razões, esses professores acham que não devem deixar seus alunos escreverem errado, o que é comum, principalmente no inicio da alfabetização (CAGLIARI, 1998, p. 237).
O professor julga seus alunos apenas pelos erros que cometem, e nunca pelos acertos. A correção que visa a amedrontar o aluno diante do erro e da ignorância, e não a incentivá-lo a superar suas dificuldades, apoiando- se naquilo que já aprendeu. A escola vai cortando, derrubando, destruindo coisas que o aluno faz de errado, e não um processo de construção, o aluno terá seus momentos que o possui. O professor tem um calculo estatístico baseando não em números reais, mas numa certa desconfiança, mas muitas das vezes eles nãofazem esse calculo e acabam simplesmente guiando pelos erros que o aluno cometeu, portanto reprovando esse aluno. Se o professor fizesse um calculo estatístico real, ambos poderiam ver, pelo lado positivo, que muita coisa já foi aprendida, e o que falta precisa ser dado através de atividades especifica.
3 METODOLOGIA
A pesquisa será desenvolvida com turmas do Ensino Fundamental e terá como método de abordagem o indutivo. “Indução é um processo mental, pois intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou inversa não contida nas partes examinadas” (LAKATOS; MARCONI, 2010, p.85). Que partirá da mente, do intimo para a realidade, e assim ampliando conhecimento com a realidade dos outros, sobre o que pensam.
O método de procedimento comparativo será aplicado nessa pesquisa. “O método comparativo é usado para comparações de grupos no presente, no passado ou entre os existentes e os do passado, quanto entre a sociedade de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento” (LAKATOS; MARCONI, 2005, p. 107). Esse método contribuiu para comparação de dados.
A coleta de dados da pesquisa será realizada a partir de entrevistas. “Trata-se, pois, de uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica; proporciona ao entrevistado, verbalmente, a informação necessária” (LAKATOS; MARCONI, 2005, p. 196). Esse trabalho será feito em forma de entrevista, pois é melhor para obter informações mais profundas que precisamos para o trabalho.
Esse trabalho terá como técnica a pesquisa de campo. “Consiste na observação de fatos e fenômenos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes e no registro de variáveis que se presumem relevantes, para analisá-los” (LAKATOS; MARCONI, 2005, p.185). Este trabalho é importante, pois vamos observar a realidade das escolas através dos fatos e variações que existem nas diferentes escolas.
A delimitação da amostragem será feita a partir de dois professores, mas de diferentes escolas, mas do mesmo município. A pesquisa será feita no período vespertino nas turmas do quarto ano do ensino fundamental nas escolas municipais Nilo Procópio Peçanha e Sonia Maria Faleiro. A análise dos dados será feita a partir de uma análise quantitativa que considera os conteúdos pesquisados juntamente como o embasamento teórico.
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Essa pesquisa foi realizada com quatro professoras sendo três da turma do 1º ano e uma do 2º ano, e a primeira professora pesquisada foiSirléia Silva que tem 31 anos, mora no bairro Boa Nova III. Formada em pedagogia e leciona à quatro anos, trabalha atualmente na Escola Estadual Cecília Meireles com a turma do 1º ano. E os métodos que utiliza para trabalhar a produção textual em sala de aula é, construir pequenos textos a partir de imagens ou através de uma história contada pelos conhecimentos empíricos que as crianças têm, muitas repetições.
De acordo com o autor Kaercher (2001), contar histórias para crianças é importe por que trabalha com o imaginário, o faz de conta, e assim as crianças vão usando sua imaginação e fazendo perguntas sobre o que está ouvindo. As crianças pequenas fazem leitura visual, conhecendo as figuras, aprendendo que o livro é divertido, colorido e podem aprender a compreender o mundo, através de brincadeiras, incluir o momento da leitura como um momento prazeroso, em lugares diferentes, onde podem ir além usando sua imaginação.
Quando questionadas se os professores devem levar para sala de aula só textos e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita ela respondeu que não, pois devem trabalhar a partir de contexto de cada aluno, utilizando livros, objetos, atividades lúdicas, experiências vivenciadas, entre outros. E na questão de quais são os outros materiais que podem auxiliar para o desenvolvimento da escrita do aluno ela coloca a escrita do próprio nome, lista de nomes de objetos e animais, leitura de silabas escritas dos animais, intervenção na construção da escrita.
A professora coloca que para trabalhar com a leitura e escrita através da imaginação da criança ela utiliza histórias a partir de imagens. E o método que a professora utiliza com os alunos para terem o gosto pela leitura e escrita é, oferecer livros bem ilustrados, histórias atraentes, sempre oferecer conteúdo que eles já conhecem utilizando uma linguagem simples.
Na questão se ela utiliza palavras isoladas e pede para o aluno construir um texto a partir da palavra a professora disse que muito raro, só se for para fazer alguma pegadinha, não acho interessante. E sobre trabalhar com textos espontâneos, ela colocou que ela trabalha sim, mas de acordo com a capacidade de cada aluno. A professora disse que para trabalhar com textos livres dentro da sala de aula, deve respeitar e considerar a criatividade de cada um, mas acho necessário fazer intervenção e correção nos textos elaboradas.
Sobre a questão de quando a criança vem com a linguagem da realidade deles, como o professor trabalha isso dentro da sala de aula, a professora coloca que ela faz algumas intervenções e correções de uma maneira muito carinhosa, mais deve respeitar a linguagem de sua região. E sobre a questão de que forma os pais contribuem com a produção de textos e leitura dos filhos, a professora respondeu que é auxiliando nas tarefas de casa, nas atividades onde surgem as dúvidas, mas lembrando que infelizmente não são todos os pais. E a forma que ela avalia o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno é gradativamente, observando as construções das escritas dos valores sonoros, da fonética, das mudanças de comportamento e do interesse de cada um.
Para trabalhar nas séries iniciais é preciso ter um planejamento dos textos a serem trabalhado, e o que ela utiliza é, textos de uma linguagem mais simples, de preferência trabalhar com textos mais curtos, evitando oferecer textos muito complexos e longos de linguagem desconhecida. Ela coloca que a escola trabalha com projeto de leitura, os professores das séries iniciais desenvolvem projeto de leitura, extras horários, tendo de preferência ajudar as crianças a aprender a ler, onde tem obtido resultados satisfatório.
Sobre a questão se os professores têm horário disponível para ajudar os alunos a leitura, a professora disse que sim, pois todos os professores trabalham com a meta de ensinar e desenvolver o gosto pela leitura, todas as turmas têmhorário para ir à biblioteca, pelo menos uma vez por semana os alunos vão até a biblioteca.
SegundoKaercher (2001) as crianças devem ter contato com os livros, então os livros devem estar ao alcance delas para que possam manusear. Os pais não precisam se preocuparem com presentes caros, devem criar novos brinquedos com as crianças para que possam valorizar o trabalho desde cedo.
Todo ano a escola juntamente com os alunos escrevem um livro, onde os textos e poesias são construídos pelos alunos, esse projeto já vem sendo desenvolvido por vários anos na escola e têm sido um sucesso e nome desse projeto é, “O gosto da arte de escrever”. A escola tem esses livros para vender, se alguém se interessar procure na secretaria da escola Cecília Meireles.
Através da leitura de imagem, a criança consegue organizar as emoções e os saberes, pois a leitura é uma arte e tem que repassar de tal maneira que a criança possa compreende-la.
KAERCHER (2001).
A professora Terezinha a segunda pesquisada no questionário, tem 44anos mora no bairro Santa Maria /Alta Floresta, Mato Grosso é formada em pedagogia é professora há 16anos, esta lecionando atualmente na Escola Ludovico da Riva Neto, na turma do 1° ano B. A professora na alfabetização trabalha através da escrita do próprio nome, lista de frutas , animais, compras brinquedos e outras. Também a reescrita de historias e musicas conhecidas, escrever historias ou frases a parti de desenhos, esses são os métodos que a professora utiliza para trabalhar a produção textual em sala. Referente a questão os professores devem levar para sala de aula so textos e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita ?explique, Terezinha respondeu: os livros e diferentes textos são importantes, nos anos iniciais os professores tem que ler as historia e envolver os alunos com diferentes estratégias para prender a atenção e ter gosto pela leitura.
Quando ao materiais e outros que podem auxiliar para o desenvolvimento da escrita do aluno a professora escreve: vídeos educativos e jogos pedagógicos, caça-palavra e cruzadinha. É através de desenhos e historias lidas pela professora, que ela trabalha a leitura e a escrita e a imaginação da criança. Na questão qual o método que o professor usa para apreender os alunos a ter o gosto pela leitura e pela escrita, Terezinha escreve diferentes textos e historias ilustradas que sejam do interesse do aluno, através de vídeos ou livros.
Soares (2006) comenta sobre palavras novas, e diz que palavras novas aparecem quando surgem novas ideias e novos fenômenos. Por isso a leitura é sempre uma ótima ideia, pois nos ajudam a escrevermos melhor. Sabemos que convivemos com pessoas que não sabem ler e escrever, pessoas analfabetas, e que durante muito tempo enfrentamos o problema de alfabetizar, de ensinar as pessoas a ler e escrever, e isso é chamado de analfabetismo.
Referente se ela usa palavras isoladas e pede para o aluno construir um texto a partir da palavra ela respondeu que não, mas através de desenhos sim. Ela trabalha com textos espontâneos. A pergunta como o professor deve trabalhar com textos livres dentro da sala de aula ela escreve, o texto livre deve ser trabalhado em grupo ou individual com leitura e interpretação.
Quando a criança vem com a linguagem da realidade deles, como o professor trabalha isso dentro da sala de aula? Explique: a linguagem da realidade do aluno é um conhecimento prévio que ele já tem, na sala de aula vai contribuir para melhora a linguagem já adquirida. Na questão os pais contribuem com a produção de textos e leitura dos filhos, ela escreve alguns pais contribuem ajudando na tarefa de casa.
Referente a pergunta como você avalia o desenvolvimento da leitura e escrita do aluno, ela descreve: de acordo com o nível de aprendizagem, na escrita através da produção individual, na leitura através da leitura de palavras, frases ou textos no individual.
De acordo com Soares letramento pode ser interpretado na necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que vem ultrapassar o domínio do sistema alfabético e ortográfico nível de aprendizagem da língua e escrita, visualizando a importância à medida que a vida social e as atividades vêm cada vez mais centradas na língua escrita, revelando a insuficiência de apenas alfabetizar a criança e o adulto.
Sobre planejamento nas series iniciais se ela utiliza quais Terezinha descreve, sim ela trabalha poemas, poesias, diversas listas, quadrinha, parlenda....
Sobre se a escola tem projeto com leitura, qual, Terezinha descreve: sim, o projeto da sala do professor do ano 2015 foi leitura e escrita, cada professor desenvolver o projeto na sala atendendo a leitura e escrita.
Terceira pessoa pesquisada é a professora Soeli VolfLivi ela tem 49 anos mora no bairro cidade alta e atua nessa profissão á 27 anos, na Escola Estadual Ludovico da Riva Neto no 1º ano. Os métodos que ela utiliza para trabalha a produção textual em sala através de figuras reencontro de história ouvidas, os professores devem levar para sala de aula só textos e livros sim ter um cantinho para a leitura com várias atividades pedagógicas, deixando ela expor tudo aquilo que ela sabe.
Através de livros, ir a biblioteca, carrinho de leitura etc., Sobre a questão palavras isoladas e pede para o aluno construir um texto a parti da palavra não só as vezes, sempre dando suporte para eles com comentários etc. Usando o correto para que eles possam perceber o certo não, somente na escola sobre estas questões para trabalha nas series iniciais é preciso ter planejamento dos textos a serem trabalhados quais você utiliza sim, a escola tem algum projeto de leitura sim, um projeto separdo da hora atividade dos professores.
Segundo a quarta professora Maria Rodrigues ela tem 42 anos, mora no Bairro Boa Esperança – Alta floresta a sua formação é normal superior ela atua nessa área aproximadamente 13 anos, trabalha na Escola Estadual Cecilia Meireles no 2º ano.
Texto coletivo, texto individual e reestruturação coletiva,produção de frases e na seqüência função para formar um texto, sobre a questão de levar texto para sala e livros para desenvolver o gosto pela leitura e escrita não , outros materiais também ajuadam data show, vidas, livros digitais computador etc. Jogos leitura para deleite , jogos digitais
E através de contação de histórias, leitura de imagens e escrita, ilustração de determinado tema e escrita. Leituras para deleite, leituras digitais, produções diversas, leitura e contação de história. Ela fala que usa palavras isoladas com seus alunos, sim e também leva objetos e mostra para eles produzir utilizando a sequência mostrada dos objetos, ela também trabalha com textos espontâneos sim, porem no 2º ano é preciso que lhe ofereça um tema gerador.
Através da instigação de imaginação e produção de textos coletivos para que eles possam entender os passos de uma produção e em primeiro lugar o professor deve falar o mais correto possível e em segundo lugar realizar correções coletivas de textos escritos por eles. Esses textos devem ser selecionados e enfatizados os pontos mais críticos para correção e bem pouco ,através do auxílio a correção de tarefas e também através de atividades, leituras e fichas diagnosticas por parlendas, trava língua, poemas e poesias, músicas infantil, história em quadrinhos, fabulas, contos infantis etc.
A escola tem um projeto de leitura, ´´ O gosto de ler a arte de aprender´´ onde são selecionados textos produzidos pelos alunos em sala de aula, esses horários são planejados para ser trabalhados em sala individualmente por cada professor ou seja cada um faz do seu jeito. Existe também o apoio pedagógico no contra turno e a visita semanal à biblioteca.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização desse trabalho realizamos uma pesquisa em diferentes escolas, das turmas do primeiro e segundo ano, com diferentesprofessores, comofazem para despertar os interesses dos alunos pela leitura, escrita e quais os métodos que utilizam para isso acontecer, principalmente nos seres iniciais. Pois sabemos que isso tem grande importância para o desenvolvimento das crianças nas series iniciais e pra toda vida. Essa pesquisa percebemos diferenças e semelhanças em algumas respostas dos entrevistados.
Durante a montagem do trabalho percebemos que não, se ensina as crianças de qualquer jeito, sempre há um planejamento para se seguir e parte também de teorias, muitos professores seguem autores como Piaget, Emília Ferreiro e Vygotsky, entre outros.
5 REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam –. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros / Magda Soares. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
KAERCHER, Gládis. E por falar em literatura. In: Maria e KAERCHER, Gládis Elise P. da Silva Kaercher. Educação Infantil: Pra que te quero. Porto Alegre: Artmed, 2001.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramentos: Caminhos e Descaminhos. Revista Pátio, n. 29, fevereiro de 2004. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/18892732/
Artigo-Alfabetizacao-e-Letramento-Magda-Soares1>. Acesso em 15 de jul. 2012.