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O RESPEITO PARA COM O PROFESSOR EM SALA DE AULA

Izanildes Silva Bentes
Jardelma Machado da Costa
Solange Ferreira dos Santos
Angela Cristina da Silva de Sousa



RESMO
É de conhecimento geral que muitas famílias precisam deixar seus filhos com segunda ou terceira pessoa para poderem ir trabalhar, onde este fica a desejar, vindo a se sentir desprezado pela família. Devido a estes problemas e outros, desde a desestruturação familiar percebe-se que, está deixando a desejar na escola e em sala de aula. Contudo se acarreta inúmeros problemas de violência, agressões na escola, sendo que a notícia que se vê na mídia já não mais espanta. As violências praticamente são em todas as escolas, acreditava-se que a violência era somente nas periferias, sabendo-se que falta uma orientação nestas famílias, pois percebe - se que são lares desfeitos, onde os pais e responsáveis deixam para a escola colocar os limites que muitas vezes eles não colocam, onde a aluno não aceita, e começa o desrespeito pelo professor. Este artigo teve como objetivo de avaliar o quê falta para o professor ser respeitado em sala de aula? São notórias as agressões sofridas por profissionais da educação. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica alicerçada nos fundamentos dos autores como LIBÂNEO (2004), MASETTO (1994). A escola para muitos é considerada o segundo lar, mas nos dias atuais já não podem considerar dessa forma, o que realmente falta é a união entre a família e a escola para que ambas andem lado a lado no aprendizado do aluno e nos limites.

Palavras-chave: Educador. Família. Aluno. Valorização.


1. INTRODUÇÃO

Muito se tem discutido, recentemente acerca das dificuldades que os professores enfrentam nas escolas e principalmente em sala de aula, uma delas é a falta de investimentos nos materiais para que os mesmos possam desenvolver um bom trabalho com os alunos. Este artigo teve como objetivo geral de analisar o porquê da falta de respeito para com o professor em sala de aula? Pois são notórias as agressões sofridas por profissionais da educação, muitos professores desistem de lecionar com medo das represarias que sentem dos alunos, vê-se em noticias na mídia que em vários lugares, não somente no Brasil, que acontece esta violência contra o professor fora e dentro da sala de aula.
Esta colocação dos autores Libâneo e Masetto, vem ao encontro de que os educadores de diversos países enfrentam também este problema, e mesmo assim muitos professores não desistem, pois estão numa profissão que amam e amam seus alunos também, este vínculo com a educação é o principal foco.
Ao fazer uma análise da sociedade, buscam-se descobrir as causas destas violências contra o professor, as agressões ocorrem desde as séries iniciais que podem ser beliscões ou chutes no professor e em séries onde os alunos são adultos as agressões tomam proporções aterrorizantes. Percebe-se que muitos destes erros vêm de dentro da família que por vezes são totalmente desestruturadas.
Em consequência disso, vê-se a todo instante a violência, ocasionadas por problemas familiares, filhos deixados para outros cuidarem porque os pais precisam ir trabalhar para dar o sustento, são os avós, vizinhos, tios, babas que ficam com os mesmos, já por outro lado existem filhos que tem tudo, mas falta a atenção dos pais, onde estes são violentos para chamarem a atenção.
Outro fator existente os filhos estão ficando em segundo plano, e isso vem acarretando muitos problemas de violência nas escolas.

 

1. O RESPEITO PARA COM OS PROFESSORES EM SALA DE AULA

Convém lembrar de que quando se fala na valorização do professor é comum os discursos começarem no meu tempo principalmente quando se fala dos professores já no fim de carreira que estão em sala de aula há muitos anos ou até mesmo aqueles professores aposentados, mas quando a carreira dos professores deixou de ser atraentes para os jovens? Sendo que isso é um processo que já vem de muito tempo não existe um momento na história que marcou esta desvalorização, o professor não é desvalorizado no total se carrega uma admiração pelo professor ele não é um professor absolutamente desvalorizado.
O professor já foi mais valorizado no passado em termos salarias, em termos de valorização social, até em termos de formação carreiras de trabalho tem vários fatores que contribuíram para isso, os professores dividiam as inspirações das pessoas com poucas profissões, existiam poucas opções tais como, professor, advogado, engenheiro, médico, comerciante, tinham poucas profissões, então os professores era uma dessas grandes profissões.

A busca da qualidade impõe a necessidade de investimentos
em diferentes frentes, como a formação inicial e continuada de
professores, uma política de salários dignos, um plano de
carreira, a qualidade do livro didático, de recursos televisivos e
de multimídia, a disponibilidade de materiais didáticos. (PCN 2001, p. 14).

 

Ainda convém lembrar que o mercado de trabalho ele é muito grande e as profissões mudam muito rapidamente, mas principalmente foi o fator a expansão rápido que o Brasil fez com as matrículas, e expande rapidamente a contratação de professores, de fato hoje em dia é muito mais difícil para lecionar, pois antigamente tinha menos alunos, as classes eram homogêneas em termos de aprendizagem, termos de sócio econômico, os alunos eram mais amparados pela família. O aluno já vinha com um repertório, um vocabulário, acesso a literatura, livros tinham outros recursos.
Hoje felizmente a escola atende todos os alunos, mas ainda tem crianças fora da escola, e todas as classes sociais e este atendimento heterogêneo uma população mais difícil quando se vê os resultados educacionais o sócio econômico ele apresenta um grande fator que explica o desempenho destes alunos e isso exige mais desempenho do professor garantir que uma criança que tem uma família que de a assistência devida a ela pois os pais precisam trabalhar deixando-a sozinha em casa ou na rua, tendo um repertório mais pobre é a realidade que ela está inserida.
Além disso, a escola faz a diferença, ela chega numa posição mais elevada para ser a diferença na vida do aluno, sendo que a formação dos professores no Brasil não tem dado conta de realmente de fazer com que a criança se universalize, então formação continuada, o professor chega em sala de aula e se depara com um desafio enorme e o professor precisa de muita técnica e aprendizado para repassar para seus alunos os conteúdos, muitas estratégias e gestão em sala de aula. Os professores precisam e querem mais capacitação para dar a volta por cima e ensinar com eficiência, mas para isso acontecer à secretaria de educação precisa estar do lado dando apoio que merecem.

A profissão professor vem sendo muito desvalorizada tanto social como economicamente, interferindo na imagem da profissão, isto se deve em parte às condições precárias de profissionalização salários, recursos materiais e didáticos, formação profissional, carreira – cujo provimento é, em boa parte, responsabilidade dos governos. (LIBÂNEO 2004, p. 76)

Por outro lado é muito fácil criticar que o aluno não está aprendendo e é uma posição muito mais cômoda e fácil, difícil é estar em sala de aula e ensinar todos os alunos e todos aprenderem cada sala é uma realidade. A valorização do professor ela passa pelo menos por três aspectos, o primeiro se trata da formação do professor, sabe-se que nos países que tem uma boa formação que se saí bem no desempenho mundialmente são países que tem uma formação muito sólida dos professores, no Brasil também nas redes tem um bom desempenho elas tem um nível sólida no nível superior e uma formação continuada, o segundo é o piso salarial das condições do salário de carreira e isso é fundamental para o professor estar estimulado, e o terceiro são as condições de trabalho que não basta ter a formação são necessárias que as escolas tenham uma boa estrutura, condições físicas, que deem materiais para que tenham condições de se trabalhar, para que os alunos sejam bem recebidos para serem trabalhados da melhor forma possível.

2.1 A FAMÍLIA E A ESCOLA

Para Libâneo (2004, p. 77), as condições de trabalho e a desvalorização da profissão do professor, de fato, prejudicam a construção da identidade dos futuros professores, e isto acontece porque a identidade com a profissão diz respeito ao significado pessoal e social que a profissão tem para a pessoa.
Ainda convém lembrar que dificilmente existe profissional que possa desenvolver a profissão de forma eficácia que traga resultados positivo para o grupo para as pessoas que estão em sua volta dentro desta profissão que se tenha condições de trabalho, dar condições ao professor dele exercitar o intelectual dele transformando assim a realidade, pois hoje se vive num mundo injusto, desigual incompleto por si só.

A formação continuada é uma maneira diferente de ver a capacitação profissional de professores. Ela visa ao desenvolvimento pessoal e profissional mediante práticas de envolvimento dos professores na organização da escola, na organização e articulação do currículo, nas atividades de assistência pedagógico-didática junto com a coordenação pedagógica, nas reuniões pedagógicas, nos conselhos de classe e etc. O professor deixa de estar cumprindo a rotina e executando tarefas, sem tempo de refletir e avaliar o que faz. (LIBÂNEO 2004, p. 78)

Ainda convém lembrar que o autor Libâneo (2004), relata sobre os cursos de capacitação prepara teoricamente o professor com os assuntos pedagógicos, assim o professor bem estruturado desenvolve novas habilidades para executar a tomada de decisões na elaboração de novos projetos para os seus alunos fazendo com que os mesmos reflitam e ampliem a consciência e garantindo assim a aprendizagem dos educandos, e o respeito deles para com o professor.
Quando se fala em respeito para com os professores é muito importante ter a convicção de que ele é necessário seja qual for à relação professores e alunos e alunos e professores, o respeito ele é a base para que este relacionamento seja positivo de certo e de resultados e tragas resultados.
Outro fator existente e relevante em sala de aula um debate sobre o respeito e mais do isso e este é um trabalho que não dá para o professor fazer sozinho na escola, este é um trabalho que depende diretamente da família, então ficando como sugestão convidar as famílias para reunião abordando este tema mostrando a importância de que os filhos sejam educados dentro desta perspectiva é em casa que se ensina a ter respeito para com o professor.

A interação professor-alunos é um aspecto fundamental da organização da situação didática, tendo em vista alcançar os objetivos do processo de ensino: a transmissão e assimilação o dos conhecimentos, hábitos e habilidades. Entretanto, esse não é o único fator determinante da organização do ensino, razão pela qual ele precisa ser estudado em conjunto com outros fatores, principalmente a forma de aula (atividade individual, atividade coletiva. Atividade em pequenos grupos, atividade fora da classe etc.). (LIBÂNEO, 1994, p. 249).

Segundo o autor Libâneo que na escola se pratica aquilo que se aprende em casa, como professor precisa reforçar este comportamento aprendido, porque o respeito é algo aprendido então em primeiro lugar a escola precisa convidar a família para a escola, sendo que as melhores escolas do mundo elas tem como um pressuposto básico que a família esteja presente quer elas queiram ou não, o importante que os professores busquem estratégias as mais criativas para trazer esta família para dentro da escola.
Além disso, fazendo que ela participe desta participação das palestras sobre o devido respeito para com o professor, não deixando a família terceirizar deixando tudo para a escola, e o professor que se vire, sendo que o professor tem sido heroico porque tem alunos que chegam na escola sem menor parâmetro, então é muito importante que esta criança desde pequena seja educada com esta perspectiva, e como os pais destes jovens, crianças podem ajudar o professor em sala de aula? Ajudando ensinar estas crianças que o respeito é à base de tudo, e que tudo funcione, primeira coisa sendo o exemplo sendo que a criança aprende pelo exemplo pelo modelo.

Em outras palavras, o modo de agir do professor em sala de aula estabelece um tipo de relação com os alunos que colabora (ou não) para o envolvimento buscado pela escola. Nesta relação professor e alunos desempenham papéis diferenciados e, ainda em nossos dias, cabe ao primeiro, conforme vimos tomar maior parte das iniciativas. (MASETTO, 1994, p.56).

Observa-se que de nada adianta ficar debatendo sobre o respeito na escola, em palestras se em casa gritam um com o outro, brigam com os vizinhos, falam palavrões, enfim nas mínimas situações entre si esta criança acaba presenciando cenas que são desrespeitosas é a referencia que ela vai ter, e é a família que é o porto seguro e esta família tem esta consciência de que esta criança está absorvendo tudo o que aprende na família, chamando a família para a escola conversando de forma amorosa e colocando as angustias da escola, do professor para que ambos juntos cheguem ao o objetivo proposto, pedindo que eles fiquem atentos nas atitudes no dia a dia.
Outro ponto muito importante quando se fala em respeito deste tema que é o respeito e a valorização do professor em sala de aula é que não queira que a criança aprenda isso da noite para o dia. Toda a educação ela deve ser constante e pontual, ou seja, deixando de falar algum dia o aluno esquece, não pode deixar passar, porque a falta de respeito não é só falar mal, tem várias atitudes, em cada uma delas o aluno deve ser pontuada.
O professor tem uma grande responsabilidade em sua sala de aula e em sua caminhada, pois ele está diariamente com os alunos buscando aplicar as suas atividades, e onde deverá ter o respeito de ambos os lados.


CONCLUSÃO

Em virtude dos fatos mencionados é preciso muita observação e estudo para uma transformação concreta entre o professor e o aluno. A convivência do professor em sala de aula com os alunos essa transformação trará grandes entendimento para os problemas que muitas vezes pode ocorre em sala de aula, o papel do educador na vida do aluno é de fundamental importância. A relação entre o aluno e o professor deve ser uma relação de respeito e saudável, transferindo os saberes, isso é de grande responsabilidade do educador.
Diante do exposto conclui-se que a violência no cotidiano é um problema que tem influenciado fortemente todos nas escolas, alunos e profissionais na educação, este ano como se vê na mídia como arrastão, criança morta dentro da escola por bala perdida, e são muitos alunos e professores que estão traumatizados chegam inclusive a se afastar da escola, ou apresentar problemas sérios de saúde, é uma situação que impacta também no ensino e no aprendizado.
Uma das maiores razões das violências do aluno contra o professor são as notas, ser colocado para fora da sala porque muitos professores já morreram por causa, e chamar os pais, esta possibilidade de mediar e restaurar o diálogo são importantes dentro destas concepções. Sendo que existe um medo do caminho para a escola e dentro da escola, sem segurança.
Desta forma constatou-se que as relações sociais estão totalmente ligadas em todos os momentos que geram a violência, tanto dentro da escola como fora da mesma, às regras que existe de cima para baixo também poderiam ser discutidas, ideias de imediação de conflitos dentro da escola, projetos que resolvam os pequenos conflitos que geram esta violência, os alunos podem ser os participantes deste projeto para amenizar estes conflitos sendo que os alunos são as peças fundamentais, mas sem os professores os alunos não podem fazer este projeto progredir. Conclui-se que é fundamental o diálogo entre ambos, família e escola, professor e aluno, aluno com aluno, para que comece a acabar com a violência que assusta a escola e dá a insegurança.

 

REFERÊNCIAS


BRASIL. MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais. 3.ed. Brasília; MEC. 2001.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. 7. ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
EDUCAÇÃO, É possível unir a comunidade em prol da. Disponível em: http://www.diariodaserra.com.br/show.asp?codigo=78546. Acesso em: 22 de set. 2006.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola. 5. ed. Goiânia: Alternativa, 2004.

LIBÂNEO, José Carlos; PIMENTA, Selma Garrido. Formação de profissionais da educação: Visão crítica e perspectiva de mudança. Educação e Sociedade, ano XX, São Paulo, n. 68, 1999.
TIBA, Içami. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.