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O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA ESCOLA

Izanildes Silva Bentes.
Jardelma Machado da Costa.
Solange Ferreira dos Santos
Angela Cristina da Silva de Sousa

RESUMO

O presente trabalho discorre sobre a psicopedagogia no âmbito clinico, institucional e lúdico. Discorre acerca das tipologias e analisa as diferentes atuações e suas contribuições para a formação do indivíduo. Identifica os problemas da aprendizagem e as situações facilitadoras para a evolução intelectual. Traz uma visão ampla sobre a aprendizagem e analisa processo do aprender com o olhar voltado sobre o indivíduo e as estratégias de construção de conhecimento. Sistematiza as dimensões do processo de ensino-aprendizagem e a contribuição da psicopedagogia na resolução de problemas de aprendizagem. Podemos notar que a educação dada, apesar de passa ter por grandes mudanças, precisamos ainda dar um avanço no que diz respeito para com o ensino, tento em vista uma vez que o número de alunos que encontramos em sala de aulas ainda é bem significativo. Portanto tal fato condiz a se justificar pela falta dos atrativos em que os alunos tem dentro de sala de aula. Por conta disso as dificuldades de aprendizagem destes alunos possuem um grande déficit. As maiorias das aulas são mistas e muitas das vezes são simples pelo fato da repetição de conteúdo, ou muitas das vezes são bem simples, porém o docente precisa se capacitar em buscar mais conhecimento que de fato é de obrigação. Neste artigo pretende se, então, fazer uma abordagem no campo teórico a respeito dos benefícios que a ludicidade trará ao ensino dos alunos com dificuldades em absorver a aprendizagem, portanto se estiver uma prática responsável, poderemos tentar sanar ou mesmo ajudar aqueles que mais precisam no caso dos alunos.


PALAVRAS-CHAVE Psicopedagogia, Institucional, Clínica, Ludopedagogia.


ABSTRACT
The present study deals with psychopedagogy in the clinical, institutional and play areas. It discusses the typologies and analyzes the different actions and their contributions to the formation of the individual. It identifies learning problems and facilitating situations for intellectual evolution. It brings a broad insight into learning and examines the process of learning with an eye toward the individual and the strategies of building knowledge. It systematizes the dimensions of the teaching-learning process and the contribution of psychopedagogy in solving learning problems. We can note that the education given, although it is going to have great changes, we still need to make a breakthrough with regard to teaching, I aim in view since the number of students we meet in the classroom is still very significant.
Therefore, this fact is justified by the lack of attractions that students have in the classroom. Because of this, the learning difficulties of these students present a great deficit. The majority of classes are mixed and many times, they are simple because of the repetition of content, or many times, they are very simple, but the teacher needs to be able to seek more knowledge that in fact is of obligation. In this article, we intend to make an approach in the theoretical field regarding the benefits that playfulness will bring to the teaching of students with difficulties in absorbing learning, so if it is a responsible practice, we can try to heal or even help those who need it the most. Case of students.

 

KEYWORDS Psychopedagogy, Institutional, Clinical, Ludopedagogy.


INTRODUÇÃO
A Psicopedagogia se estende por uma nova ramificação de atendimento, clínica e educacional. Desde o final dos anos 90 tornou-se uma área de pesquisa e atuação com abrangente agência. O ofício se tornou importante nos parâmetros do atendimento e inclusão por apresentar opções para o desenvolvimento e aprendizagem.
O presente trabalho traz a Psicopedagogia educacional/institucional, clínica e a ludo pedagogia como processo de aprendizagem e desenvolvimento, a ressaltar as estratégias para superar as dificuldades de aprendizagem. A investigação ocorre de forma teoria e prática a refletir nas atividades clinicas, sociais, institucionais e lúdicas.
A pesquisa rompe com a divisória que supostamente se via entre a Psicopedagogia Clínica, a Institucional e a Ludopedagogia, a mostrar que no propósito da formação do indivíduo, todas contribuem para o processo. Questões acerca das dificuldades de aprendizagem, conceito de dificuldade de aprendizagem e a prática dos psicopedagogos será analisada com as práticas de atuação e a inclusão na rede pública.
A psicopedagogia traz uma visão ampla sobre a aprendizagem a abranger todos os presentes no processo. O ponto estudo da psicopedagogia está na concepção de analisar o aprender e o não-aprender, com o olhar voltado sobre o indivíduo e o processo de construção de conhecimento. Ela sistematiza as dimensões do processo de ensino-aprendizagem, na tentativa de resolução de problemas de aprendizagem.
O psicopedagogo pode identificar problemas que diz respeito a aprendizagem as situações de evolução intelectual.


A ATUAÇÃO E A FORMAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO
O bacharelado em Psicopedagogia oferece aos alunos um conhecimento básico dos processos de ensino e o potencial para criar itinerários profissionais que são relevantes para os seus interesses profissionais e acadêmicos, em sua formação e experiências anteriores.
Isto se consegue por meio de cursos relevantes, treinamento prático e disciplinas opcionais, um programa completo que aborda várias necessidades educacionais na sociedade atual.
Após a conclusão do grau de Bacharel em Psicopedagogia, os graduados podem encontrar emprego remunerado em escolas, centros e programas de educação, departamentos de treinamento, museus ou quaisquer outros serviços relacionados à educação e assuntos sociais.
CONHECIMENTO E HABILIDADES
O grau de Bacharel em Psicopedagogia fornece aos alunos ferramentas necessárias para participar nas diferentes fases do processo de ensino e aprendizagem. Esses profissionais podem trabalhar com vários subgrupos da população (crianças, adolescentes, idosos, etc.) ou indiretamente projetando o material de apoio necessário para ajudar nesse processo.
O foco tem por motivar o discente objetivo principal do curso é proporcionar aos alunos os conhecimentos e habilidades para desenvolver atividades atreladas à programas de aconselhamento eficazes. Para atingir esse objetivo, o Bacharel em Psicopedagogia ensina aos alunos as habilidades acadêmicas, pessoais e de trabalho necessárias para facilitar as tarefas dos psicólogos educacionais.
Essas habilidades permitem que os profissionais compreendam, informem e participem do processo educacional e resolvam conflitos que possam surgir durante o seu desenvolvimento.
Enquanto o curso no programa de bacharelado em Psicopedagogia pode variar de instituição para instituição, de métodos de pesquisa em psicopedagogia, processos psicológicos básicos, psicologia clínica, psicologia social da educação, teoria e história da educação contemporânea, centro de organização e educação, didática geral, psicologia educacional.


CARREIRA DE PSICOPEDAGOGIA
As áreas em que os graduados e pós-graduados podem encontrar emprego são muitas, incluindo empresas privadas, trabalhando como especialistas em treinamento / coordenadores, gerentes de recursos humanos ou pessoais e especialistas em marketing. Instalações de treinamento, serviços públicos e privados e / ou instituições com foco em crianças, jovens e suas famílias.
Serviços educacionais ou editoras, criando materiais de ensino à distância, publicações de orientação e autoaprendizagem e muito mais. Meios de comunicação de massa: rádio, televisão, imprensa e jornais. Instalações de pesquisa e trabalho como freelancer.
O grau de Bacharel em Psicopedagogia, um diploma que combina treinamento educacional e psicológico, é ideal para aqueles que querem trabalhar no campo. A pós-graduação se destina a uma especialização e dá suporte para a atuação do profissional.
PSICOPEDAGOGIA CLINICA
Psicopedagogia Clínica foi definida, logo em sua concepção, como pedagogia curativa, pedagogia terapêutica até assumir o nome de Psicopedagogia. A psicopedagogia clínica e a psicopedagogia institucional ocupam o mesmo espaço e apresentam métodos específicos de atuação. O que elas têm em comum é a relevância que está centralizada no contexto sociocultural do paciente.
Bossa (2000) afirma que o papel do psicopedagogo na clínica é fomentar atividades em um espaço a oferecerá criança possibilidades e oportunidades de conhecer território e identificar que impede o aprendizado.


FUNÇÕES E FUNCIONAMENTO PROFISSIONAL
Psicopedagogos foram prolíficos ao teorizar sobre papéis e funções no que diz respeito ao desenvolvimento escolar e social. Mais concretamente, muitas pesquisas pediram aos psicopedagogos que identificassem seus papéis de serviço preferidos e reais.
Goes (2002) diz que essas pesquisas geralmente indicam que os psicólogos escolares desejam diversificar seu funcionamento profissional reduzindo a quantidade de tempo que gastam em atividades de avaliação e aumentando a quantidade de tempo que passam em funções de serviço alternativo.

Segundo Martins (2009) embora as evidências empíricas sejam limitadas relatos que sugerem que a expansão de papéis e responsabilidades profissionais seja uma preocupação dos psicopedagogos. Pode parecer ser um consenso teórico e prático entre os psicólogos da escola que eles devem oferecer mais serviços diversificados, não parece ter havido uma redução conspícua na discrepância entre os papéis reais e ideais relatados na última década.
A INCLUSÃO E A PSICOPEDAGOGIA
A educação especial hoje ainda está focada. Mas isso já não significa colocar crianças em uma sala. De fato, a lei federal exige que os alunos que recebem serviços de educação especial sejam ensinados, tanto quanto possível, ao lado de seus pares não-incapacitados. Por exemplo, alguns alunos com dislexia podem passar a maior parte do dia em uma sala de aula de educação geral.
Eles podem gastar apenas uma hora ou duas em uma sala de recursos trabalhando com um especialista em leitura e outras habilidades.
Outros alunos com dislexia podem precisar de mais apoio do que isso. E outros podem precisar participar de uma escola diferente que se especialize no ensino de crianças com dificuldades de aprendizagem. A educação especial refere-se a uma variedade de serviços.
Não existe uma abordagem de tamanho único para a educação especial. É adaptado para satisfazer as necessidades de cada aluno. A educação especial refere-se a uma variedade de serviços. A psicopedagogia surge por meio dessa vertente da educação. Sua atuação estrutura o novo processo educacional e agrega uma nova ideia para o atendimento. Temos na instituição uma ruptura entre “clínica e institucional”.
O psicopedagogo deve apoiar o aluno em sua aprendizagem ajudá-lo a desenvolver habilidades e independência. Muitas vezes, a tendência bem-intencionada para a equipe de apoio assumir atarefas diárias para um aluno com autismo - falar para o aluno, amarrar seus sapatos, caminhar para a aula, virar o seu papel.
Embora isso possa manter o aluno em ritmo com as atividades da classe circundante e parecer solidário na época, no longo prazo, o aluno não aprendeu a realizar as atividades da vida diária para si próprio. Construção as competências exigem paciência, estabelecendo prioridades e estabelecendo pequenos objetivos para alcançar o resultado desejado.
É papel do psicopedagogo, analisar e garantir que a mentalidade do aluno e da equipe esteja empenhada em ensinar, ao contrário de dar cuidados e esperar para se surpreender, impressionado e recompensado por tudo. Conheça o aluno onde ele está. Para cada uma das áreas de habilidade que precisam ser abordadas com um aluno, desenvolver uma compreensão desse nível. Esta abordagem aplica-se questões sociais e de comunicação, bem como acadêmicos.
A motivação é fundamental para a atenção e a aprendizagem. Saiba o que motiva um aluno em particular, sendo consciente em uma criança típica. O psicopedagogo deve compreender de forma ampla as dificuldades e desenvolver estratégias pata que se obtenha êxito no processo.
O psicopedagogo deve usar seus interesses para concentrar a atenção em menos atividade interessante ou não preferida (por exemplo, para um estudante que não gosta de problemas de palavras, mas adora dinossauros, crie problemas de palavras que adicionam triceratops ou multiplicam os requisitos de alimentos de um braquiosaurus) e incorporam preferências atividades tão naturalmente quanto possível. À medida que um aluno se torna familiar e mais competente com novas habilidades, confiança, aumento de interesse e motivação.
Assim, o estudante com autismo trabalha para mudar comportamentos ou aprender habilidades difíceis. É essencial, nesse ponto, que a recompensa para esse esforço seja substancialmente entendida de forma suficiente. Em muitos casos, mesmo que haja alguma coisa inerentemente motivando uma tarefa ou atividade, é necessário moldar o comportamento ao fazer pequenas mudanças em um tempo e utilizando estratégias de reforço - reforço social, bem como reforço de concreto (como atividade favorita, brinquedo ou comida).
Um comportamento inadaptado precisa ter mais valor do que o reforço para não desenvolver o comportamento de substituição.
Existem, por parte das políticas, leis com uma intencionalidade que garante a inclusão dos alunos com autismo no ensino comum. Tais leis preveem o acesso, a permanência e a qualidade pelas práticas pedagógicas diferenciadas.
DIFICULDADES NO AMBIENTE ESCOLAR: ATENDIMENTO A ACESSIBILIDADE.
Uma das maiores dificuldades em países do terceiro mundo é a acessibilidade e estrutura nas instituições escolares. No Brasil, muitas escolas — principalmente nas regiões norte e nordeste — passam por restrições no que diz respeito ao atendimento.

Não há banheiro adequado, rampas de acesso ou qualquer outro acessório obrigatório para um atendimento inclusivo. Até mesmo nas regiões mais evoluídas, no que diz respeito ao sistema inclusivo — e isso abrange o Paraná, São Paulo e o Rio de Janeiro — ainda falta em algumas intuições rampas de acesso e banheiro adequado. Para alunos com problemas de visão o material, dependendo da região, demora a chegar.
Este despreparo, segundo Belisário (2010) se dá por conta da mudança no sistema escolar e no grande número de atendidos. Acredita-se que essas dificuldades serão sanadas nos próximos anos com o avanço de programas do governo, tanto em cursos preparando profissionais como em investimento para reformas do ambiente.
O psicopedagogo vive com essa realidade em países subdesenvolvidos e isso requer muita adaptação e paciência. Deve-se garantir o processo de ensino aprendizagem como se fosse um processo cabível em qualquer ambiente. Embora algumas disposições sejam desfavoráveis é preciso garantir um atendimento de qualidade para o aluno.
Góes (2002) afirma que a inclusão em países de terceiro mundo ainda enfrenta muitos desafios e que algumas dificuldades se perpetuam há décadas.
LUDOPEDAGOGIA
A ludo pedagogia se mostrou importante mesmo antes de ser analisada como recurso do processo pedagógico. No âmbito escolar, institucional, provou-se dela por muito tempo sem mesmo estudá-la, conhecê-la a fundo.
A justificar a importância das brincadeiras no processo de ensino aprendizagem da criança, podemos destacar alguns autores que a conceituaram como forma e princípio.
Que trabalharam para elaborar um estudo, elucidando questões pertinentes ao uso do ato de brincar forma evolutiva, investigativa e processual. Na tentativa de encontrar junto com os alunos uma forma de auxílio para sua formação e expansão intelectual.
Para alguns teóricos cognitivistas, a aprendizagem é “um processo de relação do sujeito com o mundo externo e que tem consequências no plano da organização interna do conhecimento”. (BOCK, 2008, p. 115).
As brincadeiras têm papel fundamental no trabalho pedagógico e psicopedagógico. Ela ajuda a entender o desenvolvimento da criança em relação à sua idade. Cada criança tem processo de desenvolvimento distinto. Modo e tempo de aprendizagem desigual. Entretanto é possível estabelecer alguns parâmetros que asseguram produtividade.
O fato de que algumas aprendem com maior facilidade, enquanto outras aprendem mais devagar e de forma diferente pode ser direcionado numa escala de possibilidades traçada pelo manejo, desenvoltura e pensar.
O fato de esse desenvolvimento estar diferente do que seria comum em determinada fase deve ser analisado.
O acompanhamento é primordial para que se estruture e neutralize as rupturas. As brincadeiras apresentam todas as características necessárias para o envolvimento do educando e do estudante. É o momento para que exista entre ambos uma troca exploratória permitindo que ambos descubram e redescubram essa arte como processo.
A relação introdutória e o desenvolvimento. Dentre as primeiras atividades ao ato de brincar, após as gravuras são elaboradas por intenção do educador. Nesse estágio, as atividades se limitam em levar a mão da criança a um pouco de tinta e em seguida colocá-la em uma folha em branco.

Para Vygotsky (1989), o desenho como uma etapa iniciante do desenvolvimento da escrita, ambas possuem as mesmas características de construção a linguagem falada.
Ao desenhar, elaborara a partir de conceito os objetos e eventos. Surge, então, a importância de se estudar o processo de construção. A idade inicial das crianças é de muito importante. É o momento em que as bases da personalidade começam a se projetarem.
O desenho infantil é uma importante atividade simbólica que envolve aspectos e possibilita a compreensão de mundo. Constitui-se a construção da aprendizagem, aumenta o cenário e as formas do crescimento subjetivo da criança.
Fomenta a criação como oferece a leitura de mundo em que a criança está inserida, transporta o entendimento das relações entre si e o meio.
O desenho traz oportunidades únicas. Possibilidades que enaltecem a transformação da criança. Brincadeiras, conversas, registros, essas ações traçam o desenvolvimento da infância, porém, em cada estágio, o desenho assume caráter próprio.
Partindo desse pressuposto, podemos assumir e reconhecer possibilidades distintas acerca da comunicação por meio de rabiscos. O desenho enquanto linguagem, amplia-se a uma postura global. Desenhar é explorar, tomar posse. Existem diversas teorias a respeito dessa produção infantil, seja pelo desenvolvimento psíquico, seja pela análise estrutural da comunicação gráfica em seu aspecto formal e simbólico.
A criança desenha em busca de diversão. Um jogo em que não precisa de companheiros. Uma situação em que ela é a dona de suas próprias regras.
A intencionalidade pedagógica é dirigida com o intuito de provocar situações que estabeleçam uma ligação direta com o aprendizado.
As evoluções do desenho, tal como a da escrita, estão relacionadas.
Nos primeiros meses de vida, a criança rabisca no papel e descobre que há uma forma de se expressar. Isso acontece de forma inconsciente. Mas não se resulta apenas no lápis e no papel. Entende que qualquer marca impressa em qualquer superfície, o rastro da vareta na areia da praia, a marca de giz no quadro.

A criança entrega ao desenho ações corpóreas. A necessidade ver a imagem refletida no papel. Todas as crianças querem isso. No entanto, não são todas as crianças que gostam de desenhar. Algumas preferem se expressar por meio da pintura, canto, cotação de histórias, dançar, construir, representar.
O ATO DE BRINCAR.
O ato de brincar é um importante recurso educativo. Apresenta grande relevância no currículo escolar traz inúmeros benefícios, desenvolve a identidade e gera autonomia. Outro ponto importante é a transmissão de cultura. Jean Piaget (apud Bomtempo, 2008) em seu estudo afirma que o brincar desenvolve a imaginação e a criatividade da criança, impulsionando o pensamento simbólico.
Vygotsky vê o ato de brincar como uma ajuda para o desenvolvimento de habilidades. Separa o pensamento das ações e assim assumi regras para se apropriar do faz-de-conta.

Kraemer (2007) vê o processo como algo acima de sua compreensão primária. Para ele o ato de brincar não se baseia apenas no ato em si. Afirma que com o decorrer do tempo e a institucionalização de ensino, os jogos e as brincadeiras deixaram de ser apenas atividades lúdicas para serem também consideradas atividades lúdicas educativas, sendo estas utilizadas então em sala de aula como recurso no desenvolvimento do currículo escolar.

Essas atividades são as bases para o crescimento. Possibilitam o descobrimento para a criança. Transformando-a num explorador do mundo. A compreender e se posicionar em relação a si mesma e a sociedade.
O brincar abre as portas de um mundo fantástico onde o sonho e a magia governam. O brinquedo é condutor do processo. Ele assegura a realização por meio e fim.
Santos (2007) afirma que o processo se estende e rompe as esferas da instituição. Psicólogos e pais, devem conhecer, além da relevância dos jogos e das brincadeiras no contexto escolar, o modo de uso de acordo com os objetivos propostos nos planos de aula, disciplina e curso.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Psicopedagogia se tornou importante nos parâmetros do atendimento e inclusão por apresentar opções para o desenvolvimento e aprendizagem. Atuando no sistema educacional/institucional, clínico e o ludopedagógico como processo de aprendizagem e desenvolvimento, oferece as estratégias para superar as dificuldades de aprendizagem.
Hoje em dia, quando a educação especial é mencionada, pouco se fala de idade escolar. Os dados do Censo Demográfico de 2008 revelam que 2,5% da população brasileira se percebe como incapacitada -- um conceito usado no Censo Demográfico de 2000, no qual o entrevistado afirma sua incapacidade de ver, ouvir, andar etc.

No entanto, não se pode negar que o número de alunos com deficiência matriculados em escolas públicas e privadas em todo o país aumentou.
Os dados do Censo Escolar de 2008 registraram a evolução de 337.326 inscrições em 1998 para 700.624 inscrições em 2008, com o aumento do número de inscrições em aulas ordinárias de ensino regular em 640%, uma vez que em 1998 havia 43.923 alunos matriculados e em 2006 eles foram 325.316 (Brasil, 2008).

Entendemos que esse movimento resulta de ações de grupos organizados que adotaram a luta pelo direito à educação e que também refletem as políticas implementadas em todos os níveis administrativos pelas autoridades educacionais.
No entanto, se, em primeiro lugar, o nosso olhar dependesse do aumento do número de inscrições e lugares, hoje estudantes com deficiência já estão dentro das escolas e outras questões surgem: como os alunos aprendem? Como ensiná-los? Como preparar professores para esta nova organização escolar? Como preparar os diferentes profissionais da escola?
Quais são os recursos de educação especial necessários e como articular a relação entre professores de classe regular e aqueles de serviços educacionais especializados? O psicopedagogo deve entender onde um estudante está e deve resolver o problema a proporcionar um ensino de qualidade. A motivação é fundamental para a atenção e a aprendizagem. Saiba o que motiva um aluno em particular.

REFERÊCIAS
BELISÁRIO JÚNIOR, J. F. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: transtornos globais do desenvolvimento. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial; Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.

BOSA, C. Autismo: atuais interpretações para antigas observações. In: BAPTISTA, C. R. e BOSA, C. (Orgs) Autismo e educação: reflexões e propostas de intervenção. Porto Alegre: Artmed, p 21-39, 2002.

BRASIL. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Inclusão: revista da educação especial. Brasília: Secretaria de Educação Especial, v.4, n.1, p. 7-17, jan-jun. 2008.

Censo Demográfico de 2000: no qual o entrevistado afirma sua incapacidade de ver, ouvir, andar etc.


GOES, Maria Cecília Rafael de. A abordagem microgenética na matriz históricocultural: uma perspectiva para o estudo da constituição da subjetividade. Cad.

KANNER, L. Os distúrbios artísticos do contato afetivo. In Rocha, P.S. (org.) Autismos. S. Paulo: Editora Escuta, 1997.

MARTINS, A. D. F. Crianças autistas em situação de brincadeira: Apontamentos para as práticas educativas. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba, 2009.

VASQUES, C. K. Um coelho branco sobre a neve: estudo sobre a escolarização de sujeitos com psicose infantil. 2003. 152f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.

Vygotsky (1989). O desenho como uma etapa iniciante do desenvolvimento da escrita, ambas possuem as mesmas características de construção a linguagem falada.