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MATEMÁTICA NA PRÁTICA ATRAVÉS DE MATERIAIS DIDÁTICOS CONCRETOS
Nelton Rodrigues Neves

RESUMO
A presente pesquisa tem como foco a utilização de materiais didáticos concretos (palpáveis) no processo de ensino da matemática. Sendo está uma ciência que exige grande abstração, quanto mais recursos concretos que possam ser tocados pelas crianças melhor será a fixação do conteúdo. O atos de brincar, testar e realizar experiências fazem parte do comportamento durante toda a vida. Deste modo, o aluno aprende de forma prática e mais prazerosa. Para o cumprimentos dos objetivos aqui propostos, valeu-se da metodologia de revisão bibliográfica à luz de autores como FANTACHOLI (1998), MELO (2011), entre outros.

Palavras-chave: Ensino de matemática. Ludicidade. Material didático. Prátias pedagógicas.

ABSTRACT
The present research focuses on the use of concrete (tangible) teaching materials in the mathematics teaching process. Being a science that requires great abstraction, the more concrete resources that can be touched by children, the better the fixation of content. The acts of playing, testing, and experimenting are part of lifelong behavior. In this way, the student learns in a practical and more pleasurable way. In order to fulfill the objectives proposed here, it was used the methodology of bibliographical revision in the light of authors such as FANTACHOLI (1998), MELO (2011), among others.

Keywords: Mathematics teaching. Ludicidade. Courseware. Pedagogical practices.

INTRODUÇÃO

Buscou-se através desta pesquisa destacar a importância da utilização de material didático concreto no ensino da matemática. Tal material permitirá que os alunos entendam na prática conceitos que poderiam ser de difícil entendimento a partir apenas de explicação teórica.
Tal material torna possível que a criança realize experiências e perceba de forma palpável a matemática.
Esta experimentação se torna de grande valia tendo em vista a dificuldade enfrentada pela maioria dos alunos em compreender tal ciência de forma satisfatória. Deve-se destacar ainda que a não compreensão dos conceitos básicos da matemática leva à grande dificuldade em compreender todas as disciplinas que envolvem cálculos.
Porém a utilização do material didático concreto não garante adquirir um conhecimento especifico. É um recurso disponível no ensino aprendizagem.
As dificuldades no ensino aprendizagem nas aulas de matemática são muitas, tanto na parte do estudante quanto os educadores. Por um lado, o estudante não consegue desenvolver a metodologia utilizada pelo educador e que a escola lhe proporciona, muitas vezes é retido nesta disciplina, ou então, mesmo que obtenha a aprovação, sente dificuldade em empregar o conhecimento adquirido. O educador nem sempre conhece os materiais didáticos ou jogos que possam ser utilizados na facilitação do aprendizado, essas ferramentas são importantes para o ensino aprendizagem da matemática.

DESENVOLVIMENTO

O ato de brincar está presente na vida do ser humano desde a primeira infância e perdura até a vida adulta mesmo com uma conotação diferenciada. A brincadeira acontece de forma espontânea e tem o papel ir desenvolvendo a personalidade da criança.
Para Melo (2011), o lúdico faz parte das atividades essenciais da vida humana passando a ser necessidade básica da personalidade humano.
Com isso o brincar é um instrumento utilizado pelo professor, essencial e necessário ao processo de desenvolvimento humano. Quando uma criança brinca desenvolvem conceitos que carrega ao longo de sua vida. O espaço para brincar e aprender tem papel fundamental para o ser humano, tanto no início como durante toda sua vida, devendo fazer parte do dia-a-dia de cada um, pois favorece a construção prazerosa do viver e da convivência social.
Assim cabe ao professor incluir brincadeiras em suas aulas pra que elas se tornem dinâmicas e prazerosa.
Para Fantacholi apud Vygotsky (1998), o educador poderá fazer o uso de jogos, brincadeiras, histórias e outros, para que de forma lúdica a criança seja desafiada a pensar e resolver situações problemáticas, para que imite e recrie regras utilizadas pelo adulto.
De acordo com Sobczak, Rolkouski e Maccarine (2014) é importante observar que o jogo pode propiciar a construção de conhecimentos novos, um aprofundamento do que foi trabalhado ou ainda, a revisão de conceitos já aprendidos, servindo como um momento de avaliação processual pelo professor e de auto avaliação pelo aluno.
Diante disso o educador deve avaliar as necessidades do educando, e o que se deve ser trabalhado de acordo com suas dificuldades. O educador não precisa se prender apenas nos matérias prontos, pode construir junto com o educando, fazer uso de sementes, para que o educando possa manusear.
Rodrigues, Marrissom e Marques (2009) corroboram afirmando que:

A utilização de materiais concretos para a transmissão do conhecimento matemático contribui não apenas para a adição de conteúdo por parte do aluno. Eles propiciam a evolução do pensamento do aluno, onde ele desenvolve suas ideias traça estratégias para solucionar problemas e arriscar, tentar, ser mais agressivo sem se preocupar em achar uma fórmula exata, uma resposta à pronta entrega.
Através do material concreto a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.

Os autores acima ainda afirmam que:

O aluno precisa ter um conhecimento mínimo sobre o material a ser utilizado. Ele necessita ter uma imagem do objeto a ser usado. Por exemplo, na utilização do material dourado se o estudante não compreende o sistema decimal vê a barra que representa a dezena como algo não muito diferente do cubinho que significa unidade. A organização estrutural deve ser percebida pelo aluno, cabendo ao professor explorar, juntamente com os alunos, todos os aspectos que o material oferece para alcançar o planejamento de ensino.

A escolha do material a ser utilizado deve obedecer, os desafios proporcionados pelo material, o nível de desenvolvimento do estudante, a idade e o nível de entendimento que ele traz dentro de si. Quando a utilização de jogos é focada na aprendizagem, deve ser sempre orientada pelo o educador para atingir os objetivos proposto do educador.
Para Veiga (2007) “[...] o simples uso de materiais manipuláveis nas aulas de matemática não garante a aquisição de um conhecimento especifico, mas é necessário saber como utilizá-los, para que a criança, a partir deles, estabeleça relações e construa conceitos significativos”.
Muitos educadores já empregam em suas aulas materiais como o ábaco e os materiais dourados na busca por tornar a matemática mais concreta na vivência de seus aulos. Existem hoje uma infinidade de materiais e recursos que podem e devem ser empregados nas aulas de matemática.
Assim sendo, a metodologia e didática utilizada são fatores determinantes para a aprendizagem dos alunos, o método utilizado pelo educador pode ser diferente para cada aluno, visto que cada indivíduo possui sua bagagem cultural e suas peculiaridades na forma de aprender e de entender os conteúdos trabalhados em sala.

CONCLUSÃO

A partir da presente pesquisa pode-se entender que a utilização de materiais didáticos concretos é capaz de fazer com que os alunos experienciem a matemática de uma forma tangível e palpável. Isso faz com que o aprendizado ocorra de uma forma mais natural já que a criança pode enxergar o conteúdo dessa disciplina como parte de seu mundo e não mais como teorias distantes e sem sentido.
Deste modo, fica evidente que utilização destes materiais torna-se algo fundamental ao bom entendimento da matemática, entendendo-se ainda que o entendimento desta disciplina estimula o raciocínio lógico nas crianças tornando-as mais hápticas à enfrentar os desafios do dia a dia.
Assim percebe-se que o docente, ao valorizar os recursos disponíveis, ajuda a criança a formar um conceito, contribuindo com o ensino da disciplina de forma lúdica e prazerosa.
Contudo, através da manipulação de materiais o aluno estreita suas relações com os conceitos que se mostravam apenas abstratos e essa vivência é capaz de consolidar o aprendizado em sua mente.

REFERÊNCIAS

FANTACHOLI, Fabiane Das Neves apud Vygotsky (1998), O Brincar na Educação Infantil: Jogos, Brinquedos e Brincadeiras - Um Olhar Psicopedagogico. 5° edição, 2011 disponível em: < http://revista.fundacaoaprender.org.br/index.php?id=148> acesso em: 10/11/2018.

MELO, Fabiana Carbonero Malinverni LUDICO E MUSICALIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL Indaial: UNIASSELVI, 2011.

RODRIGUES, Alessandra Gonçalves. MARRISSOM Cleiton Rodrigues. MARQUES, Giovanni Almeida. “O uso de materiais concretos como estratégia facilitadora para o ensino da Matemática” 2009 disponíveis em: < http://matconcretos1.blogspot.com.br/2009/10/o-uso-de-materiais-concretos-como.html> acesso: 09/11/2018.

SOBCZAK, Anne Heloise C. Stelmastchuk. ROLKOUSKI, Emerson. MACCARINI, Justina C. Motter. PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA: JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA. Ministério da educação. Brasília: MEC, SEB, 2014.

VEIGA, Eleide Monica. Metodologia e Conteúdo Básicos de Matemática – Centro Universitário Leonardo da Vinci (UNIASSELVI). – Indaial: Ed. Grupo UNIASSELVI, 2007.