MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR
UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL
VIVIANE LAMÔNICA BORGES DA SILVA
REFLEXÕES DO PERCURSO DE FORMAÇÃO
Sorriso/MT
2014
VIVIANE LAMÔNICA BORGES DA SILVA
REFLEXÕES DO PERCURSO DE FORMAÇÃO
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Núcleo de Educação Aberta e a Distância do Instituto de Educação da Universidade Federal do Mato Grosso, como exigência parcial para obtenção de título de graduado em pedagogia.
Orientadora: Ieda Ramona do Amaral
Sorriso/MT
2014
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho de conclusão de curso com muito amor e carinho a minha família, pois sempre me apoiaram, confortaram e me deram forças para que eu chegasse até aqui.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por permitir que eu chegasse até aqui, dando-me vida, saúde, paciência e muita força para que eu continuasse a caminhada, essa que não foi fácil. À minha família que sempre estiveram ao meu lado me incentivando, compreendendo minha ausência e dando forças para eu seguir em frente. As minhas colegas de curso Célia, Elivaine, Odete e Sônia, pois essas se tornaram grandes amigas. Aos coordenadores, professores formadores, a orientadora Heloneide Alcântara Mattos e em especial a minha orientadora Loide Rosa Soares pelos muitos sucintos colocados em minhas atividades, que hoje compreendo como foram importantes e necessários para minha formação docente.
Agradeço de coração a todos que direto ou indiretamente fizeram parte dessa minha formação.
Muito obrigado a todos pelo carinho e pela dedicação!
RESUMO
Esse trabalho de conclusão de curso (TCC) foi desenvolvido com base no Curso de Pedagogia ofertado pelo Núcleo de Educação Aberta e a Distância do Instituto de Educação da Universidade Federal do Mato Grosso. Tem como objetivo apresentar um registro reflexivo do percurso de formação por meio de relato circunstanciado e reflexivo abordando aspectos sobre as teorias e práticas pedagógicas estudadas e desenvolvidas durante os quatro anos de curso e também a elaboração/execução das Práticas de Ensino/ Estágio I, II e III.
PALAVRAS CHAVES: Educador, trajetória, formação.
SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 7
1. RETRATO DE EDUCADOR 8
2. DIMENSÕES HUMANA, TÉCNICA E POLÍTICO-SOCIAL. 10
2.1 Dimensão Humana 10
2.2 Dimensão Técnica 12
2. 3 Dimensão Político-Social 13
3. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ENSINO/ESTÁGIO I II E III 15
3.1 Práticas Pedagógicas E Ensino/Estágio I 15
3.2 Práticas Pedagógicas E Ensino- Estágio II 17
3.3 Práticas Pedagógicas E Ensino- Estágio III 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
REFERÊNCIAS 23
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Vivemos em um mundo onde constantes mudanças acontecem com isso, a sociedade tem submetido à escola a desafiadoras tarefas. Nesse sentido, se faz necessário à configuração de um professor bem formado do ponto de vista técnico, político e pedagógico.
Sob essa ótica, e certo dizer que, nos dias atuais precisamos de professores capazes de formar alunos críticos para que, de forma autônoma, possam se situar diante das novas exigências imposta pela sociedade contemporânea
Sendo assim, a proposta deste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) consiste em discutir e problematizar as questões sobre os processos formativos, o ser professor e os movimentos constitutivos envolvidos nessa construção. Não se trata de caracterizar o que é ser um professor, mas procura-se compreender a prática educativa como ação reflexiva, explicitando os saberes presentes na docência para se fazer um bom professor.
O objetivo do trabalho é apresentar um registro reflexivo do percurso de formação por meio de relato circunstanciado e reflexivo abordando aspectos sobre as teorias e práticas pedagógicas estudadas e desenvolvidas durante os quatro anos de curso e também a elaboração/execução das Práticas de Ensino/ Estágio I, II e III.
Sendo assim, os capítulos foram organizados de modo a apresentar reflexões e alguns dados obtidos durante a realização do estágio e a análise realizada. O primeiro capítulo apresenta um registro reflexivo do percurso da formação. Nele é tratado sobre a definição do ser educador.
O segundo capítulo versa sobre as dimensões, onde para ser educador consiste em processo de auto definição, mas não somente isso, estudos mostram que precisa de competência profissional, e esta envolve a dimensão humana, a técnica e a político-social.
O terceiro capítulo apresenta um relato circunstanciado e reflexivo sobre o percurso realizado durante a elaboração/execução das Práticas de Ensino/ Estágio I, II e III.
E para finalizar uma síntese de tudo o que foi apresentado.
1. RETRATO DE EDUCADOR
Falar dos caminhos percorridos durante a formação de professor e das necessidades diárias referentes ao conhecimento prático e teórico da profissão é segundo DEMO (1993) considerar que:
[...] a alma da formação básica é aprender, saber, pensar, informar-se e refazer todo o dia a informação, questionar. Os conhecimentos pertinentes e sobretudo seu manejo propedêutico são base para o exercício do papel do sujeito participativo e produtivo (...) Seu conteúdo correto é motivar o processo emancipatório com base em saber crítico, atualizado, competente (DEMO, 1993, p. 26).
Isso significa dizer que a formação do professor deve garantir a habilidade desse profissional para organizar e reorganizar o seu trabalho na sala de aula.
Desse modo, percebe-se que não basta apenas a experiência e as atividades, mas sim que o educador reflita sobre sua ação e também sobre os elementos presentes na construção da identidade docente.
A reflexão-na-ação refere-se aos processos de pensamento que realizam no decorrer da ação; a reflexão-sobre–a–ação, refere-se ao processo de pensamento que ocorre retrospectivamente sobre uma situação problemática e sobre a reflexão-na-ação produzida pelo educador. (NÓVOA, 1992, p. 117.)
Diante dessa reflexão, o professor, terá clareza de que:
Ensinar já não significa transferir pacotes sucateados, nem mesmo significa meramente repassar o saber. Seu conteúdo correto é motivar o processo emancipatório com base em saber critico criativo, atualizado e competente. Trata-se, não de cercear tema, controlar a competência de quem aprende, mas de abrir-lhe chance na dimensão maior possível (DEMO, 1993, p. 153).
No que diz respeito à identidade docente, Moreira & Andrade (2010, p.43) dizem que: ´´ é fruto de um complexo processo histórico que tem como ponto de partida as experiências de cuidado nas primeiras creches``. Sendo assim, pode-se dizer que a identidade é instável, fragmentada, inconsciente e inacabada, ela é construção e está sempre em formação. Portanto, ser educador não é uma tarefa fácil, exige muito estudo, esforço e um bom planejamento que auxilie nas ações de sala de aula. Segundo Caron (2012):
Tarefa árdua, que exige zelo, competência, carinho e disposição para o trabalho (e, como bem sabemos, nem sempre reconhecida à altura), o (a) professor (a) das séries iniciais tem a responsabilidade de preparar, adubar, plantar e colher os primeiros frutos do conhecimento do qual toda uma geração seguinte irá se alimentar. Torna-se, portanto, o sujeito central na construção do que historicamente chamamos de “processo civilizacional”, elemento-chave que premeia a formação de todos os povos e nações da Terra (CARON, 2012, p. 05).
Diante disso, para ser um educador é necessário em primeiro lugar o amor pela profissão, pois são muitos os obstáculos que perpetuarão durante toda sua trajetória, e o curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distancia contribui a cada acadêmico pensar e refletir sobre seu percurso e sua formação.
O curso de Pedagogia da UFMT, modalidade a distância trouxe flexibilidade, e quebrou barreiras em relação ao ensino à distância, onde se pode perceber um ensino de qualidade, materiais didáticas atualizados, professores e orientadores capacitados, preparados e preocupados com a aprendizagem de cada acadêmico.
2. DIMENSÕES HUMANA, TÉCNICA E POLÍTICO-SOCIAL.
Ser educador consiste em processo de auto definição, mas não somente isso, estudos mostram que precisa de competência profissional, e esta envolve três dimensões a humana, a técnica e a político-social.
2.1 Dimensão Humana
Durante esses quatro anos de intensos estudos pode-se perceber que em todas as áreas de conhecimentos a ludicidade está presente para que haja um bom ensino aprendizagem, onde se percebe que a mesma é uma das atividades mais significativa da infância, ela permite a diversão, a aprendizagem e o desenvolvimento de capacidades. A atividade lúdica permite a exploração livre do mundo físico e social que rodeia a vida cotidiana dos pequenos e aos poucos eles vão construindo os seus conhecimentos. É no brincar que as crianças aprendem melhor, se socializam com mais facilidade, apreendem o espírito de grupo, aprendem a tomar decisões, a se divertirem, a desenvolverem suas capacidades e percebem melhor o mundo dos adultos.
Toda criança chega á escola com uma bagagem enorme de conhecimento, trazem consigo costumes, crenças, e competências, e esses são trazidos de sua família e também experiências vivenciadas dentro de sua comunidade.
Segundo documento do Ministério da Educação e Cultura - MEC (2013, p. 11): ´´A cultura, o saber e o patrimônio cultural da comunidade são parte integrante e indispensável do currículo de uma escola que contribui para a formação humana das crianças, adolescentes e jovens. ``
Sendo assim o conhecimento, a cultura e o patrimônio cultural de cada criança devem ser respeitados, pois esses fazem parte do processo da sua formação escolar. O espaço na educação infantil deve ser pensado de maneira a proporcionar segurança e possibilidades de aprendizagem, onde a criança possa se sentir independente e consiga interagir com os outros indivíduos e com toda comunidade escolar, ou seja, o ambiente exerce um impacto direto, indireto ou simbólico sobre as crianças, onde pode ajudar ou dificultar o desenvolvimento das mesmas, de acordo como a criança interage com o ambiente, pois segundo Moreira & Andrade (2010), este ambiente deve ser seguro e desafiador para garantir à criança uma exploração sem perigos iminentes e oferecer desafios que lhe permitam desenvolver novas competências, no entanto, para que a criança seja integrante ativo desse ambiente ela deve se apropriar dele, com a ajuda do educador na busca da participação dos alunos nas arrumações e reorganização desse ambiente, assim as crianças aprendem e ensinam umas as outras que os espaços podem e devem ser propriedade de todos.
Diante do exposto, o que mais se aproxima de um ambiente “ideal” é aquele que oferece estímulos à curiosidade e a imaginação infantil, promovendo oportunidades para o contato social, a privacidade e o desenvolvimento da autonomia. A organização deve levar em conta o que é importante para o desenvolvimento de todos, priorizando os valores culturais das famílias na organização da proposta pedagógica nesse espaço. O melhor espaço educacional é aquele que oferece possibilidades de ser mexido, de ser vivido, é aquele que pode fazer a criança avançar em seu desenvolvimento.
Ser educador é proporcionar estímulos e atividades para que a criança vá se conhecendo e interagindo com o meio em que vive, mas sempre respeitando as etapas que a criança passa no decorrer da vida.
Ser educador é cuidar e educar, onde segundo Souza, et. al. (2011):
Ás práticas de cuidar e educar quando acontecem de forma integrada caminham no sentido de potencializar as forças que ambas oferecem aos indivíduos em seu desenvolvimento e melhor adaptação ao meio ambiente em que vivem (SOUZA, et. al. 2011, p. 25).
Sendo assim cuidar e educar devem andar juntos, para posteriormente haver um melhor desenvolvimento da criança.
Ser educador é respeitar as ideias e atitudes dos alunos, pois segundo Silva & Fonseca (2007, p.63-64 apud Rodrigues, et. al. 2013):
A consciência histórica do aluno começa a ser formada antes do processo de escolarização e se prolonga no decorrer da vida, fora da escola, em diferentes espaços educativos, por diferentes meios. É nas relações entre professores, alunos, saberes, materiais, fontes e suportes que os currículos são, de fato, reconstituídos (SILVA & FONSECA 2007 apud RODRIGUES et. al. 2013, p. 136).
Desta forma é preciso que o educador reconheça as vivências de cada aluno, pois ele traz consigo uma bagagem enorme de conhecimentos. Temos também que saber ouvir e deixar os alunos falarem e expressarem suas ideias, assim havendo trocas de conhecimentos e experiência com certeza terá um ensino aprendizagem de melhor compreensão e consequentemente de melhor qualidade.
2.2 Dimensão Técnica
Lendo Tardif (2002), percebe-se que o mesmo defende que o saber não se restringe apenas a métodos mentais, mas é também um saber social que se manifesta nas relações entre professores e alunos. Sendo assim, é nas relações que o educador ensina, mas também aprende, não basta saber somente a teoria tem que aplicar experimentar e trocar experiências. É nas relações que o homem vai construindo e modificando sua identidade, pois a mesma é instável, fragmentada, inconsciente e inacabada, ela é construção e está sempre em formação.
Tardif (2002) coloca que a busca de resultados e transformação do ensinar em técnica, colaboram com a modificação da sala de aula em objeto de estudo, impossibilitando esta de alcançar um espaço privilegiado de construção do saber. Diante disso Caniato, (1997, p.65 apud Rodrigues, et. at. 2013, p.158) diz que:, ´´... a escola deve ser o lugar em que praticamos a leitura do mundo e a interação com ele de maneira orientada, crítica e sistemática``. Desta forma é importante considerar as vivências dos alunos, suas ideias e suas opiniões, para posteriormente formarmos alunos mais críticos, pois os mesmos trazem consigo uma bagagem enorme de conhecimentos.
Segundo Moreira, Lorensini & Souza (2011), pode-se constatar que existe vários fatores na realidade educacional que travam a concretização de uma educação transformadora, e um desses elementos é o planejamento, seu processo de elaboração ou a falta dele, onde muitos educadores não acham necessário fazer um plano, participar desse planejamento, muitos acham que sabem tudo, outros fazem por fazer por existir essa cobrança dentro da escola, e geralmente nesses casos utilizam um único plano por vários anos, isso acarretando um entrave de uma educação transformadora, pois esses planos acabam se tornando distantes da realidade daquele contexto.
Para que haja um planejamento eficaz é necessária a participação de todos, escola e comunidade, pois ambos estão envolvidos no processo de ensino aprendizagem. Segundo Moreira, Lorensini & Souza (2011):
O planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade (MOREIRA, LORENSINI & SOUZA 2011, p.7).
Sendo assim o planejamento não pode ser considerado neutro, ele envolve a atividade de pensar em relação às decisões que iremos tomar, envolvendo assim uma atividade política, pois o planejamento também interfere nas relações entre escola e comunidade.
Além do planejamento, a avaliação também faz parte da dimensão técnica. A avaliação faz parte de nossas vidas e está presente a todo instante, é um processo social, e esse na maioria das vezes nos incomoda, pois infelizmente na avaliação, especificamente, a nota é colocada em primeiro lugar, deixando de lado as experiências vividas de cada um. A avaliação deve ser um processo contínuo, onde o aluno deve ser avaliado em todo seu processo escolar, em diferentes etapas, onde toda tarefa realizada deve ser avaliada, não ficando preso somente em valores, ou seja, na prova escrita.
2. 3 Dimensão Político-Social
Lendo o livro de BRZEINSKI (1996), percebe-se que a mesma discute e analisa a evolução do curso de pedagogia, desde sua criação nos anos 30, até os dias de hoje com as reformulações na grade curricular, e procura também compreender o verdadeiro significado dos Cursos de formação dos profissionais da educação no seu percurso em busca da sua identidade. Para chegar até os dias de hoje.
Segundo BRZEINSKI (1996), a revolução de 30 é apresentada como o marco da evolução pedagógica no Brasil. Foi o movimento dos Pioneiros da Escola Nova que impulsionaram a profissionalização dos educadores. Um dos pilares para o marco na criação do curso de pedagogia no Brasil foi com a criação da faculdade de Filosofia, Ciências e Letras.
Percebe-se que a história da criação da pedagogia vem de muitas lutas, conflitos, crises, retrocessos e progressos, e ainda hoje há mudanças em sua grade curricular e também lutas por parte dos educadores em busca pelos seus direitos para melhores condições de trabalho, salários e qualificação profissional. Diante disso pode-se dizer que todos somos sujeitos históricos e sociais, onde de uma forma o outra tivemos uma participação na construção dessa história.
Para se chegar até hoje com uma gestão democrática, a mesma ocorreu de forma gradativa, onde houve muitas lutas e pressão das entidades representativas dos educadores brasileiros pela redemocratização da sociedade e, principalmente, dos processos educativos dos sistemas de ensino e da escola, do combate ao tecnicismo pedagógico e ao caráter técnico e burocrático da administração da educação e da luta pela democratização do ensino.
A escola deve ser um espaço no qual favoreça a todos os cidadãos o acesso ao conhecimento e o desenvolvimento de todas as suas competências. Uma educação inclusiva visa eliminar a discriminação e a exclusão. De acordo com Bandeira e Freire (2010, p.67) “Inclusão refere-se à inserção, à ação de pôr dentro de determinada linha ou margem. Inclusão democrática garante aos vitimados por processos de exclusão, o acesso aos direitos constitucionais”. Para que isso ocorra, faz-se necessário garantir o acesso, permanência e o direito à igualdade oportunidade a todos os alunos, na Constituição Federal, em seu artigo 206, inciso I, apud Carneiro (2007, p.125) elege um dos princípios para o ensino a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola”. Diante disso, faz-se necessário que a escola inclusiva garanta a qualidade de ensino a todos os alunos reconhecendo e respeitando a diversidade de cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades.
Segundo Aranha (2006, p. 07) ´´nenhum país alcança completo desenvolvimento, se não garantir, a todos os cidadãos, as condições para uma vida digna, de qualidade física, psicológica, social e econômica``. Sendo assim, para que isso ocorra a educação é fundamental nesse processo, pois a escola é o local que deve favorecer a todos o ingresso ao conhecimento e o desenvolvimento de suas capacidades.
A escola deve atender os anseios de toda a comunidade, segundo Petter & Marques (2011, p. 44) “como a escola é um espaço que, de fato, pode promover a participação coletiva, também pode criar obstáculos para que venha a ocorrer.” Por isso a escola precisa propiciar um ambiente onde todos possam experimentar, avaliar e refletir sobre suas ações de maneira critica, orientada e sistemática.
3. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E ENSINO/ESTÁGIO I II E III
O estágio caracteriza-se por integrar as dimensões teóricas e prática do currículo e por articular de forma interdisciplinar, os quatro núcleos de estudos que compõem o currículo do curso: Núcleo de Fundamentos da Educação, Núcleo Educar e Cuidar a criança, Núcleo de Ciências Básicas e Metodologia, e o Núcleo de Gestão e Trabalho Pedagógico na Educação.
3.1 Práticas Pedagógicas E Ensino/Estágio I
As práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio I contemplaram componentes curriculares do segundo núcleo do curso: Educar e Cuidar a criança, tendo carga horária de 100 horas.
Os objetivos das práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio I supervisionado foram: Compreender a prática docente, por meio das vivências nas instituições educativas infantis, sob o contexto do Cuidar e Educar; Possibilitar a articulação entre a Universidade, instituições educativas infantis e unidades básicas de saúde; Entender o fazer pedagógico como exercício de pesquisa; Planejar, elaborar e apresentar intervenções de praticas educativas acerca do cuidar e educar, com vistas aos públicos: família, educadores e equipe de gestão das unidades básicas de saúde.
Em consonância com os objetivos, as práticas e ensino/estágio I, foram planejadas em nove etapas:
Primeira etapa- realizou-se uma coleta de dados no CEMEIS Pingo de amor, utilizando como instrumento a entrevista e a observação orientada, buscando evidenciar como ocorre a promoção do crescimento e desenvolvimento no processo de cuidar e educar;
Segunda etapa - analise das entrevistas;
Terceira etapa – planejamento das etapas seguintes com orientações coletivas;
Quarta etapa - visita à unidade básica de saúde, onde foi realizada entrevista com o enfermeiro responsável;
Quinta etapa- escrita das observações realizadas na primeira etapa;
Sexta etapa - elegeu-se uma situação problema para elaborar um projeto de intervenção, no qual se optou pela higiene das mãos;
Sétima etapa - execução do projeto de intervenção;
Oitava etapa- ocorreu à socialização com comunicação oral dos projetos/intervenções;
Nona etapa - Escrita do relatório final.
Cabe aqui ressaltar a relevância do projeto, citado na sexta etapa, em procurar fazer com que a criança compreenda a importância da lavagem das mãos, principalmente antes das refeições e após fazer uso do banheiro. No referido projeto, foi apresentado às crianças nomes e sintomas de algumas doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos, como por exemplo, a diarreia, a conjuntivite e a que acontece com mais casualidade de todas as verminoses. É fundamental que as crianças além de conhecerem tal hábito, possam ser estimuladas na aquisição do mesmo para dessa forma desenvolvê-lo com autonomia.
Diante da necessidade da escola de educação infantil inculcar hábitos de higiene cabe ao professor essa responsabilidade por ser figura de maior presença e influência sobre a criança dentro do seu período escolar.
Durante as visitas observou-se que a maioria das crianças não tinha o hábito de lavar as mãos antes das refeições e após o uso do banheiro. Dessa forma, percebeu-se a necessidade da implantação de um projeto de intervenção que tivesse como propósito, despertar o interesse e estimular as crianças a adquirir o hábito de lavar as mãos corretamente antes das refeições e após o uso do banheiro, de forma espontânea e prazerosa proporcionando segurança quanto à sua saúde e instigar sua autonomia. Após a realização do projeto considerou-se que o objetivo do mesmo l foi alcançado, pois se verificou que a maioria das crianças envolveu-se no mesmo. Também se observou que as crianças ficaram bastante entusiasmadas em usar o sabonete liquido e a toalhinha que foi doada a cada criança das salas onde o projeto foi desenvolvido.
Nessa perspectiva, pode-se dizer que o projeto desenvolvido foi satisfatório, pois as crianças participantes foram autoras de seu próprio conhecimento e, permitiram também, por meio da interação e do diálogo, que as professoras estagiarias reconstruíssem seus conhecimentos.
3.2 Práticas Pedagógicas E Ensino- Estágio II
As práticas Pedagógicas e Ensino- Estágio II foi orientado pelo projeto Político pedagógico do curso de Licenciatura em Pedagogia UFMT-UAB (2005), da proposta geral do estágio e o regulamento das práticas pedagógicas e ensino. A proposta contemplou o núcleo de estudos III do curso: Ciências Básicas e Metodológicas.
Os fundamentos teóricos metodológicos de cada disciplina oportunizaram as acadêmicas de pedagogia condições para que as mesmas se tornassem autoras de sua prática, por meio da vivência escolar e da sua análise crítica de um contexto educativo na sua complexidade, tomando continuamente como objetivo de reflexão os referenciais teóricos estudados nas áreas de fundamentos da educação.
Os objetivos das práticas pedagógicas e ensino- estágio II: foram observar e refletir sobre as práticas metodológicas utilizadas pelos educadores no espaço escolar; reelaborar o planejamento da sequência didática; socializar com o educador o planejamento reelaborado e executar da sequência didática escolhida.
As atividades da Prática Pedagógica e Ensino - Estágio II teve inicio com a integralização das disciplinas de mundo social: matemática I e II e mundo social: ciências naturais I e II. A segunda etapa do estágio deu-se pela integralização das disciplinas mundo social história e geografia I e II. O período de integralização do estágio foi de cinco meses, contabilizando a fase de observação das áreas até a postagem do relatório final.
Os plantões de estágio com os professores formadores contribuíram para esclarecimentos de dúvidas referentes as correções dos planos anteriores, além de dicas, sugestões para melhora do planejamento da sequência didática e para as correções dos relatórios.
As práticas educativas e estágio- II proporcionaram também o fórum de estágio II, que contribuiu para a formação acadêmica, onde houve a oportunidade de expor trabalhos em banners, apresentar em slides e ouvir e trocar experiências com profissionais experientes. .
O momento da observação se deu em 20 horas de duração de cada disciplina durante uma semana e a execução da sequência didática em 8 horas-aula na escola Municipal Jardim Belo Vista, localizada na Rua Celeste s/n do município de Sorriso-MT.
Segundo dados coletados na secretaria da escola, ela foi fundada em 1999, é considerada uma escola de grande porte, onde há 104 funcionários trabalhando, com estimativa de 1.300 alunos e 32 turmas do pré ao ensino fundamental, mais 12 salas de EJA e extensões que ali funcionam.
A execução das observações e da aplicação das sequências didáticas se deu na turma do 3º ano, no período matutino com 31 alunos na faixa etária de 8 a 9 anos de idade. A escolha da escola e da turma se deu aleatoriamente.
A escolha do tema executado se deu de acordo com a ordem da lista dos conteúdos planejados pelo calendário da escola. O planejamento teve inicio com a escolha da dupla, onde após as observações participantes a dupla reuniu-se e elaborou-se a sequência conforme o calendário da turma. No encontro presencial com as formadoras houve orientações e posteriormente readequações no planejamento, após isso o planejamento foi liberado para a aplicação em sala de aula.
As acadêmicas foram bem recebidas desde o momento das observações até o ultimo dia da execução da sequência. A educadora deixou-as livre para desenvolverem as atividades, a mesma ficou no fundo da sala e em nenhum momento interferiu. Durante o período de observação reconheceu-se as peculiaridades da turma e analisaram-se quais seriam as melhores estratégias e recursos didáticos que poderiam ser usados para que houvesse um melhor entendimento de cada assunto de cada disciplina. Por isso, optou-se por uma sequência didática onde os conteúdos fossem trabalhados de forma expositiva e criativa.
O período de observação e da prática do estágio permitiu presenciar parte da realidade do processo ensino-aprendizagem. A experiência que se vivenciou durante a realização do estágio oportunizou-se colocar em prática o que foi aprendido com a teoria. As execuções do planejamento se deram por inteiro, conseguiu-se manter a atenção e a ordem na sala de aula. Pode-se observar por parte dos alunos interesse, euforia, participação ativa, comunicação e compreensão no assunto estudado. Os momentos mais difíceis foram observados na hora de realizar as atividades de copiar do quadro, porque as maiorias dos alunos não gostam de copiar e apresentam dificuldades na leitura e escrita. Através do desenvolvimento das atividades práticas em sala de aula como instrumento
propiciaram-se aos alunos novas possibilidades de aprendizagem, desenvolvendo diversas capacidades cognitivas. Atentando-se para as operações cognitivas que compõem o processo de ensino e aprendizagem, os alunos desenvolvem habilidades de forma prática sucessiva, primeiramente eles identificaram as informações repassadas, em seguida puderam reconhecer o objeto de estudo e consequentemente eles tiveram a possibilidade de comprovar de forma prática. No decorrer das aulas observou-se que todos os alunos tiveram oportunidade de interagir com o meio, podendo modificar e ampliar seus conhecimentos.
O estágio possibilitou mostrar que a atividade utilizando o lúdico, torna-se a aula mais agradável e dinâmica, motivando os alunos a participarem ativamente da construção do próprio conhecimento, trazendo mudanças significativas aos alunos, pois os mesmos expressam sentimentos e emoções, são capazes de resolver conflitos, aprendem sobre normas, regras e estruturam valores.
3.3 Práticas Pedagógicas E Ensino- Estágio III
As práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio III contemplou o quarto Núcleo: Gestão e Trabalho Pedagógico na Educação, com carga horária de 100 horas.
A disciplina práticas Pedagógicas e Ensino/ Estágio III possibilita que o acadêmico vivencie experiências de sistematização e reflexão sobre o contexto organizativo da instituição educativa a partir da pratica de gestão dos profissionais da educação escolar, culminando na realização de um relatório crítico-reflexivo de toda experiência investigativa, bem como na socialização do retrato deste processo, ao desvelar convergências e divergências entre a escola ideal/legal e a escola real. Desta forma, o estágio III constitui-se em um momento impar na construção da profissão docente.
O estagio III foi divido em três etapas: Estudo e preparação, conhecimento da realidade e discussão, analise de dados e socialização.
Na primeira etapa estudo e preparação foi dividido os grupos, a escolha da escola se deu por ser mais perto das residências das acadêmicas, optou-se então pela escola Municipal Jardim Bela Vista, organizou-se o roteiro para o estagio, estudo do documento orientador do estagio e a elaboração do cronograma das atividades contendo a identificação das responsabilidades de cada acadêmica.
Na segunda etapa conhecimento da realidade, ida à instituição educativa e realização da coleta de dados, realizou-se observação dos processos de organização e gestão da instituição, entrevista com gestor, educadores, pais e alunos.
Na terceira etapa discussão, socialização, analise dos dados coletados com o grupo, reedição de um relatório critico reflexivo de todo o estágio e a socialização com todos da turma em um seminário.
A disciplina práticas pedagógicas e ensino/estágio III proporcionaram experiências de sistematização e reflexão sobre o contexto organizativo da escola Municipal Jardim Bela Vista que oferece a educação infantil e as séries iniciais do ensino fundamental, tanto nos aspectos da organização e gestão escolar, como nos aspectos pedagógico-curriculares e didáticos, de modo a contribuir para uma maior e melhor aprendizagem dos determinantes organizativos da escola na ação docente com crianças. O eixo destas compreensões se deu com o projeto político pedagógico da escola (PPP), visto não só como um documento de registro da intenções educativas na formação das crianças, mas também como instrumento para ser vivenciado pela comunidade escolar.
O estágio proporciona a articulação entre teoria e pratica educativa, colaborando para o pensamento critico e autônomo do aluno, pois, de acordo com Beauclair (2004 apud Moreira 2010):
Para conhecer é preciso experimentar, observar, estar com a atenção voltada aos movimentos, às possibilidades do explorar e do descobrir. Para conhecer é imprescindível chegar aos significados, ter acesso ao mundo conceitual dos indivíduos, e às redes de significados compartilhados pelos grupos, comunidades e culturas.
É necessário ainda querer, desejar este conhecimento, e neste querer/desejar, estar em movimento de curiosidade, de procura, de busca e contato com a variedade e a diversidade de situações e fenômenos que o caracterizam. Os fios podem nos conduzir. Tal como o fio que nos permite entrar no “labirinto do Minotauro” e dele sairmos, não mais como entrou, mas com a experiência de lá ter estado, de lá ter vivido, conhecer é estar em movimento de ir, de voltar e neste retorno, sermos outros/as.
Encontrarmos o fio é o desafio primeiro nesta busca por uma construção teórica que fundamenta nossa pratica. Encontrarmos o fio é perceber que temos uma bússola, que pode nos conduzir em mares revoltos, em épocas de incertezas. Com o fio se faz tecido. O tecido se faz com nossa autoria de pensamento, com nossa autonomia no criar (BEAUCLAIR, 2004 apud MOREIRA, 2010, p.11).
O estágio possibilita o contato direto com situações reais da sala de aula, permitindo compreender, orientar e avaliar o processo de aprendizagem, desenvolvendo e vivenciando junto com os alunos diversas situações do contexto escolar.
As práticas Pedagógicas e Ensino/Estágio I, II e III do curso de Licenciatura em Pedagogia objetivaram oportunizar aos acadêmicos do curso vivências em diferentes situações e contextos, no sentido de contribuir para o entendimento sobre o fazer pedagógico, situações de ensino, função da escola e da profissão educador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho proporcionou uma retrospectiva da minha trajetória acadêmica ao longo desses quatro anos, anos que não foram fáceis, pois exigiram muitos estudos, esforço, pesquisas e muita dedicação, mas também proporcionaram felicidades, superações, parceria, companheirismo, realizações e grandes amizades.
O curso me deu base para compreender melhor o que é ser educador, pois antes de fazer pedagogia não imaginava que para ser um bom educador era preciso de tanto preparo e estudo. Hoje entendo que para ser educador é necessário muito estudo, leitura, cursos de aperfeiçoamento e muita dedicação, e que o educador não está pronto quando termina o curso de formação docente ele está sempre em constante transformação com cada experiência vivenciada. Ser educador não é uma tarefa fácil, exige muito estudo, esforço, amor e um bom planejamento que auxilie em suas ações dentro da sala de aula. Compreendi também que a identidade é construída aos poucos, pois essa é instável, fragmentada, inconsciente e inacabada, ela é construção e está sempre em formação.
O curso também proporcionou a elaboração/execução dos relatórios das Práticas de Ensino/ Estágio I, II e III, onde esses permitiram oportunizar vivências em diferentes situações e contextos, no sentido de contribuir para o meu entendimento sobre o fazer pedagógico, situações de ensino, função da escola e da profissão educador, compreendendo melhor sobre a necessidade de ensinar de maneira lúdica.
REFERÊNCIAS
BANDEIRA, Maria de Lourdes; FREIRE, Otávio. Antropologia Diversidades. 2ª ed. Cuiabá: UAB/EdUFMT, 2010.
BRZEINSKI, Iria. Pedagogia, Pedagogos e Formação de Professores. Campinas: Papirus, 1996.
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