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RECURSO DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE GEOMETRIA
Elaine Muller Cruz
Tatiane da Cruz Nunes
Wagner Junior Crus

RESUMO
O presente trabalho foi realizado com objetivo de apresentar recursos didáticos para se trabalhar com geometria, e analisar se elas são capazes de facilitar aprendizagem dos alunos. Sendo apresentados jogos, softwares, maquete, régua e compasso e o uso de dobraduras, como recurso pedagógico, para que aprendizagem dos alunos se tornasse completa. Para atingir objetivo proposto, foram realizadas pesquisas bibliográficas, e bancos de dados digitais, trabalho cientifico e artigos. Após a pesquisa realizada chegou-se a conclusão de que os recursos didáticos apresentado podem ser considerados de importância ímpar no processo de ensino da Geometria, visto que, ao serem aplicados em sala de aula podem desenvolver a aprendizagem do aluno.

Palavras-Chave: Jogos , recurso pedagógico, matemática.

1. INTRODUÇÃO
Estamos vivendo num mundo imerso, onde quer que se direcione nosso olhar, nos deparamos com as ideias geométricas que esta presente no mundo tridimensional, seja na arquitetura, nas artes, na natureza ou em outras áreas de conhecimento. A geometria um dos conteúdos estruturais para o ensino Fundamental e para o Ensino Médio. Sendo rica em elementos facilitadores à aprendizagem da álgebra e números.
Conceitos geométricos se torna necessário no estudo e aprendizagem, que facilitará desenvolvimento de um tipo especial de pensamento do aluno que lhe permitirá descrever, representar e compreender, de forma organizada, o mundo que vivemos. Com passar dos anos vendo a necessidade e importância da aprendizagem da geometria, muitas pesquisas realizadas na educação matemática que propõem meios e estratégias para facilitar a aprendizagem e o processo de ensino deste conteúdo. As atividades de geométrica facilitam que o professor construa um caminho juntamente com o aluno a partir de experiência concreta, leve-os a compreender a necessidade e a importância da prova para validar as suposições levantadas.
Durante a pratica pedagógica é importante outros recursos didáticos, além de giz e quadro para facilitar e auxiliar ao processo de aprendizagem dos alunos na geometria. Encontramos dentre
esses e outros recursos, vários materiais concretos como, régua, maquetes, jogos, softwares e usos de dobraduras. Podendo trabalhar as formas geométricas através de equivalência, volumes, frações, figuras planas e especiais.
Este trabalho tem objetivo de apresentar método para viabilizar o processo de ensino e aprendizagem de geometria tendo uma relevante importância na área da matemática no cotidiano das pessoas. Tendo proposta de apontar formas de se trabalhar conceitos geométricos, para que se facilitam os entendimentos dos alunos, e analisar materiais de faceio ensino de geometria.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 A importância dos recursos pedagógicos no ensino de geometria.
A Geometria faz parte do ensino curricular da Matemática, Porém a varias maneiras de ensinar este conteúdo, por meio de régua, maquetes, jogos e softwares. Os jogos sendo recurso pedagógico valioso no ensino de geometria, conforme relata Ribeiro (2009), eles vêm se configurando como um caminho altamente significativo para as aulas de Matemática, pois eles alteram o modelo tradicional de ensino.


2.2- Jogos como Recursos Pedagógicos
Segundo Guirado et al. (2010) a aprendizagem em Matemática não consiste apenas no ato de desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou listas de exercícios, visando também estratégias que possibilita ao aluno obter significado quanto às ideias matemáticas, tomando capaz de estabelecer conhecimento para, justificar, analisar, discutir e criar.
Os jogos é um dos recursos pedagógicos utilizados em sala de aula, visto como:
O jogo matemático é mais uma ferramenta para auxiliar o professor em sala de aula, pois pode ser utilizado para fixar conteúdos, introduzir e desenvolver conceitos matemáticos, desenvolver estratégias de resolução de problemas, darem significados para os conceitos e promover a participação mais ativa por parte dos alunos (GUIRADO et al., 2010, p. 11).

Os recursos nas aulas de matemática podem auxiliar na habilidade e no desenvolvimento dos alunos, as quais estão estreitamente relacionados ao chamado raciocínio lógicos. O jogo torna uma atividade prazerosa significativa nas aulas de Matemática.
Como esclarece Moura (2005):
O jogo, na educação matemática, passa a ter o caráter de material de ensino quando considerado promotor de aprendizagem. A criança, colocada diante de situações lúdicas, apreende a estrutura lógica da brincadeira e, deste modo, apreende também a estrutura matemática ali presente. Esta poderia ser tomada como fazendo parte da primeira visão de jogo que tratamos até aqui. Na segunda concepção, o jogo deve estar carregado de conteúdo cultural e assim o seu uso requer certo planejamento que considere os elementos sociais em que se insere. O jogo, nesta segunda concepção, é visto como conhecimento feito e também se fazendo. É educativo. Esta característica exige o seu uso de modo intencional e, sendo assim, requer um plano de ação que permita a aprendizagem de conceitos matemáticos e culturais, de uma maneira geral (MOURA, 2005, p. 80).

Sendo papel importante em sala de aula o jogo possibilita habilidade de organização e desenvolvimento de criatividade, concentração, atenção, e interação social. O jogo pode ser esclarecido e explicado com três níveis de interpretação, relata Brougère (1998).
1 – Jogo é o que o vocabulário científico denomina “atividade lúdica”, quer essa denominação diga respeito a um reconhecimento objetivo por observação externa ou ao sentimento pessoal que cada um pode ter, em certas circunstâncias, de participar de um jogo.
2 – O jogo é também uma estrutura, um sistema de regras [...] que existe e subsiste de modo abstrato independentemente dos jogadores, fora de sua realização concreta em um jogo entendido no primeiro sentido.
3 – Jogos entendido como material (objeto) que se utiliza para jogar/brincar, mais associado ao termo brinquedo com maneiras de jogar prescritas por regras (BROUGÈRE, 1998, p. 14).
Apresentado os três níveis e interpretação de jogo para facilitar o entendimento ao ensino de geometria. Lara (2003), também relata outras classificações de jogos para o ensino em sala de aula:
 Jogos de construção: são aqueles jogos que fornecem aos alunos um assunto desconhecido fazendo com que por meio da manipulação de materiais ou de perguntas e respostas, o aluno perceba a necessidade de uma nova ferramenta ou até mesmo de um novo conhecimento para resolver dada situação-problema proposta pelo jogo;
 Jogos de treinamento: são aqueles jogos que ajudam no desenvolvimento de um pensamento dedutivo ou lógico mais rápido, uma vez que por meio de exercícios repetitivos, o aluno pode perceber a existência de outro caminho de resolução;
 Jogos de aprofundamento: são aqueles jogos em que aprofundam o conhecimento do aluno;
 Jogos estratégicos: são aqueles jogos que fazem com que os alunos criem estratégias de ação para uma melhor atuação como jogadora. Nesse tipo de jogo, é preciso criar hipóteses e desenvolver um pensamento sistêmico, podendo pensar múltiplas alternativas para resolver um determinado problema (LARA, 2003, p. 24-27).
Sendo apresentada esta classificação de jogos consistem que são varias maneiras para ser utilizar em sala de aula.
3 METODOLOGIA:
A metodologia utilizada foi o levantamento bibliográfico, e bancos de dados digitais. Buscando resultados necessários ao aprendizado do tema geometria, realizando estudo em trabalhos cientifico e artigos buscando adaptar os conceitos matemáticos ao trabalho lúdico ao recurso pedagógico para que estimule a aprendizagem dos alunos.
E nesse sentido, Almeida complementa (2000, p. 36),
“é necessário que o professor crie um ambiente que estimule o pensar, que desafie o aluno a aprender e a construir conhecimentos individualmente ou em parceria com os colegas. Isso propicia o desenvolvimento da auto-estima, do senso critico e da liberdade responsável”.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1- A geometria ensinada através do software régua e compasso:
O software Régua e Compasso foram desenvolvidos pelo professor René Grothmann da Universidade Católica de Berlim, na Alemanha, em 1999. O software Régua e Compasso, é um programa desenvolvido em meios eletrônico para facilitar à aprendizagem geométrica, como mostra a figura 1 abaixo:
FIGURA 1 - Software de Geometria Dinâmica

“Régua e Compasso”
FONTE: http://www.professores.im-uff.mat.br/hjbortol/car/index.html
Diferentemente do que ocorrem com os instrumentos manuais, régua e compasso tradicionais, as construções feitas com o software Régua e Compasso são dinâmicas e interativas, tornando o programa um ótimo laboratório de aprendizagem de geometria. O aluno e o professor podem testar conjecturas por meio de exemplos e contra-exemplos. Depois de construir pontos, retas e círculos, esses elementos podem ser deslocados na tela sem alterar as relações geométricas previamente estabelecidas (pertinência, paralelismo, etc.), permitindo, assim, que o aluno (e o professor), ao invés de gastar tempo com detalhes de construção repetitivos possam se concentrar na associação existente entre esses objetos.
É possível construir figuras geométricas regulares e planas, com marco utilizando software Régua e Compasso, esse software é composto por varias ferramentas e funções que abordam conceitos e demonstração geométrica, constrói figura que podem ser alteradas e suas propriedades originais mantidas, permite a construção de figuras simples e complexas, explorando também a geometria analítica. O software Régua e Compasso incentivam, instigam e da prazer há descoberta da criatividades do aluno. Isso vai depender muito da maneira de como o professor planeja sua aula, este deve estar bem preparados para atuar como mediadores na aprendizagem dos alunos e que sejam cientes da natureza das atividades baseadas em tecnologia.
Para tanto Moran, Masseto e Behrens (2009, p. 82) mencionam que “embora este relato seja condizente com o que idealizamos ainda estamos longe de uma prática real”. Em Borba (2003, p. 26) relata que podemos “executar tarefas matemáticas em ambiente informático requer dois tipos de conhecimento, o matemático-conceitual e o instrumental operacional”.

4.2 Dobraduras como recurso pedagógico:
Segundo Rancan (2011) as atividades com dobraduras manuais possuem uma dinâmica que valoriza a descoberta, a conceituação, a construção manipulativa, a visualização e a representação geométrica. A dobradura em sala de aula beneficia muitas vantagens. Afirma Genova (2008), que o trabalho com dobraduras estimula habilidades motoras, proporcionando o desenvolvimento da organização, com as sequências das atividades, da memorização de passos e coordenação motora fina do aluno.
BRITTO (1984), explica que:
A Matemática sempre foi ensinada; porém, sempre foi um ensino verbalístico, preso à memorização de símbolos e formas, que exigia o exercício da memória sem as vantagens da compreensão. Os Relatos de Experiência ensinamentos tinham base no método dedutivo, não contando com os recursos da curiosidade, da experimentação ou da concretização (BRITTO, 1984, p. 151).
No ensino da geometria é importante que o aluno perceba a valorização de elementos da natureza e em criações humanas. Essa possibilidade pode ser trabalhada em sala de aula, por meio das dobraduras, auxiliando o estudante a fazer observações de formas geométricas em flores, animais, obras de arte, mosaicos, pisos, pinturas e tantos outros Rancan (2011).
O BRASIL (1997), ressalta o pensamento geométrico.
O pensamento geométrico desenvolve-se inicialmente pela visualização: as crianças conhecem o espaço como algo que existe ao redor delas. As figuras geométricas são reconhecidas por suas formas, por sua aparência física, em sua totalidade, e não por suas partes ou propriedades (BRASIL, 1997, p. 127).
No Ensino Fundamental, e na Educação Infantil, deveria trabalhar atividade de Geometria ao longo de todo o período. Assim as crianças poderão desenvolver suas habilidades especiais, podendo compreender e interpretar o mundo. Para que isso acontece é necessária a exploração de objetos de figuras geométricas planas e espaciais

5. CONCLUSÕES
O presente trabalho teve a intenção de expor soluções para a questão da dificuldade de aprendizagem dos alunos em relação ao ensino de geometria.
No decorrer da pesquisa, foi exposto recurso pedagógico no sentido de apresentar uma metodologia diferente para tornar o ensino da Geometria na escola mais prazeroso, a ideia é de expor recursos didáticos, para tornar o ensino matemático mais interessante para os alunos em sala de aula.
As atividades envolvendo recursos didáticos apresentado neste trabalho favorecem o aumento do conhecimento no ensino de geometria, além de estimular a participação, a criatividade e motivação, tornando as aulas interessantes e produtivas. O PCN (1998) esclarece que o uso das novas tecnologias traz significativas contribuições para se repensar sobre o processo de ensino e aprendizagem de matemática à medida que auxiliam na construção do conhecimento.
Concluiu-se que os recursos didáticos é um importante material pedagógico para os professores em sala de aula, podendo assim interagir e estimular a aprendizagem e o desenvolvimento crítico e atuante dos alunos nas aulas de matemática.

6. REFERENCIAS

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: matemática. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
Brinquedo, brincadeira e a educação. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2005, p. 73-88
BRITTO, N. C. de. Didática especial. São Paulo: Editora do Brasil, 1984.
BROUGÈRE, G. Jogo e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
ENSINO DE GEOMETRIA E ARTE DO ORIGAMI: EXPERIÊNCIA COM FUTUROS PROFESSORES. Disponível:<http://www.projetos.unijui.edu.br/matematica/cnem/cnem/principal/re/PDF/RE14.pdf. Acesso em: 21/03/2018.
GENOVA, C. Origami, contos e encantos. São Paulo: Escrituras Editora, 2008.
GUIRADO, J. C.; YAMAMOTO, A. Y.; COUSIN, A. de O. A.; UEDA, C. M.; THOM, E. C. Jogos: um recurso divertido de ensinar e aprender matemática na educação básica. Maringá: PEC Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, 2010.
LARA, I. C. M. de. Jogando com a matemática de 5ª a 8ª série. 3.ed. São Paulo:Rêspel, 2003.
Maria Elizabeth Almeida. Informática e formação de professores.Vol.1. Brasília: SEED, 2000.
Ministério da Educação do Brasil. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Ensino de 5ª a 8ª séries. Brasília – DF: MEC, 1998.
MOURA, M. O. de. A séria busca no jogo: do lúdico na matemática. In: KISHIMOTO, T. M. (Org.). J RANCAN.
O ENSINO DA GEOMETRIA NA EDUCAÇAO BÁSICA: REALIDADE E POSSIBILIDADES Disponível :<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/44-4.pdf> Acesso:05/04/2018.
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR Disponível:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_uem_mat_artigo_izilda_baraviera.pdf Acesso:05/04/2018.
RANCAN, Graziele Rancan. ENSINO DE GEOMETRIA E ARTE DO ORIGAMI: EXPERIÊNCIA COM FUTUROS PROFESSORES (2011) pag. 3.
Régua e Compasso (C.a.R.) Software de Geometria Dinâmica Gratuito Disponivel:<http://www.professores.im-uff.mat.br/hjbortol/car/index.html>Acesso:05/04/2018.
RIBEIRO, F. D. Jogos e modelagem matemática. São Paulo: Saraiva, 2009.