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A INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO


Eliane Cristina Krause1
Elizangela Pereira dos santos2


RESUMO


Este artigo tem como objetivo mostrar que a educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular, sem fazer distinção entre seres humanos, julgando como perfeito ou não. A escola deve ser democrática, sem limites, dando as crianças portadoras de deficiência auditiva a oportunidades de trabalhar e serem pessoas bem sucedidas na vida. Os professores devem usar métodos de qualidade através do qual seu comportamento e seu desempenho em ministrar suas aulas se tornem mais aproveitáveis. Sabe-se que o corpo docente não possui conhecimento amplo sobre o método de ensinar uma criança com deficiência auditiva, isso ocorre principalmente na hora da comunicação. Essas crianças necessitam de métodos e equipamentos especiais para seu desenvolvimento. Neste trabalho foi possível constatar que antigamente as crianças com deficiência auditiva não podiam frequentar a escola, pois eram consideradas como aberrações da natureza. Já atualmente temos escolas que tratam essas mesmas crianças de forma igual as outras.

Palavras - chave: Inclusão. Deficiência Auditiva. Educação.

 

 


1 INTRODUÇÃO


O objetivo deste artigo é mostrar como ocorre o processo de inclusão na escolar regular de crianças com necessidades educativas especiais.

Quando consideramos a inclusão da criança com deficiência auditiva no ensino regular, constatamos que isso ainda é um desafio a ser vencido. Essas dificuldades se dão pela falta de professores preparados para trabalhar com essas crianças.

Antigamente crianças com deficiência não eram aceitas nas escolas, já atualmente trabalha-se para incluir o maior número de crianças, pois sabemos que todos os seres humanos tem capacidade para se desenvolver, a única diferença é que cada um tem seu tempo.

A inclusão só deixará de ser um sonho, quando as pessoas com necessidades tiverem as

mesmas oportunidades, tanto no trabalho quanto na educação. Essa ideia é antiga, mas ainda precisa

amadurecer na mente de toda nossa sociedade. As mudanças de comportamento e de pensamentos


1Graduada em Pedagogia. UNIASSELVI - Universidade Leonardo da Vinci – Indaial – Santa Catarina.
O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; pós-graduanda em Educação Infantil Institucional e Clínica com Ênfase em AEE.
são necessárias para que a inclusão seja eficaz em nossa sociedade e isso só irá ocorrer se as pessoas descobrirem o quanto as nossas diferenças podem ser compartilhadas e benéficasas outras pessoas.

 

2 EDUCAÇÃO INCLUSIVA

 


A educação inclusiva teve origem por volta da década 1980, com um movimento social originado nos países desenvolvidos, mas só começou a ser discutido e articulado no Brasil a partir da década seguinte. Os fatores que contribuíram para que essas ideias ganhassem força no Brasil foram: a Declaração de Salamanca (1994) e a promulgação da LDB (Leis de Diretrizes e Bases), em 1996.

 

As escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas ou outras. Crianças, jovens e adultos, cujas necessidades têm origem na deficiência ou em dificuldades cognitivas, são considerados portadores de necessidades educacionais especiais e devem ser incluídas em programa educacionais previstos para todos os educando, mesmo aqueles que apresentam desvantagem severa. A escola inclusiva deve acomodar todas as crianças independentemente de suas condições intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas e outras [...]. Deve promover uma educação de alta qualidade a todos os educando, modificando atitudes discriminatórias, criando comunidades acolhedoras e desenvolvendo uma sociedade inclusiva. Deve ser adaptada às necessidades dos alunos, respeitando-se o ritmo e os processos de aprendizagem. Deve contrapor-se à sociedade que inabilita e enfatiza os impedimentos, propondo uma pedagogia centrada nas potencialidades humanas. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, p.18).

 


Segundo os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), ”a inclusão escolar impõe-se como uma perspectiva a ser pesquisada e experimentada na realidade brasileira” (Brasil, 1998).


O termo inclusão tem sido compreendido de forma errada, pois é visto como apenas incluir, colocar com outros e ponto final, masa inclusão é antes de tudo um processo de se autoanalisar, de procurar no outro o que ele tem a nos oferecer, a forma como vê a vida, as coisas e as pessoas, portantonão podemos deixar de fora nenhuma pessoa que faça parte da diversidadeque compõem hoje a humanidade.

Na cultura grega, especialmente na espartana, os indivíduos com deficiências não eram tolerados. A filosofia grega justificava tais atos cometidos contra os deficientes postulando que estas criaturas não eram humanas, mas um tipo de monstro pertencente a outras espécies. […] Na Idade Média, os portadores de deficiências foram considerados como produto da união entre uma mulher e o Demônio. (SCHWARTZMAN, 1999, p. 3-4).
A educação inclusiva é uma educação que tem como principal objetivo ampliar a participação de todos os educandos nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.


A inclusão também pode ser confundida com interação, mais existem diferenças entre elas. Na interação, a criança precisa se adequar a realidade da escola, já na inclusão a escola é que tem que se adequar a criança, aceitá-la da maneira que ela é, seja ela deficiente ou não.

Na inclusão o vocabulário integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos. A meta primordial da inclusão é não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo (WERNECK, 1997, p.52).

 


No relatório criado pela Comissão Internacional de Educação e apresentado pela UNESCO, com o objetivo de estabelecer metas para o século XXI, falam-se na importância de fazer valer quatro diretrizes, chamadas pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.


Os quatro pilares da educação devem existir para a diversidade de alunos que compõem a humanidade – e não apenas para os que, dentro dos padrões da sociedade moderna, são considerados aptos a vivenciá-los no cotidiano escolar.


Em geral, o ensino nas escolas é centrado em duas das quatro diretrizes: aprender a conhecer e aprender a fazer. Entretanto, segundo a Comissão Internacional de Educação, os quatro pilares da educação devem ser alvo de igual atenção.


Nesse sentido, aprender a conhecer objetiva tanto a aquisição de conhecimento como o domínio de instrumentos para sua obtenção, o que, no contexto da necessidade especial, é prejudicado por vários fatores – dentre eles a falta de recursos didáticos específicos.


Aprender a fazer, segundo a Comissão Internacional de Educação da ONU é indissociável de aprender a conhecer. Porém, aprender a fazer está relacionado a ensinar os alunos a colocar em prática o que aprenderam – o que nem sempre é fácil para o professor quando se depara, em sala de
aula, com um aluno portador de necessidade especial. Muitas vezes falta preparo ao docente, e os currículos das universidades, em sua maioria, não consideram que os futuros professores terão que trabalhar com uma diversidade de alunos.


Aprender a viver juntos, a conviver com a diversidade de pessoas no mundo e, por conseguinte, aprender a conviver com a diversidade nas escolas é um grande desafio.


Para que a escola venha a ser inclusiva, é necessário que haja mudanças – e a principal delas está relacionada ao preparo dos professores; mas não é o bastante, já que, como afirma Martins et al (2006, p. 102), “o processo de inclusão em si deve envolver toda a comunidade: pais, professores, funcionários e alunos”.


A proposta de inclusão social de alunos com necessidades especiais, no ensino regular, é hoje garantida pela legislação educacional brasileira. Contudo, a inclusão com garantia de direitos e qualidade de educação ainda é um sonho a ser alcançado, um caminho a ser construído, onde varias mudanças serão necessárias como: estruturais, pedagógicas e dar melhor acapacitação aos professores.


A inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico. (MANTOAN, 1997, p.120)

 


Nossa civilização não tem experiência em relação à inclusão social, com pessoas que ainda criticam a igualdade de direitos e não querem cooperar com aqueles que fogem dos padrões de normalidade estabelecidos por um grupo.


A inclusão não acontece automaticamente, a escola tem um papel muito importante nesse processo, ela deve dentro de um ambiente inclusivo, propiciar aos alunos o acesso ao conhecimento de forma plena, fazendo a ponte entre o estudante e o conhecimento, preocupando-se antes de tudo em oferecer ensino de qualidade.


Segundo Mantoan (2002),

O motivo que sustenta a luta pela inclusão como uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é, sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e privadas, de modo que se tornem aptas para responder às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo
com suas especificidades, sem cair nas teias da educação especial e suas modalidades de exclusão.

 


Numa época em que tanto se fala em educação para todos, compreender os conceitos de Educação Inclusivatornam-se de suma importância para o entendimento dos dilemas existentes e da situação geral do ensino em nosso país.


No contexto de inclusão, os alunos com deficiência poderiam auxiliar os professores e também serem encorajados por eles a participar das aulas,havendo troca constante e importante entre ambos os lados.Ao mesmo tempo, alunos ditos “normais” que frequentam as turmas regulares devem ter contato com o universo da deficiência, o que pode ser feito através de debates, de apresentações de vídeos ou de depoimentos.


De acordo com a teoria de Vygotsky (1995), “os que convivem apenas com seus iguais são privados de uma rica fonte de desenvolvimento, e é importante que as crianças com necessidades especiais estudem próximas às crianças sem deficiência”.


Sabemos que o ensino atual não exclui apenas pessoas com necessidades especiais,mas também pessoas ditas “normais”, como por exemplo as crianças com dificuldades de aprendizagem, ou as que vivenciam outras realidades, infelizmente também se enquadram neste processo de exclusão.


As crianças com necessidades especiais ao ingressar num sistema educativo tradicional, seja especial ou regular, normalmente vivenciam interações que reforçam uma postura de passividade, ou seja, elas são vistas e tratadas como receptoras de informações, e não como construtores de seu próprio conhecimento. Já no processo inclusivo a educaçãotem o objetivo de trazer as pessoas com qualquer tipo de necessidades especiais para ocupar o seu espaço na sociedade, que também é direito deles de prestar serviços na sociedade e mostrar que ele tem competência como qualquer outro cidadão.


Segundo a Declaração de Salamanca (1994,p.5):

Escolas inclusivas devem conhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso e parcerias com as comunidades.[...] O desafio que confronta a escola inclusiva e no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem-sucedidamente educar todas as crianças, incluindo aquelas que possuem desvantagens severas.
Cada vez mais a educação inclusiva assume maiorimportância dentro do contexto nacional e tenta atender as crescentes exigências da sociedade. Isso irá acontecer quando todas as pessoas tiverem acesso a informação, ao conhecimento e aos meios necessários a formação dessas crianças.


Com a educação inclusiva os portadores de deficiência auditiva não serão mais ignorados, evitados, abandonados ou até mesmo retirados do convívio com as outras pessoas.


Mesmo que não pareça, esses aspectos vêm se refletindo nos sistemas educacionais, muito embora esses reflexos gerem consequências inevitáveis para a educação, a humanidade preserva pela igualdade de valores dos seres humanos e pela garantia dos direitos para todos.


Atualmenteé um desafio incluir a pessoa portadora de deficiência auditiva, pois muitas são as dificuldades ou problemas que entravam o processo que tenta facilitar a inclusão do deficiente auditivo na sociedade. Um dos pontos que se destacam é a falta de comunicação oral e também a aplicação dos métodos que muitas vezes não são compatíveis com a realidade do aluno isso prejudica muito seu aprendizado. Também não se pode desprezar a falta de preparo dos educadores que atuam com essas crianças.


Segundo o teórico Goldfeld (1997):

A educação das pessoas surdas, por muitos anos, desenvolveu-se de forma preconceituosa. Houve um padrão consistente de evolução em que podemos dizer, que o que prevaleceu foi a desigualdade social. As pessoas deficientes eram destacadas por possuírem características divergentes daquelas instituídas pela sociedade. Por exemplo, utilizavam termos como, “excepcional” como se explicasse a diferença existente de um indivíduo para o outro.


Devemosentender que a surdez não se caracteriza por uma diferença física perceptível e ao contrário do que se pensa, ela está impregnada de preconceito, num dilema inesgotável em ser ou não ser uma deficiência.


A autora Sá (1999, p.47) contribui quando nos orienta:


[...] que a dificuldade maior dos surdos está exatamente na aquisição de uma linguagem que subsidie seu desenvolvimento cognitivo, os estudos que envolvem a condição de pessoa surda são revestidos de fundamental importância e seriedade, visto que a surdez, analisada exclusivamente do ponto de vista do desenvolvimento físico, não é uma deficiência grave, mas a ausência da linguagem, além de criar dificuldade no relacionamento pessoal, acaba por impedir todo o desenvolvimento psicossocial do indivíduo..
A falta de uma linguagem, independente de como ele seja, acarreta em especial na criança, atraso em seu desenvolvimento cognitivo, de aprendizagem, dificuldade de interação com os outros sujeitos no seu meio, em conseqüência sua capacidade de interação com outros pode ser comprometida.

 


2.1 COMO INCLUIR O DEFICIENTE AUDITIVO NA ESCOLA REGULAR


Para incluir essas crianças no ensino regular, deve-se pensar em uma preparação para os profissionais que irão estar envolvidos nesse processo, principalmente o educador que irá trabalhar diretamente com essas crianças, desta forma, o desenvolvimento de seus conhecimentos e habilidades facilitarão a sua prática pedagógica na identificação precoce, avaliação e estimulação dessas crianças desde a pré-escola,além disso, é necessário muito dinheiro, e o governo não quer ter gastos, mas eles não sabem o bem que farão a essas crianças, pois quando sabem que são capazes de lerem e escreverem,vão muito além.

A sociedade deve reconhecer que para se comunicar com o surdo é necessário utilizar instrumentos diferenciados, também é importante que exista instituições capazes de reuni-los, aceitando-os e estimulando-os a serem participativos dentro de suas próprias possibilidades, se preocupado com sua formação social além de resgatar sua humanidade e cidadania, com isso sua adaptação no mundo em vivem será melhor.


O processo de inclusão deve ser feito com, bastante cuidado, respeitando o tempo da criança, tanto os professore quanto os alunos devem estar prontos para receber crianças portadoras de deficiência, porém os pais e familiares também devem preparar a criança portadora de necessidades especiais para trabalhar no espaço da escola regular.

 


A Educação Especial assume a cada ano maior importância dentro da perspectiva de atender as crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando todas as pessoas que são discriminadas tiverem acesso a informação, ao conhecimento e aos meios necessários para formação de sua plena cidadania.

 

2.2 QUAIS OBSTÁCULOS SÃO ENFRENTADOS PELOS PROFESSORES NA INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO
Muitos obstáculos podem ser enfrentados e também superados nas salas de aula, graças à criatividade e vontade do professor, que assume uma postura de profissional da aprendizagem, em vez do profissional tradicional de ensino. Pois os professores que assumem essa postura transformam suas salas de aulas em espaços prazerosos onde, tanto eles como seus alunos, transformam o aprender em uma aventura, tornando assim a aprendizagem interessante e útil.O bom professor precisa estimular seus alunos, criando diariamente um tempo para ouvi-los para que possam reconhecer em suas falas, o que lhes serve de motivação, bem como experiências e vivências que trazem para escola.


Trabalhar com a inclusão é um desafio, isso é maior ainda quando o educador não está preparado para receber o aluno com necessidades especiais, nessa hora o educador percebe que precisa de ajuda e se dispõe a ter uma qualificação, evitando que o mesmo sofra angústias ao receber seus alunos em sala, por não estar apto para se comunicar atravéz da língua de sinais.


Na maioria dos casos, os professores não possuem domínio da linguagem de sinais para se comunicar com alunos surdos, fato que ainda é um desafio a ser alcançado.

 


2.3 COMO MELHORAR O PROCESSO DE INCLUSÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS


A criatividade do professor somada à sua convicção de que a aprendizagem é possível para todos e que ninguém consegue estabelecer limites entre o “igual” ou “diferente”, com certeza contribuirá para remover todos os obstáculos que os alunos “especiais” enfrentam ou viram a enfrentar no seu processo de aprendizagem. A flexibilidade também contribui para remover as barreiras, pois dessa forma o professor tem a capacidade de modificar seus planos e atividade conforme o andamento dos mesmos.


O professor nunca pode se acomodar, muito pelo contrário o professor deve sempre estar pesquisando e atualizando-se, principalmente aquele que pretende trabalhar com inclusão, buscando dessa forma melhorar sua prática a cada dia. Para se tornar um bom profissional nessa área o profissional deve: Capacitar-se, para melhor compreender o mundo do surdo;Usar libras, para melhorar a comunicação com essas crianças;Capacitar toda a escola, principalmente os professores com a língua dos surdos.
Com isso, percebe-se que a capacitação é fundamental para um bom diálogo, não só para professores, mas para toda comunidade escolar. Oferecer diversos mecanismos de interação como a linguagem por eles usadas, como um instrumento de inclusão, que proporcione a todos serem compreendidos pelos seus desejos e anseios, buscar apoio em todos os setores sociais e especializados, de modo a estar sempre conscientes sobreos ideais de uma educação especial e inclusivista.

 


2.4COMO DEVE SER FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL QUE TRABALHA COM OS DEFICIENTES AUDITIVOS


Há alguns anos atrás, quando o profissional terminava a graduação ele acreditava estar apto para atuar na área o resto da vida, mas a realidade é diferente principalmente para o profissional docente. Este deve se concientizar de que sua formação deve ser permanente.


O profissional deve ter um curso superior, somado ao conhecimento que vai se acumulando ao longo da vida. Ter uma boa graduação é necessário, mas só isso não basta, é essencial atualizar-see isso nos leva a formação continuada.O professor precisa sempre estudar, além de ter o prazer pelo estudo e pela leitura, só assim irá conseguir passar esse gosto para seus alunos. NÓVOA (2002, p.23) diz que: “O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente.”


3CONCLUSÃO


Com este trabalho foi possível compreender que a inclusão da criança com deficiência auditiva propicia muitos benefícios, pois proporciona a elas prazer, criatividade, desenvolvimento da linguagem, da coordenação motora, além de ser algo indispensável para a vida da criança. A escola inclusiva deve ser democrática, sem limites, onde as crianças portadoras de deficiência auditiva possa se sentir bem e saber que têm oportunidades de trabalhar e serem pessoas bem sucedidas na vida.


Percebe-se que a inclusão do deficiente auditivo no ambiente escolar faz com que as pessoas se aproximem mais umas das outras e trazem para perto de si pessoas que antes eram tidas como anormais. Está aproximação faz muita diferença não somente na vida daquele que foi incluso, mas também na vida de quem aceitou a inclusão do diferente.

O trabalho de inclusão não poderá ser finalizado enquanto existir necessidade de aprimoramento tanto das práticas de ensino como também da internalização dos sistemas educacionais. A inclusão é uma realidade que não pode mais esperar melhores preparos por parte das instituições de ensino, como também dos responsáveis em promover a dignidade humana, buscando com isso os valores éticos para que todos tenham lugar e vez nos demais segmentos da sociedade.


Todos são responsáveis pela inclusão, tanto a escola como a sociedade de um modo geral. Os cidadãos que participam da sociedade organizada têm que estar atento para a observância do cumprimento da lei da inclusão. Tem que fazer valer os direitos adquiridos aos portadores de necessidades especiais.

 


Contudo para se ter uma escola inclusiva digna para esses alunos é necessário que os professores façam cursos especializados para trabalhar com os deficientes auditivos e crie um ambiente adequado para se trabalhar com os mesmos, pois as crianças com deficiência tem direito à educação, para que assim possam ter uma boa formação e viver melhor.

 

 


4 REFERÊNCIAS


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às necessidades educacionais especiais de alunos surdos. Brasília: MEC/SEESP, 2005.

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NASCIMENTO, Luciana Monteiro do. Caderno de Estudos: Educação Especial/ Centro
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GOLDFELD, Márcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-
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MAURI, Teresa; SOLÉ, Isabel; COLL, César. Construtivismo na sala de aula. 2006.p. 1- 213.

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DECLARAÇÃO de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educacionais especiais. Trad.

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SCHWARTZAN, J. S. Inclusão. São Paulo: Mackenzie, 1999.

 

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MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma
reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon. Editora SENAC, 1997.