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A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Cristiane Polo
Luciana Carla Sirotto
Tatiane Auler Polo

Resumo:
Este artigo terá como finalidade mostrar qual a importância da ludicidade no desenvolvimento das crianças, e porque é tão importante trabalhar de forma lúdica dentro da sala de aula e também quais são os benefícios que isto trás tanto para o professor quanto para criança.
Palavras chaves: Aluno/Professor, Desenvolvimento, Motivador

INTRODUÇÃO
Educar com ludicidade tem um significado, profundo e está presente em todas as fases do desenvolvimento de uma criança ex.: uma criança que brinca de boneca com seus companheiros ela não esta simplesmente brincando; está também desenvolvendo suas habilidades cognitivas e sociais.
Este artigo tem como objetivo mostrar qual a importância da ludicidade para o de desenvolvimento de uma criança, como as crianças podem aprender brincando e de maneira lúdica tirando a velha impressão de que para aprender a sala de aula tem que ser da maneira convencional sem brincadeira sem diversão sem interação entre aluno/professor.
Por tanto o tema a ser estudado é a importância da ludicidade no desenvolvimento da criança, considera-se por lúdico o aspecto do jogo enquanto vivência das mais variadas formas de expressão dentro da sala de aula, que a atividade lúdica pode ser um instrumento pratico e motivador que permite ao aluno compreender a estrutura e o funcionamento de si mesmo, possibilitando ao mesmo tempo atuar com maior expressividade, autonomia, inteligência e sensibilidade, pois a fantasia lúdica transporta-o para dentro de muitas situações, nas quais ele pode criar e vivenciar de forma diferente.
No decorrer deste artigo descobriremos que quando a criança brinca, dentro dela surgem indagações sobre as diversas áreas do conhecimento, a matemática, a ciência, os estudos sociais, a arte, a filosofia. Alguns educadores percebem isso, mas ao se apropriarem do brincar como instrumento pedagógico destrói sua própria essência de espontaneidade e autonomia a hora, o como e o do que brincar são necessariamente da criança e é dever do educador cuidar para que isso não aconteça.
No presente estudo pretende-se colaborar com a discussão e reflexão sobre a importância do brincar e da brincadeira no desenvolvimento da criança, verificando o papel da família no desempenho escolar das crianças e no processo de inclusão do brincar no quesito educacional, e a influência de seus valores no desempenho escolar do aluno. Além disso, apresentar a influência do brinquedo e as vantagens que a brincadeira traz para o desenvolvimento da criança; Além de incentivar a conscientização dos pais e educadores sobre um trabalho conjunto para a introdução do brinquedo na aprendizagem da criança.

LUDICIDADE

“É fundamental que se assegure à criança o tempo e os espaços para que o caráter lúdico do lazer seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sólida para a criatividade e a participação cultural e, sobretudo para o exercício do prazer de viver, e viver, como diz a canção... como se fora brincadeira de roda...” (MARCELINO,1996.p.38).

Na Grécia antiga, um dos maiores pensadores, Platão (427 – 348), afirmava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, praticados em comum pelos dois sexos, sob vigilância e em jardim de crianças. Segundo ele e todo o pensamento grego daquela época, a educação propriamente dita deveria começar aos sete anos de idade.
Platão dava ao esporte, tão difundido na época, valor educativo, moral, colocando-o em pé de igualdade com a cultura intelectual e em estreita colaboração com ela na formação do caráter e da personalidade.
A partir do século XVI, os humanistas começaram a perceber o valor educativo dos jogos, e os colégios Jesuítas foram os primeiros a recolocá-los em práticas introduziram, pouco a pouco, as pessoas de bem e aos amantes da ordem uma opinião menos radical com relação aos jogos.

Papel do Brinquedo no Desenvolvimento Infantil
A concepção tradicional considera a inteligência da criança como recipiente vazio e cabe ao professor preenche-lo. Observando o desenvolvimento psicossocial da criança no mundo que a cerca, podemos perceber que inicialmente a criança não separa o seu eu do meio, percebe-o como parte de si mesma, a dissociação entre o “eu” e a realidade constrói-se através da interação da criança com este meio. Neste aspecto, a abordagem interacionista mostra-se mais adequada quando observamos o desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança em seu meio escolar.
Brincar é natural e faz parte do desenvolvimento humano, tenha esta criança condições sociais, por tanto o brincar sempre existe, fazendo da realidade um faz de conta, ou do faz de conta uma realidade, tornando-o ao alcance para esta criança.
O jogo e a brincadeira são as formas encontradas pela criança de assimilar este meio, atuando sobre ele de uma forma que possa ter maior autonomia sobre o mesmo.
O brinquedo surge de uma necessidade da criança agir como adulto, tornando o mundo dos objetos diretamente acessíveis a ela. No brinquedo as condições de ação podem ser modificadas conforme a necessidade da criança, sem perder, no entanto, sua relação com a realidade.
As brincadeiras aparentemente simples são fontes de estímulo ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança e também é uma forma de auto-expressão. Talvez poucos pais saibam o quanto é importante o brincar  para o desenvolvimento físico e psíquico do seu filho. A idéia difundida popularmente limita o ato de brincar a um simples passatempo, sem funções mais importantes que entreter a criança em atividades divertidas.
Para estimular a criatividade de uma criança é preciso criar condições favoráveis. Não basta estimular a criança, é indispensável abranger um contexto, pois se as crianças envolvidas tiverem atitudes inadequadas, o processo criativo não se desenvolverá.
É preciso dar a criança à coragem de errar sem ridicularização e punição, pois a criança que esta sob pressão não esta emocionalmente livre para criar e o fato de que é errando que se aprende.
A Criança Aprende a Brincar
O brincar é uma das formas mais comuns do comportamento humano, principalmente durante a infância. Infelizmente, ate há relativamente pouco tempo, o brincar era desvalorizado e menosprezado, destituído de valor a nível educativo. Com o evoluir dos tempos, atravessa-se uma mudança na forma como se percebe o brincar, e a sua importância no processo de desenvolvimento duma criança.
Atualmente, verifica-se uma maior preocupação com a formação das crianças: tato pais, como educadores, procuram a melhor forma de as tronarem responsáveis, equilibradas, etc. Contudo, não é raro esquecerem-se que o brincar pode ser uma “ferramenta”, por excelência, para que a criança desenvolva essas qualidades.
Mais do que uma “ferramenta”, o brincar é uma condição essencial para o desenvolvimento da criança. Através do brincar, ela pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação. Ao brincar, exploram e refletem sobre a realidade e a cultura na qual estão inseridas, interiorizando-as e, ao mesmo tempo, questionando as regras e papeis sociais. O brincar potencia o desenvolvimento, já que assim aprende a conhecer, aprende a fazer, aprende a conviver e, sobretudo, aprende a ser. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da concentração e da atenção.
Através da brincadeira, as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. Desta forma, expressam o que teriam dificuldades em realizar através do uso de palavras. Os jogos das crianças não são apenas recordações do que vê os adultos fazerem. Elas nunca reproduzem de forma absolutamente igual ao sucedido na realidade. O que sucede é uma transformação criadora da percepção para a formação de uma nova realidade que responda as exigências e inclinações da própria criança, ou seja, uma reinvenção da realidade.
Segundo Santos o brinquedo entendido como objeto, suporte da brincadeira, supõe relação intima com a criança, seu nível de desenvolvimento e inderteminaçao quanto ao uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que organize sua utilização. Uma boneca permite a criança desde a manipulação ate a brincadeira como “mamãe e filhinha”. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que invocam aspectos da realidade. Ao contrario, jogos, como xadrez, construção, exigem de modo explicito ou implícito, o desempenho de habilidades definidas peã estrutura do próprio objeto e suas regras.
Os brinquedos podem incorporar, também, um imaginário preexistente criado pelos desenhos animados, seriados televisivos, mundo de ficção cientifica com motores e robôs, mundo encantados dos contos de fadas, historia de piratas, índios e bandidos.
O brinquedo propõe um mundo imaginário à criança é representa a visão que o adulto tem a criança.
Vygostsky acredita que sempre que se produza uma situação imaginaria, haverá regras, não aquele tipo de regras que se formula anteriormente e que vão mudando segundo o desenvolvimento do jogo, mas regras que se desprende da mesma situação imaginaria. Diz que está convencido de que não existe jogo sem regras, posto que próprias situações imaginárias contem em si certas regras de conduta. Discute que se toda situação imaginaria tem regras de conduta, todo tipo de jogos com regras contem uma situação imaginaria, isto é recíproca parece ser verdadeira.

Considerações finais:
Contudo podemos perceber que o lúdico é mais do que importante para o desenvolvimento de uma criança, é essencial para que a criança desenvolva o aspecto social e cognitivo e vivencie o seu mundo das mais variadas formas possível.
Como os estudiosos já falavam desde a Grécia antiga brincar é fundamental para que a criança desenvolva sua intelectualidade, podemos dizer então que é um dever do professor trazer para dentro da sala de aula atividades lúdicas, para que a criança interaja com outras crianças e permite que elas se socializem umas com as outras não somente para uma melhor aprendizagem, mais para que elas aprendam desde já a viver em harmonia na sociedade no qual esta inserida.
Podemos perceber que o lúdico não é uma característica predominante da infância, mas um fator básico no desenvolvimento.
De acordo com os estudiosos e os grandes pensadores da área da educação, uma boa fundamentação teórica é essencial para uma melhor inserção da ludicidade nas aulas, pude observar na minha pratica docente I e II que não basta somente aplicar a ludicidade por aplicar, tem que ter um bom objetivo, para que aprendizagem seja alcançada da melhor forma possível. Podemos concluir então que é mais que fundamental para o melhor aprendizado das nossas crianças que a ludicidade esteja presente nas salas de aulas das nossas escolas.

 

 

Referências Bibliográficas:

ALMEIDA, Paulo Nunes de. “Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos”. 5ª ed. São Paulo: Loyola, 1994.
FERREIRO, Emilia. “Processo de alfabetização”. Rio de Janeiro: Palmeiras, 1998.
RIZZI, Leonor & HAYDT, Regina Célia. “Atividades Lúdicas na educação da criança”. São Paulo: Atica, 1987.
MARCELINO, Nelson Carvalho. “Estudos do Lazer: Uma Introdução”. Campinas. São Paulo: Autores Associados, 1996.
SANTOS, Santa Marli Pires dos (org.). “Brinquedoteca: O lúdico em Diferentes Contextos”. 9a ed. Petrópolis, RJ. Editora Vozes. 1997.
Carvalho, Ana M. A. “Brincadeira e Cultura: Viajando pelo Brasil que brinca”. São Paulo, Sp. Casa do Psicólogo. 2003.