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O PAPEL DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE 0 A 6 ANOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SORRISO/MT

Mirian Inês Bays Fernandes
Fabiane Bays da Rocha

RESUMO

Nesta pesquisa apresenta um estudo sobre jogos e brincadeiras na educação infantil de 0 a 6 anos, considerando a ideia de Vygotsky. Os jogos e as brincadeiras na educação infantil e de muita relevância, pois é nessa fase que se pode compreender como ela vê o mundo e de como está desenvolvendo suas habilidades, seus lugares perante a sociedade e o mundo, e através dos jogos e brincadeiras que haverá a contribuição, formação de atitudes sociais, valores, respeito, cooperação, afetividade, desenvolvimento físico, intelectual, habilidades necessárias para a melhoria da qualidade de vida do ensino e a construção do conhecimento, tendo como base a visão de Vygotsky, como utilizar a melhor, forma, essa metodologias a serem aplicadas na sala de aula, ao observar o brincar, as brincadeiras das crianças o educador terá condições de realizar atividades pedagógicas compatíveis com a realidade da criança, e assim o educador poderá planejar, desenvolver e aplicar da melhor forma as atividades para que o ensino-aprendizagem tenha êxito.

Palavras-chave: Jogos e Brincadeiras. Desenvolvimento infantil. Ensino-aprendizagem.

 

 

 

 


I NTRODUÇÃO
Este trabalho apresentará uma reflexão sobreo papel dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil de 0 a 6 anos em uma escola pública de Sorriso/MT, sendo que o papel da escola, da família da sociedade é importante para o desenvolvimento da criança, pois espero ter alcançado os objetivos que desejo com a realização deste trabalho acadêmico.
Qual é a importância do uso de jogos e brincadeiras na Educação infantil de 0 a 6 anos em uma escola pública do município de Sorriso /MT, tendo como base a concepção de Vygotsky?É o problema que escolhi para o desenvolvimento do meu trabalho. Assim, busco alcançar com esta pesquisa as informações necessárias e resultados significativos e qualitativos que me leve a uma análise sobre a melhor forma do professor da Educação Infantil utilizar os jogos e brincadeiras como recurso pedagógico no espaço escolar, se realmente esse recurso possibilitará ao profissional alcançar de maneira positiva o processo de desenvolvimento do ensino-aprendizagem.
Assim, analisei uma escola do município de Sorriso/MT, dentro da Educação Infantil, que fazem uso de jogos e brincadeiras como parte de recurso pedagógico para o desenvolvimento de crianças, tornarem-se profissionais mais sensíveis e perceptíveis às dificuldades de seus alunos, e com certeza saberão como orientá-los adequadamente para que juntos possam refletir sobre a melhor forma de superação das dificuldades existentes.
Na totalidade das formas da existência do ser humano, os grupos sociais criam, de geração em geração, formas de continuidade de transmissão de conhecimento, valores, regras, normas, procedimentos, com o intuito de garantir o convívio entre os homens e difundir a cultura de cada sociedade, o que ocorre por meio da Educação.
Devemos ter em mente que vivemos em uma sociedade atribulada, e que se começar a usar os jogos e as brincadeiras em sala de aula farão com que as crianças de hoje tenha um pouco de liberdade para que possa através das brincadeiras passarem um pouco do que esta vivendo do seu dia a dia, e assim os educadores vão poder conhecer e ajudar se for o caso. O educador precisará acreditar em si e no trabalho desenvolvido, nos valores que defendem, ou seja, ter convicção de suas idéias, sem deixar que as preocupações com o processo de mudanças empeçam o desenvolvimento cognitivo, motor e comportamentais dos educando.
Por meio dos jogos e brincadeiras os alunos entrarão em contatos com novos e diferentes desafios e encontrarão estímulos para criar novas relações entre temas já conhecidos. Os professores, ao estimularem os alunos a novos jogos e brincadeiras o desempenho e o desenvolvimento se dará, mas rápido. Pois é preciso uma nova epistemologia da prática: pensar, recriar, interagir e estudar as mudanças na escola em uma perspectiva individual e coletiva.
A possibilidade de ter desenvolvido deste trabalho acadêmico auxiliou a uma soma muito grande de aprendizagem, representando para mim acadêmica do curso de pedagogia um ganho muito grande de conhecimentos desta modalidade de ensino. Busco com a realização deste trabalho mais conhecimentos, informações que me levarão a desenvolvimento de um trabalho que possa conduzir-me na realidade do dia a dia.
A perspectiva de reflexão e ação tem como alicerce uma teoria crítica, que envolve e compromete os profissionais da educação. Sei que não é fácil pensar e realizar uma prática educativa que englobe todas nossas reflexões e é impossível prevermos o que acontecerá em nosso dia-a-dia, mais são estas imprevisibilidades que devem nos possibilitar a pensar nas estratégias, nos instrumentos a serem utilizados para formar indivíduos preparados para exercer sua cidadania.
O profissional de educação ao incluir os jogos e brincadeiras na sala de aula possibilitara ao aluno que desenvolva habilidades básicas para o desempenho do verdadeiro papel do cidadão: motivador, confiante e proporcionando mudanças significativas e que atue na sociedade como um ser transformador de conhecimento.

 


2. JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Em todos os períodos de vida, desde a antiguidade e nos dias atuais, os jogos e brincadeiras estiveram e está sempre presente na vida das pessoas, sendo com, mas ênfase na infância durante a infância na aprendizagem e no desenvolvimento infantil.
A interação é muito enriquecedora e auxilia as crianças a se conhecer melhor e a fazer novas amizades e vão construindo sua base na compreensão e utilização de códigos simbólicos, ao brincar simbolicamente a criança tem oportunidade de elaborar conflitos e realizar desejos, quanto maior for sua imaginação, maior serão as oportunidades de ajustar-se ao mundo ao seu redor através do brincar, assim como da capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver locos de afeto e confiança no outro. Esse processo tem início desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com a própria mãozinha. Assim como, aos poucos vão classificando, e sendo, mas rápido a intenção e precisão progressivas, vão aprendendo a interagir-se com os outros, inclusive com seus semelhantes, crescendo em autonomia e sociabilidade.
O brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados padrões de adultos. A situação imaginária estimula a inteligência e desenvolve a criatividade, é preciso respeitar a fantasia infantil e subsidiar seu faz-de-conta porque esta forma de brincar é fundamental para o seu equilíbrio emocional, para brincar é preciso que as crianças tenham certa independência para escolher seus colegas e os papéis que irão assumir no interior de um determinado ponto e enredo, cujos desenvolvimentos dependem tão somente da vontade de quem está na brincadeira.
Os desenvolvimentos da criança surgem da imitação de alguma pessoa ou de algo conhecido, de experiências vivenciadas, vivenciada no meio familiar ou em outros ambientes dentro da sociedade, e no ato de brincar que a criança se relacionar com outras pessoas que ocorre o seu desenvolvimento.
São durante as brincadeiras que a criança desenvolve diversas habilidades, desenvolvem o prazer, estruturas físicas, neurológicas, cognitivas e comportamentais, aptidões para os primeiros anos de vida
Segundo os PCN`s o brincar apresenta-se por meio de vários grupos. Esses grupos incluem o movimento e as mudanças da percepção resultantes essencialmente da modalidade física das crianças. A relação com os objetos e suas propriedades físicas assim como a pacto e agregação entre eles.
A linguagem oral e gestual que apresentam vários níveis de organização a serem utilizados para brincar os conteúdos sociais, como papéis, situações, valores e atitudes que se mencionam à forma como o universo social se constrói.
O brincar para a criança é muito importante. Porque é bom, é gostoso, e da felicidade e de acordo com os estudiosos e pesquisadores do tema ser dividido em duas grandes categorias.
O brincar Social: reflete o grau no quais as crianças interagem umas com as outras.
O brincar Cognitivo: revela o nível de desenvolvimento mental da criança.
As crianças na idade de educação infantil vivenciam experiências de brincadeiras lúdicas sociais e não-sociais. Um estudo feito por PARTEN (1932) citado por PAPALIA (2000) revela que o brincar das crianças pequenas, podemos identificar seis tipos de atividades lúdicas sociais e não-sociais: Comportamento desocupado, comportamento observador, atividade independente (solitária), atividade paralela, atividade associativa e atividade cooperativa ou organizada suplementar.
É importante saber que existe cinco grandes pilares básicos nas ações lúdicas das crianças em seus jogos, brinquedos e brincadeiras, estes pilares são: A imitação, o espaço, a fantasia, as regras e os valores.
Para que possamos entender um pouco, mais sobre universo lúdico é fundamental compreender o que é brincar, é importante conceituar palavras como jogos, brincadeiras e brinquedos, através do brincar, as crianças tem em suas mãos a possibilidade de lidar estabelecer relações com os alunos e com ela mesma, permitindo assim que aos professores de educação infantil podem trabalhar melhor as atividades lúdicas.
O brincar para a autora KISHIMOTO (1994), é compreendido como um “objeto suporte da brincadeira”, ou seja, brinquedo aqui estará representado por objetos como piões, bonecos, carrinhos brinquedos estruturados aquele que já são adquiridos prontos, é o caso dos exemplos acima, piões, bonecas, carrinhos e tantos outros.
Os brinquedos denominados não estruturados são aqueles que não sendo industrializados, ou seja, aqueles que as crianças fazem ou usam a imaginação para brincar com os mesmo, são simples objetos como paus ou pedras, que nas mãos das crianças adquirem novo significado, um bom brinquedo e aquele que convida a criança a brincar, é o desafio do seu pensamento, e o mobiliza sua percepção, e o que proporciona experiências e descobertas passando assim a serem uns brinquedos podem ser estruturados ou não estruturados dependendo de sua origem ou da transformação criativa da criança em cima do objeto.
O valor das brincadeiras, jogos é incontestável, pois são atividades indispensáveis para o desenvolvimento da criança,se diferencia por alguma estruturação e pela utilização regras, podemos citar a brincadeira de brincar de casinha, ladrão e policia, a brincadeira é uma atividade que pode ser tanto coletiva quanto individual. Na brincadeira que a criança pensa e reorganiza as situações cognitivas.
Brincar é fonte de lazer e ao mesmo tempo fonte de conhecimento, e assim nos leva a considerar que o brincar e o jogo fazem parte de atividade educativa, é através das brincadeiras, jogos que a criança desenvolve a imaginação, fundamentação, afetos, explora habilidades, e é nesse processo que possibilita o processo de desenvolvimento e aprendizagem, brincar é uma situação que a criança compõe significados, tanto para assimilar o papel social e compreensão das relações afetivas que ocorre em seu meio e para construção de seu conhecimento.
Para a criança, as brincadeiras e os jogos, na escola, não são iguais a brincar em outras ocasiões, porque na escola têm regras, limites, normas que regem as ações das pessoas e as interações entre eles.O brincar e o jogar proporcionam um estado de prazer, o que á descontração é consequentemente, ao surgimento de novas idéias criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações consciente e inconsciente, beneficia a confiança em si mesmo e no grupo em que está inserida.
E através do lúdico que as crianças têm a oportunidadesde desenvolver e seadaptarem na sociedade.Os jogos e as brincadeiras devem ser considerados como parte complementar da vida das pessoas não no aspecto de diversão ou como forma de fuga de tensões, mas como forma de entrar na vida das pessoas para o desenvolvimento intelectual e social.
Segundo (Almeida, 2000, p. 63), o sentido real, verdadeiro, funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo. Nada será feito se ele tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para levar isso adiante.
Por meio da brincadeira a criança, compreende e constrói o mundo em que ela gostaria que fosse. Através da brincadeira, ela expressa o que tem dificuldade de traduzir em palavras, nenhuma criança brinca só para passar o tempo, embora ela e os adultos que a observam pensam assim. Mesmo quando participa de uma brincadeira, em parte para preencher momentos vagos, sua escolha é motivada por processos internos, desejos, problemas, ansiedades o brincar é sua linguagem, secreta, que devemos respeitar mesmo que não a percebemos.
No brincar a criança está sempre acima de sua idade média, acima de seu comportamento diário. Assim, na brincadeira de faz-de-conta, as crianças manifestam certas habilidades que não seriam esperadas para sua idade. Nesse sentido. A aprendizagem cria a zona de desenvolvimento proximal, ou seja, a aprendizagem desperta vários processos internos de desenvolvimento. Deste ponto de vista, aprendizagem não é desenvolvimento, entretanto o aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer. (VYGOTSKY apud OLIVEIRA, 2002, p. 132).
Segundo Vygotsky (1989), é grande a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera, ao invés de agir num campo visual extremo, dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos.
Segundo Vygotsky as brincadeiras que são oferecidas á criança devem estar de acordo com a zona de desenvolvimento em que se encontra desta forma, pode-se perceber a importância do professor conhecer.
O papel do professor é muito importante, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa das brincadeiras, e é ele quem faz a mediação da construção do conhecimento.
Ao brincar, a criança pode desenvolver a confiança em si mesma, sua imaginação, auto-estima, autocontrole, cooperação e criatividade.As escolas e as pessoas que respeitar este conhecimento esse tempo da criança, e compreender o processo pelo qual a criança passa até alfabetizar-se, propiciando-lhe enfrentar e entender com maior tranqüilidade, clareza e saber que nos primeiros anos escolares poderá ser considerado um verdadeiro ambiente de aprendizagem.
O ponto principal da teoria formulada por Vygotsky é que as funções psicológicas superiores são de origem sócio-cultural e em emergem de processos psicológicos elementares, de origem biológica, através da interação da criança com membros mais experientes da cultura. O brincar ou jogar na escola não e igual ao brincar em outro momento, isso porque na escola a criança é regida por regras, normas que regulam as ações das pessoas e os intercâmbios entre elas, e essas regras, normas estão presente nas atividades diárias da criança.
Essa interação propicia a internalização dos mediadores simbólicos e da própria relação social, e assim as brincadeiras e os jogos têm uma especificidade quando ocorrem na escola, pois na escola são mediadas pelas institucionais.
O brincar é uma atividade lúdica, se deixar de sê-lo, descaracteriza-se como jogo ou brincadeira, não se pode proibir o brincar a esta função, uma vez que ele também promove a constituição do próprio individuo.
Segundo Vygotsky, no processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas de comportamento que as outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque, desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num sistema de comportamento social, retratadas através de seu ambiente humano, que a auxilia a atender seus objetivos. Isto vai envolvendo comunicações, ou seja, fala.
O brincar não significa apenas se divertir brincar, é muito mais, caracterizando-se como uma das formas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo, ou seja, o desenvolvimento acontece através de trocas mútuas que se estabelecem durante toda sua vida.
Assim, através dos jogos e brincadeiras a criança pode desenvolver capacidades importantes como a atenção, a memória, a imitação, a imaginação, ainda propiciando à criança o desenvolvimento de áreas da personalidade como afetividade, motricidade, inteligência, sociabilidade e criatividade.
O jogo e a brincadeira prendem a atenção das crianças, e desperta a necessidade de que a mesma aprenda o que é subir, descer, o que é esquerda, direita. A partir de observações do educando, terá condições de distribuir atividades, que desenvolvam os conceitos de número, quantidade, lateralidade, noções de espaço, de direção que as crianças estão constituindo e que estes sejam adequados as possibilidades reais de interações e compreensão que os educando apresentam em determinado estágio de seu desenvolvimento. A escola deve dar-se conta de que através das brincadeiras e dos jogos as crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo.
O movimento malsucedido de pegar é interpretado como um gesto de pedir para pegar e, gradativamente, passa a ser compreendido pelo bebê como um gesto de apontar, que envolve a ação com o outro Vygotsky, (1984, PP. 63 e 64). Conclui-se que “o aprendizado humano pressupõe uma natureza especifica e um processo através do qual as crianças penetram na vida intelectual dos que a cercam”. Isto se daria através da demonstração ou de pistas usadas por um parceiro mais experiente (Vygotsky, 1984, p. 99), ou seja, pela internalizarão das prescrições adultas apresentadas na interação. Inicialmente, portanto, a criança dispõe apenas de sua atividade motora, do ato, para agir sobre o mundo, sem ter consciência da ação e dos processos nela envolvidas.
Gradativamente, através da interação com outras crianças mais experientes, vão desenvolvendo capacidades simbólicas e reunindo á sua atividade prática, tornando-se mais consciente de sua própria experiência. Isto dá procedência ás formas puramente humana de inteligência prática e abstrata. As interações da criança com as pessoas de seu ambiente desenvolvem-lhe, pois, a fala interior, o pensamento reflexivo e o comportamento voluntário (Vygotsky, 1984, p. 101).
Vygotsky cria um conceito para explicitar o valor da experiência social no desenvolvimento cognitivo. Segundo ele há uma “zona de desenvolvimento proximal”, que se refere á distancia entre o nível de desenvolvimento atual, determinado através da solução de problemas pela criança, sem ajuda de alguém mais experiência, e o nível potencial de desenvolvimento medido através de solução de problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com crianças mais experientes.
Tendo comentado estes pontos da teoria de Vygotsky do desenvolvimento cognitivo da criança, passemos ao exame de suas concepções sobre o jogo infantil. Vygotsky considera que a criança muito pequena este limitada em suas ações pela restrição situacional, desde que a percepção que ela tem de uma situação não está separada da atividade motivacional e motora.Na brincadeira, os objetos perdem sua força determinadora sobre o comportamento da criança, que começa a poder agir independentemente daquilo que ela vê, pois a ação, numa situação imaginária, ensina a criança a dirigir seu comportamento não somente pela percepção imediata dos objetos ou pela situação que a afeta de imediato, mas também pelo significado dessa situação (Vygotsky, 1984, p. 110). A ação da criança é regrada, então, pelas idéias, pela representação, e não pelos objetos.
A brincadeira fornece um estágio de transição em direção á representação, desde que um objeto pode ser um pivô da separação entre um significado e um objeto real. (Vygotsky, 1984, p. 111-124). Todavia, não é o objeto, mas a atividade da criança com ele (seus movimentos e gestos) que lhe atribui de substituto adequado. A criança pode, assim, atingir uma definição funcional de conceito ou de objeto (Vygotsky, 1984, p. 113).
No processo de desenvolvimento, a criança começa a usar a mesmas formas comportamentais que as outras, inicialmente usadas em relação a ela, desde os primeiros dias de vida, as atividades das crianças adquirem um significado próprio no sistema de comportamento social, refletido por meio do seu ambiente, que a auxilia a atender os seus objetivos.
As atividades dos jogos e das brincadeiras têm o poder sobre as crianças de facilitar o desenvolvimento de suas funções psicológicas intelectuais e morais, ao ingressar na escola a criança sobre um impacto muito grande físico emocional, pois ate então sua vida eram dedicadas somente às brincadeiras e o ambiente familiar, já na escola existe regras, as brincadeiras são dirigidas que ajuda o desenvolvimento da motricidade e habilidades normais da criança.
Os jogos e brincadeiras têm um papel fundamental no desenvolvimento da criança ao brincar a criança tenciona no mundo dos adultos, ensaiando atividades, comportamentos e hábitos nos quais ainda não estão inserida e preparada para tal, mas durante os jogos e brincadeira permite com que sejam criados metodologia de desenvolvimento, internalizando o real e promovendo o desenvolvimento cognitivo. Durante os jogos e as brincadeiras no espaço escolar dirigido, os jogos e as brincadeiras podem ser veiculado para o desenvolvimento social, emocional e intelectual das crianças, nas fases iniciais pode e devem as brincadeiras, mais éimportante que se defina os objetivos que deseja ser alcançado, para que seja de fato significativo.
Durante os jogos e brincadeiras acontece o processo de humanização, e importantíssimo no desenvolvimento da criança de modo que as brincadeiras e os jogos vão surgindo gradativamente na vida, no qual a criança desenvolve sua capacidade de raciocinar, de julgar, de argumentar, ser critico, criativo de como chegar a um consenso, reconhecer o quanto isto é importante proporciona experiências possibilitando a conquista e a formação da sua identidade, como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes abundantes de interação lúdica e afetiva.
Ao brincar as crianças se torna menos dependente dos adultos, pois vão construindo sua identidade, independência, constrói suas brincadeiras, jogos, sua percepção e da situação que a afeta de imediato, passando a dirigir seu comportamento também por meio do significado dessa situação.
Segundo Craidy&Kaercher (2001) Vygotsky relata novamente que quando uma criança coloca várias cadeiras uma através da outra e diz que é um trem, percebe-se que ela já é capaz de simbolizar, esta capacidade representa um passo importante para o desenvolvimento do pensamento da criança. Brincando, e jogando as crianças exercitam suas potencialidades, habilidades e se desenvolve, pois há todo um desafio, uma história contida nas situações lúdicas, que impacienta, provoca o pensamento e as leva a alcançarem níveis de desenvolvimento de ensino aprendizagem, que só as ações por motivações fundamentais conseguem, durante as brincadeiras e os jogos passam a agir e esforça-se sem sentir cansaço, não ficam estressadas porque estão livres podendo elas construir suaspróprias brincadeiras e estão livres cobranças, avançam, ousam, descobrem, realizam com alegria, sentindo-se mais capazes e, portanto, mais confiantes em si mesmas com a alta estima em alta e predispostas a aprender cada dia mais.
Na educação principalmente na Educação Infantil em geral as brincadeiras e os jogos é um importante veículo de aprendizagem, visto que permite, através do lúdico, vivenciar a aprendizagem como processo de interação social, com o lúdico podemos promover uma alfabetização significativa rendimento escolar além do conhecimento da oralidade, pensamento e o sentido, na prática educacional, é incorporar o conhecimento através das características do conhecimento do mundo.
O educador é a peça principal no processo de aprendizagem, devendo ser um elemento essencial, o educador não deve se limitar em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesmo, e da sociedade. É oferecer, mostrar ferramentas para que a criança possa escolher caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo, sua realidade e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar.
Educar é amar, amar o próximo e acima de tudo a inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento, O processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar o raciocínio do aluno,muitos educadores têm o entendimento de que se aprende através da repetição, não tendo criatividade e nem vontade de tornar a aula mais alegre e interessante deixar a imaginação fluir, fazendo com que os alunos tenham vontade de criar, inovar, fazer seus próprios brinquedos, e mantenham distantes, perdendo com isso a afetividade e o carinho que são necessários para o ensino aprendizagem.
 A criança precisa de estabilidade emocional para que a aprendizagem se desenvolva com, mas êxito, carinho, atenção pode ser uma boa maneira de aproximar as crianças das brincadeiras e os jogos em parceria com professor, aluno, família, ajuda a enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.
O educador pode dar ênfase nas metodologias que alicerçam as atividades das brincadeiras e jogos, pois através do mesmo percebe-se um maior encantamento do aluno. A brincadeira proporciona prazer, potencializa a exploração e enriquece o ensino aprendizagem das crianças. A brincadeira é uma experiência muito boa e fundamental para a vida de qualquer criança, não só das crianças, mas em qualquer idade, pois brincar faz parte da aprendizagem das pessoas principalmente na educação infantil.
A brincadeira não deve ser atividade utilizada pelo professor apenas para recrear as crianças, mas como atividade em si mesma para o ensino-aprendizagem para o desenvolvimento do mesmo,deve fazer parte do plano de aula da escola.
Cabe ao educador criar um ambiente favorável para o desenvolvimento das crianças que reúna os elementos de motivação para que possam criar suas brincadeiras seus jogos, atividades que proporcionam conceitos e que preparam para o desenvolvimento social a leitura, para os números, conceitos de lógica que envolva as crianças, e as prepare para trabalhar em equipe na solução de problemas aprendendo a viver em sociedade.
Estar ao lado do aluno, acompanhar o seu desenvolvimento suas descobertas, seus erros, seus acertos, para levantar situações que o leve a formular teorias e poder solucionar as mesmas.Os jogos e as brincadeiras fazem bem em toda a idade principalmente na educação infantil, para o desenvolvimento e o crescimento da criança.
2.1 METODOLOGIA
Este trabalho teve como proposta de estudo o papel dos jogos e brincadeiras na educação infantil, voltada para o desenvolvimento da criança. Essa abordagem se desenvolveu por meio de metodologias de pesquisa científica através de trabalhos científicos e observações durante o estágio, uma vez que é durante o desenvolvimento que se expõe a proposta do trabalho, e pretende concluir a resposta para a pergunta feita no problema.
A pesquisa é uma investigação com a finalidade de descobrir conhecimento sobre o papel dos jogos e brincadeiras na educação, há vários tipos de pesquisa os mais comuns são as bibliográficas e as de campo como as observações.
Este presente trabalho utilizou-se da pesquisa bibliográfica, a onde foi coletada, informações de livros, revistas e textos eletrônicos.
O tema foi de livre escolha, pelo papel e a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, dando um propósito na ação da escola, separado das investigações dessa pesquisa. Ao escolher o tema da pesquisa, deve levar em conta a abrangência do mesmo, nesse caso delimita-se o tema em profundidade e qualidade dos conteúdos analisados no objetivo da pesquisa.
A coleta de dados foi realizada por meio de pesquisas em livros, revistas e textos eletrônicos, foram utilizados os autores como Vygotsky,Kishimoto, Oliveira, Parten, Papalia, Nylse Cunha, Rose Petry, Zeli Quevedo e após a leitura realizou-se um resumo sobre os autores a fim de maiores conhecimento do tema pesquisado.
Os objetivos proposto e a resolução do problema reservam-se a avaliação sobre o alcance e a descoberta dos assuntos.

 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No desenvolvimento deste trabalho acadêmico uma proposta de inovação e que enriqueceram o contexto pedagógico das nossas escolas e por acreditar que com os jogos e brincadeiras na primeira infância é fundamental para o sucesso do desenvolvimento e aprendizagem de nossos alunos.
Optei pelo tema: o papel dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil de 0 a 6 anos em uma escola pública do município de Sorriso/MT, devido a uma grande preocupação que tenho como futura professora sobre qual é a melhor maneira de desenvolvermos o processo de aprendizagem dos alunos da educação infantil. Pois como educadora percebi a dificuldade que apresenta alguns professores na sala de aula com alguns alunos, enquanto o desenvolvimento de algumas atividades.
A instituição escolar deverá refletir sobre as possibilidades de garantir aos professores e alunos novos conhecimentos, sabemos que existem muitas escolas que possuem jogos e novas brincadeiras, mas são poucos os professores que sabem utilizar esses novos recursos didáticos, alguns precisarão de oportunidade de tempo para realizações de cursos que orientarão nas utilizações desses recursos.
Em uma sociedade tão globalizada como a nossa, será possível um dia formar um professor que reflita sobre sua prática docente! O que necessitamos para a realização dessa prática? Melhores condições para realizações de trabalho, serviços de apoio das aulas tempos para realização de reuniões de avaliações e especialistas para auxiliar na avaliação das aulas.
Pois, o enfrentamento que realizam com coragem e compromisso pode fazer a diferença na melhoria da escola, essa por sua vez, precisará permanecer na busca da educação como prática social, capaz de contribuir na produção de uma nova sociedade, mais justa, mais humana, mais democrática, portanto mais amorosa.
Como futura pedagoga. Realizei uma reflexão sobre minha participação no processo da mudança social, da qual atualmente está acontecendo num ritmo muito acelerado e também sobre a minha futura atuação profissional, pois, ambas com certeza irão interferir de maneira significativa na formação do cidadão, pois, o meu compromisso com a sociedade será de ultrapassar as salas de aulas.
As inovações tecnológicas desenvolvidas para se obter cada vez mais informações, a solução, porém, ainda estará no mestre, no “educador”, pois esse é humano e com ternura, carinho, calor humano, somente ele poderá resgatar todo potencial dos seus alunos.
Desenvolvi como problema a pergunta: Qual é a importância do uso de jogos e brincadeiras na Educação Infantil de 0 a 6 anos em uma escola pública do município de Sorriso/MT, tendo como base a concepção de Vygotsky? Apresentei uma reflexão sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil numa sociedade tão carente de carinho, atenção, e aprendizagem.
Para a minha formação profissional o desenvolvimento deste trabalho foi de suma importância para o meu conhecimento educacional, pois como futura educadora precisarei perceber-me como parte do processo de aprendizagem e não somente como um mero profissional que transmite seus conhecimentos, mas sim, um profissional que evolui e transforma seus conhecimentos em sabedorias transformando-as e transmitindo-as.
Ao desenvolver este trabalho acadêmico através de vários momentos de leituras nos matérias didáticos disponibilizados para a realização da minha pesquisa, percebi que as futuras gerações estarão mais sensíveis as novas mudanças. Posso confirmar que adquiri com a realização desta pesquisa, estimulo para buscar mais informações sobre este nível de ensino encantador e instigante.
Percebi que o objetivo maior da escola é permitir que o aluno se desenvolva e compreenda os mais variados tipos de processo de ensino-aprendizagem, para criar situações reais onde os alunos possam fazer uso do que aprendeu e assim constatar seu grau de aprendizagem.
Através do desenvolvimento deste trabalho de TCC TEXTO FINAL, pude ter consciência que o professor tem um papel importantíssimo, exigindo dele comprometimento, responsabilidade e autonomia intelectual para a reflexão de idéias críticas.


REFERÊNCIAS

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Brasil Escola. A Importância do Brincar na Educação Infantil. Disponível em: http://monografias.brasilescola.com/educacao/a-importancia-brincar-na-educacao-infantil.htm (Acesso em 29/03/2013).

CALASANS, Renata. A Importância dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil. Disponível em:<http://amoaeducacaoinfantil.blogspot.com.br>. (Acesso em 24/07/2012).

CUNHA, Nylse Helena Silva. Criar para Brincar: a sucata como recurso pedagógico.São Paulo: Araquarina, 2005.

MELO, Alessandro de. URBANETZ, Sandra Terezinha. Trabalho de Conclusão de curso em Pedagogia. Curitiba: Ibpex, 2009.
Infantil
OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil.Disponível em:http://www.crmariocovas.sp.gov.br (Acesso em 18/07/2012).

RALLO, Rose Mary Petry. QUEVEDO, Zeli Rodrigues de. A magia dos Jogos na Alfabetização.Porto Alegre: Buarup, 1994.