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JOGOS COOPERATIVOS E A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Adriel Cardozo de Abreu
Camila Hentges
Vandressa Zatta

RESUMO
Este estudo mostra a idéia de Jogos Cooperativos como uma alternativa possível e saudável em relação a brincadeiras competitivas. Jogos Cooperativos são dinâmicos, de grupos que tem por objetivo despertar a consciência de cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa no campo das relações sociais e promover efetivamente a cooperação entre as pessoas. Neste estudo foram usados como métodos de pesquisa livros, artigos e informações retiradas de sites da internet. Dentre os componentes essenciais de um jogo cooperativo, está a presença de cooperação, aceitação, envolvimento e diversão. As crianças são as que mais são favorecidas com essa experiência, que lhes ajudará a serem crianças mais felizes, a compartilhar, a ter um bom relacionamento com os outros.
Termos: Cooperação, Mudança, Escola.
SUMMARY
Thisstudy shows theideaofCooperative Games as a possibleandhealthyalternativetocompetitivejokes. Cooperative Games are dynamic, fromgroupsthataimtoawakenawarenessofcooperation, show thatcooperationisanalternative in thefieldof social relationsandeffectivelypromotecooperationbetweenpeople. In thisstudy, books, articlesandinformationtakenfrom Internet sites wereused as researchmethods. Amongtheessentialcomponentsof a cooperative game isthepresenceofcooperation, acceptance, involvementandfun. Children are theonesmostfavoredbythisexperience, whichwill help themtobehappierchildren, toshare, tohave a goodrelationshipwithothers.
Terms: Cooperation, Change, School.

1. INTRODUÇÃO
Os jogos cooperativos nasceram a milhares de anos, quando membros das comunidades tribais s reuniam para celebrar a vida em volta de uma fogueira.
Segundo Barreto (2003), “Jogos Cooperativos são dinâmicas de grupos que tem por objetivo, em primeiro lugar, despertar a consciência de cooperação, mostrar que a cooperação é uma alternativa saudável no campo das relações sociais; em segundo lugar, promover efetivamente a cooperação entre as pessoas, na exata medida em que os jogos são eles próprios, experiências cooperativas”.
Na Educação e na Educação Física, novos paradigmas estão mostrando formas diferentes de ver o ser humano e o mundo. Nesta idéia, a competição vai sendo abandonada em favor da cooperação. Capra (1996) escreve sobre duas tendências atuais, a primeira seria a “auto afirmativa” (característica, tradicional, exclusiva, competitiva) e, a segunda a “integrativa” (abrangendo as novas perspectivas). Numa revisão sobre valores, ele cita a competição como pertencente à primeira tendência e a cooperação pertencente à segunda tendência.
Esse trabalho tem como objetivo de mostrar a importância dos jogos cooperativos para as crianças, não apenas dentro da escola, mas em sua vida. Sabendo que a aula de Educação Física é ideal para se trabalhar jogos, vemos que o papel do professor é de passar valores para a criança utilizando a pedagogia da cooperação.

2. OBJETIVO
O presente trabalho mostrara a importância dos jogos cooperativos na escola e sua importância no desenvolvimento cognitivo e social da criança.

3. METODOLOGIA
Foram usados como métodos de pesquisa livros, artigos e informações retiradas de sites da internet.

4. RESULTADO E DISCUÇÕES
Os Jogos cooperativos não é algo novo, começou a milhares de anos, quando membros de comunidades tribaisse reunião para celebrar a vida. Em 1950 através do trabalho de Ted Lentz nos Estados Unidos os Jogos Cooperativos começaram a ser sistematizados (SOLER, 2006).
Um dos maiores estudiosos do tema é sem dúvida o Prof. Terry Orlick da Universidade de Ottawa no Canadá, que pesquisou a relação entre Jogo e Sociedade defendendo que: “Quando participamos de um determinado jogo, fazemos parte de uma mini sociedade, que pode nos formar em direções variadas”. E qual direção queremos para nós? Nesse contexto o Jogo Cooperativo nos ajuda a ensinar e aprender a viver uns com os outros ao invés de uns contra os outros. Quando se joga cooperativamente, cada pessoa é responsável por contribuir com o resultado bem-sucedido do jogo e assim cada um se sente corresponsável e coparticipante. O medo da rejeição é eliminado e aumenta o desejo de se envolver, de fazer parte do grupo. A proposta dos jogos cooperativos deve estar acompanhada de atitudes que favoreçam o respeito, a valorização e a integração de todos (SOLER, 2006).

4.1 CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS DOS JOGOS COOPERATIVOS

Os jogos cooperativos, conforme Soler (2003) e Barreto (2000) têm várias características coerentes com o trabalho em grupo:
• Libertam da competição: participação de todos para o alcance de uma meta comum;
• Libertam da eliminação: buscam a integração de todos;
• Libertam para criar: as regras são flexíveis e, todos podem contribuir para ajudar o jogo;
• Libertam da agressão física: todos trabalham juntos, então não podem brigar.
• Inclusão: na experiência cooperativa o que se almeja é trabalhar com as pessoas no sentido de sempre ampliar a participação e integração de todos.
• Coletividade: diz respeito a conquistas e ganhos que somente se realizam coletivamente.
• Desenvolvimento humano: o objetivo é o último da experiência cooperativa é o ser humano e seu aprimoramento enquanto sujeito social.
Segundo Deustsch (1949) “os indivíduos em situações cooperativas, consideram que a realização de seus objetivos é, em parte, consequência das ações dos outros participantes, enquanto os indivíduos em situações competitivas consideram que a realização de seus objetivos é incomparável com a realização dos objetivos dos demais membros”.

 

4.2ATITUDES NOS JOGOS COOPERATIVOS

-A empatia: por - sê no lugar do outro;
-A cooperação: trabalhar em prol de uma meta comum;
-A estima: reconhecer e expressar a importância do outro;
Segundo Barreto (2003), os jogos se baseiam em cinco princípios fundamentais:
• Inclusão: trabalhar com as pessoas no sentido de ampliar a participação e integração.
• Coletividade: conquistas e ganhos que somente conseguem coletivamente.
• Igualdade de direitos e deveres: responsabilidade de todos pela decisão e gestão.
• Desenvolvimento Humano: o aprimoramento do ser humano enquanto sujeito social.
• Processualidade: a cooperação privilegia os meios, cada passo é dado levando em consideração os anteriores.

4.3 CATEGORIAS DOS JOGOS COOPERATIVOS

Orlick(2003) dividiu os jogos cooperativos em:
1. Jogos cooperativos sem perdedores: todos formam um único e grande time.
2. Jogos de resultado coletivo: permite a existência de duas ou mais equipes.
3. Jogos de diversão: troca de jogadores que começam em times diferentes.
4. Jogos semi-cooperativos: usado para um início de trabalho com jogos cooperativos, num contexto de aprendizagem esportiva. Oferece a oportunidade de os participantes jogarem em diferentes posições;
5. Jogos de inversão: o objetivo é alterar o padrão de times fixos. Os participantes são divididos em equipes, mas, durante o jogo, devem ocorrer trocas entre os membros dessas equipes, modificando-se a configuração inicial, a fim de que todos possam se ajudar busca-se o prazer pelo jogo e não pela vitória.

4.4 FUNÇÕES DOS JOGOS

Os jogos possuem funções essenciais, muito importantes na formação do ser humano, como:
• . Serve para explorar o mundo de quem joga e suas próprias idéias e atitudes.
• Reforça a convivência, modifica e aprimora o relacionamento interpessoal.
• Equilibra o corpo, atua como circuito auto – regulável de tensões e relaxamentos.
• Produz normas, valores e atitudes.
• Fantasia transforma o sinistro em fantástico.
• Induz a novas experimentações, permite aprender através de erros e acertos.
• Torna a pessoa mais livre.

4.5JOGOS COOPERATIVOS NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Somos um resultado de uma sociedade na qual nos ensinou desde pequeno valorizar comportamentos construtivos e destrutivos. Todas as realizações humanas são o resultado da cooperação em todos os campos de esforço humano como: política, na educação, na comunicação, nas artes, na ciência, na religião, na economia etc. O jogo cooperativo é um conjunto de experiências lúdicas que possibilita todos os envolvidos de avaliar, compartilhar, refletir sobre nossa relação com nós mesmos e com outros.
A idéia básica da proposta pelo jogo cooperativo é de permitir uma mudança de sentimentos e de entrarmos em contato íntimo com as nossas emoções para potencializar as Habilidades Humanas Básicas como: o amor, a alegria, a criatividade, a confiança, o respeito, a responsabilidade, a liberdade, a autonomia, a paciência, a paciência, a humildade etc. (ALMEIDA, 2003).
A inclusão do jogo cooperativo nas aulas de educação física deve buscar a participação de todos sem excluir ninguém, sempre dentro de um clima prazeroso, cordial, amigo e feliz onde a meta do professor e dos alunos estarão centradas na união da soma das suas competências individuais na busca de resultados que tragam benefícios para todos. Nesta proposta visamos a participação de todos para alcançar um objetivo comum, onde a motivação não é ganhar ou perder, a motivação está centrada na participação; neste sentido a proposta educativa tem como interesse principal o processo e não o resultado (ALMEIDA 2003).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As crianças são as que mais são favorecidas com essa experiência, que lhes ajudará a serem crianças mais felizes, a compartilhar, a ter um bom relacionamento com os outros.
Segundo Maturana1998, “a conduta social está baseada na cooperação, anão na competição. A competição é constitutivamente antissocial, por que a negação do outro implica a negação a si mesmo ao pretender que se valide o que se nega”. A competição é contrária a seriedade na ação, já que quem compete não vive no que faz se aliena na negação do outro.

7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro. Jogos Cooperativos na Educação Física: uma proposta lúdica para a paz. Disponível em www.labrinjo.ufc.br/phocadownload/jogos_cooperativos.pdf
BARRETO, Ricardo. Jogos Cooperativos: participação conjunta e inclusiva.Disponivel em http://www.redenet.edu.br/publicacoes/arquivos/20080212_082732_LAZE-007.pdf
BARRETO, André Valente de Barros. Jogos Cooperativos. Rio de Janeiro: 2003
BROTTO, F.O. Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar. Santos: 1997
BROTTO, F.O. Jogos Cooperativos: O jogo e o esporte como um exercício de convivência. Santos: 2002
CAPRA, F. A Teia da vida. São Paulo: 1996.
MATURANA, H. Da Biologia a Psicologia. Porto Alegre: 1998
ORLICK, Terry. Vencendo a competição. São Paulo: 2003
SASSAKI, R.K. Jogos Cooperativos para Educação Infantil. Rio de Janeiro: 1997
SARAYDAIAN, Torkon. A psicologia da cooperação e convivência grupal.1990
SOLER, R. Jogos cooperativos para educação infantil. Rio de Janeiro: 2003
http://www.jogoscooperativos.com.br/entendendo_os_jogos.htm#Pré...co
nceitos
http://www.efdeportes.com/efd107/jogos-cooperativos-e-educacao-fisica-
escolar.htm