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O BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR

Juliana Alburquerque
Cristina Tondatto Garcia
Eronilda Teresinha Johann
Liane de Fátima Goulart Iung
Maria José da Silva

RESUMO
O tema pesquisado tem sido um dos assuntos bastante questionado pela mídia e sociedade, devido os inúmeros casos de violência dentro do espaço escolar, o que leva a uma série de consequências as partes envolvidas e interferindo de forma significativa na aprendizagem dos mesmos. A pesquisa visa analisar as ações que os professores usam para prevenir e combater o bullying no cotidiano escolar, através de suas práticas pedagógicas e metodologias de aprendizado. O bullying é um conceito específico e muito bem definido, uma vez que não se deixa confundir com outras formas de violência, e essas violências geram traumas e ocorre de maneira continua dentro do espaço escolar, afetando a pessoa tanto de forma física, verbal e psicológica. O bullying é classificado como direto quando as vitimas são atacadas diretamente, ou indireto, quando as vitimas estão ausentes. Os envolvidos sofrem consequências (direto ou indireto), as dificuldades emocionais dos alunos podem alterar suas relações sociais com professores e colegas e dificultar seriamente sua aprendizagem. O intuito de trabalhar este tema BULLYING na escola é de entender a diversa forma que esta violência acontece no ambiente escolar, e que cada vez mais é crescente os casos que envolvem agressões que causam sérios danos psicológicos e físicos a criança e adolescentes que são vitimas de casos de BULLYING na escola, comprometendo sua integridade e seu desenvolvimento.

Palavras-Chave: Bullying no ambiente escolar, Violência escolar, Prática Pedagógica dos professores.

 

 


1.INTRODUÇÃO

BULLYING na escola, comprometendo sua integridade e seu desenvolvimento.
Tem como objetivo este trabalho de identificar essas diversas formas e compreender de que forma o professor, bem como a equipe escolar pode estar intervindo para resolver ou minimizar casos de BULLYING, as características de vítimas e agressores, bem como as consequências que estas agressões acarretam na vida dos alunos. Na busca de ampliar o pensamento e melhor entendimento a cerca do assunto abordado, à metodologia adotada formara pesquisa bibliográfica e pesquisa em campo com observações e aplicação de questionários. A justificativa em abordar este tema vem de encontro com o despreparo do professor em identificar, analisar e combater casos de agressões que causa inúmeras consequências, e que compromete de maneira significativa o desenvolvimento de alunos que sofrem com a violência silenciada denominada BULLYING.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixos auto estima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio. O autor das agressões geralmente é uma pessoa que têm pouca empatia, pertencentes a famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. O alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.

 

 

 

 

 

DESENVOLVIMENTO

O termo BULLYING compreende as diversas formas de agressões verbais, físicas, intencionais e repetitivas. O primeiro pesquisador a direcionar seus estudos para casos de bullying foi o professor Dan Olweus da Noruega na década de 70 verificando casos de bullying, seus agressores e vítimas. Um incidente na década de 80 em uma escola, aonde jovens cometera suicídio, despertou ainda mais a visão deste professor para o estudo mais aprofundado desses casos dentro das instituições de ensino, na busca de entender e compreender o que leva agressores a fazer isso e as inúmeras consequências que as vítimas desenvolviam a partir dessa violência.

O ambiente escolar é onde circunda todos os gêneros, etnias, culturas e etc., passam a ser um local onde a violência denominada bullying passa a ser mais atuante e frequente, por isso a importância do professor e de todo o corpo docente das instituições estarem atentos para casos de isolamentos, timidez, diminuição no rendimento escolar, apelidos maldosos, furtos, intimidação e etc. que pode até levar a vítima a desistir dos estudos e até mesmo ao suicídio.
A violência se depara em todos os lugares e classes sociais, e a tecnologia tão falada nos tempos atuais, também tem ressoado problemas com o cyberbullying termo usado para agressões causadas pelo universo virtual, e que tem aumentado a cada dia essas agressões virtuais, expondo e constrangendo os direitos e a integridade do outro de uma maneira mascarada.
Este é um tema que abrange um universo de opiniões, discussões e pontos de vistas diversos, violência, seja ela qual for não traz e nunca trouxe benefícios nenhum a quem prática e a quem é insultado e sofrem com isso. Portanto buscar meios e formas de diminuir ou mesmo banir isso do seio da sociedade seria algo maravilhoso. Mas infelizmente o que se ver é o aumento considerável da violência em nossas escolas e sociedade.
E as consequências do bullying são as mais variadas, podendo levar marcas para o resto da vida da vítima, é algo devastador, imagine sofrer calada (o) diariamente, que psicológico que aguenta tamanho sofrimento e geralmente são crianças e jovens adolescentes que tem um futuro, expectativas, sonhos e de repente se veem acuados, rejeitados e humilhados, o que espera.
Agressor- É tido como aquele fortão, valentão que tem seguidores que o admiram pela sua audácia, falta de limites, tem sua própria lei resolvendo tudo na base da violência. Como Fante (2002) enfatiza:
Para os agressores, ocorre o distanciamento e a falta de adaptação aos objetivos escolares, à supervalorização da violência como forma de obtenção de poder. Crianças que repetem atos de intolerância e de violência para com o outro podem estar sendo reforçados pelos pais, que as veem positivamente como espertas, machões, bonachões, ou por grupos que usam a intolerância, a discriminação e a violência como meios de expressão e de afirmação da identidade narcísica. Admite-se que os que praticam o bullying têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos antissociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinquentes e criminosas (FANTE, 2002, p.81).

 

 

4. METODOLOGIA

Os procedimentos metodológicos adotada nesta pesquisa foram de cunho qualitativo, na forma de observações, entrevista informal e questionário, visando compreender melhor a prática adotada, cujo embasamento vem dos referenciais teóricos, a fim de analisar a prática pedagógica e perceber como a mesma é desenvolvida, tratando principalmente acerca do tema pesquisado. A pesquisa com questionários participaram quatro professores, um de português, um de matemática, um de ciências e um de educação física, e as falas do diretor foram em caráter de entrevista informal, as observações foram de grande valia, para comprovar e conhecer os comportamentos que pode ou que geram bullying dentro da sala de aula como no espaço escolar em geral.

Esta pesquisa contribuiu de forma significativa, pois aborda um ambiente onde circula diferentes pensamentos e realidades, conhecer o que circunda no mesmo é fundamental para o bom desenvolvimento da prática. A prática sempre nos assusta e a violência escolar tem crescido a números altíssimos, isso reflete no professor, na equipe escolar, e nos alunos. Saber de que forma lidar e trabalhar com isso é o mínimo, ter consciência que isso deve ser combatido e evitado, mas para que isso ocorra deve primeiramente ser identificado.
A escola é um espaço onde a dinâmica cultural e grandiosa, mas que cada um tem suas especificidades, as diferenças devem ser respeitadas, que a convivência seja pacífica e respeitosa em ambos os sentidos, que seja prevalecido neste ambiente às diversas formas de ensinar e aprender, de adquirir habilidades e conhecimentos, que as potencialidades sejam desenvolvidas.
Com o intuito de concretizar a finalidade pretendida, buscamos responder de forma criteriosa as questões projetadas e objetivadas neste trabalho, levando em conta um assunto que requer conhecimento, para que aluno não seja alvo desta violência que assola e denigre de forma cruel e silenciosa a integridade do outro.


5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

  O estudo chegou à conclusão que um em cada sete alunos encontrava-se envolvido em casos de bullying, tanto no papel de vítima, quanto no de agressor. Os estudos de Olweus deram origem a um programa de intervenção anti bullying, que teve como objetivos: aumentar a conscientização sobre o problema e a promover apoio e proteção às vítimas contra esse tipo de violência escolar.
Pesquisas sobre o fenômeno, ao redor do mundo, apontam para o crescimento do problema: estima-se que de 5% a 35% das crianças em idade escolar estejam envolvidas em condutas agressivas no ambiente educacional. Os espectadores não foram incluídos nos índices, o que nos faz imaginar que a população de jovens indiretamente envolvidos no bullying é ainda maior. Esses estudos estão evidenciando o fenômeno aqui estudado, como fator prejudicial ao rendimento dos alunos atingidos pelo mesmo. Essa forma de violência e a preocupação em resolvê-la aumentaram em consequência de massacres ocorridos em escolas de muitos países. Não há maior objetivo neste artigo além de chamar a atenção e alertar a comunidade escolar para o fenômeno bullying.
            Cabe a nós professores buscar, desde a graduação, o conhecimento das principais patologias presentes no cotidiano das escolas e dos alunos. A conscientização para este e outros problemas provém unicamente da informação, da busca pelo conhecimento e da integração entre escola e sociedade. O bullying é o mal que acomete nossas crianças de forma mais drástica e violenta. Somente na escola, desde os anos iniciais até os mais altos níveis de graduação, é que se podem proteger os alunos do mal que os cerca no ambiente que deveria ser o mais saudável e satisfatório de suas vidas estudantis.
Piadas e apelidos só podem ser realmente divertidos se ambas as partes se alegrem com ele. A partir do momento em que essas simples piadas passam a ser perseguição rotineira, que agride a moral do aluno, ela deixa de ser brincadeira para se tornar patologia. Um ambiente hostil jamais poderá ser um lugar de aprendizagem prazerosa, e somente os professores têm em suas mãos a ferramenta inicial para acabar com esse problema: o bullying precisa ser diagnosticado e alertado para que sejam evitadas mais vítimas no mundo todo.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

ABRAPIA - Associação Brasileira de Proteção à Infância e Adolescência 2006.
Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes.
CONSTANTINI, Alessandro. Bullying: Como combate – lo?. São Paulo: Itália Nova Editora, 2004.
FANTE, C. Fenômeno Bullying: Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Editora Verus, 2005.

LUDKE. M. & ANDRÉ. M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo. Ed. Pedagógica e universitária LTDA, 1999.

MARCHESI, A. O que será de nós, os maus alunos? Tradução: Ernani Rosa. Porto Alegre: Ed Artmed, 2006.

NETO, A.L. Diga não ao bullying. 5 ed. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.

PEREIRA, Beatriz Oliveira, Para uma escola sem violência – estudo e prevenção das práticas agressivas entre crianças. Lisboa: Dina livro. 2002
TUDO SOBRE BULLYING, Brigas, ofensas, disseminação de comentários maldosos, agressões físicas e psicológicas, repressão, 18 de maio de 2011.

FAESI, Bullying conhecer o problema é a melhor forma de lidar com este mal, 27 de novembro de 2010.