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ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA COM DIFICULDADE AUDITIVA; O BILINGUISMO COMO PROPOSTA EDUCACIONAL

Guterlandia Amorim Cantanhede
Débora Cristina Maria
Patrícia Ferreira Oliveira
Taís Regina Schid

RESUMO

A alfabetização de crianças com deficiência auditiva e um assunto que preocupa e tem sido um desafio, principalmente no que se diz respeito a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA) e língua de sinais (libras). Muitas perguntas têm sobre o tema. A proposta deste trabalho é conhecer, aprofundar sobre a problematização, compreender a aquisição da língua de sinais (Libras), como sendo a primeira língua e língua portuguesa a segunda, compreender o processo de alfabetização e importante a todos os profissionais de educação, família, escola, e a sociedade como um todo são responsáveis pela inclusão das pessoas com deficiência auditiva ou outras deficiências no ambiente escolar e social e ter atendimento especializado, recurso e profissionais com formação para atender todas as necessidades educativas especiais, conforme Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996).


Palavra-chave; Desenvolvimento Cognitivo, Linguagem, Língua de Sinais.

INTRODUÇÃO


A educação Inclusiva se fundamenta na Declaração de Salamanca, LDB, e outros documentos como a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva; a ideia de inclusão se passa por uma ação política, cultural e pedagógica, em defesa dos alunos estarem juntos na escola, sem discriminação.
Durante séculos pessoas com dificuldades auditivas ou algum tipo de deficiência eram segregadas, e tratadas como incapazes.
A partir da década de 90 e início do século XXI, iniciou a busca pela igualdade, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional-LDBEN 9394/96, em seu artigo 59, capitulo V, que fala sobre a Educação Especial, assegura uma educação de qualidade, porém não garantia a capacitação dos profissionais de educação que trabalhavam e trabalham com portadores de necessidades especiais.
Durante as pesquisa e estudo para realizar este artigo, percebemos que ainda tem muito que se fazer para que essa inclusão de fato seja e tenha efeito positivo para aqueles que necessitam, pois essa situação nos levou a defrontar com a realidade em que nos encontramos, na problematização que a escolarização, ou seja, na alfabetização dos alunos.
Além disso, todos os profissionais de educação devem ser preparados para poder atender, trabalhar com pessoas com necessidades especiais, não só com dificuldades auditivas, mas sim com todos os tipos de necessidades especiais e essa preparação deve ser ofertada pelo governo gratuitamente para que todo o profissional de educação esteja capacitado quando em sua sala de aula tiver pessoas com necessidades especiais, e para que essas pessoas se sintam valorizados e capazes.

IDENTIFICANDO A CRIANÇA COM DIFICULDADE AUDITIVA


São inúmeras as formas de identificação de uma criança com deficiência auditiva, cada uma delas de acordo com a sua idade. A deficiência auditiva infantil caracteriza-se por uma redução da audição em qualquer grau, que impede a criança de receber, perceber e reconhecer os sons normais em diferentes graus, podendo interferir no desenvolvimento da linguagem e da fala, o que acarreta dificuldades de aprendizagem e efeitos deletérios sobre a evolução social, emocional, cognitiva.
Conviver com uma criança com deficiência auditiva pode despertar uma confusão de sentimentos na família, a qual cria expectativas e incertezas diante do diagnóstico da deficiência, que pode levar a uma desestruturação familiar. Isso mostra a importância de os profissionais de saúde oferecer informações adequadas para a família enfrentar a nova situação.
A aprendizagem da criança com dificuldade auditiva deve iniciar assim que a família ou profissional de saúde perceber alguma dificuldade da criança na percepção sonora do ambiente que ela se encontra ou quando é estimulada.
A linguagem de sinais é a primeira língua da criança quando é diagnosticada com dificuldades auditivas, ela deve ser inserida para poder fazer uso dela, para favorecer o desenvolvimento cognitivo. Pois esse desenvolvimento só é possível através da linguagem sendo ela falada ou gestual.
Quando mais cedo for inserido a língua de sinais para a criança melhor será o seu desenvolvimento. A linguagem é fundamental para a formação dos processos mentais, conforme Vygotsky e tem a função de regular e organizar os pensamentos.
A língua de sinais, tem um papel fundamental durante a aquisição da leitura e da escrita, pois possibilitará a construção de conhecimento de mundo, fazendo com, que pessoas com dificuldades auditivas, entenda o significado do que estão lendo, deixando de ser decodificadores da escrita.
Para tal é preciso um modelo de educação no qual a alfabetização seja voltada para pessoas surdas:
Um modelo no qual o déficit auditivo não cumpra nenhum papel relevante, um modelo que se origina e se justifiquem nas interações normais e habituais dos surdos entre si, no qual a língua de sinais seja o traço fundamental de identificação sociocultural e no qual o modelo pedagógico não seja uma obsessão para corrigir o déficit, mas a continuação de um mecanismo de compensação que os próprios surdos, historicamente, já demonstraram utilizar (SKLIAR, 1997, p 140).
Todos tem o direito à educação, a pessoa com dificuldade auditiva também, com professores que saibam utilizar a língua de sinais, mas esta é uma das grandes dificuldades. Além disso, a família é uma grande parceira para o propósito.

O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA CRIANÇAS SURDAS    


A linguagem tem um papel importante na percepção, porque a criança começa ver o mundo não só com os olhos, e sim também da fala, que é parte essencial para o desenvolvimento cognitivo. A linguagem tem uma importante função na organização da percepção e de novas relações entre as funções psicológicas.
Diante disso, entende-se que o processo de aprendizagem e o desenvolvimento da linguagem da criança com necessidade educacional especial auditiva ocorrem por dois processos: o primeiro a aprendizagem da língua de sinais ou língua gestual, e a segunda a aprendizagem da língua portuguesa (aquisição da produção escrita).
Segundo retrata no Programa de língua portuguesa para surdos pelo DGDC (2011: 14) que: Entende-se por escrita o resultado, dotado de significado e conforme à gramática da língua, de um processo de fixação linguística que convoca o conhecimento do sistema de representação gráfica adaptado, bem como processos cognitivos e transformações linguísticos complexos (planejamento, textualização, revisão, correção e reformulação do texto). 
Como toda criança o desenvolvimento depende de sua interação com o ambiente e com as pessoas a sua volta, ou seja, precisa haver algum tipo de comunicação, e é esse o propósito da língua de sinais, estabelecer uma comunicação já que a função auditiva está prejudicada, deste modo o repasse de informações e conhecimentos poderá ser realizado. É muito importante que as crianças com dificuldades auditivas tenham acesso a língua de sinais, sem ela segundo Moreira:
(...) os surdos passam por muitas dificuldades no decorrer de suas vidas, tanto no aspecto social como no psicológico e acadêmico. Consideram que tais dificuldades estão diretamente relacionadas com a questão do desenvolvimento linguístico, porque ao sofrer um atraso de linguagem, mesmo aprendendo tardiamente uma língua, a criança surda sempre terá consequências como problemas emocionais, sócias e cognitivos, pois só com a linguagem simbólica é possível operar funções mentais superiores e o atraso na aquisição da linguagem produz retardo no desenvolvimento cognitivo. Esta relação entre desenvolvimento linguístico e cognição coloca o conceito de linguagem além da função comunicativa, mas também como função de regular ou organizar o pensamento, assumindo a linguagem um papel essencial para o desenvolvimento cognitivo.

Todo o conhecimento de mundo e de convivência nos é repassado no convívio com nossos familiares e amigos através da socialização, e consequentemente através da fala também, e quando o indivíduo possui alguma dificuldade, precisa estabelecer outro tipo de comunicação.
A fala é muito importante, quando não permite à fala as crianças pequenas elas não são capazes de encontrar ou solucionar tarefas.

Segundo Vygotsky apud Andrade:
(...) a fala é usada imediatamente em todas as práticas e contextos sociais. Ao brincar, na escola e na vida cotidiana, a criança, sem este propósito ou consciência, aprende a usar a fala, a compreendê-la, a fixar a sua atenção e a organizar a sua vida em função dela. Sem a fala, estas atividades se tornariam impossíveis.
Primeiramente, a criança precisa ser alfabetizada em libras, e logo depois ela deve ter contato com a língua portuguesa, através de objetos e coisas que ela está habituada e a partir daí estabelecer uma relação entre o objeto e a palavra respectivamente.
E segundo Pereira 2000:
A língua de sinais preenche as mesmas funções que a língua falada tem para os ouvintes. Como ocorre com as crianças ouvintes, espera-se que a língua de sinais seja adquirida na interação com usuários fluentes da mesma, os quais, envolvendo as crianças surdas em práticas discursivas e interpretando os enunciados produzidos por elas, insiram-se no funcionamento dessa língua.
Tornando-se assim essencial a língua de sinais para o processo de aprendizagem, visto que será mediadora para a língua portuguesa, e assim a alfabetização acontecera com êxito.

O BILINGUISMO COMO PROPOSTA EDUCACIONAL.

A abordagem educacional por meio do bilinguismo visa capacitar a pessoa com deficiência auditiva a utilização de duas línguas: A língua de sinais e a língua da comunidade ouvinte. As propostas educacionais começam a estruturar-se a partir do Decreto 5 626/05 que regulamentou a Lei de Libras (Língua Brasileira de Sinais).
Dessa forma, os surdos passaram a ter direito ao conhecimento a partir desta língua. O português é utilizado na modalidade escrita, sendo a segunda língua, e a educação dos surdos passa a ser bilíngue.
Nesse sentido, Quadros contribui dizendo que: “Quando me refiro ao bilinguismo, não estou estabelecendo uma dicotomia, mas sim reconhecendo as línguas envolvidas no cotidiano dos surdos, ou seja, a Língua Brasileira de Sinais e o Português no contexto mais comum do Brasil.” (2000, p.54). Existem atualmente, algumas divergências relacionadas à inclusão dos alunos surdos, visto que, para alguns, a escola especial é segregadora, pois os alunos isolam-se cada vez mais, e os resultados obtidos não são os esperados. Já para outros, essa escola enaltece a comunidade surda, sua cultura e sua identidade, enfatizando que esse espaço de aquisição de uma língua efetiva promove o desenvolvimento cognitivo da criança.
O importante é a interações entre as duas línguas, para que a criança cresça, desenvolvendo suas capacidades cognitivas, linguísticas, afetivas e políticas, independentemente do espaço escolar no qual está inserida. Para isso, é necessário conhecer os sujeitos na sua singularidade linguística e reconhecer que as crianças surdas s precisam de uma educação específica.
O ideal, é que a criança adquira primeiro a língua de sinais e, depois a língua portuguesa para que facilite a sua compreensão, uma vez que o aprendiz da segunda língua utiliza a primeira como estratégia da aprendizagem.
Nessa perspectiva, Lerner (2002) afirma que o desafio que a escola enfrenta hoje é conseguir que todos os seus alunos cheguem a serem membros plenos da comunidade de leitores e escritores.
O bilinguismo permite que, dada a relação entre o adulto e a criança, esta possa construir uma auto-imagem positiva como sujeito surdo, sem perder a possibilidade de se integrar numa comunidade de ouvintes. A proposta bilíngue possibilita ao leitor surdo fazer uso das duas línguas, escolhendo a qual irá utilizar em cada situação linguística.
E assim sendo a melhor opção para a criança surda é o ensino bilíngue segundo Goldfeld, 1997, pag. 160:
(...) a melhor opção educacional para a criança surda, pois a expõe a uma língua de fácil acesso, a língua de sinais, que pode evitar o atraso da linguagem e possibilitar um pleno desenvolvimento cognitivo, além de expor a criança a linguagem oral, que é essencial para o seu convívio com a comunidade ouvinte e sua própria família.
Lacerda diz:
O objetivo da educação bilíngue é que a criança surda possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico equivalente ao verificado na criança ouvinte, e que possa desenvolver uma relação harmoniosa também com os ouvintes, tendo acesso ás duas línguas: a língua de sinais e a língua do grupo ouvinte.
Assim teremos surdos alfabetizados na língua de sinais e na língua portuguesa, favorecendo o pleno desenvolvimento do indivíduo e com participação efetiva na sociedade.
Segundo Sá (2002, p.68) uma educação bilíngue é muito mais que o domínio ou uso, em algum nível, de duas línguas. É necessário ver a educação de surdos sendo caracterizada tanto como uma educação bilíngue como também enquanto uma educação multicultural. A autora continua dizendo que uma educação bilíngue que não seja embasada em uma perspectiva multicultural corre o risco de valorizar a questão linguística e esquecer todos os demais aspectos.
Além de tudo isso existe outro fator importantíssimo para se adotar o bilinguismo a família é preciso que a família participe. O acesso à educação tornou-se, contudo uma longa luta das pessoas deficientes pelo direito à inserção em um sistema educacional que lhe propicie um desenvolvimento pleno de suas potencialidades, tendo uma socialização sadia, e, como diz Marchezi (1995), que não as coloque à margem, seja do mundo dos ouvintes, seja do dos surdos. Nesse processo, tornar-se importantíssima a participação da família, não só como promotora do desenvolvimento, mas como agente mediador entre a escola e a sociedade. E, de acordo com Quadros (1997), ela deve conhecer a proposta para que possa se engajar adequadamente, já que ela é o grupo social primário a que a criança pertence, cabendo-lhe, portanto, as decisões sobre os atendimentos necessários, entre eles a escola.
Sendo assim utilização da Língua de Sinais não irá resolver todo o problema da educação dos surdos. É necessário levar em conta o papel que ela desempenha de fato no ambiente escolar e principalmente na vida dos surdos que frequentam a escola.
Entende-se assim que, embora o surdo esteja inserido em uma sociedade e em um núcleo familiar cuja maior parte utiliza a língua oral majoritária, ele também está ligado – direta ou indiretamente – a espaços e pessoas que se comunicam por uma Língua de Sinais. Reconhecer, portanto, a condição bilíngue do surdo implica aceitar que ele transita entre essas duas línguas e, mais do que isso, que ele se constitui e se forma a partir delas. (PEIXOTO, 2006, p.206)

PAPEL DA ESCOLA E DO PROFESSOR


O contexto escolar é um ambiente estimulador para várias aprendizagens por apresentar elementos que influenciam favoravelmente no desenvolvimento dos alunos.
É de suma importância que a escola de ensino regular, viabilize a escolarização do aluno surdo em um turno e em outro turno deve ter o atendimento educacional especializado para esse aluno. Esse atendimento especializado é elaborado e desenvolvido, em conjunto. Segundo BRASIL (2007), vale lembrar que as escolas especiais também segregam, pois os alunos ficam isolados cada vez mais, ao serem excluídos do convívio social natural com os ouvintes. Isso quer dizer que as próprias escolas regulares, as quais devem fazer com que esse aluno interaja de maneira mais condizente possível com os outros alunos, que devem lhe dar meios para que isso ocorra que devem ter estrutura física e de pessoas para atenderem esses alunos, também segregam, pois é uma prática, relativamente comum, a criação de classes especiais para esses alunos, tirando-os do convívio tão importante com os outros alunos. A escola sendo o cenário da educação inclusiva deve contemplar uma estrutura adequada onde seja possível vislumbrar toda a riqueza possível e nela se realizar, em razão da diversidade que possibilitam salas de aulas heterogêneas, com grupos de diferentes níveis cognitivos trabalhando juntos,
Não basta que haja numa escola a proposta de inclusão, não basta que a arquitetura esteja adequada. É claro que estes são fatores favoráveis, mas não fundamentais. É preciso que o coração esteja aberto para socializar-se e permitir-se interagir. E, como quem semeia com o tesouro do conhecimento, que refaz e constrói.
A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais tem sido motivo de preocupação para alguns professores que atuam em classes cada vez mais heterogêneas. A escola exige que o professor seja capaz de organizar as situações de aprendizagem considerando a diversidade dos alunos. É necessário que os professores e/ou profissionais de educação tenham compreensão do que estão tratando e sobre o que estão falando, para que se tenha uma efetiva inclusão destes alunos Surdos em uma turma de ensino regular.
O professor tem grandes desafios a vencer, dando a sua participação para a contribuição social e para o desenvolvimento do aluno e tem um papel muito importante, que é o sucesso da educação, seja ela formal ou informal. Para uma educação de qualidade é necessário uma formação sólida e contínua, com uma progressão continuada que lhe forneça subsídios para uma reflexão sobre a sua prática pedagógica.
Segundo BRASIL (2005), os grandes desafios para os professores de surdos são superar as dificuldades que esses alunos apresentam no aprendizado e uso de línguas orais (no caso o português). Sabe-se que quanto mais cedo tenha sido privado de audição, maiores serão as dificuldades. Cabe ao professor provocar, desestabilizar, e estabilizar posteriormente o aluno, instigar dúvida, desafiá-lo e, para isso, requer que o professor tenha domínio de conteúdo de ensino e do desenvolvimento cognitivo dos alunos.
Se o professor acreditar que incluir é destruir barreiras e que ultrapassar as fronteiras é viabilizar a troca no processo de construção do saber e do sentir, ele exercerá seu papel, fundamental, para assegurar a educação inclusiva que todos nós desejamos, semeando assim um futuro que sugerirá menos discriminação e mais comunhão de esforços na proposta de integrar e incluir é o professor que alavancará  os recursos insubstituíveis para uma educação inclusiva de qualidade.


C0NSIDERAÇOES FINAIS
 

Com base no estudo bibliográfico realizado neste trabalho, entende-se que o aluno com qualquer deficiência tem o direito de frequentar uma sala de aula do ensino regular e de ser atendido pedagogicamente em suas necessidades. A partir dos instrumentos de pesquisa utilizados neste trabalho, percebem-se grandes dificuldades por parte das escolas para atender as necessidades educacionais destes alunos. De acordo com a perspectiva da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, o professor deveria ser responsável por mediar e incentivar a construção do conhecimento do aluno surdo, através da sua interação com os alunos e do desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que atendam estes alunos em suas necessidades.
Com o objetivo de conhecer a realidade dos procedimentos metodológicos utilizados para alunos Surdos a partir da análise da pesquisa utilizada neste trabalho, foi possível chegar a algumas conclusões. O modelo de educação bilíngue visa que o aluno Surdo possa ter um desenvolvimento cognitivo-linguístico equivalente ao do aluno ouvinte, com acesso às duas línguas: a língua brasileira de sinais e a língua majoritária utilizada na comunidade em que esta inserida. Nos dias atuais, o Bilinguismo está sendo utilizado no Brasil como o método mais adequado para o desenvolvimento educacional dos Surdos no contexto “inclusivo”. Porém, mais do que ter o aluno Surdo inserido em sala com o aluno ouvinte, e mais do que ter a presença de um intérprete, é fundamental que os envolvidos nesta educação respeitem a língua de sinais e a cultura surda, fomentem o encontro desta com as demais culturas.

REFERENCIAS

ANDRADE, Wagner Teobaldo Lopes de. Cognição e Surdez na Educação: A Lingua em Questão. Disponível em: http://editora-arara-azul.com.br/novoeaa/revista/?:p=381. Acesso em: 08/02/2016.

GOLDFELD, Marcia. A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sociointeracionista. 2ª ed. São Paulo: Plexus Editora, 2002.

LACERDA, Cristina B. Feitosa de. A prática pedagógica mediada (também) pela língua de sinais: Trabalhando com sujeitos surdos.

MOREIRA, Patricia Leite. O fator linguístico na aprendizagem e desenvolvimento cognitivo da criança surda. Disponível em:http://editora-arara-azul.com.br/novoeaa/revista/?p=120. Acesso em:08/02/2016.

PEREIRA, M.C.C. Aquisição da língua portuguesa por aprendizes surdos. In: Seminário Desafios para o próximo milênio. Rio de Janeiro: INES,Divisão de Estudos e Pesquisas, 2000. P.95-100.

SKILIAR, C. Uma perspectiva sócio-histórica sobre a psicologia e a educação dos surdos. In (org) Educação e exclusão: abordagens socioantropológicas em educação especial. Porto Alegre: Editora Mediação, 1997.

VYGOTSKI, Lev. S. Fundamientos da Defctologia: Obras Escogidas V. Madri: Visor, 1997.

VYGOTSKY, Lev. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.


ARTIGOS DA INTERNET:

A inclusão de alunos surdos nas escolas públicas de Passo ... - IFRS
http://bento.ifrs.edu.br/site/midias/arquivos/201007111045971marcos_giovane.pdf


O aluno surdo nas escolas regulares: dificuldades na inclusão
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1012-1.pdf

O BILINGÜISMO COMO PROPOSTA EDUCACIONAL PARA ...
http://trabalhandocomsurdos.blogspot.com/2014/07/o-bilinguismo-como-proposta-educacional.html


Legislação

 LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL - 1996. CAPITULO V. DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. Art. 58 . Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar ... etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59 .

EDucAçÃo ESPECIAL; DA LDB Aos PLANOS NAcioNAls DE ...http://www.abpee.net/homepageabpee04_06/artigos_em_pdf/revista6numero1pdf/r6_art01.pdf