O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Adriana de Oliveira Teodoro
Antônia Evangelista Oliveira
Cristiane Dias Sabóia de Almeida da Silva
Hosiane de Oliveira Bragia de Sousa
RESUMO
Quando o assunto é educação inclusiva, compreendemos o processo de inclusão das pessoas com necessidades educativas especiais na rede regular de ensino. Tal processo tem causado grande impacto nas discussões no ambiente escolar acerca dos rumos que devem tomar as instituições, cientes da ideia de que educação inclusiva requer, basicamente, uma convivência passiva de todos os sujeitos que dela participam, na realidade que vivenciam, e que seja reafirmada nos projetos educativos. A escolha do tema foi pelo fato da procura de pessoas com necessidades especiais na escola regular dia após dia. Sendo assim procurei, em observações de estágio, conversas com professores e coordenadores, contribuir com esse tema, lembrando o quanto é importante para a inclusão e a intervenção pedagógica. Entretanto frisar que o profissional esteja sempre a par e atento sobre as historicidades do movimento de inclusão, as leis que a implicam, e o que pode mudar nos currículos, abarca conhecimentos e tende a alterar a realidade da inclusão.
Palavras chave: Professor. Educação Inclusiva. Necessidades Especiais
1 INTRODUÇÃO
O presente projeto surgiu afim compreender melhor o papel do Professor na Educação Inclusiva, a intenção com a realização deste estudo é entender melhor sobre a atuação do professor nas práticas educacionais com turma de inclusão. Esta área da educação por ser ainda nova não vem sendo bem aceita pelas instituições, porque ainda não possuem instruções para trabalhar essa prática.
Como aponta Mantoan (2006, p. 15) “nos debates atuais sobre inclusão, o ensino escolar brasileiro tem diante de si o desafio de encontrar soluções que respondam a questão do acesso e da permanência dos alunos nas suas instituições educacionais.”
Afim de cumprir os objetivos aqui propostos nesta pesquisa busquei pela pesquisa bibliográfica onde serão utilizados documentos que amparem a educação inclusiva, dentre estes a POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL que é um documento da secretaria da educação especial. A utilização e finalidade destes documentos é mostrar os direitos e deveres da educação inclusiva, e o que pesquisadores desta área falam sobre o assunto.
Seguindo esse pensamento, busquei relatos pessoais de colegas de classe e de pessoas que conheço e a partir desses relatos tive vontade de aprofundar no tema. Apesar da existência documentos e politicas que orientam a inclusões no ambiente escolar, essas politicas nem sempre são implementadas de maneira efetiva.
Sendo assim a uma insatisfação em relação á prática, pos na maioria das vezes o professor ou orientador se mostra omisso em relação á inclusão pregando em contrapartida apenas a integração escolar. Seguindo estes argumentos busquei documentos que amparam esse tipo de educação.
Mesmo tendo respaldo legal, a educação inclusiva ainda não vem sendo muito bem aceita em algumas instituições de ensino, sendo assim, estas pesquisas tiveram como base a prática educacional para compreender melhor este assunto através de documentos propor práticas que possam melhorar o ensino inclusivo.
Enfim, este projeto se justifica pela minha busca em compreender melhor como o professor pode atuar para superar a visão negativa que as pessoas possuem em relação á sua atuação e garantir a inclusão de alunos com necessidades especiais numa sala de aula do ensino regular.
2 O PAPEL DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Para compreender a história da educação especial no Brasil, precisamos conhecer um pouco sobre o tratamento destinado ás pessoas com deficiência ao longo da história, desde a Antiguidade até a Idade Contemporânea, e também compreender como foi o surgimento e a evolução da educação especial em todo o mundo.
A educação especial, teve início na época do Império, começou com duas instituições: Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual instituto Benjamin Constant-IBC, e o Instituto dos Surdos Mudos em 1857, hoje denominado Instituto Nacional da Educação INÊS, os dois no Rio de Janeiro.
Mais tarde no século XIX e inicio do século vinte, as escolas especiais se espalhou por toda Europa e Estados Unidos.
No inicio do século XX a médica Italiana Maria Montessori criou o método de ensino para crianças com deficiência mental. O método Montessori, era inspirado na ação funcional e na analise diária, se fundamentava na estimulação sensório-perceptiva e na autoaprendizagem.
Eram usado blocos, cubos e barras em madeira, objetos variados e coloridos, material de encaixe e seriação, letras grandes em lixas entre outros.
O método Montessori é até hoje utilizado, inclusive aqui no Brasil é muito utilizado na educação pré-escolar de crianças sem qualquer deficiência.
No inicio do século XX foi criado o Instituto Pestalozzi (1926) essa instituição é especializada em crianças com deficiência mental, em 1954 foi fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAE; e em 1945 foi criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipof.
A Constituição Federal de 1988 traz um dos principais objetivos fundamentais “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” (ART.3º, INCISO IV).
A importância das interações no espaço educativo com o acesso desses alunos com deficiência no ensino regular é condicionado conforme (BRASIL, 1994, p.19) expressa:
Ambiente dito regular de ensino/aprendizagem, no qual também são matriculados, em processo de interação institucional, os portadores de necessidades especiais que possuem condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas do ensino comum, no mesmo ritmo que os alunos ditos normais
O artigo 205 garante a educação como direito de todos e o pleno desenvolvimento da pessoa, formação de cidadãos para a sociedade e qualificação profissional. O artigo 206 inciso I garante a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante que é dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (ART. 208).
No ano de 1999, o Decreto Federal Nº 3.298, que regulamenta a Lei Federal Nº7.853/89, ao dispor sobre a Política Nacional para a Educação Especial como uma modalidade transversa.
As Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação básica, Resolução CNE/CEB nº 2/2001, no artigo 2º, determina que
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo as escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.
A Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2006 assinou o documento, adotando medidas para garantir que
As pessoas com deficiência não sejam excluídas do sistema
educacional geral, sob alegação de deficiência e que as crianças com
não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório,
sob alegação de deficiência;
As pessoas com deficiência possam ter acesso ao ensino fundamental
inclusivo de qualidade e gratuito, em igualdade de condições com as
demais pessoas na comunidade em que vivem (ART. 24).
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, Lei Federal Nº 8.069/90, no artigo 55, reforça os dispositivos legais determinando que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. No mesmo ano surgiu também outro documento, a Declaração Mundial de Educação para Todos e, em 1994, a Declaração de Salamanca, que teve grande influência sobre a formulação das políticas públicas da educação inclusiva.
A Política Nacional de Educação Especial, fala sobre a “integração instrucional” que facilita o acesso ao ensino regular aqueles com condições de acompanhar e desenvolver atividades programadas do ensino regular, acompanhando a mesma rotina dos alunos ditos normais.
Para entender melhor, se faz necessário o significado entre deficiência e síndrome. Deficiência quer dizer insuficiente, insatisfatória; segundo a psicologia, diz-se de uma pessoa diminuída das faculdades físicas ou intelectuais. Pessoas com incapacidade de desenvolvimento em termos específicos é um déficit, podendo ser visual, intelectual, auditivo, físico, ou múltiplo quando atinge duas ou mais áreas. E a Síndrome é uma série de sinais e sintomas juntos.
Tem-se questionado bastante sobre questões que envolvem a educação inclusiva. A própria lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional lei n° 9394-96, prescreve em seu texto a defesa do “pluralismo de ideias e respeito as concepções pedagógicas” (Titulo ll, art,3°,lll), e nos Parâmetros Curriculares da Educação Nacional diz que
os PCN, é que fica evidenciado o termo pluralismo cultural como tema transversal, assegurando que a partir da diversidade, ou dos excluídos socialmente, deve-se ter a mesma igualdade de oportunidades educacionais, ou seja, a já proclamada, historicamente, educação para todos.
Atualmente é muito comum ouvirmos discursos políticos e vermos campanhas publicitárias e ações não governamentais tendo como tema principal a inclusão social de grupos.
Vivemos um momento de luta pela igualdade de direitos e oportunidade para todos. Sendo assim na área da educação, esse movimento foi traduzido como inclusão escolar e hoje faz parte do cotidiano de todos envolvidos direta ou indiretamente com a área da educação.
Em um mundo, cada vez mais moderno se tornaram cada vez mais avançadas as formas de compreender os fenômenos sociais, contudo ainda existem barreiras como a discriminação o preconceito, a falta de acessibilidade, a falta de compreensão.
Sendo assim é fundamental ter acesso à informação, saber lidar, saber consumir com responsabilidade, manejar os instrumentos ligados a ela e reconhecer seu poder diante das mudanças, há informações que necessitam ser transmitidas, e consumidas com maior atenção possível que é o caso da educação inclusiva e do principal papel do educador nesse processo de inclusão.
Para atender melhor a educação inclusiva a escola ainda tem muito o que mudar e a tarefa de mudar exige muito trabalho e dedicação, sendo assim, devera encontrar soluções próprias alguns fatores que causam certos problema.
As mudanças necessárias não por decreto, mas fazem parte da vontade política do coletivo da escola e de seus educadores, explicitadas no seu Projeto Político Pedagógico – PPP e vividas a partir de uma gestão escolar seria e democrática.
É ingenuidade pensar que situações isoladas são suficientes para definir a inclusão ou configurar o perfil da instituição.
Não se desconsideram aqui os esforços de pessoas bem intencionadas e dedicadas, mas é preciso ficar claro que os desafios e mudanças devem ser decididos pelo coletivo escolar, os estudo dos professores devem coincidir para que a formação continuada seja uma aprendizagem colaborativa.
A organização do Atendimento Educacional Especializado – AEE não deve ser um mero apêndice na vida escolar ou da competência do professor que o atua mas sim um conjunto de diretrizes, normas, regras, funções, atividades, rituais, orientações curriculares e metodológicas.
Desta maneira, o AEE é um trabalho apoiado pelo sistema de ensino como condições para uma boa aceitação do aluno com deficiência que ira ser inserido na escola regular, resume-se em um apoio especifico para um atendimento no ambiente escolar, esse trabalho é indicado para suprir necessidades e suas especificidades para cada aluno em suas necessidades.
Então, o que será AEE? É Um serviço da Educação Especial que identifica, avalia, elabora, organiza e prepara recursos pedagógicos para que aja um melhor desempenho e possibilita a acessibilidade que diminuem as dificuldades e barreiras, para a plena participação aprendizado facilitando a inclusão dos alunos com necessidades especiais, sempre considerando suas limitações e necessidade especifica e jamais pode ser interpretado como reforço escolar.
Um dos propósitos do AEE com o professor e a equipe escolar é envolver os pais e familiares, trazendo-os para o ambiente escolar para um melhor esclarecimento sobre as dificuldades enfrentadas na sala de aula e fora dela para juntos poder dar início a um bom atendimento do mesmo.
Ainda temos muito que transformar, vamos abordar em relação à formação do professor, as universidades pouco os preparam para lidar com essa realidade que envolve alunos com necessidades educacionais especiais (NEE), saem despreparados, pois na formação não tem um curso específico para lidar com esses alunos.
A uma falta de suporte e de profissionais da área da especificidade para trabalhar com essas crianças, já que necessitam de uma atenção especial, e um trabalho diferenciado.
É importante que essa formação não seja voltada apenas para os professores, mas para todos os profissionais que atuam na área da educação, nos centros de apoio, , disponibilizando profissionais especialistas, psicopedagogo, fonoaudiólogo, terapeuta, psicólogo, entre outros.
Quando a criança com necessidades especiais entra em uma escola regular de ensino deve participar de todo projeto escolar oferecido, mas só depois de uma análise de estruturas e de alternativas que o auxiliam ajudam no desenvolvimento e da inclusão em geral.
Sendo assim, também se faz necessário verificar se o ambiente é favorável para um bom desenvolvimento, sempre atento para recursos que possam ajudar e orientar o aluno em suas especificas necessidades.
Para que professor-aluno tenha uma boa interação, se faz necessário o pleno conhecimento do que é deficiência e inclusão, quais são seus principais tipos, características, causas e suas necessidades, saber a melhor forma de cada uma delas para que aja uma aprendizagem satisfatória. Mas, antes de tudo, o professor tem que ter um amplo conhecimento na área de inclusão, que deveria ser obrigatório em sua formação acadêmica.
Diferença entre deficiência e síndrome, Deficiência quer dizer insuficiente, insatisfatória; segundo a psicologia, diz-se de uma pessoa diminuída das faculdades físicas ou intelectuais, pessoas com desenvolvimento incapaz, em termos mais específicos é um déficit, podendo ser intelectual, visual, auditivo físico ou múltiplo (quando atinge duas ou mais áreas). Síndrome é uma série de sinais e sintomas juntos.
É de grande importância que professores e gestores saibam do diagnóstico e prognóstico de cada aluno na inclusão, e que tenham contato com os pais ou responsáveis para conhecer o histórico de vida desse aluno, para que facilite na busca de estratégias conjuntas de estimulação família-escola.
O professor que trabalha com a educação especial não pode se diferenciar dos demais professores, por que seu trabalho é com adaptação curricular, inserindo todos os alunos. Sendo assim seu planejamento deve ser flexível,
Embora a inclusão seja um direito por lei, o aluno com necessidades especiais em alguns lugares não tem acessibilidade nenhuma. Para que o trabalho seja bem desenvolvimento é necessário que outras coisas aconteça
O professor precisa está cercado de outros profissionais para que a inclusão aconteça, a criança deve sempre fazer acompanhamento com o profissional para que haja um avanço naquele grau da sua deficiência.
O mundo é formado por pessoas diferentes, cada um com seus valores e crenças, sendo assim na escola não pode ser diferente pôs sempre ressaltando a questão que ninguém é igual a ninguém.
A escola juntamente com o professor devem buscar orientações de profissionais como, fonoaudiólogos, psicólogos e fisioterapeutas que estejam acompanhando ou que já atenderam esses alunos, sempre pesquisando, métodos técnicas e estratégias para o desenvolvimento desses alunos inclusos, sendo eles o desenvolvimento físico, linguagem, e, sobretudo estejam sempre presentes nas experiências sociais.
A inclusão só ocorre quando não á preconceito, cabendo o professor sempre se empenhar no desenvolvimento dos alunos com necessidades educativas especiais.
Isso não é uma tarefa fácil, mas sim algo desafiador, mas possível, e quando isso ocorre, torna-se uma experiência maravilhosa e inesquecível para professor e aluno. Isso só é possível quando o educador tem a capacidade de conviver com as diferenças, e estar sempre preparado para cada situações e dificuldades que surgirão em sala de aula, sendo assim, respeitando essa diversidade, significa dar oportunidades para que todos aprendam os mesmos conteúdos.
Uma atitude receptiva, carinhosa e positiva contribui muito para o sucesso da educação inclusiva; o afeto contribui na queda de barreiras e de preconceitos. Porém, não podemos confundir nem admitir que a afetividade cause uma ausência de limites, pois o limite contribui numa boa formação, sejam estes com necessidades especiais ou não.
Não podemos esquecer-nos de citar sobre a interação aluno-aluno que traz à tona as diferenças pessoais, as realidades e experiências que cada um traz do ambiente familiar.
Todos os alunos de classes regulares devem ser orientados não apenas no ambiente escolar mas no ambiente familiar, trabalhando e orientando as formas de convivência que respeitem as diferenças, mostrar e orientar os alunos de classes regulares a aceitarem e respeitarem seu próximo com qualquer deficiência é um ato de cidadania.
A também outra realidade que precisamos estar bem preparados, sendo essa a evolução tecnológica, que modifica e auxilia no processo educativo e a nossa relação com o conhecimento.
Sendo assim a pessoa com deficiência deve ser estimulada a tecnologia pois a muita renovação do saber e as muitas formas de interação para a educação e aprendizagem desses alunos, pois a inclusão deve ser parte principal dos planos nacionais de educação, que objetivem atingir educação para todos.
A dignidade, e os direitos de uma sociedade é obrigatoriedade sobre princípios, Politicas e Práticas na área das Necessidades Educativas Especiais, a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994, acredita e proclama que:
Escolas regulares que possuem tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva á maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em ultima estância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
A declaração da Salamanca é uma Resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial. É mundialmente considerada um dos documentos mais importantes da inclusão social juntamente com os Direitos da Criança (1988) e da Declaração Mundial sobre Educação para Todos (1990). Faz parte da tendência mundial da educação inclusiva.
Ainda em 2004, a OPS/OMS (Organização Pan-americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde), se reuniu entre os dias 05 e 06 de outubro de 2004, em Montreal, Canadá, e utilizou o termo deficiência intelectual e não mais deficiência mental, declarando que:
Pessoas com Deficiência Intelectual, assim como outros seres humanos, nascem livres e iguais em dignidade e direitos. A deficiência intelectual, assim outras características humanas, constitui parte integral da experiência e da diversidade humana. A deficiência intelectual é entendida de maneira diferenciada pelas diversas culturas o que faz com a comunidade internacional deva reconhecer seus valores universais de dignidade, autodeterminação, igualdade e justiça para todos. ’ Garantindo (...) para as pessoas com deficiências intelectuais, assim como para as outras pessoas, o exercício do direito à saúde requer a inclusão social, uma vida com qualidade, acesso à educação inclusiva, acesso a um trabalhoremunerado e equiparado, e acesso aos serviços integrados da
comunidade.
Mesmo tendo amparo por leis a inclusão sempre precisara de ações especificas, pôs é um grande desafio a ser enfrentado, um caminho que requer uma orientação sobre as diferenças e sempre frisando o compromisso com o nosso próximo.
Ao assumir a responsabilidade inclusiva, a instituição escolar deverá ter objetivos e metas como realizar avaliação pedagógica e identificar possíveis barreiras que estejam dificultando ou bloqueando o processo educacional nesses alunos.
O professor deve trabalhar o desenvolvimento e aprendizagem do aluno, mas é preciso, que tenha a participação de todos os profissionais que atuam nessa instituição, pôs não pode apenas oferecer atendimento especializado “entre quatro paredes” a esse público, mas toda a equipe e comunidade deve se mobilizar em prol de uma educação de qualidade, e que ponha em prática essas interações entre alunos com necessidades especiais e alunos ditos “normais”
Somente assim, os alunos que apresentam necessidades especiais e que requer atenção especial, podem ser atendidos de acordo com as necessidades e de maneira adequada.
Dessa forma podemos promover habilidades pedagógicas em pratica bem sucedidas, de maneira que possa conscientizar seus educandos, para assim ter um ensino de qualidade para as crianças portadoras de necessidades especiais quanto para os alunos “normais”, para isso é preciso que o professor trabalhe o processo de conscientização adequadamente e sempre vise além da inclusão, pois, não são esses os únicos excluídos no processo educacional.
É sempre importante que o professor veja cada um dos seus alunos como um sujeito singular, pois cada um tem uma história própria, que traz cultura e conhecimentos e visões diferentes.
O professor deve sempre considerar que, cada aluno tem seu tempo e sua forma própria de aprendizagem e desenvolvimento, lembrando-se que junto com o ”defeito” vem a “compensação”, isto é, um caminho capaz de levar o aluno a enfrentar suas deficiências e necessidade.
Ao adotarmos a Educação Inclusiva, estaremos em um continuo processo de desenvolvendo, vale sempre frisar que a inclusão na rede regular de ensino não visa apenas a permanência desses alunos junto aos demais, mas, trata-se de uma restruturação do sistema educacional de ensino, o que vai causar uma maravilhosa mudança para oferecer sempre um melhor atendimento a esses alunos, respeitando suas dificuldades e limitações.
Sendo assim, a perspectiva não é apenas da organização da escola e mas sim de um conjunto de profissionais que visam uma politica de uma escola para todos, não apenas por decretos, leis ou quaisquer regimento, discursos ou palestras como vemos e ouvimos, mas, que faça com que a inclusão de alunos uma realidade a favor de uma escola e de uma comunidade que seja aberta aos diferentes modo de ser, agir e aprender dos diferentes sujeitos.
2.1 METODOLOGIA
Com intuito de cumprir os objetivos desta pesquisa, optei por pesquisas bibliográficas, dissertações e teses sobre o assunto e documentos que amparam a educação inclusiva.
Tendo como objetivo conhecer a estrutura funcional e pedagógica, analisando diversos documentos, dentre estes a politica nacional de educação que é um documento da secretaria da educação especial.
A declaração da Salamanca que é Resolução das Nações Unidas que trata dos princípios, política e prática em educação especial, enfim vários artigos e bibliografias que abordavam o assunto.
O intuito da utilização destes documentos é de mostrar os direitos e deveres da educação inclusiva, e o que os pesquisadores e estudiosos desta área falam sobre esse assunto.
Nessa perspectiva, obtive informações do cotidiano escolar, visando superar as dificuldades que impedem a prática docente no processo de aprendizagem na inclusão nessa abordagem entendemos o processo dentro do âmbito escolar.
Como este trabalho se trata de uma busca do tema sobre a inclusão nas bibliografias já publicadas, foi-se priorizado títulos abrangendo como o tema central é visto pelos funcionários das escolas, pelos professores nas salas de aula e pelos colegas de salas dos alunos portadores de deficiência.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desse trabalho e o atual momento da educação marcado pela inclusão escolar, não pode ser compreendido de qualquer forma ou de forma isolada.
Ao depararmos com a história da educação especial podemos compreendemos que a evolução dessa área esta relacionada com as diferentes concepções que se faz presente ao longo da historia da humanidade, que foram estabelecidas com base na maneira como as pessoas convivem com os diferentes padrões diferentes daqueles tidos como normais.
A escola para muitas vezes é o único espaço que a criança tem para ter acesso aos conhecimentos universal e sistematizado, ou seja, é o principal lugar que vai proporcionar esses alunos para que tenham condições para se desenvolver e se tornar um cidadão de bem, alguém com uma boa identidade social e cultural.
Sendo assim visar na Melhoraria escolas é garantir gerações com mentes mais preparadas, sendo livres, sem nenhum tipo de preconceitos.
Maria Teresa Eglér Mantoan Pedagoga Mestre e Doutora em Educação pela Unicamp fala que não podemos nos contradizer nem mesmo contemporizar soluções, mesmo que o preço que tenhamos de pagar seja bem alto, pois nunca será tão alto quanto o resgate de uma vida escolar marginalizada, uma evasão, uma criança estigmatizada, sem motivos.
Por mais que a inclusão seja ainda muito comentada, pelo seu caráter desafiador, é irreversível convence e encanta a todos pela sua lógica, e pela ética do seu posicionamento social. Assim, o futuro da inclusão, depende de uma expansão com urgência, revendo verdadeiramente projetos para transformar a escola para um bom desenvolvimento nesses novos tempos.
Hoje, boa parte das escolas brasileiras, têm a força e simplicidade que já é um bom começo para o crescimento desse tipo de sistema educacional porque nada muda tipo como um passe de mágica pôs essa pratica dessas necessita de muito amor e dedicação no que faz.
Pôs para termos uma escola de qualidade, justa e acolhedora, é possível porque mesmo com as pequenas iniciativas temos profissionais dedicados e com um amor incrível no que faz, por mais difícil que seja essa dedicação se mostra capaz para enfrentar as dificuldades dessa máquina educacional velha e enferrujada, com segurança e tendo foco numa educação com qualidade .
Não podemos nunca esquecer que nós professores somos parte fundamental, e com nossa atuação, determinação, responsabilidade, competente, comprometida e acima de tudo amor no que fazemos, junto com uma escola podemos fazer a diferença.
REFERENCIAS
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MANTOAN, M.T.E. (1988). Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos educacionais. São Paulo: Editora Scipione.
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O desafio das diferenças nas escolas. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. BRASIL. Ministério de Educação. Saberes e práticas da Inclusão. Secretaria de Educação Especial.
MANTOAM, Maria Tereza Eglér e colaboradores, Integração de pessoas com deficiência - editora Memnon edições científicas Itda, 1997.
MEC - Ministério de Educação - Secretaria de Educação Especial POLÍTICA NACIONAl DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC - SEEDSP 1994.