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SÍNDROME DE DOWN: CONCEPÇÕES, CARACTERÍSTICAS E CUIDADO COM A SAÚDE


Edna de Oliveira
Cátia da Silva Calixto
Elineusa Pereira da Silva


RESUMO

O presente artigo teve como temática” Síndrome de Dow: concepções, características, e o cuidado com a saúde”. Tendo como objetivo expor o conceito de Síndrome de Dow, e suas principais características, e os cuidados que devem ter com sua saúde. A pesquisa também permitiu abordar, sobre como surgiu os primeiros indícios da Síndrome, bem como informações precisas sobre o médico que identificou a Síndrome pela primeira vez. Trata-se de um trabalho bibliográfico, realizado através de pesquisas em livros e sites de internet, como forma de enriquecer mais o trabalho, e expor informações mais atuais.


Palavras-chave: Síndrome de Dow. Deficiência Mental. Saúde

 

 

1. INTRODUÇÃO


A pesquisa traz um estudo, sobre a Síndrome de Down (SD), pois acredita-se que é importante, entender e compreender mais sobre a Síndrome de Down, como seu conceito, características e cuidados com a saúde. Portanto tem como objetivo, conhecer as concepções e distinções da SD, pois é fundamental conhecer mais sobre a Síndrome, além de desmitificar sua definição como sendo pessoas com Deficiência Mental(DM)1, pois são especificidades distintas, apesar de algumas semelhanças.
Portanto, o trabalho, traz uma oportunidade de entender o conceito de SD, como também, quais são as procedências em relação a saúde, e convivência social dos cidadãos (às) em questão. É uma pesquisa caracterizada por analisar e discutir dados informativos de temáticas já descritas, ou seja, trata-se de uma pesquisa bibliográfica, baseada em informações já expostas em outras formas de documentação, são saberes descritos, com ênfase em estudos realizados em livros, e sites de pesquisas que abordam sobre a temática.
De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 207.660.929, ou seja, a população brasileira cresceu de forma considerável nesses últimos anos (2016 e 2017). Ainda, segundo o IBGE, desse número de habitantes, cerca de 6,2% da população, durante a pesquisa, declararam ter algum tipo de deficiência.
Nesse contexto, acima, pode-se considerar, uma quantidade considerável de cidadãos que de certa forma, possui alguma necessidade especial, ou seja, Pessoas com Necessidades Especiais - PNE e Pessoas com Deficiência- PCD, que precisa de determinadas especificardes, seja na área da saúde, educação, lazer. entre outras.
Dessa forma, no Brasil, há mais ou menos 270 mil pessoas com Síndrome de Down. (Ministério da Saúde, 2012. p.10). Nessa informação, entende-se que desse percentual de PNE e PCD, duzentas e setenta mil (270), são pessoas com SD, por isso é fundamental, se informar mais, e assim obter conhecimentos adequados para conviver socialmente com esse público, como também, compreender a importância de respeitar e reconhecer seus direitos garantidos na legislação.
A Lei nº 10098 de 19/12/2000, que Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências2. Nesse aspecto, pode-se entender que todas as pessoas tem direito a acesso a todos os ambiente sociais, devendo este está apto a receber qualquer cidadão, com estruturas e outras conjunturas que atendam cidadãos com qualquer tipo de PNE/PCD, tendo este o direito de ir e vir como qualquer outro cidadão.

2. DESENVOLVIMENTO E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS:


Contudo, a SD, foi primeiramente identificada, pelo cientista, John Langdon Down, como um grupo específico e distinto das pessoas com DM, porque antigamente as pessoas com SD, eram consideradas de forma determinante, como pessoas com DM. Dwon realizou um estudo especifico, analisando os aspectos intelectuais e as características físicas da SD, pois na época, não havia diferença e nem tratamento especifico, para tal necessidade, todos eram tratados como DM.
Nesse aspecto, de acordo com Werneck (1993, p. 58), John Langdon Down, fez a seguinte observação:
Assim foi em 1866, quando o cientista inglês John Langdon Down fez uma observação importante, contrariando as crenças da época. Ele questionou porque algumas crianças mesmo filhas de pais europeus, eram tão parecidas entre si e tinham traços que lembravam a população de raça mongólica, principalmente pela inclinação das pálpebras, similares a dos asiáticos. A descrição precisa que os pesquisador fez, na época, sobre a população estudada foi esta: “ o cabelo não é preto, como acontece com o povo mongol, mas sim de uma cor amarronzada, além de serem ralos e lisos, estas crianças tem uma considerável capacidade de imitar” (apud Pinto, 2008, p.21 e 22).
Por isso a SD, recebeu o nome Síndrome de Down, em homenagem esse médico, devido a essa observação, que muito contribuiu para a definição e distinção entre a SD, e a DM, porém outros cientistas também realizaram estudos sobre a mesma, chegando a mesma conclusão que o John Langdon Down.
Desse modo, é importante expor a definição de SD, e conhecer quais são suas características biológicas e cognitivas. Contudo, a definição de Síndrome de Down, é apresentada da seguinte forma:
A síndrome de Down (trissomia do 21 ou SD) é uma alteração genética caracterizada pela presença de um cromossomo extra nas células de um indivíduo. Tal condição causa problemas no desenvolvimento corporal e cognitivo, promovendo características físicas típicas e deficiência intelectual em diferentes graus3.
Nesse aspecto, tem-se a definição de SD, como uma alteração genética, em que um cromossomo4 a mais, surge nas células dos indivíduos, e essa modificação nas células5, provoca um desenvolvimento físico e cognitivo especifico, único.
Ainda sobre nesse contexto, tem-se algumas informações mais precisas sobre a SD, observe abaixo:
- Existem muitas síndromes diferentes a síndrome de Down é uma delas.
- A síndrome de Down não é doença
- A síndrome de Down acontece quando a pessoa nasce com um cromossomo a mais em cada célula o seu corpo
-As pessoas com síndrome de Down têm um cromossomo a mais no cromossomo número 21. É por isso que muitas pessoas chamam a síndrome de Down de trissomia do 21. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012. p.7).

É possível perceber, segundo a informação acima, que existem inúmeras síndrome, não somente a SD, porém, sobre SD, diante do exposto, entende-se que não é uma doença, podendo ser compreendida como uma adulteração no cromossomo, em suas células corporais. Essa alteração ocorre da seguinte maneira:
Normalmente, os seres humanos possuem 46 cromossomos em cada célula do corpo. Esses cromossomos são separados em pares que vão desde o 1º até o 22º par, chegando, então, nos cromossomos sexuais (XX ou XY). 23 desses cromossomos são herdados da mãe, enquanto os outros 23 vem do pai. Geralmente, o erro ocorre por conta de uma não-disjunção, caracterizada pela incapacidade de um cromossomo se juntar ao seu par, dando origem, então, a um cromossomo extra, que costuma se ligar ao 21º par em uma célula completa6.

De acordo com Pinto (2008, p.29), “Síndrome de Down, são pessoas que tem um conjunto de características especiais entre si”. Dessa forma, acredita-se que são cidadãos que possuem estruturas físicas, e desenvolvimento cognitivos peculiares, porém que se contemplam entre si.
As pessoas com SD, tem características especificas, pois como é causada por alteração no cromossomo, e os cromossomos, sendo pequenas partes das células, e as células transportam elementos fundamentais para a formação biológica do ser humano, por exemplo, estatura corporal, formas dos membros inferiores e superiores, e órgãos dos sentidos, baseado nessas informações, apresenta-se as seguintes características da SD:
• Cabeça menor que o normal, com a parte posterior (de trás) achatada, dando a impressão de um rosto arredondado;
• Fontanelas (moleiras) maiores, que demoram mais tempo para se fechar, além de moleira falsa na sutura sagital (onde os dois ossos parietais do crânio se encontram);
• Cabelos lisos e finos, de cor herdada dos pais, assim como alopecia parcial (falhas no cabelo) ou total (sem cabelos);
• Ossos faciais pouco desenvolvidos, dando impressão de contorno do rosto achatado;
• Nariz pequeno, osso nasal afundado, passagens nasais estreitas;
• Olhos com inclinação lateral, amendoados, com a prega do canto interno “puxada”, semelhante aos olhos orientais;
• Orelhas pequenas, em um nível mais baixo, com borda superior dobrada;
• Os canais do ouvido podem ser pequenos;
• Boca pequena, que pode ficar constantemente aberta, de modo que a língua se projete para fora;
• Palato (céu da boca) estreito;
• Atraso na erupção dos dentes de leite, assim como falta de alguns dentes;
• Sobreposição de dentes devido à pequena mandíbula;
• Pescoço largo, com pele redundante na nuca;
• Abdômen saliente;
• Osso esterno (peitoral) afundado ou projetado (peito de pomba);
• Mãos e pés de tamanho reduzido;
• Falta de uma falange no dedo mínimo, pode ocorrer nas mãos e nos pés;
• Espaço grande entre o hálux (dedão do pé) e outros dedos;
• Ligamentos articulares enfraquecidos;
• Hipogonadismo (genitálias pequenas);
• Homens estéreis e mulheres com períodos irregulares de ovulação7.
Desse modo, estas são algumas das características apresentadas em pessoas com SD, são conjunturas físicas, que tem suas especificidades. São formações biológicas distintas, e únicas, que difere de outras pessoas. O diagnóstico da SD, é feito através de um exame de sangue (cariótipo). Em relação ao cognitivo, as pessoas com SD, alguns podem se desenvolver mais do que os outros, podem ter seu cognitivo com nível de desenvolvimento menores que as demais pessoais, ou seja, pode haver características de dilato mental, sendo leve ou moderado.
Sabe-se que as capacidades cognitivas dos indivíduos com a síndrome são um pouco menores do que a média, uma vez que o sistema nervoso dessas pessoas apresenta anormalidades estruturais e funcionais, que podem caracterizar retardo mental de leve a moderado8.
Nessa abrangência, pode-se entender que a distinção entre as pessoas com a SD, e DM, estar numa concepção mais cognitiva, pois as pessoas com a DM tem uma baixa produção no seu processo de aprendizagem, de adquirir determinados conhecimentos. Assim, como revelado acima as pessoas com SD, também podem ter seu cognitivo alterado, porém suas características físicas são as que difere da DM. Entretanto, as pessoas com SD, podem ter uma vida normal, podem estudar, frequentar a escola normalmente, fazer faculdade, trabalhar, além de casar e ter filhos. É importante também cuidar as saúde, por isso é fundamental, ter ou consultar se/e quando preciso os seguintes profissionais, como:
- médico > para falar de sua saúde.
- fonoaudiólogo > para ajudar você a falar melhor.
- psicólogo > para ajudar você e sua família na parte emocional.
- pedagogo > para ajudar a estudar.
- professor de educação física ou fisioterapeuta, para orientar a prática de exercícios.
- nutricionista > para conversar sobre o que você come. (Ministério da saúde, 2012. p.7, p.23)

Todavia, percebe-se que a SD, é dotada de particularidades e necessidades únicas, é fundamental cuidar da saúde, também devem ser feitos exames específicos de acordo com cada faixa etária, além disso, os profissionais acima, são fundamentais para que tenha um desenvolvimento cognitivo e biológico repleto de avanços significativos, além de auxilia-los a ter /manter uma vida saudável.
3. CONCLUSÃO

Diante das informações expostas, foi possível compreender a importância dos estudos de Down, para as pessoas com SD, do mesmo modo, é nítido o conceito de SD, ficando entendido, que se trata de alterações no cromossomo/células, também não é doença, as pessoas com SD, tem características biológicas e cognitivas especificas e únicas.
Portanto, entendeu-se que a história da SD, é marcada por diversos estudos, além de avanços e desafios ao longo dos anos. Foram necessários analises e escritos distintos sobre a SD, paralelo a estudos de pessoas com DM, assim, realizando concepções e características entre ambas, que contribuíram para a conclusão de que SD, e DM, apesar de possíveis semelhanças cognitivas, ambas possuem suas particularidades, tem suas características distintas, cada um aprende e se desenvolve sua habilidade num formato peculiar.
Contudo, compreendeu-se que a pessoa com SD, pode/deve ter uma vida normal, nos diversos âmbitos, seja pessoal, profissional, entre outras. Devem fazer o que gostam, e aperfeiçoando suas capacidades, sejam físicas ou intelectuais. Cada indivíduo é único, e seu desenvolvimento é individual, cada um, buscando cada vez mais, vencer seus perímetros.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Cuidados de saúde às pessoas com Síndrome de Down / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – 2. ed – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 30 p.: il

BRASIL. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência Acessibilidade –– Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008. 264 p.: 21 cm.. p.36

PINTO, Nilceia Fausino da Silva, 1983- Síndrome de down: o amor de uma mãe vencendo obstáculos quebrando paradigmas. Alta Floresta: Ed. EGM, 2008.

Disponível em : https://g1.globo.com/economia/noticia/brasil-tem-mais-de-207-milhoes-de-habitantes-segundo-ibge.ghtml acesso em 12 de dezembro de 2017.

Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-sindrome-de-down-caracteristicas-causas-e-sintomas/ acesso em 14 de dezembro de 2017.

Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2015-08/ibge-62-da-populacao-tem-algum-tipo-de-deficiencia acesso em 12 de dezembro de 2017.

Disponível em: https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-sindrome-de-down-caracteristicas-causas-e-sintomas/ acesso em 13 de dezembro de 2017.