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OS MÉTODOS QUE OS PROFESSORES UTILIZAM PARA ENSINAR HISTÓRIA NA 2ª FASE DO 2º CICLO NA ESCOLA MUNICIPAL JARDIM DAS FLORES

Telma Andrade Mendonça
Giliane Maldonado de Oliveira Ribeiro
Maria Silvânia Barbosa de Sousa Batista
Michele de Oliveira Lage

RESUMO

A pesquisa desenvolvida buscou um aprofundamento referente aos métodos que os professores utilizam para se ensinar historias, e teve como objetivo identificar quais são esses métodos. A mesma ocorreu em uma escola municipal localizada em Alta Floresta - MT, com a 2ª fase do 2º ciclo. Tendo em vista que o ensino de historia e fundamental para formação de cidadãos críticos. E que ao estudar o passado compreende-se o presente, tendo argumentos para modificar a sociedade no qual está inserido. Os dados coletados para a pesquisa mostraram que os professores pesquisados conhecem os métodos de ensino, mas não o utilizam para ter uma boa aprendizagem, devido à falta de materiais didáticos para o ensino.

Palavras-chave: Educação. História. Métodos de Ensino.

 


1. INTRODUÇÃO

A escolha do presente título se deu a partir da importância de se ensinar história na 2ª Fase do 2° Ciclo da Escola Municipal Jardim das Flores, pois entende-se que apesar das dificuldades encontradas no ensino é possível se ensinar historia para que os alunos se tornem cidadãos críticos e democráticos agentes de sua própria história.
O ensino de história investiga o conhecimento do passado, verificando suas influências e permanências na sociedade de hoje. O individuo é construtor da sua própria história é ele que faz as transformações da sociedade.
Este trabalho monográfico se divide em dois capítulos, sendo que o primeiro se destaca sobre o ensino de história, como surgiu, sua importância, bem como toda sua trajetória.
Segundo Brasil (1997), a constituição da história como disciplina escolar autônoma ocorreu em 1837, com a criação do colégio Pedro II que era destinado somente a elites. Então se deu à regulamentação da disciplina seguindo o modelo francês, a História Universal acabou predominando do currículo, mas continuou a História Sagrada. Com a criação do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) o ensino de História foi aumentando seu valor devido os estudos práticos pelo instituto de abranger o conhecimento do Brasil.
Assim foi elevando a importância do ensino de História para a formação do aluno, e abrangendo os relacionamentos da sociedade, formando cidadãos capacitados para governar o país mais tarde.
Afirma Bittencourt (2004) que a maioria das propostas curriculares do ensino de História visa contribuir para a formação do cidadão crítico, para que o aluno tenha uma visão crítica sobre a sociedade em que este inserido. As introduções do ensino de História ao se estudar as sociedades passadas faz com que o aluno compreenda o tempo presente e descubra que é um agente social capaz de transformar sua realidade contribuindo para a formação de uma sociedade democrática.
O segundo capítulo expõe a importância do livro didático na educação brasileira, sendo esse para alguns o único recurso para uma aprendizagem adequada, alguns professores utilizam apenas o livro didático para lecionar sendo que ele deveria ser um material de apoio para uma aula mais dinâmica.
Mas devido às dificuldades que professores e alunos passam o livro didático se tornou um recurso indispensável para a aquisição da aprendizagem sendo o mesmo um recurso gratuito fornecido por órgãos governamentais e que abrange diversos temas sobre a História do Brasil.

1.2 Justificativa

Para entender o ensino de História uma reflexão se faz necessária para compreender como deve ser. A História é ativa na vida dos alunos não somente em acontecimentos passados, mas para que se tenha uma visão crítica do presente.
A aprendizagem de História deve levar ao aluno a ser não devem ser levados como simples historinhas, mas como parte da vida de cada um.
O professor deve fazer uma ligação entre passado e presente com a utilização de métodos diferenciados para que os alunos tenham uma participação ativa tornando-os mais sugestivos diante das dificuldades da metodologia abordada.
Diante de cada dificuldade encontrada no ensino-aprendizagem dos alunos. O professor deve não somente oferecer uma forma de aprendizagem, mas métodos diferenciados para cada caso levando o aluno a aprender realmente e valorizar o conhecimento adquirido e não somente memorizar o que lhe foi ensinado.
Os alunos das 2ª Fase do 2º Ciclo já entendem a necessidade de se aprender História e compartilham informações envolvendo-se com os temas propostos pelos professores tornando-se assim um aprendizado com participação mais ativa, portanto ensinar História passa a dar condição ao aluno a participar do processo de fazer um conhecimento mais amplo auxiliando o aluno a adquirir suas ferramentas de trabalho que são necessárias para aprender a pensar e a captar e valorizar a diversidade das fontes de conhecimento.
Para envolver os alunos nessas metodologias colocando-as em pratica dentro da sala de aula, deve-se buscar conhecimento para ser ensinado de tal modo que dê em alunos condições para participarem do processo de narrar, fazer, contar e construir a História.
Assim o ambiente de ensino se torna um lugar que transmite o conhecimento, e proporciona aos alunos a participação do seu próprio saber.
No ensino de História na 2ª Fase do 2º Ciclo do ensino fundamental, deve-se analisar a bagagem oferecida pelo educando, ampliando sua relação de compromisso com o conhecimento histórico e possua uma identidade social formada pelo aluno relacionando as complexidades do seu cotidiano.
Os professores devem a todo o momento usar métodos diferenciados para serem abordados em sua aula fazendo opções mais significativas para serem desenvolvidas em diferentes momentos e grupos, utilizando uma forma de trabalhar com cada grupo não sendo fixos os modelos de ensino, com cada aluno utiliza-se uma forma de trabalhar diferente podendo modificá-lo quando achar necessário abordando assim um ritmo próprio ate alcançar o objetivo lançado.
O professor é orientador na busca pelo conhecimento ele busca métodos de ensino, mas não dá as respostas prontas, e sim apontando caminhos para sanar a curiosidade de seus alunos para irem à busca de respostas. A escolha por este espaço de pesquisa foi durante as atividades de estágio, percebeu-se que na escola há muita união e trabalho em conjunto então optei por conhecer os métodos de ensino adotado para o ensino de História, na Escola Municipal Jardim das Flores.
O professor ao permitir o contato com objetos e lugares não conhecidos facilitando a aprendizagem ampliando os instrumentos para interpretação para que consiga assimilar melhores os fatos, com a utilização de métodos de ensino mais avançados o professor leva seus alunos a conhecer diversos lugares sem sair da sala de aula, fazendo com que o aluno viagem no passado entendendo o presente.
O professor tem um papel muito importante na vida dos alunos ele ajuda a ver a realidade com outros olhos expressando-se melhor na sua realidade sendo sempre parte de um processo de mudança.
Sendo a História uma narrativa de acontecimentos verdadeiros o professor deve ao ensinar transparecer o máximo possível para que haja um maior desenvolvimento dos alunos contando os fatos registrados a todo o momento, mas as metodologias abordadas pelos professores estão sendo adequadas para a aprendizagem? É o que se pretendeu se investigar nessa pesquisa, verificando junto aos professores os métodos mais adequados para se ensinar história de acordo com a opinião dos mesmos. A História nunca é neutra ela é repleta de acontecimentos e fatos da humanidade são saberes em constante construção. Entende-se que os professores têm um papel essencial na aquisição do conhecimento, eles utilizam vários métodos para que o aluno absorva a aprendizagem e sempre orientando para que ele consiga entender a História com outros olhos expressando-se melhor na sua realidade.

1.3 Revisão de Literatura

Segundo Nikitiuk (1996) a História conta fatos verdadeiros que fazem parte do nosso passado, são acontecimentos contados e registrado. E em todo momento é feito História no mundo são retratos instantâneos da realidade fatos de longa data.
O conteúdo de História envolve muito o tempo em que acontecem as coisas no mundo os movimentos que transformam a sociedade para compreender sua evolução.
Entretanto o professor que utiliza métodos diferenciados tem um maior retorno de participação de seus alunos tornando a aula muito mais dinâmica fornecendo assim liberdade para que seus alunos sejam cada vez mais motivados tendo assim aprendizado.
No ensino é necessário que haja professores capacitados para uma boa aprendizagem, para formação de cidadãos com excelente educação. Entretanto a metodologia proposta deve direcionar a construção do conhecimento e servir para resoluções de problemas sociais, pois nas 2ª Fase do 2º Ciclo as crianças começam a entender a importância dos fatos históricos e sua contribuição para a cidadania. Assim a metodologia do ensino contribui muito para o desenvolvimento social do aluno.
Afirma Piletti (1987) que para o ensino ser bem desenvolvido necessita-se da utilização de algumas técnicas que ajudam a desenvolver o raciocínio, essa técnica terá que ser de motivação e o professor deveram conhecer bem cada um de seus alunos para que haja um estudo da realidade no concreto relacionando as etapas da historia.
O aluno motivado desenvolve melhor seu raciocínio no ensino de historia e com o conhecimento que o professor já possui diante da dificuldade de aprendizagem de cada um, ele orienta cada qual conforme sua necessidade para ter um maior resultado sobre os temas abordados em sala de aula trabalhando a partir da realidade de cada um.
Segundo Failace (2001) que para se estudar e ensinar História tem que ter conhecimento de diversas teorias e métodos possíveis para interpretar a mesma, pois todo conhecimento histórico é uma construção teórica. A História tem uma forma distinta de se revelar ao longo do tempo. Com isso a metodologia do ensino de História deve ter uma estrutura a fim de cumprir sua tarefa enquanto ciência e utilizando o tempo dos fatos acontecidos.
Essa relação com teoria e pratica faz com que cada professor construa seu método de ensino próprio através das teorias que ele conhece, assim em suas explicações sobre os temas abordados em sua aula ele tem conhecimento prévio de varias áreas da educação, pois assim ao ensinar seus alunos ele tem total domínio de conteúdo e faz ligação da disciplina de historia com outras áreas para que se tenha uma participação mais ativa assim os alunos realmente aprendem não somente memorizam o que lhe foi dito.
Afirma Pinsky (2003) que a função do professor é de orientar o aluno a aprender a pensar historicamente através dos ensinamentos dados pelos professores, portanto ensinar História passa ser uma transmissão de conhecimentos na construção do saber histórico um envolvimento entre teoria e prática na construção do conhecimento a ser ensinado e com isso proporciona ao aluno uma construção de uma visão mais democrática da realidade.
Com a orientação adequada o ensino de História se torna mais significativo para o aluno dando a ele suporte para as formações de suas próprias opiniões sobre a sociedade e tornando-o futuramente dentro da sociedade
O ensino de História na sala de aula relata que os fatos ocorridos no passado interferem no presente.
Bittencourt (2004) em sua obra relata as necessidades que os alunos têm em ter professores preparados para lidar com as novas linguagens do ensino de História.
Ao longo do avanço tecnológico os professores de História têm que ir se modernizando seu modo de ensinar para resgatar essa nova geração de alunos.
Assim os programas de ensino de história contem elementos fundamentais para educação do educando, visando a construção de um cidadão critico para que o aluno tenha uma postura diante dos acontecimentos postos ela sociedade em que vive.
No ensino de História ao estudar as sociedades passadas serve para que o aluno compreenda o tempo presente como agente social e assim modificando sua realidade, contribuindo para a fabricação de uma sociedade democrática. A autora em sua obra fala de métodos de ensino de como o professor é mediador do conhecimento a importância da utilização de técnicas e métodos diferenciados para uma educação de qualidade.
O professor orienta o aluno a raciocinar, captar e a valorizar diversos pontos de vista.
Então ensinar História passa a contribuir para um processo participativo no fazer a História. O ensino é uma produção do conhecimento, reelaborando fatos interagindo com sua atualidade compreendendo as permanências e as transformações, em seu modo de vida.
Portanto o professor de História do ensino fundamental deve ensinar o aluno a edificar seu próprio ponto de vista, o que não significa ensinar soluções, nem dar explicações sobre como e por que se chegou a um determinado ponto. É ainda fornecer aos alunos meios para que possam construir argumentos que permitam explicar a si próprios e a outros, de maneira clara e objetiva, um determinado fato histórico. Por fim, dar-lhes condições para que possam perceber-se o máximo possível dentro da condição humana.
Os professores de uma forma geral encontram dificuldades para preparar suas aulas por falta de materiais adequados o material que está à disposição e mais pratico e o livro didático que se tornou o principal instrumento de trabalho tanto para professores quanto para alunos sendo o mesmo utilizado em diferentes salas de aula, ele serve como mediador entre a proposta de ensino, o material didático tem uma importância grande na formação do aluno pelo mero fato de ser, muitas vezes, o único livro com o qual a criança entrará em contato.
Ele ainda é um dos instrumentos de aprendizagem mais utilizados e, em muitos casos, o único utilizado em sala de aula no ensino fundamental, quando infelizmente, não há o contato dos alunos com outros materiais e informações de outras fontes.
Cabe ao professor a tarefa de utilizar esse recurso da forma que lhe for mais conveniente diferenciado e possibilitando ao aluno outros modos de leitura e interpretação que desperte o sentido da História na sala de aula.
Os métodos de ensino foram questionados, buscando alternativas que levassem o aluno a construção do conhecimento histórico na sala de aula. Rompia-se com métodos de ensino baseado na leitura de livros didáticos. O cinema, a música, a literatura foram trazidos para o ensino de História como linguagens alternativas para se construir o conhecimento histórico. Ampliando o campo para a aprendizagem.
Para ensinar em qualquer área é necessária a utilização de vários métodos, e sua aplicação é igualmente diversificada cabe ao professor observar o objetivo da aula bem como a heterogeneidade da sala para poder assim escolher naquele momento qual seria o melhor método e a melhor técnica de ensino a ser explorado, é necessário que ele saiba a hora de usar cada método e técnica para que a aula não fique maçante e repetitiva. Afinal, dada a quantidade e diversidade que há disponível não pode um professor adotar um método correto e desfazer de todos os outros. O método de cada uma se dá conforme a necessidade de cada turma.

2. Confecção, Distribuição, Técnicas, delimitação da população

Para realização de um trabalho monográfico, faz-se necessário coletar informações que auxiliem assim no desenvolvimento do mesmo.
A pesquisa desenvolvida teve como tema “Os métodos que os professores utilizam para se ensinar História na 2 fase do 2 ciclo na Escola Municipal Jardim das Flores”, limitando os métodos que os professores utilizam para se ensinar História infiltrando o passado na vida do aluno.
A coleta de dados para essa pesquisa ocorreu somente em uma escola, através da observação direta intensiva, com três professores, sendo dois deles do sexo feminino e um do sexo masculino e todos trabalhando nas 2 fase do 2 ciclos dois dele são graduados no curso superior de pedagogia e um dele sendo graduado no curso superior de letras.
No total três professores foram pesquisados com o objetivo de coletar informações, que possam contribuir para o desenvolvimento da pesquisa.
Os professores serão chamados nessa pesquisa de A, B e C.
Sendo todos professores da mesma escola Municipal Jardim das Flores, cidade de Alta Floresta, estado Mato Grosso no estando localizada no bairro Jardim das Flores.
A recepção foi muito boa na escola citada, todas as entrevistas foram realizadas na Escola Municipal Jardim das Flores.


2.1 Apresentação e análise dos dados

As entrevistas seguiram um roteiro onde os professores pesquisados responderam a questões voltadas para a metodologia do ensino de história em sua pratica diária.
Segundo os professores, a metodologia utilizada para se ensinar história varia conforme a proposta do município. O ensino de história é para a formação do cidadão critico, mas faz-se a utilização de pesquisas e atividade complementar, sempre com o auxílio do livro didático com explicação oral sobre o tema abordado.
Partem da identidade do aluno resgatando sua própria história. Fazendo aulas diferenciadas com a utilização de materiais concretos para que haja uma maior atenção das crianças devida sua faixa etária os materiais mais usados são: recorte de revistas, colagem, e a utilização de mapas.
“No ensino de história sempre tem o apoio de muitas leituras que amplia o vocabulário e o conhecimento do mesmo, mas raramente não se utiliza o livro didático essas leituras a maioria são realizadas no mesmo.” (informação verbal)1
Afirmam os professores entrevistados que para ter um maior desenvolvimento é necessária a colaboração dos pais no ensino e também em alguns momentos sair do espaço fechado que é sala de aula mas devido as condições do espaço escolar fica difícil o acesso para outros ambientes devido a diversas falhas no sistema, portando é por esse entre tantos outros motivos que educadores se prende tanto nos livro didáticos.
Mas cabe ao professor no espaço no qual está a sua disposição e com os materiais disponíveis fazer aulas diferenciadas com técnicas, passeio no pátio da escola para que eles tenham uma aula diferenciada prestando atenção no espaço no qual estão inseridos.
De acordo com os professores pesquisados os alunos da 2ª Fase do 2º Ciclo estão em um nível de conhecimento bem desenvolvido, pois sempre tem disposição para responder o questionamento de seus professores sobre os temas abordados no ensino de historia isso é fundamental fazer com que eles questionem a realidade, buscando sempre soluções para os problemas encontrados na sociedade e os professores pesquisados afirmou que os alunos são aptos para isso.
Hoje com o avanço da tecnologia os professores passam para os alunos fazer pesquisas na internet para os que têm acesso a esse recurso e os que não o possui ela os auxilia através dos livros fornecidos pela própria escola.
Para o ensino de história na escola no qual foi realizada a pesquisa o recurso para o ensino mais utilizado é o livro didático mesmo não sendo a vontade da grande maioria, exceto um professor entrevistado no qual o único recurso utilizado para a realização das aulas na 2ª Fase do 2º Ciclo é o livro didático, tendo admitido não complementar com nenhum outro material ou artigo. O mesmo afirma não estar apto a lecionar na disciplina de história devido sua formação não enquadrar essa disciplina. Assim ele trabalha somente com o livro didático devido à falta de conhecimento.
Os demais professores pesquisados apresentam um conhecimento um pouco mais abrangente sobre a disciplina de história por tê-la em sua grade curricular em seu curso de nível superior, o que pode representar um diferencial na metodologia de ensino.
De acordo com o que se resultou a pesquisa, elas não confirmaram as hipóteses sugeridas pelo entrevistador, pois os métodos abordados por alguns dos professores entrevistados não estão sendo satisfatório para seus alunos. E a falta de recursos, e somente a utilização do livro didático não está despertando a curiosidade dos alunos perante os temas abordados, presenciou a pesquisadora o comportamento dos alunos diante a forma na qual os professores lecionam. Pois um dos professores entrevistados leciona a aula de geografia e de história em um mesmo momento, quando vai avaliar os alunos e mesma nota vale para ambas as disciplinas.


2.2 Interpretação e analise dos dados

O ensino da história é essencial para o desenvolvimento da sociedade e contribui para a formação de cidadãos críticos e democráticos. Nas aulas de história professores e alunos interagem sobre um mesmo objetivo: o conhecimento do passado para entender o presente;
Segundo Bittencourt (2004), o trajeto da disciplina de história nas escolas do Brasil, não foi de fácil acesso, não foi bem recebido tanto na grade curricular quanto na elaboração de programas. A história como disciplina escolar só se efetivou com a criação do Colégio Dom Pedro II, no final da regência de Araújo Lima, 1837.
Enquanto esse colégio foi criado para formar filhos da nobreza o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB) foi criado para construir a genealogia nacional, que gerou a identidade da nação brasileira e mostrou que ao estudar a história do Brasil e do mundo pode-se entender a sociedade, que através do tempo se conhece diferentes culturas e raças, ou seja, estudar o passado para compreender o presente. (BITTENCOURT, 2004 p. 29-30).

O IHGB deveria ressaltar os valores ligados à unidade nacional e à centralização política, colocando a jovem nação brasileira como herdeira e continuadora da tarefa cilizadora portuguesa. A nação, cujo passado o IHGB iria construir, deveria surgir como fruto de uma civilização branca e européia nos trópicos.
Foi do IHGB que surgiu um modelo de História nacional feita através da hierarquização de alguns fatos que deveriam ser os centros explicadores, em torno dos quais todo um conjunto de acontecimentos passava a ser referido. O descobrimento do Brasil, a sua independência, entre outros fatos são vistos como marco fundador da História do Brasil, contada a partir de 1500 anos da chegada dos europeus.
[...] O passado apareceu, portanto, de maneira a homogeneizar e a unificar as ações humanas na constituição de uma cultura nacional. A história se apresenta assim, como uma das disciplinas fundamentais no processo de formação de uma identidade comum- o cidadão nacional- destinado a continuar a obra de organização da nação brasileira. (PINSK, 2006, p. 25).

No início do período republicano, cresce a importância atribuída ao ensino da história na difusão do sentimento nacional e na responsabilidade de formar os cidadãos da nação. Progressivamente, a moral religiosa foi absorvida pelo civismo, orientando a idéia de que os conteúdos da História Pátria não deveriam ficar restritos ao âmbito específico da sala de aula. Práticas e rituais cívicos, como festas, desfiles, eventos comemorativos e celebrações de culto aos símbolos da Pátria, foram desenvolvidos para envolver o conjunto da escola e estabelecer o ritmo do cotidiano escolar. (PINSK, 2006)
O ensino de história continha elementos para a formação dos alunos levando-os a compreensão do histórico do povo brasileiro, assim o ensino de história seria uma arma poderosa para a construção do Estado Nacional.
Os programas de ensino de História continham elementos para a formação que se pretendia dar ao educando, no sentido de levá-lo a compreensão da continuidade histórico do povo brasileiro, nesse ponto de vista o ensino de historia seria uma arma muito poderosa para a construção do estado. A História se apresenta como uma das disciplinas fundamentais no processo de formação de uma identidade comum na obra de organização da nação brasileira. (Bittencourt, 2004).
Os métodos de ensino estão aplicados nas aulas de História eram baseados na memorização e na repetição oral dos textos escritos. Os materiais didáticos eram escassos, restringindo-se a fala do professor e aos poucos livros didáticos compostos segundo o modelo dos catecismos com perguntas e respostas, facilitando as argüições [...] (BRASIL, 1997, p. 20).

O ensino da história, portanto é um processo em contínua transformação e adaptação à realidade dos alunos e da sociedade como um todo. Neste processo, é indispensável que o professor acompanhe as transformações e procure continuamente se adaptar as novas demandas do ensino.  Para isto o professor deve procurar desenvolver novas competências para ensinar.
O ensino de história não pode reduzir-se a memorização de fatos, a informação detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias nas quais ocorreram. A História não é simplesmente um relato de fatos periféricos, não é o elogio de figuras ilustres. Ela não é um campo neutro, é um lugar de debate, às vezes de conflitos. É um campo de pesquisa e produção do saber que está longe de apontar para o consenso. (Borges 1980).
No ensino de história o principal objetivo é compreender e interpretar as várias versões do fato, e não apenas memorizá-lo. Sem que se identifique, preserve, compreenda, sem que se indique onde se encontram outros fatos e qual o seu valor, não pode haver continuidade consciente no tempo, mas somente a eterna mudança do mundo e do ciclo biológico das criaturas que nele vivem. (BALDISSERA, 2004)
“HISTÓRIA” é uma palavra de origem grega, que significa investigação, informação. Ela surge no século VI antes de Cristo (a.C). “Para nós, homens do ocidente a história, como hoje a entendemos, iniciou-se na região mediterrânea, ou seja, nas regiões do Oriente Próximo, da costa norte- africana e da Europa Ocidental.” (BORGES, 1988, p.10).

Assim a todo o momento se obtém informações e se tem uma busca constante pela ampliação do conhecimento, admitindo que a cada passo compreendesse mais a sociedade e as suas constantes mudanças e que para as informações serem de longas datas e tornar parte do registro de uma nação ele deve ser comprovado registrado como prova do fato.
O passado aparece, portanto, de maneira a homogeneizar e a unificar as ações humanas na constituição de uma cultura nacional. A história se apresenta, assim, como uma das disciplinas fundamentais no processo de formação de uma identidade comum – o cidadão nacional – destinado a continuar a obra de organização da nação. (PINSK, 2006, p.25).

A produção da história foi mudando com o passar do tempo na tentativa de encontrar novos rumos em diferentes espaços, dando oportunidade ao historiador de encontrar e construir seu próprio objeto de estudo.
Devido a tantas transformações no espaço e no tempo, a história é uma matéria difícil não devido às datas e nomes, mas a história ela é criada e recriada a todo o momento a partir de espaço semelhante e isso exige mais que conhecimento e técnicas e sensibilidade e esse fato ele pode ser cultivado e não ensinado.
Portanto ao se ensinar história os professores devem fazer as escolhas dos conteúdos que acha ser mais significativa para ser trabalhado em diversos momentos, sendo eles não considerado fixos, pois a escola e professores devem recriá-las e adaptá-las a realidade do aluno.
O ensino de história possui objetivos específicos, sendo um dos mais relevantes os que se relaciona a constituição da nação de sua identidade. Assim, é primordial que o ensino de história estabeleça relações entre identidades individuais, sociais e coletivas, entra as quais se constituem como nacionais. (BRASIL, 1997, p. 26).

E o aluno de história deve aprender os instrumentos para uma boa aprendizagem em diferentes tempos de pesquisa. São necessários que dê possibilidades aos alunos de história conceitos históricos para que compreenda os fatos tendo assim uma aprendizagem significativa.
Segundo Nikitiuk (1996) a função de repassador de informações, que muitos professores entendem poderá ser atropelada por novas tecnologias se não se adequarem ao padrão de desenvolvimento social que a sociedade esta passando.
O universo que vivemos e amplo e cheio de novas possibilidades, com isso o professor deve tornar presente nas salas de aula ao menos uma pequena parte do trabalho desenvolvido por pesquisadores de História que são preocupados em reconstruir a trajetória do ser humano a nova face da sociedade em que se vive.
Portanto, o papel do professor como educador é transmitir o conhecimento que possui e auxiliar a criança a compreender a realidade expressando-se a cada nova descoberta assumindo a responsabilidade de ser elemento fundamental de mudança da realidade.
É função do professor de História trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e a disciplina de História é muito favorável para esse tipo de trabalho, pois é possível falar dos assuntos mais diversificados, pois é a história do mundo que justifica a sociedade que vivemos.
A compreensão do mundo em que vivemos se dá a partir da compreensão dos sistemas sociais do passado, do presente e principalmente, deve-se levar a consciência crítica dos alunos, quanto ao seu poder enquanto atores de sua historia e da sociedade em que vivem.
É também função do professor de História mostrar aos alunos causas e conseqüências de atos, que determinaram os fatos históricos, questionando os motivos das decisões, as possibilidades e o que isso pode agregar a suas vidas. E o mais importante é deixar claro o porquê deles estarem aprendendo e tendo contato com aquele conhecimento.
O bom professor não é apenas o que transmite conteúdos, mas um verdadeiro especialista em aprendizagem que conhece os meios para propiciá-la, adaptando-os à sua disciplina, à faixa etária de seus alunos e as condições ambientais de que dispões. (ANTUNES, 2001, p. 62).

Pois a história fornece a sociedade uma explicação de sua origem, de formar os alunos a ser cidadãos críticos e democráticos fazer com que eles investiguem e tomem conhecimento dos acontecimentos da sociedade onde estão inseridos.
O ser humano vive em constante mudança e percebe-se isso através dos fatos acontecidos durante o passar do tempo, para que o aluno perceba essas transformações em seu espaço são necessários conceitos relevantes e inclusivos e que estejam claras e disponíveis na estrutura de cada aluno para que assim ele forme conceitos. Failace (1979)
Entretanto para a aprendizagem tornar-se mais significativa o professor deve-se envolver sempre o cotidiano do aluno ao tema abordado, não somente fatos passados, mas acontecimentos presentes para que ele crie uma visão critica, pois assim vê-se o passado com outros olhos participando do presente.
Nos temas abordados em sala de aula, os professores tentam trabalhar de forma mais dinâmica, interagindo junto aos alunos sobre o tema estudado fazendo com que ele busque a cada momento mais conhecimento levando o aluno a pensar sobre a história do nosso Brasil. (Boletim, 1997)
Para adquirir um maior conhecimento fazem-se necessárias aulas expositivas, aulas de campo e atividades extraclasses para um maior retorno da aprendizagem.
O armazenamento de informações com aulas diferenciadas se torna mais organizado no cérebro, no qual o aluno faz ligação de conhecimentos assimilarem. Portanto para que ocorra uma aprendizagem mais significativa é necessária a ligação dos temas escolhidos pelos professores com o cotidiano do aluno faz com que ele adquira conceitos relevantes e inclusivos que estejam claras e disponíveis na estrutura cognitiva do aluno.
[...] O papel do professor é, então o de ajudar a criança desenvolver sua capacidade de abstração, para que ela possa, a partir de acontecimentos que lhe são familiares, compreender os momentos históricos mais distantes de sua realidade. (PILETTI, 1987, p. 204).

Se a descoberta do aluno for mais envolvente mais interesse pelo tema abordado ele se estrutura de forma mais prazerosa o seu cognitivo ampliando assim sua vontade de aprender.
Os alunos de história devem analisar os conceitos de sua aprendizagem, não somente compreender os significados que o professores lhe oferece, mas formar sua própria opinião sobre o que estão estudando.
“[...] A forma de encarar o processo de desenvolvimento do conhecimento em cada individuo, é a forma de conceber a própria história, enquanto acontecimento e enquanto conhecimento e uma teoria da história.” (FAILAC, 1979, p. 119).

A educação tem como objetivo formar os alunos para sociedade, então um aluno bem educado é um cidadão libertado, és a garantia de sua sociedade mais democrática. Portanto o ensino é a esperança de uma sociedade melhor e a história é a redenção da mesma então o ato de ensinar é um melhoramento da moral diante a humanidade.
De acordo com Piletti (2003) o ensino de história é uma aula onde o professor revela aos alunos fatos da humanidade um processo único de descobertas onde os acontecimentos são regidos pelo tempo por leis, esse tempo é o espaço de criação do homem diante a sociedade.
O tempo histórico faz as coisas acontecer independente das escolhas feitas pelos próprios homens, entretanto o tempo histórico é um espaço de criação, renovação da história é um desafio para cada um.
O tempo histórico torna-se dinâmico e um espaço onde passado e presente se interagem através das ações do homem que a cada momento constroem e reconstroem a história da sociedade.
Para compreender a história o aluno deveria dominar, em principio, a noção de tempo histórico. No entanto, o desenvolvimento dessa noção no ensino limita-se a atividades de organização do tempo cronológico e de sucessão como datações, calendário, ordenação temporal. Seqüência passado-presente-futuro. A linha do tempo, amarrada a uma visão linear e progressiva dos acontecimentos, foi sistematicamente utilizada como referencia para distinguir os períodos históricos. (BRASIL, 1997, p. 23).

O conteúdo de história envolve não somente o passado, mas também o tempo, através dele que se compreendem os mecanismos da sociedade, seus processos e evoluções, portanto para que torne o estudo de história mais próximo da experiência do aluno e a linha do tempo. (Brasil, 1997).
A linha do tempo é a representação gráfica de fatos importantes, então quando se vai introduzir o estudo da história do Brasil constrói para que se tenha uma participação mais ativa dos alunos.
Todos os dados que são encontrados em uma linha do tempo são comprovados através de documentos escritos, orais, relatos, entrevistas, depoimentos, fotografias ou visuais.
Então se devem documentar os fatos para que haja a revelação da verdade sobre o nosso passado, é através dos documentos que se pode provar algo que aconteceu na história.
Para Bittencourt (2004), utilizando documentos o historiador escreve a história e conhece o passado contribuindo para o presente se preparando para o futuro.
O professor tem que ajudar o aluno a desenvolver sua capacidade de raciocínio para que a partir dos acontecimentos do seu cotidiano consiga compreender os momentos históricos que são distantes de sua realidade, assim entender os processos sociais, culturais e políticos que vivem tendo uma opinião formada sobre temas atuais tendo a oportunidade de conhecer outras culturas, raças e religião a partir de documentos antigos.
Para introduzir os acontecimentos na longa duração da história e observar as transformações do tempo na sociedade é a melhor maneira de ter matérias da história do passado para o presente.
Para que haja uma compreensão eficácia o educador trabalha diversas metodologias e técnicas de ensino. Para alcançar o conhecimento desejado de seus alunos, envolvendo-os com dinâmicas para prender a atenção do mesmo e através do que vai aprendendo em sala junto ao conhecimento que possui vai incorporando novos ganchos de aprendizagem e aumentando sua bagagem de acordo com Pinsk (2006).
Com isso as aulas têm uma participação mais ativa, questionando os professores e buscando sempre novos caminhos para a aprendizagem. O professor juntamente com o aluno está em constante aprendizagem, ele tem a função de pesquisador para orientar os alunos a qual caminho seguir para sanar as duvida o professor, portanto é mediador das dificuldades encontradas pelos seus alunos. Antunes (2001, p. 71) “o verdadeiro professor deve sempre ser um problematizador, que levanta questões, propõe desafios, sugere problemas, encaminha enigmas e dá pistas para que o aluno possa resolvê-los.”
Quando o aluno encontra grandes dificuldades para somar suas duvidas o professor como mediador do conhecimento entra com metodologia diferenciada para juntos chegarem a uma resposta. Entretanto o professor não dá as respostas prontas as dúvidas do aluno, mas sim mostra opções para se alcançar as respostas.
Segundo os professores entrevistados que para ter um maior retorno da aprendizagem do aluno, troca-se o cenário da aula, utilizando materiais concretos como fotos, documentos, objetos antigos e saída a campo como cinema, museu, teatro, que relata acontecimentos históricos fazendo com que os alunos se prendam aos detalhes.
Com essa técnica diferenciada os alunos podem trabalhar com a imitação e confecção de objetos e cenas do passado montando o espaço que visualizarão assim já esta inserida a disciplina de história, com isso prenderá e motivará a atenção do aluno envolvendo prática com conteúdos escolhidos pelo professor e obtendo a cada novo momento mais conhecimento. (informação verbal)2


Nérici (1992) afirma que não se fazendo uma diferenciação entre método e técnica de ensino, pois ambos são próximos, sendo seu objetivo comum levar o educando a seguir um esquema para maior eficiência da aprendizagem. O método é um procedimento geral, baseado em princípios lógicos comuns em várias ciências e já a técnica é específica de cada educador usado em momentos diferenciados em determinada ciência em particular.
O professor diversifica as metodologias do ensino para prender a atenção dos alunos para que não se dispersem da aula, tendo domínio total dos temas trabalhados em sala de aula. Portanto nota-se que cada educador possui uma metodologia e técnica diferenciada para a estruturação de passos e atividades didáticas que orientem adequadamente a aprendizagem do educando. (NÉRICE, 1992, p. 48).

O professor em sua prática na sala de aula tem que ressaltar a bagagem do aluno, por isso é importante na metodologia de história fazer com que a todo o momento a realidade seja questionada.
Conforme os professores um recurso que é de fundamental importância é o livro didático para alguns professores, ele é indispensável na sala de aula, talvez o único recurso para o ensino que ele possua. Para outros ele serve como apoio complemento de outros artigos também por ter que seguir o planejamento do município, mas não serve como o principal recurso, pois segundo alguns professores as informações contidas são insuficientes para se alcançar o objetivo desejado que a ampliação do conhecimento do aluno e por ter a opinião do autor. Nos livros didáticos muitos assuntos são camuflados são citados levemente para que não haja opiniões que possam trazer alguma alteração na sociedade atual.
“O professor ao utilizar o livro didático tem que dar a opção de outras fontes de ensino para que o aluno desenvolva seu raciocínio e amplie o conhecimento sobre os temas tratados.” (informação verbal)3
O livro didático é usado como complemento para alguns profissionais da educação nas salas de aula, mas para outros professores e alunos é o único recurso de ensino que possuem muitos professores o adotam como critério absoluto da verdade padrão em sala de aula. Que o livro didático não é a melhor opção para se ensinar por conter a opinião do autor, mas complementam outros artigos com questões do livro didático, pois na opinião dos mesmos esse material camufla a realidade, mas os educadores seguem a proposta de ensino com outros materiais. (BALDISSERA, 1994, p. 21).

Na pesquisa realizada na rede publica de ensino alguns profissionais têm a opinião:

Muitos professores não adotam completamente o livro didático, mas entregam para os alunos sanarem duvidas comum.
Segundo Baldisera (1994, p.18) “O livro didático não é visto como um instrumento de trabalho auxiliar na sala de aula, mas sim como a autoridade, a ultima instância, o critério absoluto da verdade, o padrão do excelência a ser adotado na aula.”
Somente o livro didático é insuficiente para o ensino, mas se ele for à base e se for trabalhá-lo bem, os alunos teriam um crescimento no seu conhecimento.
Os alunos têm que ter a oportunidade para descobrir novos caminhos da aprendizagem buscando sempre novas fontes para interagir junto ao livro didático.
Os professores que não buscam outras fontes de ensino passam a respeitar a palavra escrita do livro didático como se fosse a ultima opção, submetendo-se ao seu conteúdo. Baldisera (1994, p. 19) “A realidade nos mostra que o livro didático é o recurso mais freqüente e amplamente utilizado no processo ensino aprendizagem no Brasil.”
Conforme os professores entrevistados os conteúdos escolhidos pelo professor, e como vai utilizá-lo, interfere-se muito se vai usar ou não o livro didático, isso é resultante da personalidade e cultura de cada educador.
Ao abandonar um tema do livro didático o professor tem que usar dinâmica diferenciada uma incrementarão do tema para que o aluno não só memorize, mas guarde na mente para quando precisar.
O livro didático é um ponto comum entre professor e aluno se não houver uma forma diferenciada de usar o livro didático o aluno perde o interesse em aprender.
E há também a falta de condições adequadas de materiais didáticos nas escolas, portanto professores e alunos são prisioneiros do livro didático, assim ambos se adaptam nessa linha de raciocínio. (BALDISSERA, 1994. p. 13)
Também no livro didático o aluno não questiona muito o professor não busca por conta novos caminhos para adquirir conhecimento, o professor tem a função de ser mediador do saber, mas como em alguns casos o livro didático é sua única opção então ele não puxa muito o conhecimento dos alunos por falta de recursos melhores.
Nikitiuk (1996, p.32) “No livro didático o aluno encontra a matéria pronta. Esse não deveria ser a intenção e sim um complemento, mas é a condição a qual os alunos são submetidos por falta de oportunidade.”
Segundo Bittencourt (2004) sendo o livro didático o principal instrumento de trabalho de professores e alunos em diferentes salas de aula e diferentes condições pedagógicas, servindo como mediados entre a proposta oficial do poder e nos programas curriculares e o conhecimento escolar ensinado pelo professor.
Cabe ao professor a utilização de uma metodologia que desperte a leitura, escrita e a interpretação no contexto histórico, mas a todo o momento melhorando os textos encontrados no livro didático e trazendo artigos para ampliar o conhecimento do aluno sobre os temas abordados. Portanto o livro didático deveria ser analisado e utilizado como perspectiva de apoio e não como o principal instrumento de trabalho de um professor de História, não era para ser um documento único verdadeiro e acabado deveria ser um instrumento para melhoria da disciplina, para que os professores e alunos possam usá-lo como apoio em suas duvidas.
Utilizo o livro didático como apoio e referência devido à proposta de ensino que o município possui... Mas ele não é o melhor recurso, pois contem o ponto de vista do autor nele se encontra temas importantes se for analisado profundamente, e um ponto de vista negativo no livro didático e á questão das diferenças sociais no livro didático há a camuflagem da realidade na qual o aluno está inserido”. (informação verbal)4

Mas a utilização desse recurso varia conforme a necessidade, forma, quando, como o professor irá usar. Entretanto se a utilização do livro didático for juntamente com a metodologia apropriada para o momento o retorno da aprendizagem do aluno serão satisfatórias para ambas as partes, assim se torna um trabalho prazeroso e satisfatório tanto para quem ensina como para quem está aprendendo.
Segundo Baldissera (1994) o livro didático é o recurso mais utilizado no processo ensino aprendizagem no Brasil. Para ter uma aprendizagem significativa tem que haver questões problemáticas que sejam novas para o aprendiz exigindo dele uma transformação do conhecimento já existente e uma maior concentração para dar soluções para os problemas. Descrevendo o particular através dos universais, conseguindo com isso abranger todo território para uma boa aprendizagem.

 

 

 

 

 

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do tema abordado sobre o ensino de História nas 2 fase do 2 ciclo, e as metodologias utilizadas na disciplina de História, em muitos momentos suprem a necessidade dos alunos devido a falta de interesse dos mesmo. E quando o educador faz uma junção entre metodologia e dinâmicas a aprendizagem eleva-se seu nível de interesse por parte dos alunos, envolvendo-os nos temas selecionados para cada momento.
O ensino de História tem como finalidade a formação do aluno a ser cidadãos críticos e democráticos, partindo desse contexto essa aprendizagem faz com que os alunos vejam a sociedade com outro olhar analisando as mudanças da sociedade tendo sempre sua própria opinião sendo flexível a diversos ambientes e culturas que está inserido elevando assim seu grau de conhecimento e si desenvolvendo a cada nova descoberta fascinando - se sempre mais com o novo e aprimorando seu modo de ver a sua própria história.
Para que o aluno consiga se desenvolver melhor o professor utiliza-se diferentes métodos tais como: a linha do tempo que é para o aluno se sintonizar nos fatos ocorridos e também o livro didático que tem conteúdos de apoio para o ensino/aprendizado sendo para muitos professores e alunos esse o único recurso para aprender e ensinar isso devido a condição financeira que se encontra tanto a escola quando os alunos. Portanto conclui-se que o ensino de História na 2ª Fase do 2º Ciclo precisa-se a cada novo momento ser adaptada ao aluno partindo da bagagem que cada um oferece e suas condições físicas e psicológicas, e transformando a sala de aula em um ambiente produtivo e dinâmico para diferentes ocasiões que si encontrar no decorrer do dia a dia na sala de aula diante de tantas dificuldades para que professores e alunos encontram para conseguir obter mais conhecimento.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BALDISSERA, José Alberto. O livro didático de historia: uma visão critica. 4. ed. Porto Alegre: Evangraf, 1994.


BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2004.


BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: história e geografia. Brasília: MEC, 1997.


NIKITIUK, Sonia M. Leite. Repensando o ensino de história. São Paulo: Cortez, 1996.


BORGES, Vavy. Pacheco. O que é história. 9. ed. São Paulo: Brasiliense, 1980.


PILETTI, Claudino. Didática especial. 5.ed. São Paulo: Ática, 1987.


PINSK, Jayme (Org.). O ensino de história e a criação do fato. São Paulo: Contexto, 2006.


BOLETIM, Centro de Letras e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Londrina, Ed. Uel, 1997.


ANTUNES, Celso. A sala de aula de geografia e história. São Paulo: Papirus, 2001.


PILETTI, Nelson et al. História da educação. São Paulo: Ática, 2003.

 

 


BIBLIOGRAFIA


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LAKATOS, E. M. ; MARCONI, M. de Andrade. Metodologia do trabalho científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001.

______. Técnicas de pesquisa. 5. ed. rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2002.