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O VALOR DOS JOGOS PARA O APOIO NO APRENDIZADO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS QUE FREQUENTAM A SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL

Maria Cláudia Spina de Souza
Lucia Adriana Zaura
Alcedina de Souza Leles 


RESUMO

O presente estudo tem por objetivo verificar os jogos como apoio fundamental para os alunos de sala de recurso das Escolas Estaduais do município de Alta Floresta. Para tanto, se utilizaram os métodos indutivos, monográfico e estatístico. A coleta de dados ocorreu através da técnica de observação direta extensiva que se mostrou necessária, através do instrumento questionário, contendo perguntas abertas e fechadas. Ao final, observou-se que a sala de recurso é um espaço de socialização e interação, e tem como função ensinar buscando auxiliar o educando em suas necessidades. Verificou-se ainda que o trabalho educativo dos jogos nas salas de recurso deve criar condições para as crianças conhecerem novos sentimentos, valores, ideias, costumes e papéis sociais, mas nas salas de recursos os mesmos devem ser adaptados às necessidades dos alunos. Portanto, esses recursos nas são mediadores da construção do conhecimento, possibilitando a aprendizagem e desenvolvimento da criança, portanto estes devem provocar situações que desperte o interesse sobre o tema abordado. Desta maneira cabe ao professor oportunizar diferentes metodologias que tornem prazerosa a aprendizagem através de jogos e brincadeiras.

Palavras-chave: Educação especial. Necessidades. Valores


INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como tema o valor dos jogos como apoio no aprendizado dos alunos com deficiências que frequentam a sala de recurso multifuncional, o mesmo está voltado para o cotidiano escolar das salas de recurso multifuncional, visando analisar a importância das articulações entre os jogos e os alunos com necessidades especiais, pois há algum tempo os recursos lúdicos vem apresentando avanços importantes no aprendizado desses alunos. Assim, o objetivo é discutir a utilização dos jogos para o apoio no aprendizado dos alunos com deficiências que frequentam a sala de recurso multifuncional.
Assim como a sociedade em geral, vêm passando por profundas transformações ao longo do tempo. Essas mudanças acabam por interferir na estrutura da família e no processo de ensino da escola. Sendo assim, a busca por atividades lúdicas para chamar atenção dos alunos, pois desta forma eles aprendem brincando.
Ao longo dos últimos anos, tem crescido a consciência coletiva acerca das necessidades educativas das crianças em relação ao tempo/espaço, desse modo à construção do conhecimento através das atividades lúdicas tem por objetivo possibilitar a ampliação das experiências como o desenvolvimento das potencialidades cognitivas, estéticas, sociais.
A Educação Especial pode ser conceituada como uma educação voltada à pessoa com deficiências como: auditivas, visuais, intelectual, física, sensorial, surdo cegueira e as múltiplas deficiências. Para que esses seres humanos tão especiais possam ser educados e reabilitados, é importante a participação deles em escolas e instituições especializadas. Além disso, ter a sua disposição o que for necessário para o seu desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, faz parte de um todo que é a educação, e ter o seu valor reconhecido é muito importante para que esses alunos especiais tenham seu crescimento e desempenho educacional satisfatório.

2 DESENVOLVIMENTO

O altruísmo apresenta uma história para confirmar como os caminhos das pessoas com deficiência trazem diversas barreiras, riscos e limitações. Como a sobrevivência, sua ampliação e sua convivência social. Pode-se dizer que os jogos, brinquedos e brincadeiras e sua relação com o desenvolvimento e a aprendizagem, há muito tempo, vêm sendo explorados no palco científico, como uma arte auxiliadora na ampliação cognitivo da criança.
Acredito na educação pelo afeto que influi indiretamente, ajudando as crianças na superação de suas dificuldades, ativando e conduzindo à via direta do desenvolvimento. Nossas ações são movidas pelos processos dinâmicos, necessidades e impulsos afetivos. (FIGUEIRA 2011, p. 115)

O brincar desperta a imaginação, abrindo possibilidades de aprendizagem, e neste estágio, o educando tem a liberdade de criar, imaginar e é por meio da ludicidade que a criança exterioriza seus anseios e imita o mundo dos adultos.
Os jogos e as brincadeiras são táticas metodológicas que adequam uma aprendizagem sólida por meio de atividades práticas. As atividades lúdicas são essenciais para os alunos especiais, é nelas que sobrevêm as experiências inteligentes e reflexivas e, a partir deste procedimento, abrolhar o conhecimento.
O jogo contribui para a flexibilidade do comportamento das habilidades motoras. Isto é, a situação de jogo desempenha um papel adaptativo no processo de aquisição de comportamentos, vivencias e estratégias, permitindo à criança avaliar os efeitos dos seus comportamentos. (NHARY, 2006, p. 57)

Acredita-se que os jogos são instrumentos que devem ser explorados na escola como um recurso pedagógico, pois além de desenvolver regras de comportamento, o jogo atua na zona de acréscimo proximal, ou seja, a criança alcança realizações numa situação de jogo, as quais ainda não são apropriadas de realizar numa circunstância de aprendizagem formal, pois o aluno não constrói significados a partir dos conteúdos de aprendizagem sozinhos, mas, interativamente, na qual os professores têm um papel essencial, já que qualquer coisa que façam ou deixem de fazer é categórica para que o aluno aprenda ou não de forma significativa.
A arte de brincar ampara a criança a desenvolver-se, a comunicar-se com os que a abraçam e consigo mesma. As brincadeiras por mais simples, são olhos-d'água de estímulos ao desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da criança com deficiência. Brincando, a criança tem a conveniência de adestrar suas funções psicossociais, conhecer desafios, investigar e aceitar o mundo de maneira natural e espontânea.
Considerando que o aluno com deficiência apresenta dificuldades em assimilar conteúdos, faz-se necessária a utilização de material pedagógico com temas reais e de táticas metodológicas práticas, para que desenvolva a sua capacidade cognitiva, podendo levar a construção do conhecimento através de diferentes trabalhos pedagógicos.
Os afazeres pedagógicos com a criança com deficiência, embora tenham características próprias, não difere daquele apresentado às crianças comuns ou normais. Igualmente, deve acatar aos mesmos objetivos gerais, acomodando oportunidades para que os alunos possam integrar-se tanto no processo educacional, como nos demais setores da sociedade. Em presunção alguma, deve a criança com deficiência ter desdenhadas as suas potencialidades de desenvolvimento.
No campo educacional, pode-se ver abordagem do movimento de duas formas: Aprendizagem do movimento e aprendizagem pelo movimento. No enfoque da aprendizagem do movimento, o foco é a melhoria da capacidade e/ou habilidade do próprio movimento, em quanto no da aprendizagem pelo movimento, embora os movimentos sejam utilizados, o foco principal não está na melhoria da motricidade em si, mais na sua utilização para o individuo conhecer a si mesmo e o mundo que o cerca (AGUIAR, 2004, p. 24).
Entretanto, para um melhor aprofundamento do tema, observa-se que mediante a justiça, o direito do aluno com necessidades educativas especiais e de todos os cidadãos à educação, é um direito constitucional. Uma educação de qualidade para todos implica entre outros fatores a necessidade de um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças.
Em relação a Educação especial como modalidade de educação escolar oferecida na rede regular de ensino, para portadores de necessidades especiais, observou-se a necessidade de capacitação. Esta capacitação teria que abordar questões voltadas para o melhor convívio e entendimento com estes alunos com necessidades educacionais especiais quanto aos seus processos de aprendizagem e necessidades adaptativas.
Contudo, o que se percebe é que para essa mudança ocorrer torna-se necessário ir muito além de simples capacitações e especializações de caráter informativo para o professor lidar com essa população. Toda a escola deve estar engajada para essa nova etapa, desenvolvendo um projeto político pedagógico que envolva estes alunos especiais, tendo instrumental didático, esclarecimento sobre as necessidades educacionais especiais do aluno, entre muitas outras coisas. Figueira, (2001, p. 79). “É preciso que estratégias sejam traçadas, passando pelo preparo de professores e alunos sem deficiência para receberem colegas com deficiência e desenvolvendo políticas de inclusão escolar”
Essa mudança na valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os quais fortalecem a identidade individual e coletiva do individuo, bem como pelo respeito do aprender e construir. Através de um ensino que atenda o interesse de todos.
A promoção de um ensino que corresponda não somente às necessidades específicas do aluno com necessidades educativas especiais, mas que atenda aos interesses e necessidades de todos os alunos da classe requer a adaptação do ensino que, entre outros aspectos, significa alocar os recursos humanos na escola para trabalharem conjuntamente no sentido de desenvolver métodos e programas de ensino, adaptados à nova situação, bem como para atuarem em conflitos e desafios que toda situação educacional apresenta. (ROSA, 2011, p.98)

Cada aluno numa sala de aula representa características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo um ritmo de aprendizagem, o desafio da escola hoje é trabalhar com essas diversidades na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino-aprendizagem de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos.
Brincar, jogar é algo natural e universal do ser humano, compreendem atividades que proporcionam alegria, divertimento, prazer para os que estão envolvidos na ação, além de ajudar no desenvolvimento físico, intelectual, emocional, social do sujeito. Essas atividades lúdicas estão presentes em todas as classes sociais, crianças de várias idades brincam se divertem através da ludicidade. Rosa (2011, p.98) “O jogo passa a ser organizado e incentivado pelos educadores proporcionando uma oportunidade de testar e observar as crianças em suas atividades naturais e espontâneas”.
Essas atividades são importantes para o desenvolvimento do sujeito independente se ele tenha ou não alguma limitação. E durante as atividades lúdicas não há por parte de quem as pratica, um olhar para o diferente, neste caso as pessoas com deficiências sendo vista como capazes de realizar a atividade coletivamente, dentro das suas capacidades físicas, intelectuais, sociais, enfim, o ato do brincar/jogar, ocasiona a interação dos educandos das séries iniciais, já que todos participam das atividades, proporcionando assim a socialização do corpo discente no ambiente educacional, desta maneira o educando especial é incluído através da ação lúdica. Isso porque o mais importante nestas atividades é o desejo de estar junto com o outro, mesmo que seja para competir, é poder usufruir do movimento que a atividade gera e suas fruições.
As pessoas com deficiências gostam de brincar, pois este é um ato espontâneo da criança, e ao brincar com o outro estão passando pelo processo de aquisição das relações interpessoais que são fundamentais para desenvolvimento social do sujeito. De acordo com Santos (2010, p. 11): “As atividades lúdicas representadas pelos jogos, brincadeiras e dinâmicas são manifestações presente no cotidiano das pessoas e, portanto, na sociedade desde o inicio da humanidade. Todo ser humano sabe brincar, como se brinca, por que se brinca”.
Já que quando ocorre a brincadeira a intenção é que todos participem, se divirtam, com isso o educando especial também participa das brincadeiras, e jogos. E através da participação ativa proporcionada pelas atividades lúdicas, que a criança aprenderá a conviver melhor com o com o outro, a interação faz com que o aluno especial sinta-se como parte importante desse meio educacional que está inserido, com isso ele não só está como se sente incluído ao ambiente escolar.
Sabe-se que a atividade lúdica é importante para o aluno, pois a brincadeira é uma ação social do ser humano, brincar durante a infância é algo cultural, no qual todas as crianças devem passar por esse processo de ludicidade, sendo assim através da brincadeira, do jogo, ocorre o processo de inclusão de forma natural, pois no momento da brincadeira, as crianças se entregam à ação que está acontecendo, do imaginário, do divertimento e interagem umas com as outras. Santos (2010, p. 23).”O educador do novo milênio deve promover novos e estimulantes desafios, contextualizando conteúdos, enquanto o aluno não percebe a utilidade do que aprende na escola para sua vida, sentirá os conteúdos sem significado e a escola desnecessária”.
Com isso, independente da limitação, os estudantes com necessidades especiais também gostam, e participam das atividades lúdicas que o professor desenvolve durante as aulas, sendo assim, nada o impede de interagir durante a brincadeira com os demais colegas de classe, só é necessário fazer algumas adaptações dependendo da limitação do educando para que ele se envolva com mais facilidade nas atividades, sejam elas jogos esportivos, brincadeiras de raciocínio, etc.
O ato do brincar ou jogar traz muitos benefícios para quem participa dessa atividade, pois, contribui para o desenvolvimento físico, social, intelectual, respeito ao outro, a criança supera os desafios através da brincadeira ou jogo, enfim, não é somente uma atividade que proporciona alegria, prazer, divertimento, direta ou diretamente está trabalhando na formação do sujeito, para que ele aprenda a conviver com os outros, independente que tenham ou não alguma deficiência. Santos (2010, p. 23). “O jogo, por si só, é repleto de motivações e desafios, é de e grande valia para a educação, pois a solução de problema, que é parte do jogo, mexe com as habilidades básicas, ajudando a desenvolver as habilidades”
Brincar/jogar é uma condição humana, sobretudo entre crianças. São atitudes, na maioria das vezes, partilhadas, onde o prazer de estar junto, onde o sentimento de pertença é mais forte que o resultado do jogo em si, durante a ludicidade esse prazer de estar junto com o outro brincando, se divertindo, interagindo, contribui para a inclusão do educando especial, pois tanto o aluno dito “normal” quanto o que tem alguma limitação estão desfrutando de sentimentos comuns, que surgem durante a brincadeira ou jogo, estão aprendendo, se desenvolvendo, e através dessa participação de todos em conjunto, o alunado especial sente-se como parte integrante daquele ambiente educacional, no qual está incluído.
As atividades lúdicas são reconhecidas como meio de fornecer à criança um ambiente agradável, motivador, planejado e enriquecido, que possibilita a aprendizagem de várias habilidades. Na educação infantil mediante a brincadeira, a fantasia, a criança forma a base e adquire a maior parte de seus repertórios cognitivos, emocionais, sociais e motores. (MACHADO, 2005, p.35)
Percebe-se a importância que os educadores que trabalham em sala de recurso em relação aos jogos para o desenvolvimento do alunos. Neste sentido, surge a importância de se procurar novas saídas nas instituições de ensino que auxiliem o educando no aprendizado, fazendo da educação algo que prepare os alunos para fazer diferença no meio em que vivem
Mediante o questionário respondido, os educadores responderam 100% que os jogos são essenciais para o aluno que frequentam sala multifuncional, assim notasse que todos que todos os profissionais acreditam na importância do jogo.
O autor Figueira (2009, p. 66) afirma que, “uma vez que as atividades lúdicas são à base das atividades intelectuais dos pequenos, elas são essenciais para prática pedagógica, facilitando o aprendizado do conteúdo maçante, que passa a ser transmitido pela ludicidade”.
O brincar representa um desenvolvimento da inteligência, pois auxilia na assimilação sobre a acomodação, tendo como função consolidar a experiência passada.
. O jogo como material pedagógico, na elaboração da atividade de ensino, trabalha na criança seu afetivo, cognitivos, pois são instrumentos capazes de colocar o pensamento da criança em ação. Isto significa que o importante é ter uma atividade orientada de aprendizagem. Santos (2002, p.98) relatam: “Quando, em sala de aula, o educador utilizar jogos e brincadeiras como recurso para aprendizagem, os alunos devem-se portar como se estivessem realmente desenvolvimento uma atividade lúdica, isto é, com a mesma satisfação livre. A diferença está na maneira como o educador se comporta”.
Desse modo no processo de ensino-aprendizagem as atividades lúdicas ajudam a construir uma práxis integradora que favorece a aquisição do conhecimento e desenvolvimento do educando é uma estratégia que deve ser usada como estímulo na construção do conhecimento
O educador é um mediador das atividades, do cotidiano da criança em processo de construção de conhecimento. É ele quem cria propostas pedagógicas, proporcionando ao aluno oportunidades de se expressarem.
Sendo assim a inserção de atividades lúdicas como estratégias devem promover uma aprendizagem significativa. O brincar para as crianças é importante, pois através dessa atividade, a criança desenvolve suas habilidades motoras, intelectual, cognitiva, entre outras.
A criança portadora de necessidades educativas especiais precisa desde muito cedo, estar com outras crianças e aprender a desfrutar dessa oportunidade que se constitui em um dos principais objetivos da inclusão. Considera-se como espaços lúdicos de inclusão aquele que contém equipamentos e brinquedos que favoreçam a integração entre as crianças apesar de suas diferenças. As crianças de deficiência sensorial física e/ ou mental poderão desfrutar desse espaço. Brinquedos, jogos e brincadeiras ajudam as crianças portadoras de deficiência a se prepararem socialmente quando estas por sua vez frequentam uma escola comum (NHARY, , 2006, p.34)

A utilização do lúdico como ferramenta no processo inclusivo de crianças com necessidades educativas especiais é essencial para um melhor desempenho deste, pois através do mesmo o educador proporcionará novas experiências no convívio, no aprendizado e no desenvolvimento de valores éticos como o respeito às diferenças, espírito de equipe, criatividade, responsabilidade e imaginação.
Sendo a sala de recursos um espaço na escola onde acontece o atendimento especializado para alunos com necessidades educacionais especiais, a mesma busca desenvolver a aprendizagem, baseada em novas práticas pedagógicas, com o intuito de auxiliar esses alunos a progredirem na vida escolar.
Para a inclusão requer engajamento e planejamento, extrapolando os limites da escola e chegando às famílias desses alunos e às instituições sociais em geral, fazendo-se necessário, principalmente, “a orientação da comunidade escolar e o estabelecimento de um relacionamento efetivo entre a escola e a família (NHARY, , 2006, p.34)


A inclusão ainda é um desafio para o professor, pois o mesmo necessita confrontar suas experiências as situações novas que surgem no cotidiano escolar exigem que os professores se portem como aprendizes do seu ofício, lançando-se sobre aquilo que devires na aprendizagem do aluno e no saber-fazer docente.
No tocante à formação de professores numa perspectiva inclusiva, entende-se que esta permanece aquém das expectativas e necessidades desses profissionais, influenciando suas práticas e, por conseguinte, a escolarização do aluno com deficiência. É preciso criar, nas escolas, um espaço onde os professores possam entrar em contato com os colegas da equipe de trabalho, dentre eles, as educadoras especiais.
Com a descoberta de brincar com intencionalidade educativa, descobriu-se um processo que se tornou aprendizagem algo que os alunos desejam e se sentem atraídos e, o mais importante algo que, também, a escola pode cumprir a função não só de ensinar, mas de educar. Deve ficar claro que ao trabalhar com jogos, brincadeiras e dinâmicas o educador não está apenas ensinando conteúdos conceituais, está também educando as pessoas integralmente, torrando-as mais humanas através do desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo social e moral. (SANTOS, 2010, p. 21)
Assim, quando se faz uso das atividades lúdicas em sala de aula o professor conseguirá avanços tanto na socialização quanto na aprendizagem, pois através do lúdico a criança demonstra afeto e carinho com os que estão ao seu lado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta pesquisa abordou o valor dos jogos para o apoio no aprendizado dos alunos com necessidades educacionais nas salas de recurso multifuncional, através da observação das atividades pedagógicas que são trabalhadas em sala de recursos e as contribuições dessa prática, a partir da percepção de professores das escolas Estaduais estabelecidas no município de Alta Floresta - MT.
O objetivo da pesquisa, portanto, foi discutir a utilização de jogos variados, a escola na melhoria da atenção e aprendizados, pois as salas de recurso multifuncional são espaços organizados com materiais didáticos, pedagógicos, equipamentos e profissionais com formação para o atendimento aos alunos com necessidades especiais.
Os educadores concordam que os jogos interferem na vida do aluno quando é bem trabalhado, pois os jogos atuam nas diferentes áreas isso tanto na sala de recurso quanto no ensino regular.
O jogo na aprendizagem podem ser estratégias educacionais integradas às diversas experiências vivenciadas através do brincar.. A brincadeira favorece o desenvolvimento individual da criança, ajudando a internalizar as normas sociais e a assumir comportamentos mais avançados que aqueles vivenciados no cotidiano, aprofundando o seu conhecimento sobre as dimensões da vida social, brincando, a criança desenvolve sua inteligência e sua sensibilidade.
A hipótese levantada foi confirmada porque as professoras afirmaram que todos os profissionais acreditam que os jogos são de suma importância para a participação dos alunos, tanto na sala regular, quando na sala de recurso multifuncional, pois os jogos facilitam e estimulam a aprendizagem cognitiva e social da criança para o desenvolvimento mental, tornando aprendizagem significativa na construção de conceitos e da autoconfiança.
Constatou-se que as professoras trabalham com jogos, e que não têm dificuldade em usa-los e que os jogos são essenciais para o desenvolvimento das crianças que frequentam a sala de recurso.
As intervenções pedagógicas do professor são de extrema importância para o aprendizado dos alunos, pois permitem a exploração de conceitos e a busca pelo desenvolvimento da capacidade de pensar. Ao mesmo tempo em que cria situações cotidianas concretizam o processo de raciocínio os jogos facilitam a incorporação de técnicas, contribuem no processo de ensino-aprendizagem.
Sabe-se que a família apoia a utilização dos jogos na sala de recurso, pois os jogos contribuem no desenvolvimento cognitivo, afetivo, físico-motor e psicomotor da criança, pois através dos jogos a criança organiza sua forma de ver o mundo e o compreende de forma divertida e prazerosa, tendo liberdade de pensar, criar e desenvolver valores e concepções ao longo de seus dias.
Na escola a utilização dos jogos pedagógicos são alternativas que possibilitam desenvolver a aprendizagem das crianças sem sala de aula, por isso os professores trabalham deferentes jogos com seus alunos, e em suas práticas aplicando o conteúdo de uma forma que o mesmo faça relação com o cotidiano da criança e fazendo com que ela construa conhecimento a partir da atividade aplicada.
Em geral, esta pesquisa foi importante para se conhecer um pouco mais sobre o valor dos jogos para o apoio no aprendizado dos alunos com deficiências que frequenta a sala de recurso multifuncional. O trabalho em questão pode interessar a outros educadores que trabalham com alunos, com deficiências que frequentam a sala de recurso multifuncional.


REFERÊNCIAS

AGUIAR, João Serapião de. Educação inclusiva: Jogos para o ensino de conceitos. 4. ed. São Paulo: Papirus, 2008.

FIGUEIRA, Emílio. O que é educação inclusiva. São Paulo: Brasiliense. 2011.

NHARY, Tania Marta da Costa. O que está em jogo no jogo. Cultura, imagens e simbolismos na formação de professores. Dissertação de Mestrado em Educação. UFF. Niterói: RJ, 2006.

ROSA, Adriana Padilha; NISIO, Josiane Di. Atividades lúdicas: sua importância na alfabetização. 1. ed. Curitiba: Juruá, 2011.

SANTOS, Santa Marli Pires Dos. O Brincar na escola: Metodologia lúdico-vivencial, coletânea de jogos, brinquedos e dinâmicas. 1. ed. Petrópolis: Vozes, 2010.