O PROBLEMA DO BULLYING nas escolas
Flávia Vieira da Silva
Jorgina Xavier de Lima
Tatiane Maltezo da Rocha
RESUMO
A escola deve promover um trabalho significativo com os alunos, através de seus profissionais, contribuir para a superação da violência e das discriminações. Sendo assim o bullying deve ser discutido nas escolas para se entender as consequências, problemas e transtornos causados pela ação do mesmo. Saber identificar, distinguir e diagnosticar o fenômeno bullying, para promover as estratégias de intervenção e prevenção, adequadas à realidade da escola nas aulas é importante, pois o mesmo é altamente doloroso para as partes envolvidas, destacando que várias são as causas que o geram, mas as consequências muitas vezes, culminam em tragédias como assassinatos, suicídios e anulação do sujeito em relação a sua autoestima. Conclui-se que o bullying acontece através de atos agressivos, competitivos, discriminatórios, e faz parte das relações do dia a dia entre crianças e adolescentes, mas atualmente essas situações se tornaram muito fortes, graves, repetidas, desse modo se faz necessária a realização de um trabalho que busque passar para os alunos a importância do respeito mútuo, do diálogo, da justiça, da solidariedade, assim como trabalhar as diferenças e os direitos das crianças em sua sala de aula, desse modo ele estará em seu cotidiano contribuindo para que o ambiente escolar seja um ambiente favorável a aprendizagem para todos os alunos.
Palavras - chave: Aprendizagem; Bullying: Escola.
INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios da atualidade é combater e erradicar a violência nas escolas, que nos últimos anos adquiriu dimensão alarmante o que a torna preocupante devido à grande incidência de sua manifestação na instituição escolar.
A escola é um local onde proporcionam o convívio social e a troca de experiências, possibilitando ao educando a produção e aquisição do conhecimento de forma organizada e significativa. Mas muitas vezes ocorrem agressões entre os educandos as vezes por não gostarem da pessoa, ou por deferirem palavras ou gestos agressivos.
Para FANTE (2005, p. 29), “o bullying é um comportamento cruel, intrínseco nas relações interpessoais, em que os mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de brincadeiras que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar”. A principal forma para combater-se o bullying é a conscientização baseada no respeito mútuo, na ética e na cidadania, ou seja, o respeito entre os indivíduos.
O bullying está presente na maioria das salas de aula e casos de agressões físicas e verbais, como já foi discutido no capítulo anterior, ocorrem nas salas de aula, muitas vezes na presença do professor.
São muitas as estratégias que podem ser utilizadas na redução de problemas de agressão e vitimização na escola e existem evidências consideráveis de que a intervenção pode ser eficaz.
Algumas atitudes preventivas como: aumentar a supervisão na hora do recreio e intervalo, evitar em sala de aula desprezo, apelidos ou rejeição de estudantes por qualquer tipo de razão.
DESENVOLVIMENTO
2.1 Conceituando bullying
De acordo com FANTE (2005, p. 45), “bullying é uma palavra de origem inglesa, utilizada em diversos países para conceituar o desejo consciente e deliberado de maltratar outro indivíduo e pressioná-lo”.
Segundo CAVALCANTE (2004, p. 25), “bullying é um termo oriundo da palavra inglesa bully; a qual se refere aos termos de valentão e brigão. Já como verbo, tem o significado de ameaçar, amedrontar, tiranizar, oprimir, intimidar e maltratar”.
Há muitos estudos sobre a fenomenologia do bullying nos últimos anos. No entanto, há algumas dificuldades encontradas pelos estudiosos, e entre estas dificuldades está: encontrar termos correspondentes ao bullying em diversos idiomas, nos mais variados países.
Conforme FANTE (2005), em comparação, no Brasil, o bullying ainda não é muito conhecido, sendo pouco comentado e pesquisado, razão pela qual existem poucos estudos nos quais se possa ter uma visão geral sobre o tema para que se consiga compará-lo aos demais países. O que se sabe é que em comparação com a Europa, no que se refere às pesquisas e tratamento desse comportamento, o Brasil está com pelo menos quinze anos de atraso.
De acordo com CAVALCANTE (2004), a primeira pessoa a relacionar a palavra ao bullying foi o professor Dan Olweus, da Universidade da Noruega, ao estudar sobre as tendências suicidas entre jovens. Como é um assunto considerado novo, ou seja, estudado há pouco tempo, pois, as primeiras pesquisas são da década de 90, cada país deve encontrar uma palavra em seu próprio vocábulo que se refira a este conceito, tendo o mesmo significado.
De acordo com FANTE (2005, p. 78), “o Brasil adotou o termo que é utilizado na maioria dos países: Bullying”.
O bullying na escola define-se do seguinte modo: "um aluno está a ser provocado/vitimado quando ele ou ela está exposto, repetidamente e ao longo do tempo, a ações negativas da parte de uma ou mais pessoas" Considera-se uma ação negativa quando alguém intencionalmente causa, ou tenta causar, danos ou mal-estar a outra pessoa. Esse repetido importunar pode ser físico, verbal, psicológico e /ou sexual (FANTE, 2005, p. 28).
A prática do bullying se concentra na humilhação das pessoas, geralmente passivas ou que não exercem o poder sobre alguém ou sobre um grupo.
O termo bullying compreende toda e qualquer forma de atitudes agressivas, intencionais ou repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por estudantes contra outros, causando angústia e dor. Há um desequilíbrio na relação de poder que torna possível a intimidação da vítima (PEREIRA, 2002, p. 58).
No ambiente escolar, grande parte das agressões é ocasionada principalmente pelo uso de apelidos e expressões pejorativas. No entanto, as práticas do bullying no ambiente escolar também se referem às agressões físicas.
2.2 Os protagonistas do bullying
Segundo CAVALCANTE (2004, p. 87), “bullying pode ser classificado de duas maneiras: indireta e direta”.
O bullying direto caracteriza-se pelo ataque ás vítimas diretamente, sendo utilizados neste ataque as seguintes atitudes: colocar apelidos, agressões físicas, fazer ameaças, roubar, ofensas verbais ou expressões e gestos que provoquem mal-estar às vítimas. Este tipo de bullying é mais frequente entre os meninos, pois, a porcentagem é quatro vezes maior entre eles (CAVALCANTE. 2004 p. 87) .
Já o bullying indireto é caracterizado pela ausência da vítima em questão, dessa maneira os comportamentos utilizados são: atitudes de indiferença, isolamento, exclusão, difamação e negação de desejos, sendo este mais praticado entre as meninas.
De acordo com PEREIRA (2002, p. 45), as diferenças quanto ao modo de praticar bullying entre os meninos e as meninas, isso se deve ao fato de que se espera que as meninas sejam dóceis, boazinhas e passivas, e para expressar seus sentimentos elas utilizam meios mais discretos, mas não menos prejudiciais.
[...] Para se esquivarem da desaprovação social, as meninas se escondem sob uma fachada de doçura para se magoarem mutuamente em segredo. Elas passam olhares dissimulados e bilhetes, manipulam silenciosamente o tempo todo, encurralam-se nos corredores, dão as costas, cochicham e sorriem. Esses atos, cuja intenção é evitar serem desmascaradas e punidas, são epidêmicos em ambientes de classe média, em que as regras de feminilidade são mais rígidas (SIMMONS, 2004, p. 33).
As crianças e adolescentes podem se envolver de três maneiras com o bullying conforme o modo de agir perante a situação. Sendo assim, elas podem assumir os seguintes papéis: vítimas, agressores ou testemunhas.
FANTE (2005, p. 21), descreve classificações utilizadas por especialistas do tema, são elas:
• Vítima típica: é aquele aluno que serve de bode expiatório para um determinado grupo;
• Vítima provocadora: aquele aluno que provoca e atrai reações agressivas contra as quais não possui habilidades para lidar com eficiência;
• Vítima agressora: aquele aluno que reproduz os maus-tratos sofridos por ele em outro aluno;
• Agressor: aquele aluno que pratica o bullying com os demais, ou seja, ele agride os demais;
• Espectador: é aquele aluno que não pratica e nem sofre com o bullying, mas o presencia em seu ambiente escolar.
Os fatores individuais também podem influenciar na adoção de atitudes agressivas, tais como: hiperatividade, impulsividade, distúrbios comportamentais, dificuldade de atenção, déficit de inteligência e baixo rendimento escolar.
O autor de bullying é tipicamente popular; tende a envolver-se em uma variedade de comportamentos antissociais; pode mostrar-se agressivo inclusive com os adultos; é impulsivo; vê sua agressividade como qualidade; tem opiniões positivas sobre si mesmo; é geralmente mais forte que seu alvo; sente prazer e satisfação em dominar, controlar e causar danos e sofrimentos a outros. Além disso, pode existir um componente benéfico em sua conduta, como ganhos sociais e materiais. São menos satisfeitos com a escola e família, mais propensos ao absenteísmo e à evasão escolar e tem uma tendência maior para apresentarem comportamentos de risco (consumir tabaco, álcool ou outras drogas, portar armas, brigar, etc.). As possibilidades são maiores em crianças ou adolescentes que adotam atitudes antissociais antes da puberdade e por longo tempo (CAVALCANTE, 2004, p. 67).
São muitos fatores que contribuem para a prática do bullying, desse modo não basta apenas punir os agressores. De acordo com FANTE (2005), é necessário que se tenha conhecimento do ambiente familiar em que está inserido, qual o papel desempenhado nesse ambiente, quais são suas dificuldades e de que maneira é tratado por seus familiares; pois estes fatores, aliados a um ambiente escolar propício para a violência, contribuirão cada vez mais para que este aluno se torne muito mais agressivo com seus colegas e até com seus professores.”
Estes alunos não ajudam os alvos e nem denunciam os autores com medo de represálias, e com o medo de que este tipo de atitude possa a vir acontecer consigo. O fato de não ajudar uma vítima ou denunciar o autor, não significa dizer que eles concordam com este tipo de atitude, pois a maioria reprova, o que ocorre é o medo de se tornar à próxima vítima de seus colegas (BENCINI 2005, p. 67) .
A maioria dos alunos não denunciam os atos de bullying por medo de ser a próxima vítima, ou por não saberem como agir diante da situação .
De acordo com BAUMAN (2007, p. 47), “não há possibilidades para se prever em qual papel o aluno irá se encaixar; ou seja, se ele será agressor, vítima ou testemunha, já que este papel poderá sofrer mudanças de acordo com o meio em que este estudante estará inserido”.
Algumas pesquisas apontam que os autores de bullying vêm de famílias pouco estruturadas, com pobre relacionamento afetivo entre seus membros, são pouco supervisionados pelos seus pais e vivem em ambientes onde o modo de resolver problemas é baseado no uso de comportamentos agressivos ou explosivos (BALLONE, 2005, p. 54).
2.3 Por que do bullying nas escolas
A educação é compreendida como uma forma de prover o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o exercício da cidadania. A instituição escolar, assim como os outros setores da sociedade, também estão passando por profundas alterações, tanto no ensino/aprendizagem quanto na esfera relacional dos seus diferentes agentes.
Atualmente vivemos num período de crise da educação, onde o papel da escola não está mais claro. Sua finalidade já não é somente ensinar conteúdos educacionais tradicionais. O espaço escolar vai, além disso, tornando-se um espaço de interação entre seus participantes, é um lugar onde as crianças e adolescentes aprendem a se relacionar, adquirem valores e crenças, desenvolvem senso crítico, autoestima e segurança. (OSÓRIO, 1992 p. 45).
A violência tem muitas causas e existe tanto na escola pública quanto na privada. Na pública existe precarização de recursos físicos e humanos e na privada a educação tem se transformado até se mercantilizado, ou seja, não é mais a autoridade pelo conhecimento, mas sim pelo que eu adquiro e vendo.
Na sociedade em que se vive a violência nas escolas constitui um problema social grave e complexo, sendo provavelmente a maneira mais frequente e perceptível da violência juvenil.
Não é por acaso que depredações, arrombamentos e furtos atendem pela maior parte das atitudes de violência na escola. Os alunos não veem sentido na instituição escolar e, ao contrário de perceber este local como sendo de todos, o consideram como de ninguém [...]. (FERRARI, 2006, p. 31):
A escola é de suma importância para crianças e adolescentes, os que não gostam dela têm maior chance de apresentar um fraco desempenho, além de comprometimentos físicos e emocionais à sua saúde ou sentimentos de insatisfação em relação a sua vida.
Segundo NOGUEIRA (2005), a violência no ambiente escolar no Brasil e no mundo deriva tanto da situação de violência social que atinge os estabelecimentos (violência na escola), como pode apresentar modalidades de ação que se originam no ambiente pedagógico, neste caso a violência da escola.
É comum entre os alunos de uma classe a existência de diversos tipos de conflitos e tensões. Há ainda inúmeras outras interações agressivas, às vezes como diversão ou como forma de autoafirmação e para se comprovarem as relações de força que os alunos estabelecem entre si. Caso exista na classe um agressor em potencial ou vários deles, seu comportamento agressivo influenciará nas atividades dos alunos, promovendo interações ásperas, veementes e violentas (FANTE 2005, p. 47).
A escola nos últimos anos tem recebido crianças, adolescentes e jovens provenientes das classes menos favorecidas essa situação provocou mudanças no interior das instituições escolares,
Todos os programas antibullying devem ver as escolas como sistemas dinâmicos e complexos, não podendo tratá-las de maneira uniforme. Em cada uma delas, as estratégias a serem desenvolvidas devem considerar sempre as características sociais, econômicas e culturais de sua população (GADOTTI, 2003, p. 70).
Nas escolas em que os alunos tiveram participação ativa nas decisões e organização, a diminuição dos níveis de vandalismo e de problemas disciplinares e maior satisfação de estudantes e docentes com a escola.
Os melhores resultados são obtidos por meio de intervenções precoces que envolviam pais, alunos e educadores. O diálogo, a criação de pactos de convivência, o apoio e o estabelecimento de elos de confiança e informação são instrumentos eficazes, não devendo ser admitidas, em hipótese alguma, ações violentas (GADOTTI, 2003, p. 70).
Segundo MESQUITA (2003), a consciência da não-violência é relacionada ao último estado da evolução do ser humano, pois se expressa através do relacionamento compreensivo e harmonioso com tudo e com todos, dos amigos e parentes a todos os seres planetários. Para se prevenir e/ou combater o fenômeno bullying é necessário conscientizar professores, pais, alunos e demais funcionários a respeito deste tipo de agressão
Segundo FANTE (2005), muitas iniciativas antibullying vêm sendo desenvolvidas em muitas partes do mundo, e tem como objetivo a melhoria da competência dos profissionais e da habilidade de interação social nas relações interpessoais, além da estimulação de comportamentos positivos, cooperativos e solidários.
Enquanto a sociedade não estiver pronta para lidar com este fenômeno, serão mínimas as chances de diminuição de outros tipos de comportamentos agressivos e destrutivos. A violência é preocupante em todas as suas formas.
De acordo com OSÓRIO (1992, p. 15), “o adolescente tem como tarefa básica a aquisição do sentimento de identidade pessoal, por isso diz-se que a crise evolutiva é, sobretudo, uma crise de identidade”.
Desta forma, observar o adolescente é uma necessidade constante no cotidiano escolar. A importância da família junto ao adolescente apresentando-se junto a ele com dualidade, hora como refúgio, outrora vista como dissociável perante a necessidade de busca por um grupo de identificação, desvencilhando-se da imagem de criança.
Considerações finais
Os tipos de bullying mais frequentes sofridos pelos alunos são relacionados às suas características físicas (alto, magro, gordo, negro) bem como pelo seu desempenho (por jogar bem nas aulas ou por não saber jogar).
Observou-se que muitos alunos reagem quando sofrem bullying nas aulas de Educação Física; e que a maioria dos entrevistados considera que se deve ter mais rigor nas aulas, punir os alunos que praticam esse ato para solucionar o problema do bullying na escola. .
Percebeu-se nesta pesquisa que por mais que se tente diminuir os casos de violência nas aulas, os professores têm muita dificuldade ao lidar com alunos de comportamento agressivo. Acredita-se que enquanto a sociedade não estiver pronta para lidar com este fenômeno, serão mínimas as chances de diminuição dos comportamentos agressivos e destrutivos, pois, a maioria das causas dos atos agressivos derivam das influências sociais, afetivas, familiares ou comunitárias, que não cabe somente aos educadores resolver tais problemas, mas sim, uma sociedade unida.
Na escola pesquisada existem projetos voltados para a questão do bullying, através de palestras, seminários que buscam oferecer atividades que trabalhem valores como tolerância e solidariedade em relação as diferenças, despertando-lhes a consciência crítica e o resgate das regras principais de convivência, valorizando o respeito ao próximo e a si mesmo através de atitudes diárias que estimulam o companheirismo, a amizade e o respeito ao outro tanto no ambiente escolar e familiar, mas também na sociedade.
Todas as transformações sociais se refletem na realidade escolar. Por isso, o dia a dia das escolas é cheio de casos de violência que vão desde alunos que se agridem verbal, física e psicologicamente, os mais indefesos, que escrevem palavrões nas paredes, que amedrontam os próprios professores, e destroem as instalações.
Este trabalho depois de concluído demonstra que Escola Estadual 19 de Maio, deve fazer um trabalho significativo com os alunos voltado para todas as áreas, através de seus profissionais, para contribuir na superação da violência da discriminação e desse modo combater o bullying e as suas consequências
Na escola é muito importante que se trabalhe a formação de valores dos alunos voltados ao trabalho em equipe, companheirismo, solidariedade responsabilidade se torna indispensável e fundamental para o processo de desenvolvimento do aluno, seja essa prática relacionada à aprendizagem motora ou à interação social.
REFERÊNCIAS
ABRAMOVAY, Mirian & RUA, Maria das Graças. Violências nas escolas. Brasília: Unesco et al, 2004.
ALVES, Rubem. Bullying. Disponível em: http://www.rubemalves.com.br/bullyng.htm Acesso em 01 de agosto 2018.
CAVALCANTE, Meire. Bullying: como acabar com brincadeiras que machucam a alma. Revista Escola. Brasília, v.19, n. 178, p. 58-61, dez. 2004.
CONSTANTINI, A. Bullying: como combatê-lo? Prevenir e enfrentar a violência entre os jovens. Trad. Eugênio Vinci de Moraes. São Paulo: Itália Nova editora, 2004.
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying. Como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. Campinas: Verus, 2005.
FERRARI, Márcio. Violência é assunto de escola sim!. Revista Nova Escola, Brasília, n.197, p. 24 -31, nov. 2006.