Uma análise bibliográfica sobre o uso das tecnologias na educação como ferramenta facilitadora na aprendizagem e ensino do aluno em âmbito escolar
Marcia de Jesus Motta
Liciana Menezes da Silva
RESUMO
O presente trabalho discute um assunto relevante na área da educação, tendo em vista a tecnologia e seus avanços, alguns educadores veem como um grande vilão e outros aprovam como uma grande aliada, acreditando na possibilidade de um novo olhar para as práticas pedagógicas. A atenção sobre as novas tecnologias como ferramentas, que auxiliam o aprendizado, na construção de uma metodologia onde as mídias tecnológicas possam ser recursos didáticos eficazes no processo de ensino e aprendizagem. Apresentando os desafios, enfrentado pelos docentes com a utilização das tecnologias e expondo como o uso dessa ferramenta pode auxiliar os professores na organização de suas aulas tornando-as mais atrativas. O artigo ainda retrata possibilidades do uso das tecnologias digitais como recurso eficaz no processo de ensino aprendizagem, e entre seus objetivos, traz para a prática do docente o rompimento com o preconceito ao uso das tecnologias, muitas vezes existentes nas afirmações dos educadores.
Palavras-chaves: Práticas Pedagógicas. Globalização. Desafios. Recursos Tecnológicos.
Introdução
O tema escolhido para este projeto é o uso das tecnologias na educação, a fim de abordar as vantagens do uso de ferramentas facilitadoras no ensino para aprendizagem do aluno. A pesquisa delimitou-se a fornecer, sob uma perspectiva bibliográfica, materiais reflexivos à compreensão das vantagens que a tecnologia traz para o trabalho dos professores e alunos dentro de sala de aula, especificamente no Ensino Fundamental I e II.
Diante dessa realidade surgiu a problemática seguinte: considerando que as tecnologias estão presentes em toda a sociedade, a escola de hoje recebe alunos que já tem acesso a estes recursos desde a primeira infância. Assim, surgiu a seguinte questão: Como a tecnologia contribui no ensino dos educandos? Quais as vantagens do uso tecnológico em relação ao ensino e aprendizagem dos alunos e também do professor mediador?
A hipótese inicial deste estudo, é de que a tecnologia associada a educação, traz bons resultados, ajudando no processo de aprendizagem dos alunos e colaborando para um melhor desempenho do professor em sala de aula.
As ferramentas digitais estimulam os alunos a almejarem descobrir cada vez mais, além de o educando em contato com as tecnologias, desenvolve uma mente mais aberta e maior capacidade de absorver informações sobre diversos assuntos. O objetivo desta pesquisa foi investigar um novo conceito da tecnologia na educação, e também uma reflexão sobre a importância desta ferramenta no ambiente escolar; analisando como as tecnologias vem sendo utilizada pelos profissionais da educação. Investigou-se acerca dos desafios dos professores quanto ao uso de novas tecnologias no cotidiano escolar. Com o revolucionamento da informática percebeu-se que ela traz consigo inúmeros impactos que, por sua vez, atingiram diversas áreas sociais. Contudo a educação não escapa dessa mudança. As Tecnologias da informação e comunicação – TICs se fazem presente na escola e no aprendizado do aluno, seja pelo uso de equipamentos tecnológicos ou por meio de projetos envolvendo educação e tecnologia.
No momento atual, a tecnologia se faz ainda mais presente no dia a dia das pessoas, assim exigindo da escola um posicionamento frente a esta realidade. Com o aumento de informações e as possibilidades de influência entre pessoas de diversos lugares do mundo, isso têm causado muitas modificações ao processo de ensino escolar. O mundo está marcado pelos grandes avanços da tecnologia, ou seja, assim contempla em várias atividades sugeridas na sala de aula, onde o ensino encontra um grande desafio de adequar-se, a esses avanços das tecnologias e orientar o caminho de todos para o domínio e a apropriação crítica desses novos meios, buscando novos recursos para ampliar o desenvolvimento da escola.
Tendo em vista o uso pedagógico das mídias, nas escolas, como prática inovadora buscando tornar mais dinâmica e contextualizada os conteúdos pedagógicos no processo ensino-aprendizagem, além de estimular o professor e os alunos nesse processo, ficando a cargo do docente adaptar os conteúdos a realidade do aluno, para que ocorra uma aprendizagem satisfatória.
Os princípios de ensino pelo meio da prática das políticas educacionais sugerem que a prática pedagógica possa avaliar que atualmente é vivido um período de globalização, assim como na economia das tecnologias e conhecimentos que vem sendo mudadas invariavelmente e assim reflete imediatamente na cultura e na sociedade.
Deste modo a educação precisa progredir no mesmo ritmo, acompanhado os avanços na busca de diminuir as desigualdades que se originam em função da revolução tecnológica. Portanto essa pesquisa buscou relevância para motivar o uso de recursos tecnológicos que possam auxiliar o aprendizado, e também motivar os educandos a buscarem mais conhecimentos, proporcionando aos docentes o uso de novos recursos em suas práticas pedagógicas. O educador precisa entender que, a tecnologia jamais tomara seu lugar no ambiente escolar e sim tem a capacidade de auxiliá-lo com um melhor desempenho e aproveitamento de tempo, quando, usada de maneira correta. A metodologia é constituída de materiais bibliográficos que tratam da importância de as escolas estarem se adequando aos meios tecnológicos e apropriando-se cada dia mais das TDICs. Nos Resultados discutidos desse artigo deu-se a investigação feita sobre ideias de autores que desde muito antes já vinham salientando o revolucionamento das tecnologias no âmbito escolar, uns acreditavam no melhoramento da educação e outros que diziam que a tecnologia deveria ser estudada para que os educandos não se tornassem apenas alienados ao uso excessivo das tecnologias.
Desenvolvimento
Tecnologias educacionais e suas contribuições no processo de ensino aprendizagem
Ao abordarmos o tema tecnologia na educação podemos observar que sua fundação nos sistemas de educação não é um acontecimento recente, diante da flexibilidade pedagógica quanto ao tempo, lugar e as necessidades dos sujeitos. “O virtual como uma função da imaginação criadora, presente na arte, na tecnologia e na ciência, é capaz de criar novas mediações entre os sujeitos e o mundo’’ (CONTE, 2015, p. 25).
Podemos notar que estamos diante a tantas invenções da ciência e da tecnologia em geral, e especialmente a da comunicação, têm estimulado e ao mesmo tempo causado um processo de transformação amplo na sociedade (CARDOSO,1999, p. 218).
Para Oliveira (1998), estamos vivendo, hoje, a chamada revolução tecnológica, baseada na informática, na telecomunicação, na robótica, no conhecimento e nos saberes; uma nova realidade mundial em que a ciência e a inovação tecnológica assumem grande importância. Visando que os teóricos a chamam de sociedade do conhecimento, sociedade técnico informacional ou sociedade tecnológica. Para Lévy 1993:
O virtual como uma função da imaginação criadora, presente na arte, na tecnologia e na ciência, é capaz de criar novas mediações entre os sujeitos e o mundo. (LÉVY,1993, p. 25)
Diante deste cenário nota-se que a evolução do ser humano é marcada por inovações tecnológicas, como a roda, o papel, a escrita, a máquina, o automóvel, e os meios de comunicação, as quais exigem uma nova organização do trabalho e significativas mudanças culturais.
Podendo salientar que, as tecnologias em si não mudam a sociedade, mas como se da sua utilização dentro do modo de produção capitalista, que busca o lucro, a expansão, mundial de tudo o que tem valor econômico. Segundo Moran:
Os mecanismos intrínsecos de expansão do capitalismo apressam a difusão das tecnologias, que podem gerar ou veicular todas as formas de lucro. Por isso há interesse em ampliar o alcance da sua difusão, para poder atingir o maior número possível das pessoas economicamente produtivas, isto é, das que podem consumir. O capitalismo visa essencialmente o lucro (MORAN 1995, p. 24).
A princípio a internet era utilizada apenas para uso militar, mas hoje em dia é diferente, a internet está presente em toda parte, facilitando o trabalho e o meio de comunicação. A tecnologia basicamente é a mesma, nos dias autuais encontra-se mais acessível, para um todo.
Observa-se que a tecnologia tem inúmeras vantagens, citando a internet que através dela nos possibilita o envio e recebimentos de mensagem, busca por informações, fazer propaganda, estudar, trabalhar, etc.
Visando que o real e o virtual interagem em diversos aspectos. A economia, política, educação e a família estão se modernizando. Moran (1995) fala que as tecnologias modificam algumas dimensões da nossa interdependência com o mundo, da percepção da realidade, da interação com o tempo e o espaço:
A miniaturização das tecnologias de comunicação permite maleabilidade, mobilidade, personalização que facilitam a individualização dos processos de comunicação, o estar sempre disponível (alcançável), em qualquer lugar e horário. Essas tecnologias portáteis expressam de forma patente a ênfase do capitalismo no individual mais do que no coletivo, a valorização da liberdade de escolha, de eu poder agir, seguindo a minha vontade. Elas veem de encontro a forças poderosas, instintivas, primitivas dentro de nós, às quais somos extremamente sensíveis e que, por isso, conseguem fácil aceitação social (MORAN, 1995, p. 25).
Estamos diante a os avanços da tecnologia, a inovação tecnológica de redes eletrônicas modifica profundamente o conceito de tempo e espaço, possibilitando a comunicação com qualquer pessoa, em vários lugares, em cada tempo surgem novos elos, situações, serviços, que para funcionarem dependem da aceitação de cada um.
Através dos avanços tecnológicos temos oportunidades de estar fazendo cursos à distância que estão disponíveis em diversas áreas, a videoconferência na rede possibilita a várias pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalhar juntas, trocar informações, aprender e ensinar.
Podendo fazer compras, vendas, entre serviços bancários que podem ser executados através da Internet, telefone ou terminais eletrônicos. Dentre as modalidades a comunicação através de sons, imagens e textos, integrando mensagens e tecnologias multimídia é rotina. A comunicação tornou-se mais sensorial, multidimensional, não linear.
Em conformidade com todo este avanço tecnológico surgem exigências em todos os setores do trabalho. Hoje em dia é preciso ter liderança, versatilidade, flexibilidade, rapidez nas decisões, saber trabalhar em equipe, ter equilíbrio emocional e físico, ser comunicativo e solidário.
O domínio das tecnologias favorece a interação do cidadão com o meio social, pois o mesmo não pode estar alheio ao novo contexto socioeconômico-tecnológico, novo ambiente comunicacional-cultural que surge com a interconexão mundial de computadores em forte expansão.
Na sociedade da informação e comunicação em que vivemos a defesa da inclusão digital é fundamental não somente por motivos econômicos ou de empregabilidade, mas por razões político-sociais, principalmente para assegurar o direito inalienável à comunicação.
Com tantas mudanças tecnológicas, notamos que existe um paralelo entre tecnologia, modernidade e desigualdade social; analfabetismo, miséria, desemprego. Portanto é prescindível que, o papel da tecnologia é de construir novos modos de conhecimento para se alcançar objetivos que proponham caminhos para minimizar esses problemas.
Deste modo, o que se torna importante nesta conjuntura é o processo de aprendizagem, não somente a oferecida pela escola, mas sim aquela que é constante e faz parte da nossa vida. Então considerando que, nessa nova sociedade, o aprender é um processo complexo, e a construção do conhecimento ocorre a partir da ação do indivíduo sobre a realidade.
De acordo com os PCNEM, a revolução tecnológica estabelece um novo paradigma que emana da compreensão de que, cada vez mais, as competências desejáveis ao pleno desenvolvimento humano aproximam-se das necessárias à inserção no processo produtivo (Brasil, 1999, v. I: 12 apud Abreu).
Segundo Brasil, o que podemos compreender é que, com a aproximação dessas competências objetiva formar indivíduos mais flexíveis e capazes de solucionar problemas de maneira cada vez mais rápida, servindo a interesses do paradigma pós-fordista. Em conformidades logo, logo a educação mantém uma submissão aos processos produtivos e ao mercado de trabalho, uma vez que os conhecimentos e as competências para a inserção no mercado produtivo são os mais valorizados. Sobre afirmação do autor, a globalização impacta a educação tanto por meio de políticas públicas, influenciadas por organizações internacionais, quanto pela busca crescente por qualificação profissional. Para Freire:
Conhecer não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção (FREIRE, 1985, p.7 apud Silva).
Antigamente, o conhecimento era transmitido de forma linear, estática e padronizada. Com a globalização, esse conhecimento tornou-se mais complexo e dinâmico, exigindo que o aluno aprenda a organizar e relacionar novos conhecimentos com o que já sabe, promovendo uma compreensão integrada.
No mundo contemporâneo, as novas tecnologias vêm transformando profundamente o padrão educacional. O aluno, agora com acesso a uma ampla gama de informações, participa ativamente do mundo à sua volta e não está mais isolado da realidade global. Essa multiplicidade de meios de comunicação permite que ele forme suas próprias opiniões sobre diferentes realidades e culturas, uma vez que acontecimentos globais se disseminam instantaneamente pelas mídias.
Essa mudança demanda uma revisão da prática educativa. Crianças de todas as classes chegam à escola com alguma bagagem tecnológica, familiarizadas com dispositivos como TV, celulares e computadores. O professor, portanto, deve aproveitar esse conhecimento e a curiosidade dos alunos para promover uma aprendizagem contextualizada e envolvente. Emília Ferreiro (2011) fala “quem está alfabetizando com textos variados prepara sua turma muitíssimo mais para a internet do que quem faz um trabalho mostrando primeiro uma letrinha e depois outra’’.
Negar essa formação deixa o indivíduo sem uma visão crítica das informações que recebe, impedindo-o de gerar novos conhecimentos e de se posicionar na sociedade em que vive. Isso o torna apenas um usuário passivo de tecnologias, ainda sujeito às relações de poder existentes.
Com a promulgação da segunda LDB, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, os níveis e modalidades de ensino foram ainda mais solidificados. Seguindo as convicções de Paulo Freire:
Que uma das grandes, se não a maior tragédia do homem moderno, está em sua dominação pela força dos mitos sendo comandado pela publicidade organizada, ideológica ou não, renunciando por isso, a sua capacidade de decidir e de interpretar. Esta dominação se apresenta através de uma “elite” que interpreta e prescreve ao homem simples as tarefas de seu tempo, afogando-o no anonimato nivelador da massificação, coisificando. Intenções ideologicamente definidas e programadas para o ajustamento dócil e sutil dos homens e mulheres que, ao mandado de autoridades anônimas e alheias, adota um eu que não lhe pertence (FREIRE, 1996, p. 52).
As tecnologias vêm ganhando espaço cada dia mais na vida das crianças, visto que a mesma serve de conformidade a ausência dos pais. Conforme os crescimentos das cidades, cresceram com elas o trânsito e a violência, os espaços foram diminuindo e se perderam, com isso as crianças têm de ficar em casa, a TV e o games se transformaram em “babás eletrônicas” porque os pais precisam trabalhar fora. Diante dessas modernidades é precisa uma organização estruturada para encontrar meios de reorganizar os espaços escolares para resgatar as brincadeiras infantis e aproveitar a tecnologia para dar oportunidade às crianças que não tem acesso a ela. Lemos destaca que:
Não se trata de emergência de uma nova cidade, ou da destruição das velhas formas urbanas, mas é reconhecer a instauração de uma nova dinâmica de reconfiguração, que faz com que o espaço e as práticas sociais das cidades sejam reconfigurados com a emergência das novas tecnologias de comunicações e das redes telemática (LEMOS, 2003, p. 21).
Podemos inicialmente mencionar que o videogame se relaciona com aspectos teóricos abordados por Vygotsky (2007) sobre o brincar e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, como atenção, percepção e memória, sendo importante explorar seu uso no desenvolvimento infantil. Durante o jogo, a atenção da criança concentra-se totalmente na atividade, o que facilita a memorização de regras e situações anteriores. De acordo com essa teoria, ao resolver problemas e progredir no jogo, a criança experimenta prazer ao avançar de fase, validando o conhecimento e as estratégias assimiladas. Para Campos:
As ‘chamadas tecnologias da inteligência’, construções internalizadas nos espaços da memória das pessoas e que foram criadas pelos homens para avançar no conhecimento e aprender mais, vem ressaltando a linguagem oral, a escrita e a linguagem digital (dos computadores são exemplos paradigmáticos desse tipo de tecnologia. (CAMPOS, 2006, p.35)
As tecnologias vieram para revolucionar o mundo. Diante de fatos, podemos contar com a versatilidade que os meios de comunicação nos proporcionam, internet oferece livros na rede, downloads de músicas, permite baixar obras clássicas de literatura e a troca de experiências entre as pessoas, independente da distância em que se encontram. Com essa interação proporciona o aprendizado e o desenvolvimento cultural, social e cognitivo. É a comunicação entre os homens que lhes permitem tornar cidadãos, pois através das várias formas de linguagem o homem consegue se organizar na sociedade.
Contribuições das tecnologias para educação
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017, cita que ao longo das últimas décadas, as tecnologias digitais da informação e comunicação, também conhecidas por TDICs, vem trazendo novos meios, de se comunicar, de se relacionar, trabalhar e de aprender.
Diante da realidade podemos ver que, o mundo atual, está imerso as novas tecnologias, tem modificado a vida dos indivíduos em nosso cotidiano e, nas instituições públicas, isso não é diferente. Prensky (2001, p.1) ressalta que “nossos estudantes mudaram radicalmente, e os estudantes de hoje não são mais as pessoas que nosso sistema educacional foi projetado para ensinar”. De acordo com Braga:
Essas mudanças transformam o perfil dos alunos atualmente: “Hoje, estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio estão cercados de ferramentas digitais, como câmeras e telefones celulares, sem mencionar os muitos ambientes virtuais que frequentam e nos quais interagem socialmente (Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, blogs, etc.) ” (BRAGA, 2012, p.13).
Hoje em dia os estudantes têm acesso a tecnologia da educação desde da sua primeira infância, sendo assim mudando sua maneira de se aprender, conviver, e a ver o mundo de outra maneira. Então surge, uma demanda pela adaptação do papel da instituição a essas mudanças, para que os aprendizes e a sociedade possam beneficiar-se dessa evolução entre vários fatores, torna-se, mais visível que as TICs têm sido englobadas às práticas docentes como meio para promover aprendizagens mais significativas, com o objetivo de apoiar os professores na implementação de novas práticas metodológicas de ensino ativas, alinhando o processo de ensino-aprendizagem à realidade dos estudantes e despertando maior interesse e engajamento dos alunos em todas as etapas da Educação Básica.
Recomenda se que a educação tramita uma prática educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Focando no processo de melhorias para a escola, é fundamental a utilização efetiva das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. Podemos salientar que a utilização das tecnologias, no mundo atual, está fortemente inserida nessas exigências. Ficando aqui ciente que, nunca houve tanta informação e conhecimentos disponíveis num espaço de tempo tão curto.
Com diversos fatores contribuintes, a sala de aula deve ter uma dinâmica coerente com as ações que desenvolvemos no dia a dia, cada vez mais mediadas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
O uso das tecnologias como ferramenta facilitadora no ensino-aprendizagem do aluno vem tornando cada dia mais eficaz, sendo assim nota-se diversos fatores pela qual as tecnologias e recursos digitais devem, progressivamente, estar inseridas no cotidiano das escolas, no entanto, não para por aí.
Cada vez mais presente em nosso meio, torna-se indispensável a alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis as tecnologias e as informações que circulam nos meios digitais e oportunizando a inclusão digital. Lankshear (2000), ao falar das mudanças e como elas afetam a prática docente e os letramentos e como percebemos os seus papéis sociais, assim conclui que: “Hoje, tanto quanto em qualquer outro período histórico, o desenvolvimento de novas tecnologias tem implicações para a mudança de formas e práticas de letramento” (LANKSHEAR, 2000, p. 26). Para Braga:
Hoje em dia a internet oferece a professores e estudantes a oportunidade de selecionar diferentes tipos e gêneros de textos, tanto orais quanto escritos, que podem ser explorados a fim de permitir que os aprendizes tenham experiências comunicativas sociais reais. [...] acreditamos que a tecnologia por si só não melhorará a qualidade de nossas aulas, porém, se integrada ao currículo e à prática docente, pode ser uma ferramenta educacional poderosa (BRAGA, 2012, p. 13-4).
Nessa perspectiva é notável que com a chegada dos recursos tecnológicos nas escolas, requer dos educadores uma nova postura frente à prática pedagógica. Ainda contando com os recursos disponível os educadores têm a possibilidade de conhecer as novas formas de aprender, ensinar, produzir, comunicar e reconstruir conhecimentos. Ressalta nesse contexto que é fundamental para a formação de cidadãos, estar sempre qualificando para atuar e conviver na sociedade, conscientes de seu compromisso, expressando sua criatividade e transformando seu contexto.
Levy questiona:
Como manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses novos processos de transação de conhecimento? Não se trata aqui de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo os papéis de professor e de aluno. (LEVY,1999, p.172).
Os educadores precisam mediar a integração das TICs, como apoio ao ensino aprendizagem. Desafio para a educação, especialmente na rede pública de ensino, para dar igualdade de condições aos educandos. Os educadores precisam buscar ferramentas eletrônicas para atender à necessidade e a curiosidade dos alunos. É necessário novas competências e atitudes para que o processo ensino aprendizagem seja significativo.
Os principais desafios frente ao uso das tecnologias no ensino aprendizagem
O que podemos dizer sobre a dificuldade da inserção das TICs nas escolas? É a grande falta de preparo dos profissionais da área, como a falta de suporte e até mesmo a falta de recursos disponibilizado para os educadores. E diante desse amplo espaço surgem os problemas da escola, na tentativa de responder como ela poderá contribuir para que crianças, jovens e adultos tornem se usuários criativos e críticos dessas ferramentas, evitando que se tornem meros consumidores compulsivos ou até mesmos alienados de dados, que não fazem sentido algum. Como citado acima, seria preciso estudar, aprender e depois ensinar a história, a criação, a utilização e a avaliação dos equipamentos tecnológicos, analisando de forma minuciosa como estas estão introduzidas na sociedade e qual o impacto e implicações causados pelas mesmas na sociedade. A inserção das TICs na escola implica em muitos desafios, primeiro porque temos aqueles que acreditam que basta utilizarem as tecnologias que já temos para efetuar um bom papel na educação, segundo desafio e muito mais árduo é o fato de que temos que aprender a lidar com as novas tecnologias e esse processo não se detém de uma modelo padrão, até mesmo porque interfere diretamente na política de gestão escolar e em seus currículos, o que desafia a escola a pensar e discutir o uso das TICs de forma abrangente, visto que seu principal objetivo é o de melhorar, promover e dinamizar a qualidade de ensino para que ocorra sempre de forma democrática.
Sendo assim a tecnologia é vista de diversas formas, uns acreditam que a inserção das TICs na escola implica em muitos desafios, primeiro porque temos aqueles que acreditam que basta utilizarem as tecnologias que já temos para efetuar um bom papel na educação, segundo desafio é o fato de que temos que aprender a lidar com a tecnologia, e esse processo não se detém de nenhuma receita, até mesmo porque interfere diretamente na política de gestão escolar e em seus currículos, o que desafia a escola a pensar e discutir o uso das TICs de forma coletiva, visto que seu principal objetivo é o de melhorar, promover e dinamizar a qualidade de ensino para que ocorra sempre de forma democrática.
Muitos pensam que as TICs foram implantadas nas escolas para facilitar o trabalho dos docentes, não somente para ajudar o educador, e sim para que o educando aprendesse a partir da realidade do mundo e principalmente para que esse indivíduo consiga então agir sobre essa realidade, transformando-a e assim transformando a si próprio. Ao falarmos em todo e qualquer conhecimento implica uma série de ações, e todo indivíduo deve agir sobre o objeto do conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo e até mesmo dar novo sentido e estar aberto a mudanças. Cabe ressaltar que a passagem de uma sociedade fechada para uma sociedade aberta impõe aos profissionais da educação sempre novos desafios, acerca de uma tomada de atitude e de coragem, diante de um tempo em que a sociedade exige dos cidadãos atitudes críticas, tomadas de decisões, reflexões sobre o seu próprio fazer.
Conclusão
A tecnologia de informação abrange as mais diversas áreas do conhecimento e está presente na vida das pessoas, de maneira bem popular. Como o celular, o computador, o tablet, videogames e entre outros tantos recursos disponíveis do mundo tecnológico.
Diante do desdobramento elencado à problemática do tema escolhido, atingiu os objetivos propostos, ressaltando quão importante são as tecnologias digitais inseridas em sala de aula, onde têm contribuições positivas para professores e alunos, desenvolvendo várias habilidades, dentre elas, intelectuais.
Assim, ressaltando que em meios positivos tem suas partes negativas, diante da resistência de alguns professores, que não estão preparados para o uso das tecnologias digitais. Visando essa temática, a gestão escolar pode buscar a aplicação desses conteúdos, promovendo situações que possibilitem educadores e educandos conhecerem o mundo que elas vivem, tornando a ação de aprender de forma prazerosa por interligar o aprendizado com as ferramentas digitais.
Com isso, as Tecnologias da informação e comunicação – TICs devem estar presentes no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo na metodologia aplicada, assim, contribuindo no processo de ensino e contribuindo para uma melhor aprendizagem, podendo ressaltar que são consideradas um importante fator neste processo que vem acarretada de uma educação flexível, que norteiam aspectos e características que são importantes para o aprendizado e para inserção no meio social.
Desse modo essa pesquisa buscou mostrar a importância de promover o uso de ferramentas tecnológicas no ensino, já que é requisito para as escolas que desejam se destacar pela inovação e atualização com as mais modernas tendências pedagógicas.
Com base em dados obtidos através de pesquisas bibliográficas, fica clara a existência da tecnologia de informação em nosso meio, assim como a importância dela como ferramenta de apoio ao trabalho pedagógico, para que seja possível um trabalho mais dinâmico, prazeroso e eficaz na conquista e construção do ensino aprendizagem do educando.
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