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Políticas públicas educacionais em diferentes contextos
Queila Francelina Puger
Cleidilene Nunes da Silva e Silva
Erison Ricardo Marchi
Ivete Fernandes Gomes
Janete Prestes Furlan
RESUMO
As políticas públicas educacionais desempenham um papel crucial na formação e melhoria da qualidade da educação no Ensino Fundamental no Brasil. Este artigo propõe uma análise das principais políticas implementadas nas últimas décadas, seus impactos, desafios enfrentados e as perspectivas futuras para uma educação inclusiva e de qualidade.
Palavras Chaves: Políticas públicas. Direito constitucional. Educação.
ABSTRACT
Public education policies play a crucial role in shaping and improving the quality of primary education in Brazil. This article proposes an analysis of the main policies implemented in recent decades, their impacts, challenges faced and future perspectives for inclusive and quality education.
Keywords: Public policies. Constitutional law. Education.
Introdução
A educação é um direito fundamental garantido pela Constituição Brasileira de 1988, e o Ensino Fundamental é a primeira etapa da educação básica, que visa a formação integral do cidadão. As políticas públicas educacionais têm sido fundamentais para transformar a realidade do ensino e promover a inclusão social. Este artigo buscará discutir as principais iniciativas nessa área, seus resultados e os desafios que ainda persistem referindo-se a um conjunto de ações e diretrizes formuladas pelos governos para organizar, regular e garantir o acesso à educação em suas diversas etapas, buscando promover a equidade, a qualidade e a inclusão.
Definição de politicas publicas educacionais
Políticas públicas educacionais referem-se a um conjunto de diretrizes, leis, programas e ações implementados por governos e instituições visando melhorar a educação em diferentes níveis e modalidades, essas políticas buscam atender as necessidades educacionais da população, promover o acesso e a permanência de todos os alunos no sistema educacional, e garantir a qualidade do ensino.
No Brasil, as políticas públicas educacionais se baseiam em documentos como a Constituição Federal, que assegura o direito à educação, e o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas e estratégias para a educação no país. As principais áreas de foco incluem:
Acesso e Inclusão: Garantir que crianças e jovens de diferentes origens sociais e étnicas tenham acesso à educação, com especial atenção a grupos vulneráveis.
Qualidade da Educação: Investir na formação de professores, na infraestrutura de escolas, e na elaboração de currículos que sejam relevantes e inclusivos.
Valorização do Professor: Implementar políticas que reconheçam e recompensem a profissão docente, promovendo formação continuada e melhores condições de trabalho.
Financiamento da Educação: Destinar recursos suficientes para garantir a implementação das políticas educacionais, incluindo a criação de programas de apoio financeiro a instituições de ensino.
Avaliação e Monitoramento: Desenvolver sistemas de avaliação que permitam acompanhar o desempenho dos alunos e a eficácia das políticas implementadas, visando ajustes e melhorias.
Principais políticas públicas educacionais vigentes no Brasil
A LDB, instituída pela Lei nº 9.394/1996, é um marco legal fundamental para a educação brasileira. Ela estabelece as diretrizes e bases para a organização da educação nacional, abrangendo todos os níveis, desde a educação infantil até a educação superior, ela propõe a descentralização do sistema educacional e a autonomia das instituições, além de assegurar o direito à educação de qualidade para todos os cidadãos.
O Fundeb, instituído em 2007, é um fundo que visa a garantir recursos financeiros para a educação básica, ele proporciona uma redistribuição mais equitativa dos recursos, permitindo que estados e municípios recebam financiamento de acordo com a demanda de alunos. O Fundeb é crucial para a promoção da igualdade de oportunidades e para a melhoria da infraestrutura das escolas, especialmente nas regiões mais carentes.
O PNE, cuja vigência se deu de 2014 a 2024, estabelece metas e estratégias para a educação no Brasil, ele aborda diversas áreas, como a universalização da educação infantil, a formação de professores, a melhoria da qualidade do ensino e a promoção da inclusão escolar. O plano é um instrumento importante para o planejamento educacional e deve ser monitorado para garantir que suas metas sejam alcançadas.
Implementada em 2017, a BNCC é uma política que define os conhecimentos, habilidades e competências que todos os estudantes devem desenvolver ao longo da educação básica, visando garantir uma formação mais equitativa e de qualidade, respeitando, ao mesmo tempo, as diversidades regionais e culturais do Brasil. A adoção da BNCC nos currículos das escolas é uma ação fundamental para a melhoria da educação.
A valorização do professor é um aspecto essencial para a melhoria da educação. Programas de formação inicial e continuada, como o PAR (Plano de Ações Articuladas) e a formação em serviço, buscam capacitar os educadores e promover o desenvolvimento profissional, além de garantir condições adequadas de trabalho e remuneração justa.
Nos últimos anos, diversas políticas têm sido implementadas para promover a inclusão de estudantes com deficiência e de grupos historicamente marginalizados, como indígenas e quilombolas. A criação de escolas inclusivas, a formação de professores em educação inclusiva e a adaptação do currículo são exemplos de ações que buscam garantir o direito à educação para todos.
Considerações finais
Diante do pressuposto acima é notório que as políticas públicas educacionais no Ensino Fundamental são essenciais para garantir uma educação de qualidade a todos os cidadãos brasileiros, embora tenham sido alcançados avanços significativos, os desafios persistem, exigindo um comprometimento contínuo de gestores, educadores e da sociedade. É fundamental que as próximas etapas de políticas públicas contemplem a inclusão, a equidade e a inovação educativa, visando a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade.
As políticas educacionais implementadas no Brasil têm buscado enfrentar desafios históricos, como a desigualdade no acesso e na qualidade da educação, apesar dos avanços, ainda há muito a ser feito para garantir uma educação de qualidade para todos os cidadãos. O fortalecimento do pacto federativo, a valorização do magistério, o investimento em infraestrutura e a garantia de recursos são fundamentais para que o Brasil alcance seus objetivos educacionais. A educação é um direito e um dever de todos, e somente com políticas efetivas e uma sociedade engajada é que poderemos construir um futuro mais justo e igualitário.
Referências
BRASIL. Constituição Federal. Brasília: 1988.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1996.
BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão. Brasília: 2015
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Uso das metodologias ativas e o papel do professor
Elisabete Gonçalves Rabelo[1]
RESUMO
Esse artigo aborda o tema sobre o uso das metodologias ativas em sala de aula e o papel do professor. O objetivo principal é identificar o papel do docente diante das metodologias ativas educacionais, dando ênfase a metodologia ativa de aprendizagem baseada em problemas, baseada em projetos e jogos pedagógicos educacionais. Para alcançar esse objetivo usamos a metodologia de pesquisa bibliográfica, os autores pesquisados contribuíram de forma significativa para a fundamentação desse artigo, contextualizando e descrevendo as principais características de cada metodologia ativa e qual o papel do docente no uso dessas estratégias educacionais. Através das pesquisas realizadas podemos concluir que o docente necessita estar capacitado e disposto a usar diferentes estratégias para engajar seus alunos. Outro ponto importante a ser ressaltado é que esse processo de aprendizagem pode encontrar algumas barreiras, como docentes que ainda tem receio de inovar e alunos não proativos, porém essas barreiras devem ser rompidas para assim conseguir alcançar a aprendizagem significativa.
Palavras-chave: Docente. Metodologias ativas. Alunos. Aprendizagem significativa.
ABSTRACT
This article addresses the topic of using active methodologies in the classroom and the role of the teacher. The main objective is to identify the role of the teacher in relation to active educational methodologies, emphasizing the active problem-based learning methodology, based on projects and educational pedagogical games. To achieve this objective we used the bibliographic research methodology, the authors researched contributed significantly to the foundation of this article, contextualizing and describing the main characteristics of each active methodology and the role of the teacher in the use of these educational strategies. Through the research carried out, we can conclude that teachers need to be capable and willing to use different strategies to engage their students. Another important point to be highlighted is that this learning process may encounter some barriers, such as teachers who are still afraid to innovate and non-proactive students, but these barriers must be broken in order to achieve meaningful learning.
Keywords: Teacher. Active methodologies. Students. Meaningful learning.
Introdução
A educação está passando por diversas transformações, hoje com o uso das tecnologias os alunos têm a informação na palma das mãos e direcionar todas essas informações e saber como usá-las em sala de aula, tem sido um papel desafiador para os docentes. As metodologias ativas são estratégias de suma importância na educação, ela além de ajudar o docente a engajar os alunos, ela orienta como as tecnologias podem ser usadas na aprendizagem.
Este artigo utilizou a metodologia de pesquisa bibliográfica, realizada a partir do referencial teórico abordado na disciplina e selecionado de acordo com as discussões sobre o contexto do papel do docente no uso das metodologias ativas, os autores pesquisados contribuíram de forma significativa para compreender o conceito de metodologia ativa e suas diferentes formas de estratégias, dessa forma, abordamos nesse artigo o uso da aprendizagem em problemas, em projetos e o uso dos jogos educacionais, enfatizando o papel do docente e seus desafios.
Através da pesquisa bibliográfica podemos conceituar as metodologias ativas como estratégias que auxiliam na construção de aulas inovadoras, onde o docente não tem mais o papel de transmissor de conhecimento, mas sim um agente orientador/facilitador/organizador que conduz seus alunos a pesquisa, a reflexão, a diálogos, ao senso crítico e a resolução de problemas. O processo de transformação na educação também encontra barreiras, porém a capacitação e o preparo do docente serão capazes de rompê-las, alcançando assim uma aprendizagem significativa.
Conceito de metodologias ativas e o papel do docente
Atualmente a educação seja ela presencial ou on-line, exige do docente estratégicas diferenciadas para engajar mais os alunos acerca dos conteúdos a serem estudados, essas estratégias são chamadas de metodologias ativas, que podem assumir papel de suma importância em sala de aula, auxiliando o docente e os alunos na construção das aprendizagens.
Mas o que de fato significa metodologias ativas, segundo Bacich e Moran (2018, p. 27), "as metodologias ativas constituem alternativas pedagógicas que colocam o foco do processo de ensino e de aprendizagem no aprendiz, envolvendo-o na aprendizagem por descoberta, investigação ou resolução de problemas”, dessa forma o aprendizado ocorre de forma mais participativa, por parte dos alunos, tornando-os críticos e reflexivos diante dos problemas.
Nessa perspectiva, as metodologias necessitam:
[...] acompanhar os objetivos pretendidos. Se queremos que os alunos sejam proativos, precisamos adotar metodologias em que os alunos se envolvam em atividades cada vez mais complexas, em que tenham que tomar decisões e avaliar os resultados, com apoio de materiais relevantes. Se queremos que sejam criativos, eles precisam experimentar inúmeras novas possibilidades de mostrar sua iniciativa. (Moran, 2015, p.17)
Existem diferentes tipos de metodologias ativas, enfatizaremos a aprendizagem baseada em problemas, em projetos e jogos pedagógicos, pois ambas exigem do docente assim como as demais metodologias preparo e capacitação.
Metodologia ativa: Aprendizagem baseada em problemas (ABP)
Na aprendizagem baseada em problemas (ABP) o docente faz a exposição de um problema real e a investigação fica a cargo dos estudantes, sendo necessário a pesquisa de possíveis soluções para resolver o problema, essa metodologia incentiva os alunos a pesquisar, refletir, dialogar e a chegar a um consenso. (Herarth, 2020).
Freire caracteriza a aprendizagem baseada em problemas como:
[...] situações problemas, codificadas, guardando em si elementos que serão descodificados pelos grupos, com a colaboração do coordenador. O debate em torno delas irá, como o que se faz com as que nos dão o conceito antropológico de cultura, levando os grupos a se conscientizarem para que concomitantemente se alfabetizem. São situações locais que abrem perspectivas, porém, para a análise de problemas nacionais e regionais. (Freire, 1978, p.113-114).
O docente neste caso assume o papel de orientador, acompanhando o processo e analisando os resultados, como toda metodologia ela pode apresentar algumas desvantagens ao docente, como dificuldade de iniciar o processo de aprendizagem, uma vez que ele possa estar vinculado a práticas tradicionais, ou deparar-se com estudantes que não são proativos, encontrando assim dificuldades para alcançar a aprendizagem significativa.
Metodologia ativa: Aprendizagem baseada em projetos (ABProj)
Na metodologia baseada em projetos (ABProj.) o processo ocorre por meio de um problema central, o estudante é desafiado a pesquisar e a refletir sobre o problema sugerido pelo docente, a fim de encontrar meios para solucioná-lo, as situações a serem estudadas são em grande parte conectadas com situações reais, assim envolvendo mais os estudantes.
Os resultados obtidos no final do processo podem ser divulgados a comunidade escolar, seja por meio de tabelas, gráficos, murais de fotos, cartazes entre outros. O docente nessa metodologia assume o papel de facilitador, sendo responsável por apresentar o problema e aos alunos a de buscar o conhecimento. (Veraszto & Simon, 2018).
Assim como toda metodologia ativa, o processo necessita de planejamento (com diferentes estratégias de pesquisa), tempo (cronograma), finalização e avaliação, neste processo o aluno poderá chegar a aprendizagem significativa, se tornando sujeito crítico e ativo diante de suas pesquisas.
Metodologia ativa: Aprendizagem através do uso de Jogos Pedagógicos
Nessa metodologia usa-se os games como práticas inovadoras, auxiliando no aprendizado, para essa prática a escola necessita ter um laboratório de informática, onde os alunos possam ter acesso aos jogos propostos. Para desenvolver essa metodologia é necessário que o docente busque capacitação em mídias digitais e tecnologias educativas, uma vez que o currículo escolar propõe o uso de jogos na educação.
Munhoz (2019) acredita que para a construção da aprendizagem significativa é necessário que os temas estejam ligados ao campo dos alunos, dessa forma envolver os jogos nos conteúdos propostos faz com que o aluno amplie habilidades de persistência, colaboração, resolução de problemas e principalmente se desafie.
Os jogos também podem ser usados como ferramenta avaliativa, pois diante dos resultados apresentados, o educador consegue observar como está o processo de aprendizagem de seu aluno, lembrando que sua função principal é reforçar conteúdos, transformando o aprendizado mais prazeroso, lúdico e divertido.
Nesta metodologia o docente assume o papel de organizador, uma vez que ele necessita testar os jogos antes dos alunos, saber se os temas dos jogos condizem com os conteúdos já estudados, estimular os alunos a participarem, orientar sobre as regras e a pontuação (como forma de competição), engajando assim mais os alunos.
O docente e seu papel na Educação
Existem diferentes tipos de metodologias ativas como vimos acima, se analisamos o papel do docente em cada uma delas seja na metodologia ativa de aprendizagem baseada em problemas, projetos ou jogos pedagógicos, ele é um agente orientador/facilitador/organizador que conduz seus alunos a pesquisa, a reflexão, a diálogos, ao senso crítico e a resolução de problemas. Todo processo tem seus obstáculos, e com a educação não é diferente.
Os docentes ainda podem ter receios quanto a inovar, pois ainda apresentam alguns reflexos da educação tradicional ao qual eles foram educados. Os alunos que nasceram em uma era digital, onde a informação está na palma das mãos com o uso de mídias digitais como celulares, tablets entre outros, podem não serem proativos durante as aulas.
Diante dos obstáculos o docente precisa ir em busca de capacitação, desafiar-se a usar diferentes estratégias que dinamize suas aulas, incentivando seus alunos a participarem, mostrando que eles são importantes e que fazem parte do processo, não é uma tarefa fácil, porém com as ações certas a aprendizagem significativa está garantida.
Considerações Finais
O docente que antes visto como o disseminador de conhecimento na antiga educação tradicional, hoje dá lugar ao docente orientador, que indica determinados problemas e deixa os estudantes pensarem, pesquisarem, discutirem e chegarem a resolução seja em grupos ou de forma individual. As metodologias ativas auxiliam aos alunos a pensarem “fora da caixa”, colocando-os no centro da aprendizagem, onde todo o conhecimento é valido.
Apesar das diferentes mudanças no âmbito educacional, principalmente com o uso das tecnologias, muitas vezes os usos dessas estratégias metodológicas podem encontrar algumas barreiras pelo caminho, como professores que ainda se sentem inseguros a inovar e alunos não proativos, porém o docente tem buscado preparo e capacitação, para que seus alunos alcancem de fato a aprendizagem significativa e que consigam levar adiante todo o conhecimento adquirido.
Referências
Bacich, Lilian; & Moran, José. (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso.
Freire, Paulo. (1978). Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro, RJ: Editora Paz e terra.
Herarth, Helbe Heliamara. (2020). Aprendizagem Baseada em Problemas. [livro eletrônico] Curitiba: Contentus.
Moran, José. (2015). Mudando a educação com metodologias ativas. Disponível em https://moran.eca.usp.br/wp-content/uploads/2013/12/mudando_moran.pdf . Acessado em 19 de setembro de 2024.
Munhoz, Antonio Siemsen. (2019). Aprendizagem Ativa via Tecnologias. [livro eletrônico]. Curitiba: InterSaberes.
Veraszto, Estéfano Vizconde; & Simon, Fernanda Oliveira. (2018). Metodologias ativas. São Paulo: Ufscar.
[1] Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade do Estado do Mato Grosso - UNEMAT. Especialista em Educação Infantil pela Faculdade de Educação São Luís. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
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Uma análise bibliográfica sobre o uso das tecnologias na educação como ferramenta facilitadora na aprendizagem e ensino do aluno em âmbito escolar
Marcia de Jesus Motta
Liciana Menezes da Silva
RESUMO
O presente trabalho discute um assunto relevante na área da educação, tendo em vista a tecnologia e seus avanços, alguns educadores veem como um grande vilão e outros aprovam como uma grande aliada, acreditando na possibilidade de um novo olhar para as práticas pedagógicas. A atenção sobre as novas tecnologias como ferramentas, que auxiliam o aprendizado, na construção de uma metodologia onde as mídias tecnológicas possam ser recursos didáticos eficazes no processo de ensino e aprendizagem. Apresentando os desafios, enfrentado pelos docentes com a utilização das tecnologias e expondo como o uso dessa ferramenta pode auxiliar os professores na organização de suas aulas tornando-as mais atrativas. O artigo ainda retrata possibilidades do uso das tecnologias digitais como recurso eficaz no processo de ensino aprendizagem, e entre seus objetivos, traz para a prática do docente o rompimento com o preconceito ao uso das tecnologias, muitas vezes existentes nas afirmações dos educadores.
Palavras-chaves: Práticas Pedagógicas. Globalização. Desafios. Recursos Tecnológicos.
Introdução
O tema escolhido para este projeto é o uso das tecnologias na educação, a fim de abordar as vantagens do uso de ferramentas facilitadoras no ensino para aprendizagem do aluno. A pesquisa delimitou-se a fornecer, sob uma perspectiva bibliográfica, materiais reflexivos à compreensão das vantagens que a tecnologia traz para o trabalho dos professores e alunos dentro de sala de aula, especificamente no Ensino Fundamental I e II.
Diante dessa realidade surgiu a problemática seguinte: considerando que as tecnologias estão presentes em toda a sociedade, a escola de hoje recebe alunos que já tem acesso a estes recursos desde a primeira infância. Assim, surgiu a seguinte questão: Como a tecnologia contribui no ensino dos educandos? Quais as vantagens do uso tecnológico em relação ao ensino e aprendizagem dos alunos e também do professor mediador?
A hipótese inicial deste estudo, é de que a tecnologia associada a educação, traz bons resultados, ajudando no processo de aprendizagem dos alunos e colaborando para um melhor desempenho do professor em sala de aula.
As ferramentas digitais estimulam os alunos a almejarem descobrir cada vez mais, além de o educando em contato com as tecnologias, desenvolve uma mente mais aberta e maior capacidade de absorver informações sobre diversos assuntos. O objetivo desta pesquisa foi investigar um novo conceito da tecnologia na educação, e também uma reflexão sobre a importância desta ferramenta no ambiente escolar; analisando como as tecnologias vem sendo utilizada pelos profissionais da educação. Investigou-se acerca dos desafios dos professores quanto ao uso de novas tecnologias no cotidiano escolar. Com o revolucionamento da informática percebeu-se que ela traz consigo inúmeros impactos que, por sua vez, atingiram diversas áreas sociais. Contudo a educação não escapa dessa mudança. As Tecnologias da informação e comunicação – TICs se fazem presente na escola e no aprendizado do aluno, seja pelo uso de equipamentos tecnológicos ou por meio de projetos envolvendo educação e tecnologia.
No momento atual, a tecnologia se faz ainda mais presente no dia a dia das pessoas, assim exigindo da escola um posicionamento frente a esta realidade. Com o aumento de informações e as possibilidades de influência entre pessoas de diversos lugares do mundo, isso têm causado muitas modificações ao processo de ensino escolar. O mundo está marcado pelos grandes avanços da tecnologia, ou seja, assim contempla em várias atividades sugeridas na sala de aula, onde o ensino encontra um grande desafio de adequar-se, a esses avanços das tecnologias e orientar o caminho de todos para o domínio e a apropriação crítica desses novos meios, buscando novos recursos para ampliar o desenvolvimento da escola.
Tendo em vista o uso pedagógico das mídias, nas escolas, como prática inovadora buscando tornar mais dinâmica e contextualizada os conteúdos pedagógicos no processo ensino-aprendizagem, além de estimular o professor e os alunos nesse processo, ficando a cargo do docente adaptar os conteúdos a realidade do aluno, para que ocorra uma aprendizagem satisfatória.
Os princípios de ensino pelo meio da prática das políticas educacionais sugerem que a prática pedagógica possa avaliar que atualmente é vivido um período de globalização, assim como na economia das tecnologias e conhecimentos que vem sendo mudadas invariavelmente e assim reflete imediatamente na cultura e na sociedade.
Deste modo a educação precisa progredir no mesmo ritmo, acompanhado os avanços na busca de diminuir as desigualdades que se originam em função da revolução tecnológica. Portanto essa pesquisa buscou relevância para motivar o uso de recursos tecnológicos que possam auxiliar o aprendizado, e também motivar os educandos a buscarem mais conhecimentos, proporcionando aos docentes o uso de novos recursos em suas práticas pedagógicas. O educador precisa entender que, a tecnologia jamais tomara seu lugar no ambiente escolar e sim tem a capacidade de auxiliá-lo com um melhor desempenho e aproveitamento de tempo, quando, usada de maneira correta. A metodologia é constituída de materiais bibliográficos que tratam da importância de as escolas estarem se adequando aos meios tecnológicos e apropriando-se cada dia mais das TDICs. Nos Resultados discutidos desse artigo deu-se a investigação feita sobre ideias de autores que desde muito antes já vinham salientando o revolucionamento das tecnologias no âmbito escolar, uns acreditavam no melhoramento da educação e outros que diziam que a tecnologia deveria ser estudada para que os educandos não se tornassem apenas alienados ao uso excessivo das tecnologias.
Desenvolvimento
Tecnologias educacionais e suas contribuições no processo de ensino aprendizagem
Ao abordarmos o tema tecnologia na educação podemos observar que sua fundação nos sistemas de educação não é um acontecimento recente, diante da flexibilidade pedagógica quanto ao tempo, lugar e as necessidades dos sujeitos. “O virtual como uma função da imaginação criadora, presente na arte, na tecnologia e na ciência, é capaz de criar novas mediações entre os sujeitos e o mundo’’ (CONTE, 2015, p. 25).
Podemos notar que estamos diante a tantas invenções da ciência e da tecnologia em geral, e especialmente a da comunicação, têm estimulado e ao mesmo tempo causado um processo de transformação amplo na sociedade (CARDOSO,1999, p. 218).
Para Oliveira (1998), estamos vivendo, hoje, a chamada revolução tecnológica, baseada na informática, na telecomunicação, na robótica, no conhecimento e nos saberes; uma nova realidade mundial em que a ciência e a inovação tecnológica assumem grande importância. Visando que os teóricos a chamam de sociedade do conhecimento, sociedade técnico informacional ou sociedade tecnológica. Para Lévy 1993:
O virtual como uma função da imaginação criadora, presente na arte, na tecnologia e na ciência, é capaz de criar novas mediações entre os sujeitos e o mundo. (LÉVY,1993, p. 25)
Diante deste cenário nota-se que a evolução do ser humano é marcada por inovações tecnológicas, como a roda, o papel, a escrita, a máquina, o automóvel, e os meios de comunicação, as quais exigem uma nova organização do trabalho e significativas mudanças culturais.
Podendo salientar que, as tecnologias em si não mudam a sociedade, mas como se da sua utilização dentro do modo de produção capitalista, que busca o lucro, a expansão, mundial de tudo o que tem valor econômico. Segundo Moran:
Os mecanismos intrínsecos de expansão do capitalismo apressam a difusão das tecnologias, que podem gerar ou veicular todas as formas de lucro. Por isso há interesse em ampliar o alcance da sua difusão, para poder atingir o maior número possível das pessoas economicamente produtivas, isto é, das que podem consumir. O capitalismo visa essencialmente o lucro (MORAN 1995, p. 24).
A princípio a internet era utilizada apenas para uso militar, mas hoje em dia é diferente, a internet está presente em toda parte, facilitando o trabalho e o meio de comunicação. A tecnologia basicamente é a mesma, nos dias autuais encontra-se mais acessível, para um todo.
Observa-se que a tecnologia tem inúmeras vantagens, citando a internet que através dela nos possibilita o envio e recebimentos de mensagem, busca por informações, fazer propaganda, estudar, trabalhar, etc.
Visando que o real e o virtual interagem em diversos aspectos. A economia, política, educação e a família estão se modernizando. Moran (1995) fala que as tecnologias modificam algumas dimensões da nossa interdependência com o mundo, da percepção da realidade, da interação com o tempo e o espaço:
A miniaturização das tecnologias de comunicação permite maleabilidade, mobilidade, personalização que facilitam a individualização dos processos de comunicação, o estar sempre disponível (alcançável), em qualquer lugar e horário. Essas tecnologias portáteis expressam de forma patente a ênfase do capitalismo no individual mais do que no coletivo, a valorização da liberdade de escolha, de eu poder agir, seguindo a minha vontade. Elas veem de encontro a forças poderosas, instintivas, primitivas dentro de nós, às quais somos extremamente sensíveis e que, por isso, conseguem fácil aceitação social (MORAN, 1995, p. 25).
Estamos diante a os avanços da tecnologia, a inovação tecnológica de redes eletrônicas modifica profundamente o conceito de tempo e espaço, possibilitando a comunicação com qualquer pessoa, em vários lugares, em cada tempo surgem novos elos, situações, serviços, que para funcionarem dependem da aceitação de cada um.
Através dos avanços tecnológicos temos oportunidades de estar fazendo cursos à distância que estão disponíveis em diversas áreas, a videoconferência na rede possibilita a várias pessoas, em lugares bem diferentes, ver-se, comunicar-se, trabalhar juntas, trocar informações, aprender e ensinar.
Podendo fazer compras, vendas, entre serviços bancários que podem ser executados através da Internet, telefone ou terminais eletrônicos. Dentre as modalidades a comunicação através de sons, imagens e textos, integrando mensagens e tecnologias multimídia é rotina. A comunicação tornou-se mais sensorial, multidimensional, não linear.
Em conformidade com todo este avanço tecnológico surgem exigências em todos os setores do trabalho. Hoje em dia é preciso ter liderança, versatilidade, flexibilidade, rapidez nas decisões, saber trabalhar em equipe, ter equilíbrio emocional e físico, ser comunicativo e solidário.
O domínio das tecnologias favorece a interação do cidadão com o meio social, pois o mesmo não pode estar alheio ao novo contexto socioeconômico-tecnológico, novo ambiente comunicacional-cultural que surge com a interconexão mundial de computadores em forte expansão.
Na sociedade da informação e comunicação em que vivemos a defesa da inclusão digital é fundamental não somente por motivos econômicos ou de empregabilidade, mas por razões político-sociais, principalmente para assegurar o direito inalienável à comunicação.
Com tantas mudanças tecnológicas, notamos que existe um paralelo entre tecnologia, modernidade e desigualdade social; analfabetismo, miséria, desemprego. Portanto é prescindível que, o papel da tecnologia é de construir novos modos de conhecimento para se alcançar objetivos que proponham caminhos para minimizar esses problemas.
Deste modo, o que se torna importante nesta conjuntura é o processo de aprendizagem, não somente a oferecida pela escola, mas sim aquela que é constante e faz parte da nossa vida. Então considerando que, nessa nova sociedade, o aprender é um processo complexo, e a construção do conhecimento ocorre a partir da ação do indivíduo sobre a realidade.
De acordo com os PCNEM, a revolução tecnológica estabelece um novo paradigma que emana da compreensão de que, cada vez mais, as competências desejáveis ao pleno desenvolvimento humano aproximam-se das necessárias à inserção no processo produtivo (Brasil, 1999, v. I: 12 apud Abreu).
Segundo Brasil, o que podemos compreender é que, com a aproximação dessas competências objetiva formar indivíduos mais flexíveis e capazes de solucionar problemas de maneira cada vez mais rápida, servindo a interesses do paradigma pós-fordista. Em conformidades logo, logo a educação mantém uma submissão aos processos produtivos e ao mercado de trabalho, uma vez que os conhecimentos e as competências para a inserção no mercado produtivo são os mais valorizados. Sobre afirmação do autor, a globalização impacta a educação tanto por meio de políticas públicas, influenciadas por organizações internacionais, quanto pela busca crescente por qualificação profissional. Para Freire:
Conhecer não é o ato através do qual um sujeito transformado em objeto, recebe dócil e passivamente os conteúdos que outro lhe dá ou lhe impõe. O conhecimento pelo contrário, exige uma presença curiosa do sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a realidade. Demanda uma busca constante. Implica invenção e reinvenção (FREIRE, 1985, p.7 apud Silva).
Antigamente, o conhecimento era transmitido de forma linear, estática e padronizada. Com a globalização, esse conhecimento tornou-se mais complexo e dinâmico, exigindo que o aluno aprenda a organizar e relacionar novos conhecimentos com o que já sabe, promovendo uma compreensão integrada.
No mundo contemporâneo, as novas tecnologias vêm transformando profundamente o padrão educacional. O aluno, agora com acesso a uma ampla gama de informações, participa ativamente do mundo à sua volta e não está mais isolado da realidade global. Essa multiplicidade de meios de comunicação permite que ele forme suas próprias opiniões sobre diferentes realidades e culturas, uma vez que acontecimentos globais se disseminam instantaneamente pelas mídias.
Essa mudança demanda uma revisão da prática educativa. Crianças de todas as classes chegam à escola com alguma bagagem tecnológica, familiarizadas com dispositivos como TV, celulares e computadores. O professor, portanto, deve aproveitar esse conhecimento e a curiosidade dos alunos para promover uma aprendizagem contextualizada e envolvente. Emília Ferreiro (2011) fala “quem está alfabetizando com textos variados prepara sua turma muitíssimo mais para a internet do que quem faz um trabalho mostrando primeiro uma letrinha e depois outra’’.
Negar essa formação deixa o indivíduo sem uma visão crítica das informações que recebe, impedindo-o de gerar novos conhecimentos e de se posicionar na sociedade em que vive. Isso o torna apenas um usuário passivo de tecnologias, ainda sujeito às relações de poder existentes.
Com a promulgação da segunda LDB, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, os níveis e modalidades de ensino foram ainda mais solidificados. Seguindo as convicções de Paulo Freire:
Que uma das grandes, se não a maior tragédia do homem moderno, está em sua dominação pela força dos mitos sendo comandado pela publicidade organizada, ideológica ou não, renunciando por isso, a sua capacidade de decidir e de interpretar. Esta dominação se apresenta através de uma “elite” que interpreta e prescreve ao homem simples as tarefas de seu tempo, afogando-o no anonimato nivelador da massificação, coisificando. Intenções ideologicamente definidas e programadas para o ajustamento dócil e sutil dos homens e mulheres que, ao mandado de autoridades anônimas e alheias, adota um eu que não lhe pertence (FREIRE, 1996, p. 52).
As tecnologias vêm ganhando espaço cada dia mais na vida das crianças, visto que a mesma serve de conformidade a ausência dos pais. Conforme os crescimentos das cidades, cresceram com elas o trânsito e a violência, os espaços foram diminuindo e se perderam, com isso as crianças têm de ficar em casa, a TV e o games se transformaram em “babás eletrônicas” porque os pais precisam trabalhar fora. Diante dessas modernidades é precisa uma organização estruturada para encontrar meios de reorganizar os espaços escolares para resgatar as brincadeiras infantis e aproveitar a tecnologia para dar oportunidade às crianças que não tem acesso a ela. Lemos destaca que:
Não se trata de emergência de uma nova cidade, ou da destruição das velhas formas urbanas, mas é reconhecer a instauração de uma nova dinâmica de reconfiguração, que faz com que o espaço e as práticas sociais das cidades sejam reconfigurados com a emergência das novas tecnologias de comunicações e das redes telemática (LEMOS, 2003, p. 21).
Podemos inicialmente mencionar que o videogame se relaciona com aspectos teóricos abordados por Vygotsky (2007) sobre o brincar e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, como atenção, percepção e memória, sendo importante explorar seu uso no desenvolvimento infantil. Durante o jogo, a atenção da criança concentra-se totalmente na atividade, o que facilita a memorização de regras e situações anteriores. De acordo com essa teoria, ao resolver problemas e progredir no jogo, a criança experimenta prazer ao avançar de fase, validando o conhecimento e as estratégias assimiladas. Para Campos:
As ‘chamadas tecnologias da inteligência’, construções internalizadas nos espaços da memória das pessoas e que foram criadas pelos homens para avançar no conhecimento e aprender mais, vem ressaltando a linguagem oral, a escrita e a linguagem digital (dos computadores são exemplos paradigmáticos desse tipo de tecnologia. (CAMPOS, 2006, p.35)
As tecnologias vieram para revolucionar o mundo. Diante de fatos, podemos contar com a versatilidade que os meios de comunicação nos proporcionam, internet oferece livros na rede, downloads de músicas, permite baixar obras clássicas de literatura e a troca de experiências entre as pessoas, independente da distância em que se encontram. Com essa interação proporciona o aprendizado e o desenvolvimento cultural, social e cognitivo. É a comunicação entre os homens que lhes permitem tornar cidadãos, pois através das várias formas de linguagem o homem consegue se organizar na sociedade.
Contribuições das tecnologias para educação
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de 2017, cita que ao longo das últimas décadas, as tecnologias digitais da informação e comunicação, também conhecidas por TDICs, vem trazendo novos meios, de se comunicar, de se relacionar, trabalhar e de aprender.
Diante da realidade podemos ver que, o mundo atual, está imerso as novas tecnologias, tem modificado a vida dos indivíduos em nosso cotidiano e, nas instituições públicas, isso não é diferente. Prensky (2001, p.1) ressalta que “nossos estudantes mudaram radicalmente, e os estudantes de hoje não são mais as pessoas que nosso sistema educacional foi projetado para ensinar”. De acordo com Braga:
Essas mudanças transformam o perfil dos alunos atualmente: “Hoje, estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio estão cercados de ferramentas digitais, como câmeras e telefones celulares, sem mencionar os muitos ambientes virtuais que frequentam e nos quais interagem socialmente (Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, blogs, etc.) ” (BRAGA, 2012, p.13).
Hoje em dia os estudantes têm acesso a tecnologia da educação desde da sua primeira infância, sendo assim mudando sua maneira de se aprender, conviver, e a ver o mundo de outra maneira. Então surge, uma demanda pela adaptação do papel da instituição a essas mudanças, para que os aprendizes e a sociedade possam beneficiar-se dessa evolução entre vários fatores, torna-se, mais visível que as TICs têm sido englobadas às práticas docentes como meio para promover aprendizagens mais significativas, com o objetivo de apoiar os professores na implementação de novas práticas metodológicas de ensino ativas, alinhando o processo de ensino-aprendizagem à realidade dos estudantes e despertando maior interesse e engajamento dos alunos em todas as etapas da Educação Básica.
Recomenda se que a educação tramita uma prática educacional adequada à realidade do mundo, ao mercado de trabalho e à integração do conhecimento. Focando no processo de melhorias para a escola, é fundamental a utilização efetiva das tecnologias da informação e comunicação na escola é uma condição essencial para inserção mais completa do cidadão nesta sociedade de base tecnológica. Podemos salientar que a utilização das tecnologias, no mundo atual, está fortemente inserida nessas exigências. Ficando aqui ciente que, nunca houve tanta informação e conhecimentos disponíveis num espaço de tempo tão curto.
Com diversos fatores contribuintes, a sala de aula deve ter uma dinâmica coerente com as ações que desenvolvemos no dia a dia, cada vez mais mediadas pelas tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC).
O uso das tecnologias como ferramenta facilitadora no ensino-aprendizagem do aluno vem tornando cada dia mais eficaz, sendo assim nota-se diversos fatores pela qual as tecnologias e recursos digitais devem, progressivamente, estar inseridas no cotidiano das escolas, no entanto, não para por aí.
Cada vez mais presente em nosso meio, torna-se indispensável a alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis as tecnologias e as informações que circulam nos meios digitais e oportunizando a inclusão digital. Lankshear (2000), ao falar das mudanças e como elas afetam a prática docente e os letramentos e como percebemos os seus papéis sociais, assim conclui que: “Hoje, tanto quanto em qualquer outro período histórico, o desenvolvimento de novas tecnologias tem implicações para a mudança de formas e práticas de letramento” (LANKSHEAR, 2000, p. 26). Para Braga:
Hoje em dia a internet oferece a professores e estudantes a oportunidade de selecionar diferentes tipos e gêneros de textos, tanto orais quanto escritos, que podem ser explorados a fim de permitir que os aprendizes tenham experiências comunicativas sociais reais. [...] acreditamos que a tecnologia por si só não melhorará a qualidade de nossas aulas, porém, se integrada ao currículo e à prática docente, pode ser uma ferramenta educacional poderosa (BRAGA, 2012, p. 13-4).
Nessa perspectiva é notável que com a chegada dos recursos tecnológicos nas escolas, requer dos educadores uma nova postura frente à prática pedagógica. Ainda contando com os recursos disponível os educadores têm a possibilidade de conhecer as novas formas de aprender, ensinar, produzir, comunicar e reconstruir conhecimentos. Ressalta nesse contexto que é fundamental para a formação de cidadãos, estar sempre qualificando para atuar e conviver na sociedade, conscientes de seu compromisso, expressando sua criatividade e transformando seu contexto.
Levy questiona:
Como manter as práticas pedagógicas atualizadas com esses novos processos de transação de conhecimento? Não se trata aqui de usar as tecnologias a qualquer custo, mas sim de acompanhar consciente e deliberadamente uma mudança de civilização que questiona profundamente as formas institucionais, as mentalidades e a cultura dos sistemas educacionais tradicionais e, sobretudo os papéis de professor e de aluno. (LEVY,1999, p.172).
Os educadores precisam mediar a integração das TICs, como apoio ao ensino aprendizagem. Desafio para a educação, especialmente na rede pública de ensino, para dar igualdade de condições aos educandos. Os educadores precisam buscar ferramentas eletrônicas para atender à necessidade e a curiosidade dos alunos. É necessário novas competências e atitudes para que o processo ensino aprendizagem seja significativo.
Os principais desafios frente ao uso das tecnologias no ensino aprendizagem
O que podemos dizer sobre a dificuldade da inserção das TICs nas escolas? É a grande falta de preparo dos profissionais da área, como a falta de suporte e até mesmo a falta de recursos disponibilizado para os educadores. E diante desse amplo espaço surgem os problemas da escola, na tentativa de responder como ela poderá contribuir para que crianças, jovens e adultos tornem se usuários criativos e críticos dessas ferramentas, evitando que se tornem meros consumidores compulsivos ou até mesmos alienados de dados, que não fazem sentido algum. Como citado acima, seria preciso estudar, aprender e depois ensinar a história, a criação, a utilização e a avaliação dos equipamentos tecnológicos, analisando de forma minuciosa como estas estão introduzidas na sociedade e qual o impacto e implicações causados pelas mesmas na sociedade. A inserção das TICs na escola implica em muitos desafios, primeiro porque temos aqueles que acreditam que basta utilizarem as tecnologias que já temos para efetuar um bom papel na educação, segundo desafio e muito mais árduo é o fato de que temos que aprender a lidar com as novas tecnologias e esse processo não se detém de uma modelo padrão, até mesmo porque interfere diretamente na política de gestão escolar e em seus currículos, o que desafia a escola a pensar e discutir o uso das TICs de forma abrangente, visto que seu principal objetivo é o de melhorar, promover e dinamizar a qualidade de ensino para que ocorra sempre de forma democrática.
Sendo assim a tecnologia é vista de diversas formas, uns acreditam que a inserção das TICs na escola implica em muitos desafios, primeiro porque temos aqueles que acreditam que basta utilizarem as tecnologias que já temos para efetuar um bom papel na educação, segundo desafio é o fato de que temos que aprender a lidar com a tecnologia, e esse processo não se detém de nenhuma receita, até mesmo porque interfere diretamente na política de gestão escolar e em seus currículos, o que desafia a escola a pensar e discutir o uso das TICs de forma coletiva, visto que seu principal objetivo é o de melhorar, promover e dinamizar a qualidade de ensino para que ocorra sempre de forma democrática.
Muitos pensam que as TICs foram implantadas nas escolas para facilitar o trabalho dos docentes, não somente para ajudar o educador, e sim para que o educando aprendesse a partir da realidade do mundo e principalmente para que esse indivíduo consiga então agir sobre essa realidade, transformando-a e assim transformando a si próprio. Ao falarmos em todo e qualquer conhecimento implica uma série de ações, e todo indivíduo deve agir sobre o objeto do conhecimento para que se torne possível reconstruí-lo e até mesmo dar novo sentido e estar aberto a mudanças. Cabe ressaltar que a passagem de uma sociedade fechada para uma sociedade aberta impõe aos profissionais da educação sempre novos desafios, acerca de uma tomada de atitude e de coragem, diante de um tempo em que a sociedade exige dos cidadãos atitudes críticas, tomadas de decisões, reflexões sobre o seu próprio fazer.
Conclusão
A tecnologia de informação abrange as mais diversas áreas do conhecimento e está presente na vida das pessoas, de maneira bem popular. Como o celular, o computador, o tablet, videogames e entre outros tantos recursos disponíveis do mundo tecnológico.
Diante do desdobramento elencado à problemática do tema escolhido, atingiu os objetivos propostos, ressaltando quão importante são as tecnologias digitais inseridas em sala de aula, onde têm contribuições positivas para professores e alunos, desenvolvendo várias habilidades, dentre elas, intelectuais.
Assim, ressaltando que em meios positivos tem suas partes negativas, diante da resistência de alguns professores, que não estão preparados para o uso das tecnologias digitais. Visando essa temática, a gestão escolar pode buscar a aplicação desses conteúdos, promovendo situações que possibilitem educadores e educandos conhecerem o mundo que elas vivem, tornando a ação de aprender de forma prazerosa por interligar o aprendizado com as ferramentas digitais.
Com isso, as Tecnologias da informação e comunicação – TICs devem estar presentes no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo na metodologia aplicada, assim, contribuindo no processo de ensino e contribuindo para uma melhor aprendizagem, podendo ressaltar que são consideradas um importante fator neste processo que vem acarretada de uma educação flexível, que norteiam aspectos e características que são importantes para o aprendizado e para inserção no meio social.
Desse modo essa pesquisa buscou mostrar a importância de promover o uso de ferramentas tecnológicas no ensino, já que é requisito para as escolas que desejam se destacar pela inovação e atualização com as mais modernas tendências pedagógicas.
Com base em dados obtidos através de pesquisas bibliográficas, fica clara a existência da tecnologia de informação em nosso meio, assim como a importância dela como ferramenta de apoio ao trabalho pedagógico, para que seja possível um trabalho mais dinâmico, prazeroso e eficaz na conquista e construção do ensino aprendizagem do educando.
Referências
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Atividades lúdicas e recreativas: A importância da brincadeira par a Educação Infantil
Andreia dos Santos Silva Dias[1]
RESUMO
O presente artigo tem o intuito de estudar a importância da brincadeira para a educação infantil, objetivando compreender como as crianças em fase escolar desenvolvem seu aprendizado. Buscando conscientizar da importância de aprender através de brincadeiras, analisando os diferentes tipos de brincadeiras, e investigando quais os benefícios que essa prática trás para a educação infantil. A presente pesquisa ocorrerá em uma escola municipal de educação básica (EMEB), da cidade de Sinop-Mt, que contempla crianças de cinco a dez anos, será pesquisada uma turma do período matutino que se encontra em fase de pré-escola. Desta forma buscou-se saber qual a importância da brincadeira para a educação infantil, verificou-se que por meio das atividades lúdicas e recreativas as crianças são instigadas a desenvolver suas habilidades afetivas, cognitivas, motoras e sociais. Assim por meio da revisão bibliográfica foram possibilitadas referencias teóricas para contribuir com o desenvolvimento do tema. Colaborando com a análise dos dados coletados através da pesquisa de campo.
Palavras – Chaves: Educação Infantil. Criança. Aprendizagem. Ludicidade.
Introdução
A educação infantil é de suma importância para o desenvolvimento da criança uma vez que nesta constitui as primeiras ações educativas fora do ambiente familiar e seu principal objetivo é o de fomentar o desenvolvimento integral da criança, assim despertou-me curiosidade a forma de interação e o aprendizado por meio das brincadeiras na educação infantil.
O presente artigo vem pesquisar como a brincadeira contribui para o processo de ensino e aprendizagem de uma turma de pré-escola do período matutino pertencente a uma escola municipal da cidade de Sinop-MT que faz parte da educação infantil. A pesquisa tipo estudo de caso possibilitou-me acompanhar a prática docente e o desenvolvimento da turma, com o intuito de comparar teoria e prática no ambiente escolar. Onde esta investigação teve sua estruturação em uma sala com 18 alunos regularmente matriculados na pré-escola, em uma instituição de ensino municipal durante os meses de fevereiro e março do corrente ano.
O objetivo desta pesquisa é o de entender como as crianças podem desenvolver o aprendizado por meio das brincadeiras, uma vez que as atividades lúdicas e recreativas fomentam o aprendizado, com o intuito de enfatizar quais tipos de brincadeiras contribuem para o desempenho de uma turma na fase da pré-escola. Essa pesquisa tem sua relevância para a comprovação do aprendizado por meio das brincadeiras, visto que é na educação infantil que as crianças se tornam protagonistas na elaboração do seu conhecimento. Uma vez que o professor se torna mediador do aprendizado criando possibilidades em diferentes aspectos, deste modo a pesquisa em questão vem fomentar a classe acadêmica e a sociedade de forma geral.
Eduçação Infantil
A educação é de suma importância para a formação do ser humano. Desta forma é na educação infantil que inicia o processo de ensino e aprendizagem, onde as crianças de zero a cinco anos são constantemente instigadas ao aprendizado, por meio das diferentes formas de linguagem. Deste modo ressalvo Brasil (2021) em seu art. 29 onde este nos traz que: “A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. (BRASIL, 2021, P.22).
No entanto vale ressaltar que as crianças são separadas por faixa etárias com o intuito de abordar os conteúdos 3 pertinentes para o desenvolvimento de cada grupo. Em conformidade a isso o Art. 30 da LDB nos diz que: “A educação infantil será oferecida em: I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – préescolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade”. (BRASIL, 2021, P.23). Assim a educação infantil torna-se primordial para a construção da autonomia do ser, uma vez que é nesta fase que as crianças são estimuladas a ouvirem voz de comando, e o aprendizado ocorre por meio das atividades lúdicas visto que nesta ocorre a construção de normas e regras que acabam possibilitando experiências para a próxima etapa de sua vida escolar. Contudo para que ocorra o desenvolvimento do ensino para a educação infantil o curriculum deve ser seguido e respeitado.
Em virtude disso a LDB em sua 5ª edição no Art. 31. Nos fala que: A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I- avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental; II- carga horária mínima de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; III- atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integrada; IV- controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) de horas; V – expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. (BRASIL, 2021, P.23).
Mas sabe-se que a educação infantil em alguns estados e cidades brasileiras é ofertada apenas pela rede municipal de ensino onde cada uma seque seu próprio documento de referência curricular desde que este esteja condizente com as políticas e planos educacionais da união e dos estados. Todavia alguns municípios podem ou não seguir o sistema estadual de ensino ou até mesmo compor com ele um sistema único de educação básica. (BRASIL, 2021). Em relação as obrigações dos estabelecimentos de ensino de forma geral ressalvo aqui o Art. 12 que nos apresenta alguns deveres: 4 “Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e executar sua proposta pedagógica; II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola; […]”. (BRASIL, 2021, P. 15).
O curriculum veio para fomentar e fortalecer ainda mais esta fase de desenvolvimento do ser humano, uma vez que antigamente as escolas serviam como orfanato, era o lugar onde guardavam as crianças órfãs da guerra. Assim a educação infantil prioriza o desenvolvimento de seis direitos de aprendizagem por meio das brincadeiras. Em conformidade a isso Brasil, (1996, p.27) nos apresenta que toda criança tem direito a: “Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar, Conhecer-se”. (BRASIL, 1996, P. 27). Para que ocorra a estimulação desses direitos e o desenvolvimento dos aspectos pertinentes a cada um, alguns campos de experiencias foram criados na intenção de fomentar os conteúdos condizente com cada faixa etária. Em relação a esses Brasil, 1996 nos apresenta tais campos: “O eu o outro e o nós. Corpos gestos e movimento. Traços, sons, cores e formas. Escuta, fala, pensamento e imaginação. Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”. (BRASIL, 1996, P. 25).
É na educação infantil que as crianças de diferentes faixas etária tem o primeiro contato com o ambiente escolar e o processo de adaptação a esse novo é fundamental. A organização deste ambiente faz toda a diferença nesse processo de adaptação, as diferentes atividades lúdicas abordadas nessa fase auxiliam na receptividade do aluno em relação ao processo de ensino e aprendizagem. No entanto as crianças podem iniciar sua vida escolar a partir dos seis primeiros meses de vida a um ano e seis meses fazendo parte do Berçário, outra fase é de um ano e sete meses a três anos e onze meses atuantes nos maternais 5 I e II, e a última mais tão importante quanto as demais são dos quatro anos a cinco anos e onze meses esses se encontram em fase de pré-escolar I e II. (BRASIL, 1996).
Aprendizagem
O sistema cognitivo deve ser constantemente estimulado para que o desenvolvimento deste ocorra. Porém, dependendo da fase da vida em que se encontra cada ser humano possui características cognitivas diferentes. Em relação a isso Gonçalves (2017, p.52) nos diz que: “Quanto maior for a estimulação e a interação social e comunicativa da criança, com seu ambiente, maior será sua capacidade de criar esquemas que antecipem resultado de sua ação, gerando cognição”. (GONÇALVES, 2017, P.52).
Nas crianças bem pequenas a cognição muitas vezes ocorre através da imitação, e com o passar do tempo os gestos e movimentos serão consolidados, as histórias e desenhos infantis os fazem viajar em um mundo de sonhos e fantasias e em muitas das vezes elas se colocam no lugar dos personagens principais reinventando as histórias. Em conformidade a isso Gonçalves (2017, p. 76) nos traz que: “Na imitação de heróis e personagens da sua fantasia, apodera-se de qualidades e atributos que admira, interiorizando-os e, mais tarde, exteriorizando-os, reelaborando-os”. (GONÇALVES, 2017, P. 76). No entanto com o jogo, a imitação, a mediatização simbólica na relação com os outros, a criança chega aos processos de linguagem verbal ou falada, isso só é possível por conta do meio em que ela vive através da convivência e da relação com outras pessoas sendo esses adultos ou crianças da mesma faixa etária. (GONÇALVES, 2017).
Metodologia utilizada na pesquisa
O presente artigo referente ao tema, onde os instrumentos de coleta de dados utilizados foram o questionário, a entrevista e a observação in loco. A pesquisa de campo foi realizada em uma escola pública da rede municipal de ensino, onde está é denominada de escola municipal de educação básica 6 (EMEB) tendo sua localização na cidade de Sinop/MT no interior do estado de Mato Grosso. Nesta são atendidos alunos em fase de pré-escola e alunos que fazem parte do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental I.
Este método vem sendo abordado por alguns estudiosos, ele está ocupando espaço entre as classes acadêmicas uma vez que este visa o estudo exclusivo de um indivíduo ou de um grupo isoladamente. Em conformidade a isso Gil (2008, p.58, apud Yin, 2005, p. 32) no diz que: “O estudo de caso é um estudo empírico que investiga um fenômeno atual dentro do seu contexto de realidade, quando as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não são claramente definidas e no qual são utilizadas várias fontes de evidências”. Deste modo o estudo de caso prioriza a análise específica de um indivíduo ou de um determinado grupo.
No entanto nesta pesquisa, o estudo de caso investiga um grupo de 18 alunos em fase de pré-escola na faixa etária dos 05 anos, devidamente matriculados na educação infantil, que faz parte da rede municipal de ensino. Foram realizada uma entrevista com a professora regente junto a coordenação pedagógica. Objetivando o compartilhamento de experiências vividas por ambas. Onde nesta compartilharam as estratégias, as frustrações e os resultados almejados.
Da mesma forma ambas receberam um questionário contendo cinco questões referente ao processo de ensino aprendizagem. Destaco aqui o questionário como uma ferramenta fundamental para coleta de dados, uma vez que de acordo com Gil: “Pode-se definir questionário como a técnica de investigação composta por um conjunto de questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimentos, crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente ou passado etc”. (GIL, 2008, P. 121).
Realizou-se também a observação in loco objetivando verificar o desenvolvimento dos alunos no decorrer das atividades propostas, podendo observar as dificuldades, e o suporte prestado pela gestão escolar ao professor regente da turma. O período de observação ocorreu em quatro visitas mensais à escola no decorrer do primeiro bimestre, com duração de aproximadamente 7 duas horas 01: 50 min cada, que se iniciava no período da manhã com início das 09:00 min e término as 10:50.
Análise dos dados coletados
A presente pesquisa foi gerada em uma escola pública da rede municipal de ensino, na cidade de Sinop, interior do estado de Mato Grosso. Esta escola oferece o ensino da educação infantil, atendendo alunos em fase de pré-escola e o ensino fundamental I, contemplando crianças que estão cursando do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental I. Totalizando 350 alunos atendidos nos períodos Matutino e Vespertino. Deste modo muitos profissionais colaboram para o desenvolvimento dela desde o vigia do portão, as zeladoras e merendeiras, a equipe gestora com secretario, diretor e coordenador pedagógico e os profissionais atuantes em sala de aula, os professores regentes e os auxiliar de sala que só contempla algumas turmas que tenha algum aluno portador de necessidade especial, este por sua vez tem um atendimento diferenciado e recebe um auxiliar na maioria das vezes sem formação alguma para o ajudar em suas atividades direcionadas em sala de aula mais com habilidades para os acompanhar nas atividades corriqueiras da unidade escolar.
No entanto na educação infantil a concentração nas crianças ocorre em um curto período de tempo por isso as atividades propostas devem ser curtas e atrativas tendo a intencionalidade de obter o foco dos alunos por mais tempo possível. Desta forma os jogos são uma das principais ferramentas utilizadas por educadores nas atividades direcionadas, buscando aguçar a inteligência dos educandos e preparando-os para situações do dia a dia. Ressalvo aqui uma publicação do Instituto Neuro Saber de 04/09/2020 em relação ao aprendizado por meio da brincadeira nos traz que: “Toda brincadeira ajuda as crianças a construírem uma compreensão de novos conceitos. Através do brincar, elas descobrem o mundo e aprendem como as coisas funcionam enquanto exploram e investigam”. (INSTITUTO NEURO SABER, 04/09/2020).
Com esse enfoque os professores fazem uso cada vez mais de diferentes jogos e brincadeiras que estimulem os alunos a desenvolverem suas habilidades 8 cognitivas. Em conformidade a isso o Instituto Neuro Saber em 04/09/2020 nos traz que: “Seus cérebros são estimulados e elas desenvolvem constantemente suas habilidades intelectuais (cognitivas), como memória, percepção, resolução de problemas, habilidades de pensamento etc.”. (INSTITUTO NEURO SABER, 04/09/2020). Assim os estímulos por meio das atividades dirigidas, desde a montagem de pecinhas, um quebra-cabeça ou até mesmo através da musicalização só vem enaltecer e estingar ainda mais o aprendizado dos 18 alunos participantes dessa turma de pré-escola.
Vale salientar que a alfabetização não ocorre na pré-escola, mas o conhecimento das letras, dos objetos que fazem parte do cotidiano são vivências única nessa fase de desenvolvimento da criança. Para a pesquisa mencionada, usaram-se três instrumentos diferentes: a entrevista e o questionário para a professora regente da sala e a coordenação da escola, bem como a observação in loco da turma.
A entrevista fora realizada com a professora regente e com a coordenadora pedagógica usando apenas o diálogo, através de uma conversa informal. Já o questionário teve sua elaboração na expectativa de investigar o desenvolvimento da turma. Com o mesmo intuito fez-se uma observação in loco, observando a turma em três visitas mensais, totalizando um período de seis horas, no turno Matutino.
A primeira observação da turma foi realizada em um dia regular de aula, onde a aula a ser dada pela professora regente era em relação a conhecer as vogais fazendo uso do seu corpo, pude ver o entusiasmo nos alunos e a expectativa em saber como que iriam formar as letras do alfabeto usando o próprio corpo. A empolgação da professora foi fundamental para a participação dos alunos, as carteiras foram afastadas e todos se colocaram de pé e ao comando da professora foram posicionando os braços acima da cabeça com as palmas das mãos juntas e somando com a cabeça formaram a vogal (A), o próximo comando foi o de que os alunos inclinassem a cabeça para o lado direito do corpo e abrissem os braços na mesma direção formando a letra (E), com o braço direito erguido e o dedo indicador apontado para cima formaram a vogal (I), dando sequência a atividade com uma música de fundo o próximo comando foi 9 solicitado aos alunos que colocassem os braços a frente do corpo juntando as mãos formando um círculo simbolizando a vogal (O), e por último todos com os braços abertos e erguidos na altura dos ombros formaram a vogal (U).
A participação dos alunos naquele momento foi o que mais me chamou a atenção, visto que a turma se tornou protagonista no desenvolvimento da atividade e pude evidenciar que o aprendizado foi concretizado. Em conformidade a isso a essa atividade ressalvo aqui Gonçalves (2017, p.55 et al. Levin apud Ajuriaguerra, 2002, p.70), nos fala que: “[…]. As palavras do outro são suas desde o momento em que o outro as pronúncias. A expressão mímico-gestual do outro já é linguagem, e a atitude do corpo já é uma linguagem, e a atitude do corpo da criança já é recepção”.
Contudo pude vivência em minhas observações diferentes metodologias, desde o brincar livremente e o dirigido, as interpretações através de histórias e o encantamento por meio da musicalização, junto aos miniteatros. No entanto nem todos os alunos demonstram interesse em participar desse momento de aprendizado, percebi que alguns não sabem ainda o real motivo de estarem indo a uma instituição de ensino, em sua maioria de um total de dezoito alunos apenas dez chegam com entusiasmo e reagem as atividades com empolgação e ao serem perguntados se sabem para que estão na escola eles relatam que estão porque os pais precisam trabalhar e eles estão ali para brincar. Isso não deixa de ser verdade, porém sabemos que em uma escola não se brinca por brincar mais sim todo ato de brincar tem por trás um sentido, uma lição a ser explorada e aprendida.
Assim a gestão pedagógica está sempre em comunicação com os pais, buscando saber como os filhos estão agindo em casa em relação ao aprendizado, enfatizando sempre que com o auxílio da família o desenvolvimento da criança acontece com maior facilidade. Pude comprovar que uma das ações da coordenação é esclarecer aos pais em relação a sua responsabilidade no desenvolvimento de seu filho e firmar acordos com todos por meio de uma reunião pedagógica, onde nesta é passado como o ano letivo ocorrera os eventos ofertados para a comunidade e as 10 contribuições que a comunidade escolar pode oferecer a instituição para melhorar o desenvolvimento dos alunos.
Desta forma o Eca nos diz que: Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990).
Durante meu período de observação busquei auxiliar a professora regente e a coordenação na interação com os pais e nas atividades com os alunos, ajudando no desenvolvimento das atividades de forma lúdica e os acompanhando na hora da refeição e nas idas ao banheiro. Ambas trouxeram em seus relatos que as brincadeiras são fundamentais para o aprendizado dos alunos seja ela de forma lúdica ou dirigida. Falaram também que nessa fase de desenvolvimento as idas ao ambiente externo da escola são primordiais para a interação e socialização entre os alunos. Porém relembraram que alguns pais não se comprometem com eficácia com o aprendizado dos filhos e acabam sendo insuficientes com essa responsabilidade, em virtude disso a professora relatou que o aprendizado é contínuo e que as aulas propostas não podem ser refeitas ou seja se o aluno perde um período de aula no dia seguinte já haverá uma nova atividade a ser realizada mantendo assim uma sequência didática. De acordo com Weisz: “Tendo em vista uma educação de qualidade, entendida como aquela que atende a diversidade, o processo educativo não é responsabilidade do professor somente.
Desse modo, o trabalho coletivo dos professores, normas e finalidades compartilhadas […]”. (WEISZ, 2000, p.80). Para que o aprendizado aconteça nessa fase cada entidade deve contribuir com suas responsabilidades, visto que a formação e educação do ser humano não é exclusivamente de competência da escola mais sim de um todo, para isso as estratégias devem ser mais exploradas e bem administradas com um objetivo em comum. Em consonância a isso Ferreiro destaca que: “[…] as estratégias para trabalhar com alunos na aprendizagem da leitura e da escrita tem de ser significativas e próximas. É preciso retomar com eles a leitura 11 do seu mundo, para levá-los à leitura da palavra”. (FERREIRO, 2001, P. 43).
De acordo com os relatos pode-se dizer que essas profissionais estão no caminho certo apesar de as vezes se depararem com alguma eventualidade, mais que faz parte da profissão. Almejando a eficácia no desenvolvimento de seus trabalhos, acabam por se frustrarem quando o resultado não é o esperado. Contudo no questionário ambas reafirmam estarem satisfeita com a metodologia abordada e com o aprendizado dos alunos, mas revelam que a falta de comprometimento de alguns pais em manter a assiduidade de seu filho é frustrante pois acabam privando as crianças de um leque de descobertas e alegrias, enfim, fica evidente a evolução dos estudantes deixando seu trabalho mais enriquecedor, vindo a valorizar a prática pedagógica e seu crescimento profissional.
Considerações finais
A curiosidade deve ser aguçada para que assim haja um mundo de descobertas, as diferentes formas e maneiras de aplicabilidade do ensino são fundamentais e o envolvimento de ambas as comunidades interna e externa são primordiais para a eficácia do aprendizado. Visto que é fundamental que todos os colaboradores da educação façam parte do processo de escolha da metodologia a ser aplicada e que possam participar com êxito do desenvolvimento da didática de ensino. Uma vez que o comprometimento destes profissionais, a disponibilização de seu tempo, os materiais junto a dedicação, são pontos fortes para a qualidade deste trabalho. O ambiente escolar também passa por algumas dificuldades e limitações, em virtude de receber pessoas de distintos grupos sociais.
Assim constata-se que a atuação do professor é fator importante para o desenvolvimento das atividades e o cultivo do aprendizado nos alunos, através das brincadeiras ou de 12 um momento de faz de conta a criança descobri a arte do recriar, aprendem a reformular regras e consolidam o aprendizado sem serem pressionados.
Com essa pesquisa pode-se concluir que as atividades lúdicas e recreativas se tornam fator importante na estimulação ou na fomentação ao aprendizado, pois cada fase de desenvolvimento tem uma sequência a ser seguida e esta deve ser respeitada para que haja eficiência no aprendizado de cada aluno de acordo com a sua faixa etária.
Entretanto compreendemos que o ambiente escolar junto à comunidade escolar almeja contribuir para a formação de cidadãos autônomos e pensantes, por isso é fundamental toda e qualquer ação que possibilite novas vivencias aos educandos.
Referências
WEB BRASIL, LDB: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. – 5. Ed. Brasília, DF: Senado Federal, Coordenação de Edições Técnicas, 2021. 60 p.
FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. 13. Ed. São Paulo: Cortez, 2001. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social / Antônio Psicomotricidade & Educação Física. Ed, cultura rbl, Cajamar/SP. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm. Acesso em 02/09/2023.
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WEISZ. Telma. O Diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática, 2000.
[1] Aluna do curso de Neuropsicopedagogia – Pedagoga. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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Importância do controle interno de qualidade laboratorial: fase pré-analítica, analítica e pós- analítica
Izadora Andrade Freitas de Paula[1]
Orientadora: Lorena Caixeta Gomes [2]
RESUMO
O Controle Interno de Qualidade Laboratorial é um sistema que foi criado para garantir a qualidade e eficácia de todos os processos que ocorrem dentro de um laboratório e posto de coleta, esse sistema é fundamentado pela RDC 786/2023 que é uma resolução que possui regras para os fluxos e procedimentos para a comprovação de segurança e qualidade. Dessa forma, reconhecendo a importância desse sistema objetivou-se trabalhar de forma muito explicativa e ampla o que vem a ser o controle interno de qualidade e como esse controle atua em todos os processos do laboratório, desde o pré-analítico ao pós-analítico. Para tanto, foi utilizada uma metodologia que consistiu em pesquisas bibliográficas de artigos e revistas online, disponíveis nas bases de dados como PubMed, Scielo, Google Scholar, publicados entre os anos de 2020 e 2024. Por tanto, concluiu-se que o controle interno de qualidade laboratorial é um sistema amplo e efetivo, que possui uma série de regulamentos a serem seguidos para garantir a confiabilidade daquele resultado que está sendo gerado, sendo seguido corretamente, o controle se faz muito importante pois suas regulamentações trazem confiabilidade e assertividade ao resultado gerado podendo salvar vidas com aquele resultado fornecido ao paciente.
Palavras-chave: Controle interno. Laboratório, Fase pré-analítica. Fase analítica. Fase pós-analítica.
ABSTRACT
Internal Laboratory Quality Control is a system that was created to guarantee the quality and effectiveness of all processes that occur within a laboratory and collection point. This system is based on RDC 786/2023, which is a resolution that has rules for the flows and procedures for proving safety and quality. Thus, recognizing the importance of this system, the aim was to work in a very explanatory and broad way on what internal quality control is and how this control operates in all laboratory processes, from pre-analytical to post-analytical. To this end, a methodology was used that consisted of bibliographic research of articles and online magazines, available in databases such as PubMed, Scielo, Google Scholar, published between the years 2020 and 2024. Therefore, it was concluded that internal control Laboratory quality control is a broad and effective system, which has a series of regulations to be followed to guarantee the reliability of the result that is being generated, if followed correctly, control is very important as its regulations bring reliability and assertiveness to the result generated. being able to save lives with that result provided to the patient.
Keywords: Internal control. Laboratory. Pre-analytical phase. Analytical phase. Post-analytical phase.
Introdução
O sistema de controle de qualidade laboratorial desempenha um papel fundamental na garantia da precisão e confiabilidade dos resultados que serão obtidos nas análises e nos diagnósticos gerados. Compreender e gerenciar as diferentes fases do processo analítico - pré-analítica, analítica e pós-analítica - é importante para assegurar a integridade dos dados e a qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios de saúde.
A fase pré-analítica incorpora todas as etapas que ocorrem antes da análise propriamente dita, ela se inicia com a solicitação do exame pelo médico e vai até a coleta e preparação da amostra. Esta fase é frequentemente menosprezada sobre a sua importância, mas desempenha um papel crucial na prevenção de erros, uma vez que muitos problemas de qualidade podem surgir devido a erros durante a explicação do preparo, jejum incorreto, coleta, transporte ou manipulação inadequada das amostras.
A fase analítica representa o centro do processo laboratorial, onde as amostras coletadas são processadas, no próprio laboratório ou nos laboratórios de apoio, e analisadas para obtenção dos resultados. Nesta etapa, é essencial garantir a precisão e exatidão dos métodos analíticos utilizados, bem como a calibração e manutenção adequada dos equipamentos laboratoriais, visto que cada setor do laboratório possui seus equipamentos e controles próprios vendidos pelos fornecedores. Além disso, é importante implementar controles de qualidade internos e externos para monitorar e garantir a confiabilidade dos resultados.
Por fim, na fase pós-analítica entra todas as atividades que ocorrem após a obtenção dos resultados, incluindo a interpretação deles, que é gerada por uma interface entre os sistemas, nessa fase deve-se ter o cuidado para não fazer a liberação de resultados trocados, nem um resultado que não seja fidedigno. Outra coisa muito importante é a entrega do resultado somente com apresentação do documento da paciente. Erros durante a interpretação ou comunicação dos resultados podem levar a consequências clínicas significativas.
Neste contexto, este trabalho se propõe a explorar detalhadamente cada uma das fases do controle de qualidade laboratorial - pré-analítica, analítica e pós-analítica - destacando a importância de cada uma delas na obtenção de resultados confiáveis e fidedignos. Ao compreender o controle e o que ela gerencia, pode-se gerar resultados adequados e verídicos, os laboratórios de saúde podem garantir a excelência na prestação de serviços e contribuir para a melhoria da qualidade do cuidado ao paciente.
Material e métodos
A presente pesquisa que se pretende realizar classifica-se de abordagem qualitativa, de natureza básica, os objetivos serão através do processo e revisão de literatura. Para tanto, serão elencados materiais publicados em português disponíveis no google acadêmico, entre 2019 e 2024 com os seguintes descritores: “controle de qualidade”, “fase pré-analítica”, “fase analítica”, “fase pós-analítica”.
Resultado e discussão
O que é o controle interno de qualidade
Neste capítulo sobre controle interno de qualidade laboratorial será estruturado de forma a proporcionar uma compreensão totalizante sobre essa área que tem muita relevância no meio da saúde. Inicialmente será apresentado conceitos sobre o que é o controle interno de qualidade e qual sua importância para a infraestrutura e funcionamento de um laboratório de análises clínicas. Além disso, serão abordados conceitos de cada fase do laboratório de análises clínicas, fase pré-analítica, analítica e pós-analítica de forma a entendermos a sua importância e como ela influencia na rotina. Por fim, será traçada uma linha sobre entre os conceitos e toda a importância da funcionalidade dessas medidas.
O controle interno de qualidade laboratorial é um sistema complexo e efetivo que envolve todos os setores e processos que vai desde a fase pré-analítica, analítica e pós-analítica que tem como propósito de aperfeiçoar e garantir a qualidade do serviço prestado. No meio laboratorial esse controle se faz necessário, visto que o resultado precisa ser confiável e seguro para o diagnóstico médico. A fase pré-analítica engloba toda a triagem inicial, o pedido médico do exame e a coleta das amostras que logo após se inicia a fase analítica do processo que é responsável pela execução e interpretação daquela amostra coletada. Por fim, temos a etapa pós-analítica que vai desde o resultado obtido até a dispensa do laudo.
Todo e qualquer laboratório de análises clínicas deve possuir manuais de procedimentos operacionais padrão (POPs) que abranja as instruções e dados inerentes à rotina laboratorial. Os POPs são desenvolvidos desde a fase pré-analítica até a fase pós–analítica contendo informações sobre o correto manuseio dos equipamentos, cuidados de biossegurança e detalhes dos processos técnicos, todos visando padronizar as técnicas por parte de todos os envolvidos, garantindo assim a qualidade final do serviço prestado reduzindo assim o risco de erros, uma vez que o setor de saúde deve sempre contar com evidências cientificas que incluam seus parâmetros. Os valores de referência de controle são os segmentos mais importantes das análises laboratoriais pois auxiliam o profissional na obtenção do resultado coerente, no diagnóstico e no tratamento futuro do paciente. As amostras utilizadas como controle possuem valores pré-determinados e seu monitoramento é realizado através de ensaios estatísticos, levando em considerando o valor médio, o desvio padrão, e o coeficiente de variação.
Umas das formas de regulamentação é a RDC 786/2023 que são normativas que tratam das exigências técnicas para o funcionamento de laboratórios que realizam coleta, exames e análises para o diagnóstico de doenças. As regras abrangem também outros serviços que desempenham atividades relacionadas a exames de análises clínicas, como os consultórios isolados (particulares) e as farmácias. Entre os laboratórios, existem aqueles destinados a avaliações com finalidades clínicas, como a coleta e análise de amostras biológicas (sangue, urina e saliva, entre outros materiais de origem humana) para o diagnóstico de doenças. Dentre as normativas, tem aquelas que tratam de regras e regulamentações sobre a infraestrutura e as que tratam de toda questão técnica e de funcionamento, garantindo assim uma qualidade maior no serviço.
Fase pré-analítica
A fase pré-analítica é a primeira fase que ocorre no laboratório de análises clínicas, ela tem início com o cadastro do pedido médico do paciente e autorização dos exames solicitados, logo após o cadastro entra uma parte de extrema importância e que pode afetar todo o resultado do exame que é a instrução do preparo para os determinados exames solicitados, depois entra a parte da coleta da amostra e o transporte adequado delas.
Após a solicitação dos exames pelo clínico, inicia o processo de obtenção das amostras clínicas pelo técnico. Cabe ao mesmo, antes da coleta das amostras, o conhecimento e observação de informações relevantes, junto ao paciente, a chamada condição pré-analítica: variações biológicas, gênero, idade, posição do corpo, atividade física, jejum, dieta e uso de drogas para fins terapêuticos, tabagismo e etilismo, pois esses dados poderão influenciar e comprometer a exatidão dos resultados. Com o intuito de realizar uma coleta em condições adequadas, o técnico deve estar devidamente instruído e capacitado, deve-se lembrar também instruções fundamentais escritas nas normativas de biossegurança, como manuais padronizados de coleta de sangue venoso ou arterial, para que o procedimento de coleta seja seguro, conforme a normativa do Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). O técnico deve observar também a correta técnica de utilização do torniquete e da venopunção, para que os procedimentos não interfiram de forma negativa nos resultados de alguns parâmetros analíticos.
Outra etapa também muito importante do processo pré-analítico é o transporte das amostras biológicas dos pacientes que devem ser preservadas em recipientes isotérmicos, quando requerido, higienizável, impermeável, identificado com a simbologia de risco biológico com os dizeres “Espécimes para Diagnóstico”, e com nome do laboratório responsável pelo envio, garantindo a sua estabilidade desde a coleta até a realização do exame, deve ser feita respeitando todos os parâmetros solicitados para determinados tipos de amostras.
Os erros pré-analíticos mais comuns são amostras hemolisadas, de volume insuficiente, com incompatibilidade entre o volume e quantidade de aditivo do tubo, amostras coaguladas, em tubo incorreto, dentre outros. Em geral, as amostras que apresentarem uma ou mais dessas características devem ser rejeitadas: se o material estiver coagulado para exames como hemograma e testes de coagulação; Coleta efetuada com o tipo incorreto de anticoagulante (tubo incorreto);Tubos coletados desrespeitando a proporção adequada entre sangue e anticoagulante, normalmente ocorre por não colocar a amostra até a demarcação do tubo; Tubos contendo amostras erroneamente identificadas( deve-se sempre conferir o nome que está no tubo juntamente com o paciente); Tubos inapropriados e sem identificação do paciente; Amostras lipêmicas ou insuficientes; Amostras sem a condição de transporte adequado. Todas essas falhas podem levar à recoleta do material e consequentemente a insatisfação do cliente.
Fase analítica
A segunda fase do laboratório é a analítica, que tem início logo após o recebimento das amostras coletadas pelos próprios laboratórios ou postos de coleta. Deve ser implantado um sistema de controle de qualidade no laboratório de análises clínicas que reconhece e minimiza os possíveis erros analíticos no laboratório, avaliando o desempenho do mesmo e consequentemente levando a resultados confiáveis e seguros. Isso só é possível com a implementação de um bom e eficaz sistema de controle interno de qualidade laboratorial. Todas as empresas que forem implantar um Sistema de Qualidade, deve ter uma infraestrutura adequada, uma equipe técnica selecionada e devidamente treinada, reagentes de qualidade, sistema de limpeza correto, processos de coleta e armazenamento de amostras de acordo com a metodologia implantada, e manutenções periódicas dos equipamentos, visto que esses erros laboratoriais podem ter diferentes consequências sobre a saúde dos pacientes.
Todo laboratório de análises deve ter um profissional capacitado para coordenar todas as atividades internas e externas, esse profissional é chamado de responsável técnico é ele que implementa todo o Controle Interno de Qualidade (CIQ). Esse controle interno rege tudo que as normativas da RDC n 786/2023 diz juntamente com a ANVISA, isso tudo pode ser monitorado por indicadores de desempenho através de um programa de garantia de qualidade criado pelo próprio laboratório. Todo laboratório na parte analítica é dividido por setores, como por exemplo o de bioquímica, urinálise, hematologia, parasitologia, imunologia, dentre outros. Cada setor possui seus equipamentos e materiais necessários para a leitura dos resultados; esses equipamentos devem ser calibrados e monitorados periodicamente pelo responsável do setor, sendo que, normalmente, a própria empresa que fornecedora dos equipamentos, também fornecem seus reagentes e controles de qualidade ser usados. É extremamente importante que todas as medidas tomadas, reagentes e insumos utilizados estejam em conformidade com o manual/bula emitido e preconizado pelo fabricante.
O setor de hematologia, por exemplo, que é o setor que possui maior demanda no laboratório de forma geral, tem a finalidade de estudar através do hemograma, os componentes sanguíneos, fazendo a pesquisa de variações e morfologia das células, como também as quantificando. Nesse setor é preconizado pela maioria dos fabricantes mais renomados de equipamentos, o uso de 3 níveis de controles de qualidade (sendo um baixo, um normal e um com resultados mais altos). Seguir essa recomendação então é primordial para que tenham várias formas de controle vinculado ao equipamento, resguardando todos os resultados em suas variações possíveis, e todo um sistema documentado, sendo o mesmo vinculado à empresa sob forma de registro. Os procedimentos apurados nos registros devem servir de base para o planejamento estratégico no auxílio da organização e produção realizada, lembrando sempre de seguir as orientações da bula do fabricante do equipamento, juntamente com os controles e reagentes fornecidos.9
O controle de qualidade analítico é um sistema ativo e complexo, o valor de referência dos controles é um dos segmentos mais relevantes na análise laboratorial, visto que auxilia os profissionais na liberação de um resultado coerente, futuro diagnóstico e tratamento do paciente. Em 1950 Levey-Jennings introduziu os gráficos no laboratório de análises clínicas, eles permitem que os resultados obtidos de controle interno sejam inseridos e confrontados com os “Limites Aceitáveis de Erro (LAE)” para cada analito, que é de dois desvios padrão. Quando o valor do controle obtido fica fora do LAE, ou seja, excede a média de mais ou menos dois desvios padrão, demonstra a possibilidade de falha no processo, indicativo de que esse analito não está reproduzindo da forma esperada. Esses gráficos são muito utilizados no setor de Bioquímica e Hormônios, por exemplo. 9
As regras de Westgard destinam-se a auxiliar na compreensão dos resultados do monitoramento, verificando completamente ambos os níveis de cada analito. A utilização de regras permite identificar todas as situações possíveis, facilitando a detecção da perda de estabilidade do algum analito e, em caso de violação, verificar e encontrar as possíveis causas do problema e medidas preventivas e/ou corretivas, devem ser tomadas dependendo do caso. Essas regras podem ser utilizadas em conjunto com os gráficos de Levey-Jennings e, atualmente, muitos equipamentos já possuem a alternativa de normalizar as regras, pois o próprio aparelho bloqueia a análise de controle que se desvia das regras, emitindo flags, por exemplo. Alguns exemplos das principais regras empregadas são: a 2 2s- dois dias fora do limite de dois desvios padrão; 1 3s- quando o controle desvia novamente em três desvios padrão; 10x- que são 10 dias consecutivos em tendência no gráfico, acima ou abaixo da média. 1 2s- esta regra é usada como uma regra de alerta para causar uma inspeção cuidadosa dos dados de controle. 4 1s- rejeitado quando 4 medidas de controle seguidas ultrapassem o mesmo limite. R 4s - rejeição quando uma medida de controle em um grupo excede a média mais 2s e outra ultrapassa a média menos 2s. Esta regra só deve ser interpretada durante a execução e não entre execuções. A fase analítica é um processo muito importante que deve sempre garantir a sua precisão e garantir a fiabilidade dos seus resultados, pois durante esta fase os laboratórios devem sempre ajustar e avaliar os seus processos analíticos internos para garantir que seus métodos sejam eficazes e que os resultados obtidos sejam consistentes e precisos, devendo sempre avaliar seu desempenho e calibrar e manter seu equipamento.
Figura 1 - Regra 1 3s
Fonte: (10)
Figura 2 - Regra 2 2s
Fonte: (10)
Fase pós- analítica
A fase pós-analítica é a fase que encerra o processo de um exame laboratorial, ela consiste na realização de cálculos específicos para cada teste, análise da coerência dos resultados obtidos, emissão de laudos, armazenamento de amostras, envio e arquivamento dos resultados obtidos. Neste processo de liberação do laudo deve-se ter o cuidado com possíveis erros de análises e cálculos de resultados gerados. Os analistas devem se atentar às falhas operacionais de sistemas, bugs, que levem à uma desconfiguração do laudo, a erros de interface, seja de comunicação com equipamentos ou mesmo com laboratórios de apoio que enviam laudos de forma automática para o sistema. Em casos de exames que são digitados de forma manual, deve-se ter a atenção redobrada pela falha de digitação ou falha de conferência do cliente, por exemplo. Uma forma de minimizar estes erros é fazendo conferências periodicamente, controles de duplo-cego, revisão de laudos gerados e comparação com laudos emitidos pelos laboratórios de apoio.
Uma questão muito importante do processo pós- analítico é o uso de um sistema digital bom e confiável pelo laboratório, o uso desse sistema digital traz mais confiabilidade aos resultados pois é tudo de forma automática, o exame é lido pelo aparelho e lançado para o sistema diretamente prevenindo assim erros de digitação e troca de pacientes.
Nessa etapa também tem que ter o cuidado para entrega dos resultados corretos de cada paciente, em material legível, livre de rasuras, de maneira confidencial e intransferível e dentro dos prazos estipulados pelo laboratório. Lembrando sempre de ter o devido cuidado com o momento da entrega, especialmente em respeito à lei geral de proteção de dados (LGPD), pela coincidência de nomes, devendo-se sempre solicitar o documento com foto ou que seja apresentado o protocolo de retirada de laudo emitido pelo laboratório no ato do cadastro, por exemplo.
Uma das últimas partes do pós-analítico é a fase do descarte das amostras. Elas devem ser descontaminadas por processo físico ou químico em geral, e esse processo deve também ser controlado. De forma mais comum, são usados controles biológicos que podem ser colocados em autoclave, por exemplo, juntamente com aas amostras, para garantir que os ciclos de temperaturas foram atingidos e os possíveis micro-organismos inativados na amostra.
Considerações finais
Conclui-se que o controle interno de qualidade laboratorial é um sistema efetivo e assertivo implantado nos laboratórios e postos de coleta pois ele regulamenta toda uma estrutura a ser seguida para garantir a qualidade e eficácia de todos os serviços ali prestados. Esse controle vai desde a fase pré-analítica até a fase pós-analítica que se encerra com a entrega dos resultados do paciente, essas fases possuem procedimentos operacionais padrão (POPs) e são regulamentadas pela RDC 786/2023 que são normativas com exigências técnicas sobre o funcionamento destes estabelecimentos.
O controle interno se dispõe de inúmeras técnicas, cada fase possui suas regras a serem seguidas para garantir a entrega de um resultado fidedigno ao paciente. A fase pré-analítica envolve todo o processo até o início da análise propriamente do material coletado, nela podemos encontrar muitos erros como na hora de solicitar o exame, erros no preparo, coleta e transporte desse material. A fase analítica é a que possui maior sistema de controle, visto que ela é dividida em setores de acordo com cada exame e cada setor possui seus aparelhos e equipamentos para a realização da análise. Normalmente cada aparelho possui seus controles fabricados e vendidos pelos próprios fornecedores de cada aparelho para ter certeza do resultado que está sendo gerado. Na fase pós-analítica, graças ao avanço da tecnologia na área laboratorial temos um sistema de interface entre o maquinário que leu o exame e o sistema do laboratório para evitar ao máximo erros como de digitação e troca de resultados de pacientes. Todo o ciclo se encerra com a entrega do resultado ao paciente.
Todas essas etapas de controle se fazem importante pois é um estabelecimento que trabalha com vidas, e esses possíveis resultados serão utilizados para o tratamento de doenças, por isso, é de suma importância que esse controle exista, seja universal em qualquer laboratório de qualquer lugar do país seja da mesma forma com as mesmas condutas.
Referências
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[1] Graduanda em Biomedicina pela Faculdade Patos de Minas. email: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
[2] Docente do curso de hematologia pela FPM com graduação em Biomedicina pela Uniube, especialização em hematologia, e-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..
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