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A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Arlene das Dores de Arruda

Artigo Científico Apresentado a UCAM-Universidade Candido Mendes, como requisito parcial para a obtenção do título de Pós Graduação em Psicopedagogia e Educação Infantil.

RESUMO

 

A importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil tem como foco analisar o lúdico como ferramenta pedagógica na aprendizagem da criança na educação infantil. Pesquisas apontam que a criança tem maior facilidade em aprender através de atividades lúdicas, pois aprende brincando. Assim comunica-se consigo e com o mundo que a cerca, estabelecendo relações sociais, construindo o seu conhecimento, desenvolvendo-se integralmente, através dos jogos, brinquedos e brincadeiras proporcionando o ensino-aprendizagem e a socialização das crianças. Onde o objetivo do artigo é observar se os professores têm uma visão voltada para a criança ao trabalhar o lúdico, ou brinca por brincar sem um objetivo pedagógico.

 

Palavras chaves; Criança. Aprendizagem. Jogos. Lúdico.

 

 

Introdução

 

Este trabalho tem como tema gerador a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil que tende analisar o lúdico como ferramenta pedagógica na aprendizagem da educação infantil, observando assim o verdadeiro significado do brincar, conceituando os principais termos utilizados para designar o ato do lúdico, compreendendo assim o universo da criança através da ludicidade, onde a mesma comunica-se consigo e com o mundo que a cerca, aceita a existência dos outros, estabelece relações sociais, constrói conhecimentos, desenvolvendo-se integralmente, e ainda, os benefícios que o brincar proporciona no ensino-aprendizagem infantil, influenciando na socialização das crianças. O brincar é uma atividade predominante na infância e vem sendo explorado no campo científico, com o intuito de caracterizar as suas peculiaridades, e identificar as suas relações com o desenvolvimento e com a saúde e, entre outros objetivos, intervir nos processos de educação e de aprendizagem das crianças.

As brincadeiras oferecem um de ensino- aprendizagem delicado, isto é, o educador precisa ser capaz de respeitar e nutrir o interesse da criança, dando-lhe possibilidades para que envolva em seu processo, ou do contrario perde-se a riqueza que o lúdico representa. (CUNHA 1994 p. 96).

Tendo assim em vista a extrema importância do ato de brincar no desenvolvimento afetivo e cognitivo dessas crianças, o foco dessa pesquisa é analisar a importância do brinquedo e da brincadeira na educação infantil, analisando o papel do educador diante da questão do brinquedo e da brincadeira no desenvolvimento de seus alunos. Sem deixar de privilegiar a criança como principal objeto de estudo do trabalho.

Com base no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, (RCNEI), Brasil,

(1998):

A criança é um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivas. Tem desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que possa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem-se cada vez mais seguras para se expressar (BRASIL, 1998 p.21).

 

A criança é um ser em constante fase de crescimento capaz de agir, interagir, descobrir e

transformar o mundo, com habilidades, limitações e potencialidades. Portanto, a infância é uma etapa fundamental na vida da criança para que ela aprenda a brincar. Essa etapa é considerada a idade das brincadeiras, com isso destaca- Se o lúdico, pois é algo que faz com que a criança reflita e descubra sobre o mundo em que vive.

 

 

Desenvolvimento

 

Campos (2001) coloca que o brincar e o jogar são atos indispensáveis para à saúde física,

emocional e intelectual do ser humano e que sempre estiveram presentes em qualquer povo desde os mais remotos tempos. Através deles, as crianças desenvolvem a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, preparando-se para ser um cidadão capaz de enfrentar desafios e participar na construção de um mundo melhor. O jogo, nas suas diversas formas, auxilia no processo ensino-aprendizagem, tanto no desenvolvimento psicomotor, isto é, no desenvolvimento da motricidade fina e ampla, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, o levantamento de hipóteses, a obtenção e organização de dados e a aplicação dos fatos e dos princípios a novas situações que, por sua vez, acontecem quando jogamos, quando obedecemos a regras, quando vivenciamos conflitos numa competição ou entre outras atividades.

Sendo que o brincar é uma ação que está presente em todos os períodos do desenvolvimento. Os objetos que despertam o interesse lúdico mudam dependendo da fase em que o ser humano se encontra. Se para um bebê de oito meses o brinquedo ideal são cubos coloridos, de tamanhos diferentes e que se encaixam, para uma criança de dois anos o interessante são os blocos de construção, para os pré-adolescentes jogos de tabuleiro com regras e para os adultos jogos de cartas. A brincadeira é uma atividade que a criança desenvolve em suas relações sociais, atividade essa que a criança faz para recrear-se ou por diversão na idade escolar com seus familiares, com seus pais, professores, amiguinhos ou com outras crianças da mesma idade sem objetivos educacionais ou de aprendizagem, com o espaço ou cultura na qual está inserida. Neste contexto a brincadeira da criança encontra papel fundamental na educação infantil, pois as crianças se desenvolvem e conhecem o mundo a partir das interações estabelecidas com a história e cultura de outras crianças, de seus pais, de seus professores e das pessoas envolvidas na instituição escolar.

Integrar a aprendizagem no brincar das crianças é a maneira eficaz de estimular o potencial

da criança. Kishimoto (2008, p. 151) afirma que:

A brincadeira tem um papel preponderante na perspectiva de uma aprendizagem

exploratória, ao favorecer a conduta divergente, a busca de alternativas não usuais,

integrando o pensamento intuitivo. Brincadeiras com o auxílio do adulto, em situações estruturadas, mas que permitam a ação motivada e iniciada pelo aprendiz de qualquer idade parecem estratégias adequadas para os que acreditam no potencial do ser humano para descobrir, relacionar e buscar soluções.(KISHIMOTO 2008, p. 151).

 

As atividades lúdicas integram-se ao cotidiano das pessoas sob várias formas, sejam

individuais ou coletivas, sempre obedecendo aos aspectos e à necessidade cultural de cada época. No brincar, causam-se a espontaneidade e a criatividade com a progressiva aceitação das regras sociais e morais, brincando que a criança se humaniza.

 

 

 

 

Conclusão

 

Segundo as pesquisas apontam que para a criança os brinquedos não são apenas um mero passatempo ou perda de tempo como julgam os adultos, as brincadeiras e os jogos estão relacionados a um aprendizado fundamental, seja por meio dos jogos ou das brincadeiras, cada criança cria uma serie de indagações a respeito da vida. Pois conforme as crianças vão crescendo suas brincadeiras se tornam mais ricas, com diversos elementos, conteúdos e valores que receberam em seus primeiros anos de vida. Para muitos a ideia de infância se caracteriza como o período que antecede a idade adulta.

O jogo não é apenas uma maneira de entreter a criança, mas um modo eficaz de ensino-aprendizagem, sempre deve ser observado à maneira de conduzir a brincadeira para que o mesmo seja prazeroso, uma competição sim, mas desde que uma disputa saudável entre os educandos.

A infância é uma fase na qual a criança inicia sua vida em sociedade e sua iniciação é na escola esse período faz com ela construa sua identidade e por esse motivo pais e profissionais da educação devem trabalhar em conjunto, cada um fazendo sua parte na construção de um novo membro para a sociedade. A responsabilidade de passar valores é dos pais, o papel da escola é a parte pedagógica que deve ser feita com responsabilidades pelos educadores. O trabalho de conduzir uma criança para que possa viver pacificamente em sociedade inicia na família e passa pela escola. É um trabalho em conjunto pais-professores e crianças.

 

 

 

 

Referencias bibliográficas:

 

Campos, Maria Célia Rabello Malta. A importância do jogo na aprendizagem. São Paulo: USP,2001.

 

Cunha, Nylse H. S. Brinquedoteca: um mergulho no brincar. São Paulo Maltese, 1994.

RCNEI; Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.: il.

Kishimoto (2008, p. 151) O brincar e suas teorias. São Paulo: Cengage learning, 2008.