A inclusão de alunos com TDAH na sala de aula: desafios e soluções pedagógicas e a importância da parceria entre escola e família no manejo
Girlene de Amorim Jesus
Maria Alexandra Santos de Sousa
Maria Verônica Quirino da Silva
Cleonice Alves dos Santos
DOI: 10.5281/zenodo.13237024
RESUMO
A palavra inclusão é uma das palavras mais ouvidas no âmbito escolar, porém pouco executada de fato. Matricular, aceitar ou permitir em sala de aula um aluno com TDAH não significa que ele esteja incluso e sim apenas frequentando, inserir vai além disso. Proporcionar interação, participação, recursos e meios de aprendizagem é incluir. Acreditamos que o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurobiológica que afeta o funcionamento cerebral e interfere no aprendizado e no comportamento das crianças. Eles reconhecem que o TDAH não é causado por falta de disciplina ou educação inadequada, mas sim por fatores genéticos e ambientais. Crianças com TDAH têm dificuldade em prestar atenção, controlar impulsos e se manterem organizadas, o que pode levar a desafios acadêmicos e comportamentais. Eles acreditam que é importante adotar estratégias pedagógicas adaptadas e individualizadas para atender às necessidades dessas crianças, como oferecer instruções claras e concisas, fornecer apoio estruturado, estabelecer rotinas e oferecer incentivos para o bom comportamento.
PALAVRAS CHAVES: Inclusão. Educação. Parceria.
ABSTRACT
The word inclusion is one of the most heard words in schools, but it is rarely actually implemented. Enrolling, accepting or allowing a student with ADHD into the classroom does not mean that he or she is included, but simply attending. Inclusion goes beyond that. Providing interaction, participation, resources and means of learning is inclusion. We believe that Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a neurobiological condition that affects brain function and interferes with children's learning and behavior. They recognize that ADHD is not caused by a lack of discipline or inadequate education, but rather by genetic and environmental factors. Children with ADHD have difficulty paying attention, controlling impulses and staying organized, which can lead to academic and behavioral challenges. They believe that it is important to adopt adapted and individualized pedagogical strategies to meet the needs of these children, such as offering clear and concise instructions, providing structured support, establishing routines and offering incentives for good behavior.
PALAVRAS CHAVES: Inclusion. Education. Partnership.
Introdução:
O TDAH não é um problema de falta de vontade ou preguiça, mas sim uma questão de dificuldades neurocognitivas que afetam a capacidade de atenção, impulsividade e autorregulação." - Russell A. Barkley (2000). O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) foi descoberto pela primeira vez no século XX, embora tenha sido descrito de maneiras diferentes ao longo dos anos. A primeira referência ao TDAH ocorreu em 1902, quando o pediatra britânico Sir George Still descreveu um grupo de crianças com comportamentos inquietos, impulsivos e desatentos. Ele observou que esses padrões de comportamento persistiam ao longo do tempo e afetavam o rendimento acadêmico e o funcionamento social das crianças, sintomas que perpetuam ao longo dos anos chegando a vida adulta.
Desenvolvimento:
"Educar-se sobre o TDAH é crucial para pais, educadores e profissionais de saúde. Quanto mais sabemos, melhor podemos ajudar." - Dr. Thomas E. Brown,( 2013). A descoberta do TDAH também envolve pesquisadores de diferentes áreas, como neurologistas, psiquiatras, psicólogos e educadores, que conduziram estudos para entender as causas, os sintomas e as particularidades do transtorno. Ao longo dos anos, o TDAH foi reconhecido e descrito por várias organizações médicas, como a Associação Americana de Psiquiatria (APA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essas organizações estabeleceram critérios diagnósticos para identificar o TDAH, e o conhecimento nos fornecerá orientações sobre seu tratamento.
Cada ser tem sua própria perspectiva, como será citada a diante, porém individualizar como característica única é um erro. "As pessoas com TDAH muitas vezes têm uma perspectiva única do mundo. Devemos aproveitar suas habilidades criativas e inovadoras." - Dr. Edward M. Hallowell,( 2011). Incentivar a autoestima dos alunos com TDAH e promover sua autonomia no processo de aprendizagem pode ajudar a aumentar sua motivação e engajamento.
Características não deve definir ninguém, meios e estratégias devem sempre ser usadas. "O TDAH não é um obstáculo para o sucesso. Com o suporte adequado, as pessoas com TDAH podem alcançar seus objetivos." - Dr. Russell Barkley, (2012). É importante destacar que as estratégias podem variar de acordo com as características e necessidades específicas dos alunos. A colaboração entre educadores, psicólogos e profissionais de saúde também é fundamental para identificar as melhores soluções para cada indivíduo com TDAH.
"O TDAH é uma condição complexa que pode ter um impacto significativo na vida das pessoas afetadas. É importante buscar tratamento adequado e oferecer suporte para melhorar a qualidade de vida e alcançar o potencial máximo." - Russell A. Barkley (2005) é essencial criar um ambiente de aprendizado inclusivo e acolhedor, onde as crianças com TDAH se sintam apoiadas e compreendidas. "O TDAH não é uma desculpa, é uma explicação. A diferença entre acusar alguém de usar isso como desculpa e entender que é uma explicação é tratar o problema com seriedade e empatia." - Russell A. Barkley (2005) a importância de trabalhar em parceria com os pais e profissionais de saúde para proporcionar uma abordagem multidisciplinar e integrada ao manejo do TDAH.
"A sociedade deve combater o estigma em relação ao TDAH. Todos nós podemos desempenhar um papel na promoção da compreensão e aceitação." - David Giwerc,( 2016). A exclusão nunca deve ser o não para a vida alguém.
Conclusão :
Destarte, para que pessoas com TDAH consiga inclusão, engajamento, qualidade de vida, seja necessário conhecimento, comprometimento e ajuda mútua de profissionais e sociedade, promovendo um laço pode resultar em várias melhorias significativas tanto para os indivíduos quanto para a sociedade como um todo. Também enriquece a sociedade com diversidade e inovação. Adotar práticas inclusivas e fornecer o suporte necessário é fundamental para permitir que todos alcancem seu potencial máximo e contribuam positivamente para a comunidade.
Referências:
"Taking Charge of ADHD: The Complete, Authoritative Guide for Parents" (2005)
"Attention Deficit Hyperactivity Disorder: A Handbook for Diagnosis and Treatment" (2006)
Some Abnormal Psychical Conditions in Children Sir George Still (1902) Transactions of the Royal Society of Medicine.
Attention Deficit Disorder: A Multidisciplinary Perspective Leon Eisenberg e outros especialistas (1985) Wiley
"Pediatric ADHD: Diagnosis and Treatment" - Michael A. Milham, Diana L. Ladd, e David M. Schwebel
"Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder: Diagnosis and Treatment" - David C. Schwebel, Michael A. Milham, e Diana L. Ladd
"Pediatric Practice: Developmental and Behavioral Pediatrics" - Robert J. Haggerty, Marlene W. Wachs, e Michael R. Thompson
"Clinical Practice Guideline: Treatment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents" - American Academy of Pediatrics (AAP)
"The Diagnosis and Management of Attention Deficit Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents" - O. G. O'Connell, A. P. Thomas, e D. M. P. Davidson. Pediatrics, 2020.
"Management of Attention Deficit Hyperactivity Disorder in Children and Adolescents" - Michael W. D. Berk, R. D. Singh, e M. W. Spencer. Journal of Pediatric Health Care, 2019.
American Academy of Pediatrics (AAP) - "Clinical Practice Guideline: Treatment of Attention-Deficit/Hyperactivity Disorder"
National Institute for Health and Care Excellence (NICE) - "Attention deficit hyperactivity disorder: diagnosis and management"