A Importância dA Formação Continuada PARA
OS Professores de Educação Infantil
Rosa Gonzaga dos Anjos1
Crislayne Giovana Fontes Alves2
Jessica dos Anjos Alves3
RESUMO
A formação de professores tem sido um tema que vem causando varias discussões por todo o mundo. A formação inicial e a formação continuada desenvolvem papeis de grande importancia para a boa formação dos docentes. A escola tem como função atender a um trabalho coletivo, e assim é dever da coordenação pedagógica junto da direção oferecer os cursos de formação continuada para a capacitação dos profissionais da escola. Sabe-se que os encontros pedagógicos e o estudo contínuo devem fazer parte constante na vida de qualquer professor. Sua formação e seus conhecimentos devem ser atualizados constantemente e a formação continuada é uma das formas de se alcançar esse objetivo. Toda essa busca de qualificação e capacitação se da para a realização de um ensino formativo e com qualidade cultural como uma forma de garantir a identidade profissional dos docentes. Assim o presente estudo teve por finalidade identificar os objetivos do programa Proinfantil, buscando conhecer se este está contribuído com o atendimento às crianças nesta modalidade curricular. Foi utilizado o método indutivo e na coleta de dados foi utilizada a técnica de observação direta extensiva, através de questionários com questões abertas e fechadas. Ao término deste estudo pode-se perceber que após o Proinfantil, as professoras estão capacitados para trabalharem na Educação Infantil, pois o curso ofereceu aperfeiçoamento dos conhecimentos indispensáveis a esta modalidade de ensino, o que possibilitou a melhoria das práticas pedagógica das pesquisadas. Portanto, pode dizer que o Proinfantil está contribuindo com o atendimento as crianças nesta modalidade curricular e aprimorando a qualidade do ensino.
Palavras-chave: Educação Infantil; Formação Continuada; Professores.
1 INTRODUÇÃO
Segundo Oliveira (1995), a educação escolar uma prática social e cultural cuja compreensão coloca os indivíduos diante de situações desafiadoras da formação profissional à medida que exige um contexto interativo entre formação e ação.
Torna-se fundamental neste processo a incorporação do componente da reflexão ou da investigação reflexiva ativa, ou seja, a educação o diálogo reflexivo na situação problemática concreta. Considera-se que a educação é o processo pelo qual o profissional ativa determinadas habilidades à medida que confronta e potencializa intercâmbios, e determinadas crenças que são confirmadas ou rejeitadas, corrigidas, replanejadas, refeitas em diálogo aberto com a situação prática. (OLIVEIRA, 1995).
Os encontros pedagógicos e o estudo contínuo devem fazer parte constante na vida dos professores. Suas formações e seus conhecimentos devem ser atualizados constantemente e a formação continuada é uma das formas de se alcançar esse objetivo.
A finalidade deste trabalho foi identificar os objetivos do programa “Proinfantil”, buscando conhecer se este está contribuído com o atendimento às crianças nesta modalidade curricular. O embasamento teórico foi realizado através dos autores: Craid, Freire, Gadotti entre outros que tratam da temática Educação Infantil.
2 A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A formação de professores tem sido um tema que vem causando varias discussões por todo o mundo. A formação inicial e a formação continuada desenvolvem papeis de grande importancia para a boa formação dos docentes.
A escola tem como função atender a um trabalho coletivo, e assim é dever da coordenação pedagógica junto da direção oferecer os cursos de formação continuada para a capacitação dos profissionais da escola.
Segundo Craid (2001), cabe aos conselhos Estaduais de Educação definir as exigências para que a formação em serviço possa qualificar o exercício da função de educador infantil. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), n° 9.394/96, determina ainda que todos os educadores deverão ser devidamente habilitados conforme as exigências da mesma.
Toda essa busca de qualificação e capacitação se da para a realização de um ensino formativo e com qualidade cultural como uma forma de garantir a identidade profissional dos docentes.
2.1 História da educação
A história da educação no Brasil começa com o ato de D. João III determinando a vinda dos padres Jesuítas para a catequese dos primitivos habitantes do país. Segundo Aranha (1996), os primeiros Jesuítas chegaram ao Brasil com o governador Tomé de Souza, em 1549, tendo como superior o padre Manoel da Nóbrega, fundador da primeira escola Jesuíta no Brasil, um orfanato, localizado na Bahia e que se denominou de “Colégio dos meninos de Jesus”. A este se seguiu em 1553, o “Colégio dos meninos de Jesus de São Vicente”.
Mais adiante foram criados nos centros mais populosos da colônia, numerosos estabelecimentos da mesma natureza, no qual a matéria de ensino constava no catecismo, leitura, escrita e cálculo. Material didático não existia. As lições eram preparadas em retalhos de papel que se distribuíam entre os alunos. A proporção que as colônias se desenvolvia, a obra da educação que durante dois séculos ficou quase que exclusivamente a cargo dos Jesuítas, “o elemento moral da colônia”, no testemunho autorizado de João Ribeiro, se foi intensificando e irradiando. “Apesar das dificuldades encontradas, o trabalho educativo dos Jesuítas produziu os melhores resultados” (BELLO, 1961, p. 220).
Toda essa obra educacional foi lançada por terra quando, em 1759, o Marques de Pombal determinou a expulsão dos Jesuítas, justificando o seu ato iníquo com alegações caluniosas contra os padres da companhia e suas atividades catequéticas pedagógicas. Foram extintas todas as escolas e as missões de catequese deixaram de existir.
Assim foi instituído o ensino público, mantido graças a um imposto especial, o chamado “subsídio literário”. Essas escolas novas, não tinham autoridades morais e logo se mostraram inteiramente ineficazes. A decadência do ensino chegou a tal ponto que, segundo Pedro Calmon em 1777 só existiam em toda a Bahia dois professores, havendo províncias, como Santa Catarina, que não havia escola pública (BELLO, 1961).
Com a vinda da família real em 1808, verificou-se um certo interesse do governo em relação ao ensino superior, instituindo-se na corte, a Escola Médico-cirúrgica, o Liceu de Artes e a Academia da Marinha. Foi, também, criada a Biblioteca Real. Entretanto, em relação, ao ensino primário, e secundário, não se registrou qualquer iniciativa do governo. Depois da Independência, verificou-se uma certa preocupação com os problemas educacionais de nossa gente. Tanto que o primeiro projeto de constituição, em 1823 estabelecia que haveria escolas primárias em cada termos ginásios em cada comarca e universidades nos mais apropriados locais (BELLO, 1961).
A constituição outorgada pelo imperador era mais modesta em matéria de educação, apenas estabelecendo a gratuidade da instrução primária e atribuindo a qualquer cidadão o direito de abrir escola, sem qualquer exigência quanto a idoneidade profissional. Nesse tempo, para suprir a falta de professores foi adotado o sistema de ensino mútuo, de Lancaster, que consiste em dividir os alunos em classe de dez, ou decúria, ficando cada classe sob a responsabilidade de um dos alunos mais capazes. Mas esse sistema que, naquele tempo, era uma panacéia universal, não produziu os resultados esperados. (BELLO, 1961).
Em 15 de novembro de 1827 foi promulgada a primeira lei orgânica do ensino, que entre outras coisas, estabelecia que o seguinte:
Em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos haverá escolas de primeiras letras que forem necessárias” (...) “Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções as noções mais gerais de geometria prática, a gramática da língua nacional, os princípios da moral cristã e da doutrina católica, apostólica, romana, proporcionados à compreensão dos meninos, preferindo para o ensino de leitura a constituição do Império e a História do Brasil (BELLO, 1961, p. 225).
Já no segundo reinado, durante a Regência, foi descentralizado o ensino primário, medida que não trouxe nenhum benefício. Em 1835, foi feita a primeira experiência do ensino normal. Em 1837, foi oficializado o ensino secundário, com a criação do Colégio Pedro II. Em 1859, foi criada, definitivamente a primeira escola normal, no Rio, seguindo-se a da Bahia, a de Pernambuco, a da Paraíba, a do Rio Grande do Sul e várias outras.
O ensino primário continuou descentralizado, a cargo dos estados. O ensino secundário e superior tem sofrido repetidas reformas, como as de Revadávia Correia (1911) desoficializando o ensino e criando o Conselho Superior do Ensino; a de Maximiliano (1915), que permitiu os preparatórios parcelados, e permitiu a instituição de uma universidade. Segundo Macedo (1987, p.24), a partir da década de 1920:
Quando, na década de 20 a 30, teve início a chamada democratização da escola primária, devia-se cuidar, não de reduzir o currículo e a duração da escola, mas de adaptá-la à educação para todos os alunos em idade escolar. Para tal, seria indispensável: 1) manter e não reduzir o número de séries escolares; 2) prolongar e não reduzir o dia letivo; 3) enriquecer o programa, com atividades educativas, independentes do ensino propriamente intelectual; e 4) preparar um novo professor ou novos professores para as funções mais amplas da escola.
O autor afirma que a escola não poderia ser parcial e de simples instrução dos filhos das famílias de classe média, que ali iam buscar a complementação à educação recebida em casa. Ela deveria, sim, ser a instituição destinada a educar, no sentido mais lato da palavra, as crianças de todas as classes,
Em 1950, foi Inaugurada por Macedo (1987), a Escola Parque que procurava fornecer à criança uma educação integral, cuidando de sua alimentação, higiene, socialização e preparação para o trabalho e cidadania.
2.2 Capacitação do professor da educação infantil
O programa Proinfantil tem por objetivo capacitar professores que atuam na educação infantil, para tanto promove a formação profissionalizante para preparar os professores que trabalham com crianças de 0 a 5 anos em Escolas de Educação Infantil.
[...] caracterizando como professor, a no docente, a sua formação será feita em nível de ensino Médio na mo alidade Normal (art.62). É está à modalidade de ensino Médio que os docentes estão cursando no Pro infantil. Além disso, é assegurado o direito dos docentes do magistério publico o aperfeiçoamento profissional continuado, na perspectiva de promover sua valorização (art. 67, II) (BRASIL, 2005, p. 22).
O programa Proinfantil visa padrões básicos de funcionamento estabelecidos, como por exemplo, “aqueles que se relacionam com a infraestrutura e a formação dos profissionais, oferecendo condições para que creches e pré-escola cumpram sua finalidade com qualidade” (BRASIL, 2005. p. 22).
Além disso, não se pode desconhecer que o direito à Educação infantil, embora siga em passos lentos, ainda é um campo em construção na sociedade brasileira, necessitando cada vez mais de profissionais capacitados para exercer seu trabalho como docente.
[...] enquanto tivermos educadores e equipe profissionais, sem escolaridade e sem qualificação, dificilmente será possível generalizar a Educação infantil como direito. O direito da criança de 0 a 6 anos à educação não existe ainda na nossa sociedade, nas práticas sociais concretas e para todas as crianças (BRASIL, 2005, p. 22).
Dessa forma, os professores e profissionais da educação tiveram sua formação voltada para o Ensino Fundamental e no Ensino Médio. No entanto a legislação prevê o curso Normal em Nível Médio como formação mínima atualmente.
No caso dos professores que atuam na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1° ao 3 ano). Como afirma Brasil (2001, p. 14), "[...] estabeleceu-se o sistema de ensino que deverá oferecer formação em nível Médio, na modalidade Normal, até que todos os docentes possuam, no mínimo, essa formação".
A educação deveria ser vista como um anel recursivo, uma formação de docente dirigida, não tanto a dotar os professores de maiores conhecimentos didáticos ou psicológicos, mas sim de capacidades para ensinar o que vão além dessa "teoria da mente" ou capacidades intensiva de ler a mente.
Segundo, o Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil (1998, p. 17-18) aponta:
Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento ou para o conhecimento têm constituído, portanto, o panorama de fundo sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil. A elaboração de propostas educacionais, veicula necessariamente concepções sobre criança, educar, cuidar e aprendizagem, cujos fundamentos devem ser considerados de maneira explicativa.
Na educação infantil o "cuidar" é parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. Segundo Oliveira (1995, p. 32), “a formação do educador infantil deve estar baseada na concepção de educação infantil. Deve buscar a superação da dicotomia educação/assistência, levando em conta o duplo objetivo da educação infantil de cuidar e educar”.
É verdade que em todas as sociedades se ensina, mas requer também novas formas de gerir e de tratar o conhecimento. Assim cabe aos Conselhos Estaduais de Educação “definir as exigências para que a formação em serviço possa qualificar para o exercício da função do educador infantil” (CRAID, 2001, p. 24).
Dessa forma a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), n° 9.394/96, determina que cada instituição do sistema escolar (portanto, também as instituição da educação infantil), deverão ter um plano pedagógico elaborado pela própria instituição com a participação dos educadores, e os educadores deverão ter o curso normal com especialização em educação infantil. “Para os que já trabalham em creches e pré-escola e não tem a formação exigida deverá ser oferecida a formação em serviço” (CRAID, 2001, p. 25).
Outras exigências da LDB, é que até dezembro de 1999 todas as creches e pré-escolas existentes ou a serem criadas deveriam integrar-se aos sistemas de ensino.
Segundo Matos (1998), a educação abarca duas realidades indissociáveis: a formação intelectual e a formação social do homem.
Desde já. é importante declarar que nosso esforço está perpassado pela convicção de que a formação do ser humano nào se desvincula de uma concepção do homem, e que, por isso, carece de fundamentação teórica que reconheça o ser humano como sujeito efetivo nas relações sociais mais amplas (MATOS, 1998, p. 65).
Assim, a capacitação profissional deve fazer parte constante na vida de todos os professores. Sua formação e seus conhecimentos devem ser atualizados constantemente e os encontros pedagógicos é uma das formas de se alcançar esse objetivo. Não é simples ser um professor atualizado, é necessário investimentos que desenvolvam competências profissionais.
2.3 Análise e interpretação dos dados
Conforme análise gráfica dos dados coletados através dos questionários respondidos pelos professores que participaram do programa “Proinfantil”, chegou-se aos seguintes resultados:
Segundo os pesquisados 100% são do sexo feminino; 60% têm idade entre 31 a 40 anos; 40% responderam que são casadas e 40% trabalham com educação infantil de 6 a 8 anos, conforme respostas dadas as perguntas 1, 2, 3 e 4 respectivamente.
70% dos pesquisados afirmaram que às vezes a prefeitura atende as carências da escola e 70% responderam que o programa Proinfantil foi bom, conforme respostas dadas nas perguntas 5 e 6 respectivamente.
De acordo com os pesquisados 70% responderam que o programa trouxe mais conhecimento para o seu trabalho; 100% responderam que a proposta pedagógica do programa foi direcionada para a educação infantil e 90% responderam que os professores interinos que mais participaram do programa, conforme respostas dadas nas perguntas 7, 8 e 9 respectivamente.
80% dos pesquisados responderam que os professores estão capacitados para o exercício na educação infantil e 100% afirmaram que o programa contribui para o atendimento das crianças desta modalidade, conforme respostas dadas as perguntas 10 e 11 respectivamente.
De acordo com os pesquisados 100% responderam que utilizam materiais diversificados para atender os alunos nas fases iniciais; 25% afirmaram que utilizam materiais pedagógicos; 30% afirmaram que o ponto positivo do programa foi a capacitação, conforme respostas dadas as perguntas 12, 13 e 14 respectivamente.
40% dos pesquisados não opinaram sobre os pontos positivos do programa e 40% deram como sugestão que o cursista tivesse um salário diferenciado.
2.4 Discussão dos dados
A pesquisa tem origem na seguinte problemática: Os professores das Escolas de Educação Infantil estão capacitados para exercerem suas funções? Diante desta problemática levantaram-se hipóteses e chegando-se aos seguintes resultados:
A primeira hipótese “os professores estão capacitados para trabalharem em Educação Infantil” foi confirmada de acordo com as respostas dadas na pergunta nº 10, visto que 80% dos pesquisados afirmaram que sim.
O professor competente precisa em primeiro lugar conhecer bem os conteúdos pertinentes a sua disciplina, ter habilidades necessárias para organizar o contexto de aprendizagem, levar em conta os valores culturais de seu grupo de alunos e ter capacidade de mobilizar recursos para abordar a situação completa de ministrar uma aula. (HENGEMÜHLE E MORETTO, 2004, p. 145)
A formação continuada em serviço é uma possibilidade de aprimorar os conhecimentos as metodologia usadas em sala de aula, assim o professor que participa de encontros entre professores em sua escola se coloca em constante processo investigativo e reflexivo, capaz de trazer benefícios aos alunos.
A segunda hipótese “a proposta pedagógica do Proinfantil está direcionada aos docentes da educação infantil”, foi confirmada de acordo com as respostas dadas na pergunta nº 8, visto que 100% dos pesquisados afirmaram que sim.
Segundo Demo (2004), a formação continuada deve ser concebida como reflexão, construção teórica e não com a aprendizagem de novas técnicas. Devendo ocorrer a reflexão crítica sobre a prática, a troca de experiências entre pares (grupos de trabalho), centrado na cooperação.
A terceira hipótese “a proposta do programa Proinfantil, está contribuído com o atendimento as crianças nesta modalidade curricular”, também foi confirmada conforme respostas obtidas na pergunta nº 11, visto que 100% dos pesquisados responderam que sim, visto que o Proinfantil eleva o nível de conhecimento e aprimora a prática pedagógica dos docentes melhorando a qualidade de ensino.
Segundo Freire (1983, p.5), “educador lida com a arte de educar”. Essa arte exige do educador uma ação criadora, uma atualização constante de sua práxis educativa. Uma prática que intervenha, que provoque, que instigue, que promova a construção do conhecimento, que resgate a curiosidade, a expectativa e o interesse pelo conhecimento.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao término deste estudo pode-se perceber que os professores estão capacitados para trabalharem em Educação Infantil, que a proposta pedagógica do Proinfantil está direcionada aos docentes da educação infantil e contribuindo com o atendimento às crianças nesta modalidade curricular.
O projeto de formação continuada visa assegurar o domínio adequado da ciência da técnica e da arte, ou seja, trata das competências e habilidades de profissionais, no processo de formação. Sua finalidade é preparar o docente para as práticas pedagógicas e as atividades pressupostas ao seu campo profissional.
O papel desta formação profissional é desenvolver uma educação capaz de preparar seus alunos para uma compreensão e transformação positiva e critica da sociedade em vive. A formação continuada para professores do Proinfantil, parte da consciência de que a pessoa do professor, seus saberes, seu trabalho e o exercício da docência, não pode resumir-se à aplicação de métodos previamente estabelecido e sim dar conta da complexidade que se manifesta no contexto da prática concreta desenvolvida pelos profissionais.
A proposta pedagógica do Proinfantil está direcionada aos docentes da educação infantil e aperfeiçoou a formação dos pesquisados. O programa contribuiu com o atendimento as crianças nesta modalidade curricular, visto que o nível de conhecimento aprimorou a prática pedagógica dos docentes, melhorando a qualidade de ensino.
Os objetivos educacionais não teriam nenhuma eficácia se a relação entre os dois principais elementos do processo educativo escolar, educando e educador, não fosse democrática, se não estabelecesse um vínculo afetivo entre professor e aluno, uma vez que o sustentáculo da vida escolar dependerá desta relação, porque a aprendizagem é uma construção que se dá na relação professor e aluno.
Portanto, é através do professor que o aluno encontrará na escola as ferramentas indispensáveis para a sistematização do conhecimento, facilitando assim, o processo de interação dos alunos com o meio social.
A educação infantil contribui para a formação da personalidade do sujeito, por isso é a base para transformação eficaz de ensino aprendizagem. Este trabalho pode contribuir para fomentar debates e reflexões sobre a importância da formação continuada para a profissão dos educadores da Educação Infantil.
REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. São Paulo: Moderna, 1996.
BELLO, Ruy de Ayres. Pequena história da educação. Rio de Janeiro: Cultura, 1961.
BRASIL. Secretaria de Educação básica. Secretaria de Educação A Distância, Proinfantil; Unidade 1, 2001.
_______. Secretaria de Educação básica. Secretaria de Educação A Distância, Proinfantil; Unidade 5, 2005.
_______. Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASÍLIA. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394 de 20 de Dezembro de 1996.
CRAID, Carmem. Educação infantil: Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001.
DEMO, Pedro. Educação e qualidade. São Paulo: Papirus, 2004.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança: tradução de Moacir Gadotti e Lílian Lopes Marin. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
HENGEMUHLE, Adelar. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.
MACEDO, L. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1987.
MATOS, Junot Cornélio. Professor reflexivo? Apontamentos para o debate. In: GERALDI, Corinta M. G.; FIORENTINI, Dario e PEREIRA, Elisabete M. de A. (Orgs.). Cartografias do trabalho docente. Campinas, SP: Mercado de Letras, 1998.
OLIVEIRA, Z. de M. R. Educação infantil: muitos olhares. São Paulo: Cortez, 1995.