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A ARTE NA FORMAÇÃO DO ALUNO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

Rosa Gonzaga Anjos

Jessica dos Anjos Alves

 

 

RESUMO

 

O presente estudo teve como objetivo identificar de que forma a arte contribui na formação do aluno da Educação Infantil. Para tanto, utilizaram-se métodos hipotético dedutivo, monográfico e estatístico. A coleta de dados foi por meio da técnica de observação direta extensiva, com a aplicação de um questionário estruturado, contendo perguntas abertas e fechadas. Ao final da pesquisa, pode-se perceber que enquanto diverte a criança, a Arte beneficia o desenvolvimento de sua personalidade. Portanto, trabalhar de modo lúdico permite a criança desenvolver diversas aptidões. Por meio dessa opção o ensino gera diversas possibilidades, enfim, o ensino da Arte pode ser modificado em importante ferramenta de aprendizagem.

 

Palavras-chave: Arte. Educação Infantil. Aprendizagem.

 

1 INTRODUÇÃO

 

Este artigo tem como tema a arte na formação do aluno, e aborda a contribuição da arte no cotidiano da escola de Educação Infantil, de crianças entre 4 a 5 anos. Pretende-se verificar como a arte beneficia a aprendizagem, visto que é uma excelente alternativa á substituição da educação bancária. Sabe-se que a arte, movida pelo espírito comunitário, inovador e expressivo, inspiraram o educando, proporcionando-lhe a emersão e ampliando suas habilidades que, em outras circunstâncias, permaneceriam inertes.

A arte, muito mais que conceitos vagos como inspiração, sensibilidade espontânea, dom, é um fator na formação da personalidade, ajuda a criança a enfrentar os problemas presentes e futuros e a preservar sua integridade e seu equilíbrio.

Na Educação infantil, objeto de estudo desta pesquisa, a arte interfere na habilidade de aprender e de ensinar. A capacidade criadora da criança deve ser trabalhada e desenvolvida, e é através do trabalho concretizado com a arte nas escolas que isso torna-se possível.

Sabe-se que, em algumas escolas ocorre o oposto, a arte está sendo desvalorizada, sendo colocada somente como período de descanso das outras disciplinas, julgadas mais importantes.

Percebe-se que as crianças da Educação Infantil, ao realizarem atividades artísticas, desenvolvem as habilidades específicas da área artística e também de outras áreas, tornando-se capazes de expressar melhor ideias e sentimentos, passam a compreender as relações entre partes e todo e a entender que as artes são uma forma diferente de conhecer e interpretar o mundo.

O tema é relevante visto que, através da atividade artística torna-se mais fácil alcançar muitos dos objetivos da aprendizagem pela descoberta, porque a arte proporciona a aquisição de novos conhecimentos e desenvolve na criança habilidades específicas de forma natural e agradável.

Deste modo, levanta-se a seguinte problemática: de que forma arte contribui na formação dos alunos da Educação Infantil? Para tanto, partiu-se da hipótese de que a arte desenvolve as habilidades cognitivas e motoras dos alunos. Como hipóteses secundárias, a arte contribui para a socialização das crianças entre 4 a 5 anos, porque auxilia na convivência; o desenvolvimento das habilidades artísticas contribui para elevar a autoestima do aluno; os professores utilizam as atividades artísticas como instrumento de apoio no processo de ensino aprendizagem e os professores participam de formação continuada para desenvolver com competência o ensino de artes na Educação Infantil.

Enquanto objetivos, pretendeu-se identificar de que forma a arte contribui na formação do aluno da Educação Infantil, da escola pesquisada; verificar se a arte contribui para o desenvolvimento da linguagem de crianças entre 4 a 5 anos na escola; investigar se o desenvolvimento das habilidades artísticas contribui para elevar a autoestima do aluno; averiguar se a arte é utilizada como instrumento de apoio no processo de ensino aprendizagem e pesquisar se os professores estão capacitados para trabalhar o ensino de artes na Educação Infantil.

 

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

 

Segundo o PCN (BRASIL, 2001), desde o princípio da história da humanidade a arte este presente em praticamente todas as formações culturais. O ensino e a aprendizagem da arte e sua própria história coincidem com transformações educacionais. Assim este ensino envolve produção artística em todos os tempos.

Em 1971, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a arte é incluída no currículo escolar com o título de educação artística, mas é considerada “atividade educativa” e não disciplina, tratando de maneira indefinida o conhecimento.

Para Gombrich (1993), a inclusão da educação artística no currículo escolar foi um avanço, principalmente pelo aspecto de sustentação legal para essa prática e por considerar que houve um entendimento em relação à arte na formação dos indivíduos. A implantação da educação artística abriu um novo espaço para a arte, mas ao mesmo tempo, percebeu-se que o sistema educacional vinha enfrentando dificuldades de base na relação entre teoria e pratica em arte e no ensino e aprendizagem desse conhecimento.

Em 1988, com a promulgação da constituição, iniciam-se as discussões sobre a nova lei de diretrizes e bases na educação nacional, sancionada apenas em 20 de dezembro de 1996. Convictos da importância de acesso escolar dos alunos de ensino básico também a área de arte, houve manifestação e protestos de inúmeros educadores contrários a uma das versões da referida lei que retirava a obrigatoriedade da área.

Segundo Martins (1998, p. 22), com a lei n° 9.394/96, revogam-se as disposições anteriores e a arte é considerada obrigatória na educação básica: “o ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica da forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”. É característico desse novo marco curricular a reivindicação de se designar a área por arte (e não mais por educação artística) e de incluí-la na estrutura curricular como área com conteúdos próprios ligados a cultura artística, e não apenas como atividade.

Conforme o PCN (BRASIL, 2001), no ensino de arte no Brasil observa-se um enorme descompasso entre as praticas e a produção teórica na área, incluindo a apropriação desse conhecimento por uma parcela significativa dos professores. Tal descompasso é fruto de dificuldades de acesso a essa produção, tanto pela pequena quantidade de livros editados e divulgados sobre o assunto como pela carência de cursos de formação contínua na área.

De acordo com Costa (2001), as práticas de ensino e arte apresentam níveis de qualidade tão diversificada no Brasil que em muitas escolas ainda se utiliza, por exemplo, modelos estereotipados para serem repetidas ou apreciadas, empobrecendo o universo cultural do aluno. Em outras, ainda se trabalha apenas com a autoexpressão, sem introduzir outros saberes de arte. Por outro lado, já existem professores preocupados em também ensinar historia da arte e levar alunos a museus, teatros e apresentações musicais de danças.

Para Martins (1998), a arte cada vez mais vem ocupando espaços dentro da sociedade e com isto interfere na construção da identidade do ser humano. Desde o momento em que se nasce a arte envolve e contribui na organização e percepção do mundo, numa descoberta incessante de que a arte está em todos os lugares.

Costa (2001) salienta que a arte aguça a imaginação, desafia e desperta sentimentos. Permite ao individuo interpretações variadas de um mesmo objeto artístico. Ela não se limita a esculturas, pinturas, desenhos; no entanto abre-se em um leque maior despontando na, musica, dança, teatro, cinema. Uma mesma obra de arte pode causar emoções diferentes nas pessoas. Vários significados foram atribuídos à arte ao longo dos tempos.

Segundo Ferraz e Fusari (1999 apud COLETO, 2013, p. 138). "a arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ao conhecê-lo".

Pode-se concordar com Martins (1998. p. 102), quando dizem que a "arte é a linguagem básica dos pequenos e deve merecer um espaço especial, que incentive a exploração, a pesquisa, o que certamente não será obtido com desenhos mimeografados e 'exercidos de prontidão”.

Para Feist (2003) a arte está ligada à travessura, molecagem. Fazendo um paralelo de arte com a travessura: as duas requerem imaginação, ousadia, dá prazer desperta os mais variados sentimentos.

Nesta perspectiva torna-se importante que a escola trabalhe arte possibilitando ao aluno por meio desta a desenvolver imaginação e ao mesmo tempo ser uma atividade que lhe dê prazer.

Ferreira (2001), afirma que uma das vantagens para a prática de atividades artísticas na escola, é que elas favorecem o processo de simbolização, no qual a criança tem a finalidade de expressar, do modo menos ambíguo possível, uma ideia por meio de um desenho, um cavalo, por exemplo, empregando sons onomatopeicos ou imitando com o corpo o galope do animal.

O processo de simbolização é uma capacidade humana que requer abstração e capacidade para transformar uma coisa em outra. Instigada a criar, a criança precisa ter ideias e descobrir como colocá-las em prática. Segundo Ferreira (2001), ter ideias é, em certo sentido, estar engajado num processo de formação de conceitos no qual estes são abstraídos ou criados, ou seja, transformados em realizações formais. Desse ponto de vista, a exterio­rização de uma ideia, quer ocorra em forma de imagem iconográfica, quer em forma de som, palavra, gesto ou movimento, é uma ordem simbólica secundária, já que a primeira é a própria conceituação. Por isso, quando os alunos criam com linhas, cores, palavras, gestos, movi­mentos e sons. desenvolvem uma atividade que está diretamente ligada à necessidade de construir um conhecimento do mundo e de comunicar esse conhecimento a outros.

Para Ferreira (2001), ao realizarem atividades artísticas, os alunos também aprendem que o processo de criar requer decisões. Toda criação envolve muito mais Uma atividade de exploração, invenção e tomada de decisão do que conformismo à regra.

Ao trabalharem com artes, os alunos desenvolvem habilidades específicas. Aprendem a lidar com materiais, ferramentas e equipamen­tos e com os elementos constitutivos de cada uma das artes, sons e silêncios, no caso da música, cores, formas, texturas e volumes, nas artes visuais; gestos, movimentos e pausas, na dança; palavras e silêncios, expressões, gestos e movimentos, no teatro. Conforme Ferreira (2001), à medida que passam a dominar técnicas que lhes possibilitem manejar esses elementos para conceituar e expressar ideias, os alunos ficam mais confiantes, porque se tornam mais habilidosos e competentes no campo das artes.

Assim, o desenvolvimento de habilidades artísticas pode ser uma das maio­res fontes de satisfação pessoal para os alunos, contribuindo para elevar a autoestima. Isso ocorre quando tomam consciência de que desenvolveram certas habilidades, quando descobrem que aprenderam a fazer coisas que não podiam fazer anteriormente.

De acordo com PCN (BRASIL, 2001, p. 110), o professor é um "criador de situações de aprendizagem". Ele é o incentivador, estimulador, o profissional que trabalha para que suas aulas sejam significativas para seus alunos.

A arte se constitui de modos específicos de manifestação da atividade criativa dos seres humanos ao interagirem com o mundo em que vivem, ao se conhecerem e ao conhecê-lo. Conforme Pereira (2010) ela sugere para quem compartilha do fazer artístico que discorde ou concorde de experiências através de obras. Por meio da arte o mundo conhece injustiças cometidas há séculos atrás e recentes, mostra também belezas da natureza e que se tornam conhecidas através da arte.

Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais há um tipo de conhecimento que envolve a experiência de aprender arte e de como aprender o fazer artístico. Aprender arte não é apenas uma atividade feita pelos alunos, mas compreender o que fazem e o que os outros fazem.

Para Selbach (2010) é importante que o aluno não veja a aula de arte como uma aula para distração, para relaxar das outras áreas de conhecimento. Mas que ele sinta e enxergue que a arte, ou melhor, que conhecer arte, ele constrói conhecimentos e que está inserindo com o mundo.

Segundo Costa (2001) ensinar arte é inserir a escola com a informação social e também respeitar a criatividade e imaginação do aluno. A autonomia do aluno deve ser estimulada. Aprender arte está associado à compreensão do que é ensinado. Os conteúdos da arte precisam ser ensinados de maneira adequada.

Nas aulas de Arte o professor deve utilizar as quatro linguagens aitisticas (artes visuais, dança, música e teatro) como forma do aluno se expressar significativamente e não apenas as visuais, como ocorre na maioria das vezes.

É importante ressaltar que conforme o PCN (BRASIL, 2001, p. 51), “o ensino de Arte é área de conhecimento com conteúdos específicos e deve ser consolidada como parte constitutiva dos currículos escolares, requerendo, portanto, capacitação dos professores para orientar a formação do aluno”.

Ferraz e Rezende (2002) ressaltam que essa pluralidade de ações ainda representa experiências isoladas dos professores que têm pouca oportunidade de troca, a não ser em eventos, congressos, quando têm possibilidades de encontros. O importante é que neste estágio atual da educação brasileira é que os professores que se dispuserem a ensinar arte tenham um mínimo de experiências prático-teóricas interpretando, criando e apreciando arte, assim como exercitem a reflexão pedagógica especifica para o ensino das linguagens artísticas.

Os autores aqui citados, concluem que é necessário haver cursos de especialização, cursos de formação contínua, nos quais possam refletir e desenvolver trabalhos com arte. Sem uma consciência clara de sua função e sem uma fundamentação consistente de arte como área de conhecimento com conteúdos específicos, os professores não podem trabalhar. Só é possível fazê-lo a partir de um quadro de referencias conceituais e metodologias para alicerçar sua ação pedagógica, material adequado para as praticas artísticas e material didático de qualidade para dar suporte às aulas.

Neste contexto, cabe à escola conservar, reelaborar e criar marcas históricas que englobam o seu compromisso com a cultura artística junto aos alunos, quando o professor de arte assume o importante papel de condutor levando-os rumo ao fazer e entender as diversas modalidades artísticas e a história das mesmas, contribuindo para a construção de uma sociedade mais democrática.

 

3 MATERIAIS E MÉTODOS

 

3.1 Área de Estudo

 

O estudo foi realizado em uma escola municipal localizada na zona urbana, sendo credenciada e devidamente autorizada somente em 2010 pelo Sistema Municipal de Educação (SISMEN-AF).

No ano de 2009 a escola constituiu o conselho Fiscal e Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), necessários para o funcionamento de uma instituição escolar independente. Com vista ao atendimento das crianças, a escola vem crescendo a cada ano a oferta de vagas. Atualmente conta com um atendimento a 275 alunos, referente às turmas do Maternal II e Pré-escolar I e II.

 

3.2 Metodologia

 

O procedimento metodológico envolveu a pesquisa bibliográfica através de autores e suas obras para a obtenção de informações capazes de ajudar no desenvolvimento da pesquisa e de campo desenvolvida pelo método hipotético dedutivo, ou seja, este método justifica que toda pesquisa tem sua origem em um problema, para o qual se busca uma solução através de tentativas (hipóteses).

A abordagem do problema utilizada foi a quantitativa que, conforme Ruiz (2006), se caracteriza pelo uso da quantificação tanto na coleta quanto no tratamento das informações por meio de técnicas estatísticas. A análise quantitativa mede em percentual a importância da arte na aprendizagem das crianças da Educação Infantil.

Com relação aos objetivos, a pesquisa se classifica como descritiva, pois, segundo Vergara (2007), tem como finalidade primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno, isto é, descreve as formas e metodologias adotadas para conhecer a contribuição da arte na formação do aluno de Educação Infantil.

O método de procedimento utilizado foi o monográfico, no qual foi realizado um estudo com quatorze professores, com a finalidade de obter generalizações. Para Vergara (2007), qualquer caso estudado em profundidade pode explicar outros ou todos os semelhantes. Este método detalha o objeto da pesquisa que é a contribuição da arte na formação do aluno de Educação Infantil, o qual poderá dar um direcionamento a futuras pesquisas. E o estatístico que, segundo Martins (2002), permite obter, de conjuntos complexos, representações simples e constata se essas verificações simplificadas têm relações entre si, ou seja, através dos dados em percentuais, pode-se medir a opinião dos pesquisados sobre o tema proposto.

Foi aplicada a técnica de observação direta extensiva, através de questionários, composto com treze questões fechadas e três abertas, tendo como objetivo identificar de que forma a arte contribui na formação do aluno da Educação Infantil e, posteriormente, foi realizada a tabulação dos dados com os tratamentos estatísticos relacionados para um melhor entendimento das informações coletadas.

A pesquisa envolveu quatorze professores, com faixa etária de 18 e 50 anos, pertencentes a escola em estudo. Os questionários foram entregues aos pesquisados, no mês de março, contendo em anexo uma carta de apresentação com as informações sobre à pesquisa, bem como orientações sobre o preenchimento do questionário e o resguardo da identificação do pesquisado. Os questionários foram devolvidos no prazo estipulado.

 

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

Participaram do estudo, 12 pesquisados, sendo que 92% são do sexo feminino; 41% têm idade entre 30 a 40 anos; 33% estão na área da educação entre 5 a 10 anos; 42% têm especialização como grau de formação e 67% atuam como professores na instituição pesquisada.

O gráfico 1 mostra que 100% dos pesquisados já participaram da cursos de capacitação que contribuíram para trabalhar com os alunos na área de artes, confirmando a hipótese levantada.

O professor competente precisa em primeiro lugar conhecer bem os conteúdos pertinentes a sua disciplina, ter habilidades necessárias para organizar o contexto de aprendizagem, levar em conta os valores culturais de seu grupo de alunos e ter capacidade de mobilizar recursos para abordar a situação completa de ministrar uma aula. (HENGEMÜHLE , 2004, p. 145)

 

A formação continuada em serviço é uma possibilidade de aprimorar os conhecimentos as metodologias usadas em sala de aula, assim o professor que participa de encontros entre professores em sua escola se coloca em constante processo investigativo e reflexivo, capaz de trazer benefícios aos alunos.

 

O gráfico 2 confirma a hipótese de que a arte desenvolve as habilidades cognitivas e motoras dos alunos, em que 100% dos pesquisados responderam que a arte auxilia no desenvolvimento cognitivo e motor da criança.

Arte não é apenas básica, mais fundamental na educação de um país que se desenvolve. Arte não é enfeite, arte é cognição, é profissão e é uma forma diferente da palavra interpretar o mundo, a realidade o imaginário e é conteúdo. Como conteúdo, arte representa o melhor trabalho do ser humano (BARBOSA, 2003, p.4).

A presença de aulas de arte na escola oferece amplas possibilidades para o constante desenvolvimento dos aspectos cognitivos e psicomotores da criança e os efeitos de sua utilização podem ser observados a médio e longo prazo.

 

O gráfico 3 confirma a hipótese de que a arte contribui para a socialização das crianças entre 4 a 5 anos, porque auxilia na convivência.

Para Andres (1997, p.113) "As projeções da criança, seus primeiros contatos com a família e a sociedade, são revelados através de sua arte". Nesta perspectiva torna-se importante que a escola trabalhe arte possibilitando ao aluno por meio desta a desenvolver imaginação e ao mesmo tempo ser uma atividade que lhe dê prazer.

 

O gráfico 4 confirma a hipótese que o desenvolvimento das habilidades artísticas contribui para elevar a autoestima do aluno. De acordo com os PCN (2001, p. 61) “tal aprendizagem pode favorecer compreensões mais amplas para que o aluno desenvolva sua sensibilidade, afetividade e seus conceitos e se posicionar criticamente”.

Ensinar arte é inserir a escola com a informação social e também respeitar a criatividade e imaginação do aluno. A autonomia do aluno deve ser estimulada.

 

O gráfico 5 confirma a hipótese de que os professores utilizam as atividades artísticas como instrumento de apoio no processo de ensino aprendizagem.

A arte beneficia a aprendizagem. É uma excelente alternativa á substituição da educação bancária. As artes, movidas pelo espírito comunitário, inovador e expressivo, inspiraram o educando, proporcionando-lhe a emersão e a expansão de seus dotes que, em outras circunstâncias, permaneceriam inertes (LANIER, 2013, p. 8).

‘ Para que a aprendizagem infantil ocorra com sucesso temos que acreditar no potencial de criação, imaginação e sensibilidade de cada criança.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Partindo do princípio de que a Arte tem uma dimensão formadora que vê o ser humano na sua totalidade, levanta-se a hipótese de que processos educativos nos quais a Arte (teatro, dança, artes plásticas) é contemplada e nos quais se supõe a criação de sensações de caráter estético, sobrecarregados de vivência pessoal, podem contribuir para a construção de valores (ética) e para uma relação pedagógica que conduza a aprendizagens significativas.

 

 

Neste sentido, é importante que a proposta de Arte trabalhe, simultaneamente, com todas as linguagens (corporal, sonora, plástica, etc.) desde o início da formação escolar. Faz-se necessário ir oferecendo materiais compatíveis com o grau de desenvolvimento da criança.

Assim, percebeu-se que enquanto diverte a criança, a Arte beneficia o desenvolvimento de sua personalidade. Portanto, trabalhar de modo lúdico permite a criança desenvolver diversas aptidões. Por meio dessa opção o ensino gera diversas possibilidades, enfim, o ensino da Arte pode ser modificado em importante ferramenta de aprendizagem.

 

REFERÊNCIAS

 

 

ANDRES, Maria Helena. Os caminhos da Arte: prefácio de Pierre Weil. Petrópolis, Vozes, 1997.

 

BARBOSA, Ana Mae. Inquietações e Mudanças no Ensino da Arte/Ana Mae Barbosa (org). In: conceitos e terminologias. Aquecendo uma transformação: atitudes e valores no da arte. São Paulo: Cortez,2003.

 

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetro Curricular Nacional. Arte. Brasília. MEC/SEF, 2001.

 

COLETO, Daniela Cristina. A importância da arte para a formação da criança. Disponível em: www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/.../35/34. Acessado em 28 de fev 2013.

 

COSTA, Cristina. Questão de arte. São Paulo: Moderna, 2001.

 

FEIST, Hildergard. Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Moderna, 2003.

 

FERREIRA, Sueli. O ensino das artes: construindo caminhos. Campinas. SP: Papirus, 2001.

 

GOMBRICH, E. H. A história da arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.

 

HENGEMUHLE, Adelar. Gestão de ensino e práticas pedagógicas. Rio de Janeiro: Vozes, 2004.

 

LANIER Vicent. Devolvendo a Arte a Arte-Educação. ARTE. São Paulo, 3(10): 4-8, 2013.

 

MARTINS, Mirian Celeste. Didática do ensino de arte. São Paulo: FTD, 1998.

 

MARTINS, Mirian Celeste; REZENDE, Maria F. de Rezende. Metodologia do ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002.

 

PEREIRA, Kátia Helena. Como usar artes visuais na sala de aula. Contexto: São Paulo, 2010.

 

RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 2006.

 

SELBACH, Simone. A arte e a didática. Rio de Janeiro: Vozes, 2010.