Buscar artigo ou registro:

 

 

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL COM CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS

Fabiana Pereira

Luciene Alves de Jesus Medeiros

Hellen Karuline Silva de Oliveira

 

 

RESUMO

Brincadeiras com crianças de 2 a 3 anos durante a educação infantil são atos espontâneos e divertidos que devem ser tratados com relevância já que, de acordo com Piaget e Vygotsky, a criança aprende enquanto brinca. Dessa forma o ato de brincar deveria fazer parte da vida cotidiana das crianças nesta faixa etária. A partir de pesquisa de campo com aplicação de questionário aos professores da Creche Escola Criança Feliz no município de Matupá – MT, este trabalho buscou elaborar uma reflexão sobre a metodologia com que se aplica a prática de brincadeiras na atividade docente, considerando-a como alicerce na educação infantil. Para tornar esta prática pedagógica mais eficaz no processo de ensino e consequentemente no desenvolvimento das crianças é necessário que os educadores tenham conhecimentos específicos que tornem este processo aprazível. O resultado dos questionários aplicados permitiu concluir que as atividades lúdicas são importantes para o desenvolvimento afetivo, cognitivo e social e garantem um aprendizado saudável e agradável para as crianças. O presente estudo sobre o brincar na educação infantil com crianças de 2 a 3 anos, visa desta forma, sustentando a tese de que a brincadeira é uma atividade espontânea da criança e que a mesma aprende enquanto brinca, utilizando-se como auxílio para essa abordagem teórica, alguns autores, sendo relevantes as opiniões de Piaget, Vygotsky entre outros, os quais abordam o assunto com propriedade e conhecimentos, onde afirmam que o brincar é um ato espontâneo e divertido para as crianças, devendo ser visto de forma importante, vindo a fazer parte de suas atividades cotidianas. A fim de verificar à realidade vivida na Creche Escola Criança Feliz do Município de Matupá- MT, através de uma pesquisa de campo, com o uso de um questionário aplicado aos professores da creche citada acima, questionando sobre a prática do brincar e as metodologias utilizadas na atividade docente, buscou-se elaborar uma reflexão, com a intenção de considerar o brincar como alicerce na educação infantil mais eficaz a respeito do desenvolvimento das crianças, buscando respeitar as características da infância, para isso, é importante que os educadores tenham conhecimentos específicos nesta área, a fim de tornar a sua prática pedagógica significativa auxiliando no processo de ensino-aprendizagem de maneira prazerosa para as crianças. Através das respostas obtidas pode-se concluir que o brincar é muito importante no desenvolvimento das crianças tanto no afetivo, motor cognitivo e no auxílio à socialização, garantindo um aprendizado saudável de forma prazerosa.

 

Palavras-chave: Brincar. Desenvolvimento. Educação Infantil.

 

 

ABSTRACT

Playing with 2 to 3 years old children during childhood education is a spontaneous and funny act that must be treated with relevancy since, according to Piaget and Vygotsky, children learn while they play. Thus, the playing act should be part of the children’s routine in this age. A field research made from a questionnaire with the teachers of the Nursery School Criança Feliz in Matupá city (Mato Grosso state) intended to formulate a reflection about the methodology witch the playing activities are applied in the teaching activity, considering it as a foundation in early childhood education. To make pedagogic practice more effective in the teaching process and consequently in the development of children, it is necessary that educators have expertise to make this a pleasant process. The results of the questionnaires concluded that recreational activities are important for the affective, cognitive and social development and ensure a healthy and enjoyable learning for children. This study of play in early childhood education with children 2-3 years old, aims thus supporting the idea that play is a child 's spontaneous activity and that it learns as he plays , using as support for this approach theoretical , some authors , being relevant the views of Piaget , Vygotsky and others , which address the issue properly and knowledge, which claim that the play is a spontaneous and entertaining act for children and should be seen in important ways , been be part of their daily activities . In order to verify the reality experienced in the Happy Child Nursery School of the Municipality of Matupá- MT, through a field survey , using a questionnaire administered to kindergarten teachers cited above , regarding the practice of play and the methodologies used to teaching activity , we sought to develop a reflection with the intention to consider the play as a foundation in early childhood education more effective regarding the development of children , seeking to respect the characteristic of childhood , for it is important that educators have expertise in this area in order to make your significant pedagogical practice assisting in the teaching- learning process enjoyable way for children . Through of the answers it can be concluded that the play is very important in the development of children both in the affective, cognitive, motor and aid socialization, ensuring a healthy learning pleasurable way.

 

Keywords: Play. Development. Childhood Education.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

Na Educação Infantil deve se propor um ambiente com espaços privilegiados para as crianças brincarem e conviverem com as outras. Com as brincadeiras as crianças desenvolvem-se de forma agradável e saudável, portanto, este momento deve ser respeitado e tratado com muita importância.

A criança precisa brincar muito, pois é na brincadeira que ela expõe suas vontades e com isso facilitam a comunicação com os adultos. O brincar também favorece o crescimento e a socialização em grupos em que estão inseridas.

Visando explorar o brincar na educação infantil com crianças de 2 a 3 anos de idade como forma indispensável no desenvolvimento fundamental para a criança em seu desenvolvimento integral como indivíduo, colocando como as brincadeiras auxiliam no desenvolvimento cognitivo, moral, motor e social de forma significativa, com o objetivo de responder ao problema levantado para isso, foi preciso fazer uma pesquisa aprofundada sobre o brincar na educação infantil com crianças de 2 a 3 anos de idade dentro da sala de aula, utilizando o estudo de caso para compreender o fenômeno e uma pesquisa de campo com o intuito de coletar dados com os professores da Creche Escola Criança Feliz através de um questionário e entrevista semiestruturada. Para a análise foi utilizada a abordagem quanti-qualitativa com o intuito de descrever como ela ocorre em sala de aula e, por fim foi utilizado o método indutivo partindo do resultado obtido para generalizar o fenômeno. Este trabalho de pesquisa foi desenvolvido na Escola Municipal Creche Escola Criança Feliz no Município de Matupá MT.

O brincar possibilita importantes formas de desenvolvimento e criatividade nas crianças, sendo de extrema importância que os professores e escolas da educação infantil estejam preparados à fornecer acesso a brincadeiras diversas que possam contribuir para esse desenvolvimento, proporcionando assim a aprendizagem, criatividade, imaginação e a convivência com os outros ao seu redor da criança.

Conforme a Lei de diretrizes e base nº.9394/96, na seção II, em seu artigo 29,

 

A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e comunidade. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 13).

 

Neste sentido, é necessário levar em conta que o brincar deve ser visto como uma disciplina a ser contemplada no cotidiano da criança em seu espaço educativo. A brincadeira é uma manifestação espontânea da criança, uma forma dela expressar-se, através das brincadeiras elas podem desenvolver seu raciocínio intelectual, raciocínio lógico, o emocional e aprendem a interagir em seu ambiente social. Portanto Château (1987), ressalta a importância de se estudar o mundo da criança:

 

A infância é, portanto, a aprendizagem necessária à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento das funções, sem considerar o brinquedo, seria negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela sua própria estátua. Não se pode dizer de uma criança “que ela cresce” apenas seria preciso dizer “que ela se torna grande pelo jogo”. (JEAN CHATEAU, pág. 14).

 

Diante disto, o objetivo deste trabalho é analisar a importância que o brincar têm na contribuição do desenvolvimento da criança na Educação Infantil, se os professores utilizam essa atividade como parte indispensável nas aulas com crianças de 2 a 3 anos e qual a metodologia utilizada pelos mesmos.

Evidencia-se a partir desse trecho que o brincar na educação infantil não é o momento em que a criança brinca para passar o tempo, e sim, um momento que deve ser valorizado e de ser orientado de forma integrada e assim contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis, tendo a brincadeira como uma atividade tão importante como tantas outras que a criança realiza no período em que está no espaço educativo.

As brincadeiras estão sempre presentes na educação infantil, auxiliando no aprendizado e com ela a criança tem a oportunidade de aprender de forma prazerosa.

 

Claparède (1956), procurando conceituar pedagogicamente a brincadeira, recorre à psicologia da criança embebida de influências da biologia e do romantismo. Para o autor, o jogo infantil desempenha papel importante como o motor do autodesenvolvimento e, em consequência, método natural de educação e instrumento de desenvolvimento. (CLAPARÈDE apud KISHIMOTO, 2009, p.31).

 

O brinquedo faz parte diretamente na aprendizagem da criança e deve ser considerado como uma ferramenta e recurso pedagógico na educação infantil. De acordo com Freud apud KISHIMOTO (2009, p.57).

 

Cada criança em suas brincadeiras comporta-se como um poeta, enquanto cria seu mundo próprio ou, dizendo melhor, enquanto transpõe os elementos formadores de seu mundo para uma nova ordem, mais agradável e conveniente para ela.

As crianças brincam espontaneamente construindo seu mundo a partir dos brinquedos e das brincadeiras, com o objeto elas imaginam inúmeras situações vivenciadas no seu cotidiano.

 

1.1 OBJETIVOS

 

1.1.1 Objetivo Geral

 

Relatar a importância das brincadeiras no desenvolvimento da criança de 2 a 3 anos.

 

1.1.2 Objetivos específicos

 

a) Apresentar as metodologias utilizadas pelos professores para o desenvolvimento das brincadeiras.

b) Relacionar as brincadeiras desenvolvidas com os espaços disponíveis no ambiente escolar

c) Descrever o papel do brinquedo no desenvolvimento infantil.

d) Analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil.

 

1.2 Justificativa

 

Este trabalho visa pesquisar o tema: O brincar na Educação Infantil com crianças de 2 a 3 anos, como instrumento no processo de aprendizagem na Educação Infantil, buscará teóricos que relatam sobre a temática de uma forma objetiva. Tem como foco o processo de aprendizagem, discutindo suas vantagens e desvantagens que podem trazer para os alunos da educação infantil, através das brincadeiras.

Desde o primeiro ano no curso de Pedagogia tenho tido contato com a educação infantil e durante esse tempo, pude observar a presença das brincadeiras em diversas situações.

Por atuar na área da educação infantil é que veio o desejo de pesquisar ainda mais essa temática para poder entender e me aprofundar mais no assunto da importância da mesma, dentro do contexto. Como o brincar contribui para o desenvolvimento de atividades pedagógicas na educação infantil.

Segundo Celso Antunes

 

Brincar favorece a autoestima, a interação com seus pares e, sobretudo, a linguagem interrogativa, propiciando situações de aprendizagem que desafiam seus saberes estabelecidos e destes fazem elementos para novos esquemas de cognição. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 32, 33).

 

Assim o interesse pelo tema surgiu por observar os educadores utilizando as brincadeiras constantemente na educação infantil, por se tratar de algo que sempre fez parte do meu cotidiano profissional. Assim, surgiu a vontade de entender o conhecimento teórico e prático sobre o assunto em questão.

Acredito que este estudo será de grande relevância na ampliação do meu contexto, como trazendo novas maneiras de interagir com as crianças de forma prazerosa.

 

É essencial que a Educação Infantil seja plena de brincadeiras que gratificam os sentidos, levam ao domínio de habilidades, despertam a imaginação, estimulam a cooperação e a compreensão sobre regras e limites, e respeite, explore e amplie os inúmeros saberes que toda criança possui quando chega à escola. (CELSO ANTUNES, 1998, p. 30).

 

Portanto, este projeto pretende auxiliar na formação docente, identificando o brincar da escola na educação infantil, apontar a importância das brincadeiras para o desenvolvimento das crianças de 2 a 3 anos, e com isso pesquisar como os professores podem desenvolver ações que auxiliem no processo de aprendizagem das crianças.

 

 

2 ASPECTOS HISTÓRICOS DO BRINCAR

 

As brincadeiras fazem parte da infância dos seres humanos desde muitos anos atrás, elas fazem parte do folclore popular, a maioria das brincadeiras são utilizadas até hoje, as mais comuns são: brincar de bola, o pião, cata-vento, a peteca, a boneca entre outros.

 

A tradicionalidade e universalidade das brincadeiras assentam-se no fato de que os povos distintos e antigos, como os da Grécia e do Oriente, brincaram de amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças o fazem quase da mesma forma. Tais brincadeiras foram transmitidas de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil. ((KISHIMOTO, 2009, p. 38).

 

O brincar esteve sempre presente em todas as épocas, desde a antiguidade até os dias atuais. As brincadeiras são importantes não somente nos primeiros anos de vida da criança, mas sim em todo seu percurso até a vida adulta.

 

Ao observar as brincadeiras infantis e a capacidade imaginativa da criança, o século XVIII erige o conhecimento da criança como via de acesso à origem da humanidade. Supondo existir uma equivalência entre povos primitivos e a infância, poder-se-ia entender a infância como idade do imaginário, da poesia à semelhança dos povos dos tempos da mitologia. (KISHIMOTO, 2009, p. 30).

 

Antigamente as brincadeiras eram realizadas de forma cultural passada de geração em geração, e assim o brincar era utilizado como uma maneira de recreação entre os povos, como forma de se passar o tempo prazerosamente, sendo parte do comportamento humano.

 

A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, as vezes, a exterior, exercita níveis diferenciados de atenção e explora com extrema criatividade diferentes estados de motivação. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 31).

 

A criança precisa de oportunidades diárias e constantes devido a espontaneidade do brincar que apresentam a partir dela mesma. O brincar da criança passa a ser visto com um novo olhar, com o avanço da ciência e das tecnologias o brincar passa a ter importância no desenvolvimento infantil, passando a ser objeto de pesquisa.

 

2.1 O BRINCAR E A CRIANÇA DE 2 A 3 ANOS

 

As brincadeiras de super-herói, oferecem uma forma prazerosa de se estimular a criatividade da criança, aumentando suas habilidades linguísticas e podem vir a solucionar problemas muitas vezes vivenciados na infância, pois nas brincadeiras é possível obter através da imaginação poderes que possam superar o medo de algo, como por exemplo: medo de altura, escuro, insegurança e até mesmo a dor pode ser amenizada dando exemplo de força dos super-heróis.

 

Levinzon (1989) afirma: Brincando, portanto, a criança coloca-se num papel de poder, em que ela pode dominar os vilões ou situações que provocariam medo ou que a fariam sentir-se vulnerável e insegura. A brincadeira de super-herói, ao mesmo tempo que ajuda a criança a construir a autoconfiança, leva-a a superar obstáculos da vida real, como vestir-se, comer um alimento sem deixar cair, fazer amigos, enfim, corresponder às expectativas dos padrões adultos (LEVINZON 1989 apud KISHIMOTO 2009, p. 66).

 

O brincar é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento da criança proporcionando à ela construir sua identidade, a partir da realidade do seu dia a dia.

 

As crianças são capazes de lidar com complexas dificuldades psicológicas através do brincar. Elas procuram integrar experiências de dor, medo e perda. Lutam com conceitos de bom e mal. O triunfo do bem sobre o mal dos heróis protegendo vítimas inocentes é um tema comum na brincadeira das crianças (BETTELHEIM 1988 apud KISHIMOTO, 2009, p. 67).

 

A criança quando brinca cria um mundo imaginário, onde ela pode ser quem quiser, o objeto do brinquedo ainda não é formulado com clareza, não tem um significado concreto ela brinca com a espontaneidade e concepção que faz parte dela mesma, ela atribui ao objeto um novo significado.

Segundo Edda Bomtempo (apud KISHIMOTO, 2009, p. 61)

 

Vygotsky dá ênfase à ação e ao significado no brincar. Para ele é praticamente impossível a criança com menos de 3 anos envolver-se em uma situação imaginária, porque ao passar do concreto para o abstrato não há continuidade, mas uma descontinuidade.

 

Brincando as crianças estabelecem vínculos ao que estão ao seu redor, constituindo assim, um relacionamento afetivo que a leva a ter uma segurança e participação ativa no meio social.

 

 

2.2 A BRINCADEIRA PARA CRIANÇA DE 2 A 3 ANOS NA VISÃO DE PIAGET E VYGOTSKY

 

Na aprendizagem da educação, há duas interferências muito importantes e podem ser encontradas nas teorias de Vygotsky e Piaget que contribuem para novos estudos científicos, dando ênfase na aprendizagem e desenvolvimento das crianças na fase pré-operatória.

Segundo Piaget 1971 (apud KISHIMOTO,2009, p.59),

 

Quando brinca, a criança assimila o mundo à sua maneira, sem compromisso com a realidade, pois sua interação com o objeto não depende da natureza do objeto, mas da função que a criança lhe atribui, ou seja, as crianças variam sua função de acordo com a sua imaginação, onde um mesmo objeto pode representar vários outros.

 

O brinquedo é um suporte para as crianças, nas brincadeiras das crianças de 2 a 3 anos, o brincar faz parte dela não como regras, mas para auxiliar o seu desenvolvimento motor estabelecido pelo brinquedo oferecido conforme sua faixa etária

A brincadeira sempre irá contribuir para o desenvolvimento da criança, portanto, é muito importante que o professor da Educação Infantil ofereça os brinquedos de acordo com a faixa etária da criança. Vygotsky 1984 (apud KISHIMOTO, 2009, p. 60) afirma: “o que define o brincar é a situação imaginária criada por cada criança. Além disso, devemos levar em conta que o brincar preenche necessidades que mudam de acordo com a idade”.

 

[...] para Vygotsky, o brincar tem sua origem na situação imaginária criada pela criança, em que desejos irrealizáveis podem ser realizados, com função de reduzir a tensão e, ao mesmo tempo, para constituir uma maneira de acomodação a conflitos e frustrações da vida real; para Piaget, o brincar representa uma fase no desenvolvimento da inteligência, marcada pelo domínio da assimilação sobre a acomodação, tendo como função consolidar a experiência passada (BOMTEMPO apud KISHIMOTO, 2009, p. 64).

 

Utilizando-se do ato de brincar na fase pré-operatória da criança, as brincadeiras proporcionam a autoconfiança facilitando a enfrentarem os desafios que possam surgir durante o decorrer de sua vida, possibilitam a criança tornar-se um ser consciente e formam adultos críticos.

 

Vygotsky ainda chama atenção para o fato de que, para a criança com menos de 3 anos, o brinquedo é coisa muito séria, pois ela não separa a situação imaginária da real. Dessa forma, o brinquedo tem grande importância no desenvolvimento, pois cria novas relações entre situações no pensamento e situações reais (BOMTEMPO apud KISHIMOTO, 2009, p. 62).

 

A criança de 2 a 3 anos não consegue separar o imaginário do real, portanto ela não tem condições de definir uma história através do brinquedo, ela brinca porque é algo natural dela, nas brincadeiras encontram uma forma de chamar a atenção do adulto para que a auxiliem no uso do objeto utilizado para brincar.

A criança usa o brincar como forma de criar uma zona de desenvolvimento proximal, quando pequena o que determina seu modo de agir é o objeto do brinquedo que a oferecem.

 

Na teoria piagetiana, a brincadeira não recebe uma conceituação específica. Entendida como ação assimiladora, a brincadeira aparece como forma de expressão da conduta, dotada de características metafóricas como espontânea, prazerosa, semelhantes ao Romantismo e o da biologia. Ao colocar a brincadeira dentro do conteúdo da inteligência e não na estrutura cognitiva, Piaget distingue a construção de estruturas mentais da aquisição de conhecimentos. A brincadeira, enquanto processo assimilativo, participa do conteúdo da inteligência, à semelhança da aprendizagem. (PIAGET apud KISHIMOTO, 2009, p. 32).

 

Vygotsky diferente de Piaget, relata que o desenvolvimento acontece ao longo da vida da criança.

Piaget através de seus estudos estabelece as fases do desenvolvimento da criança, em sua teoria retrata a brincadeira como uma forma livre e espontânea que a criança tem de se manifestar e se expressa por vontade e pelo prazer que a brincadeira lhe atribui e através da brincadeira ela constrói seus conhecimentos.

 

[...] embora dotada de grande consistência, a teoria piagetiana não discute a brincadeira em si. Em síntese, Piaget adota o uso metafórico vigente na época, da brincadeira como conduta livre, espontânea, que a criança expressa por sua vontade e pelo prazer que lhe dá. Para o autor, ao manifestar a conduta lúdica, a criança demonstra o nível de seus estágios cognitivos e constrói conhecimentos. (PIAGET apud KISIMOTO, 2009, p. 32).

 

Piaget descobriu em seus estudos que as crianças não conseguem raciocinar como os adultos, através disto, estabelece uma abordagem significativa que contribui muito no desenvolvimento e aprendizado da criança, ele recomenda que ao trabalhar com crianças os educandos forneçam uma abordagem educativa diferenciada que favoreça o desenvolvimento integral da criança.

Diante disto, Piaget estabelece uma percepção que permite muitas linhas educacionais a terem como base seus conhecimentos sobre a criança, seus estudos contribuem muito para as áreas de Psicologia e Pedagogia. Piaget dá ênfase nas leis de caráter universal e nos aspectos estruturais do desenvolvimento.

Já Vygotsky dá destaque para a interação social, as contribuições culturais e a dimensão histórica do desenvolvimento mental.

Em suas concepções sobre o desenvolvimento intelectual Piaget e Vygotsky são construtivistas, defendem que a inteligência construída através das relações do homem com o meio em que vivem.

 

2.3 O BRINCAR NO ESPAÇO ESCOLAR

 

O brincar em grupo favorece vários princípios na vida da criança como a convivência, cooperação, liderança e competição. Portanto, o momento da brincadeira é a oportunidade de desenvolvimento para a criança, pois através das brincadeiras ela elabora sua autonomia, experimenta o mundo através da socialização, aprende e organiza suas emoções

Para a criança tudo é levado na brincadeira, por isso, no espaço escolar da educação infantil esse momento deve ser respeitado e não se deve separar o momento de brincar com o de aprender, pois a criança aprende brincando.

Os espaços e a rotina da escola devem ser planejados e apropriados de forma que proporcione inúmeras oportunidades de se obter experiência e contato com as brincadeiras o tempo todo, com um ambiente seguro e amplo para que a criança possa desenvolver-se de forma saudável

É nesse ambiente de aprendizagem que a criança vai aprender a socializar-se e obter autonomia e segurança em conviver em grupo de forma prazerosa. No espaço escolar é necessário que o educador tenha um planejamento pedagógico, que organize um lugar onde a criança possa brincar utilizando-se desse elemento educativo, que venha a contribuir para o seu aprendizado no espaço em que está inserida.

No espaço escolar, o brincar torna-se uma forma de atividade mais limitada que preenche um papel específico em seu desenvolvimento, tendo um significado diferente do que tem para uma criança em idade pré-escolar.

 

O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende, dentre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças. (BRASIL, 1998, p. 32).

 

Diante disto, a escola precisa entender que através das brincadeiras as crianças têm chances de crescerem e se adaptarem ao mundo coletivo.

O brincar deve ser considerado como parte integrante da vida, não só no aspecto de divertimento, mas também como uma forma de penetrar no âmbito da realidade.

Perguntar por que a criança brinca, é perguntar por que é criança. “A infância serve para brincar e para imitar”,

 

Diz ainda Claparède. Não se pode imaginar a infância sem seus risos e brincadeiras. Suponhamos que, de repente, nossas crianças parem de brincar, que os pátios de nossas escolas fiquem silenciosos, que não sejamos mais distraídos pelos gritos ou choros que vêm do jardim ou do pátio. Uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho, será um adulto que não saberá pensar. A infância é, portanto, a aprendizagem necessária à idade adulta. Estudar na infância somente o crescimento, o desenvolvimento das funções, sem considerar o brinquedo, seria negligenciar esse impulso irresistível pelo qual a criança modela sua própria estátua. (CLAPAREDE apud CHÂTEAU, 1987, p.14).

 

A aprendizagem será mais efetiva se a atividade estiver ligada às situações da vida real da cidade, do meio em que a criança vive e da disposição do professor. Baseando-se na importância do brincar e no processo de desenvolvimento das crianças de 2 a 3 anos na educação infantil, observando se a brincadeira está inserida nos projetos educativos da escola a ser pesquisada.

As brincadeiras proporcionam um estado de prazer para as crianças, onde as levam a descontrair-se, saindo do mundo real para o imaginário, tornando-se mais criativas, estimulam a aprendizagem de novos conteúdos e interações favorecendo a confiança em si e no grupo em que está envolvida.

 

2.4 CARACTERÍSTICAS MOTORAS DE CRIANÇAS DE 2 A 3 ANOS

 

Crianças de 2 a 3 anos apresentam características significativas, como o aprimoramento da fala a partir dessa faixa etária, onde elas ampliam seu vocabulário, começando a formular frases e aprendem a usá-las a seu favor para solucionar problemas.

Segundo o RECNEI as características das crianças de zero a três anos são:

 

Comunicação e expressão de seus desejos, desagrados, necessidades, preferências e vontades em brincadeiras e nas atividades cotidianas.

Reconhecimento progressivo do próprio corpo e das diferentes sensações e ritmos que produz.

Identificação progressiva de algumas singularidades próprias e das pessoas com as quais convive no seu cotidiano em situações de interação.

Iniciativa para pedir ajuda nas situações em que isso se fizer necessário.

Realização de pequenas ações cotidianas ao seu alcance para que adquira maior independência.

Interesse pelas brincadeiras e pela exploração de diferentes brinquedos.

Participação em brincadeiras de “esconder e achar” e em brincadeiras de imitação.

Escolha de brinquedos, objetos e espaços para brincar.

Participação e interesse em situações que envolvam a relação com o outro.

Respeito às regras simples de convívio social.

Higiene das mãos com ajuda.

Interesse em experimentar novos alimentos e comer sem ajuda.

Identificação de situações de risco no seu ambiente mais próximo. (BRASIL, 1998, P.29).

 

É importante frisar que a partir dessa idade ocorrem muitas transformações que auxiliam no desenvolvimento integral da criança, em cada fase de sua vida adquire uma nova habilidade seja, afetiva, cognitiva ou motora.

 

O desenvolvimento de uma criança de um a dois anos é absolutamente maravilhoso. A dependência extrema do colo se transforma na amplidão de liberdade do engatinhar e depois caminhar, e aos poucos as primeiras palavras são balbuciadas nessa fantástica explosão cerebral de transformar coisas concretas em símbolos. CELSO ANTUNES, 2004, p. 127).

 

Portanto, é muito importante que a criança esteja inserida em um ambiente que ela seja constantemente estimulada, pois nessa etapa da vida iniciam-se as descobertas, na escola por exemplo é onde se encontram constantes desafios a serem superados em relação ao desenvolvimento motor.

O início da infância ocorre a partir dessa faixa etária, esse é o período em que a criança começa a desenvolver suas habilidades, é o momento ideal para que ela realize tarefas e atividades motoras.

Ainda de acordo com Celso Antunes

 

Parece desnecessário destacar que crianças entre dois e quatro anos de idade podem beneficiar-se com atividades em ambientes estimulantes, cercadas de outras crianças, expostas a embates sociais imprescindíveis mas que a ternura do lar não promove. Além disso, só terão a ganhar, acolhidas em um ambiente materialmente estimulador, onde profissionais especialmente treinadas convivem com situações nem sempre frequentes no lar. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 134).

 

As crianças desenvolvem rapidamente suas habilidades motoras, porém, ainda existem dificuldades em relação a noção de direção, tempo e espaço, vindo a perderem o equilíbrio em alguns momentos, geralmente são impacientes preferem correr a andar, não há obstáculo para elas nem tem consciência de que correm riscos ou que podem se machucar, utilizam-se do corpo para explorar o mundo ao seu redor, nessa fase da vida ela está em pleno desenvolvimento e aproveita todas as possibilidades que lhes são atribuídas.

É importante que toda criança possa “falar sozinha” quando brinca e, se assim o desejar, construir seus amigos imaginários, muito comuns na faixa etária de três a quatro anos. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 137).

É muito interessante que haja um espaço com oportunidades que estimulem a imaginação da criança, que a incentivem a correr, subir, descer, saltar, escorregar, atividades que a levem a ter equilíbrio, puxar objetos, empurrar, arremessar, oportunizando formas de movimentos que auxiliem no desenvolvimento das habilidades motoras.

 

2.5 FASE DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE PIAGET

 

O conhecimento é uma construção progressiva, o desenvolvimento cognitivo constrói-se através de um processo de adaptação ao meio, resultante da interação entre o sujeito e o meio.

 

Toda experiência afetiva seja uma simples sensação, um sentimento geral ou uma emoção complexa pressupõe alguma forma de estruturamento cognitivo.( Piaget apud David Elkind, 1972, p. 74).

 

O estágio pré-operatório (2 aos 7 anos). O estágio do desenvolvimento cognitivo é caracterizado pelo crescente uso do pensamento simbólico e da linguagem, mas ainda de forma pré-lógica. A criança ganha a capacidade de criar símbolos que representam os objetos, lidando assim mentalmente com eles, como por exemplo nos desenhos.

Jean Piaget ao trabalhar esse conceito divide aprendizagem e desenvolvimento. Na aprendizagem ele relaciona à aquisição de uma resposta aprendida em função da experiência vivida. No desenvolvimento relaciona-o como verdadeiro responsável pela aquisição do conhecimento.

 

Para Piaget, o primeiro estágio do desenvolvimento cognitivo de uma criança é o estágio sensório-motor, um período em que os bebês aprendem sobre si mesmos e seu mundo através de seu próprio desenvolvimento sensorial e da atividade motora. Durante os primeiros dois anos, as crianças que respondem basicamente através de reflexos e de comportamentos aleatórios passam a organizar suas atividades em relação ao ambiente, a coordenar informações a partir de seus sentidos e a progredir na aprendizagem, na habituação e nos condicionamentos para a aprendizagem significativa, descobrindo aos poucos que os livros e as figuras não são simples objetos, mas representam símbolos do mundo real. (CELSO ANTUNES, 1998, p. 24).

 

No desenvolvimento cognitivo com crianças de 2 a 3 anos de idade inicia-se a fase dos porquês, é quando ela começa questionar o adulto sobre o conhecimento de mundo ao redor, inicia-se a capacidade de concentração e a utilização da memória.

Segundo Piaget como consequência das operações concretas, gradualmente as crianças começam a entender, entre outras coisas, o relógio, o calendário e o tempo histórico (Piaget apud David Elkind, 1972, p. 75)

É através de um processo de adaptação entre o meio em que vivem e a interação aos que estão ao redor que o desenvolvimento cognitivo é construído.

É importante que a criança esteja em um meio rico em palavras que a ajudem a desenvolver a fala, pois durante esse estágio se a criança não é estimulada nesse sentido, corre o risco de sofrerem um atraso no desenvolvimento que pode ser irreversível.

A capacidade de assimilar o ponto de vista de outra pessoa e chegar a uma comunicação verdadeira torna possível à criança a absorção da cultura grupal. (Piaget apud David elkind1972, p. 75).

As teorias de Jean Piaget explicam como desenvolve-se a inteligência nos seres humanos, sua teoria é entendida como estudo do conhecimento, a inteligência do indivíduo, como adaptação a novas situações, está relacionada com a complexidade desta interação do indivíduo com o meio.

O indivíduo desenvolve-se no período intrauterino e vai até aos 15 ou 16 anos de idade. Piaget diz que os seres humanos evoluem após o nascimento, criando estruturas cada vez mais complexas. O indivíduo constrói e reconstrói continuamente as estruturas que o tornam cada vez mais apto ao equilíbrio.

 

Piaget e sua equipe distinguiram quatro grandes estágios, e que segundo ele, os critérios para tal distinção não foram inventados a priori, mas descoberto por eles empiricamente. O primeiro destes estágios transcorre no âmbito da motricidade; o segundo, na atividade representativa e o terceiro e o quarto no pensamento operatório. Embora, nos dois últimos estágios o desenvolvimento cognitivo transcorra no âmbito do pensamento operatório, a diferença entre eles é constatada pelo fato de que no terceiro, o pensamento operatório ainda esteja ligado ao concreto, enquanto que no quarto, este mesmo pensamento tem ligação ao abstrato e formal. Os quatro estágios foram denominados de sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e operatório formal. Por sua vez, para um estudo mais detalhado, os estágios foram subdivididos em níveis. Se para Piaget a inteligência dá saltos - muda de qualidade, cada estágio representa uma qualidade desta inteligência. Os estágios significam, ainda, que existe uma sequência e uma sucessão no desenvolvimento da inteligência e que esse desenvolvimento passa, necessariamente, por cada um destes estágios. (PIAGET apud GELSON LUIZ DALDEGAN DE PÁDUA, 2009, p..28).

 

Segundo Piaget o indivíduo adquire novos conhecimentos e formas de estratégias de sobrevivência, de interpretação da realidade e de compreensão, assim se torna importante definir os períodos de desenvolvimento da inteligência onde cada um desenvolve seus conhecimentos.

A compreensão deste processo é fundamental para que os profissionais possam também compreender com quem estão trabalhando.

 

2.6 PAPEL DO BRINQUEDO

 

O brinquedo tem muito significado na vida da criança, é através dele que ela expressa sua maneira de agir, estimula sua imaginação e permite que ela represente o que vivência em seu cotidiano

 

O brinquedo aparece como um pedaço de cultura colocado ao alcance da criança. É seu parceiro na brincadeira. A manipulação do brinquedo leva a criança à ação e à representação, a agir e a imaginar. (KISHIMOTO 2009, p. 68).

 

O brinquedo permite que a criança expresse o mundo em que vive, desenvolve sua imaginação e criatividade, ele exerce um papel essencial no cotidiano da criança pequena, pois torna-se um parceiro nas brincadeiras diárias.

A criança quando brinca, o brinquedo passa a ser recriado de várias formas utilizando-se da sua imaginação e dando novos significados ao brinquedo utilizado por ela.

 

Kishimoto (1994 :22) Se brinquedos são sempre suportes de brincadeiras, sua utilização deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, nos quais prevalecem a incerteza do ato e não se buscam resultados. Porém, se os mesmos objetos servem como auxiliar da ação docente, buscam-se resultados em relação à aprendizagem de conceitos e noções ou, mesmo, ao desenvolvimento de algumas habilidades. Nesse caso, o objeto conhecido como brinquedo não realiza sua função lúdica, deixa de ser brinquedo para tornar-se material pedagógico. (KISHIMOTO, 2009, p. 83).

 

O brinquedo é um condutor no desenvolvimento da criança, ele é uma ferramenta fundamental na construção do conhecimento, da inteligência e exerce forte influência na construção da autonomia e personalidade da criança, pois através do brinquedo ela constrói o seu mundo imaginário, onde tudo se torna possível, na imaginação da criança qualquer objeto pode se tornar um brinquedo.

 

Uma boneca permite à criança várias formas de brincadeiras, desde a sua manipulação até a realização de brincadeiras como “mamãe e filhinha”. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. (KISHIMOTO, 2009, p. 18).

 

O brinquedo tem o poder de estimular a imaginação da criança fazendo com que ela represente as imagens que está vendo, como imitar os gestos dos adultos transferindo para o mundo dela suas representações.

 

2.7 O BRINCAR COMO RECURSO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL DE ACORDO COM O RECNEI

 

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

 

A criança e um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivos. Tem o desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que passa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem – se cada vez mais seguras para se expressar, podendo aprender, nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos cujas percepções e compreensões da realidade também são diversas. (Brasil, 1998, p.21).

 

O ato de brincar, portanto inicia-se nos primeiros anos de vida da criança. Antigamente as brincadeiras eram vivenciadas entre o meio familiar como um meio de divertimento e distração.

Já nos dias atuais o brincar começa a ser visto com outros olhos e sendo observados com maior importância no ambiente escolar da criança, tendo assim uma participação mais ativa no cotidiano dos professores e crianças, proporcionando além de conhecimentos educacionais obrigatórios, devem proporcionar o brincar como momento de aprendizado e desenvolvimento integral para as crianças.

 

O desenvolvimento da capacidade de se relacionar depende, dentre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças. (BRASIL, 1998, p. 32).

 

Sendo assim, as brincadeiras são de muita importância no que se refere ao desenvolvimento como um todo para a vida da criança, desde a infância até a idade adulta, devendo assim, ser utilizado como recurso pedagógico na educação infantil. O brincar facilita também no processo de socialização entre as crianças ao ambiente em que estão inseridas.

 

 

3 METODOLOGIA DA PESQUISA

 

A metodologia é definida como auxílio aos discentes nos procedimentos de uma disciplina, como base de sua formação nos estudos ou profissional, que permitem alcançar os objetivos de uma pesquisa procurando solucionar o assunto relatado. Segundo Lakatos e Marconi

 

A metodologia científica, mais do que uma disciplina, significa introduzir o discente no mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do estudioso quanto do profissional, pois ambos atuam, além da prática, no mundo das ideias. (MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M, 2003, p. 17).

 

A metodologia auxilia no trabalho do aluno, pois é através dela que o discente relata o desenvolvimento do seu trabalho, ela é a base para a formação do acadêmico, sendo assim, utilizei a pesquisa básica que teve como finalidade, descobrir as respostas de como os professores da educação infantil utilizam como metodologia o brincar no cotidiano das crianças. Para Gil (2002, p.17) “[...] A pesquisa é desenvolvida mediante o concurso dos conhecimentos disponíveis e a utilização cuidadosa de métodos, técnicas e outros procedimentos científicos”. Esse método de pesquisa facilitou a obtenção de respostas para o problema levantado.

Foi realizada uma pesquisa de campo, ela foi utilizada com o objetivo de obter informações e conhecimentos sobre o problema ao qual se procura respostas e uma hipótese a ser comprovada ou afim de descobrir novos fenômenos relacionados entre eles, permitiu buscar novos conhecimentos afim de investigar os fenômenos e fatos abordados, foi elaborada uma análise completa do estudo em questão, principalmente das informações dos questionários para chegar a uma conclusão. Desenvolvida através de uma pesquisa de campo. Segundo Marconi; Lakatos (2003 p.186) “Pesquisa de campo é aquela utilizada com o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta [...]”. Esse tipo de pesquisa foi realizada com o intuito de apresentar a metodologia utilizada pelos professores da Creche Escola Criança Feliz ao utilizar o brincar na educação infantil com crianças de 2 a 3 anos.

Com a finalidade de compreender como os professores utilizam o brincar com as crianças, foi utilizado o método monográfico, segundo Marconi; Lakatos (2003, p.108) “[...] consiste no estudo de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações”. Esse método permite respeitar os grupos a serem pesquisados, estudando a vida em questão, evitando-se dizer prematuramente algo que não consiste com a realidade do grupo solicitado.

A análise dos dados ocorreu através da abordagem quantitativa e qualitativa. Gil (2002 p.134)

 

Nas pesquisas quantitativas, as categorias são frequentemente estabelecidas apriori, o que simplifica sobre maneira o trabalho analítico. Já nas pesquisas qualitativas, o conjunto inicial de categorias em geral é reexaminado e modificado sucessivamente, com vista em obter ideais mais abrangentes e significativos. Por outro lado, nessas pesquisas os dados costumam ser organizados em tabelas, enquanto, nas pesquisas qualitativas, necessita-se valer de textos narrativos, matrizes, esquemas etc.

 

A forma de abordagem quantitativa com base em números, os dados coletados foram mensurados quantificados, possibilitou uma análise estatística por utilizar os resultados obtidos de forma exata contendo elementos da qualitativa para descrever o fenômeno assim como ele acontece, que permitiu fazer minhas próprias interpretações sobre a pesquisa.

Por ser utilizado instrumentos estruturados, como o questionário, esta forma de abordagem foi a mais adequada para se obter opiniões e atitudes conscientes dos entrevistados.

Segundo Prodanov e Freitas (2013, p.69 e 70)

 

A Pesquisa quantitativa: considera que tudo pode ser quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Pesquisa qualitativa: considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Esta não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas

 

A partir de amostras numéricas pode-se relacionar os conceitos do cotidiano das pessoas entrevistadas, permitindo uma análise concreta da pesquisa, baseada na coleta de dados, levantamentos de dados relacionados ao tema abordado, pesquisa bibliográfica e também como descrição os teóricos anteriormente mencionados.

O estudo foi realizado com uma pesquisa qualitativa, com o objetivo de explorar a importância e contribuição da brincadeiras nas habilidades da criança, com base nos dados que foram coletados, a pesquisa tornou-se mais objetiva, possibilitou uma análise estatística utilizando-se dos resultados obtidos de forma esclarecida contendo informações de elementos qualitativos para identificar o fenômeno como ele acontece, com base no questionário disponibilizado aos professores da educação infantil que trabalham com crianças de 2 e 3 anos.

Segundo Gil (2002, p. 42) “As pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”.

O método de abordagem foi o indutivo, conforme Marconi; Lakatos (2003, p. 86) “Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida fias partes examinadas”. Esse método foi utilizado por este fenômeno ser comum nas instituições com crianças da educação infantil, assim tive como auxílio na minha pesquisa, os professores da Creche Escola Criança Feliz, para obter as respostas de como os professores utilizam o brincar na educação infantil e qual a metodologia utilizada para a realização do mesmo.

 

3.1 CRECHE ESCOLA CRIANÇA FELIZ

 

A Creche Criança Feliz está localizada na Rua 10 (dez) do bairro Cidade Alta no município de Matupá tendo iniciado suas atividades em sede nova no ano de 2011.

A instalação da creche estava localizada próximo ao Correios de Matupá e seu nome era Creche Humildade e Caridade, nome herdado de seus fundadores quando ainda funcionava como instituição filantrópica.

Construída seguindo o modelo padrão nacional de creches brasileiras a creche conta com uma estrutura composta de 09 (nove) salas para atender alunos de berçário e maternal I, II e III de 0 a 04 anos de idade, biblioteca infantil anexa à sala dos professores, laboratório de informática, cozinha ampla para a preparação das refeições, saguão que serve de refeitório, anfiteatro para apresentações, banheiros adaptados para crianças, possui também solários para que as crianças possam efetuar brincadeiras ao ar livre, além de um parque de areia com diversos brinquedos.

A creche atende 266 (duzentos e sessenta e seis) crianças sendo 133 (cento e trinta e três) no período matutino e 133 (cento e trinta e três) no período vespertino.

A instituição conta com o trabalho de 18 (dezoito) pedagogas e 13(treze) auxiliares para dar os primeiros passos na educação das crianças, sendo que duas estão em desvio de função. Na área administrativa, a instituição conta com uma secretária a diretora, uma coordenadora, cinco pessoas cuidam da manutenção e limpeza, duas funcionárias são responsáveis pelas refeições das crianças e duas respondem pelas mamadeiras, são as lactaristas.

A escola possui uma estrutura excelente e um espaço amplo para acolher os pequenos que lhes são confiados, seria ótimo se houvesse mais creches nesse padrão para atender as demandas do município, uma vez que nosso município está crescendo e a procura por creches está cada vez maior.

 

3.2 AMOSTRA

 

A realização da pesquisa se deu com a participação de sete professoras que trabalham no maternal com crianças de 2 a 3 anos, com quem foram deixados os questionários com as perguntas referentes ao tema. A pesquisa foi realizada na Creche Criança Feliz, no Município de Matupá-MT, para apresentar qual a metodologia utilizada pelos professores para o desenvolvimento das brincadeiras, relacionar as brincadeiras desenvolvidas com os espaços disponíveis no ambiente escolar, observar o papel do brinquedo no desenvolvimento infantil e analisar a importância do brincar no desenvolvimento e aprendizagem na educação infantil, com crianças de 2 a 3 anos.

As professoras são pedagogas regentes do maternal, sendo três que trabalham de manhã e quatro no horário da tarde, foi utilizada a amostragem probabilística afim de coletar mais informações precisas, segundo Marconi; Lakatos (2003, p.224)

 

[...] baseia-se na escolha aleatória dos pesquisados, significando o aleatório que a seleção se faz de forma que cada membro da população tinha a mesma probabilidade de ser escolhido. Esta maneira permite a utilização de tratamento estatístico, que possibilita compensar erros amostrais e outros aspectos relevantes para a representatividade e significância da amostra.

 

Todos os professores da educação infantil com crianças de 2 a 3 anos puderam participar dessa pesquisa, pois o brincar faz parte da vida e cotidiano das crianças sendo espontâneo dela mesma.

 

3.3 COLETA DE DADOS

 

Com o objetivo de descrever as características da população pesquisada, através da coleta de dados com o uso do questionário para obter resultados que auxiliaram a responder o problema levantado, identificando os benefícios que o brincar promove em crianças de 2 a 3 anos de idade. Este questionário foi composto de 10 perguntas fechadas.

A entrega do questionário foi realizada no dia 14 de Setembro de 2015 e coletadas no dia 21 de Setembro de 2015, todos os 7 professores aceitaram responder, mas apenas 5 entregaram os questionários na data prevista.

 

 

4. ANÁLISES E DISCUSSÕES

 

A análise surgiu através de uma elaboração detalhada dos dados coletados, com o auxílio da estrevista ( com questões abertas) e o uso do questionário (com questões fechadas), onde cada questão teve apenas uma alternativa como resposta definitiva, sendo assim, foram analisadas, seguindo-se da interpretação dos gráficos, elaborados a partir das respostas das questões apresentadas.

Essa análise não só possibilitou a interpretação dos dados, como também apresentou uma resposta ao problema apresentado, permitindo assim, que os objetivos, apresentados na introdução deste trabalho monográfico, fossem devidamente alcançados.

Esse capítulo tem por objetivo detalhar e organizar os dados coletados no transcorrer da pesquisa. A fim de responder ao objetivo proposto, separam-se os resultados em gráficos. Na primeira parte, com os gráficos referentes ao questionário aplicado aos professores e, na segunda parte, o questionário com a entrevista semiestruturada com a participação de duas professoras da educação infantil.

 

4.1 As brincadeiras nas atividades diárias em sala de aula

 

As brincadeiras nas aulas são muito importantes nessa fase da vida das crianças e tornam-se primordiais como recurso de ampliação e representação do conhecimento, essas ferramentas muitas vezes exercem papel fundamental no processo de ensino -aprendizagem, já que com sua utilização em sala de aula mostra-se mais eficiente no desenvolvimento das crianças.

Sendo assim, o brincar é importante para o ser humano e ao seu desenvolvimento, visto que é um modo de expressar-se, pois através dele pode-se relacionar as brincadeiras com as situações do cotidiano.

A fim de compreender se de fato as professoras sabem dessa importância foram realizadas as seguintes perguntas:” Você utiliza as brincadeiras, em suas atividades diárias? Se sim, qual a frequência que você aplica essas brincadeiras com suas crianças?” Qual tipo de metodologia você utiliza para realizar as brincadeiras em sala de aula?”.

Através das respostas obtidas percebe-se pela fala da professora e pelos gráficos 1 e 3, que todas as professoras da Creche Escola Criança Feliz tem o conhecimento sobre a importância do brincar com as crianças e o uso de suas metodologias para serem desenvolvidas as brincadeiras, pois das cinco professoras que responderam este questionário, todas apontaram que sim, que utilizam diariamente a brincadeira em suas atividade, que são utilizados jogos no computador, brinquedos de construção (lego, blocos lógicos), brincadeiras de faz-de-conta ( com uso de bonecas, carrinhos), brincadeiras de roda (ciranda-cirandinha) e brincadeira com atividade livre, além de massinhas de modelar e areia. Comparando com a resposta da Pedagoga na entrevista, “esta ferramenta, a brincadeira, deveria ser utilizada todos os dias”, pois está a considera muito importante.

Procedendo assim, da análise das questões, foi comprovado que das professoras pesquisadas 100% responderam sim, ou seja, que utilizam as brincadeiras nas suas atividades e 100% relatam que utilizam várias metodologias para realizar as brincadeiras em sala de aula, concluem que isso ocorre com frequência diária. Conforme dados apresentados neste capítulo, a seguir o gráfico 1 da análise dos dados.

 

Gráfico 1 As brincadeiras nas atividades diárias em sala de aula

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Neste gráfico 1, estão colocados os dados referentes à concepção das professoras quanto as brincadeiras diárias realizadas em sala de aula, onde todas veem o brincar muito importante no dia a dia das crianças, pois 100% das pesquisadas responderam sim a esse questionamento, e sobre qual o tipo de metodologia que são utilizadas para a realização das brincadeiras em sala de aula 100% disseram que utilizam, como pode ser visto na fala da professora entrevistada.

 

P1: “Costumo utilizar vários brinquedos pedagógicos para estimular o desenvolvimento das crianças através das brincadeiras, onde eles aprendem e se desenvolvem de forma prazerosa”.

P2: “são utilizados os seguinte fundamentos: “Jogos, peças de encaixe (lego) e brinquedos de acordo com a faixa etária da criança”.

 

Analisando a resposta da professora, compreende-se que as profissionais da Creche Escola Criança Feliz, tem esse conceito definido através de suas vivências diárias e que é fundamental ter um planejamento referente as metodologias necessárias para a realização das brincadeiras.

Para se obter êxito na aprendizagem é necessário que os profissionais da Educação Infantil, tenha um olhar diferenciado e direcionado para o brincar, para que as crianças não brinquem somente para passar o tempo na escola. O brincar é uma forma das crianças de 2 a 3 anos desenvolverem habilidades intelectuais, física e criativa que favorecem um melhor aprendizado.

 

4.2 Comportamento das crianças durante as atividades lúdicas

 

É importante observar o comportamento das crianças durante as atividades lúdicas, onde as crianças demonstram e reproduzem o que vivem em seu cotidiano, portanto neste capítulo a serem questionadas sobre as seguintes questões: “Como você percebe que se apresentam o comportamento das crianças, durante as atividades lúdicas? O que você acha do brincar direcionado para a vida, desenvolvimento e aprendizado de uma criança de dois a três anos? Você sabe da importância do brincar na aprendizagem das crianças de 2 a 3 anos? Quais benefícios as brincadeiras proporcionam a crianças de dois a três anos? O que você acha primordial no ato de brincar para proporcionar prazer e ao mesmo tempo estimular a formação da criança? A partir das respostas das professoras percebe-se que observam várias maneiras de modificação no comportamento das crianças referente ao ato de brincar, onde garantem que as crianças agem de forma mais agitadas durante o desenvolvimento das brincadeiras, e também notam que elas apresentam um maior poder de concentração, já algumas como pode ser visto no gráfico 2 dizem que depende do tipo das brincadeiras, onde percebem que no início das atividades lúdicas elas ficam bem agitadas, ansiosas, esperando sua vez na participação das brincadeiras, mas logo se acalmam novamente.

Nota-se pelas respostas obtidas que é evidente a mudança no comportamento das crianças perante as brincadeiras, onde elas participam de forma espontânea facilitando o desenvolvimento das atividades propostas. Como demonstra no gráfico 8 em relação ao brincar direcionado para a vida, desenvolvimento e aprendizado de uma criança de dois a três anos, a maioria das professoras afirmam que o brincar é um condutor no desenvolvimento da criança, ele é uma ferramenta fundamental na construção do conhecimento, da inteligência e exerce forte influência na construção da autonomia e personalidade da criança, já a outra parte afirma que o brincar direcionado proporciona ao desenvolvimento de conceitos, atitudes, valores e regras adequados para a vida em sociedade, onde verifica-se que o brincar direcionado é importante para o desenvolvimento das crianças e com um planejamento bem elaborado possibilita uma aprendizagem significativa na vida das crianças.

Ao serem questionadas a respeito do conhecimento sobre a importância do brincar na aprendizagem das crianças de 2 a 3 anos, as professoras responderam de forma positiva, onde todas tem o entendimento sobre os benefícios que o brincar possui para uma maior relevância na aprendizagem da criança, afirmam ainda que as crianças aprendem sem perceber, a partir disto, é importante ressaltar que os primeiros anos de vida são decisivos para a formação das crianças, pois é o momento em que estão construindo sua identidade, complementando para desenvolverem suas competências. Como pode ser visto no gráfico 6.

É essencial que os educadores tenham o conhecimento sobre a importância que o brincar proporciona, pois ele auxilia muito na aprendizagem das crianças e que esse ato não deve ser passado sem um olhar atento na educação infantil, pois sem a presença do brincar nessa faixa etária, pode dificultar seu desenvolvimento e interação na vida adulta.

Em relação a questão do gráfico 9 quando questionadas a respeito dos benefícios que as brincadeiras proporcionam à crianças de dois e três anos, a maioria responderam que desenvolvem a empatia no egocentrismo, conhecimento de mundo, coordenação, autoconhecimento, autonomia, conhecimento de regras, limites, raciocínio e coordenação motora, proporciona melhorias na percepção, coordenação motora, concentração, estímulo cognitivo, além de trazer diversão, alegria, sociabilização e desenvolvimento cognitivo e motor..

Fica claro a partir das respostas obtidas que as professoras compreendem que há inúmeras vantagens na utilização das brincadeiras, o restante das pesquisadas relatam que os benefícios que as brincadeiras proporcionam são somente as seguintes alternativas: conhecimentos de regras, limites, raciocínio e coordenação motora, desenvolvem a empatia no egocentrismo, conhecimento de mundo, coordenação, autonomia e autoconhecimento. Portanto, é visível que as brincadeiras trazem benefícios riquíssimos à crianças de dois e três anos.

No gráfico 10, está colocado “O que as pesquisadas acham primordial no ato de brincar para proporcionar prazer e ao mesmo tempo estimular a formação da criança”. 100% dos professores disseram que É primordial seu planejamento e a criança não deve ser obrigada a realizar a brincadeira, assim a aprendizagem é ocasionada através do prazer de brincar, proporcionando autonomia e construção da identidade, conhecimento de regras e uma melhor interação social. Sendo assim, evidencia-se que o brincar proporciona prazer e ao mesmo tempo estimula a formação da criança.

O brincar é um ato espontâneo e natural da criança, não podendo ser forçada a praticar o ato, pois elas não podem ser contrariadas, tem que ser da vontade delas.

 

Gráfico 2 Comportamento das crianças durante as atividades lúdicas

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

No gráfico 2, ao serem interrogadas sobre: “Como você percebe que se apresentam o comportamento das crianças, durante as atividades lúdicas? verificou-se que 40% delas concordam que as crianças agem com comportamento mais agitados, outros 40% afirmaram que elas se apresentam com maior poder de concentração durante as atividades lúdicas e 20% asseguram que dependendo do tipo de brincadeira eles se tornam mais agitados.

Se torna evidente que a partir do brincar o comportamento das crianças mudam, tornando-as mais ansiosas e agitadas para o início das brincadeiras, favorecendo assim, o maior poder de concentração, deve-se compreender o brincar, também como promotor não só do desenvolvimento cognitivo ou como propiciador da diversão, mas também voltado afetivo, motor e com influência na construção de habilidades da concentração da criança além de prepará-las para conviverem em sociedade.

Sendo assim, cabe aqui retomar a citação de Celso Antunes (2004, p. 32, 33) presente na Fundamentação Teórica, onde afirma que “Brincar favorece a autoestima, a interação com seus pares e, sobretudo, a linguagem interrogativa, propiciando situações de aprendizagem que desafiam seus saberes estabelecidos e destes fazem elementos para novos esquemas de cognição. Essa citação mostra que o comportamento das crianças perante as atividades lúdicas vai além de somente uma simples brincadeira, onde o autor coloca o brincar com inúmeros favorecimentos ao desenvolvimento da criança.

 

4.3 O uso das metodologias na realização das brincadeiras em sala de aula.

 

O brinquedo é um objeto, uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento das atividades lúdicas, na brincadeira a criança usa a imaginação e criatividade, podendo ser quem ela quiser, ou qualquer objeto se transforma em algo mágico para elas. Como por exemplo, uma caixa de papelão pode ser representada por elas como (um castelo, ou um automóvel, uma casa).

O brinquedo é muito importante para esse papel, mesmo que nessa idade ela não consiga inventar uma história para tal, o brinquedo tem o papel de estender sua criatividade. Portanto, a realização das brincadeiras em sala de aula devem ser contínuas, para um bom desenvolvimento e uma diferenciação entre ação e o significado do brinquedo.

Como representa no gráfico 4, onde as professoras ao serem questionadas a referente a seguinte questão “Você acredita que o brincar é importante e deve estar presente na escola de Educação Infantil, as respostas foram satisfatórias, sendo que todas consideram que é importante na escola, pois ajuda no desenvolvimento das crianças.

Ao vivenciar determinados papéis a criança coloca em prática seus conhecimentos, aprendem regras, valores, experimentam sentimentos e emoções e por consequência constroem uma interpretação intrínseca do mundo (BRASIL, 1998).

 

No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstancias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la. Os heróis, por exemplo, lutam contra seus inimigos, mas também podem ter filhos, cozinhar e ir ao circo (BRASIL, 1998, p. 22).

 

Gráfico 3 As metodologias utilizadas para realizar as brincadeiras em sala de aula

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

 

No gráfico 3 consta a seguinte indagação: “Qual tipo de metodologia é utilizada para realização das brincadeiras em sala de aula?”. Das professoras pesquisadas, verificou-se que 100% das professoras utilizam-se de variados recursos e metodologias para a realização das brincadeiras em sala de aula, o que permitiu a constatação de que elas contemplam amplamente a dimensão das brincadeiras em sala de aula, demonstrando compreensões favoráveis a respeito do brincar. Nessa perspectiva, deve-se comentar a afirmação de (CELSO ANTUNES, 1998, p. 30). “É essencial que a Educação Infantil seja plena de brincadeiras que gratificam os sentidos, levam ao domínio de habilidades, despertam a imaginação, estimulam a cooperação e a compreensão sobre regras e limites, e respeite, explore e amplie os inúmeros saberes que toda criança possui quando chega à escola” percebe-se que o brincar pode ser provido em situações de brincadeiras, inseridas de várias maneiras, em relação a aprendizagem que contribuem tanto para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, quanto para um conhecimento mais amplo frente a realidade cultural e social das crianças.

 

4.4 As brincadeiras desenvolvidas e os espaços disponíveis no ambiente escolar

 

Brincar é importante e deve estar presente principalmente na escola de Educação infantil, pois é onde a criança passa grande parte do seu tempo, visto que precisam permanecer na escola para que os pais possam trabalhar, sendo assim, o ambiente escolar deve ser para a criança uma extensão do seu lar, para isso deve-se obter recursos e estarem estruturados para receberem as crianças, com espaços disponíveis para as brincadeiras serem desenvolvidas, para isso pode-se observar no gráfico 5 onde indagou-se : “Qual sua opinião sobre o espaço oferecido pela escola para a realização das brincadeiras?”, as professoras afirmam que o espaço oferecido pela escola para a realização das brincadeiras é adequado, mas precisam de reformas e brinquedos.

Em relação a este questionamento verifica-se no gráfico 7 onde as professoras foram questionadas sobre a seguinte questão, “O que você considera como brincar?”, nesta, as respostas obtidas foram: brincar é sentir se livre. É uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia, a brincadeira faz parte da vida e da evolução humana, brincar é o ato de se entreter, divertir, distrair de maneira espontânea ativando habilidades e aprendizados, brincar é todo ato que o indivíduo se solta e sente prazer mesmo seguindo regras, brincar é compartilhar momentos, expressar sentimento e se divertir.

Percebe-se que as professoras consideram que o brincar faz parte da vida da criança, fornecendo diversas maneiras de interagir-se de forma divertida a partir das brincadeiras.

 

Gráfico 4 O brincar é importante e deve estar presente na escola de Educação Infantil.

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Na questão 4, ao questionar as professoras sobre “Você acredita que o brincar é importante e deve estar presente na escola de Educação Infantil?”, verificou-se que 100% delas concordam que o brincar é essencial aos processos formativos da criança e tem muita importância no desenvolvimento integral delas, e também deve estar presente principalmente nas escolas de educação infantil, De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil

 

A criança e um ser social que nasce com capacidades afetivas, emocionais e cognitivos. Tem o desejo de estar próxima às pessoas e é capaz de interagir e aprender com elas de forma que passa compreender e influenciar seu ambiente. Ampliando suas relações sociais, interações e formas de comunicação, as crianças sentem – se cada vez mais seguras para se expressar, podendo aprender, nas trocas sociais, com diferentes crianças e adultos cujas percepções e compreensões da realidade também são diversas. (Brasil, 1998, p.21).

 

Considera-se assim, que o brincar é importante e é visto como primordial no processo de ensino aprendizagem das crianças, sendo assim, esse fator demonstra a relevância da pesquisa em questão, uma vez que, de posse das informações aqui levantadas, os professores podem melhor avaliar sua prática pedagógica e pensar a inserção do brincar como forma de auxílio em seu trabalho educacional, favorecendo em muitos fatores favoráveis no desenvolvimento das crianças, sendo interessante observar, que a cultura educacional, uma vez que este é considerado, pelos profissionais participantes, como elemento importante para o desenvolvimento de todas as áreas da formação humana.

 

4.5 O espaço oferecido pela escola para realização das brincadeiras

 

Na instituição de educação infantil, os espaços disponíveis devem proporcionar condições para que as crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. A respeito sobre a questão dos espaços oferecidos para a realização das brincadeiras pedagógicas na escola e através desse questionamento e do gráfico abaixo pude analisar se há espaço adequado para essas brincadeiras.

 

Gráfico 5 Espaços oferecidos pela escola para a realização das brincadeiras.

  

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Na questão 5, procurei saber sobre a seguinte questão: “Qual sua opinião sobre o espaço oferecido pela escola para a realização das brincadeiras?”, conforme demonstra o gráfico seguinte 100% das professoras afirmam que o espaço oferecido pela escola para a realização das brincadeiras é adequado, mas precisam de reformas e brinquedos. De acordo com Celso Antunes

 

Parece desnecessário destacar que crianças entre dois e quatro anos de idade podem beneficiar-se com atividades em ambientes estimulantes, cercadas de outras crianças, expostas a embates sociais imprescindíveis mas que a ternura do lar não promove. Além disso, só terão a ganhar, acolhidas em um ambiente materialmente estimulador, onde profissionais especialmente treinadas convivem com situações nem sempre frequentes no lar. (CELSO ANTUNES, 2004, p. 134).

 

Contudo dentro desse contexto verificou-se que, é muito importante que a criança esteja inserida em um ambiente que seja favorável, pois nessa etapa da vida iniciam-se as descobertas, na escola por principalmente é onde se encontram constantes desafios a serem superados em relação ao desenvolvimento motor, portanto o espaço para serem realizadas as brincadeiras devem ser adequados e com brinquedos acessíveis as crianças.

 

4.6 A importância do brincar na aprendizagem das crianças de 2 a 3 anos.

 

O ato de brincar é considerado uma atividade universal que assume características essenciais no contexto social, histórico e cultural. Todo ser humano nasce e cresce com a necessidade de brincar, pois o brincar é uma das atividades mais importantes na vida dos indivíduos, o brincar é muito importante e por meio desse ato as crianças desenvolvem suas potencialidades, sociais, afetivas, cognitivas e motoras. O brincar é ainda uma forma de expressão e comunicação consigo, com o outro e com o meio em que está inserida.

 

Gráfico 6 A importância do brincar na aprendizagem das crianças.

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Na questão 6 referente a seguinte questão: “você sabe da importância do brincar na aprendizagem das crianças de 2 a 3 anos?”, as professoras pesquisadas afirmaram 100% que as crianças aprendem ser perceber, neste sentido, é possível perceber que para a imaginação da criança não há limites, acredita-se que a utilização do brincar é importante para proporcionarem o desenvolvimento cognitivo, e auxilia a criança a estabelecer regras de convivência, contribuindo também para que o professor possa diagnosticar e poder assim prevenir futuros problemas de aprendizagem infantis, a maioria dos objetos que estão ao alcance delas .podem ser transformados em brincadeiras, como por exemplo caixas de papelão podem ser transformadas em meios de transporte, as tampas de panelas podem se transformar em um instrumento musical, peças coloridas de diferentes tamanhos podem ser mais valorizados que brinquedos caros e complexos, através do uso adequado dos brinquedos e brincadeiras é possível afirmar que as crianças conseguem se desenvolver de forma construtiva, ao utilizar-se de uma brincadeira, o educador pode não só trabalhar os conteúdos previstos em seu planejamento, mas também dar enfoque a temas que promovam o bem estar e a boa convivência social e cultural. Como cita (CELSO ANTUNES, 2004, p. 31). A brincadeira bem conduzida estimula a memória, exalta sensações emocionais, desenvolve a linguagem interior e, as vezes, a exterior, exercita níveis diferenciados de atenção e explora com extrema criatividade diferentes estados de motivação”.

O brincar reflete a maneira que a criança, organiza e desorganiza, como constrói o mundo da sua maneira, usando a imaginação, elas podem expressar suas fantasias, vontades, medos, sentimentos e conhecimentos novos que vão acrescentando na sua vida, fazendo uso de uma das qualidades mais importantes que tem no brincar, que dá possibilidades a criança ter confiança à própria capacidade de encontrar solução para algum problema encontrado.

 

4.7 Consideração sobre o brincar

 

Brincando a criança tem a oportunidade de desenvolver inúmeras capacidades tais como: atenção, afetividade, o hábito de permanecer concentrado, habilidades psicomotoras entre outras habilidades indispensáveis a sua vida futura. A partir das brincadeira, as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. Desta forma, expressam o que teriam dificuldades em realizar através do uso de palavras, sendo assim, o brincar permite que a criança explore o meio em que está inserida e permite vivenciar o lúdico e descobrir a si mesma, apreender a realidade. Como demonstra o gráfico a seguir.

 

Gráfico 7 As considerações sobre o brincar.

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Na questão 7 consta a seguinte questão “O que você considera como brincar?”, das professoras pesquisadas, verificou-se que 60% percebem que o brincar como referência a outros no gráfico significa dizer que: A brincadeira faz parte da vida e da evolução humana, brincar é sentir se livre, é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia, brincar é o ato de se entreter, divertir, distrair de maneira espontânea ativando habilidades e aprendizados, brincar é todo ato que o indivíduo se solta e sente prazer mesmo seguindo regras, brincar é compartilhar momentos, expressar sentimento e se divertir, já 40% asseguram que brincar é se sentir livre, é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e autonomia.

O brincar tornou-se uma importante ferramenta no auxílio do trabalho pedagógico, uma maneira de usar o brincar que permite impor desafio a criança, possibilitando descobertas, compreensão, envolvimento, desenvolvimento e aprendizado, como já foi dito anteriormente, permite que a criança desenvolva a afetividade, imaginação, competências cognitivas e favorece a autoestima, o brincar é uma maneira de elaboração de conflitos e ansiedades, através dele a criança demonstra seus sentimentos enquanto brinca, é nas brincadeiras que as crianças constroem seu próprio mundo, e demonstram acontecimentos que vivem em seu cotidiano Por meio do simbólico, elas aprendem a agir, estimula a curiosidade, a iniciativa e o exercício de autonomia. De acordo com Levinzon apud Kishimoto

 

Levinzon (1989) afirma: Brincando, portanto, a criança coloca-se num papel de poder, em que ela pode dominar os vilões ou situações que provocariam medo ou que a fariam sentir-se vulnerável e insegura. A brincadeira de super-herói, ao mesmo tempo que ajuda a criança a construir a autoconfiança, leva-a a superar obstáculos da vida real, como vestir-se, comer um alimento sem deixar cair, fazer amigos, enfim, corresponder às expectativas dos padrões adultos (LEVINZON 1989 apud KISHIMOTO 2009, p. 66).

 

Percebe-se deste modo que o brincar é uma das atividades essenciais para o desenvolvimento da criança proporcionando à ela construir sua identidade, a partir da realidade do seu dia a dia e vivências do seu cotidiano, porém nem todas as professoras pensam e agem dessa maneira, pois constatou-se com essa questão que 40% não contemplam 100% a dimensão que o brincar exerce na vida em desenvolvimento da criança de 2 e 3 anos, percebendo que estão deixando de lado a importância considerada essencial e que faz parte da vida humana, demonstrando compreensões reduzidas a respeito do brincar como se observou nas respostas de algumas professoras.

 

4.8 O brincar direcionado para a vida, desenvolvimento e aprendizado de uma criança de dois a três anos.

 

O brincar é essencial para a vida e desenvolvimento da criança, pois é a partir dele que elas iniciam sua fase de conhecimento e exploram o mundo ao seu redor, o professor é a peça fundamental para conduzir a criança no processo educativo, devendo estimula-la sempre. Assim, a realização educacional focada no lúdico, torna-se fundamental, para a formação integral, significativa e prazerosa das crianças de 2 a 3 anos. O que pode ser observado no gráfico a seguir.

 

Gráfico 8 O brincar direcionado para a vida da criança de 2 a 3 anos.

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Na questão 8 ao ser indagado ás professoras: “O que você acha em relação ao brincar direcionado para a vida, desenvolvimento e aprendizado de uma criança de 2 a 3 anos”. Conforme demonstra o gráfico 80% das professoras relatam que o brincar é um condutor no desenvolvimento da criança, ele é uma ferramenta fundamental na construção do conhecimento, da inteligência e exerce forte influência na construção da autonomia e personalidade da criança, já 20% afirmam que o brincar direcionado proporciona ao desenvolvimento de conceitos, atitudes, valores e regras adequados para a vida em sociedade. Evidencia-se assim, que a importância do brincar não está somente relacionada no divertimento, considerando o ato de brincar como um meio para o desenvolvimento da criança, sobretudo no que diz respeito à capacidade intelectual. É evidente que as funções do brincar, dentro do contexto escolar e na vida da criança, são as mais diversas. Dentro desse contexto, além das capacidades citadas, deve-se compreender o brincar, também como promotor não só de desenvolvimento cognitivo ou como propiciador de diversão, mas também voltado ao desenvolvimento afetivo, motor, com influência também na construção de habilidades, além de prepará-la para o convívio em sociedade. A esse respeito, cabe aqui retomar o grifo de Kishimoto ao afirmar que:

 

Uma boneca permite à criança várias formas de brincadeiras, desde a sua manipulação até a realização de brincadeiras como “mamãe e filhinha”. O brinquedo estimula a representação, a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade. (KISHIMOTO, 2009, p. 18).

 

Nessa perspectiva, deve-se comentar que ambas as professoras pesquisadas, assim como a autora citada acima, afirmam que o brincar direcionado para a vida da criança se torna muito importante, pois ele possibilita inúmeras funções no desenvolvimento e aprendizado das crianças de 2 a 3 anos, a idade em que começam a desenvolver-se.

 

4.9 Os benefícios que as brincadeiras proporcionam a crianças de dois a três anos.

 

São inúmeros os benefícios que as brincadeiras proporcionam para as crianças de 2 a 3 anos, que vão além da satisfação e do prazer, são benefícios sociais visto que oferecem uma forma livre e espontânea de interação entre as crianças; os benefícios afetivos uma vez que as brincadeiras oferecem à criança a possibilidade de se conhecer melhor, os benefícios cognitivos relacionados à capacidade de concentração, atenção, memória, imitação, noções de espaço e de tempo, imaginação, o desenvolvimento da lógica e da linguagem, proporcionado ainda os benefícios físicos que auxiliam no desenvolvimento de habilidades onde são empregadas a força como por exemplo: (puxar, levantar, empurrar, etc.); agilidade (correr, saltar, rastejar, etc.).

Sendo assim, as brincadeiras proporcionam um aprendizado onde a criança brinca e desenvolvem seu cognitivo, social, afetivo e motor, favorecendo a elas uma infância saudável e um alicerce necessário para uma vida adulta de sucesso, como se observa no gráfico abaixo

 

Gráfico 9 Os benefícios das brincadeiras.

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

Com referência a questão 9, no que se refere a seguinte questão:” Quais benefícios as brincadeiras proporcionam as crianças de 2 a 3 anos?” Das professoras pesquisadas, observou-se que, 60% delas afirmam que o brincar proporcionam inúmeros benefícios ás crianças de 2 e 3 anos, onde afirmam que eles desenvolvem a empatia no egocentrismo, conhecimento de mundo, coordenação, autonomia, autoconhecimento, conhecimento de regras, limites, raciocínio, coordenação motora, concentração e estímulo cognitivo, diversão, alegria, sociabilização, desenvolvimento cognitivo e motor, já 20% afirma que o benefício proporcionado através do brincar é somente o Conhecimento de regras, limites, raciocínio e coordenação motora e o restante dos outros 20% acreditam que proporciona as crianças a desenvolver a empatia no egocentrismo, conhecimento de mundo, coordenação, autonomia e autoconhecimento. Percebe-se assim, que, o brincar vai além do divertimento, sendo capaz de desenvolver variados benefícios na vida da criança, percebe-se que as professoras pesquisadas se posicionaram bem compreensivas sobre o que diz respeito ás vantagens que as brincadeiras possibilitam ser exploradas, e que o brincar tem muito significado no desenvolvimento integral das crianças.

A partir disto, deve-se comentar o que foi relatado nesse estudo, quando de acordo com os Referencial Curricular Nacional para a Educação.

 

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação e da utilização e experimentação de regras e papéis sociais. (Brasil, 1998, p.22).

 

Verifica-se que o educar pode ser promovido em situações de brincadeiras, inseridas nas aprendizagens que contribuem tanto para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, quanto para um conhecimento mais amplo frente à realidade social e cultural.

 

4.10 É primordial no ato de brincar para proporcionar prazer e ao mesmo tempo estimular a formação da criança

 

As brincadeiras devem proporcionar as crianças um momento divertido e satisfatório, onde elas possam expressar suas vontades, fantasias e emoções, através das brincadeiras sendo estimuladas frequentemente a aprenderam brincando de uma forma natural, não forçada, o educador sendo mediador desse conceito deve permitir acesso a elas propiciando sempre seu desenvolvimento e formação como indivíduo.

Sendo assim, como se observa na questão 10 em relação a pergunta referente ao “O que você acha primordial no ato de brincar para proporcionar prazer e ao mesmo tempo estimular a formação da criança?” as professoras pesquisadas se posicionaram deste modo 100% responderam que: É primordial ter um planejamento onde a criança não deve ser obrigada a realizar a brincadeira, assim a aprendizagem é ocasionada através do prazer de brincar, proporcionando autonomia e construção da identidade, conhecimento de regras e uma melhor interação social.

 

Gráfico 10 O ato de brincar proporciona prazer e ao mesmo tempo estimula a formação da criança

 

Fonte: PEREIRA, Fabiana. Pesquisa de Campo. Guarantã do Norte 2015

 

É visto que as professoras possuem uma concepção e entendimento sobre a importância de estimular e direcionar a criança a sem forçar ela a participar das brincadeiras, sendo realizada com prazer sem esforço nenhum. Segundo ainda de acordo com o RECNEI

 

Nos atos cotidianos e em atividades sistematizadas, o que se recomenda á a atenção permanente à questão da independência e autonomia. O exercício da cidadania é um processo que se inicia desde a infância, quando se oferecem às crianças oportunidades de escolha e de autogoverno. (BRASIL, 1998, P.39).

 

Diante disto, percebe-se que a criança precisa de tempo para brincar e que o mesmo faz parte do processo de formação educativa dos seres humanos, brincando a criança se socializa e aprende ao mesmo tempo, além de encontrar prazer e satisfação nas brincadeiras e assim, podem reproduzir sua realidade através da imaginação, expressando suas dificuldades. Portanto, o brincar é um ato espontâneo da criança, sendo que aliado a aprendizagem o torna mais fácil, devido a naturalidade das brincadeiras realizadas, a criança aprende de maneira prazerosa.

 

 

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

O presente trabalho teve como objetivo relatar a importância das brincadeiras no desenvolvimento da criança de 2 a 3 anos. Esta pesquisa feita com professoras da Creche Escola Criança Feliz, no Município de Matupá-MT, pode se apresentar as metodologias utilizadas pelos professores para o desenvolvimento das brincadeiras. A criança quando brinca desenvolve sua criatividade e imaginação, seu raciocínio, seu pensamento, além de contribuir para a interação na sua vida social e emocional, a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos fundamentais para a aprendizagem e desenvolvimento das crianças. A partir deste estudo pode se perceber que a criança aprende enquanto brinca, a brincadeira é um ato espontâneo e natural, onde ela consegue expressar suas emoções e sentimentos, é por meio das brincadeiras que as crianças demostram o que vivem e conseguem transmitir suas vontades.

Diante de todas as informações contidas neste estudo conclui-se que o uso do brincar na educação infantil nas salas de aula são de muita importância e podem ser consideradas como atividades pedagógicas fundamentais para a construção da aprendizagem e de conhecimento, no auxílio ao desenvolvimento através da realidade vivenciada pelas crianças, onde elas aprendem brincando, pode-se verificar também, que além de ser usado como fonte de aprendizagem, ele também é usado para um melhor desenvolvimento em todos os aspectos da criança.

Portanto, cabe mencionar que as professoras pesquisadas apresentam um conhecimento sobre o brincar e sabem que o mesmo pode ser utilizado como ferramenta nos conteúdos e preparar a criança para um bom desenvolvimento da infância até a idade adulta, visto que a brincadeira é uma linguagem natural da criança e é importante que esteja presente na escola desde a educação infantil para que elas possam se expressar através de atividades lúdicas considerando-se como lúdicas as brincadeiras, os jogos, a música, a arte, a expressão corporal, ou seja, atividades que mantenham a espontaneidade das crianças.

Para isto, foram entregues aos professores da escola citada acima, questionários, contendo dez questões fechadas e a utilização da entrevista feita com áudio

O brincar é uma necessidade do ser humano, mais precisamente na infância onde tudo acontece, é a fase dos conhecimentos e através do brincar não apenas como diversão, mas sim com um olhar atento do professor possibilitando o desenvolvimento das potencialidades da criança, sendo que a inclusão dele no planejamento escolar e nas atividades e metodologias utilizadas em sala de aula são de grande relevância, pois através dele é possível acarretar uma educação direcionada para a significação de um processo educativo, facilitador do relacionamento com o outro e do crescimento saudável do ser humano, na escola analisada foi possível perceber que as professoras dão muita importância também aos espaços disponíveis na escola , onde pode-se ver que estas oferecem diversas oportunidades para as crianças brincarem, mesmo sendo mencionados que precisam de reformas e brinquedos novos para a realização das brincadeiras, as professoras proporcionam esse momento, sendo colaboradoras nesse processo, oportunizando o crescimento e desenvolvimento da criança, oferecendo um espaço com um ambiente favorável, afim de estimular as interações sociais, enriquecendo a imaginação, onde a criança possa construir sua aprendizagem de forma prazerosa.

Buscou-se, baseando nesses fatos, apresentar as metodologias utilizadas pelas professoras para o desenvolvimento das brincadeiras. Através das análises do questionário foi possível comprovar que são utilizadas diversas ferramentas como por exemplo: massinha de modelar, peças de encaixe, bolas, bonecas, brincadeiras de roda entre outros, com o auxílio dessas metodologias aplicadas pelas professoras, possibilitando que o aluno desenvolva-se com mais facilidade.

Confirmando as hipóteses de que a utilização das brincadeiras é importante para o desenvolvimento da criança na educação infantil com idade de 2 a 3 anos, pois é no brincar que a criança desenvolve o cognitivo físico e emocional, assim como a criatividade, socialização, cooperação e respeito aos que estão ao seu redor, principalmente no ambiente escolar.

Conclui-se assim, que as brincadeiras nas aulas da educação infantil, torna o ensino uma prática significativa de aprendizagem, que o ato de brincar facilita o desenvolvimento social, cognitivo, motor e afetivo da criança de 2 a 3 anos e que o brinquedo é um elemento básico no desenvolvimento infantil.

Finalizando assim, com a certeza de que o brincar será sempre positivo no alcance dos objetivos relacionados a ele, independente dos brinquedos disponíveis ou de como são manuseados sabendo-se que a criança desta faixa etária não consegue inventar uma história com o objeto escolhido por ela para o uso da brincadeira, o brincar sempre irá gerar aprendizado, seja como atividade livre, ou dirigida.

Sendo assim, os objetivos dessa pesquisa foram alcançados de maneira satisfatória, com apoio em autores relevantes ao tema e com o uso da metodologia utilizada para a realização da pesquisa, permitindo que o referencial teórico correspondesse às expectativas da presente pesquisa.

Sendo professora de Educação Infantil há quatro anos, entendo que é impossível separar o brincar da criança, pois eles caminham juntos, com o objetivo de trazer benefícios a infância da criança de 2 a 3 anos, sabendo-se que é de extrema importância que a criança tenha a oportunidade de desenvolver-se por meio das brincadeiras, pois esta possibilita a ampliação das habilidades motoras, bem como dos aspectos sociais e emocionais.

Recomenda-se que os educadores tenham a responsabilidade em planejar e proporcionar momentos diversificados, envolvendo a brincadeira, atuando como participante e observando as brincadeiras, procurado sempre dar a oportunidade para que a criança possa expressar-se, desenvolvendo sua autonomia, seu cognitivo, afetivo, habilidade motoras, enfim, o brincar é tudo, é essencial para a vida de qualquer indivíduo.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ANTUNES, Celso. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 12 Ed. Petrópolis: Vozes, 2003.

 

ANTUNES, Celso. Educação infantil prioridade imprescindível. 3 Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

 

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a educação Infantil. Introdução vol.2. Brasília: MEC, 1998.

 

CHATEAU, Jean. O jogo e a criança. 3 Ed., São Paulo: Summus editorial 1987.

 

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

 

KISHIMOTO, T. M. O jogo, Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 12 Ed. Cortez- São Paulo, 2009.

 

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

 

ELKIND, D. Crianças e adolescentes: ensaios interpretativos sobre Jean Piaget. 2 ed. Trad. Narceu de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1972.

 

PRODANOV, Cleber Cristiano; FREITAS, Ernani Cesar de, Metodologia do Trabalho Científico: Métodos e Técnicas da Pesquisa e do Trabalho Acadêmico, 2ª Ed., Novo Hamburgo Feevale, 2013.

 

A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET Gelson Luiz Daldegan de Pádua PIAGET, Jean (2009). A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar.

 

 

A IMPORTÂNCIA DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Érica da Fonseca Angelo

 

 

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância da alfabetização e letramento na educação infantil. O processo de alfabetização é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças, proporcionando habilidades básicas de leitura e escrita. Já o letramento vai além da simples decodificação de palavras, englobando a compreensão e a capacidade de uso da linguagem escrita. A partir do aporte teórico-metodológico escolhido, contou-se com contribuições de importantes autores, como Emília Ferreiro (1999), José Barbosa da Silva (2004), Magda Soares (1998; 2004) e Marlene Carvalho (2005). A pesquisa foi realizada de forma bibliográfica, em que foram levantadas informações sobre práticas de alfabetização e letramento. Os resultados mostraram a relevância do processo de alfabetização ainda na nos anos iniciais. Foi constatado que o letramento também é essencial na educação infantil, pois permite que as crianças compreendam e se expressem de forma escrita, desenvolvendo sua capacidade de reflexão e argumentação.

 

Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Educação infantil.

 

 

1. Introdução

 

A alfabetização e o letramento são dois conceitos essenciais no processo de aprendizagem da língua escrita. Ela refere-se ao processo de ensinar e aprender o código alfabético, ou seja, as letras do alfabeto e suas combinações que formam as palavras. É o momento em que a criança adquire o conhecimento das correspondências entre os sons da fala e os símbolos gráficos da escrita. Partindo dessa premissa, neste trabalho será discutido sobre a importância da alfabetização nos anos iniciais e os possíveis reflexos do processo de alfabetização tardio.

O letramento vai além da simples decodificação das letras, envolvendo o desenvolvimento de habilidades de compreensão, interpretando textos e utilizando a escrita de forma significativa. O letramento implica em entender e utilizar a língua escrita em diferentes contextos sociais, como a leitura de livros, a escrita de cartas, o acesso a informações na internet, entre outros. Dessa forma, serão feitas análises sobre o assunto, e embasadas por teorias de importantes autores.

A pesquisa bibliográfica permitiu a análise e a compreensão aprofundada do assunto, bem como a identificação das principais teorias, conceitos, abordagens e debates relacionados ao tema em questão. Com base nas informações encontradas, foi possível construir uma base sólida de conhecimento sobre o assunto, e embasar teoricamente todo o trabalho.

Os autores Carvalho (2005), Silva (2004), Soares (2004), Soek, Haracemiv e Stoltz (2009), Ferreiro (1999) e Freire (1987), contribuem para a construção do aporte teórico, definindo conceitos como alfabetização e letramento, além de reflexões importantes sobre o assunto. Bortoni-Ricardo (2008), define o conceito de pesquisa qualitativa.

A pesquisa aqui exposta foi realizada por partes. Inicialmente foram separadas para leitura algumas bibliografias sobre alfabetização e letramento, facilitando a organização das etapas. Ao que se refere as etapas do trabalho temos na seguinte sequência; resumo, palavras-chave, introdução, metodologia, referencial teórico, considerações finais e referências.

É importante ressaltar que a alfabetização e o letramento são processos complementares e interdependentes. Enquanto a alfabetização é o ponto de partida, o letramento é a meta final, pois permite ao indivíduo agir e comunicar-se efetivamente por meio da linguagem escrita.

A alfabetização e o letramento na educação infantil são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades de leitura, escrita e compreensão de texto das crianças. Essa aprendizagem é essencial para que elas possam se inserir de forma plena na sociedade e ter acesso a oportunidades educacionais e profissionais no futuro.

 

 

2. Metodologia

 

A metodologia de pesquisa utilizada foi a bibliográfica, passando por um processo de levantamento das principais fontes já existentes sobre o assunto aqui discutido. Consistiu na busca, seleção, leitura, análise e interpretação de publicações existentes em livros sobre alfabetização e letramento nos anos iniciais.

A partir da análise crítica das fontes selecionadas na pesquisa bibliográfica, foi possível desenvolver uma reflexão mais aprofundada sobre o tema, confrontando diferentes pontos de vista e interpretando os dados apresentados.

A abordagem utilizada na pesquisa foi a qualitativa, sendo que, de acordo com Bortoni--Ricardo:

 

Segundo o paradigma interpretativista, surgido como uma alternativa ao positivismo, não há como observar o mundo independentemente das práticas sociais e significados vigentes […] as escolas, e especialmente as salas de aula, provaram ser espaços privilegiados para a condução de pesquisa qualitativa, que se constrói com base no interpretativismo. (BORTONI-RICARDO, 2008, p. 33).

 

Portanto, a metodologia da pesquisa qualitativa considera o contexto, a historicidade e o meio cultural como elementos essenciais para a compreensão e interpretação dos fenômenos estudados. Esses aspectos fornecem insights valiosos e ajudam a capturar a complexidade das experiências humanas.

Foram consultados autores de relevância no assunto, como Magda Soares, Marlene Carvalho, Emília Ferrero e entre outros. As consultas partiram dos pressupostos temáticos inseridos nas palavras chaves; alfabetização e letramento, educação infantil, educação adulta e benefícios da alfabetização na infância.

 

 

3. Conceito de alfabetização e letramento

 

A alfabetização é o processo pelo qual o indivíduo aprende a ler e escrever, ou seja, a decodificar e codificar a linguagem escrita. Esse processo não se resume apenas à aquisição de habilidades técnicas, mas também ao desenvolvimento de competências para compreender, interpretar e refletir sobre os diversos tipos de textos presentes na sociedade.

No contexto escolar, a alfabetização é fundamental para que o estudante possa se apropriar do conhecimento em todas as disciplinas. A leitura e a escrita são utilizadas como ferramentas para aquisição de informações, comunicação, expressão de ideias e argumentação.

 

A alfabetização é um processo de aquisição individual de habilidades requeridas para o uso da leitura e da escrita nas sociedades em que isso se faça necessário. Ou seja, aprender a ler e escrever são inserir-se no uso da escrita e da leitura para o desfrute de uma maior liberdade nas sociedades que funcionam mediadas por materiais escritos. (SILVA, 2004, p. 316).

 

Além disso, a alfabetização é um instrumento de empoderamento e emancipação social. O indivíduo alfabetizado tem maior autonomia para se posicionar criticamente diante do mundo, analisar conteúdos midiáticos, tomar decisões embasadas e se engajar em discussões sociais.

Porém, é importante ressaltar que a alfabetização não se encerra nos primeiros anos escolares. Ela é um processo contínuo ao longo da vida, e o estudante deve ser estimulado a desenvolver cada vez mais suas habilidades de leitura e escrita. Ainda, é necessário que a escola proporcione situações de aprendizagem significativas, que levem em consideração os interesses e as necessidades dos estudantes, promovendo uma educação crítica e reflexiva.

De acordo com Soares (1998, p. 17) “alfabetizar é fornecer condições para que as pessoas tenham acesso ao mundo da escrita, tornando-se capaz não só de ler e escrever, mas, sobretudo, de fazer uso adequado da escrita em todas as funções em que ela tem em nossa sociedade”.

Dessa forma, não basta apenas saber ler e escrever, mas também de ser capaz de utilizar a escrita de forma apropriada em todas as áreas da sociedade. É crucial que as pessoas se tornem habilidosas na expressão escrita, a fim de se comunicarem de maneira eficaz e bem-sucedida nas diferentes esferas da vida, como no ambiente de trabalho, na educação, nos relacionamentos interpessoais e na participação cívica.

O letramento vai além da mera decodificação de palavras e inclui a compreensão e a produção de textos, a interpretação crítica das informações, a capacidade de se expressar adequadamente oralmente e por escrito, o conhecimento das normas e convenções da língua escrita, entre outras habilidades. Sendo assim:

 

Letramento é a palavra e conceito recente, introduzido na linguagem da educação e das ciências linguísticas há pouco mais de duas décadas. Seu surgimento pode ser interpretado como decorrência da necessidade de configurar e nomear comportamentos e práticas sociais na área da leitura e da escrita que ultrapassam o domínio do sistema alfabético e ortográfico, nível da aprendizagem da língua escrita perseguido, tradicionalmente, pelo processo de alfabetização. (SOARES, 2004, p. 20).

 

O uso adequado da escrita inclui a compreensão das normas gramaticais e ortográficas, assim como a habilidade de expressar ideias de forma clara e coesa. Portanto, é fundamental para o progresso individual e coletivo que todos nós nos tornemos competentes na escrita, de forma a contribuirmos para a construção de uma sociedade mais informada, envolvida e comunicativa.

 

3.2. Alfabetizar e letrar ainda na infância

 

A alfabetização e o letramento são processos fundamentais na formação do indivíduo, pois são por meio deles que a criança adquire habilidades e competências essenciais para sua vida pessoal, acadêmica e profissional.

 

De todos os grupos populacionais, as crianças são as mais facilmente alfabetizáveis. Elas têm mais tempo disponível para dedicar à alfabetização do que qualquer outro grupo de idade e estão em processo contínuo de aprendizagem (FERREIRO, 1999, p.17).

 

A alfabetização, que consiste na aprendizagem da leitura e escrita, é um primeiro passo para o desenvolvimento cognitivo da criança. Ao aprender a decodificar as letras, palavras e frases, a criança adquire a capacidade de compreender o mundo ao seu redor, expressar suas ideias e se comunicar de forma escrita. Isso amplia suas perspectivas de aprendizado, permitindo que ela acesse conhecimentos em diferentes áreas do saber, como ciências, matemática, história, entre outras.

Já o letramento vai além da alfabetização, pois envolve o uso social da leitura e escrita. É por meio do letramento que a criança compreende a função e o significado da escrita em diferentes contextos, como ler um livro, escrever um bilhete, interpretar um texto informativo, entre outros. O letramento também está diretamente relacionado à capacidade de compreensão, interpretação e produção de textos, habilidades essenciais para o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade argumentativa.

A importância da alfabetização e letramento na educação infantil está relacionada a diversos aspectos;

1. Desenvolvimento cognitivo: Aprender a ler e escrever desde cedo estimula o desenvolvimento do pensamento lógico, da memória, da atenção e da capacidade de raciocínio das crianças.

2. Ampliação do vocabulário: A alfabetização e letramento proporcionam o acesso a um maior número de palavras e expressões, enriquecendo a linguagem e possibilitando a comunicação de forma mais clara e precisa.

3. Desenvolvimento social e emocional: Através da leitura, as crianças têm acesso a diferentes realidades, histórias e experiências, o que contribui para a formação de sua identidade, empatia e socialização com outras pessoas.

4. Inclusão social: A capacidade de ler e escrever é essencial para o pleno exercício da cidadania, possibilitando a participação nas atividades sociais, políticas e econômicas de uma comunidade.

5. Autonomia e protagonismo: A alfabetização e letramento permitem que as crianças se tornem sujeitos ativos no processo de aprendizagem, podendo expressar suas ideias, emoções e opiniões por meio da escrita e da leitura.

Dessa forma, investir na alfabetização e letramento na educação infantil é essencial para garantir um futuro mais promissor às crianças, proporcionando-lhes ferramentas para a compreensão do mundo, para a comunicação efetiva e para o desenvolvimento de habilidades fundamentais para a vida adulta.

A alfabetização refere-se ao processo de aprendizagem das habilidades básicas de leitura e escrita, ou seja, o domínio do código linguístico. Já o letramento envolve o uso dessa habilidade em situações reais de comunicação, compreensão e interpretação de textos.

De acordo com Soares (2004), é importante destacar que a alfabetização e o letramento não devem ser tratados como etapas sequenciais, mas sim como processos que ocorrem simultaneamente e que se complementam. O acesso ao mundo da escrita acontece de forma conjunta, pois é através da alfabetização que se adquirem as ferramentas necessárias para decodificar e codificar símbolos escritos, e é através do letramento que se desenvolvem as habilidades de compreensão e interpretação de textos.

Dessa forma, são dois processos distintos, porém interligados, que acontecem de maneira complementar. A alfabetização é o ponto de partida para o letramento, possibilitando que o indivíduo se aproprie do sistema de escrita. Porém, o letramento vai além da simples decodificação das letras, envolvendo o uso funcional da escrita em diferentes contextos sociais e culturais.

Assim, entender as especificidades de ambos os processos é fundamental para o desenvolvimento efetivo das habilidades de leitura e escrita, garantindo que os indivíduos se tornem sujeitos proficientes na cultura escrita.

A alfabetização e o letramento na educação infantil são ainda mais relevantes, pois é nessa fase que a criança está em pleno desenvolvimento de suas habilidades cognitivas e linguísticas. Quanto mais cedo ela for exposta a experiências de leitura e escrita, maior será sua capacidade de aprender e se desenvolver de forma integral.

Além disso, é importante ressaltar que a educação infantil é o momento em que as crianças estão mais abertas à aprendizagem, com uma curiosidade natural e um potencial enorme para absorver conhecimento. Ao oferecer atividades lúdicas que estimulem a alfabetização e o letramento, a escola proporciona um ambiente propício ao desenvolvimento dessas habilidades, tornando o aprendizado prazeroso e significativo para as crianças.

Portanto, a alfabetização e o letramento na educação infantil são fundamentais para a formação integral do indivíduo, proporcionando a ele as ferramentas necessárias para que possa se expressar, compreender o mundo e se relacionar de forma efetiva com outras pessoas. Investir nesses processos desde cedo é construir bases sólidas para um futuro de sucesso acadêmico e pessoal.

 

 

3.3. Alfabetização e letramento na fase adulta

 

A alfabetização e letramento na idade adulta são processos importantes para promover a inclusão social e o desenvolvimento pessoal. No entanto, a falta de habilidades de leitura e escrita na vida adulta pode trazer diversos malefícios para o indivíduo.

Um dos principais problemas enfrentados por adultos que não são alfabetizados ou letrados no tempo certo é a limitação de oportunidades de emprego. A maioria das profissões exige algum nível de habilidade em leitura e escrita, e a falta dessas competências pode restringir as opções de carreira e resultar em trabalhos precários e mal remunerados.

Além disso, a falta de alfabetização e letramento pode afetar a capacidade de entender e lidar com questões cotidianas, como fazer compras, preencher formulários ou interpretar informações importantes, como instruções médicas. Isso pode levar a uma dependência de outras pessoas e à falta de autonomia, prejudicando a qualidade de vida do indivíduo.

A exclusão digital também é uma preocupação, já que as novas tecnologias se tornaram uma parte essencial da sociedade moderna. Sem habilidades básicas de leitura e escrita, indivíduos adultos podem encontrar dificuldades em utilizar dispositivos eletrônicos, acessar informações online e participar de atividades digitais, deixando-os em desvantagem em relação aos demais.

Outro aspecto negativo é o impacto na autoestima e na confiança do indivíduo. A falta de habilidades de leitura e escrita pode levar a sentimentos de vergonha, incompetência e exclusão social. Esses sentimentos podem afetar negativamente a saúde mental e emocional do adulto, prejudicando o seu bem-estar geral.

O governo quanto os diferentes setores da sociedade devem se envolver na promoção da educação e alfabetização de jovens e adultos. O programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) busca oferecer oportunidades de estudo e aprendizagem a pessoas que não tiveram acesso ou não concluíram a educação básica na idade adequada. Ele busca superar as desigualdades sociais e promover a inclusão dessas pessoas no mundo letrado.

Além de ajudar os adultos a realizarem tarefas do cotidiano que exigem habilidades de leitura e escrita, o letramento também proporciona um entendimento mais amplo do papel dessas pessoas no mundo. Assuntos como direitos civis, cultura, política, economia e ecologia se tornam parte do vocabulário e do conhecimento dessas pessoas, contribuindo para sua participação na sociedade como cidadãos informados e ativos.

Na escola, o processo de alfabetização de jovens e adultos precisa levar em consideração toda a sua vivência de mundo, não impondo conteúdos como se esses os desconhecessem absolutamente. Todo ser humano mesmo não sendo alfabetizado, uma vez que habita em uma sociedade letrada não pode ser considerado por um todo iletrado.

 

Não se ensina a gostar de ler por decreto, ou por imposição, nem se forma letrado por meio de exercícios de leitura e gramática rigidamente controlados. Para formar indivíduos letrados, a escola tem que desenvolver um trabalho gradual e contínuo (CARVALHO, 2005, p. 67).

 

A normatização do EJA pela Resolução CNE/CEB nº 1 estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação de jovens e adultos no Brasil. Essas diretrizes visam garantir a qualidade e a coerência dos programas de EJA, promovendo uma educação que seja adequada às necessidades e realidades dos estudantes adultos.

No entanto, a responsabilidade pela promoção do letramento não é exclusiva do Estado. A sociedade também tem um papel importante nesse processo. É necessário que existam iniciativas e programas de alfabetização e letramento promovidos por organizações da sociedade civil, empresas, instituições de ensino e demais atores sociais que reconheçam a importância da educação de jovens e adultos e que contribuam para sua realização. É imprescindível que os professores que atuam exclusivamente neste setor, possam considerar as vivências dos alunos, nas palavras de Soek, Haracemiv e Stoltz (2009, p. 41),

 

Os alfabetizandos jovens e adultos, por mais que não tenham frequentado a escola regular, convivem no meio social com diferentes tipos de escritas, tais como documentos, propagandas, rótulos, etc. Além disso, ao iniciar o processo de alfabetização já trazem consigo diferentes hipóteses sobre o mundo letrado, função da leitura e da escrita, assim como toda uma experiência com a oralidade.

 

Para Freire (1987), a alfabetização é um ato de empoderamento, onde o analfabeto se torna consciente de sua capacidade e direito de participar ativamente da sociedade como agente de sua própria aprendizagem. Não se trata apenas de reproduzir informações, mas de interpretá-las criticamente, questionando as estruturas de poder e opressão presentes na linguagem e na sociedade.

Dessa forma, a alfabetização se torna um ato de libertação, que permite não apenas o acesso à leitura e escrita, mas também possibilita a tomada de consciência e a transformação das condições de vida. Através da alfabetização crítica, o sujeito se torna capaz de se expressar, participar ativamente do diálogo social e reivindicar seus direitos.

 

A narração, de que o educador é o sujeito, conduz os educandos à memorização mecânica do conteúdo narrado. Mais ainda, a narração os transforma em “vasilhas”, em recipientes a serem “enchidos” pelo educador. Quanto mais vá “enchendo” os recipientes com seus “depósitos”, tanto melhor educador será. Quanto mais se deixem docilmente “encher”, tanto melhores educandos serão (FREIRE, 1987, p. 37).

 

Assim, para Freire, a alfabetização na idade adulta não é um mero ato técnico, mas um processo de conscientização e empoderamento, que permite ao indivíduo se tornar sujeito de sua própria história e agente de transformação social.

Portanto, o letramento ministrado aos adultos não apenas facilita suas tarefas diárias, mas também possibilita o desenvolvimento de um entendimento mais abrangente de seu papel no mundo. É um processo que deve ser promovido tanto pelo Estado quanto pela sociedade como um todo, garantindo assim a inclusão e o empoderamento dessas pessoas.

Em suma, a falta de alfabetização e letramento na idade adulta pode trazer diversos malefícios para o indivíduo, incluindo a limitação de oportunidades de emprego, dificuldades na vida cotidiana e na incorporação das tecnologias digitais, além de impactar negativamente a autoestima e o bem-estar. Por isso, é fundamental investir em programas e políticas públicas que visem a inclusão e o desenvolvimento dessas habilidades ao longo da vida.

 

 

4. Considerações finais

 

Podemos concluir que a apropriação da leitura e da escrita desde as séries iniciais é fundamental para o desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos ao longo de sua trajetória escolar. Quanto mais cedo as crianças são expostas a práticas de leitura e escrita, maior é a chance de elas se tornarem fluentes e proficientes nessas atividades.

Ao dominar a leitura e a escrita precocemente, as crianças adquirem uma base sólida para aprender novos conceitos e adquirir conhecimento em diversas disciplinas. Elas conseguem compreender textos mais complexos, interpretar informações e expressar suas ideias de forma clara e coesa.

Além disso, a leitura e a escrita são habilidades essenciais para a comunicação efetiva. Ao longo da vida escolar, os alunos são constantemente desafiados a participar de discussões, apresentações e produção de textos. Aqueles que desenvolveram habilidades de leitura e escrita desde cedo terão mais facilidade em se expressar e se fazer entender, o que contribui para o seu sucesso acadêmico.

Em resumo, quanto mais cedo as crianças se apropriarem da leitura e da escrita, mais chances terão de desenvolvê-las com êxito ao longo de sua trajetória escolar. Isso irá capacitá-las a utilizar a leitura e a escrita como prática discursiva de forma natural e fluente, ampliando suas possibilidades de aprendizado e comunicação.

 

 

Referências

 

BORTONI-RICARDO, Stella Maris. O professor pesquisador: introdução à pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

 

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e letrar: um diálogo entre a teoria e a prática. Petrópolis: Vozes, 2005.

 

FERREIRO, Emilia. Com todas as letras. 7 ed. São Paulo: Cortez, 1999.

 

SILVA, José Barbosa da. (Org.). Retratos na parede: saberes docentes em educação de jovens e adultos: teatro, cinema, poesia, música, jornais. João Pessoa: Secretara de Educação e Cultura/Textoarte, 2004.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª ed.Rio de Janeiro, Paz e Terra,1987.

 

SOARES, M. Alfabetização e Letramento, Caminhos e Descaminhos. Revista Pátio, ano VIII, fev/abr. 2004a.

 

SOARES, Magda, Letramento:Um tema em três gêneros/ Magda Soares, Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

 

SOEK, Ana Maria; HARACEMIV, Sonia Maria Chaves; STOLTZ, Tânia. Mediação pedagógica na alfabetização de jovens e adultos. Curitiba: Positivo. 2009.

 

 

A RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E LUDICIDADE NO AUXÍLIO DA PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM

Daiane Efrem Lopes de Paula

1Poliana Torres Capelari da Purificação

 

 

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo estudar a importância da ludicidade para a aprendizagem dos alunos na educação infantil. Por esse motivo, foi investigada a importância das questões relacionadas, pois as atividades são jogos e ações expressas por meio do brincar. Portanto, com base nas questões levantadas, delineia-se o objetivo geral. O princípio do objetivo geral é refletir a importância dos jogos e da brincadeira na perspectiva do lúdico para o ensino de alunos da educação infantil. Para a realização deste trabalho, foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a importância dos jogos para a educação. Para tanto, foram determinados os benefícios das atividades lúdicas na educação infantil, e papéis dos professores relacionados a jogos e jogos no jogo. Cujo objetivo é observar jogos e condutas na educação infantil e orientação do professor, o que torna o aprendizado mais agradável. O trabalho atual visa estudar a importância do lúdico, por meio de jogos e brincadeiras infantis.

 

PALAVRAS-CHAVE: Lúdico. Aprendizagem. Jogos e brincadeiras. Educação Infantil.

 

 

INTRODUÇÃO

 

As brincadeiras na vida das crianças são de grande importância, porque quando você brinca, explora e processa tudo ao seu redor, você faz um esforço físico. Assim como os jogos, é importante para o desenvolvimento infantil na educação infantil, pois percebem a autonomia das crianças por meio das mesmas regras de aprendizagem das crianças.

De modo geral para a educação, os princípios em jogos da educação infantil é uma poderosa ferramenta de aprendizagem experiencial que pode aprender a aprender a viver em sociedade. Para tanto, foi realizada uma investigação teórica para compreender o conceito lógico do jogo e encontrar o método diagnóstico do brincar, da mesma forma que auxilia na aprendizagem de crianças pequenas. Nessa perspectiva, o problema a ser resolvido é o que há de melhor na educação infantil, e a importância dos jogos e brincadeiras para a aprendizagem dos alunos.

É muito importante para o desenvolvimento das crianças, o caminho que vai desde a função mais importante até as regras, jogos e brincadeiras para crianças e jovens vão subindo gradativamente, são uma fonte inesquecível de interação lúdica e emocional. Para realizar uma aprendizagem eficaz, os alunos devem possuir certos conhecimentos e absorver seu conteúdo. Os jogos são um excelente recurso para promover a aprendizagem.

O tema foi escolhido porque tenho contato direto com a educação infantil e percebo como os jogadores usam jogos e brincadeiras para aprender e vejo como os alunos interagem com ele por meio de jogos medidos pelos professores. Para a este trabalho, realizamos um estudo bibliográfico para reunir informações de autores que solucionaram o tema.

Desta forma, foi realizada uma investigação teórica para compreender o conceito lógico do jogo e encontrar o método diagnóstico do brincar, da mesma forma que auxilia a aprendizagem de crianças pequenas. O objetivo do trabalho aberto é disponibilizar jogos visuais e a importância dos jogos na educação infantil por meio de professores intermediários.

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

O tema selecionado é relevante porque, por meio dele, a função do jogador e a função do jogador para aprender as crianças na educação infantil podem ser canceladas.

No processo de ensino e aprendizagem na primeira infância, o entretenimento não deve ser apenas enfatizado, mas deve ser enfatizado desta forma. Fan Taccioli (S / D, página 5) explicou que, por meio da ludicidade das crianças, ela pode ficar mais relaxada, ouvir, respeitar e discordar de seus pontos de vista, exercer suas habilidades de liderança, se tornar uma grande aliada pra o processo ensino aprendizagem.

A educação básica na educação infantil é de grande importância, pois proporciona um aprendizado interativo e agradável por meio de jogos e até mesmo da aprendizagem na primeira infância. SOARES (2010, p. 18) esclarece que as atividades lúdicas existem em todas as classes sociais, e crianças de todas as idades podem se divertir brincando.

O lúdico promove a aprendizagem e realiza o desenvolvimento físico intelectual e social das crianças, de forma a alcançar um desenvolvimento real, integral e prazeroso, que seja significativo. SEGUNDO SANTOS (2002, P.12) os jogadores promovem a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, cooperam para uma boa saúde mental, preparam-se para países sem litoral, socializam instalações, comunicam, expressam e constroem processos.

 

A atividade lúdica é muito viva e caracteriza-se sempre pelas transformações, e não pela preservação, de objetos, papéis ou ações do passado das sociedades [...]. Como uma atividade dinâmica, o brincar modifica-se de um contexto para outro, de um grupo para outro. Por isso, a sua riqueza. Essa qualidade de transformação dos contextos das brincadeiras não pode ser ignorada. (FRIEDMANN, 2006, p. 43).

 

Para que os jogadores auxiliem na construção do conhecimento, os professores devem mediar as atividades por Ele planejadas e determinar os objetivos do jogo para que tenham as características pedagógicas que promovam essa intervenção e desenvolvimento social.

 

As atividades lúdicas são muito mais que momentos divertidos ou simples passatempos e, sim, momentos de descoberta, construção e compreensão de si; estímulos à autonomia, à criatividade, à expressão pessoal. Dessa forma, possibilitam a aquisição e o desenvolvimento de aspectos importantes para a construção da aprendizagem. Possibilitam, ainda, que educadores e educando se descubram, se integrem e encontrem novas formas de viver a educação (PEREIRA, 2005, p. 20).

 

A partir do entendimento acima, as atividades do jogo são formuladas por meio do estímulo e das sugestões dos professores. Essas atividades são baseadas nas regras e locais estabelecidos pelo professor para entreter e fornecer entretenimento e desempenham um papel indispensável no jogo (por exemplo, em Expressado em Inglês).

Ressalta-se que memória e imaginação são alicerces importantes para um ensino de qualidade, pois segundo RIBEIRO (2013, P.1), os alunos promovem práticas educacionais importantes.

 

As contribuições das atividades lúdicas no desenvolvimento integral indicam que elas contribuem poderosamente no desenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que constitui a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança (NEGRINE, 1994, p.19).

 

A ludicidade é um recurso de método importante que pode ser usado para ajudar as crianças na aprendizagem. O jogo aprende o conteúdo por meio de regras e, como explora os arredores, o jogo é protegido.

 

O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e biológico é uma atividade livre, alegre que engloba uma significação. É de grande valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais, pois favorece o desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos. (KISHIMOTO, 1996 p. 26).

 

Segundo SILVA (2012, P.10), os jogos e brincadeiras são essenciais para o desenvolvimento das crianças, como atividades adequadas no processo de ensino e na aprendizagem importante dos conteúdos do curso. Portanto, permite que as pessoas se concentrem, concentrem e gerem conhecimento. Jogos e brincadeiras são a forma mais natural de despertar as crianças para prestar atenção nas atividades.

Jogos e o ensino as regras de jogos, desenvolvem as características pessoais, sociais e culturais das crianças, e também promovem a saúde mental das crianças, promovem as habilidades de socialização, comunicação e expressão.

Porém, para o sucesso da aplicação de jogos, os professores precisam mediar a fim de atingir objetivos pré-determinados e planejar suas atividades. Por meio do uso de jogos e brincadeiras, o professor apresenta os alunos às crianças para educar os alunos, o que contribui para o conhecimento das crianças.

A partir das questões levantadas, no processo de educação e ensino infantil, a importância dos jogos e da brincadeira como um todo se reflete na importância dos jogos e brincadeiras. Porque esses dois objetivos específicos são: realizar um estudo bibliográfico sobre jogos e a importância dos jogos para a alfabetização.

Se o jogador é mediado pelo professor por meio de jogos e brincadeiras, então eles são uma ferramenta de aprendizagem para a educação infantil. Nesse referencial teórico, os problemas necessários para o desenvolvimento do trabalho são resolvidos, pois a pesquisa bibliográfica é realizada na educação das crianças e na importância dos jogadores e da aprendizagem.

O referencial teórico fornece uma breve discussão teórica e se conecta com os limites de temas, objetivos, hipóteses, questões e argumentos de trabalho.

 

O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (FERREIRA; SILVA RESCHKE [s/d], p.3).

 

De acordo com Kishimoto (1996, p. 83), é permitido provar a imaginação da criança ao dispor deliberadamente os objetos simbólicos da criança por meio da função simbólica, que significa o desenvolvimento global da criança. Entenda que ao explorar a imaginação infantil na educação infantil, os jogadores usam objetos predefinidos para melhorar a criatividade (MATOS (2013, p. 139)), explicando que a lubrificação é uma ferramenta muito importante. Disse que é uma ferramenta muito importante porque é a base para que as crianças desenvolvam sua compreensão, conhecimento e compreensão do mundo.

Segundo a pesquisa de PEREIRA (2005), no processo de aprendizagem das crianças, as atividades lúdicas são importantes tanto para a aprendizagem das crianças quanto para o que pensamos em nossa memória. Conduza ensino de alta qualidade.

 

O lúdico como método pedagógico prioriza a liberdade de expressão e criação. Por meio dessa ferramenta, a criança aprende de uma forma menos rígida, mais tranquila e prazerosa, possibilitando o alcance dos mais diversos níveis do desenvolvimento. Cabe assim, uma estimulação por parte do adulto/professor para a criação de ambiente que favoreça a propagação do desenvolvimento infantil, por intermédio da ludicidade (RIBEIRO 2013, p.1).

 

MATOS (2013, P.139) explica que a ludicidade é uma ferramenta muito importante para a formação das crianças, pois desenvolve seu conhecimento, conhecimento e compreensão por meio das crianças. Segundo PEREIRA (2005), no processo de aprendizagem das crianças. As atividades lúdicas podem desenvolver vários aspectos, podendo-se perceber a partir disso que a atenção, a memória e a imaginação são muito importantes para a qualidade da educação, desenvolvimento e aprendizagem das crianças, por meio do desenvolvimento social, cultural e da personalidade, para contribuir para uma vida saudável e saudável.

As atividades lúdicas auxiliam os alunos no processo de aprendizagem da educação infantil, pois seu trabalho é focado, imaginação, motivação e aspectos sociais, visando a aprendizagem integral de crianças significativas para um ensino de qualidade.

ALMEIDA (2008, P.34) afirma que nas aulas de educação infantil, as atividades lúdicas devem ser utilizadas todos os dias como um recurso para a prática educativa, a fim de ser não só o desenvolvimento emocional dos alunos, mas também as restrições dos educados. Possibilidades de problemas efetivos no ambiente escolar. Na educação infantil, a inteligência é muito importante para o crescimento das crianças, pois intelectualmente falando, pois, brincar com você “se compromete com a qualidade de vida das crianças” (MEYER, 2008, p. 22)

Segundo SNOWS (APUD FERREIRA; SILVA RESCHKE [S / D], pág. 6), o jogo tem um significado importante porque possui valores específicos em todas as fases da vida. Portanto, na infância, o objetivo é essencialmente pedagogia. O lúdico é um método de ensino capaz de ensinar desempenho sem cobrança de taxas, é de grande relevância e oferece uma experiência de aprendizagem de alta qualidade. Jogos fornecem para educação infantil o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.

Segundo Horn (2004, P.24), na educação infantil, brincar tem grande importância para o desenvolvimento das crianças, pois são as atividades principais e benéficas em uma sociedade introdutória.

Durante a atividade lúdica, oportunizam para as crianças oportunidade para governar ou exercer seus próprios métodos de comunicação e entretenimento por sua própria iniciativa (SOUZA 2015, P.1). De acordo com a regulamentação de KISHIMOTO (1996, p. 24), o aluno está sujeito ao processo de ensino e é motivado a desenvolver sua criatividade ao invés da produtividade.

SOUZA (2015, P.2) reflete que os jogadores são uma linguagem importante e expressiva que pode fazer de você, dos outros, da cultura e do mundo um espaço de aprendizagem significativo e significativo. SILVA RESCHKE (S / D], p. 7) explica que os jogadores podem estudar a relação entre as crianças e o mundo exterior e integrar pesquisas específicas sobre a importância dos jogadores na formação da personalidade. SOUZA (2015, P.1), esclarece o jogo par além do entretenimento, é importante porque desempenha um papel importante no processo de desenvolvimento humano, auxiliando na aprendizagem, no desenvolvimento social, pessoal e cultural, e promovendo a interação social, a comunicação e a comunicação.

Rock; Silva (S / D, pág. 8) acredita que usar o jogador como forma de atingir os objetivos escolares é uma dose. Segundo OLIVEIRA (2013, p. 14), isso explica que as atividades de utilização no processo de aprendizagem são de grande valia para o desenvolvimento dos alunos.

Segundo Malaria; RIBEIRO (2013), inserir os jogadores na vida educacional da escola tornou-se uma forma eficaz de imprimir o seu nome ao universo adulto através do universo infantil. Promova importantes capacidades de prática educacional.

 

A educação lúdica contribui e influência na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, crítica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso de transformação e modificação do meio (ALMEIDA, 2008, p. 41).

 

ALMEIDA (2014) complementou as atividades lúdicas que auxiliam no desenvolvimento e aprendizagem das crianças, pois cooperam entre si na formação e, portanto, são de grande importância no estabelecimento de uma autoestima satisfatória no desenvolvimento pessoal.

BARBOSA (2010, P.7) explica que o jogador pode ajudar a criança a crescer, pois ela pode aprender mais com facilidade por meio de jogos e brincadeiras, além de poder promover atividades estratégicas por meio da prática esportiva.

 

O lúdico é tão   importante   para o desenvolvimento da criança, que merece atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser   único, com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. Para    poder    garantir    o   sucesso    do   processo   ensino-aprendizagem, o professor deve utilizar-se dos mais variados    mecanismos   de   ensino, entre eles as   atividades   lúdicas.   Tais     atividades    devem     estimular   o   interesse, a     criatividade, a   interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e relacionar conteúdos e conceitos.  O   professor deve-se    limitar apenas a   sugerir, estimular   e   explicar, sem   impor, a   sua   forma de   agir, para    que   a   criança   aprenda descobrindo   e   compreendendo    e    não    por    simples   imitação.    O   espaço   para   a realização das atividades, deve   ser   um ambiente agradável, e   que as crianças possam se sentirem descontraídas e confiantes (ALMEIDA 2014 p. 3).

 

Através da aprendizagem do jogador, o aluno procura saber, ou seja, para aprender a desenvolver a sua personalidade, pois isso vai produzir o conceito de socialização e de relações lógicas, vitais para a sua personalidade e desenvolvimento social. KISHIMOTO (1996 P.24) afirma que por meio do jogo o aluno conhece, deseja, está disposto a participar e conquistar o desejo.

 

 

CONCLUSÃO

 

O lúdico é considerado um meio de comunicação, pelo que pode estimular a criatividade, a expressão e a espontaneidade porque desempenha um papel imaginativo e útil para uma aprendizagem significativa. No processo de ensino, a aprendizagem é valiosa, pois para as crianças é espontânea e permite sonhos, fantasias e desejos complementares como crianças reais.

A ludicidade é uma ferramenta poderosa de aprendizagem do professor, mas não importa como se atinja o propósito desse método, é tão importante na educação infantil, porque o mesmo método é utilizado na aprendizagem de metas, objetivos ou metas de aprendizagem. É muito importante para a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos da educação infantil, pois contribui para o desenvolvimento pessoal e social das crianças de uma forma significativa e divertida.

As atividades realizadas por meio do plano de aula são importantes porque proporcionam concentração, o que ajuda a absorver o conteúdo com naturalidade. Ludicidade não é a única ferramenta para melhorar o ensino e a aprendizagem, mas é uma ponte que pode ajudar a melhorar os resultados da mudança de interesse dos professores na aprendizagem.

Para tanto, em termos de escolha como de interação social. é uma opção para desenvolver a relação entre cognição, motivação e potencial social deste grupo para alcançar um crescimento saudável. Por meio das atividades lúdicas, o conceito de forma das crianças, a escolha de ideias, o estabelecimento de relações lógicas, a integração de ideias para torná-las proporcionais ao crescimento e desenvolvimento do corpo, o mais importante, sua reserva, felicidade.

A ludicidade tem contribuído para o desenvolvimento das crianças e desempenhado um papel importante no auxílio à aprendizagem, ao desenvolvimento social, cultural e pessoal, proporcionando assim a socialização e a aquisição de conhecimentos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA, Marcos Teodorico Pinheiro de. Jogos divertidos e brinquedos criativos. 2ª ed. Petrópolis, SP: Vozes, 2004.

 

 

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação lúdica. São Paulo: Loyola, 1994.

 

 

BOCK, Ana Mercês Bahia. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia / Ana Mercês Bahia Bock, Odair Furtado, Maria de Lourdes Trassi Teixeira. – 13. Ed. Reform. e ampl. – São Paulo : Saraiva 2002.

 

 

COLL, C.; MARCHESI A.; PALACIOS J.; Desenvolvimento psicológico e educação. 2. Ed. – Porto Alegre: Artmed, 2004 Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicas. São Paulo: Loyola, 1995. educação. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2003.

 

FREUD, S. Escritores Criativos e Devaneios. Vol. IX . Rio de Janeiro. Imago, 1974.

 

MARCHESI, Álvaro; PALACIOS, Jesús (orgs). Desenvolvimento psicológico e educação. Rio Grande do Sul: Artmed, p.181, 2004.

 

OLIVEIRA, M. K. de.  Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1995

 

SANTOS, Santa Marli Pires dos. O Lúdico na Formação do Educador. Petrópolis: Vozes, 1999.Scipione, p.39, 2004.

1 O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

 

 

RELATÓRIO DE ATIVIDADES DE PESQUISA E EXTENSÃO EM PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO II - 2º SEMESTRE ESCOLA MUNICIPAL FÁBIO RIBEIRO DA CRUZ

Edna Adriana da Silva

 

 

INTRODUÇÃO

 

É importante ressaltar que o papel da educação é preparar cidadãos para conviver numa sociedade em constantes transformações, com isso cada vez mais se exige que as pessoas estejam sempre se capacitando, pois são várias as dificuldades encontradas em sala de aula.

Neste sentido o presente estudo tem como objetivo apresentar uma pesquisa de campo realizada na escola Municipal Fábio Ribeiro da Cruz do município de Colíder-mt, onde se levantou dados que mostraram a realidade da escola sobre os aspectos educacionais referentes às dificuldades encontradas quando se trata metodologias de ensino para alunos com necessidades especiais como também as dificuldades que tais alunos possuem em aprender.

Além disso, se faz importante destacar que com a construção do trabalho pode-se adquirir o conhecimento abalizado no cotidiano da escola visto que, a formação continuada dos professores é indispensável para auxiliar esses educandos, pois se sabe que o papel da escola é formar cidadãos para habituar-se em uma sociedade habita mudança constantemente respeitando seus costumes e crenças.

Também teve como objetivo realizar uma analise de dados com intuito de propor aos docentes que atuam na escola de prima a quinta série, oficinas pedagógicas que possam servir como material de apoio para estarem usufruindo em sala de aula e melhorando a sua metodologia de ensino, beneficiando os alunos.

 

 

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

 

1.1 A Escola Inclusiva

 

Atualmente nota-se que um aumento significativo no número de alunos com necessidades especiais que frequentam as escolas, no entanto para auxiliar a educação de tais alunos, devem-se oferecer diferentes metodologias existentes com objetivo de ajudar e facilitar a inclusão destes nas salas de aulas.

Desta forma Paula e Costa, (2006 p. 10) relata que, a educação inclusiva educa os estudantes a conviverem, com tal fato as “crianças com deficiência aprendem a conviver e a lidar com a deficiência em um ambiente novo, fora do círculo familiar ao qual estão acostumadas”. Deste modo a escola conduz os alunos para um amanhã relacionado com a sociedade da forma que ela é representada na contemporaneidade.

Neste sentido, Brasil (2008, p. 32), argumenta que a educação especial definida Como:

 

Uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular.

 

Como se observa sem dúvidas a inclusão da pessoa com deficiência na escola é um grande desafio, pois envolvem no contexto educacional todos os profissionais de educação, contando também com apoio da família para uma aprendizagem produtiva. Visto que a escola é a fonte de conhecimento que conecta o ser humano com o mundo, desta maneira deve favorecer na ampliação de possibilidades, e na compreensão das informações apontadas pela humanidade e aproveita-las no exercício essencial para a cidadania (Brasil 2008).

Conforme Aranha, (2004, p.08), está definido no Artigo 2º da Lei de Diretrizes Nacionais da Educação Especial. Resolução Nº 2, de 15 de agosto de 2001 que:

 

Os sistemas de ensino devem constituir e fazer funcionar um setor responsável pela educação especial, dotado de recursos humanos, materiais e financeiros que viabilizem e dêem sustentação ao processo de construção da educação inclusiva.

 

Para a questão Paula e Costa, (2006, p.10), também enfatizam que:

 

Uma escola inclusiva se caracteriza por aceitar, respeitar e valorizar alunos com diferentes características (...). É uma escola construída sob o princípio da educação como direito de todos os cidadãos. É um objetivo a ser alcançado pela luta por uma escola pública gratuita e de qualidade

 

Sendo assim, as escolas devem estar abitas para receber e preencher as precisões de cada aluno que apresentar cuidados exclusivos, oferecendo apoio para sua educação e ampará-lo no proceder de seu desenvolvimento, promovendo assim, um ensino qualificado.

 

1.2 Formação Continuada dos Profissionais

 

Atualmente a escola para por diversas transformações e cada vez mais a prática docente deve se adequar as mundas e se preparar-se para conduzir o ensino de forma rica e inovadora.

Como se sabe a sociedade é constituída por uma sucessão de pessoas distintas, onde cada indivíduo tem suas particularidades individuais, tais como, crenças, culturas e valores.

No contexto escolar não deve ser diferente, pois seria anormal a escola realizar um trabalho com igualdade, visto que precisa estar de portar abertas para receber todos os alunos respeitando seu conhecimento adquirido com os primitivos de suas famílias, como também os indivíduos que apresentam necessidades especiais etc. (SILVA & ARRUDA, 2013).

Sabe-se que para o professor ensinar é preciso que tenha condições para entender e ter segurança da importância dos desafios que encontrará no processo de ensino-aprendizagem e dos princípios que assegura seu caráter docente Tardif (2012).

Diante da circunstancia se faz necessário entender que ensinar exige sabedoria e autenticidade para conduzir o ensino de forma que os educadores tenham entrosamento com os educandos, assim a aprendizagem se torna prazerosa. Freire (1996, p, 12), também fala que, “[...] não docência sem discência”, pois, “[...] quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender”.

Dessa forma, entende-se que ensinar exige que o educador, em todas as circunstâncias, tenha respeito com os saberes que os discentes trazem da sua realidade e que o professor aprenda a escutar para ter um pensamento certo que o possibilite agir com coerência, fazendo com que possa despertar no educando autonomia para desenvolver o próprio conhecimento.

No entanto, Moraes, 2003 (p.51, apud, SILVA & ARRUDA, 2013, p.4) assinala que:

 

[...] afirma o conhecimento humano é adquirido pelo indivíduo por meio da estruturação por meio da transmissão estruturadora do processo ensino- aprendizagem, e o sujeito tem um papel insignificante em sua aquisição e em sua elaboração. A educação, na maioria das vezes, é compreendida como instrução e está circunscrita à ação da escola. A ênfase é dada às situações de sala de aula, nas quais os alunos são instruídos pelo professor.

 

Contudo a capacitação de um profissional é fundamental para prepara-lo com objetivo de aplicar seus conhecimentos adquiridos em diferentes modos da aprendizagem, como também a vincular suas agilidades principais, características etc. além de estudar especificamente uma definida área, a pessoa deverá ser estimulada a exercitar suas capacidades básicas, que se trata de sua apresentação pessoal, aparência, autoestima, comunicação. A ideia é desenvolver a autonomia, criar autoconfiança e promover o desenvolvimento da pessoa, como relata Martins (1999).

Diante disso, entende-se que a formação continuada é indispensável para os profissionais que atuam na educação, pois é necessário buscar o conhecimento para trabalhar os diferentes níveis de aprendizagem.

Visto que educar não é apenas encher a lousa de conteúdos e falar mecanicamente, para educar, é necessário um envolvimento maior por parte do professor com os educandos e vice- versa. Sendo assim, cabe aos educadores direcionar caminhos aos educandos e que através desses, a aprendizagem possa ocorrer e contribuir para a formação pessoal e profissional (FREIRE, 1996). A partir dessas considerações entende-se que a formação continuada beneficia a qualificação do profissional, pois ele estará em processo continuado de aprendizagem,comdiferentes contextos relacionados ao mundo.

 

 

2. RELATÓRIO DA FASE DE OBSERVAÇÃO

 

2.1. Descrição do local onde foi realizada a pesquisa

 

Neste sentido realizou se uma pesquisa de campo que tem por “objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou ainda, descobrir novos fenômenos ou as relações entre eles” (MARCONI & LAKATOS, 2011, p. 69).

Os dados da pesquisa foram coletados através de observação, esse método de pesquisa faz com que o investigador tenha um contato mais direto com a realidade, esta técnica é chamada observação assistemática, onde o pesquisador busca aproximar se dos fatos e da realidade sem a utilização de recursos técnicos especiais, ou seja, sem idealização oucontrole (MARCONI & LAKATOS, 2011).

Esta pesquisa foi realizada na escola Municipal Fábio Ribeiro da Cruz do Município de Colíder-Mt, com intuito de observar e relatar sobre os como também Aspectos específicos complementares referentes à prática pedagógica.

Para obter os dados primeiramente foi feita uma visita à escola onde fomos recebidas pela diretora e a mesma nos direcionou aos ambientes desejados, assim foi possível fazer as observações necessárias, sendo que ocorreram nos períodos matutino e vespertino.

Desta forma, seguindo os questionamentos apontados pode se participar da realidade da escola e descrever as observações cuja finalidade é apresentar em seminário como conclusão das disciplinas Introdução à Educação a Distância, Metodologia Científica, Informática e Tecnologias na Educação e Produção de Texto e Leitura, do curso de Licenciatura em Pedagogia 2014/02.

A Escola Municipal Fábio Ribeiro Da Cruz esta em funcionamento desde o dia Dez de Maio de Dois Mil, está situada na Travessa Dos Bandeirantes n° 25, Setor Leste, Bairro Centro. Esta unidade escolar oferece dois níveis de ensino, sendo eles Educação Infantil e Ensino Fundamental, nos turnos Matutino e Vespertino.

A escola conta com aproximadamente cinquenta funcionários dentre eles trinta e oito são professores, atende novecentos e dezessete alunos, seus níveis de ensino são do Pré I e II, e ensino fundamental I e II, além disso, possui vários projetos, entre eles estão, Projeto Mais Educação e Projeto Vara da Cidadania.

A escola Fábio Ribeiro é formada por vinte salas dispõe de Sala de Apoio, Sala de diretoria, Brinquedoteca, Sala de professores, Laboratório de informática, Sala de recursos multifuncionais para Atendimento, Educacional especializado, Cozinha, Biblioteca, Parque infantil, Banheiro dentro do prédio, com chuveiros e adequados a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, Sala de secretaria, Refeitório, Despensa, Almoxarifado e Área verde. Esta possui TV, DVD, Copiadora, Impressora, Aparelho de som, Projetor multimídia (data show) e Câmera fotográfica/filmadora.

 

 

2.2. Relato da observação em sala de aula

 

A pesquisa realizada em meados do mês de maio de dois mil e quinze, teve como objetivo analisar o comportamento dos alunos e as dificuldades que os professores encontram em sala de aula para trabalhar com alunos de diversas necessidades.

Primeiramente foi feito uma visita a escola onde a gestão nos recebeu e forneceu as instruções necessárias para o andamento do trabalho. Em seguida foi organizado o rodizio de observações pelas pesquisadoras, esse rodizio se deu em uma semana nos períodos vespertino e matutino, sendo que foram analisadas sete salas, contando com o primeiro ano, segundo ano, terceiro ano, quinto ano, sala de apoio e sala de recursos.

Diante das observações foi possível perceber que os professores trabalham com uma grande quantidade de alunos, quando questionados sobre as dificuldades a maioria disse que o maior problema é a quantidade excessiva de alunos, além disso, a indisciplina prejudica a aprendizagem, afetando até o desempenho dos educandos especiais, pois às vezes é preciso parar o conteúdo programado para dar atenção aos discentes que necessitam de atenção exclusiva, como também a falta de estímulo da família a qual muitas vezes os pais não têm conhecimento adequado para transmitir ao filho, deixando apenas para a escola, quanto aos alunos, não foi possível detectar as dificuldades devido ao apoio que eles recebem quando estão com baixo desempenho, visto que a escola oferece sala de apoio e sala de recursos com profissionais capacitados para conduzirem na aprendizagem.

 

 

2.3. Sistematização dos dados da entrevista realizada com os professores

 

Atualmente a escola passa por diversas transformações, onde devem aderir profissionais capacitados para lidar com inúmeros problemas, pois a partir da educação inclusiva o professor deve buscar formação continuada para conduzir tais situações, além disso, adaptar-se com o conhecimento cognitivo do aluno. Como Freire (1999 p. 52) menciona: “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria construção”.

Desta forma o primeiro questionamento aos professores da escola Fábio Ribeiro da Cruz buscou saber dos profissionais quais são as maiores dificuldades encontrada em sala de aula durante o processo de ensino aprendizagem. Como se observa no gráfico 43% dos entrevistados respondeu que a maior dificuldade é a indisciplina dos alunos, 29% disseram que a quantidade de alunos em sala de aula prejudica no processo de ensino aprendizagem, 14% responderam que trabalhar ao mesmo tempo com alunos de diversos níveis de aprendizagem, sendo que 14% não opinaram.

 

 

Gráfico 1- Na sua opinião quais são as maiores dificuldades encontradas em sala de aula durante o processo de ensino aprendizagem?

 

Como pode se observar a maioria dos professores encontram dificuldades em trabalhar com alunos indisciplinados. Acredita-se que falta maior compreensão por parte da família quando o assunto é indisciplina.

A segunda pergunta procurou saber se os professores atendem alunos com limitações/necessidades especiais. Dentre as respostas foi possível destacar que todos trabalham com alunos que possuem dificuldades na aprendizagem, além disso, também alguns assinalaram que conduzem alunos hiperativos, autistas, dislexia e surdo. Esta questão chama atenção, pois em uma sala de aula que possuem alunos com necessidades especiais requer muito a atenção do professor, lembrando que nas salas de primeiro ano e segundo ano os profissionais contam com uma auxiliar de sala.

Logo quando perguntados se os professores recebem apoio para trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais. Como se analisa no gráfico 80% dos entrevistados respondeu que sim, 20% responderam que às vezes e nenhum respondeu que não recebe nenhum tipo de apoio da unidade escolar.

 

Gráfico 2- Você recebe apoio na unidade escolar para trabalhar com estes alunos?

 

Diante da questão pode-se perceber que a escola disponibiliza aos professores recursos que auxiliam, nos diferentes modos de aprendizagem ressaltando que a escola possui sala de recurso e sala de apoio.

No questionário também foi perguntado como a família se posiciona em relação ao processo de ensino aprendizagem destes alunos. Dentre as respostas notou-se que às vezes a família tem acompanhado o processo de aprendizagem. Como relata um professor, “A família é muito importante no processo de aprendizagem do aluno, pois esse acompanhamento que tem em casa e na escola. Ultimamente os pais estão deixando esse acompanhamento de lado, pois falam que não tem tempo para o seu filho. A escola que tem que promover esse papel dos pais”.

Como observado à resposta do professor destacar que os pais muitas vezes não ajudam seus filhos nos afazeres de escolares de casa deixando apenas por conta da escola sendo que essa junção da escola e família é de suma importância para a formação da criança.

Ainda foram interrogados sobre o que facilitaria o seu trabalho com estes alunos. As respostas se deram em: o atendimento individualizado poderia ajudar auxiliares em sala de aula, pais presentes e podendo destacar o questionamento do entrevistado que: “Mas apoio e funcionários qualificados para o acompanhamento dos mesmos”.

Diante do exposto percebe-se que até mesmo os funcionários tem consciência de que a qualificação para trabalhar com alunos especiais é indispensável no ambiente escolar.

Pensando na problemática da escola última pergunta se deu em investigar se no, intuito de colaborar com esta unidade escolar estaremos realizando oficinas pedagógicas para confecção demateriais que auxiliem no processo de ensino aprendizagem. Qual tema é de seu interesse. As repostas podem ser observadas no gráfico 3.

 

Gráfico 3- No intuito de colaborar com esta unidade escolar estaremos realizando oficinas pedagógicas para confecção de materiais que auxiliem no processo de ensino aprendizagem. Qual tema é de seu interesse?

 

Com base na proposta analisou-se que 40% tem interesse em oficinas que auxiliam na alfabetização e também na educação ambiental e reciclagem e 20% interessou-se por receber apoio pedagógico em matemática.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A presente pesquisa se deu em observar e relatar os aspectos educacionais relacionados às dificuldades encontradas em trabalhar com crianças que precisam de atenção especial, na Escola Municipal Fábio Ribeiro da Cruz de Colíder-MT.

Com a realização da pesquisa de campo pode se perceber que a qualificação da prática pedagógica é de suma importância em relação às diferentes metodologias educacionais como amparo do processo de ensino aprendizagem da educação inclusiva.

Outro ponto relevante da pesquisa se deu em analisar que tipo de material pode beneficiar o auxilio dos professores, pois este terá intuito de oferecer a unidade escolar oficinas que possam contribuir com o seu planejamento do cotidiano.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ARANHA, M. S. F. Educação inclusiva: v. 3: a escola. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2004.

 

BRASIL. Saberes e praticas da inclusão. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial, 2005.

 

FREIRE. Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa. Ed. Paz e Terra, São Paulo, 1996.

 

MARTINS, C.C. (1999): Os actuais modelos de formação de professores: Reflexos, In III Congresso Internacional sobre Formação de Professores nos Países de Língua e Expressões Portuguesa, pp. 27- 44, Teorias e Práticas Educativas na Formação de Professores – Desafios para o Século XXI (2003), Para, Instituto Superior de Educação.

 

PAULA, A. R.; COSTA, C. M.. A hora e a vez da família em uma sociedade inclusiva. São Paulo: SORRI-BRASIL, 2006.

 

SILVA, A. P. M.; ARRUDA, A. L. M. M. O Papel do Professor Diante da Inclusão Escolar. Disponível em: <www.uninove.br/marketing/fac/publicacoes_pdf/.../Ana_Paula.pdf>. Acesso em 15 de Jun. 2019

 

 

PSICOMOTRICIDADE NA PRIMEIRA FASE DO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL: COMO SE DEVE DESENVOLVER O MOVIMENTO

Ana Paula Liesenfeld

 

 

Resumo

A pesquisa desenvolvida é de campo com o seguinte tema: como desenvolver a psicomotricidade na primeira fase do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, a importância no desenvolvimento da criança, o movimento em andamento nesta fase tão essencial para a criança, é aonde ela desenvolve seu lado social, aprende a se expressar com mais facilidade, transformando suas dificuldades em obstáculos quebráveis. Através dos objetivos discutir e analisar as respostas para obter resultados, qual é a importância que a psicomotricidade exerce para o desenvolvimento da criança? E o professor conhece realmente o que é e como usa-la a benefício da criança? Através de esses questionários responderem com os gráficos se os professores estão por dentro do mundo da criança. Para que isso aconteça devemos conhecer o mundo em que a criança vive, como ela se relaciona no dia a dia e o histórico da psicomotricidade. Com este projeto adquiri grandes conquistas, em relação as práticas pedagógicas, e o impressionante mundo que a psicomotricidade traz a qualquer profissional e até mesmo quem não atua em áreas escolares.

 

Palavras-chave: Educação. Psicomotricidade. Coordenação Motora. Professor.

 

 

1. Introdução

 

Este projeto contém métodos de ensino pedagógicos para a psicomotricidade na primeira fase do primeiro ciclo do fundamental, como devemos trabalhar o movimento na fase inicial da criança? Os professores têm que saber as informações básicas sobre o movimento em si, como trabalhar com o aluno de uma forma que ele desenvolva mesmo que aos poucos uma coordenação motora e cognitiva. O pedagogo deve conhecer o seu aluno para que desenvolva um projeto adequado para ser trabalhado em sala de aula, baseando-se sempre na realidade do aluno.

Psicomotricidade na primeira fase do primeiro ciclo do fundamental - Como se deve desenvolver o Movimento, pois os professores devem sempre estar atentos na atualização de métodos de aprendizagem, onde percebesse o grande desafio no ensino aprendizagem do movimento, ou seja, o psicomotor da criança nesta fase. Através das fases de desenvolvimento da criança citada por Piaget, podemos verificar como ocorre o processo de aprendizagem da criança desde o nascer até os anos iniciais do ensino fundamental. Outro fato importante de se relatar é o processo de ensino aprendizagem diferenciado, pois em cada criança este processo ocorre de forma diferente, assim analisamos como ocorre esse processo e como o profissional da educação pode ajudar, influenciar neste processo e também como pode traumatizar seu aluno em atividades corporais forçadas.

É através do trabalhado direcionado e bem posicionado que o professor consegue alcançar seu objetivo educacional, tanto no motor quanto no intelecto. O profissional da educação deve saber sobre o tema em que está trabalhando, isso inclui todas as áreas não somente a área psicomotora, se ele saber o que está trabalhando poderá elevar o seu nível de profissionalismo, e juntamente elevar o nível de aprendizagem de seus alunos.

Você leitor poderá entrar em um mundo onde nunca imaginou que pudesse existir para a criança, onde ler e escrever passa a estar vinculado diretamente ao nível de coordenação motora em que a criança se encontra, e através de alguns passos poder vê-los desenvolvendo, interagindo, brincando, lendo e aprendendo como nunca antes.

Mas antes de tudo começar o que você precisa saber é sobre o histórico desse ensino surpreendente que a psicomotricidade, transformando a sua visão do correr, saltar ou exercícios de perca de tempo, em exercícios focados, com objetivos, proporcionando um maior aproveitamento de cada atividade, fazendo com que a criança demostre seu desenvolvimento através de cada atividade que o professor realizar.

 

 

2. Lócus da pesquisa e esclarecimentos metodológicos

 

Segundo Tobias (2005, p.17) “A metodologia, como o nome indica é a ciência que trata do método, o qual, por sua vez, sendo parte da Lógica Material, é o Caminho seguido pela razão humana para aquisição da verdade”.

A metodologia cientifica desenvolve um plano em que o aluno aprende a planejar seu trabalho, onde se desenvolve gráficos que vão ser representantes dos objetivos. Onde é seguida conforme o trabalho escolhido, a partir do tema desenvolve a metodologia.

Pesquisa de campo com o tema como desenvolver a psicomotricidade na primeira fase do primeiro ciclo do Ensino Fundamental, a importância no desenvolvimento na criança, o movimento em andamento nesta fase tão essencial para a criança, é aonde ela desenvolve seu lado social, aprende a se expressar com mais facilidade, transformando suas dificuldades em obstáculos quebráveis. O método utilizado é o de análise, a partir das respostas, foi analisado as respostas dos profissionais, para assim serem elaborados os gráficos. Com um questionário com 10 perguntas sendo 8 fechadas e duas abertas, sobre o tema em questão, onde cada qual pesquisado, responderam os questionários com as experiências vividas durante anos de serviço. Não irei distinguir os entrevistados com letras ou números, pois como são 12 que responderam sem se identificar, fica mais difícil encontrar quem respondeu qual, porem irei trabalhar com porcentagem. A partir dessas questões foi realizado a coleta de dados, e o transformado em gráfico. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Mundo Encantado da Criança, que está localizada na Avenida Herminio Ometto, Nº. 2285 Bairros: Jardim das Flores, Matupá - MT / CEP: 78525-000. Possuem duas modalidades de ensino, Educação Infantil e Ensino fundamental até 4º Ano, atuando nós dois períodos matutino e vespertino. Com a permissão da equipe de direção e coordenação da instituição, elaborei a entrevista com os profissionais da área do Ensino Fundamental, tanto os que trabalham esse ano, quanto os que já trabalharam nos anos anteriores. É através das análises e discussões que podemos compreender melhor como se revelou a pesquisa em si. Com a elaboração de gráficos, exemplo faz uma ampla avaliação de nossas respostas.

Para MARCONI, LAKATOS (1996, p.31). Uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte é a análise e interpretação dos mesmos, constituindo-se ambas no núcleo central da pesquisa. É aonde colocamos as ideias contidas dentro de cada questão se ela foi interpretada, se foi respondida, ou se foi meramente ignorada. Analisaremos aqui 10 questões, com 8 perguntas fechadas e 2 abertas, onde foi feita com 12 profissionais da área da educação da primeira fase do primeiro ciclo do Ensino Fundamental.

Este projeto vem a favorecer o desenvolvimento da motricidade da criança, onde o pedagogo que é o instrutor dessas pequenas sementes em desenvolvimento, onde aprendem a analisar e a desenvolverem projetos, onde se faça com que o aluno desperte de maneira criativa do “querer aprender”. Colocando em analise as formas de ensino pedagógico que se é ensinado para alunos nesta fase de desenvolvimento, “considerando a psicomotricidade como chave para solucionar problemas de trauma ou até criar traumas, se não for ensinado e aplicado de forma correta e lúdica, para que haja prazer em aprender.”.

 

 

3. PSICOMOTRICIDADE NA PRIMEIRA FASE DO PRIMEIRO CICLO DO ENSINO FUNDAMENTAL: COMO SE DEVE DESENVOLVER O MOVIMENTO

 

Os métodos desenvolvidos na primeira fase do primeiro ciclo do fundamental dentro da motricidade, são pouco comentados, são meios de ensino que devem ser sempre atualizados, para que o professor mantenha sua formação continuada.

O professor deve elaborar conteúdos que desenvolvam a aprendizagem dos alunos. É importante ressaltar que o movimento nesta fase da criança é de suma responsabilidade do professor regente, que lhe deve ensinar com completo domínio sobre o ensino aprendizagem do motor, onde não está somente ligada a atividades de exercício físico. Quando falamos em psicomotricidade já imaginamos que é só correr, e aqueles métodos metódicos de exercícios físicos, e se for isso que está querendo encontrar neste texto pare agora, porque o que você vai ler a partir de agora vai mudar completamente o seu conceito sobre Movimento e Educação Física para o desenvolvimento da criança.

 

3.1 O que é Psicomotricidade?

Como o próprio nome nos sugere Psico, vem de mente, e motricidade de movimento, dando-se ênfase ao movimento do corpo e da mente. Mas para que serve a psicomotricidade? Quem na verdade pode utilizar dela? Podemos defini-la não como um objeto, pois não se pode pega-la, mas ao contrário disso se analisarmos podemos observa-la em ação, vendo a constante alteração que ela promove na criança com suas atividades motoras.

Psicomotricidade: é a educação humana do homem pelo movimento. Etimologicamente teríamos psique: Mente. Motricidade é a propriedade que possuem certas cédulas nervosas de determinar a contração muscular. A psicomotricidade é o desenvolvimento do “comportamento da criança”. O mundo é unânime em afirmar que o exercício físico é muito necessário para o desenvolvimento mental, corporal e emocional do ser humano e em especial da criança. MÜTSCHELE. 1988, p.32

Sendo esse desenvolvimento um englobamento da mente e do corpo, os dois trabalhando juntos para que haja maior aproveitamento nesta fase. A criança aprende o lado cognitivo usando suas habilidades da mente e juntamente suas habilidades físicas o seu lado motor. Técnica usada pelos professores para fazer esta junção são de atividades direcionadas, transformando as atividades com o intelecto e o motor junto.

Exemplo disso uma atividade de pular corda, além de se trabalhar o físico e o motor da criança, se o professor que está aplicando, colocar certas regras, como fichas de leitura,

respostas das adições durante o processo do pular da criança estará trabalhando os dois ao mesmo tempo, e criando uma resistência para seu aluno.

Psicomotricidade é a ciência que tem como objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. É sustentada por três conhecimentos básicos: o movimento, o intelecto e o afeto. (Associação Brasileira de Psicomotricidade. O que é Psicomotricidade, 1980 / 2016).

A Psicomotricidade é uma prática pedagógica que visa contribuir para o desenvolvimento integral da criança no processo de ensino-aprendizagem, favorecendo os aspectos físicos, mental, afetivo-emocional e sociocultural, buscando estar sempre condizente com a realidade dos educandos. (EUCACIONAL, 2016)

Através de atividades motoras e cognitivas envolvemos a psicomotricidade até mesmo sem perceber, conforme o desenvolver das atividades realizadas que percebemos o quanto é importante para o desenvolvimento da criança e até mesmo do adulto.

Segundo Le Bouche (1969), a Psicomotricidade se dá através de ações educativas de movimentos espontâneos e atitudes corporais da criança, proporcionando-lhe uma imagem do corpo contribuindo para a formação. (EUCACIONAL, 2016).

É através das atividades de interação que a criança aprende com mais facilidade, são atividades corporais como atividade do espelho, gestos, dança, faz com que a criança explore-se brincando, tornando-se assim um membro da sociedade, e uma cidadã crítica, responsável e reflexiva sobre qualquer ocasião que se passe ao seu redor.

Podemos citar a psicomotricidade em duas fases a psicomotricidade ampla e psicomotricidade fina. Para SCHETTERT, 1987, (p.21) Psicomotricidade ampla: coordenação ao realizar movimentos que envolvam o desenvolvimento dos grandes músculos. Através de atividades como andar, correr, saltar, saltitar, correr em ziguezague, movimentar o corpo em direção, movimentar o corpo em lateralidade, que desenvolvam movimentos maiores desenvolvendo assim músculos grandes do nosso corpo.

Para SCHETTERT, 1987, (p.21,22) Psicomotricidade fina: coordenação ao realizar pequenos movimentos que envolvam o desenvolvimento das extremidades dos membros superiores mãos e dedos. Essa fase da motricidade a criança utiliza os órgãos pequenos do corpo como as mãos os dedos, onde o professor deve realizar atividades que trabalhem esses membros como, cortar, fazer bolinhas de papel, desenhar, modelar.

Segundo MELCHERTS,1991, p.91. É considerado psicomotor, todo movimento humano observável que pertence ao domínio da aprendizagem. Refere-se a todo o movimento

 

3.2 Psicomotricidade na Primeira Fase do Primeiro Ciclo do Ensino Fundamental.

Através das atividades, realizadas em aula, podemos observar mudanças comportamentais que os alunos apresentam durante o decorrer dos dias, além das mudanças comportamentais também as mudanças cognitivas interligadas a coordenação do aluno, podendo haver várias hipóteses para tais comportamentos.

Do ponto de vista cognitivo, destacamos a necessidade de levar sempre em consideração o fato que a criança conhece e constrói as noções e os conceitos à medida que age, observa e relaciona os objetos do mundo físico. É no decorrer das atividades que realizam que as crianças incorporam dados e relações, e é enfrentando desafios e trocando informações umas com as outras e com os adultos que elas desenvolvem seu pensamento. KRAMER, 1997, (p. 20-21)

É através dessas interações, jogos e brincadeiras, atividades do dia-a-dia que a criança aprende, e conquista seu processo de desenvolvimento corporal e intelectual, assim colocando em vista o processo de ensino aprendizagem através das atividades durante o período escolar, podendo elevar cada vez mais o nível de coordenação motora e o lado cognitivo-intelectual do aluno.

Dentro da escola o aluno, está sujeito a diferentes tipos de obstáculos, onde cada um vai torna-lo cada vez mais preparado e desenvolvido para que quando chegue à hora de elevar seu nível de ensino aprendizagem a criança esteja pronto e não fique para trás em sua classe. Assim o desenvolvimento motor pode possibilitar a criança uma forma pratica e gostosa de desenvolver a coordenação que ela precisa na hora certa.

Como princípios básicos da escola nova destacam-se: a valorização dos interesses e necessidades da criança; a defesa da ideia do desenvolvimento natural; a ênfase no caráter lúdico das atividades infantis; a crítica à escola tradicional, porque os objetivos desta estão calcados na aquisição de conteúdo; a consequente prioridade dada pelas escolas novistas ao processo de aprendizagem. KRAMER, (1997, p.25)

É necessário que o professor valorize o que a criança trás de casa para que o ensino torne ao mesmo tempo em que produtivo agradável de desenvolver, por exemplo, trabalharmos com brinquedos, jogos esportivos ou até mesmo fazer um bolo. A grade curricular poderá ser a mesma, mas a maneira com que o profissional o aborda deve ser voltada para a realidade de seu aluno, sofrendo alterações de aluno para aluno.

Dentro da educação física no ensino fundamental especificamente, todas as atividades geradas, além das já mencionadas, também estarão aperfeiçoando a coordenação motora geral (sensorial, psíquica), a destreza, a socialização, o raciocínio, as resistências (aeróbicas, anaeróbicas), a força, a flexibilidade, o equilíbrio. Todas essas capacidades são intrínsecas a cada pessoa e irão sendo trabalhadas e desenvolvidas, mas nunca de forma especifica (não é aconselhável realizar programas para desenvolvê-las). BATISTA. (2003, p. 12)

E assim aos poucos vamos conseguindo aperfeiçoar cada vez mais a coordenação motora de nossos alunos, com programas de coordenação motoras ajustados ao dia-a-dia em sala de aula conseguiremos ampliar esse conhecimento. O profissional deverá trabalhar atividades dinâmicas e expressivas para facilitar a comunicação de seus alunos, atividades como mímica, gestos na frente do espelho, teatro, estão englobadas dentro da motricidade da criança e a faz aprender de forma prazerosa.

Especificando um pouco mais, os campos que estarão sendo abordados pela educação física dentro do ensino fundamental são: COORDENAÇÃO. Desenvolver as atividades de forma global, trabalhando todos os segmentos do corpo, simultânea ou separadamente, em todas as direções. BATISTA. (2003, p.12)

Trabalhar com tudo o desenvolvimento coletivo e individual de cada aluno, através de atividades de coordenação motora desde a mais simples até a mais composta, estando ligadas atividades como jogos e desde o pegar em um lápis para escrever. De forma que todos possam participar da mesma atividade, independentemente de físico, ou intelecto, de forma a incentivar e instigar seus alunos a querem participar das brincadeiras os instigando com competições, mas sem esquecer de que o importante é participar.

 

EXEMPLO- NA 1ª SÉRIE É NECESSARIA UMA ORIENTAÇÃO MAIOR, POIS MUITOS ALUNOS NÃO TÊM COM UMA COORDENAÇÃO MANUAL SATISFATÓRIA (QUEM NÃO FREQÜENTOU UMA PRÉ-ESCOLA). DISTRIBUI-SE, ENTÃO, O MATERIAL (UM LÁPIS E PAPEL), O PROFESSOR DEVERÁ COLOCAR UM DESENHO (PODE SER GEOMÉTRICO) NA LOUSA E, A PARTIR DESSE PONTO, OS ALUNOS DESENHARÃO O QUE IMAGINAREM, SENDO QUE O PROFESSOR PODERÁ DAR UMAS “DICAS”. BATISTA. (2003, p. 21)

 

O que podemos observar aqui é a grande participação e ação do professor nesta fase, pois é de suma importância não deixar passar qualquer situação-problema que possa lhe traumatizar futuramente, é nesta fase que a criança acaba se traumatizando por não saber, não conseguir fazer, desde um ato simples em escrever, ler, resolver problemas, até em realizar exercícios como em correr, saltar, geralmente alunos (as) com mais peso do que os outros acabam sofrendo em realizar alguns exercícios.

 

 

4. Considerações finais

 

Com este projeto adquiri grandes conquistas, em relação as práticas pedagógicas, e o impressionante mundo que a psicomotricidade traz a qualquer profissional e até mesmo quem não atua em áreas escolares. O desenvolver da motricidade da criança é a partir do nascimento é onde ela ainda está inata e pode ser modelada, aos poucos desenvolvemos atividades de reflexos, até chegar em atividades mais complexas com exercícios e até mesmo o pegar de um lápis e objetos.

A alfabetização é uma das grandes fases que a criança passa, que várias e várias vezes pode traumatiza-la, pois, como a criança não consegue pegar em um lápis ou ler, ela não está nem corporalmente e nem psicologicamente pronto para encarar esta fase, porem a humanidade defini a idade com que ela deve passar por essa fase, mas esquecem de como se deve trabalhar nesta fase para que ela alcance o objetivo esperado.

Preparar a motricidade da criança nesta fase d fundamental, é essencial para que ela desenvolva seu lado motor e cognitivo sem trauma, facilitando assim seu desenvolvimento e evolução em todas as áreas educacionais.

É preciso se adequar as mudanças e fazer o possível quando o tema relacionado nó permite novas maneiras de ensino-aprendizagem que possibilitam o aprendizado com mais facilidade e de forma prazerosa. Nós profissionais da educação tanto quanto infantil e fundamental, devemos nos atentar as dificuldades que apresentam nossos alunos, fazer e criar recriar e adaptar-nos e adaptá-los a metodologias que consigam suprir essas necessidades que eles apresentam.

Este projeto científico, me fez ter contato com o mundo fascinante que é o da psicomotricidade, como base de tudo, para o desenvolvimento que a criança necessita para conseguir alcançar suas habilidades. Com as metodologias de vários teóricos que abordam esse tema, posso ver plenamente o que nos educadores devemos saber e fazer para que isso aconteça e se desenvolva naturalmente em nossos alunos, na hora certa, na fase certa, do jeito correto, e sem traumas.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BATISTA, Luiz Carlos da Cruz. Educação Física no Ensino Fundamental. Rio de Janeiro:2ª edição, Sprint, 2003.

 

KRAMER Sonia, CARVALHO Ana Beatriz Pereira, MAGALHÃES Maria Luiza Bastos Oswald, ASSIS Regina de.COM A PRÉ-ESCOLA NAS MÃOS: Uma Alternativa Curricular para a Educação. 10ªEd.São Paulo-SP: Editora Ática, 1997.

 

MARCONE, Maria de Andrade, LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia cientifica. 6ªed. São Paulo: Atlas, 2007.

 

SCHETTERT, Lenir Santos. Alfabetização: Vivendo e Construindo a Vida. 3º/2ºed.ljuí: liv.UNIJUÌ, ed.1987

 

TOBIAS, José Antônio. Como Fazer sua Pesquisa. 6ªed. São Paulo: Editora Ave -Maria, 2005.

 

http://psicomotricidade.com.br/historico-da psicomotricidade/dia03dejunhode2016ás9:13

http://psicomotricidade.com.br/sobre/o-que-e-psicomotricidade/dia03dejunhode2016ás9:33

http://pessoal.educacional.com.br/up/4380001/1946284/t202.aspdia03dejunhode2016às9:42