A ABORDAGEM REGGIO EMILIA EM PRÁTICA NO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Luana Aparecida Gomes Modanez1
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em Educação Infantil: Abordagem Reggio Emília
RESUMO
Esse trabalho foi desenvolvido através da análise de artigos que contam a trajetória da abordagem de Reggio Emília e seu modo de trabalho, visando trazer uma analogia com documentos e práticas de escolas de educação infantil no Brasil e como os educadores responsáveis podem inspirar-se durante a construção de seu projeto político pedagógico com a criação de espaços, atividades e momentos no qual as crianças seja a protagonistas e agentes do saber. Os autores dos trabalhos analisados contribuíram na proposição de novas práticas e trouxeram um novo olhar para essa discussão com o objetivo de entender o que a prática abordava nos seus processos de ensino e de que maneira a escola poderia proporcionar novas formas de se pensar um ambiente acolhedor para o aluno, para o corpo docente e para as famílias que mantem uma participação ativa na comunidade escolar. Verificou-se como uma abordagem tão renomada pode, mesmo que de maneira discreta, ser tão inclusiva e participativa e de qual modo os professores e os espaços podem fazer parte desse processo como um "terceiro educador”. Concluiu-se que a formação continuada, aquela que acontece de forma significativa onde todos estão empenhados e que entendem seus papeis, é uma ótima forma de aprender e ensinar, pois ela vai além do documento e coloca em prática todos os processos, desde o plano de aula, a aula propriamente dita e, principalmente, o processo de documentação dos relatórios e registros de observação.
Palavras-chave: Educação Infantil. Gestão escolar. Educadores.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho traz uma análise da abordagem Reggio Emília para a Educação infantil apontando suas principais características e propósitos em relação à contribuição na formação de gestores e professores que buscam aperfeiçoamento na prática em instituições públicas e privadas, contribuindo também para que seus relatórios e registos sejam mais significativos na observação de cada criança.
Com o objetivo de entender parte da história, a abordagem Reggio Emília é uma prática italiana que ganhou lugar de realce no Brasil e no mundo com papel de destaque no respeito e desenvolvimento infantil.
Destaca a importância em proporcionar melhorias nas práticas e no convívio no âmbito escolar, foca na maneira que se relacionam ao tratar a criança como um indivíduo integro e pertencente ao ambiente, respeitando o seu pleno desenvolvimento e valorizando seu processo de ensino e aprendizagem. Dessa forma entendem que cada criança é um sujeito de direito, sendo também muito importante na hora dos educadores documentar em relatório.
Foi através de trabalhos realizadas por pesquisadores e pesquisadoras como ~ena leitura de documentos que regem a educação infantil no Brasil, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Leinº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que descreve, no Art. 29, a educação infantil como:
[...] primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996).
A escola é um local que além de ensinar os conteúdos progressivos essenciais para os alunos tem também a função social, na qual complementam as ações da família e da sociedade como um todo, visando o amplo desenvolvimento e autonomia de suas crianças. E é através da prática de seus professores que se obtém êxito na promoção do desenvolvimento de seus alunos.
Conhecer a abordagem Reggio Emília pode fazer com que educadores tenham uma ação mais próxima de elementos importantíssimos para suas práticas em sala de aula. Fortunato (2010, p. 163), comenta: “Vemos que em Reggio Emilia as/os professoras/es não se preocupam tanto com a transmissão dos saberes acumulados no currículo quanto se preocupam com o que as crianças têm a dizer.”
Discutir o modo como as práticas dos educadores podem ser revistas dentro e fora da sala de aula traz um olhar atualizado e mais eficiente na construção de indivíduos autônomos. Dessa forma, é a partir da construção de um projeto político pedagógico que a equipe gestora pode começar a gerir o modo de como exercitar esse novo plano de escola.
O presente trabalho foi realizado na forma de revisão bibliográfica. Foram utilizados para revisão analítica artigos científicos, livros, informações disponíveis na internet, trabalhos apresentados em congressos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses de pós-graduação.
DESENVOLVIMENTO
Reggio Emília é uma abordagem que se consolidou na Itália depois da 2° Guerra Mundial. Voltada para o ensino de crianças da educação infantil,Reggio Emília virou modelo após a comunidade reconstruir sua vila com a ajuda dos próprios moradores que queriam um lugar com uma educação não ritualista em um ambiente acolhedor, hospitaleiro que explorasse os interesses infantis com o protagonismo dividido entre professores, alunos e familiares.
Foi então que Loris Malaguzzi, um pedagogo que dedicou boa parte da sua vida desenvolvendo e alinhando uma abordagem significativa, com seus estudos embasados em pensamentos teóricos como o de Maria Montessori (1870-1952), Jean Piaget (1896-1980), John Dewey (1859-1952) e Lev Vygotsky (1896-1934) explorou formas de trazer a criança como centro da abordagem pedagógica (REGGIO EMILIA APPROACH, s/d).
Entender como um método de ensino público, conhecido mundialmente com foco na criança, possa ser inserido, mesmo que em estágios, pode ser a receita para que escolas brasileiras incorporem em seus PPP (Projeto Político Pedagógico) meios de mudar a pedagogia tradicional que muitos dizem não estar mais presente em suas escolas, porém sem fugir dos documentos que norteiam sua modalidade de ensino e sem seus currículos deixarem de seguir princípios básicos como:
... o respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; o direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; o acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; o atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. (BRASIL, 1998, p.13).
Compreender e respeitar fundamentos básicos dos direitos da criança faz com que a elaboração do projeto político pedagógico seja mais significativa tanto para quem faz, quanto para quem o executa.
É comum nas escolas de Reggio Emília reuniões entre professores, famílias, alunos e equipe gestora. Nessas reuniões são discutidos assuntos referentes às práticas dos educadores, modos de pensar a metodologia e como trabalhar a teoria e prática em seu total processo. Para Malaguzzi (2015), alinhar a prática diária com a troca de teorias facilita na sua elaboração e inibem olhares de "achismos" e teorias pessoais:
Sabemos muito bem como todos nós agimos, como se tivéssemos uma ou mais teorias. O mesmo ocorre para os professores: quer as conheçam ou não, eles pensam e agem de acordo com teorias pessoais. O ponto é como essas teorias pessoais estão conectadas com a educação de crianças, com relacionamentos dentro da escola e com a organização do trabalho. Em geral, quando os colegas trabalham juntos e compartilham problemas comuns, isto facilita o alinhamento de comportamentos e uma modificação das teorias pessoais. Sempre tentamos encorajar isto. (MALAGUZZI, 2015, p.97).
Um projeto Político Pedagógico é um documento de amparo para a escola seja ela pública ou particular. Faz parte de seu "corpo" toda a matriz organizacional desde a estrutura física, corpo docente, número de alunos matriculados, faixa etária das crianças, horário de atendimento entre outros itens que se julga importantes para cada particularidade. Outro ponto importante de um PPP é a proposta de trabalho com seus objetivos, modo de trabalho e execução e a finalização ou avaliação daquele ciclo de ensino ou de determinada criança.
Todos esses pontos são levados muito a sério na Reggio Emília principalmente por compartilhar a concepção da criança como sujeito que necessita de um ambiente educativo que respeite o seu desenvolvimento. A estrutura e organização dos espaços físicos também fazem parte, estimulando e fazendo-as sentir como se estivessem em suas próprias casas, seguras e libertas prontas para se desenvolver, podendo pertencer assim como quando estão em seus lares e sentindo-se livres para deixar seus registros nas paredes.
As escolas Reggianas fazem uso dos espaços físicos como paredes, tetos, jardins, salas de aula, ateliês, vidros e muitos espaços internos e externos amplos com boa iluminação e mobiliários fáceis de serem colocados, arrastados e ressignificados para que suas crianças possam usar, tirar, colocar, mexer, documentar e expor a sua arte e conhecimento adquirido naquele dia, local ou momento, tudo isso pensado especialmente para cada tipo de criança ou para cada momento da infância.
Um elemento que também chama a atenção nas salas de aula é o fato de os materiais serem reciclados, não existindo brinquedos ou jogos pré-Fabricados. Os educadores utilizam os elementos da natureza de forma didática, folhas, flores, sementes, galhos, entre outros, geralmente disponíveis no próprio pátio das escolas. O grafismo está presente de maneira significativa em todas as atividades cotidianas. No primeiro dia de visita foi observada uma turma de crianças com três (3) e quatro (4) anos, que na ocasião encontravam - se subdivididas em pequenos grupos de trabalho, andando com muita desenvoltura na sala de aula que dispunha de ambientes diferenciados, inclusive com degraus e obstáculos. A organização da sala de aula se assemelha a um ateliê e é possível perceber a curiosidade das crianças na exploração dos vários materiais que naquele dia compunham o que no Brasil chamamos de Cantinhos (MARTINS, 2016, p. 37).
Trabalhar com projetos é um diferencial do currículo nas escolas Reggianas, que vão sendo produzidos no decorrer das atividades. Outro diferencial é a colaboração dos alunos sem seguir padrões previamente estabelecidos, facilitando a adaptação para melhor atender as necessidades das crianças. Fortunato (2010, p.165) comenta que: “enquanto no modelo educacional pautado na educação pela padronização os atos de criar e fantasiar são sempre limitados pela ordem e pela obrigação de se avaliar pela mesma régua [...]”
Gestores e professores precisam compreender que colocar em ação as concepções e práticas da escola de Reggio Emília em suas escolas exige atenção ao principal proposito dessa abordagem. Conhecida como pedagogia da escuta, ela busca desenvolver as linguagens de seus alunos com princípio em escutá-los, conhecendo, explorando e usando cada ambiente. exercendo uma escuta plena não só da parte verbal, mas também a não verbal, a lingual corporal da criança as suas escolhas e interesses.
De forma geral, pode-se delimitar que a linguagem verbal ocorre através do uso das palavras, com a possibilidade de ser faladas ou escritas. Já a linguagem não verbal pode se apresentar de diferentes formas, através da música, teatro, artes, de forma corporal, gestual, de expressões facial, de sinais, com o uso de imagem e símbolos, ou seja, que transmitem uma mensagem utilizando-se de outras formas de comunicação que não sejam através do uso de palavras (PINTO, 2016, p. 3).
Quando falamos em expressões vemos que nas salas de aulas brasileiras temos um padrão decorativo com paredes desenhadas com personagens, formas geométricas com cores primárias (amarelo, azul e vermelho), brinquedos e objetos que fazem parte de um universo infantil. Muitas vezes são confeccionados cartazes com E.V.A pelas professoras com chamada, rotina e combinados também fazem parte da organização escolar.
Já na abordagem de Reggio Emília é comum que o ambiente seja espaçoso, com cores e elementos naturais, com moveis feitos pelos pais e profissionais da escola, muito vidro e madeira trazendo um ambiente acolhedor entre e para todos que ali usam aquele espaço.
Essa estética é analisada de maneira voltada para a aprendizagem e as cores, tão pensadas quando se fala de escola a para a primeira infância, ficam por conta das atividades que são construídas para gerar uma curiosidade e um interesse nos alunos e é também a partir dessa interação ou (não)interação que os profissionais questionam a função daquele lugar ou atividade como o que foi ensinado e o porquê aquela atividade não gerou tanto interesse assim, quais eram as suas funções e descobertas que as crianças poderiam ter adquirido e como ou porquê não adquiriu.
E pensando em tudo isso é que o mobiliário e materiais dos espaços ou projetos são livres e de fácil acesso para que assim os "cantinhos" sejam sempre "remontáveis" e flexíveis, pois além do educador o ambiente também educa a criança sendo considerado um terceiro educador.
Temos que nos atentar também ao modelo de escolas que temos no Brasil, como o público, a cultura, e as famílias fazem com que não seja apenas implantar uma abordagem ou mudar as paredes e mobiliários em nossas escolas, ou algo pensado em algumas poucas reuniões ou estudado a partir de textos, livros e trabalhos achados na internet, ignorando sua história e seus princípios.
Em Reggio Emília é comum que as salas de aula tenham dois profissionais que trabalham juntos com a mesma turma durante três anos, para que ocorra o desenvolvimento de um vínculo entre alunos e professores e também entre seus pais.A princípio, a reconstrução da escola foi pautada em um lugar que as crianças pudessem ser acolhidas e ensinadas como se fosse feito por suas próprias mães e, desde então, a criação do vínculo acaba sendo algo tão importante quanto os conteúdos desenvolvidos dentro e fora do espaço escolar. Documentos que regem a educação infantil assim como Wallon (COSTA, 2017) trazem em seus registros a importância do acolhimento e do afeto para as crianças,
As habilidades com desenhos são bastante estimuladas e um dos recursos para isso é através de uso de espelhos, acreditando que crianças pequenas conseguem se expressar de maneira mais significativa e mais próxima da sua realidade de comunicação através do desenho, expressando sua comunicação, suas linguagens e, com isso, construir seu conhecimento.
Os educadores precisam entender que o foco do trabalho dessa abordagem não é o resultado, mas sim o processo, sendo eles quem devem estar dispostos a explorar, juntamente com seus alunos, de maneira linear e sem hierarquias, tratando as crianças como também uma "fonte" de conhecimento e curiosidade e permitindo suas descobertas intelectuais.
Como citado acima, os espaços escolares fazem total diferença na construção do saber e um desses espaços é o ateliê. O livro “As cem linguagens da criança” (EDWARDS; GANDINI; FORMAN, 2015) descreve o ateliê como um local para que as crianças se tornem "mestres de todos os tipos de técnicas como pintura, desenho e trabalhos..." La também é o local de observação dos trabalhos com seus registros e documentação, e a responsável em documentar essas atividades juntamente com as outras duas professoras será a atelierista cuja sua formação deverá ser voltada para a área artística.
É de suma importância que os objetivos da escola estejam pautados em um bom projeto político pedagógico para que possam colocar em prática pedagogias, abordagens e metodologias ativas que realmente visam o desenvolvimento da criança, pois será esse documento que mostrará os objetivos, caminhos e metas.
Compreender que uma gestão democrática é uma gestão na qual se tem e se trabalha os conflitos faz com que o significado de cada discussão seja visto de modo a ampliar a visão tanto das crianças quanto dos adultos, sejam pais ou funcionários. Um conflito consequentemente leva ao diálogo, entendendo, refletindo e até, de certo modo, paralisando e fazendo refletir o papel ou posição de cada fala.
Lembrando que esse conflito deve ser mediado, quando entre crianças, pelos educadores, com destreza para que esse conflito seja construtivo e não apenas uma "luta de egos". O “nós” é muito trabalhado em Reggio Emília, sempre necessitando que cada um dê o melhor de si para que assim haja o melhor para o grupo.
CONCLUSÃO
Cabe tanto aos gestores quanto aos docentes compreender que todo processo de formação e transformação que transpassam pela escola são mais do que atos para se certificar de que estão apresentando uma proposta inclusiva, cujo protagonismo e o enfoque seja o desenvolvimento e a autonomia da criança. Entender que abordagens como a de Reggio Emília podem ser utilizadas para complementar um sistema engessado e padronizado, faz com que repensemos a prática dentro de todo ambiente escolar. Reggio Emília não é sinônimo de perfeição, mas, o que a sua prática nos ensina, é sobre a flexibilidade, o fazer e o refazer, reiniciar do zero quando o processo não for atrativo ou quando não ampliar de maneira significativa o conhecimento das crianças usando determinados métodos e técnicas. Contudo finalizo pontuando que não há uma receita certa para se fazer ou se trabalhar uma proposta pedagógica de sucesso já que, quando tratamos de pessoas, nada é linear e coeso, pois sempre será preciso ouvir, respeitar e aprimorar, para que assim se construa uma educação pluralizada pensando numa sociedade mais consciente e respeitosa com suas crianças.
REFERÊNCIAS
BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 19 mai. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Vol. 1. Brasília: MEC/SEF. 1998. 101p. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf
COSTA, G.F. O afeto que educa. 2017. 14p. Trabalho de Conclusão de Curso de Licenciatura em Pedagogia. Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora. 2017.
FORTUNATO, I. Pedagogia da escuta: Currículo e projetos em Reggio Emília. Quaestio, v. 12, p. 159-169. 2010. Disponível em: https://periodicos.uniso.br/quaestio/article/view/182.
MALAGUZZI, L. Histórias, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C. GANDINI, L. FORMAN, G. As cem linguagens da criança: A abordagem de ReggioEmilia na educação da primeira infância. Vol. 1. Porto Alegre: Grupo A, 2015. 296p.
MARTINS, T.C. Da educação infantil e a experiência de ReggioEmilia. Revista Sustinere, v. 4, n. 1, p. 27-46. 2016. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/21135/17686.
PINTO, M.L.A. Compreendendo as linguagens dos bebês. In: XV Seminário Internacional de Educação. Educação e Interdisciplinaridade. Universidade Feevale. v. 4. Anais. 2016. 15 p. Disponível em: https://www.feevale.br/hotsites/seminario-internacional-de-educacao/edicoes-anteriores/2016
REGGIO EMILIA APPROACH. Loris Malaguzzi. Disponível em: https://www.reggiochildren.it/en/reggio-emilia-approach/loris-malaguzzi/. Acesso em: abril 2023.
1 E-mail do autor: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.