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A INCLUSÃO DA PESSOA COM NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS NAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO BÁSICA

Jurema Nunes Miranda1

Eniedson Nunes Mendes2

Ghislaine da Gloria Magalhãe3

 

Resumo:

Conhecer as diferenças de crianças com necessidades Educativas Especiais e fazer um estudo sobre cada diferença e de suma importância para o profissional da educação, pois é muito difícil ter um aluno com necessidades Educativas Especiais e não saber como proceder para o ensino e formação desse aluno. Cada aluno com sua diferença o que pode ser, Auditiva, Visual, Física, Mental, Síndrome de Dow, Hiperatividade, Dislexia, Dislalia, entre outras. A escola deve ser transformada para oferecer possibilidade para que a entrada e a estada na escola sejam permanentes. A atividade física pode podem trazer muitos benefícios a essas crianças, principalmente no desenvolvimento da capacidade de percepção, afetiva, integração social. Professores, diretores, coordenadores, apoio pedagógico, apoio nutricional estão preparados para a convivência na escola com alunos portadores de necessidades especiais. Caso não estejam, devem se preocupar para essa mudança de conceito de educação que passarão a ter após a convivência com os mesmos. Os pais também devem ser orientados desde o nascimento de uma criança com determinada deficiência, por profissionais competentes, e devem ter acompanhamento através de associações que dão assistência até a sua formação. A sociedade que finalmente convive com esse aluno com necessidades educativas Especiais deve estar preparada para esse convívio sem preconceitos e sabendo lidar com eles, dando continuidade para uma educação mais inclusiva em tempos atuais.

Palavras-chave: Inclusão Escolar, Necessidade Especiais, Profissional da Educação Básica no Brasil.

Abstract: Knowing the differences of children with special needs and make a study of each difference and of paramount importance to professional education, as and very difficult to have a student with special needs and not knowing how to go about the education and training of that student. Each student with a difference which can be, Auditory, Visual, Physical, Mental, Dow syndrome, hyperactivity, dyslexia, dyslalia between. A school should be transformed to offer possibility for entry and stay in school is permanent. Physical activity can bring many benefits to these children, especially in developing the capacity of perception, affective, social integration.

Teachers, principals, coordinators, educational support, nutritional support are prepared for coexistence in school with students with needs. Are not, they should be concerned for this change of concept of education which will have after living with them. Parents should also be guided from a birth of a child with determined by competent professionals, they should have follow through associations that provide assistance until their training. The company that finally lives with this student with special needs must be prepared for that living without prejudices and learn to deal with them, continuing for a more inclusive education in modern times.

Keyword: Inclusion School, Special Needs, Basic Education Professional in Brazil.


1. Introdução

O presente artigo ira abordar a Educação Inclusiva de pessoas com necessidades Especiais nas escolas de educação básica, pois nos dias de hoje ainda há muitos profissionais da área da Educação que não tem conhecimento sobre determinadas necessidades Especiais, além de que algumas não serem consideradas doença pelos órgãos de saúde no Brasil.

Com falta de psicopedagogos e psicólogos e assistentes sociais nas escolas, os professores, diretores e coordenadores, deveriam ter conhecimentos sobre crianças portadoras de necessidades Especiais para conhecer melhor o tipo de necessidade especial que seu aluno é portador, para que esse aluno seja encaminhado para o profissional competente e que tenha um tratamento especializado para seu desenvolvimento na vida escolar, familiar e social.

Com o intuito de refletir sobre a trajetória da inclusão da pessoa com necessidades Especiais ao tratamento que estas pessoas necessitam do assistencialismo e da inclusão no âmbito escolar regular. Para compreender como se desenvolveu essa trajetória temos que entender os conceitos de inclusão. O rumo da educação especial no Brasil frente ao paradigma da educação inclusiva que criou o atendimento educacional especializado, (AEE) que promove o desenvolvimento de habilidades extracurriculares nos ensinos regulares inclusivos.

Quando são devidamente interpretadas e proporcionais as escolas comuns, o AEE pode provocar a mudança que se espera no ensino comum, como auxilio da Sala de Recursos Multifuncionais, que pode de certa forma atender a exigência de uma educação para todos.


2. Objetivos

2.1 Objetivo Geral

Apresentar uma abordagem ampla sobre Educação Inclusiva nas Escolas de Educação Básica, apontando os principais aspectos para sua evolução até os dias atuais.



2.2 Objetivos Específicos

1-Analisar a importância da Educação Inclusiva nas Escolas de Educação Básica.

2-Relevar as mudanças na Educação Inclusiva nas Escolas de Educação Básica segundo a LDB.

3- Apontar quais são os grandes desafios do professor ao trabalhar a prática pedagógica da Educação Inclusiva nas Escolas de Educação Básica.


3. Metodologia

Como método para o desenvolvimento desta pesquisa quanto sua natureza, trabalhar-se- de forma quantitativa com conjuntos de fontes manuscritas, impressas, artigos acadêmicos, alem da bibliografia concernente ao tema. As fontes foram levantadas lidas e sistematizadas. Também o fato de ter o contato direto com alunos com necessidades especiais em sala de aula enquanto professor.


4. Historicidade da Inclusão através dos anos

No século XV, todas as crianças que nasciam deformadas eram jogadas nos esgotos da Roma Antiga. Na Idade Média, frequentavam aulas e se abrigavam em igrejas e Martinho Lutero defendia que doentes mentais eram diabólicos e que mereciam serem castigados para serem purificados.

Do século XVI ao XIX, continuaram isolados da sociedade em asilos, conventos e albergues, quando surge o primeiro hospital psiquiátrico na Europa, que nessa época eram prisões sem tratamentos especializados.

No Século XX passam a ser visto como cidadãos com direitos e deveres com participação na sociedade. A primeira diretriz política aparece em 1948 com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Nos anos 60, pais e parentes se organizam, surgem criticas a segregação e são defendidas por teóricos a adequação do portador de necessidades Especiais a sociedade para permitir sua integração.

A educação Especial aparece pela primeira vez no Brasil com advento da primeira LDB 4.024 de 1961. Essa lei diz que a educação dos excepcionais deve no que for possível, enquadrar no sistema geral da educação.

Nos anos 70, os Estados Unidos pesquisam sobre inclusão para os mutilados da Guerra no Vietnã, através da Lei 94142 de 1975 com mudanças dos currículos e criação de redes de informação entre escolas, bibliotecas, hospitais e clínicas.

Em 1978 a emenda constitucional brasileira trata do direito das pessoas com necessidades especiais e são asseguradas melhorias de condições sociais e econômicas educação especial gratuita.

Nos anos 80 e 90, declarações e tratados mundiais defendem a inclusão de pessoas com necessidades especiais, o ensino deve acontecer dentro do sistema escolar normal. A Lei Federal 7853 de 1989 prevê oferta obrigatória e gratuita em estabelecimentos públicos, crime punível com reclusão de 1 a 4 anos e multa para dirigentes públicos ou particulares que recusarem ou suspenderem sem justa causa, a matrícula de um aluno.

Em março de 1990, houve a conferência mundial de educação para todos na cidade de Jotien na Tailândia, prevendo a necessidade que a educação básica seja oferecida para todos: mulheres, negros, índios, presos e pessoas com necessidades Especiais. E aprovado nesse mesmo ano no Brasil o estatuto da criança que garante educação especializada para portadores de necessidades especiais na rede regular de ensino. Lei 8069-90.

5. As Mudanças na Educação Básica Segundo a LDB

Após a ementa constitucional, houve muitos direcionamentos que ganharam força de lei, garantindo muitos benefícios e direitos ao portador de necessidades Especiais para Educação Especial na Educação Básica.

Serviços de apoio especializado, na escola regular para atender as necessidades da clientela de educação especial. O atendimento será feito em sala de aula escolas ou serviços especializados, quanto ás condições dos alunos não permitem sua integração nas salas de aula comuns do ensino regular.


6. As Principais Necessidades Especiais

A primeira infância deve ser lembrada e vivida não apenas como um período que as crianças necessitam de cuidados com saúde, educação e bem estar, mas sim um período que recebem o melhor que a sociedade tem e é capaz de oferecer, como cuidados e o bem estar. Elas têm seus direitos desde que nascem e esses direitos devem ser reconhecidos pelas famílias, não só para os filhos, mas para elas também.


6.1 Pobreza e o Baixo Rendimento Escolar

Devido o nascimento de uma criança em uma família pobre, essa criança é excluída do meio social, a exclusão tem raiz na pobreza, na moradia inadequada, na doença crônica e no desemprego. A essas crianças nascidas na pobreza as vezes são negadas aos recurso e as oportunidades que outras crianças de família com maior poder aquisitivo tem. Algumas enfrentam obstáculos por causa da cor, religião, raça ou deficiência apesar da família ser muito amorosa, muitos cresce e enfrenta a exclusão social, desemprego, doenças, e até mesmo quando adultos.

6.2 Necessidades Especiais: Auditiva

A deficiência auditiva é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, que variam graus e níveis. A falta de comunicação da linguagem comum entre surdos e ouvintes dificulta e até impede a interação e a construção de conhecimentos.

Ao incluir alunos portadores de necessidades Especiais surdos, eles devem ter o domínio da linguagem de sinais (libras) conquistada naturalmente por eles. Outros buscam se comunicar de diferentes formas de expressões (gestos, expressões faciais, escrita, etc.).


6.3 Visual

É considerado a pessoa com de necessidade educativa visual, com acuidade visual igual ou menor que 20-200 no melhor olho, após a melhor correção, ou campo visual inferior de 20 graus (tabela de Snellen), ou ocorrência simultânea de ambas as situações.

Ao aluno com necessidade educativa visual quando estudante em escola de ensino regular, a escola deve solicitar a mantenedora material didático necessário, como regletes (régua, livro para escrever em braile, além da presença de um profissional para ensinar o aluno, os colegas e os professores a ler e a escrever em braile), deve ser atendido por tratamento oftalmológico e receber instrução em instituições especializadas para locomoção nas ruas. Deve também conhecer e aprender usar aparelhos de comunicação. Os colegas devem estar sempre dispostos a ajudá-lo, esses alunos devem usar lupa, livro falado, além de ambiente escolar que deve ter corrimão nas escadas e descrever a sala de aula sem mudar os móveis do lugar.


6.4 Física

As pessoas com necessidades Educativa Especiais Física é aquele com alteração completa ou parcial de um ou mais seguimentos do corpo humano, que acarrete o comprometimento da função física, que apresenta sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidades congênita ou adquirida, excetos as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para desempenhos de funções.

A escola precisa adaptação ao espaço arquitetônico, incluindo, rampas de acesso, instalações de barra de apoio e alargamentos das portas nas salas, móveis adaptados, materiais de apoio pedagógico como pranchas e presilhas para prender papeis na carteira, suporte para lápis e canetas entre outros conforme a necessidade do aluno.

 

6.5 Mental

A pessoa com necessidades Educativas Especiais mental é aquela pessoa com funcionamento intelectual significativamente inferior a média, com manifestação antes dos 18 anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades, como a comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho. Deve ter o acompanhamento da família e de médicos, as mentes não podem ser medidas nem definidas genericamente. O professor deve se informar sobre as especificidades e os instrumentos adequados para fazer com que e os jovens encontrem na escola um ambiente saudável, sem discriminação e capaz de proporcionar um aprendizado efetivo, tanto do ponto de vista educativo como social.

6.6 Síndromes de Down

Síndrome de Down é uma doença genética associada a um cromossomo a mais nas células humanas. Uma causa prevalente de deficiência genética, com anomalias múltiplas, traços físicos que não prejudicam o desenvolvimento e a saúde.

A Síndrome de Down tem maior incidência em bebê de mulheres com idade acima de 35 anos, a cada 100 bebê, um nasce com essa síndrome, por isso se da à importância dos exames de pré-natal, que podem diagnosticar doenças no feto e ao ser detectado podem ser corrigida. As características são várias alterações físicas, como olhos amendoados, nariz achatado, estatura baixa, mãos e pés pequenos, prega única palmar alguns são obesos, e apresentam deficiência mental em grau variado.

Aos educadores cada vez fica mais claro e ciente que a informação é fundamental para que qualquer pessoa possa ter uma vida sexual sadia. Não é mantendo uma pessoa com necessidade especial sem informação, ignorante que ele vai estar protegido, mais sim com informações sobre sexualidade e outras informações para uma vida mais feliz e até saberem se defender de tentativas de abuso sexual.

O individuo com Síndrome de Down tem a tendência para apresentar a doença Alzheimer e caracteristicamente uma vida mais curta.


6.7 Autismo

O autismo é um transtorno do desenvolvimento, manifesta antes dos três anos de idade. Compromete todo desenvolvimento Psiconeurologico, afetando a fala e entendimento, convívio social, apresentando em muitos casos retardo mental, cerca de 60% de autistas apresentam epilepsia.

Por não ter causa especifica definida, é chamada de síndrome, atinge todas as classes sociais em todo mundo, e atinge principalmente crianças do sexo masculino, mas quando manifesta no sexo feminino está mais propenso a apresentar retardo mental mais severo que no sexo masculino.

O autista verbal é aquele que quando fala, apresenta ecolalia, inversão de pronomes, não conseguem falar com maturidade da estrutura gramatical, também não conseguem empregar termos abstratos, apresentam dificuldade para iniciar ou sustentar diálogos.

O autista não verbal, não se comunica verbalmente, não abraça o pai, a mãe, são incapazes de estabelecer qualquer tipo de relação social, não tem condições de frequentar turmas do ensino regular, precisam de escolas especializadas e com atendimentos terapêuticos.

Frequentemente crianças autistas demonstram apego a objetos como, pedra, fios, roda de um carrinho, gostam de objetos que brilham, giram, por exemplo, uma tampa de panela, esse objeto escolhido pode ficar com essa criança por horas e dias e sempre que alguém tenta tirar dela torna-se inquieta, agressiva, pois são resistentes a mudança.


6.8 Hiperatividade

A criança hiperativa é agitada, não presta atenção nas brincadeiras, se dispersa com facilidade, não consegue participar de brincadeiras com os colegas, não aceita as regras do jogo, impõe suas regras, é mandão, solicita atenção só para si como sendo o único, não se concentra em frente à televisão, não fica sentado a mesa durante as refeições nem por pouco tempo. Esse quadro constatado é caracterizado como hiperatividade ou distúrbio de atenção são comuns na infância e adolescência e são frequentemente caracterizados como pessoas inconvenientes e em outras circunstancia ate como mal educados.

Na sala de aula o comportamento destoante em relação a outras crianças é o ponto básico na identificação do hiperativo.

Exemplos básicos:

Movimento excessivo na sala de aula.

Atrapalham a dinâmica das aulas.

Não prestam atenção e não conseguem se concentrar nas atividades.

Interrompem a professora com frequência.

Interferem de modo impróprio e inoportuno na conversa dos outros alunos.

Tumultuam a classe com brincadeiras fora de hora.

Apresentam iniciativas descontroladas.

A hiperatividade pode ter conotação genética, orgânica e psicológica. A manifestação é mais frequente no sexo masculino, na mulher é menos frequente. Hiperatividade se processa através de um desequilíbrio neuroquímico cerebral, provocado pela produção insuficiente de neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) em certas regiões do cérebro. Esse aluno deve ser encaminhado para um exame psicológico pra detecção de alterações emocionais e tratamento para não agravar no futuro com dificuldades no relacionamento social e familiar.


6. 9 Dislexia

Segundo Abram Topzewski, a dislexia se caracteriza por uma dificuldade especifica para o aprendizado da escrita-leitura, que compromete de maneira importante o desempenho escolar.

Crianças com facilidades para cálculos aritméticos passam a apresentar dificuldades quando devem resolver um problema que necessita de ser lido. A dislexia é uma característica constitucional determinada geneticamente.

A criança tem incapacidade parcial de ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência, audição e visão serem normais independentes de classe social.

Ser dislexo é condição humana, pode ser pessoa de alta habilidade, ser talentoso na arte, música, teatro, esportes, mecânica, vendas, comércio, desenho, construção e engenharia. Não se descarta que possa ser um superdotado, com capacidade intelectual singular, criativo, produtivo e até grande líder. O dislexo pode também ser portador de conduta típica com síndrome e quadro de ordem psicológica, neurológica e linguística comprometendo a aprendizagem com eficiência de leitura e escrita, mas sem comprometer seus ideais, talentos e sonhos.

A dislexia é pouco conhecida e diagnosticada por pais, professores e médicos, que devem ficar atentos a dois importantes fatos para diagnosticar precocemente a dislexia: a historia pessoal do aluno e suas manifestações linguística nas aulas de leitura e escrita. Após diagnosticar deve-se avaliar e tratar a dislexia. Conhecer seu tipo e sua natureza, é um dever do Estado e da sociedade e um direito de todas as famílias com crianças disléxicas em idade escolar.


6.10 Distúrbios da Fala (Dislalia)

Quando uma criança tem dificuldades em se comunicar, deve se dar atenção a essa criança com consulta a um clinico. A fonoaudiologia é um vasto campo de estudo e envolve não apenas voz e audição, mas a qualidade e a fluência da fala e na recepção dos sons.

Um aluno gago repete silabas e às vezes nem consegue uma pronuncia correta. O exame para diagnosticar chama-se eletromiografia, mede atenção muscular. Em 75% dos casos recuperam espontaneamente e 25% continuam gagos pelo resto da vida, pois nascem com predisposição genética.

Por isso é importante resolver as alteração da fala até o final da segunda e terceira serie. Não deve repetir a palavra errada e sim dizer palavras corretas, isso impede que a criança se confunda.

Há criança com problema auditivo que impede a fala com a compreensão e as expressões prejudicadas, inclusive no aspecto cognitivo. A disfonia ou rouquidão, as vezes passa despercebidas pelos pais e professores.

As características dos disfônicos são: agressividade, liderança e agitação. Criança que não apresentam melhoras de rouquidão com o passar do tempo pode comprometer a fala no futuro, dificultando a comunicação de modo adequado.

Ecolalia é o ato de repetir palavras ou frases, sem observar o sentido geralmente repetindo a entonação ouvida (disfasia).

A criança portadora de disfasia não desenvolve nem evolui em todos os aspectos da linguagem, uso e compreensão da linguagem. A criança utiliza suas próprias regras e consequentemente, deixa de ser compreendida pelos que a rodeiam.

 

7. Como trabalhar a Prática Pedagógica respeitando a diversidade cultural

Alguns professores são bastante resistentes as inovações educacionais, mas a adoção de uma proposta curricular flexível e preparo profissional torna essencial. Os professores acreditam que a informação em serviço lhes assegurará o preparo necessário para se especializarem em todos os alunos, mas concedem esse curso como extensão de especialização e que realmente ao término desse curso tenham a capacidade para trabalhar a inclusão escolar.

Aprimoramento e atualização do professor é fundamental, reflexão, ação na troca de ideias, sentimentos, ação entre professores, diretores, coordenadores da escola é fundamental e deve ter prioridade dentro de todas as escolas seja publica ou particular.

Experiências concretas, problemas reais, situações do dia a dia, servem como matéria prima para mudanças, mudanças essas que devem ser discutidas em grupos de estudos nas escolas e sociedade em geral.

O professor da escola inclusiva deve ter as seguintes características:

Criatividade

Competência

Trabalho coletivo com a sociedade e a comunidade escolar

Experiência

Investigação

Critica

Humildade.

 

8. A Importância da Família do Aluno com Necessidades Especiais na Inclusão Escolar

 

Os sentimentos de insegurança e ansiedade são originados do medo do desconhecido que acabam gerando fantasias, expectativas, ameaças e perigos. Esses sentimentos são normais nos pais, educadores e pessoas que cercam uma situação normal que requer adaptação, modificações e muito aprendizado.

O educador deve estar bem preparado para transmitir conhecimento e segurança para os pais, evitando posturas radicais, imposições, descaso e resistência, deve ser mediador e não ditador. Aos pais, cabe procurarem informações para que sanem suas duvidas e medos, isso evita desgaste e conflito.

Os pais devem ser mantidos informados sobre o desenvolvimento de seu filho através de reuniões de pais e mestres pelo professor quando for possível e caso os pais estiverem inseguros, deverão receber apoio de orientação ou participarem de grupos de pais. A família que apresentar resistência não aceitando a inclusão do filho em sala de aula regular, devemos respeitar sua opção.



9. Trabalho para Pessoas com Necessidades Educativas Especiais

No âmbito Estadual, á a Lei 11.944-95, que estabelece critérios para implantação de centros profissionalizantes previstos no artigo 224 da constituição Estadual. Em seu primeiro artigo, determina que os centros profissionalizantes para treinamento, habilitação e reabilitação profissional do portador de necessidades Especiais.

O ano de 1981 foi declarado o ano internacional das pessoas portadoras de necessidades Especiais pela Organização das Nações Unidas (ONU).

No Brasil o trabalho para pessoas com necessidades educativas especiais mostra que tem surgido oportunidade para os mesmo no mercado de trabalho. Por isso cabe a cada município desenvolver projetos e atendimentos para a profissionalização das pessoas com necessidades educativas especiais que venham de encontro a sua necessidade, como orientação vocacional, atividades que promovam sua independência, locomoção, atividades ocupacionais.

A inclusão no sistema social e educativo exige criação de serviços na área da Psicologia social, como orientação vocacional e atendimento familiar. Estes atendimentos poderão contribuir decisivamente para conscientização da igualdade de oportunidades, sucesso educativo, aproximação da família, escola e o mundo das atividades profissionais, melhorando as relações para o desenvolvimento pessoal, interpessoal e comunitário dentro do contexto social nacional.



10. Considerações Finais

Através desse estudo conclui-se que o conhecimento sobre necessidades especiais e a convivência serve para que possamos ter uma melhor aceitação desse aluno e também e a participação para que ele permaneça e cresça no seu desenvolvimento intelectual dentro da escola, para que ele saia preparado para uma convivência com a sociedade mais inclusiva, que saibamos conviver com as diferentes necessidades seja ela visual, física e mental. Que devemos saber tratar e educar aquela criança que sofreu abusos infantis, sexual, emocional e negligencia.

A tarefa da escola e encontrar formas de destruir barreiras entre ela e as famílias. Os pais precisam sentir que podem contar com a escola quando há problemas em casa. As escolas devem se organizar de modo que isso se torne possível. Sabemos que a qualidade da educação depende também de um currículo feito conforme a necessidade do aluno, a avaliação deve ser constante, no dia a dia na sala de aula e ser valorizada pelas pequenas coisas que esses alunos façam, pois a partir das pequenas coisas elas poderão desenvolver, e chegar ao ponto de fazer trabalhos grandiosos com seu crescimento intelectual (cognitivo).

Para uma educação ser mais inclusiva deve haver dentro da escola apoios, colaboração e troca. Um professor deve apoiar outro e trocar experiências conforme sua necessidade, sua dificuldade. Os alunos devem participar entre si, os colegas, vizinhos devem ajudar o outro sem planejamento do professor.

Devem aceitar o colega com necessidades educacionais especiais e ajudá-lo conforme sua necessidade. Há também a necessidade do coordenador apoiar o professor que tenha em sua sala alunos com necessidades educativas especiais. Com a união da família, da escola, da sociedade como um todo, teremos de forma coletiva uma educação mais inclusiva e de qualidade.


11. Referencias Bibliográficas

1 – A vida na Escola e a Escola da Vida, 32 edição, Claudius Ceccon, Miguel Darcy de Oliveira, Rosiska Darcy de Oliveira. Editora Vozes, Petropolis1997.

2 – BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria Geral. Centro Nacional de Educação Especial. Plano Nacional de Educação Especial 1977/1979. Brasília: MEC; CENESP, 1977.

3 - Resolução n. 02/2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: CNE, 2001.

4 – CORREIA, L. M. Inclusão e necessidades educativas especiais: um guia para educadores e professores. 2. ed. Porto: Porto Editora, 2008.

5 – FERREIRA, J. R.; GLAT, R. Reformas educacionais pós-LDB: a inclusão do aluno com necessidades especiais no contexto da municipalização. In: SOUZA,

6 – GATTI, B. A.; BARRETO, E. S. de S. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009.

1 Acadêmica do curso de Historia da Universidade Instituto de Educação -INVEST- Cuiabá-MT O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..