ANÁLISE DE TEXTOS COM MENSAGEM MORAL PARA UTILIZAÇÃO EM SALA DE AULA
Lúcio Mussi Júnior
RESUMO
Frente ao crescente estímulo à adoção de práticas multidisciplinares em sala de aula o presente trabalho traz como foco a análise de vários textos voltados à reflexão valores e de ética. Assim, este artigo é produzido na intenção de de servir de sugestão para professores não só de Língua Portuguesa e Interpretação de textos, como também a professores de Filosofia e Sociologia.
Palavras-chave: Análise de textos. Interdisciplinaridade. Valores morais.
Introdução
O presente trabalho configurou-se no sentido de servir como sugestão a professores de diversas áreas do conhecimento no trabalho multidisciplinar com alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio.
Trata-se da análise de vários textos que instigam a reflexão e a valorização da moral e da ética.
Desenvolvimento
Texto: Educação? Educações. Aprender com o índio
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender e ensinar.
Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação? Educações. E já que pelo menos por isso sempre achamos que temos alguma coisa a dizer sobre a educação que nos invade a vida, por que não começar a pensar sobre ela com o que uns índios uma vez escreveram?
Há muitos anos nos Estados Unidos, Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os Índios das Seis Nações. Ora, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram muito adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes responderam agradecendo e recusando. A carta acabou conhecida porque alguns anos mais tarde Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la aqui e ali. Eis o trecho que nos interessa:
“... Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa.
... Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas, quando eles voltavam para nós, eles eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportar o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.
Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens.”
De tudo o que se discute hoje sobre a educação, algumas das questões entre as mais importantes estão escritas nesta carta de índios. Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única prática e o professor profissional não é o seu único praticante.
Em mundos diversos a educação existe diferente: em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nômades; em sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado entre e sobre as pessoas.
Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada povo, ou entre povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e dominam outros povos, usando a educação como um recurso a mais de sua dominância. Da família à comunidade, a educação existe difusa em todos os mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos mistérios do aprender; primeiro, sem classes de alunos, sem livros e sem professores especialistas; mais adiante com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos.
A educação pode existir livre e, entre todos, pode ser uma das maneiras que as pessoas criam para tornar comum, como saber, como ideia, como crença, aquilo que é comunitário como bem, como trabalho ou como vida. Ela pode existir imposta por um sistema centralizado de poder, que usa o saber e o controle sobre o saber como armas que reforçam a desigualdade entre os homens, na divisão dos bens, do trabalho, dos direitos e dos símbolos.
A educação é, como outras, uma fração do modo de vida dos grupos sociais que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade. Formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os que ensinam e aprendem, o saber que atravessa as palavras da tribo, os códigos sociais de conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, todos os dias, a vida do grupo e a de cada um de seus sujeitos, através de trocas sem fim com a natureza e entre os homens, trocas que existem dentro do mundo social onde a própria educação habita, e desde onde ajuda a explicar – às vezes a ocultar, às vezes a inculcar – de geração em geração, a necessidade da existência de sua ordem. Por isso mesmo – e os índios sabiam – a educação do colonizador, que contém o saber de seu modo de vida e ajuda a confirmar a aparente legalidade de seus atos de domínio, na verdade não serve para ser a educação do colonizado. Não serve e existe contra uma educação que ele, não obstante dominado, também possui como um dos seus recursos, em seu mundo, dentro de sua cultura. Assim, quando são necessários guerreiros ou burocratas, a educação é um dos meios de que os homens lançam mão para criar guerreiros ou burocratas. Ela ajuda a pensar tipos de homens. Mais do que isso, ela ajuda a criá-los, através de passar de uns para os outros o saber que os constitui e legitima. Mais ainda, a educação participa do processo de produção e crenças e ideias, de qualificações e especialidades que envolvem as trocas de símbolos, bens e poderes que, em conjunto, constroem tipos de sociedades. E esta é a sua força.
No entanto, pensando às vezes que age por si próprio, livre e em nome de todos, o educador imagina que serve ao saber e a quem ensina, mas, na verdade, ele pode estar servindo a quem o constituiu
professor, a fim de usá-lo, e ao seu trabalho, para os usos escusos que ocultam também na educação – nas suas agências, suas práticas e nas ideias que ela professa – interesses políticos impostos sobre ela e, através de seu exercício, à sociedade que habita. E esta é a sua fraqueza.
Aqui e ali será preciso voltar a estas ideias, e elas podem ser como que um roteiro daqui para a frente. A educação existe no imaginário das pessoas e na ideologia dos grupos sociais e, ali, sempre se espera, de dentro, ou sempre se diz para fora, que a sua missão é transformar sujeitos e mundo em alguma coisa melhor, de acordo com as imagens que se tem de uns e outros: “... e deles faremos homens”. Mas, na prática, a mesma educação que ensina pode deseducar, e pode correr o risco de fazer o contrário do que pensa que faz, ou do que inventa que pode fazer: “... eles eram, portanto, totalmente inúteis”.
Análise do texto:
Mesmo ninguém podendo escapar da educação, entende-se que a expressão “falta de educação” pode estar ligada a um desajuste no padrão de educação esperado por diferentes grupos de pessoas.
A expressão com que os índios iniciam a carta “...Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo o coração”, além de não demonstrar ingenuidade, pelo contrário, revela um grau avançado de consciência dos índios e perceber o maneira pela qual os brancos estavam buscando o bem dos indígenas. Subjugando sua cultura e tentando dominar sua educação.
Cada nação tem sua educação voltada para sua cultura e suas necessidades. Deste modo o que para uma é muito útil em outra pode não servir para nada. Nesse contexto, a nação brasileira apresenta vária educações tendo em vista as diferentes culturas das regiões do país, além das diferenças marcadas pelas classes sociais.
O domínio da educação é de fundamental importância no sentido de a nação dominadora ter controle sobre a formação dos jovens da nação dominada. Além de impor sua cultura ainda podem direcionar os jovens para ver o mundo da maneira mais conveniente para os dominadores.
Na escola dá-se a educação formal, voltada à aquisição de conhecimentos científicos. A educação de fato, ocorre em todo lugar em que o indivíduo convive.
No Brasil a educação nas escolas tem ainda, por muitas vezes, tentado direcionar a opinião de seus alunos favorecendo algumas formas de pensar e desestimulando outras. Esta educação ainda tem muito da educação do vencedor, endeusando vultos históricos para exaltar o nacionalismo e justificar massacres ocorridos ao longo de nossa história. Se dúvida há outras maneiras de educar e até certo ponto algumas coexistem em nossa sociedade. Mas sem dúvidas, a forma de educar pode direcionar o pensamento a as atitudes do povo, ou ao menos da maioria dele.
Justamente nesse sentido, se o educador estiver iludido ele pode direcionar o educando e a longo prazo, consequentemente a sociedade à dominação ou manipulação. É preciso uma reflexão muito profunda em busca das verdades e mentiras por traz de cada educação.
Texto: O fax do Nirso
O gerente de vendas recebeu o seguinte fax de um dos seus novos vendedores:
“Seo Gomis,
O criente de Beozonte pidiu mais cuatrucenta pessa. Faz favor toma as providenssa,
Abrasso,
Nirso”
Aproximadamente uma hora depois recebeu outro:
“Seo Gomis,
Os relatório di venda vai xega atrazado proque to fexando umas venda. Temo qui manda umas treis mil pessa. Amanhã to xegando.
Abrasso,
Nirso”
No dia seguinte:
“Seo Gomis,
Num xeguei pucausa de que vendi maiz deis mil em Beraba.
To indu pra Brasilha.
Abrasso,
Nirso”
No outro:
“Seo Gomis,
Brasilha fexo 20 mil. Vo pra Froniloplis e de la pra Sum Paulo no vinhâo das cete hora.
Abrasso,
Nirso”
E assim foi o mês inteiro. O gerente, muito preocupado com a imagem da empresa, levou ao presidente as mensagens que recebeu do vendedor. O presidente escutou atentamente o gerente e disse: “Deixa comigo, que eu tomarei as providências necessárias”.
E tomou. Redigiu de próprio punho um aviso e o afixou no mural da empresa, juntamente com as mensagens de fax do vendedor:
“A parti de oje, nois tudo vamo fazê feito o Nirso. Si priocupá menos em iscrevê serto, mod vendê maiz.
Acinado, O Prizidenti.”
Autor desconhecido.
Análise do texto:
O texto vem questionando, de certa forma, a importância da educação escolar na prática no mercado de trabalho. Caracteriza-se que nem sempre a educação formal é capaz de preparar adequadamente o profissional para a função em que vai desempenhar e que a educação informal pode por vezes superá-la.
Na acirrada competição vivida hoje no mercado de trabalho, percebe-se que a educação escolar e a formação acadêmica são sim um importante diferencial entre os profissionais, porém, pode-se notar também que um profissional com uma determinada formação pode destacar-se frente a outro mais “diplomado” que ele. Este fenômeno poderia ocorrer justamente por esta bagagem educacional adquirida fora do ambiente escolar.
Texto: A história de Chapeuzinho Vermelho (na versão do Lobo)
Esta história será contada de uma maneira não tradicional.
Certa manhã, estava eu passeando pela minha casa – sim, porque eu não sei se vocês sabem, mas a floresta é a minha casa – e, de repente, deparei com uma visão terrível.
Vi uma menina vestida com uma roupa vermelha horrorosa, com um chapéu vermelho igualmente horroroso, carregando uma cesta cheia de produtos embalados com material plástico, que leva milhares de anos para se desintegrar na natureza.
Imaginei que ela fosse fazer um piquenique ou coisa parecida e pensei: não posso permitir que ela deixe aquele material jogado pela mata. Ela vai sujar a minha casa e dos meus companheiros de floresta.
Vou tentar preveni-la dos cuidados ecológicos fundamentais. Por outro lado, que descuidados são esses humanos: deixar uma menina tão pequena passear pela floresta desse jeito, correndo o perigo de ser apanhada por algum predador (dentre os quais eu me incluo).
Como eu estava com o apetite devidamente saciado resolvi, sem segundas intenções, falar com a menina e induzi-la a sair da floresta pelo mesmo caminho por onde entrou. Isto seria melhor para todos... e assim o fiz, mas, assim que me deparei com a menina, ela foi logo gritando feito uma louca e me batendo com a cesta que tinha na mão; nem sequer me ouviu, não me deu oportunidade para falar o que eu queria e explicar o motivo da nossa conversa. Só repetia várias vezes que eu não iria comer o lanche que ela havia preparado para a sua vovozinha, que eu era horrível, que isso e aquilo. Logo vi que não conseguiria atingir o meu intento. Mas... ela é só uma menina... e assim pensando, resolvi perdoá-la.
Apesar de ter ficado furioso com ela num primeiro instante, resolvi procurar por uma velhinha que, algum tempo antes, havia construído uma casinha de madeira perto do rio. Na época, todos nós aqui da floresta havíamos ficado furiosos com ela, pois derrubou nossas árvores e, assim, destruiu a casa de muitos de nossos companheiros animais para construir aquela casa horrenda, mas, devido à avançada idade, resolvemos relevar e deixá-la ficar. Só podia ser ela a vovozinha daquela menina tão mal educada.
Segui por atalhos que só nós, moradores da floresta, conhecemos e, assim, cheguei na casa da velhinha bem antes da sua neta. Segui um caminho muito longo para alertar a senhora dos males que ela e a sua neta poderiam provocar no nosso ecossistema, mas ela também não me deu a menor oportunidade de me pronunciar; foi logo me batendo e fazendo um escândalo tremendo, muito barulho,
muita gritaria, virou-se e pegou uma velha espingarda, certamente com a intenção de matar-me. Não tive outra alternativa, senão comer a velha senhora.
Minutos depois, a menina acabou chegando na casa da sua avó. Sabendo que ela iria provocar novo escândalo, resolvi me disfarçar e, assim, vesti algumas roupas da tal velhinha e tentei me fazer passar por ela, deitado em seu leito.
Quando ela chegou, tentei dissuadi-la a ir embora o quanto antes, mas a menina novamente começou a me insultar dizendo: que nariz grande e horrível você tem... que orelhas estranhas você tem… que olhos caídos e remelentos você tem... Eu procurei responder a todas as perguntas com ternura, mas para tudo há um limite, e minha paciência já estava em ponto de se esgotar, quando tirei o disfarce.
Diante dos gritos da menina, e temendo a aproximação de caçadores que sempre afluíam ao local, não tive alternativa senão comê-la também.
Meu temor, no entanto, se concretizou: um caçador me encontrou e, antes mesmo que eu começasse a me explicar, atirou impiedosamente e me acertou... agora, cá estou eu, com a barriga aberta, moribundo, e vocês ainda estão vibrando com isto, ensinando suas crianças que o malvado dessa história sou eu… isso é muito injusto, muito injusto.
Fonte: Adaptado de ANTUNES, 10 Histórias Exemplares (2004)
Análise do texto:
Este texto nos leva a refletir sobre as várias versões que um acontecimento pode conter a partir de análises de diferentes pontos de vista. Com isso, percebe-se que ao apresentar uma verdade pronta aos alunos, o professor pode sim, estar direcionando a maneira de pensar da turma. Como consequência pode “podar” a opinião de quem não concorda com o ponto de vista da maioria.
Esse ponto de vista poderia nos conduzir ao entendimento de que não existe só uma educação e só uma maneira de ver o ensino na escola. Mostra que uma discussão e uma confrontação de diversos pontos de vista poderia levar o aluno a uma análise crítica dos fatos e consequentemente à formação de sua própria opinião.
Texto: Uma pescaria inesquecível
Ele tinha 11 anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar num cais próximo ao chalé da família, numa ilha que ficava em meio a um lago.
A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes, cuja captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos, provocando ondulações coloridas na água.
Logo, elas se tornaram prateadas, pelo efeito da lua, nascendo sobre o lago.
Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.
O pai olhava com admiração, enquanto o garoto, habilmente, e com muito cuidado, erguia o peixe exausto da água.
Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada.
O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito, as guelras volvendo para trás e para frente.
O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Pouco mais de 10 horas da noite...
Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
Em seguida, olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
— Você tem que devolvê-lo, filho!
— Mas, papai, reclamou o menino.
— Vai aparecer outro, insistiu o pai.
— Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente a olhar para o pai.
Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável.
Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura.
O peixe movimentou rapidamente o corpo e desapareceu.
Naquele momento, o menino teve certeza de que jamais pegaria um peixe tão grande quanto aquele.
Isso aconteceu há 34 anos. Hoje, o garoto é um arquiteto bem sucedido.
O chalé continua lá, na ilha, em meio ao lago, e ele leva seus filhos para pescar no mesmo cais.
Sua intuição estava correta.
Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como daquela noite.
Porém, sempre vê o mesmo peixe todas as vezes que depara com uma questão ética.
Porque, como o pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.
Agir corretamente, quando se está sendo observado, é uma coisa.
A ética, porém, está em agir corretamente quando ninguém está nos observando.
Esta conduta reta só é possível quando, desde criança, aprendeu-se a devolver o PEIXE À ÁGUA.
A boa educação é como uma moeda de ouro: TEM VALOR EM TODA PARTE.
Fonte: LENFESTEI (2008)
Análise do texto:
Ética é agir corretamente quando ninguém está nos observando.
Este é o resumo do ensinamento que este texto traz. Se a educação brasileira valorizasse o ensino da ética desde os anos iniciais, muito provavelmente a sociedade estaria mais amadurecida quanto a isso e não veríamos tantos escândalos de corrupção todos os dias nos noticiários. É preciso valorizar a ética, tanto na educação formal como nas diversas facetas da educação informal. Só assim será possível construir um país justo.
“Eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?”
Talvez esse possa, em boa parte das vezes, descrever o jeito de ser do brasileiro. Essa criatura famosa por seu jeitinho de levar vantagem. Existem sim muitos brasileiros éticos e honestos, mas infelizmente a falta de ética vem predominando. Precisamos mudar a maneira de trabalhar a ética nas várias faces da educação de nosso povo, começando cada um por si mesmo, para mudarmos esse quadro.
“O que é certo é certo, mesmo que ninguém o faça... e o que é errado é errado, mesmo que todo mundo o faça”.
Esse foi o modo como o pai do garoto ágil na pescaria. Ele não quis saber se alguém estava vendo ou se qualquer um daria um jeitinho de ficar com o peixe ou se ninguém no lugar dele faria o filho soltar um peixe daquele porte por estar alguns minutos antes da hora de pescar. Ele simplesmente fez o que era certo.
Considerações finais
Por fim é possível observar que os trabalhos com textos ou alguma outra mídia que busque valorizar a ética e os valores morais são de grande importância na formação do caráter das crianças e adolescentes, haja vista a reflexão que provocam e os bons exemplos destacados.
REFERÊNCIAS
SILVA, Wanderlei Sérgio da. Prática de Ensino – Introdução à Docência. São Paulo: UNIP.
_____. O Menino e os Pregos na Tábua. Disponível em: www.portalbrasfer.com.br/assets/doc/o-menino-e-os-pregos-na-tabua.docx. Acesso em 26/11/2016.