A inclusão e os desafios apresentados para a leitura e escrita
Sara Mariza Moura de Carvalho[1]
DOI: 10.5281/zenodo.15807158
RESUMO
O referido artigo apresenta uma proposta de ensino focada na leitura nas séries iniciais, no domínio da literatura para o público em fase de alfabetização e letramento nas séries iniciais, bem como esse trabalho deve ser desenvolvido com as crianças portadoras de necessidades educacionais especiais. Espera-se com a introdução da literatura nesta etapa o “narrar”,ou seja, contar uma série de ações em episódios que se sucedem uns aos outros, com o olhar direcionado a todos os alunos, em especial os com necessidades educacionais especiais. O foco de ensino é a leitura e interpretação de textos para a ampliação de competências e habilidades, a sugestão de ensino leva a aplicação do conhecimento nas inúmeras situações, salientando que a metodologia de ensino precisa ser adaptada para que eles possam compreender, analisar e aplicar o conteúdo de maneira significativa. A leitura para ser interpretada no meio de comunicação vai além da compreensão e reflexão, é preciso vê-la como enigma, no qual as peças - linguagens vão se encaixando conforme o contexto social onde o educando está inserido e se adapta confortavelmente no seu mundo. Quando se fala em inclusão, pensa-se na literatura como sendo um caminho de análise de práticas de leitura e reflexão sobre implicações dos meios de expressão, destacando que o acolhimento das diferenças e o estímulo à sensibilidade para as múltiplas formas de expressão humana, essenciais para uma educação inclusiva.
Palavras-chave: Leitura e escrita. Necessidades educacionais especiais. Educação inclusiva.
ABSTRACT
The aforementioned article presents a teaching proposal focused on reading in the initial grades, in the field of literature for the public in the literacy and literacy phase in the initial grades, as well as how this work should be developed with children with special educational needs. The introduction of literature at this stage is expected to “narrate”, that is, to tell a series of actions in episodes that follow one another, with a focus on all students, especially those with special educational needs. The teaching focus is the reading and interpretation of texts to expand skills and abilities, the teaching suggestion leads to the application of knowledge in numerous situations, highlighting that the teaching methodology needs to be adapted so that they can understand, analyze and apply the content in a meaningful way. Reading to be interpreted in the medium of communication goes beyond understanding and reflection, it is necessary to see it as an enigma, in which the pieces - languages - fit together according to the social context in which the student is inserted and adapts comfortably in their world. When we talk about inclusion, literature is thought of as a path for analyzing reading practices and reflecting on the implications of means of expression, highlighting that welcoming differences and encouraging sensitivity to multiple forms of human expression are essential for inclusive education.
Keywords: Reading and writing. Special educational needs. Inclusive education.
INTRODUÇÃO
A escola concebe o ambiente de aprendizagem como sendo um espaço embasado no diálogo, nas interações, na troca de ideias e na mediação docente, tornando-se um local para o desenvolvimento integral de todos os educandos. Essa abordagem não só fomenta a construção do conhecimento, mas também promove a intencionalidade pedagógica, essencial para garantir um ensino significativo e eficaz, especialmente quando se trata de ampliar as possibilidades de aprender para todos os alunos, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais (NEE).
Para possibilitar uma educação de qualidade e inclusiva, é preciso que o planejamento pedagógico seja cuidadoso e intencional, considerando as necessidades individuais de todos os alunos, especialmente aqueles com NEE. Isso envolve a utilização de metodologias diversificadas, materiais acessíveis e uma avaliação contínua, que possibilita ajustar o ensino e oferecer o apoio necessário para o sucesso de cada aluno. A socialização, as interações e a construção de um ambiente escolar acolhedor e colaborativo também são aspectos fundamentais para garantir que todos os alunos possam aprender de maneira significativa e desenvolver seu pleno potencial.
De acordo com Brasil (1998), e em diversas normas internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, fica determinado que a educação é um direito de todos, garantindo todo desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Estabelecendo a igualdade de condições de acesso e permanência na escola como sendo um princípio, garantindo que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional especializado (AEE), preferencialmente na rede regular de ensino, não limitando esse direito à simples oferta de ensino, mas garantindo a igualdade de oportunidades, o desenvolvimento pleno da pessoa e a participação ativa na sociedade.
Segundo Brasil (1996), pela Lei nº 9394 definiu-se educação especial, assegurando o atendimento aos educandos com necessidades especiais e estabelecendo critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público.
De acordo com Brasil (1996), a Lei de Diretrizes e Base, estabelece algumas diretrizes que garante aos alunos com deficiência ou outras necessidades específicas acesso a uma educação de qualidade, promovendo a igualdade de oportunidades, a inclusão e a acessibilidade no sistema educacional brasileiro. Essa legislação, assegura direitos, adapta práticas pedagógicas e oferece apoio especializado para atender as necessidades desse público.
Como suporte ao professor da sala de aula regular, percebe-se que a ação pedagógica mais adequada e bem sucedida é a que engloba de forma articulada e simultânea o processo de leitura e escrita. Para ter êxito o educador precisa elaborar suas aulas, contando com o apoio e orientação da professora de Atendimento Educacional Especializado, geralmente alocada junto a sala de recursos, essa profissional oferece o suporte necessário para que esses alunos desenvolvam suas habilidades cognitivas, sociais e emocionais em um ambiente adaptado às suas necessidades, sem ser segregado do sistema educacional regular.
A professora AEE, deve em comum acordo com a professora da sala regular determinar os objetivos que busca alcançar com um estudo dirigido, selecionando textos que devem ser adequados e flexibilizados aos alunos, aos objetivos do estudo e oferecer outras fontes de informações para despertar o interesse dos estudantes.
Este trabalho leva os professores a discutirem e refletirem as situações e metodologias que trabalham baseados na leitura e escrita, capazes de transportar esse aluno para o mundo do protagonismo, para alunos com NEE, essas habilidades não são apenas uma questão de aprender a decodificar palavras e frases, mas de entender o mundo ao seu redor, interagir com ele e tomar posse de sua própria história, há uma identificação e interação social que deve ocorrer ao fazer uma leitura e situar-se no contexto (Orlandi,1978).
De acordo com os Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa (1997), que estabelece o idioma como sendo fundamental para o conhecimento social e efetivo do indivíduo. Os educadores devem possibilitar a todos os alunos, inclusive os alunos com necessidades educacionais especializadas, acesso aos saberes linguísticos essenciais para o exercício da cidadania, direito reservado a todos os seres humanos.
Fundamentando-se em Brasil (2012), através do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, cabe ressaltar que crianças recém-alfabetizadas leem com alguma dificuldade e se cansam mais facilmente, portanto, textos extensos podem desanimar os educandos, inclusive os com necessidades especiais.
As estratégias apropriadas em relação à conduta de sala de aula deve atentar-se ao bom senso, dependendo da dificuldade da atividade proposta, as flexibilizações devem ser diferentes e adequar para cada realidade, sendo assim o professor deve sempre estar no controle de qualquer situação e assumir a responsabilidade dos sujeitos, é necessário ficar o tempo todo ao lado dos alunos até que estes estejam totalmente independentes e com segurança para desenvolver qualquer atividade em sala de aula, alguns necessitam de um tempo maior para criar “independência”.
O professor deve priorizar a leitura e escrita como prática social, capaz de transformar e formar o cidadão, entendendo como o despertar o senso crítico naquele estudante que está em um processo de formação, sendo assim cabe aos professores trazerem para a sala de aula uma diversidade de gêneros textuais.
Os educadores, reconhecem que a escola é a principal responsável por desenvolver as competências e habilidades necessárias para que os alunos sejam proficientes, focando em leituras que despertem a curiosidade dos alunos como auxílio às práticas de ensino com atividades em direção ao processo de escrita.
Sendo assim, trabalha-se com base no conceito de leitura e escrita como desenvolvimento a partir do domínio e da utilização pedagógica das mais variadas vertentes de maneira que essas estratégias facilitem a aprendizagem e que sejam objeto de conhecimento a ser democratizado e instrumento para a construção de conhecimento.
A LEITURA E ESCRITA ALIADAS COMO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS AOS ALUNOS PORTADORES DE NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS
A leitura e escrita auxiliam no despertar do interesse dos alunos, pois o universo da leitura os encantam, através de livros, por exemplo, quando percebem as ações dos personagens e a mensagem, a moral que sempre é deixada no final de cada história, os alunos refletem e proporciona discussões no grupo, sendo essa prática uma necessidade dessa prática social em suas vidas, e, o quanto essa envolve os sentidos e os leitores.
De acordo com Zilberman (2003) a literatura surge com características particulares, decorrentes da ascensão da família burguesa, do status concedido à infância na sociedade e reorganização da escola, mostrando a necessidade de preenchimento de uma missão, não propriamente literária em sua origem e funcionamento, ela exige do leitor a imagem de uma realidade, a criança desenvolve-se através do universo exposto nas páginas do livro.
As leituras devem ocorrer sempre na vida das pessoas desde os primeiros anos da vida escolar, causando reflexões, mesmo que sejam títulos considerados como “entretenimento”, “subliteratura,” ou “literatura de massas”. Portanto, como prática pedagógica, ler na escola é fundamental para que os alunos possam interagir com os colegas na busca de que sua interpretação chegue à mesma conclusão que o amigo, ou, com argumentos para discordar.
Fundamentando-se nos teóricos, Dolz et al (2004) há compreensão do conteúdo, quando se planeja um conjunto de atividades escolares de forma sistemática, em torno de um gênero textual oral ou escrito. De forma oral, fazer indagações capazes de levar os alunos a refletirem, depois a produção escrita inicial, para a sondagem do conhecimento prévio e na sequência a apresentação dos gêneros abordados, e juntos propor uma releitura.
De acordo com Bakhtin (2010), por meio das circunstâncias em situações específicas de comunicação e carregada de intenções vem ao encontro das escolhas de linguagem o gênero proposto favorece o desenvolvimento da percepção de que, no mundo das linguagens, a produção de sentidos é sempre contextualizada.
Ainda, para Bakhtin (2010), diante do fato é preciso construir um clima harmônico ao desenvolver o processo necessário da leitura e escrita para que os alunos busquem no texto a necessidade de conhecerem dispositivos facilitadores para identificar as palavras. O educador deve contribuir para que o aluno tenha repertório e dispositivos para diferenciar os diferentes gêneros, pois reconhecendo suas características é possível aplicá-lo de acordo com a situação.
Fundamentando-se em Marcuschi (2010), quando refere-se ao aluno, pensa-se em todo um significado com a realidade de mundo que os cercam, pautado no respeito, no conhecimento prévio, na bagagem que esse aluno carrega, mesmo que ainda estejam na fase de alfabetização e letramento, e assim aproximá-los da linguagem vivida e despertar o interesse e acima de tudo respeitar suas dificuldades.
Sendo assim, esse trabalho é desenvolvido pensando na leitura e escrita através dos elementos da narrativa, com um foco nos planos de aulas, onde o professor tem a capacidade de desenvolver competências e habilidades necessárias com a finalidade de levar os alunos a reconhecer esses elementos por meio das atividades propostas.
Como sugestão, o professor pode realizar um levantamento das histórias que as crianças conhecem, e propor atividades envolvendo a conversa e discussão entre eles como auxílio à prática leitora, pois é um bom início para a prática social, já que os alunos podem conhecer diversos gêneros narrativos, por exemplo, com versões diferentes por outros autores com principal destaque a intertextualidade.
Quando pensa-se em o que, e como ensinar, tem-se o currículo como sendo uma ferramenta de suma importância para as questões da aprendizagem, de acordo com Brasil (1996), com a LDB– Lei de Diretrizes e Bases nº 9394, em 20 de dezembro de 1996, objetivando regular as mudanças educacionais, a partir dessa lei educacional, criaram-se os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, documentos oficiais formulados para orientar a prática educacional de professores de todas as áreas curriculares do Ensino, as orientações feitas nos PCN –é de que o ensino da literatura possua sua própria linguagem, com suas próprias estruturas e códigos, e seu ensino é determinado para capacitar os estudantes a humanizarem-se melhor como cidadãos inteligentes, sensíveis, estéticos, reflexivos, criativos e responsáveis, no coletivo, por melhores qualidades culturais na vida dos grupos e das cidades, e isso enquadra-se perfeitamente quando se fala em inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais.
A leitura no processo de alfabetização
Fundamentando-se em Bakhtin (2010) a interação entre os indivíduos ocorre em discurso, em movimentos que recriam práticas discursivas, fábulas, romances, novelas, canções e outros gêneros textuais literários. O educador deve mostrar interesse em valorizar os conhecimentos prévios, bem como o ritmo da turma, em especial dos alunos com alguma dificuldade de aprendizagem, discutindo em sala para formar uma opinião sobre os tipos de textos que poderiam ser apresentados, sem menosprezar os veículos de comunicação que trazem prazer, já que é através do público leitor que aumenta a possibilidade de transformação para uma sociedade mais leitora, crítica e democrática.
De acordo com São Paulo (2010), referindo-se aos gêneros textuais tem-se uma infinidade de opções como os mencionados pela Secretaria da Educação o no caderno Currículo (São Paulo, 2010, p. 52), os quais são:
... ao mesmo tempo, eventos linguísticos e ações sociais. Funcionam como paradigmas comunicativos que nos permitem gerar expectativas e previsões ao elaborarmos a compreensão de um texto. E, embora seja definido tanto por aspectos formais como funcionais, não há dúvidas, entre os estudiosos, de que a função é mais importante do que a forma. (Currículo São Paulo, 2010).
Nesta visão política pedagógica educacional é importante garantir em seu planejamento que o texto literário entre como objeto de análise e interpretação e também, como prática social, resgatando a dimensão fruitiva da literatura. Baseando-se no Currículo (SÃO PAULO, 2010, p. 35-36) dizemos que:
... o aluno deve desenvolver-se como leitor autônomo, com preferências, gostos e histórias de leitor. Assim, seja qual for a tipologia ou o gênero em estudo, o texto literário pode e deve ser trabalhado permanentemente, uma vez que é elemento fundamental na construção da competência leitora.
Segundo São Paulo (2010), no documento da Secretaria de Educação, os gêneros textuais são artefatos linguísticos construídos histórica e culturalmente com objetivos específicos em situações sociais particulares e devem ser apresentados aos alunos desde as séries iniciais.
Fundamentando-se em Bakhtin (2010) conclui-se que a construção do conhecimento ocorre por meio do gênero discursivo nessa esfera de atividades inseridas e resultam em uma leitura multissemiótica facilitando aos alunos a percepção das linguagens híbridas que se comunicam e estabelecem um discurso dialógico.
Portanto, as discussões em sala motivam e conscientizam os alunos a valorizarem todas as leituras sem priorizar mais uma do que outra, pois todas servem como materiais de discussão de aprendizagem na formação do leitor e não somente a literatura canônica, de acordo com Lajolo (2001).
Percebe-se dentro dessa proposta de leitura e escrita um conteúdo significativo, pois atinge a capacidade de envolvimento de todos os alunos, em especial aqueles com alguma deficiência, nesta proposta de inserção de leitura revela e aponta os efeitos de sentido analisado por aquele que lê, a ponto de surpreendê-lo ao perceber que além de compreender, ou seja, fazer sua leitura dentro da sua visão de mundo como é o de interpretar, também consegue analisar e reconhecer os gêneros os quais não reconheciam e assim aflorar o senso crítico, mesmo que com alguma dificuldade.
É fundamental o envolvimento de todos os alunos da turma, e se preciso for solicitar apoio da professora da educação especial para que essa criança realmente faça parte do processo como um todo.
De acordo com os autores Dolz, et al (2004) é preciso trabalhar com cada esfera literária e gêneros a fim de desenvolver as competências e habilidades na prática da leitura e da escrita e por meio de reflexões através de perguntas provocativas, motivá-los a conhecer o texto a fim de interagirem com os gêneros.
O aluno deve ser estimulado a identificar, em suas leituras, quem produz o texto, para quem, com que finalidade, usando qual suporte, qual lugar social do autor e do destinatário e, por fim, quando e onde o texto foi produzido.O educador deve propor uma leitura sistemática com uma apresentação do título, do nome do autor e da fonte completa, feito isso, ele inicia uma discussão coletiva - a roda da conversa para desenvolver nos alunos sua capacidade de elaborar suposições antecipadoras do sentido, da forma, e da função do texto.
A intenção é fazer com que os alunos, a partir da situação exposta, aprendam a desenvolver pequenos textos, até mesmo na oralidade, e transformem seu espaço escolar, através das práticas de leitura e escrita.
AS ATRIBUIÇÕES DO EDUCADOR ENQUANTO MEDIADOR DO CONHECIMENTO
O educador é o responsável por manter a motivação e interação em sala de aula, ele é o que está mais próximo do aluno, e, dependendo do modelo adotado, pode exercer simultaneamente diversas funções para as quais são necessárias algumas competências e habilidades, capacitando esses alunos a assumirem um papel ativo e responsável no processo de aprendizagem.
Cabe ao professor realizar uma abordagem que estimula a simultaneidade de funções, o aluno é incentivado a lidar com diversas tarefas, situações e desafios ao mesmo tempo, o que exige a mobilização de uma série de habilidades cognitivas, sociais e emocionais.
O professor deve quebrar paradigmas para fazer o novo, o diferente, é necessário ser criativo, firme, determinado, quebrar regras, assumir os riscos e usar a imaginação. Os alunos precisam ser incluídos, evitando transformar a escola em um depósito de crianças e isso não ocorre somente com as crianças incluídas nas salas regulares.
Sendo assim, o educador é o profissional inovador que modifica, com sua maneira de agir, os professores têm sido vistos como agentes transformadores, que não apenas ensinam conteúdos, mas também moldam novas formas de pensar e abordar os desafios com criatividade, inovação e liderança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A intenção de desenvolver esse estudo foi analisar alguns autores que buscam na literatura formas de desenvolver competências leitoras dentro de expectativas inovadoras capazes de causarem ponderações no público das séries iniciais por meio da esfera literária, em especial aos estudantes com necessidades educacionais especiais.
Analisando formas de empregar-se os discursos presentes na leitura e escrita que abrangem reflexões, como o de conhecer o gênero abordado através de seus elementos narrativos por meio da linguagem verbal, fazendo com que os alunos da inclusão se sintam pertencentes ao contexto.
Motivar a leitura é direcionar uma sociedade a pensar, é encarar essa proposta como um eixo incentivador para desenvolver nos estudantes à reflexão e, assim, torná-los cidadãos mais sensíveis, justos, democráticos, pessoas capazes de transformar um quadro social através de um processo de interação com as linguagens.
Com esse artigo expõe-se possibilidades de despertar a aprendizagem no sentido de valorizar os gêneros literários que estão esquecidos, não se pode focar somente naquilo que se ensina, é preciso conhecer as estratégias de abordagem mais eficientes, e ter uma proposta pedagógica adaptada às reais necessidades dos nossos alunos, em especial os com necessidades educacionais especiais de aprendizagem.
Professor e aluno devem, juntos, transformar o ambiente escolar em um local onde não se alfabetiza por alfabetizar, e, sim crescerem juntos e quando menos se espera que os dois aprendam.
Quando estuda-se leitura e escrita pretende-se proporcionar ao aluno que ele exercite as atividades, a fim de que possa-se obter resultados sobre as questões abordadas, é preciso vivenciar novas maneiras de ensinar e aprender, incorporando as tecnologias, requer cuidado com a formação inicial e continuada do professor.
Essa proposta pedagógica não pode ser compreendida apenas como o uso mecânico dos recursos, mas deve abranger também o domínio crítico da linguagem, é o ensinar responsável, levando-se em conta os alunos com deficiência, é preciso ensinar para todos.
A unidade escolar, com a sua estrutura e dinâmica específicas, fins e objetivos determinados, deve propiciar experiências positivas de aprendizagem, atentando-se aos alunos de inclusão. É a instituição que por mais longo tempo manterá contato sistematizado com indivíduos em desenvolvimento, daí a sua responsabilidade em favorecer o processo da evolução através da ação integrativa de todos os aspectos do viver, com a finalidade de assegurar a consistência e o equilíbrio pessoais como resultantes de novas experiências e descoberta de novas capacidades.
A sala de aula é o local onde as atividades devem promover o desenvolvimento dos educandos, porém não precisa forçar esse aprendizado, este pode ser introduzido de maneira prazerosa, proporcionando alegria e a vontade de aprender, em especial aos alunos com deficiência que mantêm outro ritmo de aprendizado.
Entende-se que enquanto educadores objetiva-se formar cidadãos criativos e cientes de seus papeis na sociedade, buscando sempre o avanço nas questões ensino e aprendizagem, é preciso estar sempre buscando estratégias como componente para melhorar a qualidade dos métodos de ensino.
O educador deve oferecer uma diversidade de materiais, dando-lhes suporte e auxiliando para vencer os desafios que favorecem o crescimento e conquistem novos conhecimentos.
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[1] Professor de educação básica I, Prefeitura Municipal de Araras. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.