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EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA ALUNOS DOS ANOS INICIAIS E ESTRATÉGIA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

 

Debora Aparecida Gragatti Reco[1]
Elaine de Oliveira Darcie[2]
Ionete Lurdes da Silva Schlindwein[3]

 

 

RESUMO

Para que haja uma consciência ambiental da sociedade como um todo, e as escolas e seus educadores tem que fazer seu papel, para se chegar ao desenvolvimento sustentável. Acredita em atitudes ecologicamente corretas para o bem estar das populações. Os principais autores que embasaram Dias (1992), Guimaraes (2007),Segura (2001). Hoje o grande desafio está em provocar de forma crítica e consciente mudanças de comportamentos e atitudes nas pessoas em sua relação com o meio ambiente. Para isto, há a necessidade da existência de motivação. A motivação para a mudança de hábitos foi provocada por algumas práticas ambientais desenvolvidas na escola.

Palavras-chave: Mudança. Atitude. Meio ambiente.

 

INTRODUÇÃO

A educação ambiental pode ser entendida como um processo pelo qual o educando começa a obter conhecimentos acerca das questões ambientais, onde ele passa a ter uma nova visão sobre o meio ambiente, sendo um agente transformador em relação à conservação ambiental.

As questões ambientais estão cada vez mais presentes no cotidiano da sociedade, contudo, a educação ambiental é essencial em todos os níveis dos processos educativos e em especial nos anos iniciais da escolarização, já que é mais fácil conscientizar as crianças sobre as questões ambientais do que os adultos.

A importância do estudo apresentado está em a questão ambiental tem sido considerada como um fato que precisa ser trabalhada com toda sociedade e principalmente nas escolas, pois as crianças bem informadas sobre os problemas ambientais vão ser adultas mais preocupadas com o meio ambiente, além do que elas vão ser transmissoras dos conhecimentos que obtiveram na escola sobre as questões ambientais em sua casa, família e vizinhos.

O trabalho com o meio ambiente nas escolas traz a ela a necessidade de estar preparada para trabalhar esse tema e junto aos professores adquirir conhecimentos e informações para que possa desenvolver um bom trabalho com os alunos. Os professores têm o papel de ser o mediador das questões ambientais, mas isso não significa que ele deve saber tudo sobre o meio ambiente para desenvolver um trabalho de qualidade com seus alunos, mas que ele esteja preparado e disposto a ir à busca de conhecimentos e informações e transmitir aos alunos a noção de que o processo de construção de conhecimentos é constante. Para isso o professor precisa buscar junto com os discentes mais informações, com o objetivo de desenvolver neles uma postura crítica diante da realidade ambiental e de construírem uma consciência global das questões relativas ao meio ambiente para que possam assumir posições relacionadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria.

A escolha do tema deu-se por acreditar que a Educação Ambiental pode mudar hábitos, transformar a situação do planeta terra e proporcionar uma melhor qualidade de vida para as pessoas. E isso, só se fará com uma prática de educação ambiental, onde cada indivíduo sinta-se responsável em fazer algo para conter o avanço da degradação ambiental.

O objetivo geral da pesquisa é de que o trabalho com a educação ambiental em sala de aula deve despertar no discente a consciência de preservação e de cidadania, o aluno deve entender, desde cedo, precisa cuidar, preservar e que o futuro depende do equilíbrio entre homem e natureza e do uso racional dos recursos naturais.

A hipótese levantada é de que a Educação Ambiental é um instrumento que fornecerá os subsídios para uma tomada de consciência, para um novo paradigma, calcado no ambientalíssimo.

Para dar suporte teórico em relação à importância do brincar na Educação infantil, utilizou-se os autores Dias (1992), Guimaraes (2007),Segura (2001), e outros, que oferecem suporte para reflexão dos dados coletados.

Acredita-se que a educação ambiental nas escolas contribui para a formação de cidadãos conscientes, aptos para decidirem e atuarem na realidade socioambiental de um modo comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade. Para isso, é importante que, mais do que informações e conceitos, a escola se disponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores e com mais ações práticas do que teóricas para que o aluno possa aprender a amar, respeitar e praticar ações voltadas à conservação ambiental.

 

DESENVOLVIMENTO

Educação ambiental Entende-se que é preservando a natureza que se pode conservar a boa saúde dos indivíduos e a vida dos recursos naturais existentes no globo terrestre.

Quando a gente fala em educação ambiental pode viajar em muitas coisas, mais a primeira coisa que se passa na cabeça ser humano é o meio ambiente. Ele não é só o meio ambiente físico, quer dizer, o ar, a terra, a água, o solo. É também o ambiente que a gente vive – a escola, a casa, o bairro, a cidade. É o planeta de modo geral. (...) não adianta nada a gente explicar o que é efeito estufa; problemas no buraco da camada de ozônio sem antes os alunos, as pessoas perceberem a importância e a ligação que se tem com o meio ambiente, no geral, no todo e que faz parte deles. A conscientização é muito importante e isso tem a ver com a educação no sentido mais amplo da palavra. (...) conhecimento em termos de consciência (...). A gente só pode primeiro conhecer para depois aprender amar, principalmente, de respeitar o ambiente. (SEGURA, 2001, p.165)

 

A Educação Ambiental surgiu como resposta às necessidades que não estavam sendo completamente correspondidas pela educação formal. Em outras palavras, a educação deveria incluir valores, capacidades, conhecimentos, responsabilidades e aspectos que promovam o progresso das relações éticas entre as pessoas, seres vivos e a vida no planeta. No entanto, o problema do descuido com o meio ambiente, é uma das questões sociais que tem deixado a humanidade preocupada, por isso talvez, seja um dos fatores, mais importante, a ser estudado nas escolas, porque tem haver com o futuro da humanidade e com a existência do planeta. Segundo a UNESCO (2005, p. 44), “Educação ambiental é uma disciplina bem estabelecida que enfatize a relação dos homens com o ambiente natural, as formas de conservá-lo, preservá-lo e de administrar seus recursos adequadamente”.

A inclusão da Educação Ambiental na escola pode-se preparar o indivíduo para exercer sua cidadania, possibilitando a ele uma participação efetiva nos processos sociais, culturais, políticos e econômicos relativos à preservação do “verde no nosso planeta”, que se encontram de certa forma em crise, precisando de recuperação urgente.

O início do processo de conscientização, de que o meio ambiente solicita é o entendimento e a reflexão de uma condição básica para a convivência humana. A Educação Ambiental tem muito a contribuir no sentido de construir relações e proporcionar intercâmbios entre as diversas disciplinas. Este intercâmbio depende exclusivamente da vontade dos docentes em participarem deste processo, e que esta vontade dificilmente acontece sem haver uma orientação e um preparo.

A Educação Ambiental busca assegurar que o futuro do planeta esteja equilibrado no que se refere a natureza.. Os PCNs (Parâmetros curriculares nacionais) vêm fortalecer para os professores a importância de se trabalhar a Educação Ambiental como forma de transformação da conscientização dos indivíduos, sendo uma forma de integrar as diversas áreas do conhecimento. Porém em nosso país a realidade.

De acordo com Dias (1992), a literatura, a primeira grande catástrofe ambiental viria a acontecer em 1952, quando o ar densamente poluído de Londres provocou a morte de 1600 pessoas. Desencadeou-se assim a preocupação não só da Inglaterra, mas de vários países com relação à qualidade ambiental.

Guimaraes (2007), Na década de 60, surgiram manifestações populares no Brasil e no mundo, a respeito de revelações de danos ambientais até então desconhecidos e os brasileiros começaram a se organizar e lutar para proteger o meio ambiente, o que foi mais aguçado, não só no Brasil, mas em todo o mundo pelo lançamento do livro Primavera Silenciosa da jornalista americana Rachel Carson, que se tornou um clássico na história do movimento ambientalista mundial, desencadeando uma grande inquietação internacional e suscitando discussões nos diversos países.

O termo Environmental Education (Educação Ambiental) surgiu em março de 1965, durante a Conferência em Educação na Universidade Keele, Grã-Bretanha. Na ocasião, foi aceito que a educação ambiental devesse se tornar parte essencial da educação de todos os cidadãos e seria vista como sendo essencialmente conservação ou ecologia aplicada. (DIAS, 1992)

No Brasil, a constituição de 1988 introduziu, pela primeira vez na história do país, um capítulo específico sobre o meio ambiente, considerando-o como um bem comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo ao poder público e a coletividade o dever de preservá-lo para as gerações presentes e futuras.

O Brasil não está alheio à importância da educação ambiental. No ano de 1992, foi realizado no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e desenvolvimento (Unced ou Earth Sumit), também conhecida como Rio-92. E nesse período foi elaborado um documento chamado “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global”. Neste documento ficou estabelecido que “a educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador, em qualquer tempo e lugar em seu modo formal, não formal e informal, promovendo a transformação e a construção da sociedade”. Além de reconhecer que a “Educação Ambiental deve ajudar a desenvolver uma consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais o ser humano se compartilhamos neste planeta, respeitando seus ciclos vitais e impondo limites à exploração dessas formas de vida pelos seres humanos” (WWF/ECOPRESS, 2000, p. 22 e 24).

 

Os Ministérios do Ambiente, da Educação, da Cultura e da Ciência e Tecnologia, no ano de 1992, instituíram o PRONEA - Programa Nacional de Educação Ambiental. E o IBAMA, como responsável pelo cumprimento de suas determinações e na qualidade de executor da política nacional de meio ambiente, elaborou diretrizes pela implementação do PRONEA. Assim, incluiu a educação ambiental no processo de gestão ambiental, o que a torna presente em quase todas as áreas de atuação (IBAMA,1998).

Em abril de 1999, com a lei nº 9795/99, é que veio o reconhecimento da importância da educação ambiental, reconhecida e oficializada como área essencial e permanente em todo processo educacional. Essa lei surgiu embasada no artigo 225, inciso VI da Constituição Federal de 1988. Segundo essa lei a EA tem que ser trabalhada dentro e fora da escola, mas não deve ser uma disciplina, porque perde o seu caráter interdisciplinar.

A apresentação de temas ambientais no ensino primário deveria se fazer com ênfase em uma perspectiva de educação geral, dentro do marco, por exemplo, das atividades de iniciação e junto com as atividades dedicadas à língua materna, à matemática ou a expressão corporal e artística. O estudo do meio ambiente deve recorrer aos sentidos das crianças (percepção do espaço, das formas, das distâncias e das cores), e fazer parte das visitas e jogos. O estudo do entorno imediato do aluno (casa, escola, caminho entre ambos) reveste-se de muita importância (DIAS, 1992, p.54).

 

Portanto, em sala de aula o docente deve ligar o conteúdo ministrado às questões do cotidiano das crianças. As oficinas devem se desenvolver apoiadas nas vivências dos alunos e dos fenômenos que ocorrem a sua volta, buscando encaminhá-los com o auxilio dos conceitos científicos pertinentes.

Enfim, a educação ambiental na infância desperta na criança a consciência de preservação e de cidadania. A criança passa a entender, desde cedo, que precisa cuidar preservar e que o futuro depende do equilíbrio entre homem e natureza e do uso racional dos recursos naturais.

 

ENSINO NAS SÉRIES INICIAIS

O ambiente escolar é um dos primeiros passos para a conscientização dos futuros cidadãos para com o meio ambiente, por isso a EA é introduzida em todos os conteúdos (interdisciplinar) relacionando o ser humano com a natureza. A inserção da educação ambiental na formação de jovens pode ser uma forma de sensibilizar os educandos para um convívio mais saudável com a natureza. Este tema deve ser trabalhado com grande frequência na escola, porque é um lugar por onde passam os futuros cidadãos, ou que pelo menos deveria passar e quando se é criança, tem mais facilidade para aprender. Antes, de pensar que os problemas ambientais estão tão distantes do homem que é muito bom que se passe a observar com mais atenção o ambiente que o cerca.

Segundo Segura (2001, p. 21): A escola foi um dos primeiros espaços a absorver esse processo de “ambientalização” da sociedade, recebendo a sua cota de responsabilidade para melhorar a qualidade de vida da população, por meio de informação e conscientização.

Para conscientizar um grupo, primeiro é preciso delimitar o que se quer e o que deseja alcançar. Para que o interesse desperte no aluno, é necessário que o professor utilize a “bagagem de conhecimentos trazidos de casa” pelos alunos, como dizia Freire (1987), assim levando-o a perceber que o problema ambiental esta mais perto de todos, do que se imagina. Em seguida, explicar que o impacto ambiental existentes no mundo atinge todos os seres vivos, por causa, das atitudes de alguns que pensam que somente eles não adiantam tentar preservar o planeta. A partir do momento em que o indivíduo perceber a existência de um todo, deixar de lado a existência única e começar a notar a presença do outro, o planeta vai caminhar para o equilíbrio natural.

Já tem muitos educadores trabalhando esse tema de forma bem simples com seus alunos, reflorestando os seus quintais, o jardim da escola, como tem ocorrido no município de Firminópolis. Entende - se que esse objetivo pode ser conquistado com o auxilio da educação que pode ser uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento sustentável. Mas ela não deve ser restrita aos bancos escolares, senão alcançar o ambiente familiar e o do trabalho. Deve ser muito mais do que informação, senão percepção, entendimento e compreensão da vida humana em suas relações pessoais e com a natureza. O contexto social que cada indivíduo compõe deve ser por ele entendido, bem como suas obrigações e responsabilidades.

Segura (2001) O meio ambiente em que o ser humano está inserido está pedindo novos olhares sobre ele. No entanto, se faz necessário estudar mais sobre esses novos olhares, principalmente nas escolas onde tudo começa, porque para os adultos, que já tem seus pensamentos arraigados, a possibilidade de mudança é pequena, infelizmente (mas isso não significa deixar de lado os projetos ambientais onde os todos estão inseridos).

Só que os acontecimentos ambientais negativos vão crescendo a cada dia e os indivíduos, muitas vezes, como meros expectadores, assistem e usam o controle remoto para trocar de canal e faz de conta, então, que nada está acontecendo e não depende dele também a mudança para a melhoria desse problema que não é individual, mas sim, global.

Sem dúvidas, os cidadãos devem estar cientes do mundo em que vivem. Um mundo em que se não ser organizado pelo homem tudo pode acabar inclusive os seres humanos, mesmo com toda a falta de respeito com a natureza e conscientização sobre a mesma.

Assim, cabe a todos os educadores ensinar e conscientizar os alunos que é fácil e necessário preservar a natureza, pois faz parte do mundo integral e se faz presente no cotidiano.

 

CONSCIENTIZAÇÃO E MUDANÇA DE HÁBITOS

A mudança de atitudes, hábitos e comportamentos em relação ao meio ambiente é o resultado de um processo contínuo e permanente onde se constroem significados que justificam a existência da vida no planeta.

Todas as situações vividas durante nossa existência nos fazem mudar nossos comportamentos, por exemplo, a questão da poluição das águas nos faz pensar na necessidade de se preservar a água em sua integridade, exigindo o cumprimento de leis que obriguem e punam todos aqueles que são os responsáveis pela sua poluição, além de fazer com que nos preocupemos com o reaproveitamento das águas, para economizar evitando ou retardando a sua total escassez no planeta.

O trabalho de conscientização é preciso estar claro que conscientizar não é simplesmente transmitir valores “verdes” do educador para o educando; essa é a lógica da educação “tradicional”, é, na verdade, possibilitar ao educando questionar criticamente os valores estabelecidos pela sociedade, assim como os valores do próprio educador que está trabalhando em sua conscientização. É permitir que o educando construa o conhecimento e critique valores com base em sua realidade, o que não significa um papel neutro do educador que negue os seus próprios valores em sua prática, mas que propicie ao educando confrontar criticamente diferentes valores em busca de uma síntese pessoal que refletirá em novas atitudes. (GUIMARÃES, 2007. p. 32)

 

Quando se tenta ensinar algo devemos levar em conta as possibilidades para a produção de um novo conhecimento a partir do conhecimento repassado ou a construção de um novo conhecimento totalmente criado a partir das concepções pessoais do aluno, não necessariamente embasados naquilo que foi recebido por eles. “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua produção ou construção.” (FREIRE, 2001, p. 25)

As mudanças de hábitos se formam a partir da construção de uma nova visão de determinada realidade, ou seja, no caso da educação ambiental, a partir do conhecimento dos fatos sobre a situação do meio ambiente, das consequências das ações do homem sobre a natureza, é que poderemos refletir e avaliar com maior ou menor grau de importância a urgência a necessidade de se mudar antigos hábitos para tentarmos reduzir os danos causados por nossas ações do nosso meio ambiente.

O ambiente degradado atualmente nos mostra que as gerações passadas não tiveram uma educação ecológica. A preservação da natureza é uma necessidade na defesa do meio ambiente em que vivemos. Temos que nos conscientizar que todos os nossos atos influem no equilíbrio do planeta. Essa mudança de hábito em cada um de nós em relação ao meio ambiente começa em nossa casa, nossa família, nosso trabalho, nosso bairro, cidade, etc. Se cada um colaborar com o planeta e fizer a sua parte, as atitudes somadas irão mudar nossa realidade.

A pesquisa tem como tema a educação ambiental como estratégia na preservação do meio ambiente. Ao longo do curso de pedagogia foi um tema discutido nesses quase quatro anos de faculdade de pedagogia com realização desse projeto vou tirar dúvidas sobre esse tema obtendo maior conhecimento para minha formação e vida profissional.

A escolha do tema deu-se por acreditar que a educação ambiental se tornou hoje uma ferramenta indispensável no combate à destruição ambiental no qual todos os seres vivos estão inseridos. Professores e alunos tornam-se os principais agentes de transformação e conservação do meio ambiente, pois é na escola onde mais se conversa sobre esse assunto, e tenta melhorar as condições do planeta.

Os professores podem contribuir com o aprendizado sobre o meio ambiente desde as séries iniciais despertando no alunado o gosto e a paixão pela natureza, assim se consegue desenvolver as habilidades de observar, analisar, comparar, criticar, criar, recriar e elaborar. Portanto, no início da vivência escolar deve-se despertar na criança, através das aulas teóricas e práticas do ensino de ciências o gosto pela educação ambiental.

As atividades que as crianças podem tocar, transformar objetos e materiais traz mais prazer ao desenvolver tais tarefas exigidas pela educadora. Isto terá um significado maior para o aluno, quando ele tiver a oportunidade de conviver com o ambiente natural, assim podendo trabalhar de forma interdisciplinar, sem fragmentar o processo de construção do conhecimento.

A educação ambiental nas séries iniciais do ensino fundamental ajuda a consciência de preservação e de cidadania. A criança aprende, desde cedo, que precisa cuidar preservar, pois a vida do planeta depende de pequenas ações individuais que fazem a diferença ao serem somadas, as pequenas atitudes, que proporciona a transformação do meio em que mora.

Neste contexto enquanto futura pedagoga torna-se necessário entender a educação ambiental na sala de aula de educação infantil, seus benefícios e resultados alcançados.

A escolha pelo tema deu-se por acreditar que a educação tem a capacidade de promover valores, não sendo somente um meio de transmitir informações, trata-se de um processo que envolve transformações no sujeito que aprende e incide sobre sua identidade e posturas diante do mundo. Desenvolvendo habilidades como mais cooperação, e menos competitividade, assim se pode ter grandes expectativas sobre a recuperação do meio ambiente, ou o congelamento da destruição dos bens naturais que ainda não entraram em extinção no nosso planeta.

A problematização da presente pesquisa consiste em que o trabalho voltado a conscientização e preservação do meio ambiente além de proporcionar o conhecimento do tema devem ser trabalhados a responsabilidade de cada um para a preservação do meio ambiente?

OBJETIVOS

Motivar mudança de hábitos e atitudes através da
prática ambiental na escola.

Incentivar as crianças a participar e auxiliar na conscientização dos os alunos na mudança de atitude.

 

CONTEÚDOS

Matemática

As cores da natureza

Número e numerais de 0 a 10

Dobraduras (forma geométrica)

Classificação seleção e contagem de materiais da natureza (pedras, gravetos, folhas)

Natureza e sociedade

Conceito de Preservação da natureza e reciclagem;

Comparação de ambientes diferentes, identificação de sua regularidade;

Preservação e cuidados com a água;

O que tem vida na natureza? (seres vivos) E o que não tem vida na natureza? (seres não vivos);

Cuidados que devemos ter com o meio ambiente;

Tempo de decomposição do lixo;

Separação do lixo;

Os perigos dos lixos acumulados;

Higiene pessoal e do meio;

Reciclagem, confecção de brinquedos e outros objetos com materiais recicláveis;

Linguagem oral e escrita;

Leitura e interpretação oral de diferentes tipos de textos;

Rótulos e embalagens;

Alfabeto e Famílias silábicas;

Percepção Visual e auditiva, textos, histórias, músicas com a temática ambiental;

Bingo, caça palavras, cruzadinha;

Ditado vivo;

Lista de coisas da natureza;

Jogo da memória (animal e nome ou animal e primeira letra);

Poesias, parlendas, músicas, vídeos;

Mural ecológico (com frases sobre o meio ambiente, figuras);

Criação de placas para preservação do ambiente escolar;

Acróstico (NATUREZA) – Frases da natureza;

ABC da natureza;

Produção de texto coletivo.

 

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO

1ª Etapa: será realizada uma roda, conversar com as crianças sobre as a Preservação do meio ambiente, pedir para eles se eles sabem o que devem fazer; Não jogar no lixo o que pode ser reaproveitado. As latas de refrigerante usadas, por exemplos podem voltar para a fábrica, para virar latas novas. Não poluir o ar, porque faz mal para a saúde das pessoas. Os carros, caminhões e ônibus poluem muito não desperdiçar água, porque um dia pode faltar. Não jogar lixo nas ruas nem nos rios.  Preservar as florestas. Nelas há muitas espécies de plantas que podem se usadas para fazer remédio. Além disso, muitas espécies de animais dependem da floresta para viver. Falar sobre reciclagem, a importância. Discutir a ideia da seleção do lixo e o reaproveitamento de embalagens; fazer recorte de jornais e revista de rótulos de embalagens retornáveis e colar no mural; Fazer um caixa com brinquedos diferenciados para que possam brincar na hora do recreio.

2ª Etapa: levar parra a sala o desenho das lixeiras em papel pardo e organizar eles em grupo nas mesas, para que pintem com tinta guache as lixeiras.  Fazer um mural coma as lixeiras, explicar o porquê das cores das lixeiras orientá-los que de acordo com as normas mundiais da coleta seletiva de lixo, Construir um brinquedo com sucata trazida de casa, como: bi boque, o vai e vem, o pião.  Mostrar fotos coloridas, para observarem a natureza preservada e natureza poluída.

3ª Etapa: Realizar experiências com tinta usando o funda da garrafa pet, proporcionando a descoberta dos materiais retornáveis. Realizar brincadeiras com o pé de lata; Carimbos com folhas: Pedir para as crianças trazer de casa um folha que acharem caídas no chão de sua casa ou mesmo do caminho da escola, para fazer registro com cola colorida.  Após a conversa em sala, enviar um bilhete solicitando aos pais que procurem em casa com os seus filhos: caixas, tampinhas, garrafas de plástico, caixas de ovos etc.  Quando a turma trouxer o material solicitado, colocar toda a sucata em um espaço visível e discuta com os alunos como foi o processo de recolher a sucata, quem ajudou etc.

Todas as atividades realizadas vão seguidas pelo um cronograma demonstrado no tópico a seguir, cujo tempo estimado serão de três meses ambientes, haja vista que estes trabalhos serão desenvolvidos em média duas a três vezes por semana com duração diversificada conforme necessidade especifica de cada atividade e desenvolvimento da turma.

Onde serão abordados conteúdos dos eixos temáticos citados anteriormente, desenvolvendo atividades das práticas pedagógicas.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 O projeto mostrou a importância de trabalhar educação ambiental nas series iniciais, os benefícios alcançados para o desenvolvimento das crianças. Durante todo o trabalho pode-se observar que o lúdico é extremamente importante desde primeiros anos de vidas das crianças. Mas de grande importância, que os profissionais tenham acesso ao conhecimento produzido na área de educação infantil e cultura em geral para repensarem na sua prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da produção de conhecimento.

Para que possamos, implantar a educação ambiental, torna-se necessário a influência na formação do educando , proporciona a criança o beneficio, prazer, criatividade, coordenação motora que vai desencadeando seu aprendizado. Além de contribuir com o educador como educar com criatividade e responsabilidade, descobrindo maneiras interessantes para serem trabalhadas conforme a realidade em que vive o educando.

A conclusão alcançada após a realização do projeto foi de que a educação ambiental hoje constitui em objeto privilegiados da educação infantil, desde que inseridos numa proposta educativa que se baseia na atividade e na interação delas. Através das atividades lúdicas desenvolvem-se várias habilidades, explorando refletindo a realidade, cultura em que vive, incorporando, ao mesmo tempo, questionando regras e papéis sociais, e transformando-a através da imaginação. Sugere-se a incorporação da educação ambiental na prática pedagógica, podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para a ampliação da rede de significados construtivos para o educando, são todos necessários e úteis á vida.

Sugiro este projeto para educadores da educação infantil, pois ele irá auxiliar como forma de desenvolvimento da aprendizagem, o educador poderá conhecer melhor o grupo em que trabalha, promovendo situações interessantes e desafiadoras para a resolução de problemas, permitindo que os aprendizes façam uma auto avaliação com relação sobre seu desempenho, além de permitir que todos participem ativamente de cada etapa vivenciada na execução de cada brincadeira.

 

REFERÊNCIAS

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1992.

 

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 17 ed. Rio de Janeiro:Paz e Terra. 1987

 

GUIMARÃES, M. A Dimensão Ambiental da Educação. 8 ed. Papirus, 2007

 

IBAMA. Educação ambiental: as grandes orientações na Conferência de Tbilisi. Especidal – ed. Brasília:IBAMA. 1998.

 

SEGURA, Denise de S. Baena. Educação Ambiental na escola pública: da curiosidade ingênua à consciência crítica. São Paulo: Annablume: Fapesp, 2001.

 

UNESCO. Década da Educação das Nações Unidas para um Desenvolvimento Sustentável, 2005-2014: documento final do esquema internacional de implementação, Brasília, Brasil, 2005.

 

WWW/ECOPRESS. A Importância da EA na Proteção da Biodiversidade no Brasil.pdf Proteção da Biodiversidade no Brasil.pdf Disponível em http://www.ebah.com.br/a-importancia-da-ea-naprotecao-da-biodiversidade-no-brasil-pdf-pdfa6515.html. Acesso em 28 setembro 2016.

 

[1] Formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná Unopar.

[2] Formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná Unopar.

[3] Formada em Pedagogia pela Universidade Norte do Paraná Unopar.