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Projeto leitura

Solange Alves de Souza Marques dos Santos
Vanessa Gonçalves Garcia

 

DOI: 10.5281/zenodo.14749525

 

 

1 Leitura

 

A leitura é essencial para a formação do ser humano como um todo. É através da leitura que se pode ter acesso a informações, se adquire conhecimento da nossa cultura, se tem conhecimento do que acontece no mundo. A leitura é um hábito que se adquire com a experiência cotidiana e pessoal. Segundo Souza (1998, p. 17), “A leitura também contribui para a formação do ser humano uma vez que oferece assuntos para reflexão e experiências que possibilitam o despertar das emoções e estabelecimento de parâmetros, desencadeando a autocompreensão e a compreensão do mundo”.

O gosto pela leitura depende de como ela foi passada para o individuo. A importância de como a leitura é transmitida pode significar muito para a formulação de um hábito, que pode ser negativa ou positiva. Como afirma Zilberman (1998, p. 17): “A ação de ler caracteriza toda a relação racional entre o indivíduo e o mundo que o cerca. Pois, se este lhe aparece, num primeiro momento, como desordenado e caótico, a tentativa de impor a ele uma hierarquia qualquer de significados representa, de antemão, uma leitura”.

Esse gosto se desencadeia partindo de um processo que se inicia nos incentivadores adultos dessa importante ação. As narrativas a que a criança tem acesso desde antes de ser alfabetizada têm importante papel na formação de sequências de organização de ideias de como as histórias acontecem. Ou seja, a partir de histórias ouvidas, eles criam seus próprios enredos mentalmente, recontam o que, inevitavelmente, prepara o terreno para as leituras formais que virão no futuro.

Nesse aspecto a prática da leitura precisa se dar em um momento prazeroso assim reforçando a importância da prática da leitura no dia a dia, tanto no aspecto cultural quanto no político-social. As práticas de leitura encaminham as releituras e reorganização de ideias, conceitos, opiniões. O confronto entre aquilo que conhece na vida do dia a dia e aquilo que se vai aprendendo é mediado pelas inúmeras leituras que vão sendo empreendidas ao longo da vida. De acordo com Freire (FREIRE, 1972, p.79).

 

A leitura e a escrita das palavras, contudo, passa pela leitura do mundo. Ler o mundo é um ato anterior à leitura da palavra. O ensino da leitura e da escrita da palavra que falte o exercício crítico da leitura e da releitura do mundo é, pedagogicamente, capenga.

 

Outro ponto relevante relacionado à prática de leitura são as identificações que podem ser feitas com situações, locais, personagens, colocando o leitor em condição de observador de si mesmo, a partir de experiências de leitura. Em muitas situações conflitos interiores podem ser resolvidos por meio de livros. Existem livros de todos os assuntos, sobre amor, perdas, amizade, viagens. O universo da leitura expande o mundo do leitor. As crianças adoram virar personagens, não é raro observar super-herois, princesas, pequenos príncipes depois que são ouvidas as histórias.

O ato de ler torna-se fundamental na medida em que é a leitura significativa quem norteia todo o processo de aprendizagem, o que Magda Soares conceitua como letramento, ou seja, muito mais que decodificação de símbolos, a leitura precisa ser capaz de fazer com que o aluno seja capaz de por meio dela, se posicionar. A leitura precisa acontecer de um jeito que tenha sentido e faça com que o aluno possa também ser produtor de textos que contenham significados. Para ela (SOARES, 1998, p.63) “Letrar é mais que alfabetizar, é ensinar a ler e a escrever dentro de um contexto onde a escrita e a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno”.

Os espaços em que as leituras são formuladas são essenciais para o desenvolvimento do gosto por ler nos pequenos. Quando uma criança tem acesso em sua família aos materiais que os atraem para o mundo das letras, o processo de alfabetização é facilitado, quando isso não acontece naturalmente nas relações familiares, cabe à escola fomentar ações que tornem possível de forma gradativa, a inserção da criança no universo das letras, ao encantado mundo da leitura significativa.

 

1.1. Leitura na escola

A escola é lugar de excelência para a promoção do incentivo à leitura, desde os anos iniciais (primeiro ciclo) devido ao seu processo educacional. Uma questão deve ser bastante cuidadosa para que as crianças criem um encantamento ao ouvir uma leitura: é necessário que sejam adotados critérios para a seleção de textos que sejam interessantes ao universo infantil, que dialoguem com o mundo das crianças para que esse momento de iniciação torne-se prazeroso e, sobretudo, importante, significativo para que assim criem gosto pela leitura.

É de grande importância valorizar desde a apresentação de um livro para as crianças, pois, perante os seus olhos um livro pode trazer consigo muitos estímulos, ou não, para a sua leitura. Os estímulos podem ser através do formato do livro, das cores, das ilustrações, a textura do papel, as letras e acima de tudo como se dá a primeira leitura a que ele tem acesso, que quando feita de maneira lúdica, pode trazer resultados de verdadeira paixão por uma história, um autor ou um personagem.

A leitura de um modo especial na escola precisa provocar um processo de encantamento por parte de quem executa num primeiro momento até para que se crie um elo entre quem conta e quem ouve nas fases iniciais de escolarização. Sobre isso (ZILBERMAN, 1988, p.21) diz o seguinte:

 

Com efeito, é o recurso à literatura que se pode desencadear com eficiência um novo pacto entre as crianças ou jovens e o texto, assim como entre o aluno e o professor. Pois, no primeiro caso, trata-se de estimular uma vivência singular com a obra, visando ao enriquecimento pessoal do leitor [...] já que a leitura é necessariamente uma descoberta do mundo, procedida segundo a imaginação e a experiência individual.

 

A leitura pode transformar o comportamento de uma criança quando se inicia na escola, um aprendizado bem ou malsucedido. A maneira como é desvendada a leitura de textos e imagens para as crianças deve ser cuidadosamente feita pelo professor e realizadas com entusiasmo. O professor que dá aulas para crianças precisa gostar do que se faz, para assim adquirir e buscar formas e maneiras de fazer uma boa leitura na escola e conseguir atrair e encantar novos leitores.

 

 

2 Biblioteca

 

O papel da biblioteca no processo de aprendizagem é o de ser um espaço agradável, com recursos para o atendimento eficiente aos alunos, professores e comunidade. À medida que se efetive essa construção pedagógica o espaço torna-se, sobremaneira, ativo no processo da busca da construção do saber, em que os alunos e professores vão utilizar como meio de enriquecimento no processo de ensino/aprendizagem da leitura.

Para uma aprendizagem da leitura se faz necessário um ambiente que simbolize momento de descoberta de um universo desconhecido e maravilhoso. Segundo Campello (2010, p.26), “A biblioteca escolar é o espaço escolar, por excelência, para o desenvolvimento de atividades de produção do conhecimento, que colocam o aluno no centro do processo de aprendizagem”.

Toda escola deve ter biblioteca para propiciar adequadamente a aprendizagem e estimular a leitura, além da de criatividade para auxiliar os alunos na compreensão da realidade do ler que de acordo com Marisa Lajolo (1982, p.59), “Ler é atribuir significado ao texto, conseguir relacioná-lo a todos os outros textos significativos, reconhecer nele o tipo de leitura que seu autor pretendia e entregar-se à leitura ou rebelar-se contra ela, propondo outra prevista”.

A realização de práticas de leitura na biblioteca escolar exige sempre posicionamentos, conhecimentos, habilidades e criatividade por parte dos profissionais que nela atuam juntamente com o professor. Assim Sanches Neto (1988, p.2) acredita que,

 

O papel da escola é criar estruturas, através de uma biblioteca muito bem equipada, para que o eventual leitor se forme numa relação livre com os livros, fazendo por conta própria as escolhas que lhe forem mais adequadas. Uma dessas escolhas é justamente não ler. Não devemos querer transformar todos os leitores profissionais. Isto é uma utopia risível. O fundamental é facultar aquele que é um leitor em potencial as condições para que desenvolva o que traz consigo.

 

Consciente da importância da leitura e na biblioteca escolar conexões entre os diversos saberes. É essencial colocar os alunos em contato com este espaço para que conheçam as melhores estratégias para acessar a informação de qualidade, essencialmente nos processos de aprendizagem da leitura.

E é através do diálogo, criatividade, dinamismo e oportunidade de participar que se atrai o aluno para a biblioteca, com o intuito de chamar sua atenção para esse espaço e para a leitura. À medida que ele sai satisfeito e que propaga essa ideia, faz da biblioteca uma referência ao hábito de ler.

Assim a biblioteca é um forte elo entre alunos e professores, tornando-se um importante meio de ensino-aprendizagem da leitura na formação de um cidadão, onde se estimula o ensino aprendizagem, o encantamento pelo universo mágico da leitura e consequentemente se efetiva o uso da biblioteca escolar pelos alunos.

 

2.1 A Biblioteca da Escola Estadual do Campo Nagib Saad

A Escola Estadual do Campo Nagib Saad, que se localiza na Comunidade Agrovila das Palmeiras, município de Santo Antônio do Leverger, Estado de Mato Grosso, foi fundada no ano de 1986 para atender aos filhos dos assentados do INTERMAT, que migraram em sua maioria da Capital do Estado, Cuiabá, desde o início da década de 80, quando aconteceu a distribuição de terras.

O prédio foi construído com quatro salas de aula, uma secretaria, banheiros e cozinha, permanecendo com essa mesma estrutura até os anos 2.000. Precisamente no ano de 2009, já com um acervo de cerca de 500 livros enviados pelo MEC e doados pela Comunidade, a Equipe Gestora da época percebeu a necessidade de criar um espaço adequado para organização daquele material.

Desde o início do seu funcionamento, no ano de 2009 - até os dias atuais - a biblioteca da Escola Estadual do Campo Nagib Saad funciona nos três turnos da unidade escolar. Atualmente conta com um acervo de 4.870 livros entre doações do MEC, da SEDUC/MT, da Comunidade Externa, e outros que foram adquiridos com recursos próprios por meio de projetos financiáveis na SEDUC/MT.

No ano de 2015 o atendimento é feito pelos auxiliares de biblioteca Valtemir Paulino da Silva e Vanessa Gonçalves Garcia, tem como horário de funcionamento das 7h às 19h. O atendimento do período matutino é feito aos alunos do Ciclo de Formação Humana – Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Ensino Médio, Ensino Médio Regular, Ensino Médio Integrado – Técnico em Agroecologia.

No período vespertino são atendidos os alunos dos anos iniciais, do 1º ao 5º ano, alunos da Sala de Recursos, (Educação Especial) e no período noturno, já que as aulas na unidade escolar têm início às 18 h, são atendidos os alunos da Educação de Jovens e Adultos. Em todos os horários de atendimento a comunidade externa é contemplada, pois o espaço é aberto para estudos, visitações, pesquisas, sem a restrição do fato de ser ou não ser aluno da unidade escolar.

O acervo conta com materiais periódicos, como as revistas: Nova Escola, Ciência Hoje, Gestão Escolar, Presença Pedagógica, Pátio, Cálculo, Geografia, Revista História da Biblioteca Nacional, Língua Portuguesa, Agriculturas e Revista Horizonte Geográfico, que são assinaturas enviadas pelo MEC, a cada dois ou três meses, conta com livros distribuídos entre: auxílio pedagógico (livros para o professor) em todas as áreas de conhecimento, revistas em quadrinhos, literatura infantil (o maior número no acervo), literatura brasileira, literatura universal, enciclopédias Barsa, gramáticas, dicionários de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Espanhola.

O atendimento é feito com busca e empréstimo de material por parte do auxiliar de biblioteca nas prateleiras, já que a organização da mesma ainda não obedece a critérios universais, ou seja, o acervo é organizado de acordo com a procura. Os livros são todos carimbados e catalogados em livro próprio por ordem de entrada, por datas. Os empréstimos são registrados em livro próprio, obedecem ao critério de dias de entrega, e ao número de exemplares que a biblioteca dispõe, são feitos uma média de 25 a 30 empréstimos semanais, em sua grande maioria, aos alunos das fases iniciais (1º ao 5º ano), que são 100 no ano letivo de 2015.

Os números relacionados à diferença de procura pelos livros infantis em relação aos demais têm a ver com o olhar que tem sido lançado a esse grupo nos últimos três anos. A unidade escolar e sua equipe pedagógica perceberam que o interesse pelos livros desses pequenos era bastante superficial, lhes chamavam a atenção o aspecto gráfico como as cores, os formatos, os tamanhos e até a textura, mas e as histórias? Estas ficavam em segundo plano.

Diante desse quadro um primeiro projeto foi implantado no ano de 2014, o projeto intitulado “I Semana Literária Nagib Saad” com a intenção de chamar a atenção para as histórias em si, seu enredo mesmo. Cada turma junto com seu professor regente deveria escolher uma obra, tomar conhecimento dela, ler, dialogar, conversar, explorar, para num segundo momento expor a obra para conhecimento de todos.

O projeto foi um sucesso, mas ainda faltava incluir a própria biblioteca como protagonista de espaço significativo de leitura. Desse modo surgiu para o ano de 2015 o projeto “Leitura na Biblioteca” que tem a intenção de provocar um novo olhar à biblioteca escolar, que começa a ser pensada e discutida, para que de fato venha exercer uma função dinâmica na vida escolar e tornar-se o verdadeiro centro de estudos, pesquisa e lazer, como forma de criar ações que formarão crianças, jovens e adultos como leitores e produtores de textos.

 

2.2.   O Projeto “Leitura na Biblioteca”

A equipe pedagógica da Escola Estadual do Campo Nagib Saad sentiu necessidade de impulsionar o trabalho de leitura e efetivar o funcionamento de ações pedagógicas em sua biblioteca, por isso foi elaborado e implantado o Projeto “Leitura na biblioteca” que tem a intenção de provocar um novo olhar à biblioteca escolar, que começa a ser pensada e discutida, para que de fato venha exercer uma função dinâmica na vida escolar e tornar-se o verdadeiro centro de estudos, pesquisa e lazer e como forma de criar ações que formarão crianças, jovens e adultos como leitores e produtores de textos.

O acervo deve ser adequado ao tipo e ao nível do aluno-leitor. O sucesso das ações da biblioteca na escola tem a ver com os auxiliares administrativos que nela atuam, juntamente com os professores, para isso é necessário ter como foco que a busca de estratégias motivadoras deverá ser constante.

Mediante a proposta em tornar a biblioteca um espaço participativo e cativante no meio escolar, é que se justifica a necessidade do desenvolvimento do presente projeto com vistas a estimular de forma efetiva a utilização da biblioteca escolar. Esse projeto tem como objetivos específicos, os seguintes pontos:

Fazer da biblioteca escolar local de múltiplas leituras e descobertas, de informação, de formação e de expressão da cultura;

Promover encenações e teatros a partir de obras lidas;

Demonstrar aos professores e alunos as possibilidades dos acervos organizados na biblioteca no processo de ensino-aprendizagem;

Realizar a hora do conto nas turmas do 1º e 2º ciclos;

Desenvolver atividades pedagógicas junto aos professores baseadas em histórias infantis na hora do conto;

Demonstrar aos professores e alunos as possibilidades dos serviços de uma biblioteca escolar no estímulo ao desenvolvimento do hábito de leitura e da pesquisa;

Diversificar os meios de incentivo à leitura, utilizando jogos, sucatas, encenações, dramatizações, reproduções e outros.

Despertar nas crianças o interesse maior para explorar o mundo mágico da leitura.

Os auxiliares de biblioteca iniciarão as atividades na escola, realizando um estudo das condições da biblioteca e verificação do acervo existente para uma possível organização de maneira que facilite ao usuário a utilização do mesmo. Em seguida será feito o trabalho de conscientização da importância do hábito de leitura e da biblioteca. Organizarão a hora do conto, seguido de dramatização, dobraduras, desenhos ilustrativos ao tema da história, confecção, produção e reprodução de livro infantil e orientação bibliográfica, para cada turma que visitará em horários determinados conforme cronograma.

Porém contará com os professores na escolha dos gêneros textuais que contemplem o assunto referente ao ensino aprendizagem abordada em sala. E cada turma com seus professores apoiados pelos bibliotecários terão a incumbência de confeccionar a reprodução de um dos livros lidos, para socialização no final do ano letivo. E deverá ser de forma encenada, dramatizada ou outras. 

Suscitando o gosto pelas boas leituras e recreando, o bibliotecário escolar centra seu trabalho num aspecto essencialmente educativo, cumprindo uma função de importância relevante, a busca do leitor, pois é a biblioteca que muitas vezes deve ir ao encontro dele.

Em contrapartida a esta colocação (SANCHES NETO 1998, p. 2) acredita que:

 

O papel da escola é criar estruturas, através de uma biblioteca muito bem equipada, para que o eventual leitor se forme numa relação livre com os livros, fazendo por conta própria as escolhas que lhe forem mais adequadas. Uma destas escolhas é justamente não ler. Não devemos querer transformar todos os leitores profissionais. Isto é uma utopia risível. O fundamental é facultar àquele que é um leitor em potencial as condições para que desenvolva o que traz consigo.

 

Acreditando na importância da leitura, o estímulo através da concretização do hábito de leitura na formação das crianças espera-se contribuir com atividades desenvolvidas nas bibliotecas escolares.

O projeto Leitura na Biblioteca conta diretamente com participação dos dois auxiliares de biblioteca já que os dois, em horários alternados e uma vez por semana, se transformam em contadores de histórias. As narrativas são preparadas com auxílio de materiais concretos, como tapetes e caixas mágicas, ilustrações, músicas e brincadeiras, no ambiente da própria biblioteca e os pequenos são levados para o mundo encantado da literatura.

Os alunos vão uma turma por vez, ouvem as histórias, conversam sobre elas com os contadores, os auxiliares de biblioteca e num segundo momento, já em sala de aula e com a professora realizam atividades lúdicas previamente preparadas para serem trabalhadas naquele ambiente. É um projeto executado pelos auxiliares de biblioteca em diálogo direto com os professores das fases iniciais.

 

 

3 Pesquisa

 

Para a verificação do efeito que as ações do Projeto “Leitura na Biblioteca” uma pesquisa foi realizada com professores e alunos, que teve como resultado os seguintes dados.  A pesquisa foi feita com 10 alunos, ou seja, 10% do alunado total:

Os alunos:

Você costuma ir à biblioteca fora do horário da sua aula?

100% dos pesquisados responderam que sim, frequentam a biblioteca.

Quando vai, costuma ler na biblioteca?

80% responderam que leem na biblioteca e 20% disseram que não leem.

A biblioteca faz empréstimos de livros para você?

100% afirmou que sim, a biblioteca empresta livros.

Se sim que tipos de livros você leva para casa:

60% responderam que levam livros com imagens e histórias e 40% levam livros literários, independentemente das imagens.

 Quanto dia fica com os livros em casa?

80% dos alunos ficam 3 dias 20% fica com os livros por 1 semana  

O atendente da biblioteca:

20% dos alunos responderam que atendente e mostra os livros 80% Ajuda no que em tudo que eles precisam

Você conhece e participa do Projeto de Leitura da Biblioteca?

100% dos alunos responderam que conhecem o projeto.     

O que você acha do Projeto?

20% dos alunos responderam que gostam muito do projeto e 80% gostaria que o tivessem mais Projetos de Leitura no próximo ano.

No caso dos professores a pesquisa foi feita com o total de professores que trabalham com essas turmas, são seis (06) turmas, portanto seis (06) professores foram pesquisados, deste total:

Os professores:

Você utiliza a biblioteca da unidade escolar?

100% dos docentes responderam que sim.

Com que frequência:

90% responderam que usam uma vez por semana e outros 10% que usa nos dias do Projeto de Leitura

Que tipo de material utiliza na biblioteca:

90% respondeu que usam material de apoio pedagógico enquanto que os outros 10% respondeu que usa materiais diversos como livros de apoio literário, revistas, cds e dvds.

Solicita pesquisas ou outras atividades aos alunos com materiais da biblioteca?

80% responderam que sim e 20% respondeu que não.

Que materiais são esses?

70% respondeu que pede pesquisas com materiais literários e os outros 30% livros de pesquisas nas áreas especificas (Português, matemática, ciências e outros)

Você já realizou atividades na biblioteca esse ano?

80% responderam que sim e 20% respondeu que não.

Com que objetivo?

70% responderam que o objetivo era a leitura e 30% eram atividades lúdicas (brincadeiras diversas)

E o projeto da biblioteca, você participa?

100% respondeu que participa.

O que você acha do Projeto de Leitura na biblioteca?

As respostas das professoras foram:

“Muito bom, pois tem desenvolvido na leitura, na produção de pequeno texto, na qual tem incentivado no interesse de sempre pegar livros que chama sua atenção no que deseja saber do que o mesmo se trata.”

“Bastante dinâmico e motivador.”

“Muito bom, pois tem ajudado no incentivo da leitura, bem como na responsabilidade com os livros e no desenvolvimento de novos conhecimentos produzido através da leitura.”

Excelente, só assim estaremos preparando-os para serem leitores no futuro. Quem lê sabe!!”

“Bom para despertar o gosto pela leitura, tornando o aluno mais criativo.”

Você notou a diferença nas atitudes de leitura nos alunos depois do Projeto?

100% responderam que sim, que notou diferenças nos alunos.

Que diferença foram essas?

As professoras responderam que:

“Mais interesse pela leitura e interação uns com os outros.”

“Mais envolvimento com a Leitura, mais busca por livros na biblioteca, mais desenvoltura na leitura...”

“Na identificação das letras, silabas e palavras. Na qual já atingindo o nível de produção de pequeno texto sendo feita a leitura, recontando e produzindo textos.”

“Ficaram mais atentos e melhorou a escrita. Conseguem interagir mais com os assuntos expostos em sala, estão mais seguros na oralidade.”

“Os alunos estão mais atentos quanto á escrita de palavras em suas produções de texto, procurando escrevê-las corretamente.”

“A diferença são várias, mais interesse pelos livros, pedem para ler histórias para eles, eles recontam do jeito que eles compreendem.”

 

3.1 Análises dos resultados

De acordo com os dados apresentados nas pesquisas tanto com alunos como com os professores foi possível desvelar e perceber como é atuação da biblioteca da Escola Estadual do Campo Nagib Saad, bem como verificar os resultados preliminares do Projeto “Leitura na Biblioteca” que ainda está acontecendo no ano de 2015.

Com relação aos alunos foi possível perceber que do universo pesquisado todos os alunos frequentam a biblioteca, uma grande maioria empresta livros, os leva para casa, são atendidos em suas necessidades de leitura pelos auxiliares de biblioteca, participam, entendem, aprovam, gostam do Projeto, bem como gostariam de conhecer novos Projetos de Leitura oferecidos pela Biblioteca da unidade escolar.

Os docentes também em sua totalidade frequentam a Biblioteca da unidade escolar, em sua maioria exploram os materiais existentes os utilizando como apoio pedagógico em suas aulas práticas em sala de aula, bem como solicitam pesquisas com o apoio da mesma, com uma frequência relevante (uma vez por semana).

Encontraram no Projeto de Leitura da biblioteca apoio para o enriquecimento de suas aulas com atividades consideradas importantes por eles para o melhoramento da leitura e escrita dos alunos, bem como na aceitação da leitura como parte importante do processo de aprendizagem, já que segundo os docentes, as crianças passaram a ler mais, a comentar os livros que leem e a se interagirem mais umas com as outras.

 

 

Referências

 

CAMPELLO, Bernadete Santos. Biblioteca escolar: abordagens de pesquisa e prática. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

 

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 18. ed. São Paulo: Cortez, 1972.

 

LAJOLO, Marisa. O leitor e a leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1982.

 

SANCHES NETO, Miguel. O leitor eventual. In: ______. Literatura e vida literária. Curitiba: Positivo, 1988.

 

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.

 

SOUZA, Marisa Lajolo. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1998.

 

ZILBERMAN, Regina. A leitura no Brasil: sua história e suas instituições. 2. ed. São Paulo: Global, 1988.