Brincadeiras e jogos nos anos iniciais
Solange Alves de Souza Marques dos Santos
Vanessa Gonçalves Garcia
DOI: 10.5281/zenodo.14749052
RESUMO:
O presente trabalho busca nesta construção a história e a cultura de outros indivíduos com quem a criança se relaciona e em outras instituições próximas como, por exemplo, a escola, ou contextos mais distantes da própria cidade, estado, pais ou outras nações. Mas, ela participa ativamente da construção de sua própria cultura e de sua história, modificando-se e provocando transformação nos demais sujeitos que com a ludicidade, a brincadeira, o jogo mostra-se nesse momento como instrumento que auxiliam e facilitam o processo de ensino-aprendizagem. Assim esse estudo tem por objetivo verificar o papel da brincadeira no processo de ensino-aprendizagem e ainda certificar a importância dessas atividades no desenvolvimento cognitivo da criança. Para tanto, dividiu-se esse estudo em três partes: inicialmente faz-se uma abordagem a respeito da aprendizagem; Em seguida faremos uma contextualização da brincadeira e do lúdico no processo de ensino-aprendizagem; além de uma análise conclusiva do estudo. Concluiu-se que a brincadeira é realmente um importante instrumento de desenvolvimento e assimilação no processo de ensino- aprendizagem da criança.
Palavras-chave: Educação Infantil. Brincadeira. Aprendizagem.
ABSTRACT:
The present work seeks in this construction the history and culture of other individuals with whom the child relates and in other nearby institutions, such as the school, or contexts more distant from the city itself, state, country or other nations. But it actively participates in the construction of its own culture and its history, modifying itself and provoking transformation in the other subjects that with playfulness, play, play is at that moment as an instrument that helps and facilitates the teaching process -learning. Thus, this study aims to verify the role of play in the teaching-learning process and also certify the importance of these activities in the child's cognitive development. To do so, this study was divided into three parts: initially an approach is taken regarding learning; Then we will contextualize play and play in the teaching-learning process; In addition to a conclusive analysis of the study. It was concluded that play is really an important instrument of development and assimilation in the teaching-learning process of the child.
Keywords: Infant Education. Jokes. Learning.
1 INTRODUÇÃO
O lúdico é parte integrante do mundo infantil da vida de todo ser humano. Os jogos e brinquedos fazem parte da infância das crianças, onde a realidade e o faz de conta intercalam-se. O olhar sobre o lúdico não deve ser visto apenas como diversão, mas sim, de grande importância no processo de ensino-aprendizagem na fase da infância.
A criança ao brincar e jogar se envolve tanto com a brincadeira, que coloca na ação seu sentimento e emoção. Pode-se dizer que a atividade lúdica funciona como um elo integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais, portanto a partir do brincar, desenvolve-se a facilidade para a aprendizagem, o desenvolvimento social, cultural e pessoal e contribui para uma vida saudável, física e mental.
Ao brincar a criança também adquire a capacidade de simbolização, permitindo que ela possa vencer realidades angustiantes e domar medos instintivos.
O brincar é um impulso natural da criança, que aliado a aprendizagem torna-se mais fácil a obtenção do aprender devido a espontaneidade das brincadeiras através de uma forma intensa e total.
Uma das características mais destacáveis nesse período é a descoberta. As crianças acham-se pronta a aprender tudo sobre o mundo que as cercam, sobre si mesma como parte desse mundo, sobre outras crianças e sobre os adultos. Vale salientar que seu olhar (o da criança) indaga tudo o que a rodeia, seus ouvidos captam qualquer novidade, seus dedos e suas mãos são instrumentos de uma exploração em permanente fascínio.
Nesta pesquisa, utilizaremos como metodologia a revisão de literatura, onde foram obtidos as informações de artigos que falam sobre o assunto, sites (google acadêmico), livros, etc. Sendo que o objetivo geral foi de verificar como as brincadeira e jogos poderiam possibilitar o desenvolvimento, oportunizando a criança aprender, socializar e explorando o mundo em que vive. E com objetivo especifico o de: - Reconhecer a influência do brincar no desenvolvimento integral da criança; - Distinguir aspectos legais que incluem o brincar na vida infantil; - Reconhecer a necessidade do brincar no desenvolvimento da criança;
Como educadores infantis, devemos manter viva essa curiosidade ardente e essa capacidade mágica de admiração. Assim sendo, é necessário estar em constante aprimoramento e estar em busca de novas diretrizes que nos leve a executar com primor tal função: coordenadores do saber. Dessa maneira, acredita-se que os educadores devem ter conhecimento do papel que a brincadeira exerce na formação da criança, e ainda devem estar a par do processo de formação social da mente da criança enquanto interage com outras crianças de idade diferentes.
2 CONCIETUANDO O LÚDICO: CONTEXTO GERAL
Segundo Moyles (2003) afirma que a criatividade e a imaginação estão enraizadas no brincar de todas as crianças pequenas e, portanto, são partes do repertório de todas as crianças, não de memorias talentosas. Ela diz enfaticamente que elas constituem a base da educação verdadeira.
Com a utilização do lúdico na escola a criança passa a viver seu próprio corpo, se relaciona com o outro e o mundo ao seu redor. A criança constrói símbolos, transforma e inventa o real naquilo que deseja, isto é, o jogo de faz de conta. Nos momentos em que brincam repetem situações vividas, buscando soluções para algumas situações. Na brincadeira, passam a reviver suas alegrias, seus medos, seus conflitos resolvendo à sua maneira, transformando sua realidade, buscando internalizar regras de conduta, desenvolvendo, assim valores que estará orientando-a. durante as brincadeiras a criança passa a comunicar-se e aprender sobre o mundo que a cerca e passa se conhecer e aceitar a existência dos outros.
Segundo Moyles (2003, p.275) longe de ser uma atividade supérflua, para o tempo livre... O brincar, em certos estágios iniciais, pode ser necessário para ocorrência e o sucesso de toda a atividade social posterior.
Percebe-se assim, como o brincar pode ser verdadeiramente utilizado para o desenvolvimento e a aprendizagem durante toda a vida. As brincadeiras possibilitam às crianças o encontro com seus pares, fazendo com que interajam socialmente, quer seja no espaço escolar ou não. No grupo descobrem que não são os únicos sujeitos da ação, e que para alcançar seus objetivos precisam levar em conta o fato de que outros também têm objetivos próprios que querem satisfazer.
Ressalta-se que as brincadeiras através de suas regras desenvolvem a capacidade de raciocinar, de julgar nas crianças (isto ao verificar o que é e o que não é apropriado ao momento), de argumentar, de como chegar a um consenso, reconhecendo o quanto isto é importante para dar início à atividade em si. Pois, aprender isso tudo é infinitamente mais relevante para o desenvolvimento da criança como ser humano do que qualquer capacidade que possa desenvolver no jogo em s i(BETTELHEIM,1988, p.33.).
Isso evidência a importância do brincar no âmbito escolar. Contudo a certeza de que o brincar é fundamental no processo de ensino- aprendizagens surgem indagações, tais como: será que os educadores estão preparados para lidar com estas questões do mundo infantil?
Vale lembrar que as estruturas conscientes e/ou inconscientes existentes no adulto que ensinasse refletem, fundamentalmente, na sua prática. Assim, um professor que não sabe e/ou não gosta de brincar, dificilmente desenvolverá um ¨olhar sensível¨ para a prática lúdica do seu aluno, tão pouco reconhecerá valor das brincadeiras na vida da criança.
De acordo com Shon(apud FROEBEL,1998) o professor tem que saber relacionar o processo de desenvolvimento infantil ao surgimento das brincadeiras, considerando que o brincar vai além das questões estritamente cognitivas, sendo, culturalmente, uma atividade humana.
Professores que saibam brincar e não somente competir, o que de acordo com Leif & Brunnelle (apud FROEBEL,1998), são fundamentais para assegurar a presença das atividades lúdicas em sala de aula, com reconhecimento do valor que lhes corresponde. Para isto, seria importante que a formação destes adultos considerasse este ponto, permitindo-lhes sentir, novamente, o prazer do lúdico, tendo, também, uma fundamentação teórica sólida, que lhe dê suporte para compreender o que a ocorreu/ocorre consigo e, fundamentalmente, qual o seu significado, como lidar e manter sempre presente esta vivência na vida escolar das crianças.
A criança que brinca sempre, com determinação auto- ativa, perseverando, esquecendo sua fadiga física, pode certamente tornar- se um determinado, capaz de auto- sacrifício para a promoção do seu bem e dos outros[...] (FROEBEL,1998, P.40).
Então, pode-se dizer que a capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para resolução dos problemas que as rodeiam. O ato de brincar pode ser considerado como simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requeira tempo e espaço próprio da saúde; um fazer que se constitua de experiências culturais, que é universal e próprio da saúde, porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo (a criança) e com os outros ( VYGOTSKY apud REGO,1997).
Se a linguagem sistematiza e organiza as experiências e aprendizagem da criança, a brincadeira contribui com a internalização dos fatores externos, ou seja, a criança transforma um objeto no seu próprio pensamento. Pois na brincadeira ¨está sempre adiante de seu nível mental (real ou atual) de desenvolvimento e criadora de zona de desenvolvimento proximal¨ (VYGOTSKY apud REGO, 199, P 51).
A ludicidade e a aprendizagem não podem ser consideradas como ações com objetivos distintos. A brincadeira é por si só uma situação de aprendizagem. As regras e a imaginação favorecem a criança comportamento além dos habituais.
Na brincadeira a criança pega uma situação real e através da sua imaginação a transforma em sua própria realidade, ou seja, como o ¨faz-de-conta¨ reproduz a realidade de acordo com seus sentimentos e pensamentos. E dessa maneira a criança acaba por satisfazer-se conforme as modificações ocorridas em sua consciência.
Através da imaginação a criança se liberta de sentimentos que a oprimem, de limites convenções e exigências impostas pelo mundo que a rodeia. Não só a criança lida diretamente com os objetos s situações que a afetam no seu cotidiano, como também tais objetos e situações adquirem significados e sentimentos próprios, constituindo-se assim o jogo- simbólico, fundamental para a formação do EU psicológico e social do sujeito. Sendo que essa imaginação surge a partir da ação, pois na ação da criança se conduz de acordo com a percepção que faz dos objetos e situações.
No brinquedo o pensamento está separado dos objetos e a ação surge das ideias e não das coisas: um pedaço da madeira torna-se um boneco e um cabo de vassoura torna-se um cavalo. A ação regida por regras começa a ser determinada pelas ideias e não pelos objetos. Isso representa uma tamanha inversão da relação da criança com a situação concreta, real e imediata, que é difícil subestimar seu pleno significado (VYGOTSKY apud REGO,1997, p.53).
É interessante a contradição que surge entre a situação criada pela imaginação da criança, no momento em que brinca, e as situações/objetos reais, presente no seu dia- a- dia. A criança atribui outros significados aos objetos com os quais brinca, com o propósito de favorecer suas necessidades e desejos, de forma imediata. Assim vai revivendo suas experiências, contribuindo e relembrando conhecimento acerca do mundo e do outro com quem se relaciona.
Brincar e o brinquedo criam na criança uma nova forma de desejos. Ensinam-a a desejar, relacionando seus desejos a um fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Desta maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo; aquisições que,no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação e moralidade (VYGOTSKY apud REGO, 1997, P.53).
Entre os três e seis anos a criança tem necessidade de brincar, e no momento que o fazem acabam por interagir o real com o imaginário, organizando-se e socializando-se. Tanto o brincar como o brinquedo deve ser colocado pela escola como uma maneira de levar acriança ao seu desenvolvimento, e não apenas como forma de entretenimento.
Salienta-se nesse momento que o educador tem por dever ampliar as possibilidades e as vivências das crianças, pois assim estará enriquecendo suas experiências. A ludicidade deve permear o espaço escolar a fim de transformá-lo num espaço de descobertas, de imaginação, de criatividade, enfim, num lugar onde as sintam prazer pelo ato de conhecer. E ainda considerar que a interação criança/objeto/outros acaba por ocasionar a construção de relações e conhecimento a respeito do mundo em que vive, porém, nesta fase, esse conhecimento ainda não é suficiente para que a criança estabeleça relações de grupo.
Mas aos poucos, a escola e a família, em conjunto, devem favorecer uma ação de liberdade para essa criança e, desta forma, o processo de socialização se dará gradativamente, através das relações que ele irá estabelecer com seus colegas na escola. Para que isto ocorra, a criança não deve sentir-se bloqueada, nem tampouco oprimida em seus sentimentos e desejos. Suas diferenças e experiências individuais devem, principalmente na escola, ter um espaço relevante sendo respeitadas nas relações com o adulto e com as outras crianças.
Além de que, brincando em grupo as crianças se envolvem em uma situação imaginária onde cada um poderá exercer papeis diversos aos de sua realidade, e estarão necessariamente submetidas a regras de comportamento e atitude.
Baseado em experiência práticas pode se verificar que uma criança que brinca muito tempo sozinha acaba por desenvolver comportamentos de isolamento, contudo se passar muito tempo em companhia de outros poderá apresentar problemas de concentração. Dessa maneira deve-se estabelecer um equilíbrio, fornecendo a criança momento de brincadeiras individuais (massinhas, jogos de memória, quebra-cabeça, entre outros) e coletivas (podendo fazer uso até mesmo dos brinquedos individuais).
3 CONTEXTUALIZAÇÃO DA BRINCADEIRA E DO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
3.1 A Educação Lúdica
A educação lúdica esteve presente em todas as épocas, povos e contextos de inúmeros pesquisadores, formado, hoje uma vasta rede de conhecimento não só no campo de educação, da psicologia, fisiologia, como nas demais áreas do conhecimento.
A educação lúdica integra uma teoria profunda e uma prática atuante. Seus objetivos, além de explicar as relações múltiplas do ser humano em seu contexto histórico, social, cultural, psicológico, enfatizam a libertação das relações pessoais passivas, técnicas para as relações reflexivas, criadoras, inteligentes, socializadoras fazendo do ato de educar um compromisso consciente intencional, de esforço sem perder o caráter de prazer, de satisfação individual e modificador da sociedade.
Atualmente é reconhecido no Brasil pela organização das unidas que o lúdico é um direito básico para a formação saudável de qualquer cidadão. É isso que defende a Internacional Play Association (IPA), que promoveu no mês de dezembro de 2002, em São Paulo, XV conferência mundial. Nesta conferência foram discutidos à importância do lúdico na construção da inteligência. O lúdico produz no cérebro uma atividade intensa marcada pelo prazer, o que vem facilitar o aprendizado. Quando a criança brinca está exercitando sua locomoção, a lateralidade e conceitos de espaço e tempo.
Por isso, o lúdico deve ser valorizado através de atividades, desafiadoras, onde o aluno vai construindo conceitos, desenvolvendo-se tanto no nível afetivo e psicomotor. Segundo Lopes (2000, p. 19) ¨ o desenvolvimento infantil precisa acontecer concomitantemente nas diferentes áreas para que haja o equilíbrio necessário entre elas e o individuo como todo¨.
A escola deve assim se utilizar desse tipo de recurso para atuar no processo de desenvolvimento do sujeito. O sujeito desde que nasce brinca, isto quer dizer que ele já sabe muito sobre o mundo, poiso tem incorporado em suas brincadeiras.
Maluf (2003, p.89) diz:
O educador precisa ter conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, sobre brincadeiras, e jogos. Ser uma pessoa bem-humorada, comunicativas e que tenta muita paciência, que goste de brincar e que crie um ambiente lúdico descontraído. Se solidarizar com as crianças e que, por amor a elas, lhes proporcione horas felizes de prazer e aprendizado. (MALUF, 2003, P.89)
Por isso, o lúdico deve fazer parte de toda ação de interação de aprendizagem. O papel da aprendizagem pelo brinquedo e tornar o conteúdo atraente tornando-se dessa forma o próprio conteúdo o centro de toda atividade proposta de forma flexível e eficaz voltando-o para o interesse do aluno.
No contexto educacional precisamos resgatar a brincadeira como um recurso educativo, que serve como auxiliar da ação docente, buscando resultados em relação à aprendizagem de conceito, e noções ou, mesmo, ao desenvolvimento de algumas habilidades.
O educador ciente do que deve caracterizar uma boa brincadeira terá discernimento para oportunizar aos seus alunos brincadeiras de qualidade e respeitando a capacidade de aprendizagem de cada um.
CONCLUSÃO
No transcorrer desse trabalho difundiram-se ideias a respeito da importância do lúdico no processo de ensino aprendizagem, desvelando que a ludicidade é um grande laboratório para o desenvolvimento integral da criança, que merece atenção dos pais e dos professores, pois através das brincadeiras que a criança descobre a si mesmo e o outro.
Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam, é fundamental como mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades. Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir significativamente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do aluno.
De alguma forma a brincadeira se faz presente e acrescenta elementos indispensáveis ao relacionamento com outras pessoas. Assim, a criança estabelece com os jogos e as brincadeiras uma relação natural e consegue extravasar suas tristezas e alegrias, angústias, entusiasmos, passividades e agressividades, é por meio da brincadeira que a criança envolve-se no jogo e partilha com o outro, se conhece e conhece o outro.
Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de ensino e aprendizagem.
Vemos que a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade, mas principalmente na infância, na qual ela deve ser vivenciada, não apenas como diversão, mas com objetivo de desenvolver as potencialidades da criança, visto que o conhecimento é construído pelas relações interpessoais e trocas recíprocas que se estabelecem durante toda a formação integral da criança.
Conclui-se que o aspecto lúdico voltado para as crianças facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim, desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, a educação infantil deve considerar o lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança.
Acredita-se que esse artigo servirá como embasamento para mostrar a importância do lúdico na educação infantil, bem como na construção do processo de imaginação, criatividade, desenvolvimento motor, interação social e no aprendizado de regras. Desse modo, entende-se que a vivencia lúdica no contexto escolar abre caminhos para a integração de vários aspectos do ser humano, bem como na esfera emocional, corporal, cognitiva, espiritual, e possibilita cada sujeito participativo (aluno e professor) a se perceber enquanto um ser único e relacionar-se melhor contigo mesmo, e com o mundo a que rodeia, na qual implica um enfrentamento mais autêntico frente às suas dificuldades. Assim, é fundamental que a família, escola e a criança formem um tripé que sustente essa etapa essencial na vida da criança.
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