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Astronomia no Ensino Fundamental: projeto curricular

Angélica de Oliveira Quirino

Ismael Pinheiro Lopes

Tamara Silva

 

DOI: 10.5281/zenodo.14532274

 

 

RESUMO

Esse texto apresenta os principais resultados do Projeto denominado Astronomia no Ensino Fundamental, que fora desenvolvido em uma escola municipal do interior do Estado de Mato Grosso.

 

PALAVRAS-CHAVE: Educação Básica. Ensino de Ciências. Astronomia.

 

 

Introdução

 

Esse trabalho, tem como projeção, o ensino interdisciplinar, partindo do tema proposto pela Base Nacional Comum Curricular, (BNCC 2020), no capítulo Terra e Universo, onde se prevê o trabalho com aspectos físicos de nosso planeta Terra, assim como o Sistema Solar.

 

O ensino da Astronomia vem recebendo uma atenção cada vez mais acentuada nos últimos anos, conforme o volume aumentado de trabalhos apresentados em eventos e publicações da área. Este artigo apresenta parte dos resultados de um estudo exploratório mais amplo que visou possibilidades de inserção de conteúdos de Astronomia na formação de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental (LANGHI, 2004).

 

A abordagem interdisciplinar, se dará por meio de pesquisa, leituras, interpretação e produção textual, debates e resolução situações problemas sobre Astronomia. Sendo como segue:

 

PORTUGUÊS

Pesquisa, leitura, interpretação e produção textual sobre Astronomia.

ARTE

Pesquisa, produções artísticas com base em conceitos astronômicos.

E. RELIGIOSO

Pesquisa, anotações e produção textual sobre a relação da Astronomia com as religiões.

FILOSOFIA

Pesquisa de conceitos humanos acerca do céu noturno, constelações planetas etc. Assim como, a influência da Astronomia no senso comum de comunidades.

HISTÓRIA

Pesquisa anotações e produção textual, sobre a relação histórica dos humanos e a Astronomia.

GEOGRAFIA

Pesquisa anotações e produção textual, acerca da localização geográfica, aspectos geográficos da Terra etc.

CIÊNCIAS

Pesquisa anotações e produção textual, acerca dos conceitos, nomenclatura e outros aspectos relevantes do sistema solar, galáxia Via Láctea etc.

MATEMÁTICA

Pesquisa, produção e resolução de situações problemas envolvendo os assuntos astronômicos.

 

O trabalho de ensino de Astronomia, se dará por meio de pesquisa em fontes confiáveis, a partir de questionário previamente proposto, visando incentivar os alunos compreenderem a importância da pesquisa, assim como desenvolverem anotações e posteriormente produções textuais etc.

 

 

Justificativa

 

O referido projeto, se justifica em vários aspectos, tais como:

  • O tema tem amparo legal pela BNCC;
  • O tema, é de interesse dos alunos, (o céu noturno chama atenção);
  • Terra e Universo, Sistema Solar e outros aspectos astronômicos fazem parte do conteúdo programático do 3 ano;
  • A projeção de trabalho aqui desenvolvida, tem potencial interdisciplinar, possibilitando assim a formação integral do aluno;
  • A projeção de trabalho aqui desenvolvida, tem o potencial de iniciação científica, pois, tem como norte, ensinar pela pesquisa.

 

 

Objetivo geral

 

Objetiva-se por meio deste, formar alunos capazes de desenvolver pesquisa em fontes científicas confiáveis, partindo de pressupostos básicos de pesquisa, considerando o site pesquisado, as características de um texto científico etc.

 

 

Objetivos específicos

 

Trabalhar por meio da pesquisa, o ensino dos seguintes aspectos:

  • Desenvolver pesquisa científica em fontes confiáveis;
  • Leitura, interpretação, produção textual, resolução de problemas e capacidade de debates;
  • Desenvolver observações astronômicas, com o uso de simulador de telescópio;
  • Expor principais resultados e produções na Mostra Pedagógica.

 

 

Metodologia

 

Em relação aos conteúdos que necessitam ser trabalhados, considera-se que:

 

Identificação, mediante observação direta, de algumas constelações, estrelas e planetas recorrentes no céu do hemisfério Sul durante o ano, compreendendo que os corpos celestes vistos no céu estão a diferentes distâncias da Terra; valorização do conhecimento historicamente acumulado, considerando o papel de novas tecnologias e o embate de ideias nos principais eventos da história da Astronomia até os dias de hoje (BRASIL, 1998)

 

Para tanto, será utilizada metodologia de ensino expositiva dialogada, tempestades de ideias, sala de aula invertida, da forma como segue:

  • Por meio da metodologia tempestade de ideias, será levantado de maneira prévia a bagagem de conhecimento que os alunos já possuem acerca do assunto. E posteriormente, tal metodologia, será utilizada como ferramenta avaliativa oral, uma vez que, tem a utilidade de apresentar os conhecimentos já consolidados;
  • Nas aulas expositivas dialogadas, serão tratados aspectos científicos introdutórios, com o objetivo principal de garantir uma base históricas acerca do assunto. Tal ferramenta, também se mostra eficiente, para desenvolvimento de observações astronômicas, com base em Softwares;
  • De modo metodológico conclusivo, utilizado será, a abordagem de sala de aula invertida, considerando sua eficácia para avaliar os conhecimentos adquiridos pelos alunos ao longo das aulas.

 

 

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

fev

mar

abr

maio

jun

jul

ago

set

out

nov

 

 

 

X

X

X

X

X

X

X

 

 

Avaliação

 

Os alunos serão avaliados de forma diagnóstica, formativa e somativa com base nos seguintes critérios:

  • Dedicação, considerando as dificuldades inerente a todos, e ao mesmo tempo própria de cada indivíduo, no início do projeto;
  • Construção das competências adequadas, proeminentes na capacidade de resolução de problemas interdisciplinares e do cotidiano.

A avaliação, será constituída pelo ponto de vista do contexto social, econômico, cultural e biológico, em que o aluno está condicionado, na perspectiva avaliativa sociointeracionista de VYGOTSKY.

Com base nos resultados da avaliação diagnóstica, e identificados os alunos insuficientes, regulares, bons e excelentes, será adotada como dinâmica de trabalho, a Zona de Desenvolvimento Proximal, (ZPD):

 

Ela é a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes (Vygotsky, 2007, p. 97).

 

Deste modo, a turma já está mapeada de acordo com os níveis supracitados, e as ações pedagógicas, se darão por meio de alunos ajudantes, grupos de estudos, e agrupamento produtivo, sempre pautados na perspectiva da Zona de Desenvolvimento Proximal, onde o Professor direciona os alunos, que já atingiram determinado nível, ajudam alunos que ainda não atingiram, assim como a composição de grupos de alunos de acordo com níveis, deste modo, cada grupo tem acesso à atividades correspondentes às suas respectivas dificuldades.

Com base na referida abordagem pedagógica, os alunos que já atingiram determinado nível, consolidam seus conhecimentos ensinando, e o aluno que estão em processo, tem a possibilidade de aprender com seus pares, tanto do mesmo nível, níveis acima e níveis abaixo.

 

 

Conclusão

 

De maneira prévia, pudemos concluir, que o tema “Astronomia”, é amparado por lei, pela BNCC, e que os alunos apresentam relativo interesse acerca do assunto. Sendo assim, esse projeto de proposta pedagógica se mostrava plausível, tendo em vista seu cerne no ensino, prospectando potenciais aprendizagens.

Após o desenvolvimento do mesmo, de acordo com o cronograma traçado a princípio, concluímos que os alunos compreenderam a existência de meios de pesquisa confiáveis, com capacidade de sanar suas dúvidas por meio de suas próprias pesquisas. 

 

 

Referências

 

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares. 1998.

 

BREQUNCI, Maria das G. de C. Zona de desenvolvimento proximal Vygotsky. Glossário Ceale, Universidade Federal de Minas Gerais UFMG. Disponível em: https://www.ceale.fae.ufmg.br/glossarioceale/verbetes/zona-de-desenvolvimento-proximal

 

LANGHI, R. Um estudo exploratório para a inserção da Astronomia na formação de professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental.

Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência). Faculdade de Ciências, UNESP, Bauru, 2004.