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A afetividade e a aprendizagem na Educação Infantil

Jozelei Berge Tibes[1]

Marli da Luz Padilha[2]

 

DOI: 10.5281/zenodo.14268230

 

 

RESUMO

A presente pesquisa busca através de um estudo bibliográfico, refletir sobre a necessidade da psicopedagogia clinica institucional no âmbito escolar para entender de que forma a relação afetiva entre professor e aluno influencia no processo de aprendizagem na educação infantil. Ressalta a necessidade deste profissional de conhecer mais profundamente a relação entre professor e aluno e qual o seu impacto no aprendizado da criança, pois as salas de aulas são um espaço onde as crianças vivem , convivem e tem relações pedagógicas, é espaço constituído pela diversidade e heterogeneidade de ideias, valores e crenças onde a forma de ensinar e de aprender deve ser desenvolvida através do afeto. O objetivo geral entender de que forma a relação afetiva entre professor e aluno influencia no processo de aprendizagem dos alunos da educação infantil. Dessa forma, justifica-se a precisão de mostrar as ferramentas de averiguação em relação professor/aluno tornando-se assim, o núcleo concreto das práticas educativas e do contrato pedagógico, o que estrutura os sentidos cruciais da instituição escolar. A metodologia usada para construir esse conteúdo foi pelo meio de pesquisa bibliográfica e através de internet, oportunizando o método do artigo em três capítulos. Durante todo o processo de construção desta pesquisa, buscamos aportes teóricos para sua sustentação a fim de compreendermos, com maior propriedade, o fenômeno investigado dado a sua complexidade.

 

Palavras-chave: Aprendizagem. Relação afetiva. Práticas educativas. Relações pedagógicas. Professor e aluno.

 

 

Introdução

 

A importância da aproximação entre professor/aluno é muito mais do que falar em emoções, é acreditar em uma educação cada vez mais preparada para atender as necessidades das crianças, principalmente psicológica, pois a mesma esta deixando sua casa seus pais para conhecer um mundo novo, para vivenciar experiências novas e isso automaticamente irá os assustar.

A aprendizagem é mais bem definida como um processo evolutivo, tanto a nível físico como biológico, e do ambiente no qual está inserido, onde todo esse processo emergirá sob forma de novos comportamentos.

Aurélio (1994), a afetividade esta definida da seguinte forma: “Psicol. Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções; sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza”.

A afetividade esta presente em vários momentos da nossa vida, em todo nosso cotidiano, vem sempre acompanhada de algum sentimento. Os pais são os primeiros educadores dos seus filhos, e a afetividade tem um papel imprescindível nesta educação.

 

A afetividade é o suporte da inteligência da vontade, da atividade, enfim, da personalidade. Nenhuma aprendizagem se realiza sem ela esteja presente. Alguns alunos muitas vezes tem a inteligência bloqueada por motivos afetivos; mas outros porem a afetividade não resolveu determinados problemas, apresentando falha no comportamento. ( HILLAL 1985 p.18)

 

A afetividade educacional tem apresentado impactos positivos na aprendizagem, no desenvolvimento que constitui a base de todas as reações da pessoa diante da vida e de todos os seus acontecimentos, promovendo todas as atividade e destruir a sua fonte de amor.. Levando em conta as transformações por que passam a aluno e sua família e os avanços a ser incorporados às práticas sociais.

O tema buscou aprofundar-se um pouco mais sobre o papel do professor e a importância da afetividade no processo de aprendizagem das crianças da educação infantil, tendo como requisitos básicos um ambiente acolhedor onde há interação, troca de afeto, vínculos, consciência afetiva, a aprendizagem mais humana, mais prazerosa e com um desenvolvimento cognitivo mais rico em sala de aula.

A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica através de livros, artigos, textos e outras fontes, nos permitem adquirir o embasamento teórico e metodológico de acordo com o tema da pesquisa proposto.

Através dessa pesquisa procuramos a bibliografia de vários autores como Aurélio, Hillal, Goulart entre outros, que ajudaram na estrutura da compreensão clara do tema, sendo assim, concretiza melhor o processo de ensino e aprendizagem, com o objetivo de construir metas críticas para a realização da pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida em três partes sendo a primeira introdução, desenvolvimento e conclusão.

 

 

Referencial Teórico

 

A afetividade na relação professor-aluno

 

Compreende-se que no âmbito escolar o educador, deve despertar nos alunos o interesse pela curiosidade, junto acompanhar o desenrolar desse processo, levando mais variada cultural, porque para a criança se apropriar desse patrimônio cultural é preciso da mediação de outros indivíduos mais experientes de seu grupo.

De acordo com Libâneo (1994), uma boa relação professor e aluno mesmo estando sujeito a normas e regras da instituição escolar se torna uma condição favorável de aprendizagem, pois dinamiza e dá sentido ao aprendizado. Essa interação se torna o centro de todo esse processo que está voltada ao ensino aprendizado do aluno.

Libâneo afirma “Um professor eficaz se preocupa em ministrar e orientar a atividade mental dos alunos, de um modo que cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo”. Segundo o autor existem dois aspectos da interação Professor-aluno no trabalho docente: O aspecto cognoscitivo (que diz respeito às formas de comunicação dos conteúdos escolares e às tarefas escolares indicadas aos alunos) e o aspecto sócio emocional que diz respeito às relações pessoais entre professor e aluno e às normas disciplinares indispensáveis ao trabalho docente. (LIBÂNEO, 1994, p. 249)

Assim, na interação afetiva com outro sujeito, intensifica sua relação consigo mesmo, observa seus limites e, ao mesmo tempo, aprende a respeitar os limites do outro, ou seja, o professor deve mostrar os caminhos e as oportunidades para que o aluno construa a base do seu conhecimento.

“No processo de educação, o professor deve ser como os trilhos pelos quais avançam livres e independentemente os vagões, recebendo deles apenas a direção do próprio movimento”. Vigotsky (2003, p.75). Neste sentido a interação surge com o intuito de atribuir significado as experiências dos alunos, do fazer partilhado, pois extrapola a conversa com o aluno sobre a realidade de vida, situando-se como uma ação que vai além das perguntas ou respostas para assim criar um panorama de diálogo afetivo.

 

 

A afetividade na Educação infantil

 

A educação infantil é o inicio da vida escolar da criança e envolve basicamente dois processos: cuidar e educar. Assim, as crianças ainda são muitonovinhas e dependentes, e por isso, tem uma necessidade maior de atenção, carinho e segurança. Por outro lado, é preciso conscientizar-se que elas estão tendo seus primeiros contatos com o mundo e que, os adultos devem se policiar, evitando certas atitudes, palavras, pois elas costumam imitar os exemplos que os rodeiam.

Para Peixoto 2012, apesar de saber da necessidade de um cuidado maior para com esta faixa etária, nos últimos dez anos, a ideia de que a creche era um local somente para cuidar, deu um lugar a uma nova visão. Hoje os pais acreditam que a creche é um local privilegiado de aprendizagem, desenvolvimento e socialização.

Ainda sobre o mesmo autor, os professores devem ser sensíveis ao carinho e acolhimento, mas também devem entender que as crianças são competente, ativas e capazes de produzir cultura, por isso o professor deve oferecer oportunidades que valorizem e explorem estas capacidades apresentadas.

Assim, concluímos que o professor não deve apenas gostar das crianças, mas deve saber cuidar e educar. Precisa estar preparado para imprevistos, ter noções de primeiros socorros, e principalmente, entender o desenvolvimento humano nessa época.

Também é necessário que se tenha uma rotina na escola, ou seja, que garanta que ninguém fique parado a toa, e que seja capaz de unir os cuidados com o ato de educar. Também exigem maiores cuidados as necessidades biológicas, sono, alimentação, higiene, questões afetivas, motoras, cognitivas, sociais e emocionais.

Ainda para Peixoto, também deve ter preocupação quanto ao ambiente e os recursos disponíveis, além da organização do tempo, lembrando que a criança adquirem conhecimentos através da ação, desafio, e exploração do espaço e objetos.

Para ele a escola e a família devem ser integradas, pois é o primeiro passo para uma escola consciente do seu papel. Deve haver troca de ideias, informação entre os mesmos, refletindo também na pratica pedagógica.

Peixoto 2012, p.40, ainda diz que:

 

Quando o educador se reconhece como aprendiz, ele cresce com seu aluno, e assim, a Educação Infantil é aprimorada, competentemente, ocupa um lugar de destaque na Educação Brasileira.

 

Assim como família e escola, é preciso que o educador e o aluno, estejam sempre em conexão, aprendendo um com o outro, isso é fundamental para um melhor entendimento e conhecimento entre ambos.

A Educação Infantil deve apresentar uma dimensão educativa com uma nova maneira de ver a criança nessa faixa etária, vê-las como sujeitos que vivem em momentos em que predominam o sonho, a fantasia, a afetividade, a brincadeira, a subjetividade. É onde começa o desenvolvimento intelectual da criança. Wallon diz que o desenvolvimento cognitivo também precisa de condições afetivas para obter resultados bons. Para ele, o afeto e o cognitivo andam lado a lado.

Wallon defende que a escola é responsável desenvolvimento da personalidade infantil, e por isso deve se interessar por tudo que diz respeito à criança, tanto as condições biológicas como as psicológicas, materiais e sociais, para poder promover um ambiente apropriado para descobertas de suas habilidades.

Peixoto destaca que o afeto e a segurança na escola contribuem para uma melhor aprendizagem. Por isso a criança deve apropriar cognitivamente e afetivamente da escola, que é responsável por recebê-los com muito carinho. As escolas devem oferecer profissionais qualificados, capacitados para acolher, amar, respeitar, orientar e conduzir à construção de conhecimentos, conquistando alunos mais produtivos, felizes e interessados.

 

 

Família afetividade e aprendizagem

 

De acordo com Capelatto, a família é um conjunto de pessoas que se unem pelo desejo de estarem juntas, de construírem algo e de se complementarem. E através dessas relações com as pessoas e a própria família e que as pessoas começam a desenvolver seus sentimentos e emoções aprendendo a desenvolver a afetividade de maneira positiva.

Mas para que isso aconteça e necessário que a criança tenha referencias positivas de seus pais, cuidadores e encarregados que saibam estabelecer limites para que haja um desenvolvimento emocional equilibrado. Ainda sobre o mesmo autor, a principal referencia que os jovens possuem são as pessoas, as palavras os gestos e movimentos que irão propiciar a formação da identidade e personalidade de cada um. Jovens que estabelecem vínculos harmoniosos nos seus momentos de frustração, por meio dos quais recebem amor e compreensão, desenvolverão uma identidade sadia, conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus desejos.

No que se refere à legislação oficial brasileira, a Constituição Federal, em seu artigo 205 (BRASIL, 1988), afirma que “a educação é direito de todos e dever do Estado e da família.

No título II, do artigo 1° da LDB, (BRASIL, 1996, p. 01) a redação é alterada para “a educação é dever da família e do Estado”. Se a família passa a ter uma maior responsabilidade com a educação, é necessário que as instituições família/escola mantenham uma relação que possibilite a realização de uma educação de qualidade.

 

A família desempenha um papel importante na formação do indivíduo, pois permite e possibilita a constituição de sua essencialidade. Portanto, a família é a primeira instituição social formadora da criança. Dela depende em grande parte a personalidade do adulto que a criança virá a ser. Acredita-se que um programa de intervenção familiar seja de fundamental importância para o desenvolvimento e aprendizagem da criança. O relacionamento familiar, a disponibilidade e interesse dos pais na orientação educacional de seus filhos, são aspectos indispensáveis de ajuda à criança. Brasil, 1996.

 

De acordo com a LDB 9394/96 (BRASIL, 1996) a educação inicial da criança se dá na família e também na comunidade. Por isso é muito importante que haja interação adequada entre a escola e a família.

Um momento precioso é o período de adaptação da criança, sendo nos primeiros dias de aula muito difíceis para a criança pois ele passará a conviver em um ambiente totalmente diferente do que esta acostumado e por isso essa fase tem que ser fundamental para a troca de conhecimentos entre pais e escola e para a constituição de laços de confiança entre eles.

Segundo o Programa Nacional de Educação (PNE) de 2001 (BRASIL, 2001), a articulação com a família visa o mútuo conhecimento dos processos de educação, valores, expectativas, de tal maneira que a educação familiar e a escolar se complementem e se enriqueçam, produzindo aprendizagens coerentes, mais amplas e profundas. O resultado dessa troca produz efeitos sobre a autoestima das crianças e no seu desenvolvimento.

Neste sentido, Goulart (2013) defende que:

 

É crucial que a instituição respeite e valorize a cultura das diferentes famílias envolvidas no processo educativo. Além disso, deve estimular a participação ativa dos pais, padrastos e outras figuras masculinas da família. no cuidado e na educação, como base de uma educação não- discriminatória, que contribua para superar a visão (paradigma) de que tal responsabilidade é exclusiva das mulheres. A criança precisa de afetividade e compreensão para sentir-se segura nos processos de aprendizagem. Um ambiente desfavorável provoca a depreciação do amor, do sentimento de incapacidade e, consequentemente, um comportamento social comprometido (GOULART, 2013, p. 01).

 

Seguindo esta mesma linha de pensamento, Casarin (2007) esclarece que a criança precisa de: Afetividade e compreensão para sentir-se segura nos processos de aprendizagem. Um ambiente desfavorável provoca a depreciação do amor, do sentimento de incapacidade e, consequentemente, um comportamento social comprometido.

 

Afetividade no ambiente escolar

 

Para Carvalho, é interessante destacar que as pessoas constroem interações e criam laços de afetividade por meio de estímulos que recebem do ambiente a que estão inseridas. Segundo ele é importante ressaltar que a afetividade é um construtor essencial para a aprendizagem das crianças.

Assim, cabe citar o trabalho de LUCK (1983) apud DARJÓ (2011), onde afirma que, “as relações afetivas assumem papel especial e singular no quadro educativo”. Sendo assim, não seria diferente na escola, instituição criada desde o princípio, com a finalidade de proporcionar aprendizado.

Dessa forma, é importante compreender que a afetividade deve ser cultivada em todas as relações, não excluindo nesse caso, a afetividade do professor. Nesse contexto, cabe citar ainda o trabalho de Marchand (1985) apud Carvalho onde aponta que, “os educadores possuem a necessidade de cuidar de sua vida mental, já que sua afetividade se acha mais ou menos alterada pelo seu ofício”.

Benedicto diz que a educação infantil é um lugar em que a criança deve se sentir segura e acolhida possibilitando a ela um melhor desenvolvimento e aprendizado, não deixando de lado o social, emocional. Deve ser também, um lugar privilegiado para a curiosidade, e o professor deve ser qualificado para pode atender e proporcionar para os alunos momentos gratificantes e de desenvolvimento por completo, pois a experiência da educação infantil é muito marcante para os alunos.

Segundo Galvão (1995), o desenvolvimento das pessoas são como se fossem uma construção progressiva em que seguem fases com predominância alternadamente afetiva e cognitiva pois conforme as crianças vão crescendo e se devolvendo, elas também desenvolvem junto a sua cognição e afetividade por meio da interação com outro.

Esta ideia pode ser observada na educação infantil pois quanto mais a criança convive com os adultos e também com pessoas da sua mesma faixa etária, mais ela desenvolve seu lado afetivo, criando relações com os amigos e professores e junto ampliam seu aspecto cognitivo aprendendo a lidar com o afetivo interiorizando o que foi ensinado pelo docente em sala de aula (o conteúdo pedagógico).

Como sabemos o ser humano passa maior parte da vida tentando ter um encontro consigo mesmo, nessa busca o mesmo tenta se compreender e entender seus próprios questionamentos, suas necessidades e suas essências. Essa busca nos leva para o pensamento e a afirmação apresentada por Morin (2005, p.52) “o humano é um ser a um só tempo plenamente biológico e plenamente cultural, que traz em si a unidualidade originária”, é, portanto a síntese da interação entre o biológico e o social.

Goleman (1995) afirma que é fundamental trabalhar a inteligência emocional dos alunos para que ele saiba controlar e gerir suas próprias emoções e situações de conflito, para que se relacionar com os outros e que também saiba encontrar soluções criativas para futuros problemas.

Carvalho 2008, a escola e também a família, são instituições de caráter essencial na formação dos indivíduos de uma sociedade. Essas instituições exercem o papel de contribuir para a aquisição de conhecimentos no campo cognitivo, mas também na construção da personalidade.

Como sabemos a escola constitui-se de um local essencialmente educativo, tendo como função principal mediar o conhecimento e possibilitar aos alunos o acesso e a construção do saber, ou seja, que adquiram cada vez mais conhecimento, mais cultura. Essa função implica diretamente nas relações sociais e pessoais pois a transmissão de conhecimento esta ligada diretamente nas relações com os demais.

Assim, nas relações ali estabelecidas, professor/aluno, aluno/aluno, o afeto encontra-se presente em todos os momentos. Temos então o dialogo como principal componente para que esta relação se torne significativa e represente uma parceria nesse processo ensino-aprendizagem.

As relações estabelecidas no contexto escolar têm se revelado cada dia mais difícil e conflitante. A descrença de que a escola possa constituir-se num espaço de construção de conhecimento, de alegria, de formação de pessoas conscientes, participativas e solidárias, tem recrudescido.

Os sentimentos em relação a ela têm sido de desilusão, desencanto impotência diante dos inúmeros problemas cotidianos. Um deles refere-se às relações eu-outro, “a não aceitação do outro como um legítimo outro na convivência” (MATURANA,1999, p. 23), na inabilidade de se lidar com os conflitos comuns ao convívio humano, ou seja, questões ligadas à afetividade que integra a emoção, a paixão e o sentimento, presentes em todas as relações humanas.

Assim, compete à escola auxiliar no processo de adquirir conhecimentos intelectuais, mas também proporcionar o desenvolvimento afetivo, visto que uma civilização composta por pessoas frigidas é um campo minado, propício à autodestruição. Neste contexto cabe citar o trabalho de Saltini (1997:15) que diz: As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores.

A escola deve considerar que todo o tempo que passamos nela são de construção de conhecimentos. As informações que a sociedade contemporânea nos fornece, são oriundos dos mais diferentes lugares e a escola não tem conseguido acompanhar essa evolução, aumentando a distância entre o saber e o ser.

Normalmente, as crianças passam maior tempo de suas vidas na escola e lá passa tempo considerável na escola e lá também fazem grandes descobertas ainda quando pequenos. A educação escolar deve transcender a transmissão de conteúdos, assim como deve exercer e insistir em oferecer mais de mil maneiras para que seu corpo discente faça parte de um processo de aprendizagem que envolve todas as funções humanas, tais como, física, intelectual e sentimental.

O professor ao exercer sua prática, necessita faze-la com amor e paixão ou ao contrário irá confirmar o que muitos atribuem ao ato educativo, a visão reduzida de mera transmissão de conteúdos e o professor não pode somente transmitir conhecimento.

O vínculo da afetividade quanto ao professor e aluno é estimulado através da vivência que garantem um envolvimento maior e emocional que envolver a aprendizagem. O estímulo desse laço proporciona uma maneira eficaz do aluno se desenvolver melhor com a presença do lúdico no seu cotidiano, que estimulam e enriquecem um total processo de aprendizagem, garantindo ao educando uma forma de expressar seus sentimentos e de talvez ver o mundo de uma maneira que ela não imaginaria conhecer.

Por isso é importante também integrar a participação dos pais e da família na vida escolar do educando e trabalhar com o afeto nas relações familiares.

 

 

Conclusão

 

Este estudo pode nos mostrar que através de um ato de afeto pode-se conseguir cativar uma pessoa e assim ter espaço para contribuir com o seu desenvolvimento. Assim, como a falta do mesmo pode causar danos irreparáveis a criança. Por isso, pais e professores precisam ter consciência da importância que a afetividade tem na vida de uma criança.

Neste sentido o papel do professor é muito importante nas mudanças da vida dentro do âmbito escolar, crianças que recebem afeto do professor tem um melhor desenvolvimento em sala de aula, pois tem uma motivação muito maior para continuar frequentando a escola.

O papel do professor é fundamental para mudar realidades dentro do espaço escolar, sua atividade inclusiva, muitas vezes, problemas de ordem educacional ou emocional podem ser solucionados com atos afetuosos, com atenção e compreensão. É cada vez mais comum encontrarmos casos de crianças abandonadas emocionalmente pelos pais, são famílias que não se preocupam com o seu bem-estar e não incentivam o seu desenvolvimento.

Portanto, o amor e o afeto tornam-se a solução para uma boa educação, pois acreditamos em uma educação mais humana, que adote uma pedagogia do amor, que tenha a capacidade de influenciar em nossas próprias vidas, em nossa família, nas escolas e, principalmente nas salas de aula, favorecendo novos conhecimentos, Mediante ao exposto pode-se concluir que a afetividade enquanto relação com cargas afetivas positivas garante a segurança e o apoio emocional para as descobertas a que as crianças se lançam em busca do conhecimento do mundo e de si mesmas.

Portanto, esta pesquisa é como se tivesse sido dado apenas o primeiro passo de uma longa caminhada, de um difícil percurso de lutas para que se garantam a todos os alunos ao possibilitar essa expressão, a criança sente-se segura e autônoma para a construção de seu próprio conhecimento. Considerando a importância do meio social para a formação integral do ser humano.

 

 

Referências

 

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996.

 

CAPELATTO, Ivan Roberto. Educação com afetividade. São Paulo: Fundação Educar DPaschoal, 2012, p. 10.

 

DICIONÁRIO AURÉLIO. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Editora Nova Fronteira. 1 cd-rom. 1994.

 

HILLAL, Josephina. Relação professor – aluno: formação do homem consciente. São Paulo: Paulinas, 1985.

 

LIBÂNEO, J. C.Didática. São Paulo: Cortez Editora,1994

 

VYGOTSKY, L.S.Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.

 

GOULART, Claudia Augusta. A importância da Família na Educação Infantil. Disponível em: http://www.ideiacriativa.org/2013/07/a-importancia-da-familia naeducacao.html.

 

 

[1] Autora: Graduada em Pedagogia pela Faculdade de Ciências Sociais de Guarantã do Norte-MT, e com Especialização em Psicopedagogia Institucional, Clínica E Educação Infantil, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante. E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

 

[2] Autora: Autora: Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Mato Grosso, com especialização em psicopedagogia e Educação Especial pela faculdade De Ciências Sociais de Guarantã do Norte - MT.

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