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A INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO NO ENSINO FUNDAMENTAL

 

Lucilene Luiz Gomes Silva

Prof. Orientador Maurilio Maciel Martins

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clinica com Ênfase em Educação Especial

13/11/2014

 

 

 

 

RESUMO

 

O motivo deste artigo é mostrar como acontece o processo de inclusão no ambiente escolar de alunos com necessidades especiais, pois a educação especial não mais atendida apenas com a finalidade educativa, mas sim, como um conjunto de recursos e medidas que o sistema educacional dispõe ás necessidades dos alunos com adequação ao currículo regular para assim conseguir uma estabilidade entre o maior grau possível da normalidade. A expansão da educação inclusiva é medida pela consciência e preparo do professor, o qual deve ter em mente a importância de se trabalhar com pessoas que realmente precisam ser incluídas, e não apenas inseridas na sala de aula regular. A família e a escola são dois elementos muito importante para a formação do indivíduo em desenvolvimento, pois ambos influenciam diretamente na educação do mesmo, contribuindo para a sua formação pessoal e concretização dos seus projetos ao longo de sua vida, por esse motivo faz-se importante a participação da comunidade escolar e familiar na formação intelectual, fazendo com que de fato aconteça a inclusão dessas crianças com deficiência tanto na escola quanto na sociedade.

 

Palavras-chave: Inclusão; Deficiência; Criança.

 

 

1 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

 

 

Nosso objetivo é mostrar como ocorre o processo de inclusão no ambiente de ensino regular ao receber crianças com necessidades educativas especiais, a inclusão é um desafio que, ao ser trabalhada pela escola comum, deve exercer o direito a educação em sua plenitude, sendo indispensável que a escola aprimore suas práticas, com a formação continuada para que assim cada vez mais o profissional da educação venha a se adequar para trabalhar com esses novos alunos a fim de fazer de fato que a inclusão aconteça.

A adequação da escola em ampliar seus conhecimentos sobre a inclusão não é apenas uma exigência, mais sim um compromisso inadiável, para que assim possa atender as demandas da chegada de alunos especiais na sala regular, com o comprometimento e a cooperação de todos os estudantes e funcionários dos estabelecimentos de ensino regular, transformando assim a sala regular em um desafio a todos os profissionais da educação.

De acordo com o referencial nacional de 1998 para a educação infantil, onde assegura estratégias e orientações para educação de crianças com necessidades especiais na educação infantil, a inclusão de crianças com deficiência está cada vez se tornando uma realidade dando sentido entre a teoria e a pratica vividas no interior dos centros de educação infantil o que tem acarretado duvidas e ansiedades e até mesmo certas descrenças entre as famílias e os orientadores com relação a viabilidade da inclusão dessas crianças em creches e pré-escolas.

Sabemos que a criança necessita de atenção do seu orientador para que os incentive a permanecerem na escola sensibilizando-os e mostrando a eles a importância da mesma para a vida futura e a necessidade de estarem abertos ao conhecimento que lhes são passado através do contata com os demais alunos e professores.

O professor precisar estar ciente da importância de usar a criatividade diversificando seus métodos de ensino, pois no momento da aprendizagem o aluno faz descobertas onde descobre que pode desenhar não apenas coisas, mas também a própria fala.

Quando colocamos em questão a inclusão da criança com deficiência auditiva no ensino regular, percebemos que isso ainda é um desafio a ser vencido, mas que deve ser trabalhado devido as dificuldades pela falta de educadores preparado para trabalhar com essa deficiência.

A inclusão ganhou reforços com a LDB (Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional) de 1996 e com a Convenção de Guatemala, de 2001. Sendo assim manter as crianças com algum tipo de deficiência fora do ensino regular é considerado exclusão, e crime.

Segundo os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), “a inclusão impõe-se como uma perspectiva a ser pesquisada e experimentada na realidade brasileira” (Brasil 1998).

No relatório criado pela Comissão Internacional de Educação e apresentado pela UNESCO com o objetivo de estabelecer metas para o século XXI, fala sobre a importância de fazer valer os quatros pilares da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Faz-se necessário o uso desses quatros pilares da educação devido à grande existência da diversidade humana, neste sentido aprender a ser e aprender a viver juntos, nos ensinam a conviver com a diversidade de pessoas existente em nossa sociedade. Em uma época em que se fala tanto em educação para todos, a compreensão dos conceitos de Educação Inclusiva torna-se de suma importância para o entendimento dos dilemas existente e da situação geral do ensino em nosso país.

Segundo Mantoan (1997, p. 120)

 

A inclusão é um motivo para que a escola se modernize e os professores aperfeiçoem suas práticas e, assim sendo, a inclusão escolar de pessoas deficientes torna-se uma consequência natural de todo um esforço de atualização e de reestruturação das condições atuais do ensino básico.

 

 

Para que a escola venha a ser inclusiva, é necessário que haja mudanças e a principal delas está relacionada ao preparo dos orientadores, mas não é o bastante, já que, como afirma Martins ET AL (2006, P.102), “o processo de inclusão em si deve envolver toda a comunidade: pais, professores, funcionários e alunos.

De acordo com a teoria de Vygotsky (1995), “os que convivem apenas com seus iguais são privados de uma rica fonte de desenvolvimento, e é importante que as crianças com necessidades especiais estudem próximas as crianças sem deficiências”.

A inclusão pode ser confundida com interação, mas existe diferenças entre elas.

Na interação, a criança precisa se adequar a realidade da escola, já na inclusão a escola é que tem que se adequar a criança, aceita-la da maneira que ela é, seja ela deficiente ou não. Na inclusão o vocabulário integração é abandonado, uma vez que o objetivo é incluir um aluno ou um grupo de alunos que já foram anteriormente excluídos, portanto a meta primordial da inclusão é não deixar minguem no exterior do ensino regular, desde o começo (WERNECK, 1997. P.52).

Antigamente as pessoas deficientes não podiam ser educadas, por serem considerados como aberrações da natureza, sendo assim rotulados de incapazes, não podendo participar de qualquer tipo de vida regularmente como as outras pessoas da comunidade.

Segundo (VIEIRA; PEREIRA, 2003, P.17).

Na antiguidade clássica as pessoas com deficiências foram consideradas possessas de demônio e de maus espíritos. [...]. Os modelos econômicos, sociais e culturais impuseram ás pessoas com deficiências uma inadaptação geradora de ignorância, preconceitos e tabus que ao longo dos séculos e séculos, alimentaram os mitos populares da “perigosidade” das pessoas com deficiência mental e do seu caráter demoníaco, determinando atitude de rejeição, medo e vergonha.

 

Quando falamos em Educação Inclusiva ou em escola inclusiva, estamos falando de um novo modelo de escola, que aceita e conviva com a diversidade e individualidade de cada aluno, adequando-se a novas oportunidades de conhecimento através de troca de experiências, sem deixar de fora nenhum indivíduo que faça parte da diversidade de pessoas que compõem a humanidade, pois todos podem e devem fazer parte dela.

Ao ingressar crianças com necessidades especiais no sistema educativo regular, estas vivenciam interações que reforçam uma postura de passividade, onde devem ser vistas e tratadas como receptoras de informações, e não como construtores de seu próprio conhecimento. A educação inclusiva é uma educação que tem como principal objetivo trazer pessoas com qualquer tipo de necessidade especial para ocupar seu espaço na sociedade e mostrar que possuem competência como qualquer outro cidadão dentro de suas possibilidades físicas e psicológicas.

Segundo a Declaração de Salamanca (1994, p. 5).

 

Escola inclusivas devem conhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com a comunidade. [...]. O desafio que confronta a escola inclusiva e no que diz respeito ao desenvolvimento de uma pedagogia centrada na criança e capaz de bem-sucedidamente educa todas as crianças, incluindo aquelas que possuem desvantagens severas.

 

 

A cada ano que passa a educação inclusiva assume uma maior importância dentro do contexto nacional e tenta atender as crescente exigências da sociedade, mas isso realmente irá acontecer quando todas as pessoas tiverem acesso às informações, ao conhecimento e aos anseios necessários para a formação dessas crianças.

 

2.1 QUE É DEFICIENCIA ADITIVA?

 

Segundo o caderno de estudos: Educação Especial/ Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Indaial: UNIASSELVI, 2007 a deficiência auditiva é um tipo de perca parcial ou total da audição, isso impede que o ser humano ouça qualquer tipo de som. As causas da surdez podem ser divididas em: pré-natais, PE ri-natais e pós-natais.

As causas pré-natais são:

Hereditárias: nesse caso a deficiência pode ser transmitida geneticamente de geração em geração, particularmente quando existem casos de surdez na família.

Doenças que a mãe adquire durante a gravidez, tais como: rubéola, sífilis, toxoplasmose, citomegalovírus, herpes, intoxicações intrauterinas, agentes físicos (como rios-X), diabetes, desnutrição.

 

As causas pré-natais podem ser:

Traumatismos obstétricos;

Anóxia;

 

As causas pós-natais podem ser:

Doenças infecciosas e também bacterianas ex: meningite, otites, inflamações agudas ou crônicas das fossas nasais;

Intoxicações;

Trauma acústico (prejuízo para o mecanismo da audição no ouvido interno devido a ruídos muito alto como: explosão muito perto da orelha; tiros e também exposição prolongada a ruídos fortes).

Ainda de acordo como caderno de estudos LIBRAS 2009 a maioria das pessoas confunde surdez com deficiência auditiva. Porem as duas não devem ser encarada como sinônimos, no caso da surdez sua origem é congênita, ou seja, é quando não se tem a capacidade de ouvir nenhum som. Por sua vez a deficiência auditiva é um problema adquirido, onde a pessoa nasce com a audição perfeita e devido a lesões ou doenças ocorre a perda auditiva, nesses casos pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou intervenções cirúrgicas.

O conceito de perda auditiva nem sempre é clara para a pessoa que se depara com este problema, para nossa melhor compreensão, a perda auditiva é calculada em função da intensidade necessária para amplificar um som de modo que seja percebido pela pessoa surda, amplificação essa que é medida atualmente em decibéis. N o caso do ouvido humano, a intensidade padrão corresponde a mínima potência de som que pode ser distinguida do silencio, sendo assim essa intensidade 0Db.

 

2.2 TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS

 

Perda auditiva condutiva: Qualquer problema no ouvido externo ou médio que impeça que o som seja conduzido de forma adequada. Em alguns casos a perda auditiva condutiva pode ser temporária, dependendo da causa do problema, medicação ou cirurgia podem ajudar, alguns casos podem ser tratados com o uso de aparelho auditivo.

Perda auditiva sensorioneural: Resulta da falta ou danos de células sensoriais (células ciliadas) na cóclea e geralmente é permanente, também conhecida como “surdez neural”, e ela pode ser de grau leve a severa, modera ou profunda. No caso da perda auditiva de grau leve e severa pode ser tratada com aparelhos auditivo ou implante de orelha média, implantes cocleares são soluções para perda auditiva severa ou profunda. Algumas pessoas tem perda auditiva sensorioneural apenas em alta frequência, também conhecida como surdez parcial, nestes casos, apenas as células ciliadas da base da cóclea estão danificadas na parte interna da cóclea o ápice, as células ciliadas que são responsáveis pelo tratamento dos tons baixos ainda estão intactas, a estimulação eletroacústica ou EAS foi desenvolvido especificamente para esses casos.

Perda auditiva mista: É uma combinação de uma perda auditiva sensorioneural e condutiva, é o resultado de problemas em ambos os ouvidos: interno e externo ou médio, as opções de tratamento podem incluir medicamentos, cirurgia, aparelhos auditivos ou implante de ouvido médio.

Perda auditiva neural: Um problema que resulta da ausência ou dano ao nervo auditivo e é geralmente profunda e permanente aparelhos auditivos e implantes cocleares não podem ajudar, porque o nervo não é capaz de transmitir informações para o cérebro, em alguns casos um implante auditivo de tronco cerebral (ABI) pode ser uma opção terapêutica.

 

 

2.3 TIPOS DE SURDEZ

Surdez de transmissão ou de condução: Quando existe uma lesão no nível do ouvido externo ou médio que impede a transmissão das ondas sonoras, neste caso existe uma existe uma situação de audição reduzida, mas não de surdez. Para que haja surdez é necessário que o próprio nervo auditivo esteja danificado.

Surdez de repetição ou neurossensorial: É quando existe lesões do ouvido interno ou do nervo auditivo que transmite o impulso ao cérebro. A transmissão sonora é feita normalmente, mas a sua transformação em percepção auditiva esta perturbada, existe assim uma dificuldade na identificação e integração da mensagem.

Surdez mista: É quando existe ao mesmo tempo, uma lesão do aparelho de transmissão e de recepção.

 

2.4 CLASSIFICANDO A PERDA AUDITIVA

 

Perda auditiva leve: A incapacidade de ouvir sons baixo de 30 decibéis. Discursos podem ser de difícil audição especialmente se estiverem presente ruídos de fundo.

Perda auditiva moderada: A incapacidade de ouvir sons baixos de 50 decibéis. Aparelhos ou próteses auditivas podem ser necessário.

Perda auditiva severa: A incapacidade de ouvir sons baixo de cerca de 80 decibéis próteses auditivas são úteis em alguns casos, mas são insuficientes em outros. Alguns indivíduos com perda auditiva severa se comunicam principalmente através da linguagem gestual, outros contam com o uso das técnicas de leitura labial.

Perda auditiva profunda: A ausência da capacidade de ouvir, ou a capacidade de ouvir sons baixo de cerca de 95 decibéis, tal como aqueles com perda auditiva severa, alguns indivíduos com perda auditiva profunda se comunicam principalmente através de linguagem gestual, outros com uso de técnicas de leitura labial.

 

 

2.5 COMO OCORRE A INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO

 

Nos dias atuais é um desafio incluir a pessoa com deficiência auditiva, pois muitas são as dificuldades ou problemas que travam o processo que tenta facilitar a inclusão do deficiente auditivo na sociedade, um dos pontos que se destacam é a falta de comunicação oral e também a aplicação dos métodos que muitas vezes não são compatíveis com a realidade do aluno e isto prejudica muito seu aprendizado, também não se pode desprezar a falta de preparo dos educadores que atual com essas crianças.

A escolaridade do aluno com deficiência auditiva vai muito além da língua, se assim fosse não teríamos ouvintes normais com dificuldades de aprendizagem, sendo assim as escola comum precisa propor ações que façam sentido para as crianças em geral para ser compartilhado com os alunos com deficiências auditiva.

O contato com as diferenças desde criança com certeza terá como resultado um adulto tolerante e aberto a aceitação do outro. Além disso, a inclusão desde pequeno estimula o uso dos recursos para que os alunos com deficiências auditiva necessitam para ultrapassar as barreiras imposta pelo processo educacional e com isso poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exercerão sua cidadania.

O contato com as diferenças desde crianças com certeza terá como resultado um adulto tolerante e aberto a aceitação do outro. Além disso, a inclusão desde pequeno estimula o uso dos recursos que os alunos com deficiência auditiva necessitam para ultrapassar as barreiras impostas pelo processo educacional e com isso poderão fazer uso consciente de seus direitos escolares e exerceram sua cidadania.

Outro fator que merece atenção são as salas de Atendimento Educacional Especializado, as salas de recurso. Nesse ambiente as crianças seram assistidas individualmente ou em grupo em período contrário ao da escola regular, e seram estimuladas com material pedagógicos diferenciados visando a superação das dificuldades de aprendizagem.

A Política Nacional de educação na perspectiva da Educação Inclusiva define que:

 

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que elimina as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades especificas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas a escolarização. (BRASIL, 2008)

 

É fundamental entender que surdez não se caracteriza por uma diferença física perceptível e ao contrário do que se pensa, ela está impregnada de preconceitos.

A autora Sá (1999, p.47) contribui quando nos orienta:

 

[...] que a dificuldade maior dos surdos está exatamente na aquisição de uma linguagem que subsidie deu desenvolvimento cognitivo, os estudos que envolvem a condição de pessoa surda são revestido de fundamental importância e seriedade, visto que a surdez, analisada exclusivamente do ponto de vista do desenvolvimento físico, não é uma deficiência grave, mas a ausência da linguagem, além de criar dificuldade no relacionamento pessoal acaba por impedir todo o desenvolvimento psicossocial do indivíduo.

 

A falta da linguagem, independente de como ela seja, acarreta em especial na criança, atraso em seu desenvolvimento cognitivo de aprendizagem, dificuldade de interação com os outros sujeitos no seu meio podendo comprometer sua capacidade de interação.

 

 

2.6 O DEFICIENTE AUDITIVO E O MATERIAL PEDAGOGICO

 

Para se trabalhar com essas crianças na escola comum é necessário usar diferentes recursos, como por exemplo:

Material concreto e visual que sirva de apoio para a assimilação dos conteúdos;

Contato com professores que já tenham vivenciado esse tipo de situação;

Orientação adequada para os professores que irão trabalhar com essas crianças;

Usar o alfabeto manual de letras e de números (alfabeto de libras);

 

 

2.7 LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

 

A língua oficial utilizada pela comunidade de surdos do Brasil é a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). LIBRAS contém todos os elementos existente nas outras línguas, possibilitando sua identificação como língua propriamente dita. Segundo estudos realizados, língua de sinais se compara a línguas orais, tendo como peculiaridade o fato de serem da modalidade gestual-visual. Outro detalhe importante é o fato de quando ensinada para alunos de creches e pré-escola, esta colabora para o aprendizado das línguas orais como segunda língua dos surdos.

A libra possibilita a combinação de mãos, movimentos, localização e orientação das palmas das mãos na produção de sinais, sendo assim para os especialistas, é necessário obedecer a condição de assimetria e de dominância, assim a autores que afirmam que é através da língua de sinais que os portadores de deficiência auditiva praticam todas as características linguística da fala.

A criança surda visualiza a imagem, portanto detalha cada imagem, podemos notar que isso ocorre quando essas imagens são sistema de significação, onde são constituídos pela combinação de um conceito denominado classificador, que é a imagem visual de um signo linguístico representado com fluência e com gestos que expressam por semelhança num determinado contexto.

Sanchez (1993) defende que:

 

A língua de sinais é a única que dá ao deficiente auditivo a possibilidade de desenvolver a linguagem e uma personalidade sã, isto porque na Venezuela, seu país de origem, as escolas públicas de surdos substituíram o oralismo pelo bilinguismo, que os faz chegar a língua escrita pelos sinais.

 

O bilinguismo é uma nova proposta de ensino usada pelas escolas que se propõem a tornar acessivo a criança duas línguas no contexto escolar, onde os estudos tem apontado para essa proposta como sendo a mais adequada para o ensino de crianças surdas, tendo em vista que considera a língua de sinais como língua natural e parte desse pressuposto para o ensino da língua escrita.

 

2.8 ALFABETO MANUAL DE LETRAS

 

As crianças portadoras de deficiência auditiva necessitam de métodos e equipamentos especiais para seu desenvolvimento. Porem no ambiente da inclusão somos todos diferentes e estamos em busca de objetivos comum.

 

 

FONTE:http://izabelapce.wordpress.com/2011/02/16/alfabeto-libras-inclua-se-nesta-realidade-tambem/ Acesso 10/08/2014

 

2.9 LIBRAS NUMEROS

 

 

 

FONTE:http://wwwlibras.blogspot.com.br/2010/04/numeral-em-libras.html

Acesso 10/08/2014

 

2.10 O SURDO A LEITURA E A ESCRITA

 

A linguagem escrita tem sido a grande preocupação dos educadores de deficientes auditivos, pois muitos acreditam que essa deficiência acarreta dificuldades de compreensão na leitura e produção da escrita.

Em seu estudo sobre o processo de aprendizagem de leitura aos alunos deficientes auditivos, Canio (1989) constatou que, de modo em geral, eles conseguem aprender com relativa dificuldade, a decodificar os símbolos e os gráficos. Entretanto, devido as informações de exposição a linguagem oral apresentam dificuldade na compreensão dos textos, não percebendo ambiguidade, insinuações, ironias ou seja percebem a estrutura superficial das orações mas não compreendem a estrutura fundada da mesma.

Um dos métodos mais importante que devem ser analisados na alfabetização de crianças surdas é a escolha do método a ser utilizado pelo professor.

 

 

2.11 COMO INCLUIR ESTAS CRIANÇAS NA ESCOLA REGULAR

 

Porque a inclusão de crianças com necessidades especiais aconteça no ensino regular, faz-se necessário antes de tudo pensar em uma preparação para os profissionais que irão atuar nesta área, principalmente o educador que irá trabalhar diretamente com essas crianças, desta forma o desenvolvimento de seus conhecimento e habilidades facilitarão a sua pratica pedagógica na identificação precoce, avaliação e estimulação dessas crianças desde a pré-escola.

A sociedade deve reconhecer que para se comunicar com o surdo é necessário utilizar instrumentos diferenciados, também é importante que exista instituições capazes de reuni-los, aceitando-os e estimulando-os a serem participativos dentro de suas possibilidades, preocupando-se com sua formação social além de resgatar sua humanidade e cidadania, com isso sua adaptação em meio a sociedade será melhor, respeitando o tempo de cada criança.

Como um processo lento mas gradual, a aprendizagem do surdo tem um tempo e uma modalidade que cabe em especial a “escola” oferecer. Surgira emaranhados de situações que ocorreram no dia a dia sistematizando o processo de ensino aprendizagem, por outro não cabe somente a escola como o único lugar que deve ocorrer estas mudanças, mas também e principalmente no seio familiar, nas associações e grupos sociais formados por pessoas surdas.

A cada ano a Educação Especial assume maior importância dentro da perspectiva de atender as crescentes exigências de uma sociedade em processo de renovação e de busca incessante da democracia, que só será alcançada quando todas as pessoas que são descriminadas tiverem acesso a informação, ao conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena.

 

 

2.13SUGESTÕES PARA MELHORAR O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS SURDOS

 

A criatividade do professor somada a sua convicção de que a aprendizagem é possível para todos e que ninguém consegue estabelecer limites entre o “igual” e “diferente” com certeza contribuirá para remover todos os obstáculos que os alunos “especiais” enfrentam ou viram a enfrentar no seu processo de aprendizagem.

O professor nunca pode se acomodar, muito pelo contrário deve sempre estar pesquisando e se atualizando, buscando desta forma melhorar sua pratica a cada dia. Para se tornar um bom profissional faz-se necessário

Capacitar-se, para melhor compreender meljor o mundo do surdo;

Usar libras, para melhorar a comunicação com essas crianças;

Capacitar toda a escola, principalmente os professores com a língua dos surdos;

Com isso percebe-se que a capacitação é fundamental para um bom diálogo, não só para professores, mas para todo a comunidade escolar. Oferecer diversos mecanismo de interação como a linguagem por eles usada, como um instrumento de inclusão.

O professor precisa estar sempre se atualizando, tendo prazer pelo estudo e pela leitura só assim irá conseguir passar esse gosto para seus alunos. NÓVOA (2002, P.23) diz que: “O aprender continuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola, como lugar de crescimento profissional permanente”.

 

 

2.14 A IMPORTANCIA DA FAMILIA NA INCLUSÃO

 

A família e a escola são dois elementos muito importante para a aprimorar do indivíduo na medida que os dois influenciam diretamente na educação do mesmo, contribuindo para a sua realização pessoal e concretização de seus projetos ao longo de sua vida, a escola e a família assim como outras instituições, vem passando por profundas transformações ao longo da história, com isso é indiferente perceber que os processos de formação não se dão apenas nos estabelecimentos de ensino como também em outras ambiências culturais como a família, visto que a família é o centro essencial para o desenvolvimento de todo ser humano.

Sendo assim a família é considerada a base da sociedade, as crianças e os adolescentes com deficiência possuem o direito a educação inclusiva, que respeite sua dignidade e a comunidade familiar deve participar dessa formação intelectual e lutar pela inclusão das crianças com deficiências na sociedade.

De acordo com o artigo 205 da constituição federal: [...] a educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1998).

O Estatuto da criança e do adolescente (ECA), no seu artigo 4° discorre: É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referente a saúde, a alimentação, a educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a cultura a liberdade e a convivência familiar e comunitária (BRASIL, 1990).

 

 

3 MATERIAL E METODO

 

No início recorri à internet como ferramenta para buscar embasamento teórico, acerca do tema (INCLUSÃO DO DEFICIENTE AUDITIVO) a fim de melhorar meus conhecimentos e dar suporte ao meu artigo, também desenvolvi pesquisa em cadernos de estudos, e PPPs.

 

 

4 RESULTADOS E DISCUSÃO

 

Ao analisar minha pesquisa teórica acredito que a inclusão do deficiente auditivo no ensino regular é de suma importância para seu desenvolvimento, tanto social como cognitivo, pois ao aproximar estas crianças junto com as outras que são ditas como “normais” com certeza seu desenvolvimento será muito melhor, também acredito que a família é a principal responsável pelo processo de inclusão dessa criança, que muitas vezes os próprios país também não compreendem e nem acreditam que seu filho (a) precisa de um tratamento diferenciado das outras crianças e outras vezes apenas deixam toda a responsabilidade nas mãos do professor que está em sala com seu filho, assim fica quase impossível trabalhar, até mesmo para o profissional com formação em educação especial. Para concluir afirmo que toda a sociedade deve trabalhar unida, pois só assim haverá para o deficiente auditivo um ambiente acolhedor e um ensino que o ajude em seu desenvolvimento futuro.

 

 

5 CONCLUSÃO

 

Através deste trabalho foi possível compreender que a inclusão da criança com deficiência auditiva propicia muitos benefícios, pois proporciona a elas muito prazer, criatividade, desenvolvimento de linguagem, da coordenação motora, além de ser algo indispensável para a vida da criança.

Portanto incluir e não fazer distinção entre serres humanos, julgando como perfeito ou não. A escola inclusiva deve ser democrática sem limites, onde as crianças portadoras de deficiências auditivas deve ser democrática, sem limites onde as crianças possa se sentir bem e saber que tem oportunidade de trabalhar e serem pessoas bem sucedidas na vida.

No entanto para ser uma escola inclusiva digna para esses alunos é necessário que os professores se especializem através de cursos profissionalizante na área, e crie um ambiente adequado para trabalhar com os mesmo, pois este é um direito do deficiente auditivo e assim possam ter uma boa formação e viver melhor.

Esperamos que em um futuro próximo o valor das pessoas surdas seja realmente reconhecido e aquilo que está sendo ofertado a ele no presente seja efetivada de forma global e irrestrita, que não seja um projeto da “boca para fora” posto que os mesmo já perderam muito do seu tempo sendo segregados durante anos a fio em escolas especializadas que só serviram de pano de fundo para a grande discriminação que assola o país, além de não acrescentarem em nada seu processo de desenvolvimento enquanto pessoas ou cidadãos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

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