Jogos lúdicos como interação social
Danieli Ribeiro da Rosa
O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas, acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos, de forma mais significativa.
Para que a aula se torne significativa, o lúdico é de extrema importância, pois o professor além de ensinar, aprende o que o seu aluno construiu até o momento, condição necessária para as próximas aprendizagens. A tendência é de superação, desde que o ambiente seja fecundo à aprendizagem e que o mestre tenha noção da responsabilidade que esta busca exige. Estuda-se o passado, vive-se o presente, busca-se o futuro. Através da ludicidade podemos fazer novas perguntas para velhas respostas.
Os anos passam e os alunos crescem. Quando chegam ao quinto ano, por volta dos dez ou onze anos, em plena fase da pré-adolescência, a ludicidade também deve passar por uma transformação. Não basta mais cantar, dançar, jogar apenas. As aulas lúdicas devem ser direcionadas para as necessidades dos alunos, buscando a proximidade entre a escola e o meio em que o aprendente vive.
Neste período de descobertas múltiplas, é importante que o professor esteja atento ao que acontece em sala de aula e busque interagir de forma positiva e conciliadora, através de atividades que transmitam o conteúdo e promovam a socialização. Principalmente porque o lúdico, o brincar, fica mais perigoso nesta idade, já que os jovens passam a ter habilidades motoras mais desenvolvidas e o “brincar impetuoso” passa a fazer parte das aulas, dos recreios, dos pátios. Eles buscam testar o corpo muitas vezes, o tempo todo.
O brincar pode ser visto como um recurso mediador no processo de ensino e aprendizagem, tornando-o mais fácil. O brincar enriquece a dinâmica das relações sociais na sala de aula. Possibilita um fortalecimento da relação entre o ser que ensina e o ser que aprende.
As aulas lúdicas devem ser bem elaboradas, com orientações definidas e objetivos específicos. Se o professor apenas “brincar” com estes alunos, não transmitirá conteúdo e possivelmente perderá o rumo da aula. A atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento total do organismo. O corpo e o aprendizado intelectual fazem parte de um todo, através do qual o aluno compreenderá o meio, trocar informações e adquirir experiências. As brincadeiras em sala de aula devem servir como orientação para posturas comportamentais, por exemplo.
Brinca-se ensinando valores e, após, usa-se este momento mais tranquilo para explicar o conteúdo que estudaremos nesta aula e a relação disto com a brincadeira anterior. O aluno vai relacionando, montando esquemas, formando seus próprios arquivos, que à medida que se desenvolvem, tornam-se mais generalizados e mais maduros.