Buscar artigo ou registro:

 

 

 

A intervenção do pedagogo nas dificuldades de aprendizagem

Sandra Regina Aparecida Chiaroto Engles

Cristina Alves da Costa

Aline Rodrigues Cardim

Maria Paula Alves de Godoy

Aline Rocha Pereira

 

DOI: 10.5281/zenodo.12636066 

 

 

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo ensinar como é a intervenção pedagógica do pedagogo em casos de alunos com dificuldades de aprendizagem. O anseio por uma sociedade diferente, mais humana, fraterna, justa e solidária perpassa toda a condição humana, inclusive no interior da escola pública que, pensada sob uma ótica crítica e humanizante, revela práticas e sonhos que se misturam em um mesmo caminho que tende à realização plena. Mas em se tratando de dificuldades de aprendizagem, é necessário um apoio correto com profissionais capacitados ao longo da vida, deste a infância até a adolescência. Aos pais, amigos, família, vizinhos precisam e necessitam ser informados sobre a dificuldade, seu significado, necessário se faz o pedagogo esclarecer todas as dúvidas aos familiares e amigos. As dificuldades de aprendizagem referem-se a desafios persistentes os quais podem afetar a capacidade de uma pessoa para adquirir, compreender ou aplicar determinados tipos de informação ou habilidades. Mesmo não tendo uma única distinção comum a todos as dificuldades, as peculiaridades com o mundo social são universais, e, merecem critérios mais relevantes. O tema abordado mostra que em salas de aulas o uso exagerado de regras, o desinteresse dos professores, assim não desenvolvendo criatividade e autonomia com a dificuldade e principalmente com a resolução de aprendizagem. Então o método utilizado, a maneira como trabalhar o assunto deve ser mudada, novas estratégias devem ser utilizadas, assim aumentando o interesse dos alunos e dos professores despertando o interesse pelo raciocínio e a criatividade independente.

 

Palavras–Chave: Dificuldades de aprendizagem. Educação. Pedagogo.

 

 

Introdução

 

Educar é uma função que exige competência, objetivos, responsabilidade, conhecimento, estudo contínuo e consciência, uma consciência que está além do discernimento imediato.

Esta consciência deve estar centrada no que realmente é relevante para a criança e na maneira mais coerente de oferecer situações para que esta criança se desenvolva integralmente, levá-la a desenvolver aprendizagens reais e significativas. A dificuldade de aprendizagem é uma matéria considerada muito importante na carreira escolar, ela vem sendo desenvolvida a partir dos problemas que o homem vem criando.

A matéria denominada dificuldade apresenta duas sensações que se contradizem, uma vez pelo aluno, que é aquele que aprende e o outro é o professor aquele que ensina.

De um lado se tem a insatisfação de sua aprendizagem, com resultados negativos, do outro lado temos a constatação de que seja com uma matéria com um conhecimento necessário e extremamente importante.

Os alunos já vão para a escola com um grande preconceito em relação à algumas matérias, eles acreditam que é uma matéria difícil, que não vão conseguir entender, que os cálculos são complicados, consequentemente isso acaba se tornando realidade, pois não há motivação de ambas as partes ao ensinar, ao aprender, ao desenvolver novas estratégias para a resolução de qualquer temática abordada. Isso chama muito a a atenção, pois sempre concordou-se com os argumentos citados, até que consegui enxergar diferente, e começar a gostar de matemática.

Visando a grande dificuldade em que alunos sentem em relação à certas matérias e consequentemente a resolução de problemas, resolveu-se pesquisar as estratégias modificadoras para o ensino dessa temática, assim obtendo melhores resultado, ou seja, cada vez mais tendo resultados positivos, com isso professores também saem satisfeitos com sua atuação.

É preciso cada vez mais de alunos ativos e participantes, assim formando cidadãos matematicamente alfabetizados, sendo assim desenvolvendo cada vez mais a capacidade de enfrentamento de situações problemas. A resolução de problemas é o ponto de partida em uma atividade seja ela qual temática trabalhada.

Assim proporcionando ao aluno o ato de pensar com mais criticidade sobre o olhar e melhoria nas aplicações dos conteúdos de dificuldade. Porém é um dos assuntos mais complicados a serem trabalhados em sala de aula, pela falta de um bom preparo para o professor.

 

 

1. Educação: seu conceito e sua História

 

Pode-se verificar que a ideia que se tem de educação está muitas vezes ligada erroneamente, somente a instituição “escola”, a educação sempre estará comprometida com a economia e a política em que estará inserida. A educação engloba os vários processos de ensinar e aprender. Pode-se observar a educação em toda a sociedade e nos grupos constitutivos.

Para Sousa (2022) a educação pode ser compreendida como um fenômeno social e universal, sendo uma atividade humana necessária a existência e funcionamento de todas as sociedades, embora com diferentes concepções nos diferentes ramos do conhecimento.

Enfim, pode-se que educação é vida e um processo contínuo que ocorre em diversos contextos sociais, possibilitando a construção de novos conhecimentos, o crescimento pessoal e o melhor relacionamento do indivíduo na família, escola, comunidade, sociedade.

Afirma-se que a História da Educação Brasileira não é uma história difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas.

Uma primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo.

Não se pode deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer.

E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu (BELLO, 2001, p. 13).

Na verdade, não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior.

 

 

1.1 A Educação Infantil: sua importante história

 

Até o final do século XVII a criança era vista como um ser produtivo que tinha uma função útil para a sociedade, pois a partir dos 7 anos de idade ajudavam seus pais no trabalho.

Uma nova percepção e organização social fizeram com que os laços entre adultos e crianças, pais e filhos, fossem fortalecidos. A partir deste momento, a criança começa a ser vista como indivíduo social. Fora somente no século XIX, que as sociedades modernas passaram a ser sinônimo de escola.

Na fase da educação infantil, as crianças podem e devem ser estimuladas através de atividades lúdicas e jogos simbólicos, pois assim aprendem a exercitar as suas capacidades motoras e cognitivas, a fazer descobertas ao iniciar o processo de alfabetização (STROIEK; SILVA, 2016).

Uma educação capaz de estimular a reflexão, a criatividade, a crítica e troca de experiências, só será possível mediante uma concepção de educação que valorize o homem e o seu fazer localizado no tempo e espaço.

Conforme tal perspectiva a educação deve ser libertadora, pois o homem ser de buscas, dialoga com o semelhante, e através, da linguagem troca ideias e transforma o mundo, embora encontre obstáculos que precisa vencer.

Em especial as crianças, desde terna idade, já devem ser estimuladas no desenvolvimento de sua autoestima, autonomia e cidadania, pois como seres sociais tornam-se pertencentes a uma classe social, que apresenta uma linguagem decorrente das relações ali estabelecidas.

Ao situar o conceito de infância no tempo, percebe-se que houve diferente ponto de vistas sobre sua definição, já foi considerada uma fase do desenvolvimento humano, em que este se encontrava destituído de pensamento, moral, identidade própria e cuidados especiais.

As experiências da infância exercem enorme influência sobre o indivíduo adulto, , pois fundamental seu fundamento emocional e cognitivo, formação do caráter, construção da cidadania e conscientização dos direitos e deveres. A noção de que há que se investir na infância para criar um futuro mhlor é reconhecida por todos os campos da ciência. A Educação Infantil encontra-se, portanto, em posição privilegiada para a estruturação do humano em cada uma de suas dimensões. Diversas perspectivas precisam ser consideradas, desde a concretude do espaço físico até a amplidão do olhar atento e receptivo do cuidador, invariavelmente permeadas pela responsabilidade de promover a saúde (MARANHÃO, 2023, p.38).

Séculos atrás, as crianças eram mal vistas até pelas mães, tanto por motivos culturais, como também pelo alto índice de mortalidade infantil, talvez as mortes prematuras por falta de cuidado com as crianças contribuíssem para o desafeto das mães.

A Educação Infantil privilegia a construção do caráter, a formação pessoal, a capacidade de enfrentamento das mais diversas situações, o respeito às diferenças, enfim a formação global da criança para que ela se prepare par ser um adulto consciente dos seus direitos e deveres.

Uma criança, quando chega à fase da escola, quer ser amada, acolhida, aceita e ouvida. Quando ela se satisfaz em todas as suas expectativas ou na maioria delas, desperta para uma vida de curiosidade e de aprendizado, entretanto, cabe ao professor organizar esse espaço de busca e interesse das crianças, entretanto, é necessário ter sensibilidade e percepção acerca do mundo infantil e suas singularidades.

É fundamental observar que a criança passa por fases de desenvolvimento, e que cada uma delas é importantíssima para a sua formação geral.

 

 

2. Dificuldades de aprendizagem e a intervenção do Pedagogo

 

Referente a abordagem construtivista e na subjetividade das pesquisas que implicam na complexidade da compreensão deste título deste capítulo busca-se analisar os conceitos atuais referentes as operações cognitivas, bem como os processos que viabilizam o acesso ao conhecimento e a adaptação ao conteúdo.

Por fim, busca-se empreender uma reflexão sobre as estratégias de ensino e as interferências prático-pedagógicas que auxiliam beneficamente o trabalho do professor em aula. Ao programar adequadamente o processo de mediação e tutoria educacional, o professor é capaz de sequenciar dinâmicas coerentes com a disposição funcional da classe, bem como tornar sua postura clara e compreensiva dentro da sala de aula.

A dificuldade de aprendizagem é vista como algo aversivo, que é corrigido por não fazer parte da construção do conhecimento e por esse motivo deve ser eliminado. Entretanto, ao perceber algum problema como uma etapa no processo de aprendizagem, o professor deve ter muito cuidado com suas condutas em sala de aula, já que será importante que todos o vejam desta maneira.

Mesmo se errarem, os alunos devem sentir-se encorajados a seguir em frente e buscar novos caminhos, desta forma, todos têm a ganhar, já que aprendizagem não se torna algo fechado, com somente uma resposta correta. Ao contrário, todos podem aprender com o seu próprio ritmo e com atitudes de muito respeito.

Para Bossa (2007, p.12) a aprendizagem escolar deve ser um processo natural e espontâneo, mas até, um processo prazeroso. Descobrir e aprender deve ser um grande prazer e se não é, algo está errado.

Aprender é uma interpretação pessoal do mundo, ou seja, é uma atividade indivualizada, um processo ativo no qual o significado é desenvolvido com base em experiências. O papel do professor é então, aquele de criar situações compatíveis com o nível de desenvolvimento de cada criança e, quando o professor for trabalhar com brincadeiras e jogos é necessário atentar-se e preparar-se para fazer uma análise crítica e reflexiva, observando qual é a reação do brincar com os conteúdos os quais estão sendo trabalhados, e, se esse momento está ocorrendo como uma recreação ou se está trazendo novos significados à vida dos alunos. O docente deve propor brincadeiras as quais possibilitem ao aluno a busca pessoal de informações, a proposição de soluções, o confronto com as de seus colegas, a defesa destas e a permanente discussão (RIBEIRO; AZEVEDO; ANDRÉ, 2022, p.21).

Para se chegar ao desenvolvimento é preciso motivação. Geralmente a dificuldade de aprendizagem é uma dificuldade de ensino.

Hoje em dia a dificuldade é vista pelas pessoas como o oposto de acerto e com uma sensação de culpa, desconforto e muitas preocupações em não o cometer. Estas pessoas certamente não conseguem perceber toda a riqueza pedagógica que está por trás da dificuldade.

Uma dificuldade gera conflito e faz com que a criança busque um processo de auto regulação; assim, ela aprende. Portanto, a dificuldade não é contrário de acerto, e sim uma parte do processo de aprendizagem.

 

 

2.1 Tipos de Dificuldades de Aprendizagem

 

A escola sempre busca mecanismos de coação para manter os alunos sob controle, obedientes, pontuais, estudiosos e atentos. Antigamente, os professores se utilizavam do castigo.

No assunto do controle da classe, alguma referência deve ser feita ao uso do castigo ("sanções" é um termo menos emocional) na sala de aula. De forma geral, qualquer castigo traz consigo certos riscos de que o professor deve estar ciente, quais sejam: o uso de castigo de qualquer tipo pode prejudicar o relacionamento entre a criança e o professor, talvez de forma permanente e isso ocorre em particular se o castigo é visto como injusto ou tem a intenção de humilhar; a criança pode desenvolver estratégias tais como mentir, para evitar o castigo e isso não só é potencialmente ruim para o desenvolvimento futuro da personalidade da criança, mas também ameaça a existência de qualquer relação de confiança entre professor e criança; e, o castigo ensina à criança a lição indesejável de que é aceitável o mais forte impor penalidades aos mais fracos. (FONTANA, 1998, p.388).

A ideia de um problema está relacionada à concepção filosófica religiosa de que o homem já nasce pecador, assim, a escola nada mais faz do que reforçar no aluno um sentimento de culpa e de medo, que inibe a ação consciente de cidadão, a coragem de lutar pelos seus direitos. (RABELLO, 1998. p. 31).

Na prática escolar alguns professores levam o aluno a se sentir culpado, além de único responsável pelo problema. A concepção pedagógica atual não mais aceita castigo de qualquer natureza, física ou psicológica.

Hoje os educadores se atentam a dificuldade como um meio educacional, redimensionamento seu planejamento curricular, métodos e estratégias.

O entendimento de que a dificuldade pode resultar de vários fatores, envolvendo escola, o currículo, a pratica educativa do professor e o esforço dos alunos tem levado os educadores a uma nova concepção do processo de avaliação. O professor precisa fazer o aluno entender sobre a dificuldade ocorrida, e precisa fazer entender que se trata de um problema a ser superado, assim o não será mais visto como uma derrota, mas um novo ponto de partida.

 

 

2.2 Tendências observáveis e indicadores de dificuldade de aprendizagem

 

A observação constitui um processo de técnicas que dispõe o professor para a avaliação da turma e que permite complementar ou aperfeiçoar a condição da mesma, bem como permite efetuar procedimentos em relação a possíveis problemas de conduta ou de dificuldades de aprendizagem.

As observações em relação ao ambiente e a disposição do aluno em aula e nas atividades extraclasse revelam aspectos sutis implícitos a serem considerados de importância. (GREGOIRE, 2000. p. 39).

Os modelos dos aspectos a observar nos alunos incluem aspectos relacionais e de autocontrole do mesmo, a psicomotricidade, o jogo, o conjunto de situações em que o aluno utiliza a língua, seja para a compreensão ou expressão, os aspectos lógico-matemáticos e as experiências de todos os níveis (artísticas, de linguagem, atitudinais ou procedimentais).

Em todas as situações possíveis relacionadas no parágrafo anterior, o professor é responsável por administrar os diferentes aspectos até onde é possível atuar sob mediação ou sugerir a intervenção.

Em caso de parâmetros irregulares ou dificuldades aparentes, a interferência torna-se inviável.

Os aspectos incluem a evolução biológica, emocional e social do aluno, o que envolve a seleção de conteúdos dinâmicos e adaptáveis a faixa etária a ser trabalhada.

Quanto maior o número de experiências do aluno nos diferentes níveis, melhor é a capacidade da mesma para aprender e se adaptar aos programas escolares. (GREGOIRE, 2000. p. 40).

Alguns aspectos podem alertar pais e professores, como o aluno que esquece de fazer um tema de casa, um exercício; o aluno que evita falar, que se mantém isolado da turma; o aluno que tem o sentimento de ser rejeitado pela turma, de não ser ouvido; o aluno que se sente marginalizado pelos colegas na hora do recreio; o aluno que perde o apetite ou se queixa de dor de cabeça, entre outros.

A viabilidade de acesso aos procedimentos do professor em relação aos problemas depende da interação que ele mantém com a turma, bem como do nível de observação do perfil da classe.

Ao realizar um check-up geral, o professor é capaz de relacionar as diferenças que implicam um trabalho mais direcionado.

Em muitas ocasiões, as “aparentes” dificuldades não necessitam de intervenção contínua, mas em caso de hipóteses patológicas, tais indicadores podem denotar complicações problemáticas com colegas, professores e com o aprendizado.

A dificuldade é entendida como padrão que deve ser seguido, mas deste modo, os alunos investem seus esforços em tentar alcançar os objetivos que são propostos pelo professor

A criança quando passa por uma dificuldade de aprendizagem vive com uma hipótese de trabalho não adequada. As dificuldades mostram o raciocínio da criança e são valiosos na hora de planejar atividades.

Ao professor cabe estudar a dificuldade e, observar com transparência o desenvolvimento de seu aluno, assim ele pode criar conflitos para desestabilizar as certezas e hipóteses não adequadas que a criança tem sobre determinado assunto e assim permitir seu desenvolvimento cognitivo. Um bom professor não é aquele que soluciona os problemas, mas é aquele justamente o que ensina os alunos a problematizarem.

Os professores desempenham um papel fundamental no processo de identificação, compreensão e superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos. É importante que os educadores estejam atentos às necessidades individuais de cada estudante, sejam sensíveis às suas dificuldades e estejam preparados para oferecer o apoio necessário para que possam progredir em seu processo educativo.

Alguns pontos importantes sobre o papel do professor em relação às dificuldades de aprendizagem são: Observação e Identificação (o professor deve estar atento aos sinais de dificuldades de aprendizagem apresentados pelos alunos, como baixo rendimento acadêmico, desinteresse pelas atividades escolares, comportamento inadequado em sala de aula, entre outros. A observação cuidadosa é essencial para identificar precocemente as dificuldades e intervir de forma adequada); Diagnóstico e Avaliação (após identificar as dificuldades de aprendizagem, o professor pode utilizar diferentes estratégias de avaliação para compreender as causas subjacentes a essas dificuldades. O diagnóstico preciso é fundamental para planejar intervenções eficazes e personalizadas); Adaptação do Ensino (com base no diagnóstico das dificuldades de aprendizagem, o professor pode adaptar suas estratégias de ensino, materiais didáticos e métodos pedagógicos para atender às necessidades específicas de cada aluno. A diferenciação pedagógica é essencial para garantir que todos os estudantes tenham oportunidades de aprender e progredir); Apoio Individualizado (além das adaptações no ensino, o professor pode oferecer apoio individualizado aos alunos com dificuldades de aprendizagem, seja através de acompanhamento mais próximo, tutoria, atividades complementares ou encaminhamento para profissionais especializados, como psicopedagogos ou fonoaudiólogos); Parceria com a Família (a colaboração entre o professor e a família é fundamental no enfrentamento das dificuldades de aprendizagem dos alunos. O diálogo constante, o compartilhamento de informações e a construção de estratégias conjuntas favorecem o desenvolvimento escolar e pessoal do estudante); Valorização das Potencialidades (essencial que o professor valorize as potencialidades dos alunos, mesmo diante das dificuldades de aprendizagem. O estímulo positivo, o reconhecimento dos esforços e a promoção da autoestima são aspectos importantes no processo de superação das dificuldades).

Em resumo, o professor desempenha um papel fundamental na identificação, compreensão e superação das dificuldades de aprendizagem dos alunos, sendo responsável por criar um ambiente acolhedor, inclusivo e estimulante que favoreça o desenvolvimento integral de cada estudante, independentemente dos desafios que possam enfrentar em seu percurso educativo.

 

 

2.4 abordagem construtivista e as dificuldades de aprendizagem

 

A abordagem construtivista é precisa para a análise das dificuldades de aprendizagem, afinal, envolve a relação entre o desenvolvimento do aluno e a aprendizagem do aluno.

Pode-se verificar que o próprio sujeito constrói o seu conhecimento por meio da interação com a realidade que o envolve. (SOUZA, 1997. p. 19).

Assim quando o aluno com dificuldade, quando não há acompanhamento ou intervenção pedagógica, o aluno corre o risco de fixar a dificuldade, transformando-a em um problema complexo de difícil solução.

O construtivismo parte da concepção de que o sujeito constrói o seu conhecimento a partir das variadas experiências.

E dentro da abordagem construtiva pode-se seguir alguns passos, que auxiliam o aluno em dificuldades de aprendizagem, que são: ver se o aluno está conseguindo executar as diversas tarefas; o professor deve trabalhar com fichas referentes a regras, condutas, explicações e condições de realização que auxiliam o percurso cognitivo do aluno; aplicar uma nota ao desempenho do aluno, porém, limita-se a fornecer uma imagem restrita das competências do aluno; entre outros. (GREGOIRE, 2000. p. 41).

Com esses passos acima descritos, fica evidente a importância do professor em estimular no aluno as variáveis que facilitam o aprendizado, alterar as dinâmicas quando necessário e estabelecer condições realistas que introduzam o aluno à vida social e ao aprendizado de forma lúdica.

O lúdico é um assunto que na atualidade possui um papel relevante na educação, principalmente na infância. Cada vez mais se discute sobre a relevância da brincadeira como apoio significativo no processo de ensino - aprendizagem. Quando a criança brinca, ela toma decisões, faz escolhas, vive valores, lida com frustrações, aprende a ganhar e perder, aprende com o colega sobre sua realidade e entre outros diversas aprendizagens e nesta prática, muitas habilidades são desenvolvidas, portanto é muito importante que as crianças brinquem (RIBEIRO; AZEVEDO; ANDRÉ, 2022, p.20).

Para Luckesi (2023, p.19 ) ludicidade é um conceito em construção no que se refere a seu significado epistemológico. Vagarosamente, ele está sendo construído, à medida que se segue buscando sua compreensão adequada, tanto em conotação, sua compreensão, quanto em sua extensão, o conjunto de experiências as quais pode ser abrangido por ele. Usualmente, no senso comum cotidiano, quando se fala em ludicidade, compreende-se, de forma comum, que se está fazendo referência à sua abrangência, incluindo brincadeiras, entretenimentos, atividades de lazer, excursões, viagens de férias, viagens realizadas em grupo, entre outras possibilidades de entendimento e todas essas atividades, no cotidiano, recebem a denominação de "lúdicas, porém, poderão ser "não lúdicas" a depender dos sentimentos e dos estados de ânimo que se façam presentes na dinâmica psicológica de cada um dos seus participantes

 

 

2.5 Ressaltando sobre as estratégias de aprendizagem

 

A escola tem vários objetivos em se tratando de educação, mas aqui elenca-se os principais os quais são: transmitir informações do patrimônio cultural da humanidade (conhecimentos físicos, biológicos, sociais); levar o aluno a construir funções cognitivas que permitam pensar e atuar sobre sua realidade; facilitando ao aluno a formação de atitudes e valores para a conduta individual e social. (GREGOIRE, 2000. p. 34).

Uma criança que apresenta uma dificuldade por que a estrutura de pensamento que possui não é suficiente para solucionar a tarefa; existem dificuldades para compreender o problema e selecionar os procedimentos, uma vez que a criança ainda não dispõe de todos os esquemas estruturais para resolver o problema; a criança apresenta o problema por que não possui a estrutura de pensamento necessária à solução de tarefas.

Segundo Gregoire (2000, p.36) existem estratégias para ajudar os alunos com dificuldades em superar os problemas, sendo eles: é necessário fazer uma avaliação com cada aluno que apresenta um problema; é preciso conhecer a filosofia educacional da escola e de seus referenciais teórico-práticos, os fins e a situação da escola como instituição que direta ou também indiretamente, venham interferir na aprendizagem dos educandos; fazer uma avaliação conjunta realizada diariamente; e, propiciar ao aluno um analise da sua própria produção.

Se os professores seguirem essas estratégias as dificuldades e as dúvidas dos alunos serão significativos e impulsionadores da ação educativa a partir deles os professores poderão investigar como o aluno se posiciona diante do mundo ao construir suas verdades.

A identificação das causas dos problemas de aprendizagem escolar requer uma intervenção especializada. Muito embora o aprender seja um processo natural, resulta de uma complexa atividade mental, na qual estão envolvidos processos de pensamento, percepção, emoções, memória, motricidade, mediação, conhecimentos prévios, entre outros. (BOSSA, 2007, p.12).

 

 

2.8 Os distúrbios de aprendizagem

 

É com os estudos de Sociologia da Educação, no final dos anos 70 que novas explicações para o incurso escolar são trazidas, afirmando que as desiguldades biológicas, psicológicas, socioeconômicas e culturais transformam-se em desigualdades de aprendizagem e desempenho, a partir da forma como as instituições escolares funcionam, ou pela forma de lidar com as diferenças (SILVA, 2017, p.53).

Os distúrbios de aprendizagem têm origens multifatoriais e podem ser influenciados por uma combinação de fatores genéticos, neurobiológicos, ambientais e educacionais. Vou abordar alguns dos principais aspectos relacionados à origem desses distúrbios: Fatores Genéticos (estudos indicam que os distúrbios de aprendizagem, como a dislexia e o TDAH, podem ter uma base genética. Ou seja, a predisposição para esses transtornos pode ser herdada dos pais ou de outros familiares); Fatores Neurobiológicos (alterações no funcionamento do cérebro, nas áreas responsáveis pela linguagem, leitura, escrita, cálculo ou atenção, podem contribuir para o desenvolvimento de distúrbios de aprendizagem. Diferenças na conectividade neural e no processamento de informações também estão associadas a essas condições); Fatores Ambientais (exposição a situações ambientais adversas durante a gestação, como consumo de substâncias tóxicas, falta de cuidados pré-natais adequados ou complicações no parto, pode aumentar o risco de distúrbios de aprendizagem); Fatores Educacionais (a falta de estímulo adequado desde a primeira infância, métodos de ensino não adaptados às necessidades individuais dos alunos, ambientes escolares desfavoráveis e ausência de intervenções precoces podem contribuir para o surgimento e agravamento dos distúrbios de aprendizagem); Comorbidades (em muitos casos, os distúrbios de aprendizagem estão associados a outras condições médicas ou psicológicas, como transtornos do desenvolvimento, ansiedade, depressão ou dificuldades sensoriais (auditivas ou visuais).

É importante ressaltar que os distúrbios de aprendizagem não são causados por falta de esforço, preguiça ou desinteresse por parte dos indivíduos afetados. São condições neurológicas complexas que demandam compreensão, apoio e intervenção especializada para que os alunos possam desenvolver seu potencial e superar os desafios educacionais.

Distúrbios de aprendizagem são condições que afetam a capacidade de uma pessoa adquirir habilidades específicas de aprendizagem, como leitura, escrita, cálculo e compreensão. Esses distúrbios podem interferir no desempenho acadêmico e no desenvolvimento cognitivo e emocional do indivíduo, exigindo abordagens pedagógicas diferenciadas e estratégias de intervenção adequadas.

Alguns dos distúrbios de aprendizagem mais comuns incluem: *Dislexia (dificuldade na leitura e na escrita, caracterizada por problemas na decodificação das palavras, na fluência da leitura e na compreensão do texto); Disgrafia (dificuldade na escrita, que pode se manifestar por problemas de caligrafia, ortografia e organização espacial das palavras no papel); Discalculia (dificuldade com operações matemáticas, compreensão de conceitos numéricos e resolução de problemas matemáticos); Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) (dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade, que podem afetar a aprendizagem e o comportamento do indivíduo); Transtorno do Processamento Auditivo (dificuldade em processar informações auditivas de forma eficiente, o que pode interferir na compreensão da linguagem oral e escrita); Transtorno do Processamento Visual (dificuldade em interpretar informações visuais, o que pode impactar a leitura, a escrita e a compreensão de figuras e gráficos).

É importante ressaltar que os distúrbios de aprendizagem não estão relacionados à inteligência do indivíduo, mas sim a diferenças na forma como o cérebro processa as informações. O diagnóstico precoce e a intervenção adequada são essenciais para ajudar os indivíduos com distúrbios de aprendizagem a superarem os desafios educacionais e a desenvolverem todo o seu potencial.

Os professores desempenham um papel fundamental no apoio aos alunos com distúrbios de aprendizagem, adotando práticas pedagógicas inclusivas, oferecendo suporte individualizado, utilizando recursos didáticos adaptados e promovendo um ambiente de aprendizagem acolhedor e estimulante para todos os estudantes. A parceria entre escola, família e profissionais da saúde é fundamental para garantir o sucesso educacional e emocional desses alunos.

A identificação precoce dos distúrbios de aprendizagem e o acesso a avaliações diagnósticas precisas são fundamentais para garantir a implementação de estratégias eficazes de intervenção e suporte aos alunos afetados. O trabalho conjunto entre professores, profissionais da saúde e familiares é essencial para promover o sucesso acadêmico e emocional desses estudantes.

As estratégias para distúrbios de aprendizagem são fundamentais para proporcionar apoio adequado aos alunos afetados e ajudá-los a superar os desafios educacionais que enfrentam. Vou destacar a importância dessas estratégias: Personalização do Ensino (estratégias individualizadas permitem atender às necessidades específicas de cada aluno com distúrbio de aprendizagem, considerando suas habilidades, dificuldades e estilos de aprendizagem. Isso contribui para um ensino mais eficaz e inclusivo); Intervenção Precoce (identificar e intervir precocemente nos distúrbios de aprendizagem é essencial para minimizar o impacto negativo no desenvolvimento acadêmico e emocional do aluno. Estratégias de intervenção precoce podem ajudar a superar desafios e promover o progresso na aprendizagem); Uso de Tecnologias Assistivas (tecnologias como softwares educacionais especializados, aplicativos de leitura e escrita, programas de organização e comunicação visual podem ser ferramentas valiosas para apoiar os alunos com distúrbios de aprendizagem em suas atividades escolares); Adaptações Curriculares (ajustes no currículo, na forma de apresentação dos conteúdos, no tempo para realização das tarefas e nas avaliações são estratégias importantes para tornar o ensino mais acessível e significativo para os alunos com distúrbios de aprendizagem); Apoio Multidisciplinar (a colaboração entre professores, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais é essencial para desenvolver planos de apoio abrangentes e integrados, que considerem as diferentes dimensões dos distúrbios de aprendizagem); Promoção da Autoestima (estratégias que valorizam as conquistas e o esforço dos alunos, que incentivam a autonomia e a autoconfiança, são fundamentais para fortalecer a autoestima e a motivação dos estudantes com distúrbios de aprendizagem); e, por fim, Ambiente Inclusivo (criar um ambiente escolar acolhedor, que respeite a diversidade de habilidades e necessidades dos alunos, é essencial para promover a participação ativa, a integração social e o bem-estar emocional dos estudantes com distúrbios de aprendizagem).

Em resumo, as estratégias para distúrbios de aprendizagem são essenciais para garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade para todos os alunos, independentemente das suas diferenças individuais. O investimento em práticas pedagógicas diferenciadas, na formação docente especializada e no suporte multidisciplinar é fundamental para promover o sucesso acadêmico e o desenvolvimento integral desses estudantes.

 

 

2.9 A intervenção do Pedagogo nas dificuldades de aprendizagem

 

Problemas na aprendizagem decorre de fatores intrínsecos e ambientais de construção do sujeito, bem como da desestabilização em virtude da adaptação ao que é novo.

Para Smith e Strick (2012, p.15) na realidade, as dificuldades de aprendizagem são normalmente tão sutis que essas crianças não parecem ter problema algum. Diversas crianças com dificuldades de aprendizagem têm inteligência entre média e superior, e o que em geral é mais óbvio nelas é que são capazes, embora excepcionalmente, em algumas áreas.

Ainda, segundo estes mesmos autores, diversas crianças com dificuldades de aprendizagem também lutam com comportamentos os quais complicam suas dificuldades na escola e o mais conhecido deles é a hiperatividade, uma inquietação extrema a qual afeta cerca de 25% das crianças com dificuldades de aprendizagem. (SMITH; STRICK, 2012, p.16).

O fato de uma instituição escolar ter em seu quadro um pedagogo institucional contratado, não invalida ou, não substitui as tarefas que podem ser executadas por um assessor, ou seja, alguém que vem de fora, de fora, pontua, revela, identifica o latente naquilo que está manifesto.

Trabalhar com crianças que nos apresentam alguma dificuldade requer muita afetividade, perspicácia, alegria, calma e paciência, tudo isso exige do educador uma postura, uma atitude que vem de dentro da pessoa, no sentido psicanalítico, aceitação, firmeza, tentando ajudar a conduzir a criança, com participação ativa dos pais a ir vencendo pequenos obstáculos, dentro do processo de desenvolvimento, sempre através de tomadas de consciência de si mesma, do que faz de tudo e todos que estão à sua volta.

As dificuldades de aprendizagem podem ser um desafio tanto para os alunos quanto para os professores. A postura do professor diante dessas dificuldades desempenha um papel crucial no processo de superação e no desenvolvimento dos estudantes. É importante que os educadores adotem uma postura empática, acolhedora e proativa ao lidar com as dificuldades de aprendizagem, buscando estratégias eficazes para apoiar os alunos e promover seu progresso acadêmico e pessoal.

Alguns aspectos importantes sobre a postura do professor em relação às dificuldades de aprendizagem são: Empatia e Compreensão (o professor deve demonstrar empatia e compreensão em relação às dificuldades enfrentadas pelos alunos, reconhecendo suas limitações, respeitando suas individualidades e valorizando seus esforços na busca pelo aprendizado); Acolhimento e Inclusão (fundamental que o professor crie um ambiente acolhedor, inclusivo e seguro em sala de aula, onde os alunos se sintam confortáveis para expressar suas dificuldades, buscar ajuda e compartilhar suas experiências de aprendizagem); Flexibilidade e Adaptabilidade (diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos, o professor deve ser flexível e adaptar suas práticas pedagógicas, métodos de ensino e recursos didáticos para atender às necessidades específicas de cada estudante, promovendo a diferenciação pedagógica); Estímulo e Motivação (o professor tem o papel de estimular e motivar os alunos, mesmo diante das dificuldades, incentivando a persistência, o esforço e a autoconfiança na superação dos desafios. O reconhecimento dos avanços e conquistas dos estudantes é essencial para fortalecer sua autoestima); Colaboração e Parceria (o trabalho em colaboração com outros profissionais da educação, como psicopedagogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais, pode enriquecer as estratégias de apoio aos alunos com dificuldades de aprendizagem. A parceria com a família também é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes); e, Formação Continuada (o professor deve investir em sua formação continuada, buscando atualização sobre estratégias pedagógicas inclusivas, métodos de avaliação diferenciados, abordagens para atender a diversidade de alunos em sala de aula e recursos tecnológicos que possam auxiliar no processo de ensino-aprendizagem).

Em suma, a postura do professor diante das dificuldades de aprendizagem dos alunos deve ser pautada pela empatia, pela inclusão, pela flexibilidade e pela busca constante por estratégias eficazes que favoreçam o desenvolvimento acadêmico e pessoal de cada estudante. O apoio do educador é essencial para que os alunos se sintam acolhidos, motivados e capazes de superar os obstáculos que possam surgir em seu caminho educacional.

Necessário se faz fazer um planejamento, onde o professor que atua com uma postura pedagógica, considera as vivências, os conhecimentos e as informações que o aluno carrega e a sua forma de ver e de viver no mundo moderno.

É de suma importância que o pedagogo assuma uma postura de investigador procurando conhecimentos que embasem sua prática.

Conhecer as fases de desenvolvimento da criança e informar aos pais sobre o que é esperado em cada uma delas esclarece e diminui a ansiedade dos mesmos com relação às atitudes dos filhos. A família deve conhecer a sua importância na formação da personalidade da criança, a partir dos primeiros vínculos. O vínculo afetivo é um laço relativamente duradouro e que o parceiro é importante como indivíduo único e não pode ser trocado por nenhum outro.

A família cobra muito o desempenho da criança e a cobra de forma exagerada; isso gera na criança um quadro de estresse elevado e uma baixa autoestima.

 

 

Conclusão

 

Este trabalho teve o intuito de demonstrar que de fato o nível de funcionamento intelectual com crianças com alguma dificuldade, e que se faz necessário o acompanhamento com pedagogos, que a escola apresente planos e medidas para essas crianças, assegurando todo o amparo legal e assistência a essas crianças, que o governo incentive práticas de socialização.

Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica. Os primeiros ensinamentos da vida são os que marcam mais profundamente a pessoa, sendo positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade, responsabilidade.

A educação infantil inaugura a educação da pessoa humana. O professor é considerado o agente do processo do problema, na medida em que intermedia de forma planejada a relação do aluno com o objeto de conhecimento e com os outros alunos através de propostas estruturadas com finalidade definida.

Quando os problemas de aprendizagem existem, estes devem ser considerados pistas para o professor: O professor tem o objetivo de organizar sua prática, orientando-a para conteúdo ou finalidade específica.

Precisa entender também o que o aluno já pensa a respeito daquilo que vai aprender e como estão assimilando as informações. Os problemas, assim como as perguntas dos alunos, devem ser interpretados e analisados e depois trabalhados, em função do resultado desta análise.

O caráter transformador da escola é determinado pelo nível de consciência e instrumentalização cientifica, técnica, criativa, que os alunos venham alcançar para assumirem, de fato, seu papel na história. Em suma, o caráter transformador da escola reside sua capacidade de ir além da transmissão de conhecimentos acadêmicos, buscando formar cidadãos conscientes, críticos e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e sustentável. O investimento em uma educação transformadora é essencial para promover mudanças positivas e duradoras no mundo ao redor.

A escola compete, ainda, exercer um caráter mediador, ou seja, através do domínio do código científico e de suas diversidades linguagens, o cidadão escolarizado potencializa suas relações com a natureza e sociedade. Pela escola, o cidadão não só avança na capacidade de interpretar a realidade, mas, sobretudo, de fazer-se a si mesmo ao interagir com a realidade de forma crítica, consciente e produtiva.

Através da realização deste estudo verirficou-se que os problemas de aprendizagem em relação ao ensino não podem ser visto como uma fonte de crescimento do educando e nem respeita o estágio em que se encontra a criança, sem contribuição para o avanço progressivo do educando a um nível cognitivo mais elevado. As dificuldades de aprendizagem necessitam de estratégias para cada caso em particular são muito específicas.

Finaliza-se este estudo sugerindo que as escolas organizem ações de intervenção para os professores tais como cursos técnicos ou também como programas de aprendizado e para os pais que não sabem o que fazer em caso de problemas ou como forma de estimular o ensino da aprendizagem para os filhos.

 

 

Referências bibliográficas

 

BELLO, José Luiz de Paiva. Educação no Brasil: a História das rupturas. In: Pedagogia em Foco. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb14.htm>. Acesso em: 20 de junho de 2024.

 

BOSSA, Nadia A. Dificuldades de aprendizagem: o que são? Como tratá-las? Porto Alegre: Artmed, 2007.

 

FONTANA, David. Psicologia para professores. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

 

GREGOIRE, Jacques. Avaliando as aprendizagens: os aportes da psicologia cognitiva. Porto Alegre: ed. artes médicas sul, 2000.

 

LUCKESI, Cipriano Carlos. Ludicidade e atividades lúdicas na prática educativa: compreensões conceiturais e proposições. 1.ed. São Paulo: Cortez, 2023.

 

MARANHÃO, Damaris Gomes. Saúde e bem-estar na educação infantil. 1.ed. São Paulo: Cortez, 2023.

 

RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. Rio de Janeiro: ed. Vozes, 1998.

 

RIBEIRO, Ana Luiza Barcelos.; AZEVEDO, Priscilla Gonçalves de.; ANDRÉ, Bianka Pires. Brincando e aprendendo: cultura, arte, tecnologia e desenvolvimento infantil. Ponta Grossa: Aya, 2022.

 

SILVA, Ana Lúcia Gomers da. Histórias da Leitura na Terceira Idade: memórias individuais e coletivas. Jundiaí, SP: Paco Editorial, 2017.

 

SMITH, Corinne.; STRICK, Lisa. Dificuldades de Aprendizagem de A a Z: guia completo para educadores e pais.Editora Penso, 2012.

 

SOUSA, José Franklin de. Educação e Desenvolvimento social. Clube de Autores, 2022.

 

SOUZA, Clarilza Prado de. Avaliação do rendimento escolar. 6 ed. São Paulo: ed. Papirus, 1997.

 

STROIEK, Susan Renata.; SILVA, Lisiane Borges. O papel da Consciência Fonológica no desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita. Revista de Educação do Ideau. V. 11, n.24, julho - dezembro, 2016. Disponível em: <https://www.passofundo.ideau.com.br/wpcontent/files_mf/7a15afab6d83aa7fa2c6769e5338baa9372_1.pdf> Acesso em: 20 de junho de 2024.