MUSICOTERAPIA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Daiane Jéssica da Silva
Rosana Aparecida da Silva
Márcia Aparecida Martins
RESUMO
Este artigo tem por objetivo a reflexão sobre a importância da musicoterapia na vida dos alunos assistidos na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais- APAE de Colíder/MT. O foco é mostrar o trabalho da Musicoterapia na Educação focando na área de Educação Especial, cujo objetivo final é a inclusão social destes indivíduos.
INTRODUÇÃO
A Musicoterapia é uma ciência voltada para o comportamento e o desenvolvimento do ser humano. Sua atuação dá-se não somente em aspectos reabilitativos, mas também no desenvolvimento de habilidades do indivíduo com necessidades especiais. Um diagnóstico comumente encontrado nas escolas é o atraso do desenvolvimento, definido como um grupo de disfunções com distúrbios essencialmente predominantes na aquisição de competências cognitivas, linguagem, motoras ou psicossociais. Inclui os seguintes diagnósticos: retardo mental, distúrbios específicos do desenvolvimento, transtornos do desenvolvimento e distúrbios de comportamento. Além de proporcionar sensação de bem-estar, a música quando usada como terapia, pode trazer benefícios para a saúde como melhorar o humor, a concentração e o raciocínio lógico. A musicoterapia é uma boa opção para crianças se desenvolverem melhor, tendo uma maior capacidade de aprendizagem. A musicoterapia é uma terapia que utiliza a música no seu contexto clínico como método terapêutico visando à melhora dos problemas do indivíduo. Através do uso da musicoterapia em uma instituição de Educação Especial, acredita-se que o processo realizado com os pacientes é eficaz na socialização dos sujeitos envolvidos no processo, visando à inclusão e participação do indivíduo, proporcionando-lhe um espaço de confiança mútua cujo objetivo no final do processo é a melhora da autoestima, despertando assim desejos e estimulando suas potencialidades. Neste sentido, a musicoterapia trabalha o processo terapêutico favorecendo a minimização das problemáticas do processo inclusivo, fazendo com que este processo se torne mais saudável para o indivíduo e seu grupo social. Portanto, a musicoterapia com educandos participantes da inclusão escolar e de atendimentos educacionais especializados auxilia na promoção da saúde individual e coletiva.
DESENVOLVIMENTO
Foram realizadas sessões de Musicoterapia em grupo ou individual, na APAE de Colíder proporcionando aos nossos alunos momentos de alegria e bem-estar, utilizando a música num contexto clínico e terapêutico, para reabilitação, prevenção e promoção da saúde. Esses atendimentos aconteceram mediados por uma profissional habilitada em Musicoterapia, e todos os registros apresentados a seguir são autorizados pela Instituição e pelos familiares.
A musicalização favorece o desenvolvimento da sensibilidade, da criatividade, do censo rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, do respeito ao próximo, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal, movimentação, experiências comunicativas e auxiliando na inclusão escolar e na sociedade. Além de:
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Possibilitar a expressão dos sentimentos, proporcionando alívio de tensões e ansiedade aos alunos.
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Promover o bem-estar e a reabilitação física.
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Abrir canais de comunicação e interação social.
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Melhorar a concentração e atenção.
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Interagir com os professores e equipe médica, realizando um trabalho multidisciplinar dentro da Instituição, apresentando relatórios dos atendimentos individuais ou em grupo, quando necessário.
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Desenvolver potenciais e habilidades, assim como estimular a autonomia e independência.
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Oferecer reforço no processo de aprendizagem, utilizando a linguagem sonoro-musical.
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Auxiliar na coordenação motora e esquema corporal.
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Promoção da saúde e qualidade de vida.
Para Maranto (1993, apud Bruscia, 2000, p. 277):
Musicoterapia é uma terapia auto expressiva que utiliza a música em sentido latente, como objeto intermediário, na relação entre a música, o terapeuta e o paciente e que utiliza os aspectos biopsicossociais do indivíduo, abrindo novos canais de comunicação que podem ajudar esse indivíduo a recuperar-se e a integrar-se dinamicamente consigo próprio e com seu grupo social.
Para BRUSCIA, (2000):
... neste tratamento o musicoterapeuta utiliza a música para ajudar os estudantes com deficiências a adquirirem conhecimentos e habilidades não musicais que são essenciais para sua educação. A música é utilizada como o mais importante recurso terapêutico, uma vez que está ligada aos objetivos educacionais, para que através dela, se chegue ao objetivo final que a melhora do aluno na sua sociabilização e aprendizagem no contexto educacional. Para BARCELLOS (1992), na musicoterapia, existem diversas técnicas terapêuticas como composição, improvisação, recriação, e audição e neste trabalho será enfocado a composição (BRUSCIA, 2000).
Conclusão
Ao final do processo foi possível observar que a utilização da música nos proporciona aperfeiçoar a inclusão social destes indivíduos com deficiência, favorecendo a minimização das problemáticas do processo inclusivo, fazendo com que este processo se torne mais saudável para o indivíduo e seu grupo social. Portanto, a musicoterapia com educandos participantes da inclusão escolar e de atendimentos educacionais especializados auxilia na promoção da saúde individual e coletiva.
Durante os atendimentos, presenciamos várias situações positivas em relação a participação dos alunos, como maior concentração nas atividades propostas, mais empenho, prazer em ouvir e criar sons, desejo e estímulos para a utilização da linguagem verbal, entre outro imensuráveis benefícios.
REFERÊNCIAS
BRUSCIA, K. Definindo Musicoterapia. 2 ed., Rio de Janeiro: Enelivros, 2000.
CHAGAS, M. Musicoterapia: desafios entre a modernidade e contemporaneidade – como sofrem os híbridos e como se divertem. Rio de Janeiro: Mauad X: Bapera, 2008.
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