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UM OLHAR VOLTADO PARA A EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL, COMO LIDAR COM A MISCIGENAÇÃO

Karla Santana da Silva

Claudinei da Silva Lara

Queila Francelina Puger

Thaynná Costa Carvalho

Erison Ricardo Marchi

 

 

RESUMO:

Falar sobre a miscigenação ou mestiçagem consistem na mistura de raças, de povos e de diferentes etnias. Assim, multirraciais ou mestiças são as pessoas que não são descendentes de uma única origem. Mas como esses indivíduos são vistos pela sociedade? Qual a preparação que um profissional de educação recebe para lidar com as diferenças? São esses questionários que buscamos solucionar durante nossa pesquisa nesse projeto.

 

 

INTRODUÇÃO:

 

Este artigo tem a finalidade de apontar as influências que alguns dos pensadores brasileiros tiveram na questão da mestiçagem no final do século XIX e início do século XX. Trazendo as suas contribuições nesse processo histórico e formação do pensamento e ações do povo brasileiro, principalmente da elite, mantendo uma herança de hierarquia entre os povos com posição de superioridade para os brancos e inferioridade para os negros promovendo até hoje um racismo exacerbado e uma democracia racial mentirosa. Mas que essa barreira precisa ser derrubada diante da educação brasileira, visto que a nova geração necessita compreender que existe uma igualdade diante das diferenças, independente de cor, raça ou posição financeira.

 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

Falando a real sobre a diversidade cultural através da miscigenação no Brasil:

 

É notório que o ser humano não vive sozinho e nunca viveu, haja vista o princípio sociológico do ser societário fundamentado pela filosofia. Assim, o contato na sociedade de uns com os outros é o que nos faz plural em qualquer aspecto da cultura, a exemplo da cultura, da religião, da linguagem, entre outras. É desse contato que surge a miscigenação biológica ou cultural. Ainda pode ser dito que o contato gera o preconceito seja ele qual for e este se manifesta de várias formas.

O processo de comunicação entre os seres humanos é uma das formas também de obtermos o conhecimento, porque quando eu vivo e convivo em sociedade posso formar pensamentos críticos, emocionas, despertar curiosidades, desejos, como inúmeros outros. Assim como Paulo Freire já falava, [...] vou aprendendo a ser eu mesmo em minha relação com o contrário de mim. E quanto mais me dou á experiências de lidar sem medo, sem preconceito, com as diferenças, tanto melhor me conheço e construo meu perfil. (FREIRE, 1996, p134).

A questão da mestiçagem é uma discussão tão antiga quanto atual e no Brasil muitos estudiosos têm pesquisas ou as vêm desenvolvendo desde o final do século XIX até os dias de hoje, tentando mostrar como aconteceu e acontece a mestiçagem existente no nosso Brasil. Apesar de a muitos pesquisadores, a um questionamento que ainda precisa ser de fato debatido, será que a educação está preparando uma sociedade que realmente sabe sobre a mestiçagem? Quais são os sujeitos protagonistas dessa história? Encontramos a palavra mestiço e muitas opiniões de muitos leigos sobre o que é ser mestiço no Brasil, ou seja, não sabe quem são nem quais suas raízes, sua importância e valor como ser humano na construção do Brasil miscigenado.

O Brasil é constituído de negros, índios, brancos e asiáticos. Estas identidades se misturaram e transformaram o cenário do nosso país com a presença de mestiços, mas estes não são aceitos pelos brancos e muitas vezes até mesmo pelos próprios negros porque o preconceito racial se volta para todos os que não são considerados brancos. Todo o processo de contato entre os diversos povos no Brasil, durante vários séculos, deixou marcado o poder do processo de branqueamento. O processo de branqueamento pode ser entendido no plano físico e no plano cultural. No físico houve muitos investimentos de misturar pessoa branca com a negra para que houvesse o embranquecimento da sociedade. As tentativas foram muito fortes mais fracassaram 12 principalmente após a abolição da escravidão quando o governo da república fomentou a imigração europeia.

O branqueamento cultural, porém, o que ocorre através dos mecanismos psicológicos ficou introjectado no inconsciente dos negros e mestiços e isso pode ser percebido com o poder da cor dominante – a branca, que foi trabalhada como a cor da perfeição, a cor da beleza, a cor da superioridade. Qualquer que seja a tentativa de identificar a mestiçagem no Brasil, encontrará dificuldades por que alguns mestiços se negam acreditando terem identidade branca, por julgarem que ao se identificar por esta cor, esta lhes dará superioridade. (MUNANGA,2008, pp. 15,16).

O fato das pessoas se afastarem da identidade negra ou mestiça ocorre por serem tão negadas diante da sociedade branca. Ao serem e se sentiram inferiorizadas esquecem ou não veem como fortes, muitas vezes, as suas vitórias como, por exemplo, a de Zumbi dos Palmares que se fez herói negro dos brasileiros, bem como também a vitória de encontrarmos hoje vivo o ser negro com sua cultura, religião, dança, arte e música herdadas por seus antepassados e escondida muitas vezes através do sincretismo religioso.

 

 

Conclusão:

 

Diante do pressuposto acima fica a hipótese e proposta voltada para os primórdios da educação, a criação de politicas publicas como meio de intervir e desconstruir assim essa parábola forçada de que existe uma herarquia disfuncional a respeito da existência o meu próximo. E que seja no ambiente escolar que esse processo seja enfatizado. que tanto o professor quanto a família e a comunidade escolar, caminharem junto para possibilitar um grande avanço na vida social e pessoal dessas crianças

 

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

https://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1346/1/PDF%20-%20Elisangela%20Alves%20de%20Morais%20Ferreira.pdf. acessado em 29/10/2021.

 

BRASIL. LDB. Brasília, 20 de dezembro de 1996, 185º da Independência e 108º da República. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf> Acesso em: 18 de jun. 2012.