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ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Solange Aparecida Guedes

Gleciane Alves

 

 

RESUMO

O direito vertical ao ensino regular tem permitido as crianças com necessidades especiais, a busca do desenvolvimento das funções sociais, psicomotoras e cognitivas. De acordo com as diretrizes curriculares da educação especial as discussões são diversas em se tratando de inclusão na escolar. A partir desse normativo sobre inclusão é possível trabalhar arte visuais na educação, dentro de sala de aula e na comunidade, e as finalidades da educação especial e as políticas inclusão esse processo surgiu após declaração de Salamanca, com a seguinte indagação: O que fazer para ensinar artes visuais em sala de aula no mundo contemporâneo podendo contribuir com a inclusão de alunos com necessidades especiais e na comunidade escolar. Para a trazer a comunidade escolar para dentro da realidade escolar é um desafio para o futuro. Assim sendo adequar à proposta de inclusão, é preciso conhecer a realidade da escola e em seguida realizar as transformações necessárias para que as diferenças sejam respeitadas sempre procurando valorizar a os alunos com necessidades especiais a inclusão no ambiente escola e ambiente família. Para é preciso foi realizar pesquisa teórica e prática visando aplicação de questionário para conhecer a realidade da escola e da comunidade. Sempre pontuado a importância da adaptação e adequação de recursos e estratégias para o ensino do aluno com necessidades especiais. Na maioria das vezes ainda não estamos preparados para atuar na educação especial incluindo de fato os educandos, este se encontra desassistido devido falta de formação adequada dos professores para atuar no contexto escola e comunidade e muito menos lidar com a diversidade, hoje fato em nossas escolas. A presença dos alunos com necessidades especiais é necessário respostas ao aluno de acordo com seu desenvolvimento integral, focando em uma escola para todos. Neste contexto a problema é: Como a arte podemos contribuir com alunos com necessidades especiais e a inclusão dos mesmos. E os objetivos e quais os métodos de ensino podemos utilizar em sala de aula sob a perspectiva da educação inclusiva para todos, é um questionamento a se pensar diariamente buscando soluções do que fazer e como fazer.

Palavras-chave: Inclusão; Educação Inclusiva; Inclusão; Artes Visuais.

 

 

OBJETIVOS

 

Essa pesquisa tem o objetivo de demostrar que é possível é trabalhar a arte e a inclusão dentro da escola para a valorizando a diversidade, equidade pois ainda ´há muitos discursões, envolvendo fazer artístico. As diferenças tornar-se possível analisar para diferentes saberes em diversos níveis de aprendizagens.

Segundo Duarte Junior (1991) apud Mello (2018, p. 8):

 

... a arte contribui para o desenvolvimento cognitivo, expressivo, intelectual do aluno. Assim percebemos que a arte dá sentido à nossa vida. Para entender o processo de aprendizagem é preciso saber como, o que e para que aprendemos. Na aprendizagem humana temos dois importantes fatores: as simbolizações e as experiências. A expressão do que sentimos e pensamos se faz por meio das linguagens. Por meio da arte nos demonstramos e refletimos dando sentido a existência. Ainda de acordo com o autor o uso de palavras para designar os pensamentos vem da necessidade de comunicação da sociedade e é adquirida conforme a socialização e educação de cada cultura, o que nos dá uma identidade cultural, portanto somos civilizados principalmente através do código linguístico da comunidade em que estamos inseridos. Sendo assim e dentro destas características culturais adquiridas, que o indivíduo vê, sente e interpreta o mundo. "Sendo a arte concretização dos sentimentos em formas expressivas ela se constitui num meio de acesso a dimensões humanas não possíveis de simbolização conceitual. A linguagem toma o nosso encontro com o mundo e o fragmento em conceitos e relações, que se oferecem à razão, ao pensamento. Enquanto a arte procura reviver em nós esse encontro, esse “primeiro olhar “sobre as coisas, imprimindo-o em formas harmônicas. Pela arte somos levados a conhecer melhor nossas experiências e sentimentos naquilo que escapam linearidades da linguagem.

 

Matias (2017) corrobora afirmando que:

 

A partir das pesquisas realizadas no presente estudo, foi possível observar que no referencial usado, fica claro que os indivíduos com deficiência, aprendem mais em ambientes integrados interagindo com outras crianças em um ambiente adaptado para eles que lhes proporcionem experiências significativas e condições para construir aprendizagem, apoio educacional adequado, do que quando estão em um ambiente segregado. proporcionem experiências significativas e condições para construir aprendizagem, apoio educacional adequado, do que quando estão em um ambiente segregado. (MATIAS, 2017, p. 12).

 

 

Os objetivos específicos

Segundo Matias (2017):

 

Sabe-se que a inclusão é uma prática social na qual vai além dos muros da escola, pois ela se aplica ao trabalho, a cultura, a família, ao lazer, nas atitudes dos outros e também em suas próprias atitudes. A inclusão, enquanto política pública garante que os direitos à educação de qualidade para todos fundamentada no respeito à diversidade, esse é o grande desafio para aqueles que trabalham diretamente com a educação. (MATIAS, 2017, p. 12)

 

 

 

Complementando temos:

 

A educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis, e que avança em relação à ideia de equidade formal ao contextualizar as circunstâncias históricas da produção da exclusão dentro e fora da escola. (BRASIL, 2008, P. 1).

Matias (2017) acrescenta que:

 

Ao longo do tempo a arte foi evoluindo e ocupando um importante espaço na sociedade, e foi através dela que “o homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se capaz de abstrair, simbolizar e criar arte” (BRASIL 2009, apud MATIAS, 2017, p. 12).

 

Matias (2017) ainda acrescenta o seguinte:

 

Partindo desse pressuposto, a arte se torna uma pratica criativa, com seus valores estéticos, expressando tudo de mais belo que temos na natureza, expressando também os sentimentos com os quais as pessoas procuram transmitir através de suas criações, de seus desejos suas leituras de mundo. (MATIAS, 2017, p. 12)

Dessa forma, o ensino de arte na educação inclusiva é uma forma de promover a percepção, a criatividade e a cultura desses alunos, pois por conta de suas limitações eles possuem poucas oportunidades de expressarem o que sentem e possuem poucas fontes de prazer, portanto, é necessário que essas pessoas descubram valores em suas vidas, sintam-se importantes, úteis e amadas, e a arte possibilita essa igualdade e essa integração, facilitando o seu desenvolvimento. (MATIAS, 2017, p. 13)

 

Segundo Fischer (2007) apud Matias (2017): “... as artes visuais têm o poder de trabalhar as percepções do aluno especial e essa característica é fundamental para o processo de ensino aprendizagem dos mesmos.”

 

 

METODOLOGIA

 

Como o ensino da arte das artes visuais na atualidade pode contribuir com a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na comunidade escolar. Portanto, o ensino de arte nas escolas possibilita aos alunos com deficiência o despertar e o aprimoramento de sua criatividade, oferecendo um contato constante com a realidade e a fantasia, propiciando o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética dos mesmos.

 

 

RESULTADOS ESPERADOS

 

Mediante estudo, foi possível refletir sobre como a arte se faz necessária na educação inclusiva, sua importância para o desenvolvimento social, cognitivo e psicomotor na aprendizagem desses educandos, sempre verificando quais são suas dificuldades diante de uma sociedade preconceituosa muitas vezes sem conhecimento do quão são indispensáveis para o crescimento dessas crianças. Interação da turma uns com os outros e mostrar aos educandos a importância das artes visuais na atualidade, assim sendo instigar os mesmos a gostar de artes visuais, e que todos podem usar a imaginação na construção de objetos que os mesmos gostam. Para um pleno bom desenvolvimento desse público é necessário conscientizar toda comunidade escolar de que cada diferença dos indivíduos é necessária à contribuição de todos na escola e na comunidade em que o aluno está inserido processo educativo, disponibilizando os materiais didáticos de artes palpável e concreto para serem trabalhados com eles, bem como o espaço podendo ser na sala de aula, ao ar livre ou até com o profissional na sala do AEE (Atendimento Educacional Especializado). Tudo isso com as adaptações de acordo com as demandas de cada criança utilizado diversas matérias e técnicas, por exemplo, a tecnologia assistida para as crianças com dificuldades motoras para auxiliá-las e outros matérias para auxiliar os mesmos.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BOSSI, Alfredo. Reflexões Sobre a Arte. São Paulo: Ática, 2001. 80 p. BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a convenção internacional sobre os direitos das pessoas com deficiência e seu protocolo facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Brasília, 2009. Disponível em:. Acesso em: 18 de março.2017.

 

DUARTE JUNIOR, João Francisco. Por que Arte-Educação? 6. ed. Campinas: Papirus, 1991.

 

FERRAZ, Maria Heloisa & Maria F. Resende e Fusari. Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

 

FUSARI, Maria F. de Rezende; FERRAZ, Maria Heloísa C. de T. Arte na educação escolar. São Paulo:Cortez, 1993.

 

FERRAZ, Maria Heloisa & Maria F. Resende e Fusari. Metodologia do Ensino de Arte. São Paulo: Cortez, 1993

 

FERNAN ES, H. S. (20 02). Educação o especial – Integração d as Crianças e Adaptação das Estruturas de Educação. Braga: APPACDM

 

FISCHER, E. A necessidade da arte. 9° ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2007.

 

Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a lei brasileira de inclusão da pessoa com deficiência (estatuto da pessoa com deficiência). Brasília, 2015. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 18 de março. 2017.

 

MATIAS, Janielly Fernandes. A arte como elemento facilitador no contexto da educação inclusiva. Universidade Federal da Paraíba. 2017. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/15512/1/JFM14062017.pdf

 

MELLO, Izabel Cristina. O ensino da arte e a inclusão escolar do aluno com necessidades educativas especiais. Universidade Aberta do Brasil. 2018. Disponível em: https://bdm.unb.br/bitstream/10483/21503/1/2018_IzabelCristinaMello_tcc.pdf.

 

Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, 2008. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf>. Acesso em:18 março. 2017

 

VIGOTSKY, L. S. _. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1999.