Buscar artigo ou registro:

 

 

O USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

Nayara Rodrigues Madruga Barboza

 

 

RESUMO

O presente artigo apresenta a utilização dos recursos tecnológicos pelos professores na rede regular de ensino, as condições devem ser criadas com um processo permitido e educacional e a evolução desses recursos para possibilitar o aprendizado diferenciado e importante, ajuda desenvolver os alunos como uma pessoa autônoma e conhecimento. Com o enfoque nos seguintes objetivos específicos: oportunizar ao educador diferentes formas e recursos de melhorar o ensino, aumentar assim a qualidade e a aprendizagem, promover aulas mais criativas, motivadoras e dinâmicas. Com essa base teórica, trouxemos diversas possibilidades de atuações pedagógicas, para que o uso da tecnologia seja um facilitador do trabalho docente e também da construção do conhecimento, bem como do ensino e da aprendizagem. Os alunos de hoje vivem juntos com milhares de informações, diante ao mundo digital, porém, na escola, eles enfrentam a realidade Diferente: aulas tradicionais desatualizadas que não contribuem tanto no desenvolvimento e aprendizagem dos alunos. Um dos principais objetivos do artigo é demonstrar a importância de se utilizar a tecnologia como ferramenta de aprendizado tendo um excelente desenvolvimento dos alunos e contribuir na aprendizagem, e metodologia utilizada é de cunho bibliográfico de pesquisas.

 

Palavra-chave: Tecnologia. Educação. Aprendizagem.

 

 

  1. INTRODUÇÃO

 

O trabalho tem como propósito levar à reflexão sobre a prática educativa, focando para Estratégias Tecnológicas na Prática Pedagógica e as ferramentas digitais utilizadas em sala de aula, enfatizando as tecnologias digitais no processo ensino aprendizagem, apresentando uma análise sobre a utilização do computador na educação e identificando esta ferramenta como sendo de grande valia na construção do conhecimento.

O ambiente escolar vem sofrendo várias alterações na medida de uso de tecnologias novas digitais. Diante a isso as escolas foram equipadas com laboratórios de informática para procurar atrair os alunos em uma didática simplificada como um diferencial nas propostas curriculares, mesmo ainda sendo só como uso de ferramentas de suporte ao aprendizado, essa atividade precisa que o professor tenha total desempenho em sua formação continuada para aplicar novas atividades didáticas.

Diante a importância da introdução de novas tecnologias no ambiente escolar contribui para que o ensino saia do modelo tradicional onde a aprendizagem só pode acontecer através da memorização, repetição, de livros, de quadros negros, enfim. A educação está mudando a cada dia e a tecnologia também, ambas podem trabalhar juntas em prol do objetivo que é agregar mais conhecimento para os alunos por meio de seu uso, tornando-se essencial preparar e treinar educadores para trazer novas metodologias em suas práticas pedagógicas, contribuindo, portanto, para uma melhoria significativa na educação.

A tecnologia vem influenciando a nossa vida constantemente, de maneira acelerada gerando inúmeras mudanças em um contexto mundial. Ela vem proporcionando uma grande revolução na sociedade, melhorando o modo de vida e de pensar das pessoas. Os recursos tecnológicos estão muito populares e nos fornecem uma infinidade de conteúdo, facilitando uma maior busca por informações.

O Objetivo geral deste trabalho é importância da inserção das tecnologias na Educação como práticas pedagógicas que visam a informação e utilização nas tecnologias como suporte didático com o objetivo geral de expandir o acesso à informação em sala de aula.

Buscamos por meio da metodologia cientifica, trazer as etapas que seguimos, para alcançar o conhecimento que desejamos diante deste projeto. O trabalho tem por objetivo um projeto de pesquisa afim de a partir dele escrevermos nosso Trabalho de Conclusão de Curso. Seguimos um conjunto de métodos para pesquisar o tema exposto pelo interesse em buscar maior compreensão assim repassando a mesma.

 

 

  1. PRESSUPOSTOS CONCEITUAIS DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

 

Um grande marco na história mundial foi a revolução industrial, a qual seus interesses provocaram grande impacto em todos os setores, do mundo todo. Este acontecimento marcou a humanidade, pois com ele vieram mudanças no quesito de produção, onde os produtos passaram a ser maquino faturados e não mais manufaturados, permitindo assim uma produção em massa, com uma produtividade maior gerando assim mais lucros, e preços amenos, e desta forma o público foi ganhando maior poder de compra, porém os trabalhadores ficaram desapontados com esta evolução.

O autor Silveira, (2011), exemplifica como normal nesta fase de evolução na fabricação de diversas variedades de bens que anteriormente era feito a mão e depois substituído quase que de forma instantânea pela indústria tecnológica.

Segundo Marx (1987, p.77):

 

A grande indústria criou o mercado mundial, preparado pela descoberta da América. O mercado mundial acelerou prodigiosamente o desenvolvimento do comércio, da navegação e dos meios de comunicação por terra. Este desenvolvimento, por sua vez, refletiu na extensão da indústria e, na medida em que a indústria, o comércio, a navegação e as estradas de ferro se desenvolviam, crescia também a burguesia, multiplicando seus capitais e deixando a um segundo plano as classes legadas pela Idade Média. Segundo Marx (1987, p.77)

 

Analisando a fala deste autor, a principal questão é compreender as transformações sociais que ocorreram naquela época, seu pensamento é decorrente deste questionamento.

Na Europa, houve uma grande organização onde os trabalhadores exigiam melhores condições de trabalho, principalmente nas fabricas, formou-se grupos de sindicatos com o intuito de melhorar as condições de trabalho.

Existiram vários movimentos, os quais os trabalhadores e sindicalistas faziam parte e assim conquistaram vários direitos trabalhistas. Estes, fortaleceram os vínculos para que se estabelece as leis trabalhistas. Houve uma transição capitalismo comercial para o industrial, que provocou agitação na sociedade da época, mudando assim todo o seu modo de vida, as quais impulsionaram a Revolução Tecnológica, que permeia a atualidade.

É importante ressaltar que a Revolução Industrial, aconteceu na Inglaterra no século XVIII foi o pioneiro do capitalismo, a transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial. É incrível, como a revolução industrial modificou a sociedade naquele tempo, e até hoje isso permanece cada dia mais presente em nossa realidade atual, podemos considerar que a revolução industrial foi a revolução tecnológica naquele período.

Com a Revolução Industrial, a sociedade atual convive com os impactos das mudanças, principalmente com o surgimento da tecnologia. Todos estes avanços ocasionaram alguns problemas relacionado com ao capitalismo. Movimentos revolucionários se uniram para conseguir melhorias de condições de trabalho, e isto reflete visivelmente até os dias de hoje.

A industrialização ficou conhecida no mundo todo, e é extremamente importante compreender a Revolução Industrial, a qual gerou tantos impactos, e com certeza influenciou toda a sociedade, bem como os avanços das tecnologias. Diante de várias concepções relacionadas à tecnologia, com ênfase à educação, o autor Niskier (1993) ressalta algumas características dizendo que:

Uma mediação do encontro entre Ciência, Técnicas e Pedagogia.” ou ainda como “um exercício crítico com utilização de instrumentos a serviço de um projeto pedagógico.

 

Já os autores Brito & Purificação, 2011 explanam que a

 

(..) necessidade incentiva o impulso às criações tecnológicas, como o ábaco, instrumento utilizado por povos primitivos para auxiliar na contagem, considerado assim o primeiro computador.

 

Lá na década de 40, no contexto da segunda guerra mundial, surgiram os computadores, trazendo uma grande modernidade até então. Na década de 60, nos Estados Unidos, foi propagado o uso dos microcomputadores, e que de maneira geral, se tornou a mais popular ferramenta de trabalho. Na década de 90, a internet estabeleceu inúmeras e grandiosas mudanças positivas para toda a economia as quais mudaram e muito as dinâmicas propostas pela comunidade escolar, de forma extremamente significativa.

O avanço das tecnologias de informação possibilitou a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador. Nesse sentido, o uso das ferramentas tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas que o possibilitam a utilizar o seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação.

O sociólogo Manuel Castells, 2010, p.44, pressupõe que:

 

Sem dúvida, a habilidade ou inabilidade de as sociedades dominarem a tecnologia e, em especial, aquelas tecnologias que são estrategicamente decisivas em cada período histórico, traça seu destino a ponto de podermos dizer que, embora não determine a evolução histórica e a transformação social, a tecnologia (ou sua falta) incorpora a capacidade de transformação das sociedades, bem como os usos que as sociedades, sempre em um processo conflituoso, decidem dar ao seu potencial tecnológico.

 

Percebe-se segundo o autor uma associação entre as tecnologias e as mudanças que aconteceram em cada período histórico, pois ele ainda nos fala que: “[...] a tecnologia é a sociedade e a sociedade não pode ser entendida sem suas ferramentas tecnológicas (Castells, 2010, p.468). Assim, para compreender cada sociedade e as partes que as compõem, deve-se analisar quais são as possibilidades que as tecnologias do período em análise proporcionam bem como seu contexto histórico.

A escola precisa de fato, inserir essas ferramentas tecnológicas, mas não deve esquecer que, a sociedade precisa manter a cultura, esta que é passada de geração para geração, e a escola também pode garantir isso. Mas, entretanto, para que essa inserção seja adequada, os investimentos não só para recursos e ferramentas, e sim, também, para formação dos profissionais, sendo assim, precisa ser de fato garantida, através de especializações e formações, e por fim concretizada.

Desta maneira é importante compreender as mudanças que ocorreram historicamente diante dos indivíduos que fazem parte do contexto educacional, tanto alunos, como educadores, é necessário reconhecer a mudança histórica ocorrida nos sujeitos da educação, tanto aos alunos e também aos educadores. Marisa Vorráber Costa destaca que: Nós professores e professoras, confusos ou míopes, continuamos a enxergar ou a fazer de conta que lá estão os meninos e as meninas imaginados pelas teorias dos compêndios dos séculos XVII, XVIII, XIX e parte do XX (...) já é tempo de nos darmos conta de que o mundo mudou muito também dentro de nossas escolas.” (COSTA, 2005)

Uma forma mais clara para exemplificar a importância da inserção das tecnologias para com a educação, é um projeto chamado UCA, onde no ano de 2005 o governo criou este projeto com o nome de “Um Computador por Aluno (UCA)”, com a intenção de promover a tecnologia dentro do ambiente escolar, que foi um processo muito longo de licitação, o governou adquiriu 150 mil laptops onde 300 escolas aqui do Brasil, seriam beneficiadas com estes instrumentos. Resumindo, depois de todo esse investimento, os instrumentos acabaram não sendo utilizados por falta de estrutura e também por falta de profissionais qualificados para desenvolver tais funções necessárias

A partir disso, é visível que, a escola em si, é uma excelente usuária das ferramentas voltadas para a tecnologia, porém é necessário compreender se isto realmente vem a ser de total aproveitamento, e se por fim, irá suprir a necessidade da escola como um todo, contemplando a comunidade, os alunos e também os professores. A educação é um constante ato de processo, que evolui a cada instante, e por isso precisa que mudanças aconteçam de maneira positiva diante das necessidades de cada indivíduo envolvido nestes atos.

As tecnologias, se forem utilizadas com cautela e conhecimento, com toda certeza, irá exercer um papel com inúmeras possibilidades positivas no que se diz respeito ao ensino-aprendizagem. Partindo dessa possibilidade, a utilização destas ferramentas tecnológicas, transformadas em ferramentas pedagógicas, com certeza trarão inúmeros benefícios diante da construção e aprimoramento do conhecimento. Partindo dessa certeza, o professor precisa receber instruções e capacitações, precisa ter oportunidades de inclusão digital primeiramente, para lidar com todos esses recursos, até porque é ele a peça fundamental para transmitir conhecimento e ensinamentos, para que assim possa estar habilitado e conseguir fazer a mediação de todo o saber adquirido, para seus alunos. Para isso a capacitação e inclusão digital do profissional da educação são de suma importância, porque professor é a figura central da mediação do saber.

Demo (2008, p.134), continua em seu pressuposto teórico ressaltando sobre os profissionais da educação:

 

Temos que cuidar do professor, pois todas as mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal.

 

Mesmo com tantas mudanças e evoluções, não existe uma fórmula mágica, que possa substituir o professor em si. Ele está acima das tecnologias desenvolvidas, respeitosamente com muito estudo, porém sem ele, qualquer tecnologia não seria tecnologia, pois a didática humanizada não consegue deixar de ser inevitável e imprescindível.

Para Kenski (2012, p. 24), o conjunto de:

 

[...] conhecimentos e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à construção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo de atividade, chamamos de “tecnologia”. Para construir qualquer equipamento - uma caneta esferográfica ou um computador -, os homens precisam pesquisar, planejar e criar o produto, o serviço, o processo. Ao conjunto de tudo isso, chamamos de tecnologias.

 

Sendo assim o homem como um ser racional, principal atributo que o diferencia dos demais seres vivos, apoia-se em sua capacidade de pensar, refletir sobre suas ações, acumulando e desenvolvendo conhecimento, traçando planos e hipóteses, buscando superar as adversidades, na tentativa de controlar os fenômenos naturais ou antropogênicos, transformando o espaço natural almejando qualidade de vida.

Consideramos necessário, que o professor deve aprender, pois o constante aprendizado, faz o ser humano evoluir, como indivíduo, e dessa forma, o professor sendo capacitado irá com certeza contribuir no contexto escolar, utilizando de maneira sensata e sábia os recursos tecnológicos, promovendo assim a diversidade cultural, rompendo paradigmas, possibilitando assim, não só a inclusão digital, mas uma inclusão social, baseada em transmissão do que é novo, instigando o aluno, a aprender e também se devolver dentro deste atual modelo de educação.

Desta forma, podemos entender, pela visão de Durkheim, que a história tem um papel fundamental, ou melhor, a história nos mostra como foram educados os indivíduos para a vida social. Por isso, Durkheim pressupõe ser indispensável à observação histórica para termos uma noção preliminar da educação e suas aplicações.

 

 

  1. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NA EDUCAÇÃO: DISTANCIAMENTO OU PROXIMIDADE ENQUANTO VÍNCULO PROFESSOR VERSOS ALUNO

 

A escola, por bastante tempo vem sendo um espaço que garante métodos de ensino os quais são muitas vezes antigos, aulas simplesmente expositivas e o professor vinha a ser o detentor do conhecimento. Essas estratégias descontextualizadas diante as verdadeiras necessidades e realidades dos alunos, bem como seu interesse em aprender, trouxe a inovação tecnológica para a sala de aula, incluindo esta como uma necessidade para o aprendizado.

Muitas vezes, a própria realidade do aluno em seu contexto, não fazia sentido em sala de aula e assim acabava gerando desinteresse pelo aprendizado e pelas práticas escolares como um todo.

Uma metodologia voltada a inovação de conhecimentos, transforma as tecnologias em ferramentas de suporte pedagógico, e assim faz com que a atenção dos alunos seja muito positiva, pois desta forma uma solução viável é adaptar os sistemas educativos, o que vem a ser cada vez e necessário nas escolas.

Muito vem se falando na tecnologia na educação e se formos entrar em um contexto recente os alunos já nascem conectados ao mundo virtual, pois estas questões estão tomando conta de forma acelerada na atualidade e os alunos têm o mundo digital muito mais integrado à sua realidade. Esse paradigma vem desafiando os espaços escolares, bem como os educadores principalmente no que se diz respeito ao uso de novos recursos tecnológicos em benefício do ensino, pois não se consegue mais evitar a presença destes recursos, eles não são somente uma opção e sim é fundamental integrá-los à educação da melhor forma possível.

Desta maneira, os educadores ganham o auxílio de novas ferramentas para tornar as aulas mais instigantes, diferenciadas e participativas. O aluno, por sua vez, sente-se mais à vontade e motivado a estudar, aumentando sua autoestima e confiança em realizar as tarefas escolares propostas no currículo.

O autor (Carvalho, 2000, p. 15), ressalta a importância dos educadores neste processo salientando que:

 

Os educadores precisam trabalhar esses números em favor de suas disciplinas, pois como notamos, é um número elevado de alunos que possuem esses aparelhos e muitos deles têm acesso à internet, outro instrumento que pode ser utilizado em sala de aula para pesquisas. A educação em suas relações com a Tecnologia pressupõe uma rediscussão de seus fundamentos em termos de desenvolvimento curricular e formação de professores, assim como a exploração de novas formas de incrementar o processo ensino-aprendizagem.

 

Como as opções são muitas, cabe ao professor buscar alternativas para trazer até a sala de aula os recursos que as crianças e os adolescentes já utilizam em suas rotinas, de forma a despertar o interesse deles e engaja-los no aprendizado. De forma mais abrangente as tecnologias precisam agregar o interesse de pais, alunos e educadores, de forma a deixar as aulas mais motivadoras, criativas e interessantes. Além disso, a tecnologia oferece formas mais práticas, lúdicas, interativas e dinâmicas de explicar um conteúdo, envolvendo e dando autonomia aos estudantes.

Com a introdução da tecnologia ao ensino, ela possibilita que o educador consiga estar avaliando o desempenho de cada aluno nas atividades propostas. Isso porque é possível que o educador receba um feedback das atividades realizadas pelo estudante, o número de acertos e as dúvidas que ele teve durante os estudos.

Entretanto, as disciplinas poderão ser adaptadas de acordo com perfil de cada aluno, de forma que aqueles com alguma deficiência cognitiva possam realizar atividades diferentes enquanto os demais colegas avançam nos exercícios conforme seu conhecimento já adquirido buscando, cada vez mais, novos desafios para todos.

Quando as aulas seguem um padrão dito tradicional, ou seja, expositivas, se tornam cansativas e é bem provável que o aluno não se atente por muito tempo, porém com a inserção das novas possibilidades de ensino, o educador tem autonomia para aplicar aquelas que mais atendem ao perfil dos seus alunos, de forma a mantê-los sempre focados, estimulando cada vez mais a interação. Assim, com o auxílio dos recursos tecnológicos digitais, mesmo os alunos mais retraídos são capazes de realizar trabalhos em grupo, expressar suas opiniões e mostrar seus conhecimentos, que consequentemente irão se sentir motivados, pois perceberão que são parte ativa e importante do desenvolvimento do aprendizado de todos.

Estes recursos propiciam um ambiente escolar instigante e atrativo para os alunos e os educadores podem introduzir em suas aulas exercícios estimulantes, jogos desafiadores, vídeos didáticos e atividades lúdicas, existem diversas estratégias as quais podem e devem ser exploradas por alunos e educadores, possibilitando assim que o espaço escolar se torne um ambiente agradável de se frequentar, evitando, inclusive, a evasão escolar.

Almeida,2000, p.78 acrescenta que:

 

Desta forma pode-se observar que a tecnologia é uma necessidade mundial, e que a escola deve estar preparada para esta realidade, temos que estar preparados para este avanço, pois, Nós, educadores, temos de nos preparar e preparar nossos alunos para enfrentar exigências desta nova tecnologia, e de todas que estão a sua volta – A TV, o vídeo, a telefonia celular. A informática aplicada à educação tem dimensões mais profundas que não aparecem a primeira vista.

 

Ao utilizar os recursos oferecidos pela tecnologia, o aluno passa a promover a sua própria aprendizagem, sendo o papel do educador ser o mediador neste processo, onde o aluno pode explorar novas possibilidades de aprendizagem tendo o educador como um direcionador em seu percurso de conhecimento.

A tecnologia digital é uma fonte cheia de exemplos da vida real. Por meio delas, é facilitado interação entre conteúdo didático do currículo escolar e a realidade, tornando a aprendizagem útil para a vida cotidiana, estabelecendo assim então um vínculo entre a vida real e o conceito apreendido. Deste modo, o aluno compreenderá a razão de aprender determinados conceitos que, de outra forma, poderiam parecer sem utilidade.

É importante, ressaltar o papel do educador que tem fundamental intervenção na questão de ajudar a avaliar as fontes de informações e mesmo todo o conteúdo disponível ao aluno. Como estes materiais são recursos muito visuais eles promovem a absorção do conteúdo por parte dos alunos de uma maneira mais precisa e direcionada, pois a grande maioria das pessoas são visuais, portanto, o uso de figuras possibilitará sempre aos alunos uma melhor memorização e assimilação do conteúdo.

 

 

  1. O DESAFIO DOS PROFESSORES FRENTE A TECNOLOGIA

 

A inserção das novas tecnologias no ensino vem sendo na educação, um dos principais assuntos entre os debates da atualidade. São muitos os recursos que estão sendo criados e vem tomando um espaço enorme no que se refere a sua inclusão nas escolas, alguns exemplos são a robótica, jogos eletrônicos, inteligência artificial e realidade aumentada são apenas algumas das novidades que têm movimentado o mercado educacional e sido inseridas nas escolas, especialmente na rede privada.

Para Moraes (1999, p.45)

 

Vive-se num mundo pequeno e grande ao mesmo tempo, tecido pelas redes de computadores. Não é mais possível controlar o fluxo de informações e o maior desafio é produzir conhecimento e realizar um manejo criativo e crítico sobre esse mundo.

 

Porém, na realidade da sala de aula existe uma grande discussão de como essa integração pode ser feita de maneira inovadora diante as atividades da rotina escolar. Existem ainda muitos para o corpo docente com relação ao uso das novas tecnologias, e muita resistência também incorporar essas ferramentas de forma efetiva, contribuindo para a aprendizagem dos alunos. As novas tecnologias ajudam no aprendizado a partir do momento em que o professor se apropria desse conhecimento, porém ainda a formação para estes nem sempre é disponibilizada ou até mesmo de interesse do professor. Sabemos que a formação é um dos grandes desafios no que diz respeito ao uso da tecnologia.

De acordo com a pesquisa TIC Educação 2016, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), 54% dos professores não cursaram na graduação disciplina específica sobre como usar computador e internet em atividades com os alunos. Além disso, 70% não realizaram formação continuada sobre o tema no ano anterior ao levantamento. Dos que realizaram, 20% afirmaram que a capacitação “contribuiu muito” para a atualização na área.

Neste contexto, a busca por novas formas de aprender a utilizar os recursos tecnológicos acaba por depender da iniciativa do próprio professor. Porém seria extremamente necessário que a equipe pedagógica venha um especialista em tecnologia educacional. Dada a formação insuficiente, torna-se mais difícil explorar as potencialidades pedagógicas das novas tecnologias. E, em muitos casos, isso pode levar a uma certa resistência com relação ao seu uso, fazendo com que métodos mais tradicionais sigam sendo reproduzidos.

O maior desafio atualmente é os professores conseguirem compreender que a tecnologia facilita o processo de ensino aprendizagem, melhorando as aulas, pois nos traz ferramentas inovadoras e atrativas, e desta maneira são estratégias que além de possibilitarem resultados positivos para a educação, é algo que tira o professor da zona de conforto. É uma ferramenta que precisa de estudo em casa, de um planejamento maior, de um período semanal que exige reflexão e estudo, pois o educador precisa dominar essas ferramentas, participar de cursos, se inteirar a respeito, praticar. É preciso estar embasado para manter a atenção do aluno.

Pocho (2003), p.89 afirma que:

 

O professor precisa mudar a sua postura pedagógica diante desse contexto, principalmente no que diz respeito à construção do conhecimento e democratização do conhecimento, é necessário que ele domine o uso da máquina e também a sua utilização pedagógica.

 

No caso da rede pública, muitas vezes existe um grande problema que é de fato a falta de infraestrutura, pois nem sempre a escola dispõe dos equipamentos, e assim surgem empecilhos, podendo muitas vezes não contribuindo positivamente, e os profissionais optam por não utilizar (o pouco que se tem destas ferramentas) para não perder tempo da aula as quais precisam seguir os conteúdos do currículo escolar.

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular), nos traz muitas competências no que se diz respeito ao uso dessas tecnologias em sala de aula, a principal é que a tecnologia é uma habilidade para o aprendizado, e que o uso das linguagens tecnológicas e digitais trazem a tecnologia para a sala de aula de maneira significativa, reflexiva e ética.

Enfim, é possível afirmar que as tecnologias criam uma nova cultura e um novo modelo de sociedade. Para o docente, a aplicação dessas tecnologias em suas aulas nas salas, implica conhecer as potencialidades desses recursos em relação ao ensino das diferentes disciplinas do currículo, promovendo a aprendizagem de competências, procedimentos e atitudes por parte dos alunos, para utilização do equipamento que a escola tem a oferecer e também por parte da sua própria buscar em aprender a trabalhar com elas. Assim, fica visível que a relação entre tecnologia e educação está acontecendo de maneira rápida em boa parte das Instituições de Ensino.

A falta qualificação dos docentes, ou equipamentos, ou condições físicas para implantação de equipamentos, dificulta um pouco este processo todo, porém também se se torna evidente a possibilidade se fazer educação com a utilização das novas tecnologias. A escola sente-se desafiada a criar ações para integrar as tecnologias às práticas pedagógicas, muito ainda precisa ser feito, mas grandes avanços já estão acontecendo neste contexto.

O educador ao utilizar as tecnologias em sala de aula, tem uma grande responsabilidade de manter a atenção do aluno e também de motivar o mesmo através do conteúdo proposto e discutido naquele momento.

A atualidade em si está muito interligada com a tecnologia, cada vez mais é visto crianças pequenas fazendo uso de alguns destes recursos de maneira facilitada, pelo o acesso que lhe é dado desde cedo. Desta forma, temos a necessidade enquanto educadores além de ensinar, mas também de aprender a utilizar todos estes recursos, como citamos muitas vezes no decorrer deste trabalho. A concentração é muito importante na aprendizagem, manter os alunos concentrados e motivados a aprender se torna uma tarefa cada vez mais difícil para o professor.

O autor Valente (2011, p.14) nos explica que:

 

A questão da aprendizagem efetiva, relevante e condizente com a realidade atual configuração social se resume na composição de duas concepções: a informação que deve ser acessada e o conhecimento que deve ser construído pelo aprendiz.

 

O educador, enquanto mediador deve ter uma postura frente aos seus alunos, compreendendo as tecnologias, bem como orientar os mesmos que ela deve ser respeitada, de forma organizada e com limites, que são ferramentas que possibilitam a aprendizagem e devem ser utilizadas de forma organizada, para que assim os alunos prestem atenção, para conseguirem realizar as tarefas de forma correta e desta maneira estar buscando ampliar os conhecimentos, ou aplicar esses conhecimentos fazendo uso das tecnologias.

Diante disto, os recursos tecnológicos de um modo geral, geram uma grande preocupação para a maioria dos educadores. O grande desafio que a equipe pedagógica encontra, além de utilizar os recursos tecnológicos é basear-se em princípios que venham a privilegiar a construção de conhecimentos, o aprendizado significativo, interdisciplinar e integrador. A escola nesta condição, precisa deixar de ser mera transmissora de informação e intensificar a aprendizagem de fato.

 

 

5 METODOLOGIA

 

O trabalho ora proposto baseia-se em pesquisa bibliográfica, visando levantar e investigar as ideologias e concepções nas referências teóricas já publicadas, para isso, propõe-se analisar as diversas posições acerca do tema aqui estudado, visando promover uma nova interpretação sobre o assunto (FONSECA, 2002; GIL, 2007).

Gil (1999) afirma que

 

... a pesquisa bibliográfica é desenvolvida mediante material já elaborado qualitativa, principalmente livros e artigos científicos, material já tornado público em relação ao tema de estudo, tais como jornais, revistas, livros entre outros. Apesar de praticamente todos os outros tipos de estudo exigirem trabalho dessa natureza, há pesquisas exclusivamente desenvolvidas por meio de fontes bibliográficas.

 

O material consultado na pesquisa bibliográfica abrange todo referencial já tornado público em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros pesquisas, monografias, dissertações, teses, entre outros. Por meio dessas bibliografias reúnem-se conhecimentos sobre a temática pesquisada. Com base nisso é que se pode elaborar o artigo acadêmico, com perspectiva histórica ou simplesmente para atribuir uma nova leitura.

 

 

CONCLUSÃO

 

Contudo, diante deste estudo compreendemos a importância das tecnologias digitais inseridas no contexto escolar. A inclusão destes recursos possibilita no dia a dia grandes resultados satisfatórios, pois trazem inovações para a sala de aula. Com esta inclusão digital, foram estabelecidas várias diretrizes para a utilização das tecnologias como aliadas ao próprio planejamento educacional e consequentemente a sua prática pedagógica.

Sem dúvida que com todas essas possibilidades e recursos tecnológicos apresentados nas diferentes esferas e disponíveis com fácil alcance, o educador consegue estabelecer um vínculo diferenciado com seus alunos, transformando as aulas em momentos divertidos e prazerosos, onde a relação de ensino e aprendizagem vem dando bons resultados no que se diz respeito a construção do conhecimento, com ganhos neste sentido.

O educador consegue através de seu planejamento didático, potencializar o desenvolvimento infantil integrando a tecnologia, utilizando materiais concretos. Lembrando que o educador deve estar preparado para os desafios que estas ferramentas trazem, pois desta forma as dificuldades se tornaram menores, e a construção do conhecimento acontecerá de forma positiva e inovadora.

Os recursos tecnológicos, só vem a contribuir para a realização de um trabalho mais direcionado, com estratégias de ensino muito relevantes. Seu princípio vem de encontro com as práticas pedagógicas onde o educador, consegue através destas didáticas proporcionar um espaço interativo, entre os alunos e educadores.

Cabe à escola incorporar em seu trabalho, apoiado na oralidade e na escrita, outras formas de aprender (apoiadas na visão, na audição, na simulação, na criação) possíveis com uma tecnologia cada vez mais avançada. Essa deve ser uma atitude incorporada por toda a escola, não colocando a culpa apenas no professor, porém essas mudanças não ocorrem de uma hora para outra, requer um longo tempo.

As teorias que envolvem as tecnologias, tem implicações educacionais, cabendo à escola reconhecer que: cada sujeito é único, as inteligências manifestam-se de maneiras diferentes, em níveis de desenvolvimento diferentes, todas as inteligências são importantes para que uma pessoa seja competente e produtiva na sociedade e é fundamental considerá-las e oportunizar que se desenvolvam de maneira adequada.

 

 

REFERÊNCIAS

 

ALMEIDA, M. E. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 2000.

 

ARAÚJO, C. H. D. S. Tecnologia e educação: algumas considerações sobre o discurso pedagógico contemporâneo. Campinas/SP, v. 33, n. 118, p. 253-268, mar./2012.

 

BRITO, G. da S.; PURIFICAÇÃO, I. da. Educação e novas tecnologias: um repensar. 2ª edição revista, atualizada e ampliada. Editora Ibipex, Curitiba, PR.

 

CARVALHO, M. G.; BASTOS, J. A. de S. L., Kruger, Eduardo L. de A. Apropriação do conhecimento tecnológico. CEEFET-PR, 2000. Cap. Primero

 

CASTELLS, M. A sociedade em rede. 10. ed. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 2010.

 

COSTA, M. V. A pedagogia da cultura e as crianças e jovens das nossas escolas. A Página da Educação. n. 127, ano 12, out. 2003.

 

DEMO, P. Questões para teleducação. Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

 

KENSKI, V. M. O papel do professor na sociedade. In: Ensinar a Ensinar. São Paulo, Pioneira, 2001.

 

MARX, K.; ENGELS, F. Manifesto do partido comunista. 6. ed. Coleção Universidade Popular, v.1. São Paulo: Global, 1987.

 

MORAES. R. Análise de conteúdo. Revista Educação. Porto Alegre. Março 1999.

 

NISKIER, A. Tecnologia Educacional uma visão política. Petrópolis: vozes, 1993.

 

POCHO, C. L. (Org.). Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.

 

VALENTE, J. A. Educação à distância: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2011.

 

 

PROJETO DE LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

Noraneuza Rodrigues Lima
Luzilene Ramos
Lourdes Antunes

 

 

Turma: 1 e 5° °ano do Ensino Fundamental

Público alvo: Alunos

 

 

INTRODUÇÃO

 

Durante a contação de histórias, a criança exercita a fantasia e a imaginação. Ela também adquire intimidade com a leitura, fluência e a habilidade de produzir textos e redações. Por isso, outro benefício indiscutível das histórias é o despertar das crianças para a prática da leitura.

A inserção da leitura na vida escolar dos pequeninos através da contação de histórias faz com que a criança se interesse pela leitura de outros livros com novas histórias. Ler e contar histórias são processos de mão dupla entre sujeitos.

Embora sejam instrumentos parecidos, suas práticas geram muitas dúvidas sobre “o que, como e quando” ler e contar histórias. Conhecer quais práticas pedagógicas corroboram para a imersão da criança no universo literário, tornam se fundamentais num tempo onde a tecnologia e o avanço da internet alcançou casas e famílias de todos o mundo, chegando inclusive nas crianças em idade pré-escolar.

O intuito é compartilhar as descobertas geradas pelo movimento da pesquisa, reflexão e conhecimento do universo literário infantil, focando especificamente na dicotomia da leitura e contação de histórias na Educação Infantil, sobretudo quais caminhos percorrer para alcançar o êxito nessa prática pedagógica.

Dessa forma, essa pesquisa qualitativa, busca analisar a unidade a ação docente nas salas regulares sobre o tema, realizada no município de
São José dos Campos. Atualmente, São José dos Campos conta com 49 escolas de Ensino. Fundamental e 105 de Educação Infantil, considerando unidades diretas e conveniadas, segundo dados da Prefeitura Municipal de São José dos Campos.

A pesquisa nasce a partir, dos desafios contemporâneos oriundos do chão de sala de aula, no questionamento diário da rotina de uma fase, na qual a criança descobre o mundo que a cerca, e onde o ato de ler e contar histórias, estimula e auxilia o desenvolvimento da criança.

 

 

JUSTIFICATIVA

 

O projeto surgiu com a finalidade de desenvolver o intuito de sanar algumas dificuldades encontradas em leituras, e contação de história no ensino fundamental, a serem trabalhados no decorrer do projeto.

 

 

OBJETIVO GERAL

 

Estimular a imaginação, a oralidade e a escrita, a contação de histórias é uma prática pedagógica que exercita as conexões neurais da criança, fazendo com que ela se identifique com as situações e desenvolva meios de lidar com seus sentimentos e emoções.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Compreender os gêneros textuais entendendo a diferença entre eles;

- Criar momentos de leitura e escrita na turma de aula.

- Estimular a leitura e a escrita como ferramentas pedagógicas.

- Ampliar o repertório de leitura; Praticar a escrita e suscitar no aluno o apreço pela leitura, estimulando sua produção textual; Desenvolver a escrita e oralidade; Desenvolver o espírito crítico;

- Ampliar o Vocabulário; Promover uma interação com textos verbais e não verbais. Estabelecer a leitura como ferramenta fundamental na construção do conhecimento.

 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

A contação de histórias desperta na criança o lado lúdico, característica muito importante para seu desenvolvimento, é no lúdico que a criança desenvolve criatividade e senso crítico. A contação de história pode ser um ato de libertação, se cada conto e reconto for momento de diálogo aberto e crítico com compromisso e responsabilidade de formação de um ser humano digno, fraterno e justo.

Além desses benefícios, com a leitura exercitamos nosso cérebro, o que facilita a interpretação de textos de forma a promover competência e habilidade na escrita. Ao ler, o indivíduo adquire maior repertório, ampliando e expandindo seus horizontes cognitivos .

Pode-se dizer que, para aprender a ler e a escrever, isto é, para que uma criança incorpore sua língua materna enquanto leitor e escritor competente, será preciso memorizar letras, sílabas, palavras e até normas gramaticais. Porém, mais do que isso, é necessário que o indivíduo receba o maior número de estímulos constante, estando exposto e interagindo, motivado pelas vivências e leituras que o meio lhe oferece.

Esta exposição e interação acontece entre os sujeitos que leem e contam histórias, ao mesmo tempo para que aquele que as ouvem. Silva (2012, p.06) escreve que:

É função do adulto proporcionar a criança o contato com as “gostosuras” da narrativa, do ato de ler, tendo em vista que “a literatura infantil não chega as crianças muito pequenas sem a mediação do adulto, seja um familiar ou professor. Ler para crianças não alfabetizada é estimulá-las na sua futura leitura e escrita, desenvolvendo nela o valor da oralidade, a importância da linguagem oral

 

 

Conteúdo Desenvolvido:
- Produção de texto, leitura e interpretação de diferentes gêneros textuais;
- Exposição oral e escrita;
- Narração, descrição de fatos, personagem ou ambiente;
- Pesquisa em dicionário.
- Alfabeto e diferentes tipos de letra;
- Letras maiúsculas e minúsculas;
Reescrita dos textos produzidos, Material para trabalhar as habilidades:

  • EI03EO04: Comunicar suas ideias e sentimentos a pessoas e grupos diversos.

  • EI03CG02: Demonstrar controle e adequação do uso de seu corpo em brincadeiras e jogos, escuta e reconto de histórias, atividades artísticas, entre outras possibilidades.

  • EI03CG03: Criar movimentos, gestos, olhares e mímicas em brincadeiras, jogos e atividades artísticas como dança, teatro e música.

  • EI03EF07: Levantar hipóteses sobre gêneros textuais veiculados em portadores conhecidos, recorrendo a estratégias de observação gráfica e/ou de leitura.

  • EI03EF08: Selecionar livros e textos de gêneros conhecidos para a leitura de um adulto e/ou para sua própria leitura (partindo de seu repertório sobre esses textos, como a recuperação pela memória, pela leitura das ilustrações etc.).

 

 

METODOLOGIA

 

O projeto irá visar a integração da parceria das professoras, a Biblioteca, e a Informática. Enquanto se conta, são feitas perguntas sobre o enredo, personagens e as características do cenário. Depois da contação, pergunta- se quem quer recontar a história para os colegas. A análise de dados é realizada através de fotografias e anotações que são feitas durante a realização da atividade. A BNCC (2018, p. 43) aponta que “criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos” é um dos objetivos de aprendizagem no campo das experiências (Escuta, fala, pensamento e imaginação) muito importante no desenvolvimento das crianças bem pequenas, como as do Maternal II. BRASIL.3 de

 

 

Cronograma:

  • 1°etapa Apresentação do projeto em sala de aula, explicação do projeto

  • 2°etapa: Desenvolver o projeto, Contando uma historinha para toda turma,

  • 3°etapa Desenho para pintar, sobre a historinha, pintura com tinta nos cartazes, e mural, criação de historinhas,

  • 4°etapa: A Culminância a finalização do projeto, exposição dos trabalhos confeccionados.

 

 

Recursos utilizados:
- Computadores;
- Internet;
- Impressora;
- Papel;
- Lousa digital;
- Livros de literatura, e outros;

 

Culminância do Projeto:
Apresentação dos avanços e resultado obtido do projeto, a proposta para a culminância do Projeto Leitura e Produção de Textos dos gêneros trabalhados durante o projeto. Publicação dos textos produzidos pela Culminância e suas exposições de trabalhos em murais.

 

 

Avaliação:

 

A avaliação será contínua no processo de aprendizagem, pois a mesma representa um importante momento enquanto norteadora de rumos e decisões a serem tomadas durante a execução do projeto leitura e produção textual dos gêneros.

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:


ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Encontro & Interação.São Paulo: Parábola, 2010.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio: Língua Portuguesa, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Brasília, DF:MEC/SEF, 2000.

KOCH, Ingedore. Desvendando os Segredos do Texto.São Paulo: Cortez, 2002.

MARCUSCHI, L. A. Produção Textual, Análise de Gêneros e Compreensão. São Paulo: Parábola, 2008.

Nova ESCOLA – Ed. Especial Produção de texto;

Nova ESCOLA – Ler na escola – Ago/ 2010;

Nova ESCOLA – Gestão escolar – A escola que lê – Ago/ Set/ 2010 ;

Nova ESCOLA – Leitura – as melhores estratégias para ler por prazer, para estudar, para se informar Ago/ 2006;

 

 

PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NA ATUALIDADE

Fernanda de Oliveira Costa Ferareze

 

 

RESUMO

A reflexão sobre a alfabetização na atualidade surgiu das questões das práticas e métodos que se pode usar no processo ensino/aprendizagem. Uma pesquisa bibliográfica para encontrar as respostas e sugestões para serem utilizadas ao alfabetizar alunos com dificuldade. O objetivo foi visar os métodos de alfabetização utilizados até o momento, buscando novos saberes que possam ser aplicados em sala de aula, quando adequados e que possam entender o aluno como um todo, um ser físico, cognitivo, emocional e social. O contexto primeiramente voltou -se para a história da alfabetização buscando no passado e na atualidade, o presente e os diferentes métodos desenvolvidos: sintético e analítico, concluindo com o ensinar e o aprender: uma questão de método; depois foi analisado o processo de alfabetização desenvolvem o ensino da leitura completa e a escrita na prática ,é de suma importância mostrando que a alfabetização, faz a diferenças nas atividades lúdicas desenvolvidas .A alfabetização, desenhada e implementada como política pública, deve ser desenvolvida como integrar, articulada a outras secretarias de governo, e não como uma ação pontual que pode mudar quando um novo ensino demonstra estratégias de ensino.

 

Palavra- Chave: Alfabetização. Atualidade, Lúdicas.

 

 

INTRODUÇÃO

 

Esse artigo deverá encontrar propostas que evidenciem a importância da alfabetização ser realizado em sala de aula, e os possíveis caminhos que o alfabetizador deverá percorrer para que seus alunos se saiam bem nessa aventura, o saber ler e escrever. Com essa pesquisa procurou-se estudar a importância do processo de alfabetização nos anos iniciais. Durante os estudos foi observado todo o processo de alfabetização enfocando a importância do mesmo no desenvolvimento da criança.

A linguagem e a escrita é a essência da ação humana, assim como declara Bakhtin (2010), os homens são seres sociais cujo desenvolvimento de aprendizagem ocorre por meio da interação com o outro e com a forma utilizada por ele para que o mesmo possa desenvolver a sua aprendizagem.

Para que o aluno, no decorrer de seus estudos possa desenvolver uma aprendizagem na leitura para a fruição do texto, o mesmo deve ter sido iniciado no período de alfabetização, o desenvolvimento do ato de compreensão de seus estudos é uma condição prévia para o pleno desenvolvimento da cidadania autônoma. O processo de alfabetização é extremamente importante para que o indivíduo adquira a capacidade de viver em sociedade, pois a mesma valoriza a escrita, pois todas as atividades desenvolvidas dependem da linguagem e da escrita.

Então o processo de alfabetização é uma das grandes preocupações dos profissionais ligadas a educação, sendo também preocupação do Estado, através das universidades, na formação de profissionais competentes.

O maior problema para os que estão envolvidos com o processo é o fato de que nem todas as crianças, que passam por esse processo, conseguem aprender a ler e a escrever.

 

 

DESENVOLVIMENTO:

 

O processo de ensino possui muitas falhas, principalmente nos anos iniciais. Em pleno século XXI, ainda são discutidos problemas que já existiam no século passado, o fato de que ainda acontecem os números elevados de repetência e evasão escolar. Nessa questão, segundo Soares (2010), estão debruçados os estudos realizados na educação. Segundo Patto (1993) alguns problemas enfrentados pela educação, bem como os fracassos da alfabetização, acontecem pelo tipo de sociedade que o Brasil tem, excludente, onde os mais carentes deixam os estudos para trabalhar, ou então trabalham com seus pais na roça e estudam.

Para Soares (2010) a alfabetização é um processo importante para o desenvolvimento social do indivíduo, pois a alfabetização é a ação de ensinar/ aprender a ler e escrever. Barbosa (2013) afirma que as práticas pedagógicas são processos culturais, históricos e acabam evoluindo dependendo da necessidade da sociedade, isso aconteceu com a alfabetização e sempre acontecerá. Nesse contexto os profissionais estão se desdobrando para que essas crianças possam aprender a ler e a escrever da melhor maneira possível. Krammer (1986, p. 28) diz que mais que um processo de alfabetização o saber ler implica no desenvolvimento da comunicação e expressão com ênfase no processo de produção e utilização de textos. Para o autor:

 

Saber ler e escrever significa dispor do veículo fundamental de acesso aos conhecimentos da língua nacional, da Matemática, das Ciências, da História, da Geografia e significa ainda, possuir o instrumento de expressão e compreensão da realidade física e social.

 

Nesse caso o autor defende a alfabetização, sob um novo contexto e junto com Soares (1985), afirma que o conceito correto de alfabetização seria suficientemente amplo para incluir a abordagem mecânica do Ler/escrever o enfoque da língua escrita como meio de expressão/compreensão, com especificidade e autonomia em relação à língua oral, e ainda, os determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da língua escrita.

No contexto atual a alfabetização deverá proporcionar mecanismos para inserir a criança no mundo cultural, bem como a inserção da mesma na sociedade, a partir de sua capacidade de ler e escrever. A criança deverá ter ao se alfabetizar a capacidade de interagir com outras pessoas, ter contato com muitos textos, muitas formas de escrever e a partir desse fato conseguir escrever o seu próprio texto.

Segundo Ferreiro (2001) a criança bem alfabetizada começa o seu processo muito antes de ingressar na escola, nas embalagens do seu salgadinho favorito, nos livros que seus pais compram e leem para ela, nos seus equipamentos eletrônicos e em tudo que possa chamar a sua atenção para o mundo das letras e da escrita.

Sua vivência social possibilita que a mesma aprenda em outros ambientes, até mesmo aqueles que não fazem parte da escola, sua casa, o cinema ou qualquer ambiente cultural. Assim que as crianças tem acesso á escola, ou até mesmo antes dela, antes até da alfabetização, elas já tem a prática oral, sendo assim, é importante a disponibilidade de livros e histórias, assim maiores serão as chances da criança gostar de ler, sendo estimuladas a narrar acontecimentos e imaginar histórias, através dos livros.

Cada criança lê do seu jeito, folheando e olhando as figuras, ainda que não saibam decodificar as palavras e as frases escritas. Segundo Edmir Perrotti (2000) apud Maricato (2005, p.25), “quanto mais cedo às crianças tiverem contato com histórias orais e escritas, maiores serão as chances de gostarem de ler”. Assim, cabe ao professor utilizar materiais favoráveis para a aprendizagem do aluno, utilizando métodos e estratégias de forma significativa e dinâmica.

Porém, é importante destacar que uma criança que vem de uma família que não lê e encontra na escola uma professora na mesma situação, ela não terá o interesse pela leitura. Então, os professores têm que ser leitores para que sintam prazer no convívio com o material escrito, passando confiança para os alunos. É importante, para se ter uma boa leitura, as crianças serem envolvidas em um ambiente favorável e aconchegante para a contação de histórias, brincadeiras com livros, de uma forma prazerosa e enriquecedora, que despertem o seu interesse, para assim formar cidadãos leitores para a vida toda.

Segundo Schimidt (2003) quando uma criança se apropria da escrita o mesmo se desenvolve culturalmente e psiquicamente, pois o domínio da escrita favorece a criança no domínio de um sistema simbólico e de difícil compreensão. Para o autor o domínio de tal fator ajuda para que ocorra o maior número de sinapses durante o seu desenvolvimento cognitivo.

Esso processo cognitivo acompanhou o processo filogenético da humanidade, sendo que para Gonçalves (2004, p. 50):

 

Na escala filogenética da evolução da humanidade, estes poucos anos de vida de um indivíduo representam milhares de anos na história da humanidade. Não se conseguem perceber ao longo do processo de evolução temporal que a natureza desenvolveu até aqui para construir este ser humano dotado de capacidades e características únicas e fantásticas de falar, ler e escrever.

 

A capacidade de ler e escrever não são apenas atividade de repetição, mas sim um processo complexo de elaboração de pensamento, onde a escrita representa nossa forma de falar e nossa forma de falar acaba demonstrando a forma de viver. Depois que acriança aprende sobre a escrita, fica mais fácil ela aprender a língua escrita e inserir-se no meio social.

Quando a criança aprende a desenhar, pintar e brincar de faz de conta, brincar com massinhas, dançar e falar poesias ajuda a criança a construir o seu conhecimento, de sua identidade e de sua personalidade, contribuindo assim para o desenvolvimento de sua escrita (MELLO, 2005).

É claro que a escola pode insistir em realizar o processo de alfabetização utilizando as antigas cartilhas, cheias de símbolos, utilizando o método da silabação, mas isso será apenas codificação e decodificação e seria reduzir todo o processo em um ato mecânico. Zilbermam (1985) já alerta que a alfabetização é um processo que envolve a percepção do aluno e a sua capacidade de memorizar, para que o mesmo possa ler e escrever. Nesse contexto ele precisa construir seu conhecimento, ou seja, ele precisa entender a escrita e a forma que ela representa a linguagem.

Segundo Zilbermam (1985, p. 27), “A criança é vista como um ser em formação cujo potencial deve se desenvolver a formação em liberdade, orientando no sentindo de alcance de total plenitude em sua realização” Para que isso ocorra de uma forma menos traumática para a criança é necessário que o educador durante o processo de alfabetização ensine a criança a resolver seus problemas ser autônoma, não dando a resposta e assim, no futuro ela resolverá seus problemas de forma eficiente.

Para Ferreiro (1991, p. 9):Tradicionalmente, a alfabetização inicial é considerada em função da relação entre o método utilizado e o estado de “maturidade” ou de “prontidão” da criança. Os dois pólos do processo de aprendizagem (quem ensina e quem aprende) têm sido caracterizado sem que leve em conta o terceiro elemento da relação: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo esta aprendizagem.para que o processo de alfabetização ocorra com sucesso é necessário que haja uma interação permanente entre o aluno e seus conhecimentos, sendo que a escola passa a ser o ambiente para que esse conhecimento flua mais facilmente.para que esse processo ocorra é necessário que a escola se conscientize da importância de facilitar ao aluno a interação com o mundo das letras. Nesse momento aluno deverá entender o processo da leitura e escrita e as funções que as mesmas desempenham no seu contexto social.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Esse artigo procurou discutir o processo de alfabetização, sob a ótica dos pensadores descritos no texto acima. Foicom a leitura dos textos que foi verificado a possibilidade do aluno desenvolver a habilidade de interpretar através da leitura todo o contexto social em que vive.

Durante a leitura dos autores concluiu-se que para o aluno possa aprender a ser alfabetizado, ele deverá ser incentivado à ler todos os tipos de textos, onde o mesmo aprenderá, através da releitura a criar o seu próprio texto e assim interferir e mudar a sua realidade.

Foi verificado no decorrer de nosso texto, que alfabetização é um processo que estimula o saber ler e escreve. Ser um indivíduo alfabetizado, não significa só saber ler e escrever significa interpretar o texto lido e ter a capacidade de escrever o seu próprio texto, coerente e crítico, tendo como base aquele que foi lido por ele.

Um indivíduo alfabetizado poderá mudar a sua realidade, através da interpretação, das realidades de outros, pois um texto criado por um outro e mostra a realidade dele e o aluno deverá ser capaz de criar um texto que demonstre a sua realidade.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Ampliação do Ensino Fundamental para Nove Anos. Brasília, DF. 2004. Relatório.

 

DEMO, Pedro. Leitores para Sempre. Porto Alegre 2º Ed. Porto Alegre: Mediação, 2007.

 

FREIRE, Paulo & MACEDO, Donaldo, Alfabetização:leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1990.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 44º Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

 

FERREIRO, Emília. Com todas as letras. Editora Cortez. São Paulo. 1993.

 

Reflexões sobre alfabetização. Editora Cortez. São Paulo. 1991.

 

MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do processo. Editora Pedagógica e Universitária, 1986.

 

MORTATTI, Maria do Rosário Longo. A “querela dos métodos” de alfabetização no Brasil: contribuições para metodizar o debate The “methods querela” onliteracy in Brazil: contribuitionstomethodizethe debate.Revista Eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa, v. 3, n. 5, p. 91-114, 2009.

 

MOLL, Jaqueline. Alfabetização possível: reinventando o ensinar e o aprender. Porto Alegre: Ed. Mediação, 1996.

 

KRAMER, Sonia. In: Ensino Fundamental de 9 anos-orientações pedagógicas para os anos iniciais. Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Curitiba- 2010.

 

OLIVEIRA, Cristiane Madanélo de. As histórias infantis como forma de consciência do mundo. 2005. Disponível em: <http://www.graudez.com.br/litinf/livros htm>. Acesso em:15 mai. 2017.

 

___________. Preciso Ensinar o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever?Cefiel/EIL/ Unicamp, 205-2010.

 

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6. Ed. São Paulo: contexto 2010.

__________. Letramento e escolarização. In:Letramento no Brasil, reflexões a partir do INAF 2001. Vera Mesagão Ribeiro (org). 2ed. São Paulo: Global, 2004. PP. 89-113.

 

 

A ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS

Noraneuza Rodrigues Lima

Luzilene Ramos

Fernanda de Oliveira Costa Ferareze

Lourdes Antunes de Souza Silva

 

 

RESUMO

O presente trabalho teve por finalidade de desenvolver as necessidades de estudar sobre a alfabetização e Letramento nos anos iniciais no decorrer do meu curso e no transcorrer desse processo de desenvolvimento, o incentivo a leitura nos anos iniciais. Para fundamentar esse contexto estudamos autores como: Soares (1988), Freire (2006), entre tantos outros que nos deram o norte para as nossas pesquisas. O presente artigo buscou analisar como acontece nos dias atuais, o processo de alfabetização e letramento nos ambientes escolares. Procuramos enfocar na capacidade que o indivíduo letrado de interpretar a sua realidade a partir do momento que o mesmo aprende a se apropriar da escrita e da leitura a partir do cotidiano.

 

Palavras Chaves: Alfabetização. Letramento. interpretar.

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

Nessa pesquisa procuramos compreender o contexto da alfabetização e do letramento, na educação infantil, nos anos iniciais e qual a importância de saber ler e escrever na sociedade de cultura escrita. Desenvolvem nesse estudo um passeio dentro do entendimento das propostas de melhoria no entendimento dos alunos.

Quando esse documento for lido, deverá encontrar propostas que evidenciem a importância da alfabetização e do letramento ser realizado em sala de aula, e os possíveis caminhos que o alfabetizador deverá percorrer para que seus alunos se saiam bem nessa aventura, da alfabetização de ler e escrever.

Compreendemos que a linguagem e a escrita é a essência da ação humana, assim como declara Bakhtin (2010), somos seres sociais cujo desenvolvimento de aprendizagem ocorre por meio da interação com o outro e com a forma utilizada por ele para que o mesmo possa desenvolver a sua aprendizagem.

Para que o aluno, no decorrer de seus estudos possa desenvolver uma aprendizagem na leitura para a fruição do texto, o mesmo deve ter sido iniciado no período dos anos iniciais, o desenvolvimento do ato de compreensão de seus estudos é uma condição prévia para o pleno desenvolvimento da cidadania autónoma.

Com esse fato o indivíduo alfabetizado deve se tornar um sujeito letrado capaz de envolver-se nas práticas concretas de leitura e de escrita porque “Letrar” é mais que alfabetizar.

 

 

2. Da alfabetização e Letramento nos anos inicias

 

 

A Alfabetização e o letramento devem ter a importância da presença na educação Infantil e nos anos iniciais. A alfabetização é um processo de interação e especificamente o estudo de saberes e conhecimento de leitura e escrita. se especificamente a aprendizagem é uma forma de englobar a visão de todos os sentidos. Ou seja, ao desenvolvimento das competências básicas que levam uma pessoa a decodificar a língua escrita e ser capaz de entender como ler e escrever palavras, montar frases etc.

A primeira vista do letramento tem uma visão de respeito a um contexto mais amplo. Ele não se limita à aprendizagem das letras e símbolos escritos, mas à função social que a linguagem escrita ocupa em uma sociedade. É o que leva o estudante a saber compreender e interpretar os usos dessa linguagem. Ou seja, são processos distintos porém indissociáveis que deve caminhar, lado a alado, sendo que alfabetizado é aquele aluno que conhece o código escrito, sabe ler e escrever. Letrar, no entanto é mais que alfabetizar e sim ensinar a ler escrever dentro de um contexto de leitura e escrita que tenha sentido e que faça parte da vida do aluno. Nesse sentido, o mesmo possa adquirir o gosto e hábito pelo sistema da escrita e da leitura.

 

O letramento, é o uso que se faz da língua escrita com toda sua complexidade, em práticas sociais de leitura e escrita, é aquele indivíduo que sabe ler e escrever, e que usa socialmente a leitura e a escrita, que pratica e responde adequadamente às demandas sociais. (SOARES, 2001, p 39-40)

Krammer (1986) nos afirma que mais que um processo de alfabetização o saber ler implica no desenvolvimento da comunicação e expressão com ênfase no processo de produção e utilização de textos. Para o autor:

 

... com especificidade e autonomia em relação à língua oral, e ainda, os determinantes sociais das funções e fins da aprendizagem da língua escrita. Cabe ao professor apresentar ao aluno práticas significativas no seu cotidiano escolar, apresentando situações diferenciadas, como carta; receita, um anúncio de jornal, uma bula, um texto informativo entre outros.

 

De acordo Soares, afirma que diferentes tipos de gêneros textuais levam ao aluno a desenvolver habilidades de produção de texto escritos, além de aperfeiçoar as habilidades já adquiridas e também a produção de texto oral.

Na realidade Soares aqui já está falando do processo de letramento e procurando demonstrar que só o ato de alfabetizar, não torna o indivíduo capaz de se comunicar socialmente. Propiciar momentos como esse significa ensinar de fato a leitura escrita, para isso é fundamental que os professores alfabetizem letrando, desde as series iniciais.

No contexto atual a alfabetização deverá proporcionar mecanismos para inserir a criança no mundo cultural, bem como a inserção da mesma na sociedade, a partir de sua capacidade de ler e escrever. A criança deverá ter ao se alfabetizar a capacidade de interagir com outras pessoas, ter contato com muitos textos, muitas formas de escrever e a partir desse fato conseguir escrever o seu próprio texto.

A medida que a alfabetização se aproxima do letramento, recebe novos entendimentos e novas dimensões, principalmente quando dá a possibilidade desse conhecimento, tornar-se importante para a sociedade a qual a mesma pertence. Nesse contexto cada educador sabe a parcela de sua responsabilidade no processo de letramento, pois sabem que o conhecimento, está associado a novos horizontes e ele deverá possibilitar ao estudante a ampla capacidade de compreensão.

Soares (2010) já deixa claro que no processo de alfabetização e letramento o educador deverá desenvolver várias habilidades, pois esse conhecimento:

 

[...] implica habilidades várias, tais como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos para informar ou informar-se, para interagir com os outros, para imergir no imaginário, no estético, para ampliar conhecimentos, para seduzir ou induzir, para divertir-se, para orientar-se, para apoio á memória, para catarse...: habilidades de interpretar e produzir diferentes tipos e gêneros de textos, habilidades de orientar-se pelos protocolos de leitura que marcam o texto ou de lançar mão desses protocolos, ao escrever: atitudes de inserção efetiva no mundo da escrita, tendo interesse e informações e conhecimentos, escrevendo ou lendo de forma diferenciada, segundo as circunstancias, os objetivos, o interlocutor [...]. (SOARES, 2001, p. 92)

 

Nesse contexto, associando a alfabetização e o letramento, na aprendizagem humana, poderemos citar também Paulo Freire, que os educadores deveriam ajudar seus alunos a compreender o mundo e suas relações políticas, suas relações econômicas e sociais, pois para o autor aprendemos a ler para poder participar ativamente da sociedade a que pertencemos.

Observando a alfabetização sob a ótica do letramento, verificamos que ela não é só de responsabilidade do professor, mas sim da escola inteira, bem como da sociedade em que a mesma está inserida.

Todo o profissional da área da educação deverá ter conhecimento que nos dias atuais todo o processo de alfabetização deverá estar centrado na capacidade que a criança tem de compreender os fatos e de através disso poder se comunicar, sem esquecer que cada criança tem a sua forma de aprender e tem o seu tempo para isso. Explicando-nos esse fato Demo (2007), já nos instrui que “A questão fundamental é de aprendizagem a partir das crianças. Assim a leitura não pode ser ensinada para as crianças. A responsabilidade do professor não é a de ensinar as crianças a ler, mas a de tornar a aprendizagem possível.”.

Tonucci (1985) já nos fala que ensinar a ler e a escrever não significa fornecer uma técnica, mas um modo de comportar culturalmente sabe ler a pessoa que gosta de ler e lê qualquer coisa.

Aqui entra segundo Soares (1999), a função do letramento, pois sob essa ótica o indivíduo apodera-se da escrita e da leitura para o seu uso na sociedade. Esse processo traz muitas consequências a ele, são elas são políticas, econômicas, sociais e culturais.

Observando esse fato poderemos afirmar lendo os autores que um sujeito letrado é aquele que se apropriou da leitura e da escrita com sucesso de forma que possa utilizar esses fatores com desenvoltura, procurando perceber todas as situações sociais e profissionais. Nessa sociedade capitalista, o ato de mecânico de escrever e ler já não são satisfatórios, pois é preciso que os alunos sejam inseridos na sociedade, então o letramento passa a se tornar um caminho para que esses alunos adquiram o conhecimento que é extremamente importante para que o mesmo aça parte da sociedade a que pertence.

Sabemo-nos que para formar um leitor e um escritor, é preciso que o mesmo seja formado desde os anos iniciais, ou seja, no momento em que a leitura e a escrita são o centro de sua aprendizagem, mas sempre citando Soares (1999) não é a capacidade de ler e escrever que torna um indivíduo letrado, mas sim a sua capacidade de inserir esse fator em atividades múltiplas.

A leitora ainda afirma que o processo de letramento desenvolve o intelecto, pois a escrita afeta a maneira de pensar nos processos de leitura, na interpretação, na discussão e na produção de textos. Esse debate, do letramento e da alfabetização, surgiu porque em pesquisas pode-se perceber que apesar das crianças frequentarem a escola e aprenderem a ler e a escrever, não estava inserido na sociedade.

Segundo Soares apud Carvalho (2005), infelizmente em nosso país o letramento e a alfabetização se confundem e isso não é bom, pois os processos de alfabetizar e letra são específicos. Alfabetizar é ensinar o código alfabético, letrar é familiarizar o aprendiz com os diversos usos sociais da leitura e da escrita.

A mesma autora nos escreve sobre o significado da palavra letramento, significa muito mais do que saber ler e escrever, mas sim fazer esses mesmos processos sem esquecer-se de entender do significado deles dentro da sociedade a que pertence.

Para Kleimam (2007), o letramento é uma reflexão do ensino e da aprendizagem, sem esquecer-se dos aspectos sociais do saber ler e escrever. Quando um ambiente escolar assume o letramento, segundo a autora, é quebrar paradigmas, adotando uma alfabetização como processo social da escrita, ou seja, desenvolver as habilidades individuais de criar um texto. No que se refere às atividades, dentro do processo de letramento, não há distinção das atividades sociais das demais atividades.

A autora ainda nos afirma que alfabetização não é letramento, mas sim um trabalho onde são feitas relações entre o que se aprende na escola, em casa e na sociedade, em exercícios de aprendizagem para o aluno. Para Que ocorra o letramento é preciso que o aluno aprenda a realizar leituras de diversos gêneros, buscando informações, para que o mesmo possa escrever e a partir dessas ações poder se orientar no mundo.

Soares (1999) ainda afirma que letramento é um estado ou uma condição, onde não se destaca somente a capacidade de ler e escrever, mas de usar essas informações para viver em sociedade. Mas para Demo (2007) citando Paulo Freire não existe distinção entre os dois processos, pois se entendermos a alfabetização como um processo de ler o mundo, o que exige o domínio do código, mas na condição simples de instrumento formal. Segundo o autor citado o que importa é a habilidade de dar conta a realidade circundante pela via da interpretação e intervenção questionadora.

Uma das críticas à educação brasileira é o fato de se preocuparem mais com os índices de reprovação/aprovação do que com os índices de analfabetismo, esse fato acaba mascarando as informações e deturpando a realidade. Como podem existir indivíduos letrados em um país que existe um alto índice de analfabetismo.

Ao invés de preocupar com índices a sociedade, segundo Soares (1999), a sociedade deverá se preocupar em ensinar a ler e a escrever, para que as pessoas possam através desses saberes possam apropriar-se das práticas sociais do seu cotidiano. Assim o letramento torna-se importante, pois além de ensinar a ler e a escrever dá condições para que os alunos possam viver em sociedade.

Segundo Bakhtin (2010), somos seres sociais cujo desenvolvimento da aprendizagem ocorre por meio da interação com o outro, e o letramento é resultante dessa interação social, ou seja, um indivíduo sozinho é incapaz de estabelecer um símbolo imbuído de valores sem consenso geral. É necessário que outros indivíduos compactuem das mesmas idéias representadas pelos mesmos signos, caso contrário, sua comunicação será sem valor.

Freire (2006) se referindo a aprendizagem, mas não ao letramento, “a leitura do mundo precede a leitura da palavra, ficando clara na concepção de leitura do autor a superação da decodificação da escrita, devendo existir a partir dessa leitura, uma relação direta com a vivência de cada um, na qual se interligam signos e significados para uma execução em conjunto.

Devemos lembrar que quando usamos o letramento o aluno deverá conseguir desenvolver a capacidade de compreensão e produção textual necessária para transitar pelos diferentes setores sociais e exercer com propriedade a sua posição de cidadão. Para que isso aconteça é preciso que o mesmo saiba ler e escrever, mas deverá estar capacitado para reconhecer vários gêneros contextuais, com capacidade de fazer análise e criar um texto próprio.

Kleiman (2000) cita três níveis de conhecimento essenciais para que a compreensão possa ocorrer. O conhecimento linguístico, o conhecimento textual e o conhecimento do mundo. Esse conhecimento refere-se ao conhecimento da linguagem utilizada pelo autor do texto, o conhecimento textual é adquirido ao longo da aprendizagem de leitura, quando se entra em contato com diferentes gêneros textuais e o conhecimento do mundo é o que permite fazer a interferência, é nossa percepção ativada por meio de nossas memórias.

Esse processo corre no início da alfabetização e não pode ter fim, pois um indivíduo é considerado letrado, quando consegue evoluir junto com a sociedade, para Mortimer e Van Doren (2010) relatam que praticamente todos os homens são capazes de reconhecer as palavras, as frases e seus significados e pronunciá-las oralmente, mas poucas pessoas segundo os autores conseguem escrevê-las corretamente e uma parte menor conseguem realmente associar a sua realidade.

Segundo Brasil (1998), “a leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação e interpretação do texto, a partir dos seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor de tudo o que se sabe sobre a linguagem.” Para que o processo de letramento ocorra, é necessário que haja um conhecimento que servirá de subsídio para a escrita, ou seja, a produção textual é resultado dos conteúdos absorvidos em leituras diversas.

No que se refere ao aprendizado é permeado de fatores políticos, sociais, econômicos e culturais, mas se torna mais visível através da capacidade de produzir um texto, pois segundo Sautchuk (2011), a comunicação verbal, oral e escrita, sempre por meio de textos. De acordo com esse autor “toda a unidade de comunicação é elaborada por alguém e enviada a outro e isso afeta a vida dos dois comunicantes”. Isso nos dá a intensidade do letramento na inserção social do homem.

Para Soares (2010) o letramento se refere aos processos e a capacidade de cada indivíduo, no que se diz respeito da leitura e da escrita. A autora inda nos fala que o indivíduo ao apropriar-se da escrita, torna-o diferente de quem só aprendeu a ler e escrever. Aprender a ler e escrever significa adquirir uma tecnologia, a de codificar em língua escrita.

Soares (2010) fala que quando alguém se apropria da escrita é fazer com que se torne de sua propriedade. Outra dimensão em que observamos esse aprendizado é no meio social, ou seja, como as pessoas utilizam esses aprendizados em uma determinada situação social.

 

O uso de habilidades de leitura e escrita para o funcionamento e a participação adequados na sociedade, e para o sucesso pessoal, o letramento é considerado como um responsável por produzir resultados importantes: desenvolvimento cognitivo e econômico mobilidade social progresso profissional e cidadania.

 

Soares (2010) nos falando ainda do processo, afirma ser um processo que cria condições para a aquisição de uma consciência crítica das contradições da sociedade em que os homens vivem e de seus objetivos, também estimula a iniciativa para que eles desenvolvam a capacidade de desenvolverem projetos capazes de atuar sobre o mundo.

A autora desconsidera o aprendizado fora do ambiente escolar, pois ela considera que o letramento é um processo que deverá ser controlado, embora nem sempre seja coerente com as habilidades de leitura e escrita e as práticas sociais, fora do ambiente escolar.

Para Oliveira (2008) é inegável a importância da apropriação do sistema alfabético de escrita, mas a inserção social do leitor no mundo da escrita deve ser pautada em uma bibliografia, que possam torná-lo um leitor crítico. Soares (2003) defende que o letramento dá adaptação adequada ao ato de ler e escrever, mas segundo a autora “é preciso compreender, inserir, avaliar, apreciar a leitura e a escrita”.

Segundo a autora o letramento tanto dá a capacidade de assimilar técnicas de alfabetização, quanto à capacidade de utilizar essa técnica para algo que envolva a sociedade. A autora ainda afirma que se uma criança sabe ler, mas não lê um livro, uma revista ou um jornal, se sabe escrever, mas não consegue escrever uma carta, é alfabetizada, mas não é letrada.

Ferreiro (2001) nos afirma que a escrita é importante na escola, porque é importante fora dela e não ao contrário, nesse contexto observamos que para uma criança ser alfabetizada plenamente é preciso que a mesma tenha acesso há outros contextos, que interliguem a sua realidade e a sala de aula, afim que ele utilize os saberes da sala de aula, em seu contexto social. (FREIRE, 1991)

Freire (1991) nos afirma que a escrita é uma prática discursiva que na medida em que possibilita uma leitura crítica da realidade, se constitui como um importante instrumento de resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que lutam pela transformação social.

Enquanto o processo de alfabetização preocupa-se com a conquista da escrita de um indivíduo ou um grupo, o processo de letramento preocupa-se com um sistema escrito por uma sociedade. A partir desse contexto e de tudo que lemos até agora para podermos escrever esse artigo, verificamos que o letramento e alfabetização são dois processos que devem andar em conjunto na formação do indivíduo social.

Para que a criança saia do processo de alfabetização para o processo de letramento será preciso que o seu professor traga vários textos, que devem ser utilizados em muitos contextos, de preferência com vários enfoques. Segundo Solé (1998) “a leitura pode ser considerada um processo constante de elaboração e verificação de previsões que levam à construção de uma interpretação”, sempre enfocando que um aluno poderá trabalhar com um texto, mas com diversos enfoques, sempre levando para a sua realidade.

Weisz (1988) já nos ensina que o conhecimento não é “algo externo, que devemos introduzir no aluno, mas sim algo interno, que deverá ser construído, então o aluno não é participante dessa realidade, mas sim o sujeito dela”. Então considerando Vygotsky (1988) sempre que compreendemos a língua escrita, já aprendemos compreender a falada.

Nesse processo de letramento o aluno deverá ser capaz de ler o texto escrito, interpretá-lo e depois ser capaz de criar um texto que tenha como base o texto anterior. Segundo Smith (1989) “o aprendizado pode ser considerado como a modificação do que já sabemos como uma consequência de nossas interações com o mundo que nos rodeia”.

Na realidade isso nos diz que o aluno deverá ser capaz de inserir o texto lido naqueles conhecimentos que ele está construindo, os seus saberes e a sua curiosidade do mundo que o cerca, é isso que o torna um indivíduo letrado.

Para que o aluno possa entender o que ele está lendo é preciso que ele aprenda a construir esse processo diariamente, mas sempre levando em consideração seus conhecimentos adquiridos nas leituras realizadas no mundo. Isso significa que a leitura e a escrita deverão poder inserir esses indivíduos no mundo que o cerca.

Para Freire (2005) isso se torna claro quando se “existe saber na invenção e reinvenção, na busca inquieta, impaciente, permanente, que os homens fazem no mundo, com o mundo e com os outros”

Quando o aluno assume o controle da sua leitura, ele poderá criar objetivos, gerar hipóteses, isto é, criar uma releitura do que está pré-estabelecido pela leitura anterior e a partir disso criar uma nova realidade, isso é letramento.

 

 

Considerações finais

 

Esse artigo procurou discutir os processos de alfabetização e letramento, sob a ótica dos pensadores descritos no texto acima. Procuramos com a leitura dos textos verificarem a possibilidade do aluno desenvolver e participar de interpretar através da leitura todo o contexto social em que vive.

Durante a leitura dos autores concluímos que para o aluno possa aprender a ser letrado, ele deverá ser incentivado à ler todos os tipos de textos, onde o mesmo aprenderá, através da releitura a criar o seu próprio texto e assim interferir e mudar a sua realidade.

Percebemos no decorrer de nosso texto, que alfabetização e letramento são processos diferentes e que ao saber ler e escrever, o aluno poderá ou não ser considerado letrado. Ser um indivíduo letrado, não significa só saber ler e escrever significa interpretar o texto lido e ter a habilidades concretas de escrever o seu próprio texto, coerente e crítico, tendo como base aquele que foi lido por ele.

Um indivíduo letrado poderá mudar a sua realidade, através da interpretação, das realidades de outros, pois um texto criado por um autor e mostra a realidade dele e o aluno deverá ser capaz de criar um texto que demonstre a sua realidade.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BRASIL. Ministério da Educação. Ampliação do Ensino Fundamental para Nove Anos. Brasília, DF. 2004. Relatório.

 

DEMO. Pedro. Leitores para Sempre. Porto Alegre 2º Ed. Porto Alegre: Mediação, 2007.

FREIRE. Paulo & MACEDO, Donaldo, Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. São Paulo: Paz e Terra, 1990.

 

FREIRE. Paulo. Pedagogia do Oprimido. 44º Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

 

KLEIMAN. Ângela. Texto e Leitor, aspectos cognitivos da leitura. 7 ed. Campinas: Pontes, 2000.

 

Preciso Ensinar o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? Cefiel/EIL/ Unicamp, 205-2010.

 

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2004b.

 

SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2001.

 

 

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL FACULDADE FASIPE

Lucinéia Vicente Dias dos Santos

Luzilene Ramos

 

 

INTRODUÇÃO

Esse relatório trata-se de uma pesquisa de observação na instituição, com o objetivo de conhecer a organização e o funcionamento da realidade escolar, através de análise do projeto político pedagógico e entrevista com diretor, coordenador e professores mediante questionário com 11 questões.

As quais revelam que o ponto de destaque do projeto político pedagógico é o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem qualidade de ensino, e que o grande desafio enfrentando pela realidade escolar consiste na inteiração com a família e a indisciplina dos alunos.

A escola desenvolve projetos brincadeira e teatro que oportuniza ás crianças coletivamente socializar no horário do recreio. Sendo que cada dia da semana desenvolve um tipo de brincadeira.

As aulas são organizadas através de um modelo que vem direcionado pela secretaria Municipal, o professor sistematiza conforme sua necessidade, uma cena relevante em sala de aula é a habilidade que o professor utiliza os personagens para envolver a leitura, e os computadores que os professores receberam para melhor direcionar em sua metodologia.

Nessa observação estabelece razões e nível de participações em que todos os seguimentos se integram a comunidade escolar, a educação desta unidade é autêntica, sempre foi um processo de humanização.

O Estágio nos proporcionou vivenciar os conhecimentos, as experiências atuantes da gestão em sua prática, trazendo-nos a importância da participação, colaboração de cada um, no processo do conhecimento, enriquecendo a troca de experiências entre profissionais.

Vivenciamos o trabalho coletivo e interdisciplinar no trabalho pedagógico, de forma interrogativa e investigativa, contribuindo para a construção de saberes e conhecimentos no campo educacional e trazendo mais segurança, eficiência na área Educativa.

 

 

DESENVOLVIMENTO

 

Escola pesquisada: Escola Municipal de Educação Básica, Lizamara Aparecida Oliva de Almeida, situada na rua das margaridas, nº 333 bairro jardim imperial. A escola foi inaugurada 04 de fevereiro no ano de 2000, com o nome jardim imperial, de pré e primeiro grau, sobre o decreto 011/2000. A escola foi construída para atender o ensino fundamental de 1ª e 4ª serie, no bairro e na redondeza, a obra foi realizada para comportar cerca de 1.200 alunos nos três turnos.

 

Em 2004 por prever a implantação do ensino fundamental de 5ª e 8ª serie, a instituição passou receber nova nomenclatura, através do decreto 008/27/04 disposto na lei 9394/96, resolução 150/99, conselho estadual MT.

 

No ano de 2007 a comunidade escolar APM (associação de pais e mestre) prestarão homenagem á professora e secretaria municipal de educação e cultura, Rosa Oliva de Almeida. Passando o nome da escola de Jardim Imperial para EMEB Lizamara Aparecida Oliva de Almeida, Sobre lei 977/2000 e 24/2007 a qual foi denominada instituição, atende em média 500 alunos do bairro jardim imperial e circunvizinho.

Um dos principais desafios atuais da escola e fazer com que as crianças e adolescentes nela permanecem e consiga concluir os níveis de ensino em idade adequada.

Nesta visão de ensino da instituição está voltada ao conhecimento científico através de projetos envolvendo toda a comunidade escolar, pois acreditam que o trabalho pedagógico só terá sucesso a partir do momento em que se realiza um trabalho em equipe atendendo as particularidades e dificuldades de cada aluno valorizando o conhecimento culturalmente acumulado.

 

Charlot (2005) propõe a prática do saber que é “uma forma de mediação entre as lógicas das práticas e aquela dos discursos eruditos” (p. 94).

 

Mediação significa servir de intermédio, ou seja, permitir reflexões coerentes sobre a prática e a teoria, diferentemente, da ideia de integração, que significa incluir, incorporar, e deste modo, agir sem necessariamente produzir reflexão sobre a ação.

A filosofia da instituição tem compromisso com a produção e a difusão do saber culturalmente construído com a formação de cidadão crítico, participativo, criativo, capaz de refletir e tomar decisões, desenvolver os próprios conhecimentos e o próprio potencial para fazer face às demandas cada vez mais complexa da sociedade moderna.

A missão da escola é favorecer o desenvolvimento da capacidade da aprendizagem, tendo em vista aquisição do conhecimento, habilidade e a formação de atitudes e valores garantindo assim serviços educacionais de qualidade, acesso, permanência e sucesso na escola.

Uma cena relevante para conter a indisciplina dos alunos, foi o projeto brincadeira que oportuniza às crianças coletivamente socializar harmoniosamente no horário do recreio. Sendo que cada dia da semana desenvolve um tipo de brincadeira como: Pula corda, elástico, jogos, queimada, bambolê, pé de lata, carrinho e boneca. Esse projeto desenvolve a criatividade, a imaginação e o prazer de viver, diminuindo a agressividade e indisciplina em sala de aula. Durante o período de estágio observamos um projeto de leitura itinerário desenvolvido através de teatro, dramatização e musicalidade, voltado para as obras de Monteiro Lobato.

A 1ª apresentação foi abertura da autobiografia de Monteiro Lobato representado por um aluno. A 2ª apresentação foi com os professores através da leitura da obra memórias de Emilia.A 3ª apresentação à história da fábula Marquez de Rabicó foi dramatizado pelos alunos.

A 4ª apresentação foi à musicalidade do Sítio do Pica- Pau Amarelo.A visão da escola, tornar uma instituição de referência, reconhecida pela qualidade do ensino aprendizagem e serviço prestado com empenho de toda comunidade escolar.

A participação, em seu sentido pleno, caracteriza-se por uma força de atuação consistente pelas quais os membros da escola reconhecem e assumem seu poder de exercer influência na dinâmica dessa unidade social, de sua cultura e dos seus resultados.

As questões da gestão democrática, da descentralização e da autonomia da escola estão presentes, sobretudo, na literatura dirigida à escola pública.

É relativamente grande a produção sobre a gestão democrática e a participação. A ênfase é a de subsidiar a escola para uma mudança de mentalidade e atitude, sem a qual essa organização não poderia ser efetiva. Em seu papel social.

 

 

CONCLUSÃO

 

Esse trabalho foi de fundamental importância, pois contribuiu para que conhecêssemos o (PPP) Plano Político Pedagógico da instituição.

Através de entrevistas feitas com Diretora, Coordenadora e Professores, percebemos que elas estão conscientes da importância do fazer pedagógico.

Podemos observar as diversas estratégias que os professores utilizam para atingir os alunos e assim cumprir seu papel de educador.

Vimos que atualmente aplica-se um método diversificado, ora tradicional, ora construtivista levando em conta as necessidades do aluno, que a escola possui vínculo, mas principalmente com toda a sociedade da qual ela faz parte, pois ela tem a função principal de educar, mas também de mudar toda uma cultura social, influenciando diretamente na formação de cidadãos conscientes do seu papel transformador no mundo.

Através deste estágio foi possível concluir que a arte de ensinar é realmente uma missão, pois requer doação total, o que exige profissionais competentes e conscientes do seu papel de espelho para crianças em formação.

 

 

REFERÊNCIA

 

Chalita, Gabriel. EDUCAÇÃO: a solução está no afeto, editora gente; pag. 117

 

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. 4ª Ed. São Paulo: Editora Gente, edição revista e atualizada, 2004.