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O ALTO ÍNDICE DE DESISTÊNCIA PELOS ADULTOS EM CURSOS LIVRES DE IDIOMAS

Moabe Nunes Camargo

Nidia Halateno

Josiele Contini Fragoso

Adriana Regina Lucchetti

Greice Quele Lucchetti

 

 

1. INTRODUÇÃO

 

1.1 O Tema e a Relevância do Estudo

Como professora de inglês já há alguns anos, às voltas com questões de ensino de línguas, ensinando crianças e adultos, tenho observado com muita frequência o alto índice de desistência pelos adultos em cursos livres de idiomas. Além disso, há um senso comum o qual diz que a língua inglesa é difícil de aprender, que o adulto tem mais dificuldade que a criança e o adolescente, mostrando assim que há um certo preconceito relacionado à aquisição da mesma. Nesses casos, procuro argumentar que independentemente da idade todos são capazes de aprender uma segunda língua, cada um com suas capacidades a serem desenvolvidas. Não deixando de ressaltar que a criança tem mais facilidade com a pronúncia, ela é mais desinibida e espontânea do que o adulto que devido a cobranças e obrigações torna-se mais rígido, ansioso e inibido no seu processo de aprendizagem. Ouvindo comentários de colegas vejo que há vários conceitos referentes a tal situação.

Mas, estaria esse senso comum de acordo com a teoria e a pesquisa de Aquisição de Segunda Língua? Estariam esses professores através do modelo didático dos cursos oferecidos, contribuindo ou não com a desistência? Com esse propósito decidi investigar o que diz a literatura da área. Assim, professores de línguas, preocupados em melhorar a eficácia da aprendizagem de seus alunos, precisam conhecer melhor o que a teoria e a pesquisa dizem para poder iniciar um processo reflexivo acerca da natureza de sua prática. Também, decidi sondar, de maneira mais sistemática, o que os professores de inglês, alunos adultos e colegas de alunos adultos pensam/sabem sobre a aquisição da 2ª Língua no adulto. Estariam eles baseando-se apenas nas suas intuições? Ou teriam buscado informações na literatura da área de aquisição de línguas? Dessa forma, as seguintes perguntas norteiam este estudo:

1. Por que há um alto índice de desistência nos cursos livres na aquisição da 2ª Língua no adulto?

2. O senso comum de que o adulto tem mais dificuldade que a criança e o adolescente estão em consonância com a teoria e pesquisa de aquisição de Segunda Língua?

3. O que pensam professores de inglês sobre essa questão?

Respostas a essas perguntas são importantes por várias razões. Primeiro é importante para o próprio processo de aprendizagem. Alunos de diversas faixas etárias têm diferentes maneiras de aprender, diferentes estágios cognitivos, diferentes estratégias sociais e culturais e a idade, assim, a idade é um dos fatores que pode influenciar o processo de aquisição da Segunda língua. Pesquisas sobre as características do aprendiz têm procurado identificar e relacionar a proficiência da língua do aprendiz com características individuais como inteligência, aptidão, personalidade (grau de extroversão ou inibição, grau de autoestima, grau de empatia, grau de participação), motivação e atitudes, estilos de aprender e a idade de aquisição.

Segundo, é importante para o processo de ensino. O professor ensina para crianças, adolescentes e adultos e, intuitivamente, percebendo que há diferença entre esses aprendizes com base no fator idade, procura escolher materiais e estratégias diferentes para atingir seus objetivos. Constantemente, está a se perguntar: Quais as melhores estratégias para ensinar os adultos? De que maneira posso motivar as aulas para adolescentes ou adultos? E se ficar confirmado que o modelo didático dos cursos livres contribui para a desistência do adulto, então, deve-se repensar tais procedimentos.

Por fim, recentemente, diversos estudos (Wallace, 1991; Richard & Lockhart, 1994) ressaltam a importância de reflexão como forma de o professor visualizar sua prática com maior clareza. Esses modelos propostos visam a compreensão da natureza da prática/ação do professor dentro da sala de aula, enfatizando a importância de se entender o fazer pedagógico a partir do ponto de vista de sistemas de crenças e valores de professores e alunos. Acredito, que uma das maneiras de começar o processo reflexivo é procurar conhecer o que a teoria e a pesquisa dizem sobre aquilo que se deseja conhecer. Enquanto a crença popular soa uníssona em relação ao dito “o adulto tem dificuldade na aquisição de língua estrangeira”, o que a teoria e a pesquisa dizem?

 

1.2. A organização e a metodologia do Estudo

Este estudo compreendeu duas etapas. Num primeiro momento, debrucei-me sobre três livros (Larsen- Freeman & Spada, 1991; Lightbown & Spada, 1993; e Ellis, 1994), considerados referenciais essenciais para quem deseja ter uma visão bastante completa dos desenvolvimentos ocorridos no campo de Aquisição de Segunda Língua. Detive-me nas principais discussões e resultados de pesquisas apresentados sobre as características e motivação do aprendiz adulto na Aquisição da Segunda Língua, procurando ressaltar as principais dificuldades e problemas, assim como as principais implicações para a educação.

Num segundo momento, elaborei e apliquei um questionário (ver apêndice) para sondar a visão de professores de língua estrangeira e alunos dos cursos livres de língua estrangeira sobre o desempenho de alunos adultos no curso de Segunda língua. Esse questionário foi respondido por professores, alunos adultos que fazem o curso e alunos colegas de sala.

Este trabalho, portanto, além da introdução e desta breve seção, compreende o relato do que dizem pesquisadores da área e do que dizem professores e alunos de cursos de língua estrangeira. Ao ler os textos, procurei descobrir pontos de contato ou contraste entre eles e apresentar os pontos de tensão existentes. Ao ler e interpretar as respostas dos informantes, procurei detectar se o senso comum dos professores e alunos estava mais afinado com a crença popular de que “o adulto tem mais dificuldade na aprendizagem” ou se aproximavam mais com o que a literatura da área diz de que devemos considerar fatores como: motivação, idade, metodologia, tempo,ou seja, a junção dos fatores pode levar a uma desistência (Lightbown & Spada, 1993). Finalmente, esboço, na conclusão, as principais implicações deste estudo para as questões relacionadas à prática da sala de aula e para posteriores trabalhos de pesquisa.

 

 

2. REVISÃO DA LITERATURA: O QUE DIZEM OS PESQUISADORES

 

A questão da idade tem sido um tema importante na literatura sobre Aquisição de Segunda Língua não só em termos do ponto de vista teórico, questionando se a faculdade inata da linguagem continua a funcionar para além do período crítico (algum ponto no fim da puberdade), mas por razões práticas, ou seja, há um questionamento em relação à aquisição da língua no adulto. Alunos de diferentes idades realmente aprendem línguas de maneira diferentes? Seria mais proveitoso, então, o professor valer-se de abordagens, técnicas e materiais diferentes?

O debate envolve dois pontos: Se há diferenças significativas na aprendizagem de Segunda língua de acordo com a idade e as explicações dadas pelos pesquisadores àquelas diferenças encontradas.

Lightbown & Spada (1993: 42) apontam que é muito difícil comparar o aprendiz-criança e o aprendiz-adulto devido às condições a que estão expostos para a aprendizagem de línguas serem diferentes, considerando o contexto de Segunda língua. Crianças aprendem a língua num ambiente mais informal, geralmente, com mais tempo para ouvir e usar a língua sem pressão para falar e usar correta e fluentemente. Além do mais, seus primeiros esforços geralmente imperfeitos são sempre bem-vindos e aceitos. Adultos e adolescentes aprendem a língua com freqüência em ambientes que demandam linguagem e expressão de idéias mais complexas. Como resultado da falta de domínio da língua, adultos se sentem inibidos e desenvolvem um sentimento de frustração. Lightbown & Spada também ressaltam que em pesquisas em contextos educacionais relatam crianças apesar de começarem a língua estrangeira na escola primária não demonstraram desempenho melhor ao longo dos anos do que aquelas que começaram na pré- adolescência ou na idade adulta. Há também inúmeros “causos” sobre adolescentes e adultos que conseguiram alcançar altos níveis de proficiência na Segunda língua. Ainda de acordo com Lightbown & Spada (1993: 43), é importante notar que “em termos de pesquisa neurológica ainda não foi demonstrado que as supostas mudanças no cérebro ocorrem na puberdade.”

A controvérsia na literatura segue três direções. Segundo Larsen-Freeman & Long (1991: 154), alguns estudiosos (Ellis, 1985; Flege,1987; Genesee, 1988; Snow, 1983) argumentam que a aquisição da Segunda língua obedece aos mesmos processos e mecanismos, independentemente se o aprendiz é criança ou adulto e ambos são bem-sucedidos. Outros (Hatch, 1983; Mclaughlin, 1984) acham que os dados não são tão claros e que adultos estão em desvantagem somente em algumas áreas em relação à criança,especialmente na área de fonologia.

Levando em consideração o questionamento relacionado ao índice de desistência, em relação aos cursos livres de língua estrangeira, apresento na seção abaixo os resultados de estudos mais citados.

 

2.1 Pesquisa sobre fatores que afetam a aquisição da segunda língua

De acordo com Lightbown & Spada (1993), existem vários fatores como motivação, inteligência, e a qualidade do ensino que propiciam um bom desempenho na aquisição da Segunda língua, mas isso não quer dizer que sejam determinantes. Por exemplo, a motivação é um fator a ser pensado em relação à aquisição da Segunda língua pelo adulto, pois um adulto após um dia de trabalho, se não estiver motivado através de atitudes favoráveis ao seu desempenho, certamente usará como um motivo para sua desistência.

Outra característica que segundo alguns estudiosos, tem influência no desempenho do aprendiz, é a personalidade, diferentes estudos mostram que aprendizes desinibidos, extrovertido, levam vantagens na aprendizagem da Segunda língua. Todavia não há uma só personalidade que defina o bom aprendiz, mas sim a junção de todas.

Uma outra questão a ser levantada é em relação ao estilo de aprendizado, estudos mostram que alguns aprendizes preferem estratégias que facilitem seu aprendizado, afirmam também que somente ao ouvirem uma vez, duas vezes, conseguem alcançar um entendimento satisfatório. Eles precisam viver o novo conhecimento de forma que os envolva completamente.

Alguns estudos (Lightbown & Spada 1993:42) investigaram a relação entre a idade da aquisição e o desenvolvimento da Segunda língua, e nos relatam que aprendizes jovens em um ambiente de aprendizagem informal costuma ter mais tempo para dedicação aos estudos. Eles têm mais oportunidades para ouvir e usar a língua, enquanto que aprendizes adultos estão frequentemente em situações que exigem uma língua mais complexa e expressões de ideias mais estruturadas. Adultos se sentem embaraçados pela falta de controle da língua e isso os leva a frustração. Assim, podemos dizer que tais características contribuem para o sucesso do aprendiz, mas seu sucesso também contribuem para a intensificação das mesmas. De acordo com pesquisas, “a experiência é o livro vivo do aprendiz adulto.” (Linderman, 1926), ou seja, o adulto ao longo de sua vida acumula conhecimentos e experiências, aprende com seus erros a perceber que o que não sabe lhe faz falta, sendo assim, busca um sistema de ensino onde é levada em consideração a diferença relacionada a sua idade, infelizmente se o curso ao qual está frequentando não oferece tal procedimento, o mesmo é levado à desistência.

Outra questão a ser considerada, é a maneira pela qual o professor conduz suas aulas. O adulto por ser um pouco mais exigente, quer um tratamento pelo qual não se sinta podado, ou seja, correção excessiva de erros pode ter um efeito negativo na motivação. Por outro lado, isso não significa que o professor não deve chamar a atenção do aluno aos seus erros, o mesmo tem obrigação de ajudar seus alunos a fazerem o melhor.

Como deveríamos, então, após ler, reler, entender e interpretar os resultados das pesquisas mais citadas, tanto em ambientes naturais quanto em ambientes formais, responder à pergunta “Porque há um alto índice de desistência nos cursos livres na aquisição da Segunda Língua no adulto?” - a principal pergunta a motivar este estudo.

Para que o aprendiz não desista do seu curso, diríamos que o professor e escolas de cursos livres devem repensar seus atos levando em consideração os fatores acima relacionados. Estudos como o de Lightbown & Spada (1993), apontaram que os adultos necessitam de estímulos, assim como qualquer aluno de outra idade, bem como sendo levado em consideração a junção de tais fatores. No entanto, como afirmam Lightbown & spada (1993:50) é sempre bom lembrar-se dos contextos desses estudos; eles lidam com ambientes naturais e com níveis altos de proficiência. Sabemos que nem sempre o domínio total da língua é o objetivo para todos os aprendizes de segunda língua em todos os contextos. Considerar os contextos de ensino são essenciais antes de apressadamente concluirmos sobre a necessidade ou desejo de sanar todos os obstáculos enfrentados na aquisição da segunda língua pelo adulto e também pelo professor que ministra tais cursos. Sabemos também, de acordo com pesquisas (Burstall,1975, Snow & Hoefnagel-Höhle, 1978) e experiências, que aprendizes mais velhos podem alcançar altos graus de proficiência na segunda língua.

Na próxima seção, apresento o que os professores, alunos e colegas de alunos disseram sobre o índice de desistência nos cursos livres na aquisição da segunda língua pelo adulto.

 

 

3-A LEITURA DOS QUESTIONÁRIOS: O QUE DIZEM OS PROFESSORES, ALUNOS E COLEGAS

 

Nesta seção, leio e interpreto as respostas dadas pelos professores às seis perguntas elaboradas por mim para sondar a opinião dele em relação ao índice de desistência nos cursos livres na aquisição da 2ª língua pelo adulto, investigando se há confirmação entre eles em relação aos fatores que levam os alunos à desistência.

 

1- Na sua opinião, a metodologia utilizada nos cursos livres de língua estrangeira contribui com a desistência do aluno adulto?

 

Dentre os cinco professores investigados, três apontam que a metodologia realmente influencia na desistência do aprendiz, enquanto que dois acreditam que não.

 

Sim. Porque o aluno não está preparado para as mudanças que ocorre.(professora 3, 10/08/03)

 

Sim, porque o aprendizado de um adulto é diferente de um aluno adolescente ou infantil. (professora 1, 05/08/03)

 

Penso que sim. O adulto tem pressa e não tem muito tempo. Penso que a metodologia deveria ser centrada na comunicação e de forma dinâmica. (professora 4,10/08/03)

 

Acho que não, pois a metodologia é constantemente atualizada, adequando-se a modernidade e exigências do nosso público alvo. (professora 5,11/08/03)

 

Não. (professora 2, 09/08/03)

 

Em relação aos alunos questionados a respeito da pergunta de nº 1, dentre os cinco, três disseram que não. Um aluno observou que às vezes pode haver influência e um aluno afirma que realmente existe uma influência em relação à metodologia e a desistência do aluno adulto nos cursos livres de língua estrangeira.

 

Acredito que sim, pois tal metodologia não tem levado em consideração as múltiplas realidades dos alunos. (aluno 2, 09/08/03)

 

Não, a metodologia está cada vez mais dinâmica e o adulto precisa ser motivado. (aluno 4, 11/08/03)

 

Não. (aluno 1, 09/08/03)

 

A maioria das vezes não 20%..(aluno 5, 13/08/03)

 

Às vezes, as aulas sempre têm que ser renovada, a cada semestre. (aluno 3, 11/08/03)

 

De acordo com os colegas de alunos questionados a respeito da pergunta acima citada, três disseram que sim, e dois foram categóricos em dizer que não.

 

Na maioria das vezes sim, pois o aluno que não estuda uma língua estrangeira há tempo, tem um choque quando inicia seu curso. (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

Sim, pois o que pode em alguns casos, motivar o aluno é seu material e seu professor. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Sim. Não são todas as escolas que ensinam e tratam seus alunos da maneira correta. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

Não somente a metodologia em si, mas a relação entre o professor e o aluno. (colega de aluno 4,13/08/03)

 

Não. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

De acordo com as respostas oferecidas pelas quinze pessoas envolvidas com aquisição da segunda língua, existe uma evidência de que há uma contribuição para o alto índice de desistência através da metodologia, levando ao entendimento de que realmente professores e escolas devem repensar seus métodos, através de uma busca constante de estratégias para um bom desempenho tanto pessoal quanto profissional.

 

2- Qual é o principal fator que estimula à desistência nos cursos livres de língua estrangeira pelo adulto?

 

Ao analisar as respostas dos cinco professores questionados, percebi que não há uma resposta padrão para tal pergunta, mas o fator tempo foi um dos itens mencionados com mais frequência.

 

A inibição, o medo de errar e se expor diante dos colegas e a grande falta de “tempo” à dedicação do aluno ao curso. (professora 5, 11/08/03)

 

Falta de estímulo (professora 1, 05/08/03)

 

Falta de disciplina para estudo em casa. (professora 2, 09/08/03)

 

Dificuldade em dedicar mais tempo e ao mesmo tempo é muito conteúdo para pouco tempo. (professora 4, 10/08/03)

 

Falta de preparo e conhecimento de sua própria língua. (professora 3, 10/08/03)

 

Quando questionei os alunos adultos a respeito da pergunta acima citada, vi que mesmo sem mencionar o fator tempo, o mesmo está nas entre linhas dos depoimentos abaixo citados.

 

As ocupações e os problemas pessoais. (aluno 5, 13/08/03)

 

Suas atividades vida diária, trabalho, família. (aluno 1, 09/08/03)

 

Falta de tempo para que o mesmo tenha dedicação para realizar suas tarefas e exercícios de audição. (aluno 4, 11/08/03)

 

São dois fatores: a metodologia tradicional centrada na “decoreba”, e os conteúdos, cujo caráter ideológico foge da realidade. (aluno 2, 09/08/03)

 

Sempre a mesma metodologia, não oferece algo diferente para o aluno. (aluno 3, 11/08/03)

 

Lendo e analisando as respostas oferecidas pelos colegas dos alunos pude observar que eles têm a mesma opinião que os alunos em relação ao fator tempo, ou seja, segundo os mesmo, tempo é um fator primordial.

 

A exigência de tarefa do aluno adulto e, em alguns casos a timidez que alguns professores não conseguem erradicar em seus alunos. (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

A falta de tempo, dinheiro e até mesmo de interesse. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

Falta de tempo, às vezes as condições financeiras e desinteresse. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Falta de interesse que muitos alunos têm. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

É a expectativa criada pela falsa ideia que se forma antes de ter contato direto com a língua. (colega de aluno 4, 13/08/03)

 

Pode-se observar que realmente o fator tempo influencia na aquisição da segunda língua, dando-se a entender que este tem um peso grande na aprendizagem.

 

3- A forma como os cursos são organizados, é direcionada para todas as idades?

 

Posso afirmar que os professores em sua maioria foram categóricos em afirmar que não, sendo que somente um afirma que sim.

 

Não. O curso parece mais para adolescentes que vêm estudando desde pequeno. (professora 4, 10/08/03)

 

Não, deveria ser organizado diferente, de acordo com as idades. (professora 1, 05/08/03)

 

Nem sempre. (professora 2, 09/08/03)

 

Depende do curso ser exclusivo ou não. (professora 3, 10/08/03)

 

Sim. Inclusive a nossa escola ampliou e modernizou o curso infantil, devido ao crescente interesse dos pais em trazerem as crianças aos cursos de idiomas, tendo em vista a facilidade das mesmas (professora 5, 11/08/03)

 

Em relação aos alunos questionados, vi que a maioria afirma que sim, enquanto que um diz que não.

 

Sim. (aluno 5, 13/08/03)

 

Sim. (aluno 1, 09/08/03)

 

Sim, não tem idade para quem quer fazer cursos, para seu aperfeiçoamento. (aluno 3, 11/08/03)

 

Em algumas escolas sim, e se a escola tem a responsabilidade de oferecer ao aluno os conteúdos que por ele serão assimilados, com certeza dará certo. (aluno 4, 11/08/03)

 

A organização dos nossos cursos não prioriza idades e sim classes sociais. (aluno 2, 09/08/03)

 

Analisando as respostas dadas pelos colegas dos alunos, observa-se que os mesmo pensam ao contrário de seus colegas, os mesmos afirmam que não há um direcionamento em relação à idade, sendo que somente um afirma que sim.

 

Não. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

Não. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Não. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

Não há como diferenciar uma língua pela idade, mas sim pelo objetivo buscado ao buscar este recurso. (colega de aluno 4, 13/08/03)

 

Pela experiência que tenho acredito que sim, mas sugiro que alguns cursos para iniciantes ofereçam ao aluno a opção de só falar a fim de vencer a timidez ... (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

Vi nestas respostas que mais uma vez o fator idade é levado em consideração pela maioria dando-me a entender que as escolas não estão priorizando-o, por isso acredito que é de suma importância buscarmos junto à escola uma solução para tal situação.

 

4- O fator idade tem influência na aquisição da Segunda Língua?

 

Três professores no total de cinco afirmam que sim, enquanto que dois não.

 

Sim, mas nunca é tarde para se ter um começo. (professora 1, 05/08/03)

 

Sim. . (professora 2, 09/08/03)

 

Sim. Quanto antes melhor, pois a criança tem um grande poder de absorção de novos aprendizados. (professora 5, 11/08/03)

 

Não, mesmo porque o adulto que quer aprender uma segunda língua é porque sabe do porquê e do valor. (professora 4, 10/08/03)

 

Nem sempre, depende muito do aluno. (professora 3, 10/08/03)

 

Quanto aos alunos, vi que os mesmos pensam como seus professores, ou seja, a idade influencia. Dos cinco questionados três afirma que sim e dois têm suas dúvidas.

 

Quanto mais jovem se inicia um curso maior a chance do aluno em assimilar a pronúncia, o adulto muitas vezes sente vergonha de errar e isto dificulta o aprendizado. (aluno 4, 11/08/03)

 

Sim. (aluno 5, 13/08/03)

 

Tem influência determinante. Daí a necessidade de abordagem metodológica, técnicas e conteúdos adequados. (aluno 2, 09/08/03)

 

Acredito que o fator de maior influência ainda é o “tempo”. (aluno 1, 09/08/03)

 

Não, temos que ter força de vontade para termos e adquirir vários conhecimentos e hoje é uma necessidade para o campo de trabalho e para a vida social onde vivemos é uma cultura. (aluno 2, 09/08/03)

 

Em relação aos colegas de alunos a maioria disse que não, dentre os que disseram não podemos ler as entre linhas de que acreditam que há uma possibilidade, apenas um foi categórico em sua afirmação.

 

Não, acho que não tem idade para aprender, mas quanto mais cedo melhor. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

Não. Quanto mais cedo melhor, porém nunca é tarde. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Não, o que faz aprendermos ou não uma língua é o interesse que demonstramos. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

Não acredito. Acho que a busca por conhecimento e o fato de atuarmos num mercado competitivo. (colega de aluno 4, 13/08/03)

 

Como professora de língua estrangeira, defendo a ideia que quanto mais cedo se iniciar a aprendizagem de uma língua estrangeira, após uma boa aquisição da língua materna será melhor. (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

Com esta pergunta fecho o raciocínio acima exposto, pois observamos o quanto é importante considerarmos o fator idade, haja vista que já foi levado em consideração em várias pesquisas, entre elas “Idade e Aprendizagem de Língua Estrangeira: Crenças e Fatos”.

 

5- Após um dia de trabalho, um aluno adulto tem condições de deixar as preocupações de lado, concentrando-se somente em seu curso?

 

Observei que dos professores questionados dois dizem que sim, enquanto que três, mesmo sem dizer claramente, através de suas palavras dá-me a entender que não.

 

Claro que sim. A não ser que tenha um problema muito forte. (professora 4, 10/08/03)

 

Sim. Mas o aproveitamento é menor. (professora 2, 09/08/03)

 

Não, normalmente as preocupações o acompanham. (professora 3, 10/08/03)

 

Esta é a grande missão do professor, que deverá estimulá-lo constantemente, pois o adulto iniciante é o maior candidato à desistência. (professora 5, 11/08/03)

 

Depende muito da pessoa e do trabalho, mesmo assim hoje está difícil deixar as preocupações de lado. (professora 1, 05/08/03)

 

Dos cinco alunos, dois dizem que não, dois sim e um acredita que depende do dia de trabalho.

 

Não, o adulto ao contrário da criança e do adolescente não pode priorizar seu curso, deixando assim em segundo plano, pois a administração do lar e o trabalho têm que estar em primeiro plano. (aluno 4, 11/08/03)

 

Não, porque se ele trabalha com uma carga horária além do que é permitido, você não tem como concentrar, devido ao cansaço e os problemas que trazem para casa. (aluno 3, 11/08/03)

 

Após um dia de trabalho sim, preocupações problemas não. (aluno 5, 13/08/03)

 

Essa é uma concepção cartesiana já superada pelas descobertas sobre a inteligência emocional. (aluno 2, 09/08/03)

 

Depende do dia que ele teve. (aluno 1, 09/08/03)

 

Os colegas na sua maioria afirmam que não, sendo somente um com a ideia sim.

 

Acredito que sim. (colega de aluno 4, 13/08/03)

 

Não. O aluno adulto e principalmente se for casado, recebe/sofre uma sobrecarga de responsabilidade que interferem em seu curso. (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

Não é impossível, mas muito difícil. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

Não. É bem melhor se o aluno estiver com a cabeça livre para o aprendizado. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Só basta ter interesse. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

Ao analisar as respostas acima dadas, percebi que o aluno adulto tem uma carga de responsabilidades que segundo os entrevistados colabora com o aprendizado do aluno, e isso nos leva a entender que realmente fica difícil haver um bom desempenho do aluno adulto nos cursos.

 

6-No aprendizado da Segunda Língua, quem é o maior responsável pela aquisição da mesma: a) Professor; b) Aluno; c) Escola?

 

Nesta sexta e última pergunta, três professores acreditam que é o conjunto dos itens acima citados que são responsáveis pelo aprendizado, ou seja um não vive sem o outro. Enquanto que dois afirmam que o professor tem um peso maior nesta tarefa.

 

Ambos, deve haver sintonia entre aluno e professor e escola. (professora 3, 10/08/03)

 

Todos. Um não sobrevive sem o outro. (professora 5, 11/08/03)

 

O conjunto é responsável, mas principalmente o professor, o aluno tem que se sentir livre para falar e se expressar desde que seja para a melhoria do aprendizado. (professora 1, 05/08/03)

 

Todos são responsáveis. Mas o professor tem uma contribuição muito grande. (professora 4, 10/08/03)

 

Professor. (professora 2, 09/08/03)

 

Os alunos em sua maioria também compartilham da mesma ideia em relação a esta pergunta, sendo que um afirma que em primeiro lugar é o professor sendo seguido do aluno e outro afirma que primeiro o aluno sendo seguido do professor e da escola.

 

Acredito que ambos têm responsabilidades iguais, o professor por diferenciar cada aluno, cada qual com seus problemas, (questão trabalho, horário) o aluno sabendo que tem que se dedicar se quiser concluir o curso, e a escola com materiais para facilitar o aprendizado do aluno. (aluno 1, 09/08/03)

 

Professor, aluno, escola forma um triângulo onde o sucesso de um depende do empenho do outro, não consigo determinar o principal responsável, acredito que se houver empenho das partes em percentual igual o sucesso é garantido. (aluno 4, 11/08/03)

 

Nem um nem outro. São todos, pois cada parte compõe o todo. Este todo é a aprendizagem e sua efetivação depende do desempenho das partes, ou seja, escola, aluno e professor e outros fatores. (aluno 2, 09/08/03)

 

O professor tem que oferecer uma aula criativa, onde o aluno possa ficar cada vez mais interessado. Estimular cada vez mais seu interesse pelas aulas. (aluno 3, 11/08/03)

 

Em primeiro lugar o aluno, em segundo o professor e em terceiro a escola. (aluno 5, 13/08/03)

 

Quanto aos colegas a maioria afirma que o aluno é o principal responsável pelo aprendizado (três), colega de aluno 1 diz que é o aluno e o aluno 2 diz que é a junção de todos.

 

O aluno deve demonstrar o maior interesse que se pode. (colega de aluno 1, 11/08/03)

 

O aluno. A facilidade ou não, a persistência e as estruturas psicológicas do aluno são as maiores responsáveis, todavia não se pode destacar a importância de um ótimo profissional bem como a metodologia aplicada pela escola. (colega de aluno 5, 11/08/03)

 

O aluno. (colega de aluno 4, 13/08/03)

 

O professor faz o papel mais importante, pois este é quem transmite todo o conhecimento. (colega de aluno 3, 11/08/03)

 

Acho que tem que ser um conjunto, todos devem contribuir. (colega de aluno 2, 11/08/03)

 

Note-se que a maioria disse que é a junção de todos os itens acima citados, ou seja, professor, aluno e escola têm um papel fundamental na aprendizagem, não existindo assim uma separação por importância.

Na próxima seção, teço as considerações finais do trabalho procurando focalizar as três perguntas de pesquisa que motivaram este estudo.

 

 

4. AS CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

A análise dos questionários mostrou que a crença popular de que “o adulto tem mais dificuldade que a criança e o adolescente”, prevalece entre os entrevistados. Com exceção de alguns entrevistados a maioria acredita que o aluno adulto tem mais dificuldade para aquisição da segunda língua.

A crença popular de que “adulto tem mais dificuldade que a criança e o adolescente”, em parte, está em consonância com a posição de alguns estudiosos da área, tendo em vista a hipótese do período crítico. Segundo essa hipótese, é até o início da puberdade que o mecanismo inato para a aprendizagem de línguas está em funcionamento, proporcionando ao aprendiz maior facilidade para aprender a segunda língua e adquirir a pronúncia sem sotaque. Pesquisadores como Harley (1986), Krashen, Long & Scarcela, (1979), Patkowski (1990), Seliger (1978) e Scovel (1981) dão apoio à hipótese do período crítico. Eles acreditam que aprendizes mais jovens levam vantagem em relação aos adultos quanto á aquisição de pronúncia totalmente livre de sotaque. Por sua vez, Larsen-Freeman & Long (1991:166) dizem que os dados examinados por eles mostram que as crianças sem dúvida nenhuma ganham não só quantitativamente, mas qualitativamente dos adultos. Somente as crianças alcançam habilidades e padrões iguais às de um falante nativo. Isso está claro na área da fonologia, mas também está se tornando evidente nas outras áreas: sintaxe, habilidade de ouvir, discurso e pragmática.

Contudo, essa conclusão não encontra unanimidade entre os pesquisadores. Segundo Larsen-Freeman e Long (1991:154), alguns estudiosos, como Ellis (1985), Fledge (1987), Genesee (1988) e Snow (1983) argumentam que a aquisição de segunda língua obedece aos mesmos processos e mecanismos independente se o aprendiz é criança ou adulto e ambos são bem-sucedidos. Para Lightbown & Spada (1993:47), a aprendizagem de línguas que ocorre após o período crítico não seria baseada na capacidade inata de linguagem, mas dependeria de habilidades mais gerais de aprendizagem. No estudo realizado por Snow e Hoefnagel-Höele (1978), foram os adolescentes que demonstraram os mais altos graus de desempenho. As autoras concluíram que os seus resultados trouxeram evidência de que não existe um período crítico para aprender uma outra língua. Em geral, pode-se concluir que a pesquisa até esta data sugere que o efeito do período crítico pode ser mínimo no caso de aquisição da gramática, mas é mais significativo no caso de aquisição de pronúncia.

Em outras palavras, aprendi, com a realização deste trabalho, que a relação idade-aprendizagem de segunda língua ainda não é um assunto totalmente resolvido entre os pesquisadores e há necessidade de outras pesquisas, principalmente, em contextos de língua estrangeira onde os aprendizes têm contato com a mesma quase que exclusivamente nas salas de aulas. Pesquisadores continuam divididos quanto à melhor idade para se iniciar o processo de aprendizagem. Uns acreditam que as pesquisas têm favorecido a crianças, outros apontam em direção aos adolescentes. Parece haver um consenso de que o adulto, embora seja mais difícil adquirir a pronúncia nativa, eles são habilidosos nas outras áreas. A crença de que “adulto tem mais dificuldades no aprendizado da segunda língua que as crianças” parece ser confirmada parcialmente pelas pesquisas. Ela aplica-se talvez mais aos contextos de segunda língua, onde os aprendizes têm oportunidades de obter grande quantidade de insumo do que nos contextos formais de ensino.

Em relação ao índice de desistência por parte dos alunos adultos, segundo alguns estudiosos da área, professores, alunos e colegas de alunos, isso se dá também, devido ás responsabilidades, tanto profissional, quanto pessoal de cada um, outra questão que foi levantada também é em relação ao fator tempo, e este como vi está presente em todo momento que questionei alunos em relação a estudar uma língua estrangeira. Alinhando-se com Lightbown & Spada, sugiro que as escolas que ainda não repensaram seu proceder que busque através de um levantamento interno os empecilhos existentes, pelos quais estão dificultando o aprendizado e estimulando à desistência. Fatores determinantes como motivação, inteligência, e a qualidade do ensino propicia um bom desempenho na aquisição da segunda língua.

Portanto, escolas, professores e alunos preocupados com seu desempenho devem buscar soluções que possam estar satisfazendo a todos. Assim podemos ver que o conjunto formado por professores, escolas e alunos, cada qual desempenhando seu papel satisfatoriamente, obterá êxito nos cursos de língua estrangeira.

Sabemos que a aprendizagem de línguas implica um longo caminho. Para aqueles que querem um conhecimento mais aprofundado de uma língua estrangeira é importante freqüentar um excelente curso de idiomas por vários anos, a fim de obter maior exposição à língua e receber maior quantidade e diversidade de insumo. Levando em consideração que “... a experiência é um livro vivo do aprendiz adulto” (Linderman, 1926), nada como uma boa inserção em um bom curso para assim fazer-se valer de que a prática faz a perfeição.

Finalmente, para concluir, posso dizer que esta pesquisa ajudou-me a entender que é imprescindível para nós, professores, conhecer melhor o que a teoria e a pesquisa dizem, se quisermos fortalecer a nossa prática e o profissionalismo do ensino de língua estrangeira e iniciar um processo reflexivo acerca da natureza de questões de ensino e aprendizagem que envolve a prática de sala de aula.

 

 

BIBLIOGRAFIA

 

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WALLACE, M. 1991. Training Foreign Language Teachers: A Reflexive Approach. Cambridge: Cambridge University Press.

 

 

APÊNDICE

 

No momento estou investigando o índice de desistência nos cursos livres língua estrangeira para concluir minha monografia do Curso de Pós-graduação (Instituto Várzea-grandense de Educação). Suas informações sobre o assunto são extremamente importantes para a realização do meu trabalho, assim agradeço se você puder responder o questionário abaixo.

 

 

Questionário

 

Nome:

Escola que leciona/estuda:

 

1-Na sua opinião, a metodologia utilizada nos cursos livres de língua estrangeira contribui com a desistência do aluno adulto?

 

2-Qual é o principal fator que estimula à desistência nos cursos livres de língua estrangeira pelo adulto?

 

3-A forma como os cursos são organizados, é direcionada para todas as idades?

 

4-O fator idade tem influência na aquisição da Segunda Língua?

 

5-Após um dia de trabalho, um aluno adulto tem condições de deixar as preocupações de lado, concentrando-se somente em seu curso?

 

6-No aprendizado da Segunda Língua, quem é o maior responsável pela aquisição da mesma: a) Professor; b) Aluno; c) Escola?