EDUCAÇÃO DO CAMPO: A IMPORTÂNCIA DA LUDICIDADE
Eunice Souza dos Reis Giovani
RESUMO
Buscando explicitar melhor acerca da temática, este estudo tem como objetivo explicitar as questões sobre a ludicidade na educação infantil, visando que a ludicidade é uma das maneiras mais eficazes para envolver as crianças nas atividades de construção de conhecimento, contribuindo para a formação do cidadão, e são várias as suas manifestações: jogar, brincar, recrear, lazer. Enquanto se divertem, as crianças se conhecem, aprendem e descobrem o mundo. Para as crianças exercerem sua capacidade de criar é necessário que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas. A maneira como a criança brinca reflete sua forma de pensar e agir. A educação infantil implementada no espaço da escola não deve se limitar apenas a repassar informações, a compreender o ensino e a aprendizagem como fenômeno isolado, mas ajudar a criança a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade, a formar para a vida, desenvolvendo seu ato criador. Esse é o seu real objetivo. Para uma melhor sistematização de conhecimento, recorri a autores especialistas como: Romera (2007), Kishimoto (1996), Kramer (2007), Rosa (2001), Kozel (1996), entre outros.
Palavras-chave: Construção do conhecimento, Ludicidade, Escola no Campo.
Introdução
O presente Trabalho de Graduação tem como tema “Educação do Campo: A Importância da Ludicidade”. O mesmo se justifica pela sua importância, porque o lúdico é uma das maneiras mais eficazes para envolver as crianças nas atividades de construção de conhecimento, contribuindo para a formação de cidadão, e são várias as suas manifestações: jogar, brincar, recrear, lazer. Enquanto se divertem, as crianças se conhecem, aprendem e descobrem o mundo. “Os jogos e as brincadeiras propiciam a ampliação dos conhecimentos infantis por meio da atividade lúdica” (BRASIL, 2001, p. 27). Os objetivos elencados para o mesmo buscam explicitar as questões sobre a educação e o lúdico, a escola e o lúdico, o educador e a ludicidade na educação infantil, e a criança e o lúdico. A metodologia adotada para o desenvolvimento deste trabalho é a revisão bibliográfica, trazendo posicionamentos de autores especialistas no assunto como: Romera (20007), (Brasil (2001), Kishimoto (1998), Santos (2001), Kramer (2007) entre outros.
Nesta perspectiva, construiu-se questões que nortearam este trabalho:
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Visar o desenvolvimento das áreas psicomotoras, perceptivas, de atenção, raciocínio e estimulação para o contato com os objetos;
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Compreender o jogo, o brinquedo e a brincadeira como atividade que promove mudanças significativas no desenvolvimento infantil e não apenas como um elemento presente no cotidiano das crianças;
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Abordar discussões sobre as atividades lúdicas que são alternativas metodológicas facilitadoras do aprendizado da criança, sendo importantíssimo seu uso de maneira extensiva para facilitar a aquisição do conhecimento e interação;
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Associar as atividades lúdicas aos objetivos da formação integral, no intuito de proporcionar a aprendizagem, devendo ser articuladas de forma integrada, conforme a realidade sociocultural da criança, seu estágio de desenvolvimento e o processo de construção de conhecimentos.
O ser humano nasceu para aprender, apropriar-se do conhecimento, construí-lo e reconstruí-lo, desde o mais simples até os mais complexos. É isso que lhe garante a sobrevivência. Em todas as fases de sua vida o ser humano aprende coisas novas pelo contato com seus semelhantes e pelo domínio sobre o meio em que vive. Independente da cultura, raça, classe social toda criança brinca e todos os seus atos estão ligados à brincadeira. O trabalho com jogos na Educação Infantil, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização. Além disso, o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação ente os educandos. A atividade lúdica, longe de ser uma concepção ingênua de passatempo, diversão superficial, brincadeira, é uma ação inerente à criança e aparece como forma transacional em direção a algum conhecimento, que se reorganiza nas trocas entre o pensamento individual e o coletivo.
O presente estudo está fundamentado em revisão literária e tem como objetivo considerar o brincar como condição que propicia às crianças pequenas se desenvolverem em seus mais diferentes aspectos: sociais, psicomotores, afetivos, cognitivos. Através da brincadeira a criança descobre seus limites, incorporam novas habilidades e formulam novos conceitos de si mesma, é capaz de explorar o mundo e compreender regras, além de ser uma prática dinâmica e inovadora, instiga a criança a aprender de forma significativa e prazerosa. Uma proposta lúdico-educativa torna-se um desafio à prática do professor, pois não basta apenas selecionar, preparar, planejar e aplicar os jogos, precisa também participar no decorrer da aplicação do jogo. É necessário jogar, brincar com as crianças, mas sempre observando, no desenrolar, as interações e trocas de saberes entre eles.
Desenvolvimento
O trabalho com jogos na Educação Infantil, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização. Além disso, o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação ente os educandos. A atividade lúdica, longe de ser uma concepção ingênua de passatempo, diversão superficial, brincadeira, é uma ação inerente à criança e aparece como forma transacional em direção a algum conhecimento, que se reorganiza nas trocas entre o pensamento individual e o coletivo.
O presente estudo está fundamentado em revisão literária e tem como objetivo considerar o brincar como condição que propicia às crianças pequenas se desenvolverem em seus mais diferentes aspectos: sociais, psicomotores, afetivos, cognitivos. Através da brincadeira a criança descobre seus limites, incorporam novas habilidades e formulam novos conceitos de si mesma, é capaz de explorar o mundo e compreender regras, além de ser uma prática dinâmica e inovadora, instiga a criança a aprender de forma significativa e prazerosa.
Uma proposta lúdico-educativa torna-se um desafio à prática do professor, pois não basta apenas selecionar, preparar, planejar e aplicar os jogos, precisa também participar no decorrer da aplicação do jogo. É necessário jogar, brincar com as crianças, mas sempre observando, no desenrolar, as interações e trocas de saberes entre eles. A utilização de jogos na escola não é algo novo, assim é bastante conhecido do seu potencial para o ensino e aprendizagem em muitas áreas do conhecimento. O uso de jogos implica uma mudança significativa nos processos de ensino e aprendizagem que permite alterar o modelo tradicional de ensino, que muitas vezes tem no livro e em exercícios padronizados seu principal recurso didático.
O trabalho com jogos na Educação Infantil, quando bem planejado e orientado, auxilia o desenvolvimento de habilidades como observação, análise, levantamento de hipóteses, busca de suposições, reflexão, tomada de decisão, argumentação e organização. Além disso, o trabalho com jogos é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação ente os educandos. A atividade lúdica, longe de ser uma concepção ingênua de passatempo, diversão superficial, brincadeira, é uma ação inerente à criança e aparece como forma transacional em direção a algum conhecimento, que se reorganiza nas trocas entre o pensamento individual e o coletivo. Nesse sentido, precisa-se compreender a importância da atividade lúdica como elemento imprescindível no desenvolvimento infantil, fazendo com que ela se torne eixo estruturante do currículo da Educação Infantil.
Atividade lúdica é toda e qualquer animação que tem como intenção causar prazer e entretenimento a quem pratica. São lúdicas as atividades que propiciam a experiência completa do momento, associando o ato, o pensamento e o sentimento. A criança se expressa, assimila conhecimentos e constrói a sua realidade quanto está praticando alguma atividade lúdica. Ela também espelha a sua experiência, modificando a realidade de acordo com seus gostos e interesses.
Na educação Infantil podemos comprovar a influência positiva das atividades lúdicas em um ambiente aconchegante, desafiador, rico em oportunidades e experiências para o crescimento sadio das crianças (MALUF, 2008).
Os primeiros anos de vida são decisivos na formação da criança, pois se trata de um período em que a criança está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, socioafetiva e intelectual. É, sobretudo, nesta fase que se deve adotar várias estratégias, entre elas as atividades lúdicas, que são capazes de intervir positivamente no desenvolvimento da criança, suprindo suas necessidades biopsicossociais, assegurando-lhe condições adequadas para desenvolver suas competências. De acordo com a Constituição Federal (1988), todas as instituições que atendem crianças de 0 a 5 anos devem promover o seu desenvolvimento integral, ampliando suas experiências e conhecimentos, de forma a estimular o interesse pela dinâmica da vida social e contribuir para que sua integração e convivência na sociedade sejam produtivas e marcadas pelos valores de solidariedade, liberdade, cooperação e respeito. As instituições infantis precisam ser acolhedoras, atraentes, estimuladoras, acessíveis às crianças e ainda oferecer condições de atendimento às famílias, possibilitando a realização de ações socioeducativas. As atividades lúdicas podem ser uma brincadeira, um jogo ou qualquer outra atividade que permita tentar uma situação de interação. Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como é dirigida e como é vivenciada, e o porquê de estar sendo realizada (MALUF, 2008).
Toda criança que participa de atividades lúdicas, adquire novos conhecimentos e desenvolve habilidades de forma natural e agradável, que gera um forte interesse em aprender e garante o prazer. Na educação infantil, por meio das atividades lúdicas, a criança brinca, joga e se diverte. Ela também age, sente, pensa, aprende e se desenvolve. As atividades lúdicas podem ser consideradas, tarefas do dia a dia na educação infantil.
De acordo com Teixeira (1995), vários são os motivos que induzem os educadores a apelar às atividades lúdicas e utilizá-las como um recurso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem.
Conclusão
O brincar tem uma função essencial no desenvolvimento da criança e na construção do seu conhecimento, principalmente nos cinco primeiros anos de vida, onde realiza tarefas que, segundo Kishimoto (1996), são essenciais: socialização, construção da função simbólica, desenvolvimento da linguagem, exploração e conhecimento do mundo físico. Diante dessa realidade muitos educadores discutem sobre a instalação de ambientes lúdicos que favoreçam o trabalho com crianças. O uso do lúdico na escola prevê a utilização de metodologias agradáveis e adequadas às crianças que façam com que o aprendizado aconteça dentro do seu mundo, das coisas que lhes são importantes e naturais de se fazer, que respeitem as características próprias das crianças, seus interesses e esquemas de raciocínio próprio. A escola necessita repensar quem ela está educando, considerando a vivência, o repertório e a individualidade da criança, pois desconsiderando estes aspectos, dificilmente contribuirá para a mudança de seus alunos. A negação do lúdico pode ser entendida numa perspectiva geral e, desse ponto de vista, está diretamente relacionada com a negação que a escola faz da própria criança.
Como é um desafio contínuo, apresenta algumas barreiras no meio do percurso, entre elas, os próprios alunos e as suas situações peculiares, os professores e o tempo para se dedicarem ao planejamento de uma proposta diversificada, a escola e sua estrutura curricular e física. Para Kozel (1996, p. 38), “Na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental, o trabalho com o espaço acontece através de atividades envolvendo esquema corporal, brincadeiras e jogos que levam a criança a explorar o espaço e tudo o que ele contém”.
Conclui-se que é através de seus brinquedos e brincadeiras a criança tem oportunidade de desenvolver um canal de comunicação, uma abertura para o diálogo com o mundo dos adultos. Portanto, deve considerar a singularidade da criança e as determinações sociais e econômicas que interferem em sua condição, exige reconhecer a diversidade cultural e combater a desigualdade social de condições. Isto implica garantir o direito a condições dignas de vida, à brincadeira, ao conhecimento. Oferecer oportunidades para a criança brincar é criar espaço para a reconstrução do conhecimento (Jogo como elemento socializador). Ao criar um jogo o educador deve ter em mente, objetivos e estar atento aos desenvolvimentos da criança respeitando suas etapas, fazendo intervenções sempre que for necessário. É importante que a criança faça suas próprias descobertas através da manipulação, observação e exploração da atividade proposta.
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