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SEXUALIDADE E GÊNERO E O PAPEL DO EDUCADOR

SEXUALITY AND GENDER AND THE EDUCATOR'S ROLE

Fernanda Camila Moscardi Bonato

Maiara Barros de Oliveira

 

RESUMO

Este artigo busca refletir sobre como as escolas abordam gênero e sexualidade. Por essa razão, a revisão biográfica foi utilizada como estratégia metodológica. Refletindo sobre a análise dos cenários, notou-se que embora os professores tenham dito que não existe distinção entre meninos e meninas, eles reforçam estereótipos de gênero que enfatizam que crianças devem comportar-se de acordo com seu gênero, apontando inconsistências entre a forma como gênero e sexualidade são tratados. Diante disso, observamos a importância de abordar o gênero e a sexualidade de uma forma equitativa no decorrer da escolaridade, fazendo-se necessário o tema estar exposto e incorporado ao currículo. O respeito pela diversidade deve ser valorizado e respeitado

 

Palavras-chave: Sexualidade. Gênero. Artigo.

 

ABSTRACT

This article seeks to reflect on how schools approach gender and sexuality. For this reason, the biographical review was used as a methodological strategy. Reflecting on the analysis of the scenarios, it was noted that although the teachers said that there is no distinction between boys and girls, they reinforce gender stereotypes that emphasize that children should behave according to their gender, pointing out inconsistencies between the way gender and sexuality are treated. Therefore, we observed the importance of addressing gender and sexuality in an equitable way during schooling, making it necessary to be exposed and incorporated into the curriculum. Respect for diversity must be valued and respectedThis article seeks to reflect on how schools approach gender and sexuality. For this

 

Keywords: Sexuality. Gender. Article.

 

 

Introdução

 

Com o objetivo de melhor compreender questões relacionadas a gênero e sexualidade dentro da escola, o artigo visa estudar a relevância de uma qualificação dos educadores para lidarem com essas temáticas de maneira consciente. Visa também a importância da equidade e respeito com todos os seres humanos, e principalmente os alunos que estão dentro da escola, ainda em fase de desenvolvimento, autocompreensão e aceitação.

O conhecimento possibilita aos profissionais de todas as áreas, capacidade de maneira imparcial e respeitosa, independente da diferença social que as pessoas ao seu redor possuam.

Na área em questões, busca-se entender como educadores podem exercer suas funções ao serem confrontados com mudanças nos padrões muitas vezes apontados pela sociedade como modelos a serem seguidos em relação à sexualidade e gênero de cada indivíduo.

A pesquisa se justificou pela importância de trabalhar, no âmbito escolar, temáticas que se relacionem com a sexualidade e gênero com o intuito de auxiliar no progresso do aluno sem a imposição de regras e padrões ditos como corretos pelo contexto histórico em que se vive, mas sim valorizando a grande diversidade da realidade em que vivemos.

No entanto, ainda permanece um sistema de crenças que inclui estereótipos sobre homens e mulheres, atitudes diante dos papeis apropriados para cada sexo” (Guerra et al., 2004, p. 48, grifos nossos)

A ideia é considerar as diferenças entre os alunos, assim como a sexualidade e cultura, contribuindo para que estes não cresçam praticando comportamentos preconceituosos, muitas vezes agindo com discriminação, não considerando a diversidade como um fator a ser respeitado com relação a todos que vivem ao seu redor.

Desse modo, o estudo de autores como José Geraldo Silveira Bueno e Kátia Regina Pupo, buscou entender os meios pelos quais os educadores se prepararam para lidar com a diversidade quando esta envolve alunos e, por vezes, os familiares. Buscou-se também entender e relacionar o machismo encontrado e construído na sociedade com o sexismo reproduzido, muitas vezes dentro do próprio âmbito escolar, que por consequência gera desigualdade de direitos entre os sexos.

Este trabalho demonstrou que as visões sobre gênero e sexualidade são construídas culturalmente, e o direito à educação, garantido pelo Constituição Federal Brasileira (BRASIL,1988), é um direito inegável a todo e qualquer cidadão e assegura igualdade de condições para que o aluno possa frequentar e permanecer na escola. Porém, podemos observar através de um trecho retirado de um texto da revista Carta Capital, que esse direito ainda é negado aos alunos, revelando estruturas hierarquizadas de gênero: VIEIRA et al., 2015, p 52.

 

(...) reproduzindo uma cultura de violência e afastando os meninos dos bancos escolares (...). Lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) compõem outro grupo populacional que tem seu direito fundamental à educação violado com, igualmente, altas taxas de evasão escolar. Em razão da total invisibilidade dada ao problema, órgãos governamentais ainda não dispõem de indicadores que possam medir o tamanho estatístico dessa exclusão escolar.” (VIEIRA et al.,2015. p 52).

 

Não apenas com a função de ensinar, as escolas trazem consigo a função social, e é por meio de aulas e projetos democráticos que o professor possibilita aos alunos conhecerem, entenderem e conviverem com a diversidade dos indivíduos inseridos naquele espaço, e por consequência na sociedade. Os estudos e a formação dos professores devem ser realizados de maneira que ocorra uma diminuição nos casos de preconceito e discriminação existentes, evitando que algumas pessoas continuem a sofrer por conta dos estereótipos reforçados e impostos pela sociedade.

Para que educadores possam ter uma ação pertinente neste sentido eles precisam ser devidamente orientados e preparados buscando meios de aprender sobre o assunto e desenvolvê-los na sala de aula através de cursos de pós-graduação e grupos de estudos. Algumas dessas formações são oferecidas por universidades públicas e movimentos pela igualdade de gênero na educação, com o intuito de construir uma escola inclusiva e democrática.

Através de análise de artigos e compreensão em torno das relações de gêneros e sexualidade e modificações ocorridas na sociedade nas últimas décadas verificou-se discordâncias com relação a esse tema e como estas se refletem no âmbito escolar e no comportamento dos ali presentes.

Buscou-se dissertar um artigo de cunho reflexivo para professores, alunos e toda a comunidade escolar, de modo que seja desenvolvido um pensamento crítico sobre o tema.

 

 

METODOLOGIA

 

O artigo foi desenvolvido através de uma revisão sistemática da literatura por meio de pesquisas bibliográficas de artigos publicados no período de 1998 a 2018, considerando o posicionamento e estudos de profissionais da área da educação e psicologia.

 

 

Desenvolvimento

 

As diversas maneiras de expressões violentas contra outros seres humanos são chamadas de bullying, que envolve agressão física, verbal e psicológica e, raramente vemos sendo desenvolvidos trabalhos significativos que visam melhorar o convívio interpessoal e gerar mais respeito e empatia dentro e fora das escolas.

Discutir sobre gênero e sexualidade dentro das salas de aula pode ser uma maneira eficaz de desconstruir as discriminações contra quaisquer indivíduos que fujam dos padrões socialmente aceitos e estabelecidos. Pupo (2015), afirma que quando o professor se mantém imparcial mediante situações de desigualdade ele acaba fortalecendo atitudes sexistas e modelos de comportamentos desrespeitosos. Portanto, é importante agir com coerência e equidade, pensando sempre no bem-estar de todos os seus alunos.

Para que haja uma transformação significativa no comportamento dos alunos, é interessante que o profissional da educação vá além das disciplinas oferecidas durante o curso da graduação, realizando cursos como os oferecidos em instituições como a Libertas e a Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da UFG (Universidade Federal de Goiás). Alguns exemplos de cursos ofertados pela UFG são “Conceitos de gênero e sexualidade: (Des) Construir linguagens” e “Educação do corpo: Problematizando gênero, sexualidade e direitos humanos”.

Esses cursos visam a reflexão e a compreensão ampla do assunto envolvendo a parte corporal, social e cultural, além de buscar consciência ética e oferecer recursos teóricos que auxiliem os profissionais interessados a lidarem coerentemente com o contexto de realidade no qual os estudos possam ser colocados em prática.

 

Desse modo, a validade de um conhecimento não é aferida pela sua suposta aproximação de uma realidade imutável, mas pela possibilidade de esse conhecimento abarcar de modo crescente relações até então nunca vistas, ou, antes, pensadas. (Lopes; Laurenti; Abib, 2012, p. 132).

 

É de fundamental importância que o professor em formação ou aquele que já está atuando busque entender o que envolve os preconceitos praticados dentro da escola e como eles se desenvolvem. A obra Diversidade Sexual na Educação, organizado por Rogério Diniz Junqueira (2009), diz respeito a problemas de cunho discriminatório perante orientações sexuais que ocorrem dentro do ambiente escolar. O trecho abaixo fala a respeito da heteronormatividade, a qual implica em considerar como modelo a ser seguido o padrão heterossexual de relacionamento, ou seja, anulando as demais possibilidades contidas na diversidade sexual.

 

O processo de heteronormatividade parece ser exercido de modo mais intenso ou mais visível em relação ao gênero masculino. Observamos que desde os primeiros anos de infância os meninos são alvo de uma especialíssima atenção na construção de uma sexualidade heterossexual. As práticas afetivas entre meninas e mulheres costumam ter um leque de expressões mais amplo do que aquele admitido para garotos e homens (JUNQUEIRA, R.D. UNESCO, 2009, p.91)

 

É possível relacionar claramente o texto com a realidade vivida dentro e fora das escolas. Desde o início da história humana o sexo masculino é exaltado como o mais forte e soberano da espécie e com ele surgem as características de serem os “machões”, héteros, fortes, contidos, ou seja, devem demonstrar poucas emoções. Tudo aquilo que vai contra esse padrão incomoda e gera desconforto naqueles que acreditam que o fato de não seguir o padrão pode significar que alguém não está valorizando uma “dádiva” a ele concedida: de ter nascido homem. Verificamos no trecho a seguir como ocorre esse processo:

 

O processo de heteronormatividade não se torna mais visível em sua ação sobre os sujeitos masculinos, como também aparece, neste caso, frequentemente associado com a homofobia. Pela lógica dicotômica, os discursos e as práticas que constituem o processo de masculinização implicam a negação de práticas ou características referidas ao gênero feminino e essa negação se expressa, muitas vezes, por uma intensa rejeição ou repulsa de práticas e marcas femininas (o que caracterizaria, no limite, a misoginia). É preciso afastar ou negar qualquer vestígio de desejo que não corresponda à norma sancionada. O medo e a aversão da homossexualidade são cultivados em associação com a heterossexualidade (JUNQUEIRA, R.D. UNESCO, 2009, p.92).

 

Sendo assim, as mudanças e descobertas de comportamentos ou características que fujam do padrão socialmente imposto é visto com repulsa pela sociedade, gerando comportamento de negação e vergonha para quem os tem.

 

Fundamental compreender qual a repercussão das questões de gênero na vida sexual dos adolescentes, a fim de contribuir para ações específicas de educação em saúde” (Martins et al., 2012, p. 99)

 

O gênero, segundo o Manifesto pela igualdade de gênero na Educação (2015), é um conceito que classifica e posiciona as pessoas sobre o que é entendido como masculino e feminino, criando sentido para as nossas diferenças físicas e emocionais, formando uma estrutura de poder que é reforçado pela família e escola de maneira muitas vezes desarmoniosas, gerando conflitos internos àqueles que não se enquadram nesse perfil.

O professor é um mediador de suma importância para trabalhar com o tema e deverá se livrar de seus pudores excessivos e paradigmas provenientes da cultura repassada pelas gerações anteriores. A falta de diálogo e orientações sobre o desenvolvimento do corpo, gênero e a diversidade sexual pode resultar em traumas e gerar sequelas psicológicas graves para as crianças e adolescentes, que são muitas vezes carregadas para a vida adulta.

Tendo em vista que muitas vezes os professores possuem conhecimentos superficiais sobre o tema e também sobre como trabalhá-lo em sala de aula, o fato de ele próprio se sentir inseguro para abordar e trabalhar a relação de gênero e sexualidade trazendo à tona preconceitos pessoais, tabus sociais, e até mesmo vergonha para desenvolver o diálogo, justificando assim, a tão necessária formação falada anteriormente.

É perceptível que, apesar dos inúmeros avanços que a sociedade tem passado, ainda é muito comum quem acredite que essa temática não deva ser discutida em ambientes escolares, e que falar de sexualidade e gênero fere a ética, moral e paradigmas religiosos dos alunos e seus familiares. Essas ideias distorcidas ainda estão enraizadas em nosso cotidiano, em meio à violência moral que paira sobre as relações pessoais presas a padrões sexistas. Pupo (s/d) se refere ao papel da escola em seu artigo Questões de Gênero na Escola, quando diz que lugares públicos e colégios podem exercer o papel de impor princípios sexistas reforçando comportamentos padronizados em seu cotidiano, porém, devem servir como locais que promovam importantes reflexões, possibilitando um possível e esperado rompimento de paradigmas sobre o comportamento feminino e masculino.

A escola é um local no qual o aluno se desloca não somente para ser alfabetizado, mas também para tornar-se um cidadão aprendendo de maneira democrática o respeito ao outro.

 

À escola foi delegada a função de formação das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social. (BUENO, 2001, p. 5)

 

São as atitudes preconceituosas, sexistas e machistas no ambiente escolar que fazem surgir os primeiros conflitos pessoais, fazendo com que a criança não consiga entender porque não consegue se encaixar no que é imposto por todos à sua volta. Por outro lado, os colegas que ainda não possuem sua formação completa, não conseguem entender o porquê do outro se comportar de maneira diferente da maioria, levando muitas vezes ao desrespeito e à violência.

Uma alternativa para se trabalhar com gênero e sexualidade na escola é não reforçar estereótipos pré-definidos, deixando as crianças livres para desenvolver atividades cotidianas de acordo com seu gosto e não atrelando as suas ações a um papel de gênero pré-determinado, evitando atitudes sexistas. O docente deve incentivar o esporte, a prática de um jogo, escolha de cores ou brinquedos igualmente para todos, não separando aquilo que é de “menino ou menina”, mas sim de criança como um todo. Assim como Pupo (s/d) relata nesse trecho:

 

Promover o debate e o diálogo do tema talvez seja um caminho próspero. É tarefa da escola fazer com que alunos e alunas reflitam sobre seus sentimentos e emoções diante de conflitos interpessoais, descontruindo preconceitos de gênero e contribuindo para a construção de novos modelos de relação entre homens e mulheres pautados em princípios de igualdade e justiça.

 

Ao verificar problemas mais graves, como discriminação e exclusão dentro da sala de aula, medidas mais sérias devem ser tomadas pelo docente. Realizar projetos de conscientização, atividades que abranjam a diversidade cultural e de gênero buscando sensibilizar os alunos, promovendo a empatia entre os colegas, através da qual possam entender a gravidade de uma atitude mal pensada.

Para a redução significativa dos casos de discriminação, preconceito e bullying é necessária uma conscientização, partindo da unidade escolar e do corpo docente a fim de promover uma sociedade mais igualitária e uma escola responsável e sem preconceitos.

Toda a comunidade escolar deve ser envolvida em projetos que visem melhorias, podendo se pensar em projetos de intervenção e extensão para a comunidade. É preciso trabalhar com pautas que expliquem sobre a opção das crianças por brinquedos, cores, brincadeiras e atitudes julgadas como do sexo oposto, dizendo que não o são e não devem ser interpretadas como indicativos sobre sua sexualidade. Além de orientar a comunidade e principalmente os responsáveis a como lidarem com as situações que fujam a sua compreensão, como a homossexualidade, deve-se tratar com naturalidade e, se for o caso, indicar profissionais capazes de ajudá-los a lidar com as situações de maneira coerente e pacífica, não deixando alunos desamparados.

Toda a comunidade escolar precisa estar ciente de que existem leis que regem e amparam as pessoas que possuem orientações sexuais e ou uma situação de gêneros diferentes do convencional, e que todas elas possuem o mesmo valor dentro da escola e devem ser respeitadas. Existem estudos que buscam melhorias e igualdade de gênero dentro da escola, assim como cita o trecho abaixo:

 

(...) O Brasil acompanhou a institucionalização dos estudos do gênero enquanto um profícuo campo científico nas últimas décadas e conta hoje com centros de pesquisas interdisciplinares reconhecidos internacionalmente. As discussões de gênero ganharam legitimidade científica nas maiores universidades brasileiras a partir dos anos 1970 e, desde então, têm norteado políticas públicas para garantia de igualdades constitucionais. (RUBIK, 2015, p. 12).

 

É de extrema importância que os docentes entendam que trabalhar diversidade de gênero e sexualidade é entender e reconhecer que a diferença existe e está cada vez mais presente em nossa sociedade, precisando ser trabalhada de modo significativo para evitar futuras dificuldades. De acordo com Medeiros (2016), compreender as nuances que envolvem gênero é importante para abertura de um caminho para a redução e uma possível erradicação da homofobia. A defesa pelo direito de os estudantes terem acessos às discussões e aprendizados relacionados ao conceito de gênero é um direito fundamental dos alunos que precisa ser respeitado.

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Até o momento atual, o assunto abordado nesse artigo não é consideravelmente debatido, resultando em material escasso e com poucas informações para atuais estudos da área.

Nota-se que o tema ainda é considerado “tabu”, sendo muitas vezes ignorado e/ou abordado de maneira errônea e desrespeitosa, dificultando a realidade e autoaceitação das pessoas que necessitam de apoio.

O Brasil tem evoluído em pesquisas e estudos que visam erradicar preconceitos com relação à diversidade sexual e de gênero. Porém, ainda são poucos os professores que debatem esse assunto dentro da sala de aula, cujo espaço deveria ser voltado para a conscientização e reflexão de problemas coletivos. A procura de formação para tratar do assunto diversidade sexual e questões de gênero ainda é escassa, e poucos professores se preocupam em adquirir o conhecimento para tratar do tema com seus alunos de maneira consciente e esclarecedora.

A escola por sua vez, deve ser consciente da necessidade de abrir um espaço para reflexão como parte do processo de formação permanente de todos os envolvidos no processo educativo para que assim possam investir no diálogo, em campanhas e palestras, para que tanto docentes como discentes tenham a oportunidade de conhecer, discutir e debater o tema, além também da divulgação de cursos sobre o tema, como os oferecidos pelo Universidade Federal de Goiás.

Portanto, cabe a esses docentes buscar compreender que todo esse processo de formação de identidade em relação ao gênero e a sexualidade é algo natural e orgânico, no qual seus alunos precisam de orientação e amparo assimilando e orientando-os sobre questões de corpo e mente do aluno, além de problematizar e questionar artefatos de cunho cultural ligados ao feminino e ao masculino.

Cabe também ao educador, no contexto escolar, buscar pluralizar os gêneros, etnias, sexualidade, e por fim contribuir para a construção de uma sociedade mais igualitária e respeitosa, e, por sua vez, diminuindo consideravelmente o número de casos de discriminação e não aceitação de si próprio e do outro, visando resultar em uma sociedade consciente e justa para todos.

 

 

Referências

 

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