A IMPORTÂNCIA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Kelly Regina Lastoria
RESUMO
O presente artigo apresentará natureza qualitativa, enfocando discutir as relações que podem existir entre a contação de histórias e alfabetização e letramento. Partindo de que a literatura é uma das formas mais antiga de manifestação do ser humano, sendo uma maneira de comunicação entre os povos. O homem e a literatura evoluíram juntos nos movimentos, nas emoções, nas formas de expressão e na arte de transformar, sendo assim torna-se possível integrar a “arte da literatura” com a “arte de contar histórias”, pois o estímulo á fantasia, imaginação, criatividade e vivências pessoais são encontradas tanto na literatura quanto na alfabetização. Contribuindo para novas concepções de leituras e interpretações visto que, esta proposta possibilita que a literatura venha ser vivida, sentida e experimentada através de movimentos expressos pela alfabetização, tornando-se assim uma leitura corporal prazerosa, construindo novos caminhos pedagógicos e consequentemente ajudando a despertar o gosto pela leitura refletindo assim na formação de novos leitores.
Palavras-chave: Literatura. Histórias. Alfabetização.
ABSTRACT
This article will present qualitative, focusing on discussing the relationships that may exist between storytelling and literacy and literacy. From that literature is one of the earliest manifestations of the human being, a way of communication between people. Man and literature evolved together in the movements, emotions, forms of expression and art of turning, and so it becomes possible to integrate the "art of literature" with the "storytelling" as the stimulus will fancy , imagination, creativity and personal experiences are found in literature and literacy. Contributing to new conceptions of readings and interpretations seen that this proposal enables the literature will be lived, felt and experienced through movements expressed by literacy, thus making it a pleasurable body reading, building new educational paths and consequently helping to awaken love of reading thus reflecting the formation of new readers.
Key words: Literature. Stories. Literacy
INTRODUÇÃO
O artigo ora apresentado tem como tema “A importância da contação de história na alfabetização e no letramento”, onde o principal objetivo é o de discutir a relação entre a literatura e a contação de histórias para a formação do leitor nos anos iniciais do ensino infantil, apontando caminhos para a prática pedagógica no que se refere ao trabalho com a leitura e a expressão corporal na educação escolar.
Na educação infantil, a contação de história é fundamental, tanto para a sua formação artística quanto para a sua integração social. A literatura infantil desenvolve os seguintes estímulos: Tato (como sentir os movimentos e os seus benefícios para o corpo); Visão (como ver os movimentos e transformá-los em atos); Audição (como ouvir a música e dominar o seu ritmo); afetivo (como as emoções e sentimentos transpostos na coreografia); cognição (como raciocínio, ritmo, coordenação) e estímulo motor (como um esquema corporal).
A literatura incentivada na Educação proporciona elementos significativos que favorecem o desenvolvimento do “ser humano”.
Para incentivar uma criança á literatura é preciso que a família e a escola trabalhem juntos. O interesse pela leitura deve ser estimulado desde a infância. Necessário é que a leitura também seja adequada à idade, envolvente para que desperte a magia, a curiosidade e o prazer por ler. Jogar os livros obrigatórios em uma mesa de sala de aula não é a melhor forma, ao contrário, a má vontade e a obrigatoriedade não geram prazer, por isso queremos demostrar os benefícios da dança e da literatura trabalhando em conjunto.
Para o desenvolvimento do citado artigo, julgamos necessário o levantamento bibliográfico em livros, internet.
1 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA PARA A FORMAÇÃO DO LEITOR
1.1 A literatura
A palavra Literatura deriva do latim "litteris" que significa “Letras”, ou seja, significa uma instrução ou um conjunto de saberes ou habilidades de escrever e ler bem, e se relaciona com as artes da gramática, da retórica e da poética. (FREIRE, 1986. p. 26).
O termo é usado também como referência a um corpo ou um conjunto escolhido de textos como, por exemplo, a literatura médica, a literatura inglesa, literatura portuguesa, literatura japonesa etc.
A literatura é uma expressão que expressa a criatividade, a cultura e as ideias que alguém tem e as delibera na forma escrita, ressaltando assim a importância que o que foi escrito tem para a história cultural de uma nação ou sociedade comum e do idioma que rege a suas linhas. (JESUS, 1996. p. 19).
A escrita é uma forma de literatura, e está presente em nosso dia a dia, em nosso vai e vem na cidade.
A linguagem, forma de literatura também é um veículo utilizado para se escrever uma obra literária. Escrever obras literárias é trabalhar com a linguagem.
1.2 A importância da Literatura
A grande importância da leitura é que ela oferece ao homem uma ferramenta para sociabilizar-se com os demais.
Deve-se começar desde cedo, o relacionamento entre homem com o livro, pois o livro é a melhor ferramenta condutora de conhecimento.
A mais valiosa importância da leitura está inserida no quanto prazeroso é a leitura para o leitor. A leitura é importante para o conhecimento de mundo, para o acréscimo de informações do leitor que poderá ser explorado por ele mais a frente em suas relações sociais, profissionais, acadêmicas, etc.
Um dos objetivos mais importantes da leitura é o conhecimento de coisas simples; saber a grafia correta de uma palavra incomum ou não muito usada; saber o significado e o uso de vários sinônimos, para diversificar a sua escrita; como também em coisas mais aguçadas como compreender um idioma sem que seja necessário saber falá-lo, conhecer a biografia de alguém, a história de algum lugar ou de um dado período de tempo na história e outros conhecimentos mais. (FREIRE, 1986. p. 28).
A leitura leva a uma ponte entre o saber, o conhecimento e aquele que tem sede por saciar-se dentro dessa fonte inesgotável que não deixa de jorrar das páginas de um livro qualquer.
1.3 Linguagem
Assim, conforme Marisa diz:
“A linguagem humana enquanto sistema de comunicação é fundamentalmente diferente e muito mais complexa do que as formas de comunicação das outras espécies, já que se baseia em um diversificado sistema de regras relativas à símbolos para os seus significados, resultando em um número indefinido de possíveis expressões inovadoras a partir de um finito número de elementos”. (LAJOLO, 2002. p. 13).
A linguagem teve sua origem quando os primeiros hominídeos começaram cooperar, adaptando sistemas anteriores de comunicação baseado em sinais expressivos a fim de incluir a teoria da mente, compartilhando assim intencionalidade.
Uma linguagem é processada em vários locais diferentes do cérebro humano, mas especialmente na área de Broca e na Área de Wernicke. (LAJOLO, 2002. p. 14). Os seres humanos adquirem a linguagem através da interação social na primeira infância. As crianças geralmente já falam fluentemente quando estão em torno dos três anos de idade.
1.3.1 A linguagem verbal ou Língua
Linguística é considerada um ramo da Semiótica, onde busca delimitar seus estudos à linguagem verbal ou simplesmente língua, que, sabemos, pode ser oral e/ou escrita. (SARTRE, 1989. p. 38).
A língua consiste em um código dentro de um conjunto de signos linguísticos formado por duas faces a significante e o significado.
O significante consiste em um conjunto de letras ou de sons que, combinados, são dotados de significação. O significado significa aquilo do mundo real que o signo está representando linguisticamente.
A linguagem não verbal também são representações daquilo que existe na realidade e um meio de comunicação: são diferentes formas de “dizer” sem que se precise usar uma palavra falada ou escrita sequer.
1.4 A importância da literatura para a formação do leitor
Necessário se faz que família e escola trabalhem em conjunto, para se formar leitores. O interesse pela leitura deve ser estimulado desde a infância, na família, pois é a primeira instituição, seguida pela escola. (SARTRE, 1989. p. 16).
Para se conseguir obter o hábito da leitura é um necessário um longo período, quando não criado na infância, e o que se vê em muitas escolas públicas é o descaso em relação à formação de leitores.
É função dos pais e professores criar esse hábito, buscar os meios e as formas, ao invés da omissão, para despertar o interesse da criança e do adolescente.
Segundo Paulo Freire:
“Uma boa leitura restaura a dimensão humana e atua como um organizador da mente, nutrindo o espírito e aguçando a sensibilidade. É dado mais valor à gramática do que ao pensamento do aluno”. (FREIRE, 1986. p. 30).
Se os pais se utilizarem da literatura, para o crescimento cultural e na formação de um cidadão, com certeza não estarão na adolescência de seus filhos em consultórios psiquiátricos, clínicas para drogados entre tantas outras desgraças. (FREIRE, 1986. p. 31).
Conforme Marisa:
“Um simples gesto transformador (que é o de contar uma história, mostrar o caminho da literatura e transformá-lo num leitor) pode ser crucial na formação do filho. Vejo na literatura um remédio para uma sociedade doente como é a nossa. Um remédio natural, e sem contraindicações, que deve ser oferecido à criança com prazer e dedicação. Jamais como obrigação, pois a literatura é indispensável para o desenvolvimento”. (LAJOLO, 2002. p. 19).
Se julga necessário uma nova proposta de ensino de literatura nas escolas, além de banir de vez o sistema arcaico, de leituras impostas. Descobrir o que o aluno quer ler é fundamental, pois cada leitor é único em suas experiências, pois é na literatura que tudo é permitido.
1.5 Formas literárias
1.5.1 Peças de Teatro
Uma forma literária clássica, o teatro, é composta basicamente de falas de um ou mais personagens, individuais (atores e atrizes) ou coletivos (coros), destina-se primariamente a ser encenada e não apenas lida.
Conforme expõe
“Até um passado relativamente recente, não se escrevia a não ser em verso. Na tradição ocidental, as origens do teatro datam dos gregos, que desenvolveram os primeiros gêneros: a tragédia e a comédia” (JESUS, 1996. p. 22).
Muitas mudanças ocorreram nos últimos tempos, como novos gêneros, como a ópera, que combinou esta forma com (pelo menos) a música; inovações textuais, como as peças em prosa; e novas finalidades, como os roteiros para o cinema.
1.5.2 Ficção em Prosa
Essa forma literária ocorre quando o texto é do tipo “corrido”, ou seja, sem versificação, bem como suas formas, são de aparição relativamente recente. Pode-se considerar que o romance, por exemplo, surge no início do século XVII com Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes Saavedra. (JESUS, 2002. p. 33).
Algumas subdivisões da prosa se dão pelo tamanho e, de certa forma, pela complexidade do texto. Entre o conto, "curto", e o romance, "longo", situa-se por vezes a novela.
1.5.3 Gêneros Literários
A linguagem é considerada como o veículo mais utilizado para se escrever uma obra literária. Escrever as obras literárias é como trabalhar com a linguagem.
Conforme exclama Gabrielli:
“Os Gêneros Literários são as várias formas de trabalhar a linguagem, de registrar a história, e fazer com que a essa linguagem seja um instrumento de conexão entre os diversos contextos literários que estão dispersos ao redor do mundo”. GABRIELLI, 2007. p. 36).
A Literatura de Informação é um gênero literário do segmento do Quinhentismo, que é a denominação das manifestações literárias ocorridas em território brasileiro durante o século XVI.
1.5.4 Poesia
A poesia, considerada como a mais antiga das formas literárias, consiste no arranjo harmônico das palavras.
Segundo Paulo Freire:
“Geralmente, um poema organiza-se em versos, caracterizados pela escolha precisa das palavras em função de seus valores semânticos (denotativos e, especialmente, conotativos) e sonoros. É possível a ocorrência da rima, bem como a construção em formas determinadas como o soneto e o haikai. Segundo características formais e temáticas, classificam-se diversos gêneros poéticos adotados pelos poetas”. (FREIRE, 1986. p. 34).
Podemos observar, que poesia brasileira, como toda a literatura nacional, também está dividida em vários movimentos literários.
O primeiro movimento é o Barroco, cujo principal poeta é Gregório de Matos, que chegaram aos dias atuais pela tradição oral, já que nunca publicou em vida. O marco inicial do barroco é o poema Prosopopéia, de Bento Teixeira, com estilo inspirado em Camões.
O modernismo acabou levando ao concretismo, com poetas como Ferreira Gullar e Haroldo de Campos.
Conforme os ensinamentos de Marisa:
“A poesia contemporânea apresenta nomes como Paulo Leminski, Patativa do Assaré, Ana Cristina César, Adélia Prado e Mário Quintana, entre outros. Poetas como Ferreira Gullar e Manoel de Barros têm sido nomes mais aclamados nos círculos literários nacionais, tendo o primeiro sido indicado para o Prêmio Nobel de Literatura”. (LAJOLO, 2002. p. 25).
2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS
Atualmente é cada vez mais frequente a inserção de crianças pequenas no contexto da educação infantil, com a finalidade do desenvolvimento, relacionado com o preparo que ela deve ter em relação ao mundo.
Assim, a brincadeira ou atividade lúdica, para a criança, é o exercício e a preparação para a vida adulta. Antigamente as escolas não se davam importância para a maneira em que o aluno assimilava os conteúdos, e se o ensino-aprendizagem era realmente eficaz, porém novos tempos chegaram e agora, a preocupação está em descobrir como a criança aprende.
Ao falarmos de educação, sempre devemos levar em consideração que o mundo da criança difere do mundo do adulto, pois nele existe o encanto da fantasia, do faz de conta, do sonhar e do descobrir, as crianças brincam com o que têm nas mãos e com o que têm na cabeça. (BRITO, 2003. p. 14).
Dentro da Educação Infantil na pré-escola, o brincar, jogar, contar histórias, dramatizar, fazer de conta se configura como instrumento para as crianças pequenas, pois estão na fase de começar a assimilar a aprender algo, é os brinquedos auxiliam orientando as brincadeiras, e é através delas que a criança irá se conhecer descobrir novas habilidades, desenvolver suas potencialidades, formar sua identidade e ainda terá a oportunidade de se constituir socialmente, por isso, as brincadeiras e jogos não devem ser vistos apenas como recreação, devendo sim, serem incluídos no planejamento pré-escolar.
A entrada da criança no mundo do faz de conta possibilita sua nova capacidade de lidar com a realidade, pois seu pensamento evolui mediante suas ações, fazendo com que as atividades ganhem importância no desenvolvimento do seu pensamento infantil.
A brincadeira dentro da educação infantil proporciona a criança além do prazer de exercitar e expor seus sentimentos, a construção de um indivíduo crítico, obtendo experiências que o ajudarão a refletir, desenvolver valores, sentimentos, emoções e uma visão questionadora do mundo que o cerca.
A arte dentro do processo educativo procura encaminhar a formação do gosto pelo lúdico, estimular a inteligência, desenvolver criatividade e contribuir para a formação da personalidade do indivíduo, a arte na Educação Infantil, infelizmente, tem sido encarada como uma atividade curricular sem significados, onde a criança apenas risca, rabisca, pinta, cola, ou seja, numa sucessão de atividades sem sentido. (DERVAL, 1998. p. 21).
A infância é uma fase de descobertas, aventuras e magia, cabe aos professores de Educação Infantil usufruir e valorizarem os conhecimentos e a criatividade que as crianças trazem para a sala de aula e compreender a importância existente no ato de elas explorarem, pesquisarem e criarem coisas novas.
Nessa fase de descobertas e magia o professor precisa oferecer as condições mais variadas que estimule a criatividade, a pesquisa e a criação da criança, mas sempre respeitando que ela tem suas próprias impressões, ideias, interpretações.
2.1 A brinquedoteca
A brinquedoteca (o espaço de brincar) deve oferecer a convivência das crianças com os brinquedos de forma natural, trazendo um resgate de concentração e da capacidade de brincar.
As crianças criam vínculos com os brinquedos, experimentando através deles sentimentos, como de posse, abandono, perda, acabam vivenciando situações das quais, irão reproduzir ao longo de suas vidas.
Para os educadores, o espaço do brincar, muitas vezes é oferecido às crianças, somente ao término de atividades consideradas importantes, e necessárias na prática de educar, geralmente os educadores, separam o tempo destas atividades importantes, da hora da brincadeira, sendo que o tempo para brincar, é aquele que sobra do dia.
O professor tem um papel muito importante e fundamental sobre o uso das atividades lúdicas dentro da Educação Infantil. O professor necessita sempre refletir sobre sua prática, sobre o seu conhecimento científico e técnico, se auto avaliar, lembrando que ele é apenas o mediador de um processo de construção do saber. (RIZZI, 1997. p. 29).
Para as atividades lúcidas, o professor será uma ponte facilitadora da aprendizagem, para tanto é preciso que o professor pense e questione sobre sua forma de ensinar, relacionando a utilização do lúdico como fator motivante de qualquer tipo de aula.
A vivência da ludicidade como fazer pedagógico durante o processo de formação do professor instiga o ato criador e recriador, crítico, aguça a sensibilidade, o espírito de liberdade e a alegria de viver, ou seja, a formação continuada pode ser entendida como um processo de melhoria das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores em sua rotina de trabalho e em seu cotidiano escolar.
2.2 A importância da linguagem
A linguagem desenvolve, gradativamente, uma série de competências associadas à leitura do texto verbal, tais como assiduidade, fôlego, fluência, velocidade, autonomia, memorização, capacidade crítica, sensibilidade para o campo literário, capacidade de inter-relacionar textos, capacidade de reconhecer gêneros e subgêneros, capacidade de síntese e hierarquização de ideias, abertura para o “novo” e o “diferente”, entre outras.
A linguagem artística destina-se a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, pois o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais áreas do conhecimento.
O desenvolvimento da linguagem implica na leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens (literária, visual, etc.) como formas de compreensão do mundo.
A educação é uma evolução e transformação do indivíduo, considerando a linguagem como um contínuo da Educação, expressão da corporeidade e considerando o movimento um meio para se visualizar a corporeidade dos nossos alunos, a linguagem artística na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno possa desenvolver todos os seus domínios do comportamento humano e, através de diversificações e complexidades, o professor possa contribuir para a formação de estruturas corporais mais complexas.
A improvisação é como a chave mestra da criatividade, o professor de pode explorar bem diferentes conteúdos com o objetivo de trabalhar nos alunos a consciência corporal e também a linguagem, intenção, expressão, pois a improvisação além de atuar como momentos de "criação” livre e espontânea, ele ressalta a importância do direcionamento do trabalho que é dado pelo professor, deixando claro que a liberdade de exploração e criatividade não significa que o aluno fique solto para fazer o que desejar; a improvisação espontânea deve sim, estar relacionada ao tema que está sendo trabalhado.
Quando o aluno está atuando com o trabalho de improvisar de forma espontânea, nada o impede de utilizar técnicas já aprendidas.
Observamos quando cada pessoa ao entrar no processo de criação espontânea traz consigo informações do seu ser mais profundo; podendo assim afirmar o que se tem para expressar já existe em cada um de nossos alunos no qual estamos ensinando, ou seja; já está inserido em cada um de nossos alunos, portanto é possível falar com certeza que trabalhar a criatividade é entrar em uma particularidade de cada ser, sendo uma questão de fazer desbloquear os obstáculos que impedem a seu fluxo natural.
Trabalhando com a criatividade na forma de expressão corporal onde o aluno cria diferentes movimentos através de estímulos e com a improvisação dirigida e espontânea. Sendo a música com vínculo educativo dentro da instituição, o trabalho com a literatura feito de forma prazerosa, levará a criança á escolher o que gosta para junto com o professor poder transmiti-la em forma de linguagem.
Como objetivo da Educação Infantil, refere-se ao ato de estimular as diferentes áreas de desenvolvimento da criança, aguçar sua curiosidade, sendo que, para isso, é imprescindível que a criança esteja feliz no espaço escolar.
2.3 Linguagem Artística
Linguagem artística é uma arte que tem em comum a expressão enquanto forma.
Forma é um conjunto de elementos que constituem uma linguagem artística.
A linguagem artística se divide em: Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. (OLIVEIRA, 2002. p. 31).
- Artes Visuais: são artes que normalmente lidam com a visão como o seu meio principal de apreciação costumam ser chamadas de Artes Visuais. Consideram-se artes visuais as seguintes: pintura, desenho, gravura, fotografia e cinema.
- Teatro: é uma arte em que um ator, ou conjunto de atores, interpreta uma história ou atividades, com auxílio de dramaturgos, diretores e técnicos, que têm como objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos no público.
- Música: é uma arte de representação, uma arte sublime, uma arte de espetáculo.
- Dança: é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música.
Iremos abordar a linguagem artística da música e da dança, senão o trabalho de conclusão de curso ficará muito extenso.
2.4 Contação de histórias
A literatura infantil é importante, pois os primeiros anos de vida são decisivos na formação da criança, pois se trata de um período em que a criança está construindo sua identidade e grande parte de sua estrutura física, sócio afetivo e intelectual.
Na educação Infantil podemos comprovar a influência positiva das atividades que envolvem literatura em um ambiente aconchegante, desafiador, rico em oportunidades e experiências para o crescimento sadio das crianças.
É importante adequar a proposta à idade e, principalmente, aos assuntos trabalhados em classe. A meta é que, sempre que possível e mesmo com um trabalho diferente, o aluno esteja participando do grupo.
A falta de compreensão da função da escrita como representação da linguagem é outra característica comum em quem tem deficiência intelectual. Essa imaturidade do sistema neurológico pede estratégias que servem para a criança desenvolver a capacidade de relacionar o falado com o escrito.
A inclusão de músicas, brincadeiras orais, leituras com entonação apropriada, poemas e parlendas ajuda a desenvolver a oralidade.
A escola deve fazer intervenções e oferecer desafios adequados além de valorizar suas habilidades, trabalhar sua potencialidade intelectual, reduzir as limitações provocadas pela deficiência, valores éticos morais e de cidadania, apoiar a inserção familiar, escolar e social.
2.5 A contação de histórias no processo de letramento e alfabetização
Podemos observar que com o passar dos anos a questão da alfabetização tem sido alvo de estudos e criticas, tanto na pratica quanto teoria, exigindo cada vez mais que os membros da educação diversifiquem seus conteúdos, dinamizando a aprendizagem. A criança passa a se conectar melhor com o mundo onde vive e desprender um pouco mais do método tradicional de ensino.
A escola além da alfabetização precisa formalizar de modo coerente e significativo o conteúdo adquirido pela criança informalmente em seu cotidiano ao mundo letrado.
Na escola a criança necessita de aprender a ler e escrever, relacionar a linguagem com a realidade em se vive, ou seja, a alfabetização não deve somente se relacionar com o letramento como podemos assim dizer que ambos são indissociáveis, ocorrendo simultaneamente, e sim a escola também tem que propor atividades para as crianças que estejam relacionadas com o momento em que se vive, um fato atual, para que as mesmas possam por em prática como codificar e decodificar a simbologia da escrita e melhorar ainda mais a linguagem oral no processo de ensino e aprendizagem.
Alfabetizar está na ação do processo de ler e escrever, e letramento é a parte final, onde seu objetivo se consolida na alfabetização inserida em situações reais, concretas, dando significado social á língua, embora exista criança alfabetizada e não letrada, ou, letrada e não alfabetizada. O individuo alfabetizado e letrado terá mais chances de alcançar seus objetivos, conhecer seus direitos e deveres, ser participativo e cidadão critico em nossa sociedade.
2.6 O papel da escola
A educação brasileira e regulamentada pelo governo federal, através do ministério da educação, que define os princípios orientadores da organização de programas educacionais estaduais e segue as orientações utilizando os financiamentos oferecidos pelo governo federal. Busca-se uma ênfase voltada para a questão da estrutura do ensino enquanto estrutura de produção, com uma proposta pedagógica que não seja modelos idealizados.
O professor precisa fazer valer seu trabalho, resgatando a sua capacidade de pensar, organizar, produzir conhecimento, tecnologia no processo de ensino-aprendizagem.
O ensino brasileiro não tem sido tão favorável assim, a alfabetização está deixando muito a desejar, os métodos de ensino hoje já não têm as mesmas qualidades de antes, para início de conversa, os professores estão perdendo o encanto, já não tem o mesmo entusiasmo e satisfação de entrar em uma sala de aula, muitos já não trabalham mais com prazer ou amor no que faz, mas sim pelo fato de estar sendo remunerados e pelos benefícios.
As práticas pedagógicas tecnicista é muito criticado, pelo fato de ter marcado o período militar, onde o professor tem que dominar as técnicas de repetir, copiar e dar ordens e já se sente capacitado para ensinar, mas retirando todas essas técnicas pode não ser a melhor forma para a educação, podendo observar que, não é totalmente as técnicas, e sim a maneira que usamos desse meio para ensinar, o governo vem dando prioridade na educação cada vez mais.
Precisa-se valorizar a base de produção, sendo o trabalho coletivo criando um pensar na valorização do professor. É necessário que o professor rompa sua resistência a produção cientifica e tecnológica.
Se você é daqueles que associam criatividade ao meio artístico (e por sorte ou azar você não faz parte deste meio) ou a grandes iluminados, como Einstein ou Beethoven, o mundo hoje certamente é um lugar estranho.
Agora, com o mercado de trabalho cada vez mais explorado e saturado sob todos os aspectos, a sobrevivência, seja de um profissional, uma empresa ou um serviço, está nos diferenciais. Isto é, na capacidade para inovar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades humanas são realizadas no mundo social, e é através das histórias, nas suas diferentes modalidades, entre elas a brincadeira, que se realizam muitas das ações que interessam ao homem nos seus diversos contextos. Uma concepção de história como interação entre sujeitos em sociedade implica uma crença na capacidade dos sujeitos sociais de criar ou construir contextos de forma sempre renovada.
A história desenvolve, gradativamente, uma série de competências associadas à leitura do texto verbal, tais como assiduidade, fôlego, fluência, velocidade, autonomia, memorização, capacidade crítica, sensibilidade para o campo literário, capacidade de inter-relacionar textos, capacidade de reconhecer gêneros e subgêneros, capacidade de síntese e hierarquização de ideias, abertura para o “novo” e o “diferente”, entre outras.
A arte da história destina-se a preparar o aluno para lidar com a linguagem em suas diversas situações de uso e manifestações, pois o domínio da língua materna revela-se fundamental ao acesso às demais áreas do conhecimento.
O desenvolvimento da história implica na leitura compreensiva e crítica de textos diversos; produção escrita em linguagem padrão; análise e manipulação da organização estrutural da língua e percepção das diferentes linguagens (literária, visual, etc.) como formas de compreensão do mundo.
A educação é uma evolução e transformação do indivíduo, considerando a música como um contínuo da Educação, expressão da corporeidade e considerando o movimento um meio para se visualizar a corporeidade dos nossos alunos, a música na escola deve proporcionar oportunidades para que o aluno possa desenvolver todos os seus domínios do comportamento humano e, através de diversificações e complexidades, o professor possa contribuir para a formação de estruturas corporais mais complexas.
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