JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Maria Alice Costa Sobrinho
Belmira Batista Chaves
RESUMO
O presente trabalho teve por finalidade investigar alguns assuntos relevantes que dizem respeito à utilização de jogos e brincadeiras na educação e como estes refletem no desenvolvimento educacional. A educação infantil é tida como etapa importante no desenvolvimento das crianças constituído-se a base de iniciação na esfera educacional,por isso destaca-se os cuidados que se deve ter e os métodos e técnicas adotadas sob forma de brincadeiras para que se alcance os resultados esperados,porem a ludicidade é importante somente nesta etapa da vida da criança,pois a vida do homem necessita de momentos de lazer e diversão,seja ele criança ou adulto.Foram feita investigações acerca das contribuições e benefícios que jogos e brincadeiras podem trazer para o ensino em sala de aula e ainda a postura que os educadores devem ter frente a perspectiva da utilização do lúdico na promoção de interação e na tecitura de novos saberes.O objetivo desse trabalho é o demonstrar que o lúdico representa um instrumento importante no desenvolvimento educacional dos alunos e embora alguns acreditem, não se trata de perda de tempo,pelo contrario,através da brincadeira a criança desenvolve habilidades e expressa sentimentos naturalmente e de forma espontânea, sem qualquer tipo de coação ou pressão.A pesquisa bibliográfica foi o método utilizado para alcançar os resultados e conclusões obtidas. Coclui-se que a ludicidade na escola é importantíssima e os jogos e brincadeiras devem estar presentes no cotidiano escolar apoiados e estimulados por profissionais de educação que reconheçam a relevância de sua utilização.
Palavras-chave: Criança, Jogo, Brincadeira, Educação Infantil, Infância.
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta um estudo relacionado à importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, abordando de forma sistematizada, como agente facilitador para que se estabeleçam vínculos sociais, com situações que o ajude a conviver em sociedade, respeitando e aceitando seu semelhante, contribuindo, assim, a um convívio mais equilibrado quando na idade adulta .entretanto o tema proposto não é visto,apenas como entretenimento,mas uma atividade que possibilita a aprendizagem por meio de diversas habilidades.É um trabalho de pesquisa que tem como objetivo discutir a importância do brincar nas escolas de educação infantil . As atividades lúdicas ajudam a construir o conhecimento, estas podem ser entendidas como situações em que as crianças são oportunizadas a expressar diferentes sentimentos, aceitar a existência do outro e visam melhorar a socialização entre elas, fazendo com que vivenciem situações de colaboração, trabalho em equipe e respeito. Visa ainda apresentar um breve esclarecimento sobre a importância dos jogos e brincadeiras na educação e das contribuições que o lúdico pode trazer para o desenvolvimento da criança. A ludicidade é um assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitir um trabalho pedagógico que possibilite a produção do conhecimento, da aprendizagem e do desenvolvimento. Através dos jogos e brincadeiras, a criança tem a oportunidade de desenvolver competências que farão parte da construção dos mais variados conhecimentos. Diante dessa realidade, detectamos a necessidade de resgatar, registrar e revitalizar os jogos, brincadeiras e brinquedos, considerando-os como arte integrante do processo de ensino aprendizagem.
Sabe-se que associar a educação da criança ao jogo não é algo novo apesar de ainda encontrar muita resistência por parte dos profissionais da educação em adotá-los como instrumentos pedagógicos capazes de auxiliar na aquisição de habilidades e potencialidades que resultarão na internalização de conceitos e na tecitura de novos saberes. A viabilidade deste tema se dá em virtude da necessidade de reconhecimento por parte do profissional de educação de que tais recursos precisam ser utilizados por serem indispensáveis na busca por uma educação mais significativa e atraente, de maneira que ao utilizar esses métodos mobilizara os alunos na busca pela resolução de problemas de uma forma prazerosa, despertando neles o desejo de transpor os obstáculos e vencer os desafios, efetivando assim uma aprendizagem mais rica e dinâmica ao mesmo em que eficaz e significativa. Para isso é preciso sensibilizar a todos profissionais que atuam como educadores de que jogos e brincadeiras são de fato poderosos e ricos instrumentos metodológicos de ensino e aprendizagem e fortes aliados na busca por novos conhecimentos de maneira que se constituem em eficientes ferramentas no desenvolvimento da criança.Para isso é necessário que seja desmistificado o papel do brincar,reconhecendo que este não é apenas um passatempo,mas objeto de grande relevância no desenvolvimento global das crianças, abrangendo aspectos como identidade,socialização,maturação e diversos outros, as vezes até ocultos aos nossos olhos como os de caráter psicológico. Neste sentido o estudo busca informações mais detalhadas sobre o tema trabalhado, tendo como base a idéia de alguns autores. Podendo assim fazer uma pesquisa de qualidade com aprofundamento sobre o tema, a partir de uma pesquisa analítica com abordagem qualitativa, pois é possível ver a importância nas palavras de Minayo, (2011 p.21), quando coloca que a pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares. Ela trabalha com o universo de significados dos motivos, das aspirações, das crenças, dos valores e das atitudes nas relações humanas, um lado não captável em equações, medias e estatísticas.
Revisão Bibliográfica
2.1 OS JOGOS NO CONTEXTO HISTÓRICO
Ao contextualizar historicamente os jogos e a sua relação com a infância Brogêre (1998) diz: “Que o jogo ate o Renascimento, era tido como algo sério e por isso, não pertencia a criança. Apenas a partir do Renascimento é que o jogo passou a ser considerado parte do mundo infantil, pois o “Renascimento e os períodos posteriores veem o jogo passar do sério ao frívolo, do público ao privado, (...) a separação das diferentes atividades sociais levou ao isolamento do jogo, a sua separação da vida social para fazer dele uma atividade fútil” (p.44-45).
Por fazer parte das culturas dos povos, os jogos e brincadeiras se tornavam significativos na transmissão e produção das diferenças culturais. As crianças, por sua vez como aprendizes e depositários dos ensinamentos adultos, resignavam os jogos e brincadeiras que lhes são destinados mantendo vivos os sentimentos, aspirações e formas de vida de seus grupos socias.
Enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. É este o aspecto que nos mostra, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significados diferentes, Se o arco e a flexa hoje aparecem como brinquedos, em certas culturas indígenas representavam instrumentos para a arte da caça e da pesca.Em tempos passados o jogo era visto como inútil, como coisa não séria. Já nos tempos do romantismo, o jogo aparece como algo sério e destinado a educar crianças. (Kishimoto,1999 apud Straub,2010, p.40)
Vários são os estudiosos a olhar para épocas passadas nas quais o jogo era visto como atividade bastante rica, no sentido de apontar possibilidades pedagógicas para o desenvolvimento de conhecimentos em inúmeras áreas. Essa valorização aparece em diferentes épocas nas quais a utilização do jogo já era evidenciada como importante ferramenta auxiliar no processo de educação da criança. Segundo PLATÃO (347 a C), dezena de séculos atrás já preconizava que os primeiros anos da criança deveriam ser ocupados com jogos educativos, sendo que ele mesmo ensinava matemática às crianças em forma de jogos e brincadeiras vem dos primórdios da educação.
Os jogos nesse período faziam parte tanto da infância quanto da vida adulta, pois nas festas de tradições populares os jogos eram centro das atividades “Por outro lado, os jogos e divertimentos estendiam-se muito além dos momentos furtivos que lhes dedicamos: Formava um dos principais meios que disponha uma sociedade para estreitar seus laços, coletivos, para se sentir unida.” (Aries, 1981, p.94).
Surgiu então a preocupação em classificar os jogos. Pois até então todos os jogos eram admitidos sem reservas nem discriminação por quase todos. Porém a maioria composta por poderosos e cultos moralistas condenavam quase todos os jogos, surgindo então um novo sentido da infância, uma preocupação em preservar a moralidade da criança. Classificavam então os jogos como bons e maus. “Assim, disciplinados os jogos reconhecidos como bons, foram admitidos recomendados e considerados a partir de então como meio de educação tão estimável quanto os estudos”. (Almeida, 2000, p.16).
Um dos jogos classificados como mau era o jogo de azar que até hoje são considerados suspeitos e perigosos, principalmente para as crianças. ”Uma preocupação, antes desconhecida, de preservar, de sua moralidade e também de educa-la ,proibindo-lhes os jogos então classificados como maus,e recomendando-lhes os jogos reconhecidos como bons”.(Aries,1981,p.112).
Tais atitudes foram mudando ao longo do século XVII, principalmente sob influência dos jesuítas que perceberam a possibilidades de usar os jogos, reconhecido como bons, de forma educativa. “Foram os colégios jesuítas que impuseram pouco a pouco as pessoas de bem e amantes da ordem uma opinião menos radical com relação aos jogos.” (Aries,1981, p.112).
Quanto aos brinquedos, nesta época, tanto meninos quanto meninos possuíam brinquedos iguais e participavam de brincadeiras de forma conjunta.” Ao mesmo tempo em que se brincava com bonecas, esse menino de quatro a cinco anos praticava arco, jogava cartas, xadrez...” (Aries, 1981, p.86).
Para Kishimoto: “A valorização crescente do jogo reflete-se nos anos sessenta com o aparecimento de museus, com uma concepção mais dinâmica, onde as crianças podem tocar e manipular brinquedos.” (Kishimoto, 1990, p.443).
Ao final do século XIX, no Brasil, começam a se instalar pequenas indústrias que passam a produzir, em série, diversos brinquedos destinados ao mundo da criança. Surge dessa forma, o brinquedo como mercadoria. Mesmo assim, continua viva a brincadeira tomada como atividade prática característica da infância.
Constata-se que jogos e brincadeiras e os seus artefatos tiveram as suas mudanças no decorrer da história, sendo que, não se tem uma data precisa para separar as suas passagens dos brinquedos e das brincadeiras no mundo infantil.
2.2 brincar e o brinquedo
Através da leitura observamos que brincar não significa apenas recrear, é muito mais, pois é uma das formas mais complexas que a criança tem de comunicar-se consigo mesma e com o mundo. A importância do ato de brincar fica clara nas escritas de Nicolau (1998) quando afirma que:
“Brincar não constitui perda de tempo, nem é simplesmente uma forma de preencher o tempo (...) o brinquedo possibilita o desenvolvimento integral da criança, já que ela se envolve afetivamente e mentalmente, tudo isso de maneira envolvente, em que a criança imagina, constrói conhecimento e cria alternativas para resolver os imprevistos que surgem no ato de brincar” (p.78)
Vejamos agora um pouco sobre a trajetória do brinquedo no Brasil nas décadas de 50 e 60, os brinquedos não eram somente utilizados em casa ou nas ruas para divertir as crianças; os brinquedos, por muito tempo, também fizeram parte das festas religiosas, como símbolos representativos.
Até o século XVIII as brincadeiras faziam parte dos rituais religiosos, mas segundo ARIES,
(...) Com o tempo a brincadeira se libertou do simbolismo religioso e perdeu seu caráter comunitário tornando-se ao mesmo tempo profana e individual. Nesse processo ela foi cada vez mais reservada as crianças, cujo repertório de brincadeiras surge então como repositório de manifestações coletivas abandonadas pela sociedade dos adultos e desacralizados (ARIES 1981, p.89).
Com a separação entre mundo infantil e o adulto as brincadeiras, que eram praticadas em conjunto, passaram a fazer parte na sua maioria da infância das crianças. É dessa época que realmente podemos datar o respeito pela infância. Começava a se criar uma concepção moral da infância que, para Aries:
(...) associava sua fraqueza à sua inocência, verdadeiro reflexo da pureza divina, e que colocava a educação na primeira fileira das obrigações humanas. Essa concepção reagia ao mesmo tempo contra a diferença pela infância, contra um sentimento demasiado terno e egoísta que tornava a criança um brinquedo adulto e cultivava seus caprichos, e contra o universo deste ultimo sentimento, o desprezo do homem racional. Essa concepção dominou a literatura pedagógica do final do século XVII. (Aries, 1981 apud. Straub, 2010, p.21).
A partir do século XIX, com a Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, os brinquedos e a brincadeira vão sendo modificados. O brinquedo industrializado passa a ser mercadoria de consumo e os brinquedos artesanais, que eram fabricados pelas próprias crianças, perdem seu valor. Todavia essas mudanças com a industrialização acarretam sérias perdas para as crianças em relação ao sonho e a criatividade, ao imaginário infantil, pois os brinquedos industrializados eram considerados perfeitos pelas crianças e elas tinham somente a função de ligar o botão e ficar olhando o brinquedo pular e rodopiar.
Mesmo não sendo possível precisar a origem das brincadeiras, é possível saber, em muitos casos, a época em que essas brincadeiras chegaram ao Brasil e através de quem. Como mostraram estudos realizados por Altman (1999, muitas das brincadeiras que se espalharam pelo Brasil, matizadas na convivência infantil, e que continuam ainda hoje fazendo parte das práticas infantis, surgiram com as imigrações do século XIX e se incorporaram às brincadeiras das crianças brasileiras. Entre elas, encontram-se as adivinhas e as cantigas de roda.
O brincar e o brinquedo sempre estiveram presentes no cotidiano das pessoas, independentemente de classe social, raça, gêneros e cultura. Isso mostra a grande riqueza do brincar e do brinquedo para o desenvolvimento humano. Segundo Santos (2000):
A ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, coloca para uma saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento. (Santos 2000. Apud Fidelis, 2005, p.32).
Os novos brinquedos surgiram com industrialização e, posteriormente, com as novas tecnologias, têm separado e continuam a separar as crianças conforme sua capacidade financeira e origem social. E se, como afirma Kishimoto (2000),”antigamente, a rua dividia as crianças conforme sua estratificação social: brincadeiras de rua e ‘brinquedos ecológicos’ para os pobres, e brinquedos artesanais ou industrializados para aqueles economicamente privilegiadas que deveriam ocupar espaços domésticos”(p.77),hoje continua havendo uma separação entre as crianças que dispõe de tempo,espaço e recursos para brincar e aquelas que não dispõem de nada disso.A rua deixa,na maioria das vezes,de ser lugar de brincadeiras infantis,para ser o lugar da miséria e da delinqüência.
Verifica-se dessa forma que o processo de industrialização destruiu não apenas o lado criativo de brincar, como também ocasionou o esquecimento das brincadeiras realizadas nas ruas pelas crianças, Que o confronto do passado e do presente afetou de forma significativa o comportamento das crianças ao longo da história da humanidade, fazendo com que elas perdessem espaços e formas de se expressarem ludicamente ou naturalmente, nos mais diferentes contextos.
Quando brincam, as crianças reelaboram suas idéias e se reconhecem como pessoas que pertencem a um grupo social que participa de um contexto. Ao aprender sobre si mesmas, aprendem também sobre o mundo que as cerca, sobre as relações da sociedade, o que transforma o brincar numa grande experiência de cultura, por meio das quais valores, habilidades, conhecimentos e formas de participação social são constituídos e reinventados pela ação coletiva das crianças (Borba, 2006).”Brincando com os outros,participando de atividades lúdicas,as crianças constroem um repertorio de brincadeiras e de referências que compõe a cultura lúdica infantil”(Borba 2006,p.48).
Segundo Friedman (1998), a atividade lúdica deve ser estruturada em cinco aspectos importantes para que realmente seja significativa. Vejamos:
O tempo e o espaço: a criança necessita de tempo e de espaço para desenvolver suas atividades lúdicas (subir em árvore, pular amarelinha, soltar pipa, correr, entre outras brincadeiras existentes no universo infantil).
Companheiros de brincadeiras: para as crianças, brincar sozinho não tem graça. É preciso que as brincadeiras oportunizem as interações sociais para que as crianças possam assumir diferentes papéis.
Objetos ou brinquedos: os objetos com os quais a criança brinca podem ser desde os mais simples até os mais sofisticados. Conforme o direcionamento que foi dado, pelos adultos, eles terão impacto próprio e serão, ao mesmo tempo, veículos lúdicos e educativos.
As ações dos sujeitos: o desenvolvimento da atividade lúdica depende da forma significativa das ações das crianças. Sem as crianças as brincadeiras não acontecem. É preciso uma motivação intrínseca por parte da criança para que de fato a atividade lúdica seja realizada.
Relação meio e fim: é importante conhecer os meios e os fins das atividades lúdicas. Podemos citar como exemplo jogos propostos com objetivos pedagógicos específicos, e jogos pelo simples divertimento das crianças. Pular corda no recreio é uma atividade realizada pela criança que tem um fim em si mesmo. Puro divertimento. Agora pular corda na aula de educação física é um meio para que o professor trabalhe noções de espaço, tempo, lateralidade, agilidade, habilidade, ritmo e coordenação motora global.
A brincadeira é uma forma agradável de aprender. Ela envolve diversos temas e possibilita que a criança aprenda de forma divertida e abrangente, por meio do lúdico constituindo assim, seu conhecimento, adquirindo autonomia e aprendendo com erros e acertos.
O ato de brincar é fundamental para o desenvolvimento da criança para sua autonomia, para que crie vínculos e socialize-se. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998, v.2 p.23) sintetiza de forma coerente toda a ação do brincar:
(...) é assim, um espaço no qual se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças e aquilo que os objetos manipulados sugerem ou provocam no momento presente. Pela repetição daquilo que já conhecem, utilizando a ativação da memória, atualizam seus conhecimentos prévios, ampliando-os e transformando-os por meio da criação de uma situação imaginária nova. Brincar constitui-se, dessa forma, em uma atividade interna das crianças baseada no desenvolvimento da imaginação e na interpretação da realidade, sem ser ilusão ou mentira também se torna autora de seus papéis, escolhendo, elaborando e colocando em prática suas fantasias e conhecimentos.
Segundo Vygotski, nas brincadeiras que envolvem o brinquedo este servirá como suporte de transição entre o pensamento e a brincadeira. As crianças usam o brinquedo de forma similar a situações reais, baseada em realidades observadas no mundo dos adultos e as direcionam para divertir-se ou fazer real aquilo que na verdade desejavam que fosse,” à medida que o brinquedo se desenvolve observamos um movimento em direção a realização consciente do seu propósito. É incorreto perceber o brinquedo como uma atividade sem propósito.” (Vygotski, 1991, p.116).
É brincando que ela descobre-se como ser pertencente do mundo que a cerca. A brincadeira é propulsora ao criar zonas de desenvolvimento entre o imaginário, a liberdade, a iniciativa, o desejo de se expressar e a internalizarão das regras sociais (nível de desenvolvimento potencial). O brinquedo esta acima do nível da criança, portanto, ela projeta aquilo que necessita ser aprendido, separando objeto e significado e internalizando o conhecimento necessário. (Vygotsky, 1992, p.118) ressalta ainda que:
Uma criança muito pequena brinca sem separar a situação real. Para uma criança em idade escolar, o brinquedo, torna-se uma forma de atividade mais limitada, predominantemente (...), que preenche um papel específico em seu desenvolvimento, e que não tem o mesmo significado do brinquedo para a criança em idade pré-escolar. Na idade escolar o brinquedo não desaparece, mas premera a atitude em relação à realidade. Ele tem sua própria continuação interior na instituição escolar e no trabalho (regras). A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais.
Observa-se dessa forma que é no brincar que a criança expressa seus sentimentos que se identifica com determinadas pessoas e que assume papéis, para saciar sua curiosidade em relação ao mundo que o cerca.
2.3 OS JOGOS E BRINCADEIRAS NA APRENDIZAGEM
Froebel que foi um dos autores principais, além de ser o primeiro pedagogo a incluir o jogo no sistema educativo, Froebel acreditava que a personalidade da criança pode ser enriquecida e aperfeiçoada pelo brinquedo, que a principal função do professor nesse caso, é fornecer situações e materiais para jogos inclusive às brincadeiras.
Atualmente a cultura lúdica esta direcionada muito em manipular objetos, esquecendo-se de tantas brincadeiras antigas, onde ambos (objetos e brincadeiras) devem ser usados como meios pedagógicos no qual favorece o desenvolvimento da criança.As crianças se divertem com a tradicionalidade e universidade das brincadeiras, por mais que tem se inovado, ainda é um jeito das crianças brincarem e aprenderem que são coisas trazidas de gerações.
Dessa forma através das brincadeiras as crianças poderão usufruir das tradicionalidades das épocas passadas, e também aprendendo.
A tradicionalidade e universalidade das brincadeiras assentam-se no fato de que os povos distintos e antigos, como as da Grécia e do Oriente, brincavam de amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças fazem quase a mesma forma. Tais brincadeiras foram transmitidas de geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na memória infantil. (KISHIMOTO, 2001, p.38).
Portanto na compreensão de Kishimoto (2001, p.19) “[...] O brinquedo propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico”.
Em relação aos brinquedos todo e qualquer têm seu valor e sua importância para a criança, na escola também pode ser explorado de forma que contribua no aprendizado da criança, por que não dá para falar de brincadeiras sem deixar de falar de brinquedos, o mesmo,
“[...] estimula a brincadeira ao abrir possibilidades de ações coerentes com a representação: pelo fato de representar um bebê, uma boneca-bebê, desperta atos de carinho, de troca de roupa, de dar banho e os conjuntos de atos ligados a maternagem.” Brougere, (1997, p.15)
Atualmente existem muitos teóricos que ainda estudam sobre a importância das brincadeiras dentro do contexto escolar. No qual uma das propostas da Educação Infantil está voltada a educação e cidadania:
Suas metas básicas são a cooperação e autonomia, as crianças são encaradas como pequenos cidadãos e cidadãs, e o trabalho escolar é entendido como o deve garantir o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade e formar simultaneamente, indivíduos críticos, criativos e autônomos capazes de agir no seu meio e transformá-lo (Kramer, 1994, p.13)
É importante salientar que as crianças devem participar ativamente da construção do seu conhecimento como sujeito ativo e participativo, em todos os sentidos, bem como cognitivo, sócio afetivo, linguístico e psicomotricidade, de uma forma global enfatizando a importância de envolver brincadeiras no aprendizado da criança.
A pré-escola tem seu papel fundamental em:
“Propiciar o desenvolvimento infantil, considerando os conhecimentos e valores culturais que as crianças já têm, e progressivamente, garantindo a ampliação dos conteúdos de forma a possibilitar a construção da autonomia criticidade, cooperação, criatividade, responsabilidade e a formação do auto-conceito positivo, contribuindo, portanto, para a formação da cidadania”. (Kramer, 1994, p.49)
Dessa maneira pode-se dizer que através das brincadeiras a criança adquire aprendizagem significativa, pois o ato de brincar, ou de manusear um brinquedo proporciona para ela uma relação entre as coisas e pessoas e ao compará-las constrói o seu conhecimento, a sua percepção de mundo e a estruturação de seus aspectos sociais, culturais e familiares, retratando seu contexto e percebendo seus futuros papéis, favorecendo assim seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional. O brinquedo é um objeto que certamente é indispensável na vida de uma criança, onde o brinquedo faz com que as crianças expressam algum tipo de sentimento através da brincadeira.
Para Kishimoto (2001, p.18) “[...] o brinquedo estimula a expressão de imagens que invocam aspectos da realidade”.
Na visão de Vigotski:
“Em resumo, o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina-a desejar, relacionado seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornarse-ão seu nível básico de ação real e moralidade.” VYGOTSKI (2007, p.118).
2.4 A CRIANÇA E O BRINQUEDO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A criança atendia com a educação infantil esta na sua melhor fase de sua infância e as atitudes Do professor terão grande influência em sua vida. Neste período a criança vive de imaginação, permeada por um mundo ilusório, onde as coisas são possíveis. “(A criança em idade pré-escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse mundo é que chamamos de brinquedo).” (VYGOTSKI), p.106.
As brincadeiras utilizadas pelo professor contribuirão para que a criança tenha uma infância mais sossegada e feliz; os brinquedos manipulados em sala servirão de suporte para estabelecer regras; e as brincadeiras de faz-de-conta, onde surgira à imitação de seu lar e experiência vivida representaram momentos reais que levarão a criança a sonhar e tornar possíveis seus desejos.
Todas as ações da consciência surgem originalmente da ação. O velho adágio de que o brincar da criança e imaginação em ação deve ser invertido; podemos dizer que a imaginação, nos adolescentes e nas crianças em idade pré-escolar, é o brinquedo sem ação. ((VIGOTSKI), 1991, P.106).
Partindo dessa perspectiva pode-se afirmar que o prazer da criança em idade pré-escolar tem motivações diferentes. Kishimoto (1990) assegura que: “Em decorrência, se quisermos aproveitar o potencial do jogo como recurso para o desenvolvimento infantil, não poderemos contrariar sua natureza, que requer a busca do prazer, a alegria, a exploração livre e o não-constrangimento”. (p.44).
Podemos perceber que a distinção entre o brincar e outras atividades é que é no brinquedo que a criança cria uma situação imaginária, uma idéia diferente. Na medida em que manipula e reconhece o brinquedo ela estabelece regras baseadas na realidade vivida e simula situações que contribuem para aquisição e compreensão da realidade.” Sempre que há uma situação imaginaria no brinquedo, há regras-não as regras previamente formuladas e que mudam durante o jogo, mas aquele que tem suas origens na própria situação imaginaria” (vigotski, 1991, p.108).
Sob o ponto de vista do desenvolvimento, a criação de uma situação imaginária pode ser considerada como um meio para desenvolver o pensamento abstrato. “A essência do brinquedo é a criação de uma nova relação entre o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre situações no pensamento e situações reais”. (VYGOTSKI, 1991, p.118).
Pode se exemplificar estas regras, segundo Vigotski, numa situação imaginária em que a criança imagina-se como mãe de uma boneca, se ela está representando o papel de mãe então ela exercerá as regras de comportamento maternal. “A imitação lúdica do real longe de ser somente um decalque desse real passa também, pela estimulante que é o brinquedo” (Brougére, 2001, p.66).
Toda situação imaginaria merecerá regras criadas pela criança para aquele momento, aquela situação e que dependendo do seu querer pode ser mudada, principalmente se é para ter um final feliz, prazeroso. Nas brincadeiras que envolvem o brinquedo, este servira como suporte de transição entre o pensamento e a brincadeira. As crianças usam o brinquedo de forma similar de situações reais, baseada em realidades observada no mundo dos adultos e as direcionam para divertir-se ou fazer real aquilo que na verdade desejariam que fosse, à medida que o brinquedo se desenvolve, observamos um movimento em direção a realização consciente de seu propósito. “É incorreto conceber o brinquedo como uma atividade sem propósito” (VYGOSTKI, 1991, P.116).
Uma das características do brinquedo consiste efetivamente em não se propor comportamentos especificam o que permitirá que se criem regras para o momento. O que realmente se caracteriza é o prazer da realização e o modo e estado de espírito com que eu a criança brinca.
2.5 JOGOS E BRINCADEIRA E O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM
A aprendizagem é um processo gradual, continuo e cumulativo que cada individuo adquire durante sua vida, também um processo pelo qual o individuo adquire informações, habilidades atitudes e valores a partir do contato com a realidade e o meio em que vive. Segundo DROUET (1990, p.9,10), existem sete fatores para que a aprendizagem se efetive:
1º-Saúde física e mental;
2º-Motivação;
3º-Prévio domínio
4º-Maturação
5º-Inteligência
6º-Concentração e atenção
7º-Memória.
A interação entre o desenvolvimento físico e social são fatores importantes na aprendizagem em todas as áreas do conhecimento. A família e a escola são agentes responsáveis para que se desenvolvam conhecimentos que auxiliem no futuro dessas crianças possibilitando a construção da aprendizagem significativa. Para que seja significativa deverão estar presente no currículo escolar, brincadeiras, jogos e atividades que as crianças gostem e que articipem de forma interativa.
Na educação infantil a criança aprende melhor pela ação, tocando manipulando e analisando objetos, construindo seu desenvolvimento com brincadeiras, pois não tem maturidade de levar algo a sério. (Piaget diz que: “É através da atividade concreta que a criança desenvolve a capacidade lógica, a ação deve anteceder ou acompanhar o raciocínio, em todas as atividades” (in, DANTE), 2007, p.35).
O professor poderá agir como mediador, questionando o aluno, auxiliando-o a reformular ações, a partir dos erros, contribuídos para a formação de cidadãos autônomos, reflexivo, critico e transformadores.
Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
O tema escolhido para esse Projeto de Pesquisa foi “Jogos e brincadeiras na e Educação Infantil”. O mesmo apresenta um estudo relacionado à importância dos jogos e brincadeiras na Educação Infantil, abordando de forma sistematizada, como facilitar para que as crianças estabeleçam vínculos sociais, com situações que a ajude a conviver na sociedade, respeitando e aceitando suas diferenças, favorecendo para um aprendizado mais equilibrado. Assim, o tema proposto não é visto, apenas como um entretenimento, mas uma atividade que possibilita aprendizagem por meio de diversas habilidades.
O brincar se torna importante no desenvolvimento da criança de maneira que as brincadeiras e jogos que vão surgindo gradativamente na vida da criança desde os mais funcionais até os de regras. Estes são elementos elaborados que proporcionarão experiências, possibilitando a conquista e a formação da sua identidade. Como podemos perceber, os brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e afetiva. Para uma aprendizagem eficaz é preciso que o aluno construa o conhecimento, assimile os conteúdos. E o jogo é um excelente recurso para facilitar a aprendizagem.
Apresento uma pesquisa bibliográfica com a finalidade de desenvolver um trabalho de pesquisa com comentários, os quais tenham como objetivo viabilizar outras fontes de estudo para enriquecimento deste tema.
3.2 Justificativa
Além da interação, a brincadeira, o brinquedo e o jogo proporcionam, é fundamental como mecanismo para desenvolver a memória, a linguagem, a atenção, a percepção, a criatividade e habilidade para melhor desenvolver a aprendizagem. Brincando e jogando a criança terá oportunidade de desenvolver capacidades indispensáveis a sua futura atuação profissional, tais como atenção, afetividade, o hábito de concentrar-se, dentre outras habilidades. Nessa perspectiva, as brincadeiras, os brinquedos e os jogos vêm contribuir significa mente para o importante desenvolvimento das estruturas psicológicas e cognitivas do aluno.
3.3 Problematização
A inserção de atividades lúdicas é hoje uma exigência na sociedade, que entende estes como um dos possíveis caminhos, para uma boa escola, integrando seus alunos em uma sociedade mais democrática.
A concepção de brincar como forma de desenvolver a autonomia das crianças requer um uso livre de brinquedos e materiais, que permita a expressão dos projetos criados pelas crianças. Só assim, o brincar estará contribuindo para a construção da autonomia. Criança, lazer, escola. Quando usadas separadamente, são cercadas de uma polêmica que cresce ainda mais, à medida que se procura relacioná-las, transformando-se em obstáculo difícil de transpor. Uma série de equívocos está presente nas discussões que procuram relacionar o lúdico e o processo educativo, principalmente quando envolvem tentativas de viabilização de propostas de intervenção.
3.4 Objetivos
O objetivo geral é analisar de que modo o brincar é necessário para o desenvolvimento global da criança.
Os objetivos específicos desta pesquisa foram:
Verificar a importância do brincar em grupos e individualmente para formação da personalidade da criança;
Ressaltar a importância de brincar na educação infantil como fator essencial para o desenvolvimento e aprendizagem da criança;
Enfatizar sobre a necessidade do estímulo, monitoramento e participação dos pais e professores nas brincadeiras realizadas nessa idade;
Considerações finais
O presente trabalho dedicou-se a análise da importância dos jogos e brincadeiras na educação. Através da análise dos referenciais para a educação é possível ressaltar a preocupação que a educação tem de proporcionar às crianças um desenvolvimento integral e dinâmico e observar que os jogos e brincadeiras ocupam um lugar de destaque no programada Educação Infantil. Nesse projeto, busquei aprofundar meus conhecimentos sobre o brincar na escola. Foi possível perceber que o brincar existe desde a antiguidade, já sendo utilizado como fonte de ensino e que até os dias atuais podendo verificar que além de ser usado como fonte de aprendizagem, ele também é usado para um melhor desenvolvimento em todos os aspectos da criança. Os estudos iniciais apontam que a sociedade de hoje espera ter uma escola que busque qualidade, e para isso vem tentando desenvolver metodologias que auxiliem na formação da criança trazendo para sua estrutura a participação mais ativa da comunidade, novas formas de aprendizado como as próprios brinquedos e brincadeiras, e o lúdico empregado na educação em busca de melhorias para a própria estrutura escolar e do individuo em formação. Constatou-se que um adulto que viveu uma infância lúdica e com brinquedos e brincadeiras orientadas ou livres, jogos de raciocínio e de coordenação tiveram uma melhor formação para vida. Quando a criança brinca (e o adulto não interfere) muitas coisas sérias acontecem. Quando ela mergulha em sua atividade lúdica, organiza-se todo o seu ser em função da sua ação. O interesse provoca o fenômeno, reúnem-se potencialidades num exercício mágico e prazeroso. E quanto mais a criança mergulha, mais estará exercitando sua capacidade de concentrar a atenção de descobrir, de criar e, especialmente de permanecer em atividade. É a aprendizagem pelo sentir, e não para obter determinado resultado ou para possuir alguma coisa. A criança estará aprendendo a engajar-se seriamente, gratuitamente, pela atividade em si. Estão sendo cultivadas aí, qualidades raras e fundamentais tais como a autonomia e socialização. Sem brincar, ela não vive a infância.
Por meio das brincadeiras os professores podem observar e constituir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens, assim como de suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. É preciso que o professor tenha consciência que, brincando as crianças recriam e estabilizam aquilo que sabem sobre as mais diversas esferas do conhecimento, em uma atividade espontânea e imaginativa.
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