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RESENHA CRÍTICA DA OBRA “A ÚLTIMA CRÔNICA”, DE FERNANDO SABINO

Lucimar Moraes dos Santos

 

 

Essa crônica retrata a vida simples do autor e da família, contada em sua história, logo sai para tomar um café em qualquer boteco da cidade onde reside e ver uma cena inusitada de uma família simples comemorando o aniversário da filha, uma maneira incomum aos olhos do cronista e chama sua atenção de tanta alegria nos olhos da família, pelo simples fato de tamanha gratidão pela vida humilde que levam.

 

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. (SABINO, 2003)

 

Entretanto pode-se observar que para ser feliz não precisa ter as maiores comemorações lindas e maravilhosas, pois o verdadeiro sentido da vida é fazê-la ficar suave e tranquila com o pouco que se tem. Hoje se vive num mundo de ingratidão onde a família tem de tudo, carro e casa boa, mas a maioria vive infeliz consigo mesma. Vale lembrar que existem muitas famílias com essa realidade, pois não tem condições de fazer uma festa de aniversário e para não “passar em branco” fazem uma simples comemoração com seus filhos e isso traz a maior felicidade. Com apresentado no trecho abaixo:

 

A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. (SABINO, 2003)

 

Ele faz questão de descrever essa família pela comunhão, união e consideração de todos, é esse respeito familiar que chama a atenção do autor da crônica, fato que recorre em todo o decorrer da história enriquecida com detalhes minuciosos das cenas.

A alegria dessa família incendeia todo o ambiente, virando assim uma crônica que nos traz ensinamentos importantíssimos para a vida, e tudo o que temos devemos agradecer, pois existem pessoas que não tem praticamente nada e demonstra gratidão pelo pouco que tem.

A verdadeira alegria da vida é ter paz consigo mesmo, a autoconfiança, a alto estima, realizar seus sonhos e objetos, tendo perspectivas de crescimento e evolução, acreditar e confiar em si mesmo e correr atrás de metas e estratégias para alcançar a realização dos mesmos, pois a vida é como um degrau ou uma montanha onde cada dia nós escalamos para alcançar nossas realizações.

 

 

REFERÊNCIAS:

 

SABINO, Fernando. "A última crônica". In: Para gostar de ler - Crônicas. Volume 5. São Paulo. Ática. 2003.